GOVERNO DO ESTADO DO ARANÁ COLÉGIