GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: UMA REALIDADE NO …gravidez na adolescência pode provocar uma série de...
Transcript of GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: UMA REALIDADE NO …gravidez na adolescência pode provocar uma série de...
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
CHRISTIAN FERRO QUESADA
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: UMA REALIDADE NO
MUNICÍPIO ELDORADO DOS CARAJÁS. MOBILIZAÇÃO E
INTERVENÇÃO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
ELDORADO DOS CARAJÁS/PARÁ
2018
CHRISTIAN FERRO QUESADA
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: UMA REALIDADE NO
MUNICIPIO ELDORADO DOS CARAJÁS. MOBILIZAÇÃO E
INTERVENÇÃO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Saúde da Família, da Universidade Federal de Pará, para obtenção do Certificado de Especialista. Orientador: Prof. Dr. José Guilherme Wady Santos
ELDORADO DOS CARAJÁS/PARÁ
2018
CHRISTIAN FERRO QUESADA
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: UMA REALIDADE NO
MUNICIPIO ELDORADO DOS CARAJÁS. MOBILIZAÇÃO E
INTERVENÇÃO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
Banca Examinadora:
Prof. Dr. José Guilherme Wady Santos(Orientador)
Profa. Dra. Carla Andréa Avelar Pires (Membro)
Aprovado em 10 de janeiro de 2019.
ELDORADO DOS CARAJÁS/PARÁ
2018
RESUMO
A adolescência é uma fase que gera vários desordens psicossociais e
mudanças corporais, o que torna o adolescente mais propício a realizar
atitudes que possam intervir no seu processo de amadurecimento social. A
gravidez na adolescência pode provocar uma série de problemas que o
profissional de saúde deve estar atento para atuar, buscando reduzir as
consequências para os jovens e suas famílias. Inicialmente de posse do
arcabouço teórico, elaborado a partir da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS –
BIREME), especificamente, nas bases de dados indexados Scientific Eletronic
Library online (SCIELO) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS), o presente trabalho propôs delinear estratégias para
enfrentamento da alta ocorrência de casos de gravidez na adolescência na
área adstrita à Unidade Básica de Saúde da Família da Vila Viveiro, no
Município de Eldorado dos Carajás, no Pará. Para tanto, e com base na
metodologia do Planejamento Estratégico Situacional, fez-se uma estimativa
rápida dos problemas observados e definição do prioritário a ser focado, bem
como a descrição dos nós críticos e das respectivas ações a serem
demandadas aos diversos atores da rede de saúde local. Mediante esta
ferramenta foi possível definir os problemas mais significativos na comunidade,
sobre os quais foi realizada uma priorização, explanação e seleção dos
principais nós críticos. Seguido da definição dos instrumentos e estratégias a
serem operadas, verificando quais recursos serão necessários para a
elucidação das propostas interventivas. Espera-se que as ações propostas
possam pelo menos diminuir as ocorrências do problema priorizado, bem como
consequência, produzir um maior controle de natalidade entre a população de
adolescentes atendida na Unidade, fundamentada em um programa de
Educação Permanente em Saúde voltado não apenas para a questão de
interesse, mas para outras que não foram inicialmente priorizadas, mas que
permanecem com a necessidade de intervenção na referida área.
Palavras-chave:Gravidez na Adolescência; Educação em Saúde, Atenção
Primária à Saúde. Eldorado dos Carajás.
ABSTRACT
Adolescence is a phase that generates various psychosocial disorders and
bodily changes, which makes the adolescent more propitious to perform
attitudes that can intervene in his process of social maturation. Adolescent
pregnancy can lead to a number of problems that the health professional must
be aware of in order to reduce the consequences for young people and their
families. Initially in possession of the theoretical framework, developed from the
Virtual Health Library (VHL - BIREME), specifically, in the indexed databases
Scientific Electronic Library Online (SCIELO) and Latin American and
Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS) , the present work proposed
to outline strategies to cope with the high occurrence of adolescent pregnancy
in the area attached to the Basic Family Health Unit of Vila Viveiro, in the
Municipality of Eldorado dos Carajás, Pará. of the Situational Strategic
Planning, a quick estimation of the problems observed and definition of the
priority to be focused, as well as the description of the critical nodes and the
respective actions to be demanded to the diverse actors of the local health
network were made. Through this tool it was possible to define the most
significant problems in the community, on which a prioritization, explanation and
selection of the main critical nodes was carried out. Following the definition of
the instruments and strategies to be operated, verifying which resources will be
needed for the elucidation of the intervention proposals. It is hoped that the
proposed actions can at least reduce the occurrences of the prioritized problem,
as well as the consequence, to produce a greater birth control among the
adolescents population attended at the Unit, based on a Permanent Health
Education program focused not only on the interest, but for others that were not
initially prioritized, but which remain with the need for intervention in that area.
Key Words: Pregnancy in Adolescence; Health Education, Primary Health
Care. Eldorado dos Carajás.
SUMÁRIO
Pág.
1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………….. 07
1.1 Aspectos gerais do município ………………………………………….. 08
1.2 Aspectos da comunidade ……………………………………………….. 10
1.3 O sistema municipal de saúde …………………………………………. 12
1.4 A Unidade Básica de Saúde Jardim América …………………………. 14
1.5 Funcionamento da Unidade de Saúde………………………………… 14
2 JUSTIFICATIVA …………………………………………………………… 18
3 OBJETIVOS ……………………………………………………………….. 19
3.1 Geral ……………………………………………………………………… 19
3.2 Específicos ……………………………………………………………….. 19
4 METODOLOGIA ………………………………………………………...… 20
5 REVISÃO DE LITERATURA …………………………………………….. 21
6 PLANO DE INTERVENÇÃO ……………………………………………... 25
6.1 Descrição do problema selecionado (terceiro passo) ………………... 26
6.2 Explicação do problema (quarto passo) ……………………………..... 27
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ……………………………………………… 31
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ……………………………………. 32
I INTRODUÇÃO
I.1 Aspectos gerais do município1
O município de Eldorado dos Carajás localiza-se a
umalatitude06º06'15"sule a umalongitude49º21'19"oeste, estando a uma
altitude de 140 metros. Sua população estimada em2017era de 32.892
habitantes.
Localizado na mesorregião do sudeste paraense e na microrregião de
Parauapebas, teve sua área desmembrada do município de Curionópolis, pela
lei estadual nº5.687, de 13 de dezembro de 1991. Possui uma área territorial
de 2.956,708 km² e uma população estimada em 31.786 segundo o IBGE
(2017), o que lhe confere uma densidade demográfica de 10,75 hab/km².
Limita-se ao norte com o município de marabá, ao sul com o município
de Xinguara, a leste com os municípios de São Geraldo do Araguaia e
Piçarra, e a oeste com o município de Curionópolis e está distante da capital
(Belém) do Estado cerca de 522 km por via aérea, e 640 km por via terrestre.
Os solos predominantes no município são o rodzoico vermelho-
amarelo, litóficos, cambissolosos e latossolo vermelho-amarelo. Ocorrem
ainda solos litóficos e afloramentos rochosos em associação. O relevo mostra-
se relativamente movimentado, com a presença de chapadas em áreas
sedimentares, pediplanos em áreas cristalinas, baixos terraços e várzeas.
A vegetação é formada por floresta densa em relevo aplanado e em
relevo acidentado, floresta aberta mista e floresta aberta latifoliada. Nas áreas
desmatadas foram plantadas pastagens destinadas a atividade pecuária, e ao
longo das margens dos rios e ribeirões encontram-se pequenas faixas de
floresta de galeria. Destacam-se, na hidrografia do município, os médios
cursos dos rios vermelho e Sororó, considerados afluentes dos Itacaúinas
pela margem direita.
Infelizmente o município é lembrado pelomassacreque ocorreu em 17
de abril de1996, quando 19sem-terraforam assassinados por tropas dapolícia
militar do estado do Pará. Em meio ás tensões agrárias desencadeadas pelo
coordenação desordenada do processo de reforma agrária peloestado
brasileiroe pela concentração de terras e riqueza nas mãos de poucos
1 Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Eldorado_do_Caraj%C3%A1s Acessado em 24 de
Maio de 2017.
(formação de grandeslatifúndios) noSudeste do Pará, aconteceu o fato mais
inglório da história de Eldorado. Após o bloqueio da rodoviapa-150(hoje trecho
dabr-155), em protesto contra o processo de reintegração de posse de uma
propriedade localizada próximo ao trecho rodoviário conhecido como "Curva
do S, 19trabalhadores rurais sem-terraforam mortos em confronto com a
polícia, após ordem de uso de força dada pelo governador do estado do
Pará,Almir Gabriel. Desde o acontecido, o nome do município é sempre
lembrado pela luta pela posse de terra e reforma agrária no mundo.
I.2 Aspectos da comunidade
A unidade está localizada na comunidade da vila viveiros, uma
comunidade de cerca de 3100 habitantes, localizada em área rural, a uma
distância de aproximadamente 30 km de Eldorado dos Carajás, através de
paragens montanhoso. Hoje, a população empregada vive basicamente do
trabalho na terra e o gado em pequenas propriedades rurais remanescentes
localizadas na periferia da cidade, da prestação de serviços e da economia
informal. É grande o número de desempregados e subempregados. A
estrutura de saneamento básico na comunidade não é boa, principalmente
porque não tem bem estruturado a tarefa da coleta de lixo e o esgotamento
sanitário. Parte da comunidade vive em moradias bastante precárias. O
analfabetismo é elevado, sobretudo entre os maiores de 40 anos. Tem poucas
iniciativas de trabalho na comunidade por parte da igreja e ONGs. A
população conserva hábitos e costumes próprios da população rural brasileira
e gosta de comemorar as festas religiosas, em particular as festas juninas.
Aspectos demográficos
Faixa etária Masculino Feminino Total
0-1 ano 7 4 11
1-4 anos 86 73 159
5-14 anos 296 278 574
15-19 anos 160 141 301
20-29 anos 175 180 355
30-39 anos 101 262 363
40-49 anos 122 134 256
50-59 anos 191 163 354
60-69 anos 141 189 330
70-79 anos 131 150 281
80 anos e mais 62 57 119
Total 1472 1631 3103
Fonte: Dados do Município (2017)
Faixa etária Micro 1 Micro 2 Micro 3 Micro 4 Micro 5 Total
0-1 ano 3 1 4 0 3 11
1-4 anos 26 20 45 39 29 159
5-14 anos 123 98 120 121 112 574
15-19 anos 42 48 75 63 73 301
20-29 anos 91 83 65 67 49 355
30-39 anos 64 101 72 70 56 363
40-49 anos 41 76 65 34 40 256
50-59 anos 61 85 72 84 52 354
60-69 anos 85 43 65 65 72 330
70-79 anos 67 37 57 62 58 281
80 anos e
mais 18 13 21 33 34 119
Total 621 605 661 638 578 3103
Fonte:Secretaria de Saúde Municipal (2017)
O Saneamento básico ocupa-se principalmente do destino do lixo, do
esgoto e abastecimento de água.
1.2.1 Destino do lixo
Distribuição das famílias segundo o destino de lixo e microárea da ESF (2017)
Micro área 1 2 3 4 5 Total
Coletado 00 00 00 00 00 00
Queimado/enterrado 57 66 75 42 61 301
Jogado 00 00 00 00 00 00
Total 57 75 66 42 60 301
Fonte: Dados do Município (2017)
O destino do lixo mais frequente na comunidade da Vila Viveiro é o lixo
queimado ou enterrado, sendo que não tem condições para a coleta do lixo
adequada. Porém, a população para evitar vetores elimina o lixo.
1.2.2 Esgoto
Distribuição das famílias segundo o destino dos dejetos e microárea da ESF (2017)
Micro área 1 2 3 4 5
Sistema publico
00 00 00 00 00
Fossa 56 64 75 45 62
Céu aberto 2 1 0 0 1
Total 58 65 75 45 63
Fonte: Dados do Município (2017)
A Vila Viveiro sendo zoa rural não tem sistema público para descartar
os dejetos da comunidade. A maioria das casas apresenta fossa, sendo que
apenas 4 delas possuem fossas a céu aberto.
1.2.3 Abastecimento de água
Distribuição das famílias segundo o abastecimento de água e microárea da ESF
(2017)
Microárea 1 2 3 4 5
Sistema publico 00 00 00 00 00
Outro 58 64 72 40 59
Total 58 64 72 40 59
Fonte: Dados do Município (2017)
A população em toda sua totalidade tem abastecimento de água de
poço.
1.2.4 Educação
Percentual da população analfabeta > de 15 anos segundo a microárea de
abrangência da ESF (2017)
Microárea Percentual de analfabetos
1 10 %
2 13 %
3 18 %
4 5 %
5 7 %
Fonte:Secretaria Municipal de Educação (2017)
O maior percentual da população é alfabetizado. Porém, o nível de
analfabetismo é elevado, sendo um problema social presente.
Percentual de crianças menores de 14 anos fora da escola segundo a microárea da
ESF (2017)
Microárea Percentual de crianças fora da escola
1 2 %
2 1 %
3 1 %
4 4 %
5 1 %
Fonte:Secretaria Municipal de Educação (2017)
A Vila Viveiro não tem as condições necessárias para dar educação em
todos os níveis de ensinando, e muitas pessoas moram longes das escolas.
Os problemas mencionados fazem que muitas crianças fiquem fora das
escolas.
1.3 O sistema municipal de saúde
1.3.1. Composição do conselho municipal de saúde:
• Secretária de saúde do município.
• Secretário adjunto de saúde.
• Coordenadora de atenção básica de saúde
• Coordenador de atenção bucal
• Responsável do departamento de estadística do município.
• Coordenador de higiene e epidemiologia.
• Diretor dele centro de saúde mentais.
• Responsável de medicamento
• Representante dos trabalhadores de saúde.
• Representante local das comunidades.
O Conselho se reúne mensalmente e dentre outras coisas, procura
discutir o melhor investimento do fundo municipal de saúde, que é um
orçamento destinado à saúde. Busca-se destiná-lo para atender os diferentes
problemáticas do setor e para fazer os pagamentos dos trabalhadores.
1.3.2. Recursos humanos na saúde:
• Número de profissionais: 49
• Clínico geral: 2
• Ginecol. Obstetra: 1
• Médico da família: 6
• Pediatra: 0
• Psiquiatra:1
• Outras especialidades: 1
• Médicos – total: 11
1.3.3. Rede de serviços
Atenção primaria: O município tem 5 postos de saúde que prestam
atenção de segunda a sexta-feira, no horário de 07 às 17h. Vale ressaltar que
o Programa Saúde da Família (PSF) foi implantado no município há 1 ano e
quatro meses e atualmente tem uma cobertura: 80% da população de Canapi.
Nº de Equipes Saúde Familiar.
Quando ao Sistema de Referência e Contra Referência das Redes de
Média e Alta Complexidade, este não se aplica, pois em nenhum momento
chegam um informe sobre a atenção recebida nos hospitais dos pacientes
encaminhados de nossa área, sendo muito importante na valoração integral
dos pacientes. O fluxo não funciona pela falta de professionais médicos na
atenção secundaria a nível municipal para definir diagnósticos corretos com
uma conduta adequada para cobrir as necessidades diárias da população; os
mecanismos de referência e contra referência não funcionam; não existe a
tecnologia disponível no hospital para uma avaliação integral, a atenção
básica é desvalorizada por a falta de recursos para a resolução dos
problemas neste nível. Os pacientes não dão importância ao médico do posto
porque eles pensam que o médico do hospital tem mais conhecimentos e vão
direito para aos hospitais sem passar pela atenção primaria.
• Atenção especializada; 01
• Atenção de urgência e emergência 01
• Assistência farmacêutica: 08
• Modelo de atenção: no município o modelo predominante é de atenção
integral à saúde comunitária. A saúde é definida no modelo como um estado
dinâmico de bem estar, quando o ser humano teve a oportunidade de
satisfazer suas necessidades, desenvolver suas potencialidades, adquirir um
sistema de valores e um sentido de vida, voltada para a maior soma de
felicidade possível, em harmonia com o ambiente.
1.4 A Unidade Básica de Saúde Viveiro
A Unidade Básica de Saúde de Vila Viveiro foi inaugurada há cerca de
6 anos e está situada na rua principal do bairro que faz a ligação com o centro
da cidade. Sua área pode ser considerada inadequada, pois a demanda
atendida (3103 pessoas) tem sido alta para a estrutura atualmente
disponibilizada na mesma.
A área destinada à recepção é pequena, razão pela qual nos horários
de pico de atendimento (manhã), cria-se certo tumulto na unidade. Isso
dificulta sobremaneira o atendimento e é motivo de insatisfação de usuários e
profissionais de saúde. Não existe espaço nem cadeiras para todos, e muita
gente tem que aguardar o atendimento em pé. Não existe sala de reuniões,
razão pela qual equipe utiliza a área de estacionamento que tem a unidade,
tem teto para ficar com sombra, mas não é agradável quando faz calor e
quando chove, é um problema.
Não tem onde fazer as reuniões com a comunidade (os grupos
operativos, por exemplo) as realizadas foram na área de estacionamento que
tem a unidade. A população tem muito apreço pela unidade de saúde. A
unidade, atualmente, está bem equipada e conta com os recursos adequados
para o trabalho da equipe.
1.5 A Equipe de Saúde da Família Viveiro
- Leticia Américo de Souza.Enfermeira. Trabalha em saúde da família há 1
ano.
- Christian Ferro Quesada. Admitido ao programa mais médico para o Brasil 8
meses atrás.
- Eliene Rodrigues da Silva. Auxiliar de enfermagem.
- Neide Pereira dos Santos. Técnica de vacinação.
- Maria Nascimento Rodrigues. ACS – microárea 1.
- Eduardo de Sousa Carvalho. ACS – microárea 2.
- Antônio Lima Alves. ACS – microárea 3.
- Luciana Ferreira Santos. ACS – microárea 4.
- Gabriel Lima da Silva. ACS – microárea 5.
1.6 O funcionamento da Unidade de Saúde da Equipe Viveiro
A UBS funciona no período de 08 às 12h e de 13:30 às 17h. Carga
horária semanal: 40 horas. A equipe divide esse tempo de trabalho quase que
exclusivamente com as atividades de atendimento da demanda espontânea
(maior parte) e com o atendimento de alguns programas, como: pré-natal,
puericultura, controle de câncer de mama e ginecológico e atendimento a
hipertensos e diabéticos.
Uma queixa geral é a falta de tempo, devido à demanda de
atendimento. Com o passar dos anos essa situação e a falta de perspectivas
de mudanças têm provocado um desgaste grande na equipe. Também temos
o problema da falta de atendimento do programa de saúde bucal já q a equipe
não tem odontologista.
Atividades desenvolvidas pela equipe
Visitas domiciliares do ACS por família segundo o PSF – 2017
PSF 1 Famílias Visitas anuais Visitas/família/ano
304 144 01
Visitas domiciliares do ACS por família segundo a micro área do PSF 1 - 2017.
Micro área Famílias Visitas anuais Visitas/família/ano
1 57 627 11
2 75 825 11
3 64 704 11
4 40 440 11
5 58 638 11
Distribuição das consultas de médico e enfermeiro segundo os programas e área de
PSF – 2017
PROGRAMAS PSF 1
Puericultura 11 no mês
Pré-natal 10 no mês
Hipertensão 54 no mês
Diabetes 44 no mês
Câncer 20 no mês
Tuberculose --------------
Hanseníase --------------
Coberturas
Vacinação: sexta-feira
Pré-natal: quinta-feira
Puericultura: quarta-feira
Outras: Hiperdia: terça-feira
Outras atividades:
Palestras: Uma vez por mês
Reuniões: Última terça-feira do mês
1.8 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade
Tendo em conta os dados obtidos nas investigações feitas pode-se
perceber que existem muitas situações na abordagem dos problemas de
saúde que mais incidem na população atendida na minha unidade que devem
ser resolvidas. Dentro dos problemas identificados no diagnóstico situacional
pela equipe na reunião mensal destacou-se os seguintes problemas:
- Alto índice de gravidez na adolescência.
- Alto índice de incidência de infecções respiratórias agudas na comunidade.
- Alta incidência de parasitoses intestinais.
- Maus hábitos alimentares na população.
- Alta incidência de doenças crônicas não transmissíveis.
- Alta taxa de dependência de drogas e alcoolismo.
- Analfabetismo, fundamentalmente idoso.
1.9 Priorização dos problemas – a seleção do problema para plano de
intervenção
Quadro 1- Classificação de prioridade para os problemas identificados no
diagnóstico da comunidade adscrita à equipe de Saúde Viveiro, Unidade
Básica de Saúde Viveiro, município de Eldorado dos Carajás, estado do Pará
Problemas Importância* Urgência** Capacidade de
enfrentamento***
Seleção/
Priorização****
Incremento da
gravidez na
adolescência
ALTA 9 PARCIAL 1
Alto índice de
incidência de
infecções
respiratórias
agudas na
comunidade.
ALTA 6 PARCIAL 2
Alta incidência de
parasitoses
intestinais.
ALTA 6 PARCIAL 3
Maus hábitos
alimentares na
população.
MEDIA 3 FORA 4
Alta incidência de
doenças crônicas
não transmissíveis.
ALTA 3 PARCIAL 5
Alta taxa de
dependência de
drogas e
alcoolismo.
ALTA 2 PARCIAL 6
Analfabetismo,
fundamentalmente
idoso.
MEDIA 1 PARCIAL 7
Fonte: Dados da Pesquisa (2017)
*Alta, média ou baixa ** Total dos pontos distribuídos até o máximo de 30
***Total, parcial ou fora ****Ordenar considerando os três itens
2- JUSTIFICATIVA
Considerando o diagnóstico situacional realizado e as análises em
equipe dos diferentes problemas encontrados, bem como o levantamento dos
problemas e a priorização dos mesmos, foi priorizado o alto índice de
incidência da gravidez na adolescência na população atendida.
A elevada incidência de gravidez na adolescência é um dos maiores
problemas de saúde, porque uma gestação precoce pode ocasionar
alterações em diversos campos da vida da adolescente, tendo modificações
no âmbito individual, social, econômico e de saúde. Tem-se elevada
quantidade de usuários adolescentes no município de Eldorado do Carajás, e
percebe-se a falta de informação entre as jovens grávidas atendidas, sendo
este um dos principais problemas encontrados no dia-a-dia.
Adolescentes, principalmente com idade entre 13 - 18 anos, têm
condições econômicas delicadas, o que também inclui a falta de atenção por
parte dos pais e pouco conhecimento sobre o que tem que fazer para evitar
esse problema. A pesar que o governo municipal por meio da prefeitura e a
secretaria de saúde facilitam adquirir de graça métodos anticoncepcionais.
Diversos estudos mostraram que esse problema é mais frequente em
adolescentes pertencentes a classes economicamente e socialmente
desfavorecidas. Somados a questão acima, maior densidade populacionais,
hábitos religiosos, baixas condições de vida e ignorância favorecem esta
situação. Tais questões, por si só, se configuram como um motivo importante
para justificar uma intervenção direta como a aqui pretendida.
3 OBJETIVOS
3.1 Geral
Gerar mudançade comportamento de adolescentes usuários, de ambos
os sexos, atendidos na UBS da Vila Viveiro (Eldorado dos Carajás),
particularmente aqueles cujo perfil está de acordo com o problema priorizado.
3.2 Específicos
- Abordar os elementos condicionantes para a gravidez em adolescentes e
seus riscos mediante revisão da literatura.
- Contribuir com a conscientização sobre a gravidez na adolescência e a
redução da sua frequência.
4 METODOLOGIA
Foi utilizado o Planejamento Estratégico Situacional para estimativa
rápida dos problemas observados e definição do problema priorizado, dos nós
críticos e das ações. A construção do plano baseou-se na síntese de um
planejamento de caráter participativo. Mediante esta ferramenta foi possível
definir os problemas mais significativos na comunidade, sobre os quais foi
realizada uma priorização, explanação e seleção dos principais nós críticos.
Seguido da definição dos instrumentos e estratégias a serem operadas,
verificando quais recursos serão necessários para a elucidação das propostas
interventivas.
Fez-se inicialmente uma revisão bibliográfica sobre o tema, de acordo
com pelo menos dois grandes tópicos: gravidez na adolescência, fatores
condicionantes e suas consequências, na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS –
BIREME), especificamente, nas bases de dados indexados Scientific Eletronic
Library online (SCIELO) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS), e cuja busca foi feita a partir dos seguintes descritores
(provenientes dos Descritores em Ciências da Saúde – DECS): “Complicações
na Gravidez” e “Gravidez na Adolescência”. Tendo como critérios de inclusão:
estudos e pesquisas publicados entre o intervalo de 2003-2017, disponíveis na
íntegra, em português e que abordassem a temática em pauta.
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Por múltiplas razões, é de difícil consenso definir a adolescência em
termos precisos. “Em primeiro lugar, é amplamente reconhecido que cada
indivíduo vivencia esse período de modo diferente, dependendo de sua
maturidade física, emocional e cognitiva, assim como de outras contingências.
O início da puberdade, que pode ser considerada uma linha de demarcação
clara entre infância e adolescência, não resolve a dificuldade de definição”
(UNICEF, 2018).
Os limites cronológicos da adolescência são definidos pela
Organização Mundial da Saúde (OMS, 2015) entre 10 e 19 anos
(adolescents) e pela Organização das Nações Unidas (ONU) entre 15 e 24
anos (youth), critério este usado principalmente para fins estatísticos e
políticos.
Segundo Outeiral (2018), a adolescência se distingue a partir da
concepção de puberdade como um processo biológico derivado de alterações
hormonais e do desenvolvimento dos órgãos genitais. O adolescente possui
características próprias do seu período de desenvolvimento, onde muitas
alterações psicológicas e fisiológicas estão presentes (OUTEIRAL, 2018).
Geralmentea adolescência é reconhecida como o período de transição
entre a infância e a vida adulta, caracterizado pelos impulsos do
desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social e pelos esforços do
indivíduo em alcançar os objetivos relacionados às expectativas culturais da
sociedade em que vive(OUTEIRAL, 2018).
A primeira parte da adolescência termina aproximadamente em dois
anos, quando todos os caracteres sexuais secundários apareceram e a
maturidade reprodutiva foi atingida. Neste período, a velocidade das
mudanças é tão rápida que não permite que a grande maioria se adapte
psicologicamente a eles.
As mudanças que ocorrem na adolescência precoce ou pubescente
constituem um processo gradual que reúne um conjunto de eventos. Em
ambos sexos o esqueleto cresce; em meninas desenvolver seus seios, produz
o aparecimento de pelos pubianos, começa a menstruação e crescimento do
cabelo axilar. Nos meninos, os testículos são ampliados, aparecem os pelos
pubianos, a mudança da voz, as ejaculações, o cabelo axilar, a barba e os
pelos peitorais.
Hormônios gonadotrófico, juntamente com outros hormônios
produzidos pelo córtex suprarrenal, são os principais responsáveis pelo
desenvolvimento de personagens sexuais primários e secundários. A
produção de hormônios gonadotrófico parece ser de grande importância para
especificar o aparecimento, normalidade ou anormalidade do desenvolvimento
da puberdade.
Durante a adolescência são feitas as decisões mais importantes da
vida que irá em grande parte marcar o curso de um assunto e ser
condicionado pela sua capacidade de se adaptar socialmente, sexualmente,
ideologicamente e vocacional. A relação com os pais durante este período é
de grande importância e valor se for baseada em uma atitude de contenção,
orientação e aceitação das qualidades individuais de seus filhos.
É muito benéfico para o desenvolvimento normal de um indivíduo, que
de sua infância têm a oportunidade de aprender o significado de sua
responsabilidade individual, o respeito pelo outro, principalmente para o sexo
oposto, para conhecer os seus limites, para conhecer o seu corpo e
Mudanças que irão ocorrer, que têm educação sexual adequada para cada
período de seu crescimento e que eles podem viver em um ambiente que não
contradiz o que eles ensinam.
O tema gravidez na adolescência passou a atrair a atenção dos
profissionais da saúde, no Brasil, há aproximadamente 20 anos, até porque a
partir dessa época, a adolescência como categoria social, começou a ser
constituída na área da saúde. E também devido ao aumento da fecundidade
na adolescência, embora a fecundidade no Brasil como um todo tenha
diminuído.
Diversas investigações têm destacado fatores que podem influenciar a
incidência da gravidez na adolescência.
A gravidez na adolescência é expressão da junção e da consequente ressignificação dessas fases - infância, adolescência e vida adulta. Diante desse processo, é importante destacar o fato de que a obtenção do status adulto não é algo que se dê imediatamente após o conhecimento da gravidez ou mesmo após a
chegada do filho (um dos marcos de transição), mas que represente um processo mais ou menos longo de construção da identidade em que pesam outros elementos, como o planejamento da gravidez (OLIVEIRA, 2018, p. 54).
Durante a adolescência são feitas as decisões mais importantes da
vida que irá em grande parte marcar o curso de um assunto e ser
condicionado pela sua capacidade de se adaptar socialmente, sexualmente,
ideologicamente e vocacional. A relação com os pais durante este período é
de grande importância e valor se for baseada em uma atitude de contenção,
orientação e aceitação das qualidades individuais de seus filhos.
É muito benéfico para o desenvolvimento normal de um indivíduo, que
de sua infância têm a oportunidade de aprender o significado de sua
responsabilidade individual, o respeito pelo outro, principalmente para o sexo
oposto, para conhecer os seus limites, para conhecer o seu corpo e
Mudanças que irão ocorrer, que têm educação sexual adequada para cada
período de seu crescimento e que eles podem viver em um ambiente que não
contradiz o que eles ensinam. “Alguns adolescentes planeiam e querem sua
gravidez, mas em muitos casos não fazem. A gravidez na adolescência é
mais provável em comunidades pobres, iletrados e rurais”. (WHO, 2018, p.
312).
Algumas meninas não sabem como evitar a gravidez, porque em
muitos países não há educação sexual. Eles podem se sentir muito inibido ou
envergonhado de aplicar para serviços contraceptivos; contraceptivos podem
ser muito caros ou não é fácil de obter ou até mesmo ilegal. Mesmo quando é
fácil obter contraceptivos, adolescentes sexualmente ativos são menos
propensos a usá-los do que mulheres adultas. As meninas podem não ser
capazes de se recusar a ter relações sexuais indesejadas ou para se opor ao
sexo forçado, que é muitas vezes desprotegido. (WHO, 2018)
Complicações durante a gravidez e parto são a segunda causa
principal de morte entre as meninas com idade entre 15 e 19 anos em todo o
mundo. No entanto, desde 2000, houve declínios consideráveis no número de
mortes em todas as regiões. Cerca de 3 milhões de abortos perigosos são
praticados a cada ano entre as meninas de 15 a 19 anos, contribuindo para a
mortalidade materna e problemas de saúde prolongada. (WHO, 2018)
A procriação prematura aumenta o risco para mães e recém-nascidos.
Em países de baixa e média renda, bebês de mães com menos de 20 anos
enfrentam um risco de 50 % maior de mortalidade pré-natal ou morte nas
primeiras semanas de vida do que bebês em fêmeas com idades entre 20 e
29. Quanto mais jovem a mãe, maior o risco para o bebê. Além disso, os
recém-nascidos de mães adolescentes são mais propensos a registar o peso
à nascença, com o consequente risco de efeitos a longo prazo.
A gravidez adolescente também pode ter repercussões negativas
sociais e económicas para as meninas, suas famílias e suas comunidades.
Muitos adolescentes que ficam grávidas são obrigados a deixar a escola. Um
adolescente com pouca ou nenhuma educação tem menos habilidades e
oportunidades para encontrar um emprego. Isto pode igualmente ter um custo
econômico ao país, desde que a renda anual que uma mulher nova ganharia
sobre o curso de sua vida foi perdida se não teve uma gravidez adiantada
(BOUZAS; MIRANDA, 2018)
6 PLANO DE INTERVENÇÃO
Para fazer a descrição de o problema escolhido, “a gravidez na
adolescência”, a equipe de saúde se apoia em dados fornecidos pelo SIAB e
a outros (a maioria) blindados pôr as informações de os agentes comunitários.
6.1 Descrição do problema selecionado
Foram considerados os dados relacionados com os fatores de risco:
nível de escolaridade baixo, condições econômicas da família, fatores
psicossociais e econômicos do público entre outras. Nossa equipe faz uma
valoração de todos os dados aportados pela população para facilitar o
desenvolvimento de a investigação. Neste contexto, o principal objetivo deste
plano de intervenção está em mobilizar e intervir na incidência de gravidez na
adolescência, por ser um período, principalmente de mudanças fisiológicas e
biológicas, que podem resultar em diversas “anomalias” e ou complicações
“pré e pós-parto”, das jovens do município de Eldorado do Carajás do Estado
do Pará.
Levando em conta a realidade do problema e o impacto sobre os fatos
que relevam sua existência (Vector de Descrição do Problema),deve poder-se
agir de modo prático, efetivo e direito sobre a causa, e o centro oportuno de
ação política durante o período do plano, foram selecionados os no críticos do
problema prioritário (riscos sociais, hábitos tóxicos e o baixo conhecimento
dos fatores de risco, a estrutura dos serviços de saúde e o processo de
trabalho da equipe de saúde com predomínio do modelo assistencial),
constituindo-se assim aárvore do Problema. E primordial ampliar o acesso da
população aos recursos e aos serviços das Unidades Básicas de Saúde, já
que em nosso caso não sempre podemos fazer frente às demandas da
população em o momento que precisam e com frequência as pessoas com
menores fatores de risco tem maior número de consultas que aquelas que
presentam maior risco e vulnerabilidade.
6.2 Explicação do problema selecionado
A projeção do problema aqui discutido, acerca da gravidez na
adolescência, possui projeção mundial, afetando cerca de 16 milhões de
meninas de 15 A19 anos e aproximadamente 1 milhão meninas menores de
15 que dão à luz todos os anos, a maioria em países de baixa e média renda.
A gravidez no adolescente continua a ser um dos principais fatores que
contribuem para a mortalidade materna e infantil e o círculo da doença e da
pobreza.
A prática das relações sexuais dos jovens sem métodos contraceptivos,
o casamento em tenra idade e o papel de gênero tradicionalmente alocado às
mulheres, a pressão dos pares, incentivando adolescentes a fazer sexo,
assim como o consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas, produz uma
redução na inibição, que pode estimular a atividade sexual indesejada e a
falta de informação e conhecimento suficientes sobre métodos contraceptivos
e não ter um acesso fácil à sua aquisição, bem como a falta de educação
sexual boa, são algumas das rações mais frequentes da gravidez em este
período da vida.
6.3 Seleção dos nós críticos
Além das razões referidas antes, considera-se que existem alguns
fatores de risco: o início precoce de menarca (primeira menstruação), a
desintegração familiar, as relações sexuais precoces, a liberdade sexual,
procurar um relacionamento, as circunstâncias particulares como prostituição,
estupro, incesto e adolescentes deficientes mentais. Muitas das rações se
resumem em estilos de vida inadequados e baixo conhecimento dos fatores
de risco da gestação na adolescência e as suas complicações.
Por esta razão, considera-se que para evitar a gravidez adolescente
são necessários uma educação sexual completa, o acesso a métodos
contraceptivos e apoio aos pais dos adolescentes para conversar com seus
filhos sobre sexo e contracepção. Também é muito importante o processo de
trabalho da equipe de saúde.
6.4 Desenho das operações
É muito importante melhorar a qualidade da Atenção Básica de Saúde
para poder responder de forma efetiva as necessidades de saúde de a
comunidade assim como uma atenção integral, baseada em um bom
acolhimento de os pacientes e a realização de ações de promoção,
prevenção, tratamento de as diferentes doenças que podem apresentar os
pacientes e sua recuperação de saúde, sejam as mais adequadas para cada
tipo de paciente. Para assim alcançar que a população fique a vontade com o
trabalho desenvolvido pela equipe de saúde e a satisfação com os serviços de
saúde blindados. Ressaltando que a ocorrência de gravidez e a experiência
de uma maternidade precoce podem vim a implicar na incapacidade psíquica
para criar e fisiológica para gestar, tornando tanto a mãe como filhos
vulneráveis a complicações e ao aparecimento de doenças.
Quadro 2 – Operações sobre os nós críticos relacionados ao problema
“gravidez na adolescência”, na população sob responsabilidade da Equipe de
Saúde da Família Viveiro (Eldorado dos Carajás – PA)
Nó crítico 1 Estilos de vida inadequados
Operação (operações) Modificar favoravelmente os estilos de vida inadequados e
enfatizar cuidados anticoncepcionais e planejamento familiar na
população
Projeto Viva melhor
Resultados esperados Alcançar estilos de vida saudáveis na comunidade
Produtos esperados Programa de Campanha na rádio local ``Viva melhor”
Recursos necessários
Estrutural: realização de atividades de promoção e prevenção de
saúde pela equipe na comunidade.
Cognitivo: recursos audiovisuais.
Financeiro: para entrega de recursos audiovisuais, folhetos
educativos.
Político: participação intersetorial em a divulgação de ações de
promoção de saúde.
Recursos críticos
Estrutural: Material para a confecção do artesanato.
Político: conseguir espaço na rádio local
Financeiro: para aquisição de recursos audiovisuais, folhetos
educativos.
Controle dos recursos
críticos
Ator que controla: Médico e enfermeira
Motivação: favorável
Ações estratégicas
Realização de palestras na comunidade de abrangência sobre estilos de vida saudável e prejudicial.
Discussão em grupos
Folhetos educativos
Prazo Início em 2 meses
Responsável (eis) pelo acompanhamento das
ações Médico e enfermeira
Processo de
monitoramento e
avaliação das ações
O acompanhamento será realizado pelo autor desta produção,
mediante a avaliação dos ganhos obtidos pelo grupo e das
implicações sobre a frequência de gravidez na adolescência.
Fonte: Dados da Pesquisa (2017)
Quadro 3 – Operações sobre os nós críticos relacionados ao problema “Baixo
conhecimento dos fatores de risco da gestação na adolescência e as suas
complicações”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da
Família Viveiro (Eldorado dos Carajás – PA)
Nó crítico 2 Baixo conhecimento dos fatores de risco da gestação na
adolescência e as suas complicações
Operação (operações) Aumentar os conhecimentos da comunidade sobre os fatores de
risco da gestação na adolescência e as suas complicações.
Projeto Adolescência feliz
Resultados esperados Comunidades mais informadas dos fatores de risco da gestação
na adolescência
Produtos esperados Programa de informação a população
Recursos necessários
Estrutural: organizar a agenda de trabalho da equipe.
Cognitivo: conhecimentos de práticas pedagógicas e estratégias
para a transmissão de as informações.
Financeiro: para entrega de recursos audiovisuais, folhetos
educativos.
Político:vinculação com outros setores.
Recursos críticos
Estrutural: Material para a confecção do artesanato.
Político: vinculação intersetorial
Financeiro: para aquisição de recursos audiovisuais, folhetos
educativos.
Controle dos recursos
críticos
médico; Secretaria Municipal de Saúde; Gestão Municipal.
Motivação: favorável
Ações estratégicas
Realização de palestras na comunidade sobre os fatores de risco da gestação na adolescência e as suas complicações.
Material audiovisual
Prazo Início em 2 meses
Responsável (eis) pelo acompanhamento das
ações Médico e enfermeira
Nó crítico 3 Processo de trabalho da equipe
Operação (operações) Trazer uma linha de cuidado e seguimento das adolescentes com
fatores de risco de ficar gravidas.
Projeto Unidos pela saúde
Resultados esperados Cobertura de 80% de a população com fatores de risco
aumentado.
Produtos esperados Cuidado e seguimento adequado das adolescentes com fatores
de risco aumentado.
Recursos necessários
Estrutural: melhorar agenda de trabalho de a equipe para
atendimento das pacientes com fatores de risco aumentado.
Cognitivo: elaboração de uma linha de cuidado e seguimento.
Político:vinculação entre os setores de saúde e compromisso
de os profissionais.
Recursos críticos Político:vinculação entre os setores de saúde e compromisso dos
profissionais.
Controle dos recursos
críticos
Médico e a equipe da saúde da UBS Viveiro.
Motivação: favorável
Ações estratégicas
Capacitação de agentes comunitários sobre a doença.
Atualização de protocolos de tratamento.
Discussão de casos relevantes na equipe.
Organização de agenda de trabalho.
Prazo Início em 2 meses
Responsável (eis) pelo acompanhamento das
ações Ator e equipe da unidade básica.
Processo de
monitoramento e
avaliação das ações
O acompanhamento será realizado pelo autor desta produção,
mediante a avaliação dos ganhos obtidos pelo grupo e das
implicações sobre a frequência de gravidez na adolescência.
Fonte: Dados da Pesquisa (2017)
7- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Premissas pedagógicas que apoiam a proposta de intervenção para a
prevenção da gravidez nos adolescentes:
- Abordagem educacional: a proposta está relacionada a um dos problemas
específicos que os membros da Comunidade enfrentam diariamente, a
gravidez na adolescência. O programa educacional tem como objetivo ajudá-
los a entender melhor esse problema de saúde, discutindo suas origens e
analisando a melhor maneira de resolvê-los, capacitando-os a participar
ativamente das ações que essa solução requer. O programa educacional tem
em conta os componentes pessoais; (assuntos: membros da família,
educadores, adolescentes de ambos os sexos) e pedagogia não-pessoal,
(objetivos, conteúdo a ser abordado, métodos educacionais ativos e
desenvolvedores para cada ação, meios para ensinar e aprender que
permitem estimular o Participação individual e coletiva, bem como a aquisição
de conhecimento, formas de organizar cada ação educacional e avaliação de
cada atividade.
- Motivação da Comunidade para participar da proposta: para isso a proposta
que é projetada emprega técnicas de fácil compreensão e assimilação, sem
exigir altos níveis de escolaridade para praticar as atividades propostas e para
beneficiar, assim com o que foi aprendido, por isso é projetada para dois
fatores: escola e família.
- Para aproveitar a capacidade de aprendizagem de cada comunidade: para o
efeito, os trabalhadores da saúde envolvidos nesta proposta de intervenção
devem adoptar, técnicas de transmissão e conhecimentos a que a
Comunidade está habituada, tais como Análise dos problemas da vida
cotidiana, a discussão informal em grupo ou a história de histórias e histórias,
entre outras, de suas forças para agir sobre as fraquezas.
8- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOUZAS, I. MIRANDA, A. T. Gravidez na adolescência. 2004. Revista
adolescência e saúde. Disponível em:
<http://scholar.google.com.br/scholar?hl=ptBR&q=gravidez+na+adolecencia+
bouza %3B+miranda&btnG=Pesquisar&lr=&as_ylo=&as_vis=0>. Acesso em:
10 -03-2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Descritores em Ciências da Saúde (DeCS).
Brasília, [online] 2017. Disponível em: http://decs.bvs.br/homepage.htm).
Acesso em: 29-03-2018.
_____. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Cidades. Brasília,
[online], 2016b. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/eldorado-
do-carajas/panoramaAcesso em: 15-03-2018.
CAMPOS, F.C.C.; FARIA H. P.; SANTOS, M. A. Planejamento, avaliação
e programação das ações em saúde. Belo Horizonte: Nescon/UFMG,
2017. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca.
Acesso em: 2503-2018.
CORRÊA, E. J.; VASCONCELOS, M.; SOUZA, S. L. Iniciação à
metodologia: Trabalho de Conclusão de Curso. Belo Horizonte: Nescon
/UFMG, 2017. Disponível em:
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca). Acesso em: 2003-2018.
BRITO GUIMARÃES E. M. et al. Saúde sexual e reprodutiva dos
adolescentes – um desafio para os profissionais de saúde no município
de Goiânia. Revista da UFG - Número especial Juventude. Ano VI, No. 1,
junho de 2004. Disponível em:
https://teste.proec.ufg.br/revista_ufg/juventude/reprodutiva.html. Acesso em:
29-03-2018. Disponível em:
<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/registro/Planejamento_e_av
aliac ao_das_acoes_de_saude_2/3>. Acesso em: 25-03-2018.
FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA (UNICEF).
Adolescência. Uma fase de oportunidades. New York, 2011. Disponível
em: https://www.unicef.org/brazil/pt/br_sowcr11web.pdf. Acesso em: 30-03-
2018.
http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0212067_04_cap_02.pdf.
Acesso em: 15-03-2018.
OLIVEIRA, R.Adolescência, gravidez e maternidade: a percepção de si e
a relação com o trabalho. Saúde soc. [online]. 2008, vol.17, n.4, pp.93-102.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902008000400010. Acesso
em: 20-03-2018.
OUTEIRAL, J. Adolescer. Rio de Janeiro: Revinter. 2003.
PAIM, J.S. Planejamento em saúde para não especialistas. Tratado de
Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec, p. 767-82, 2006.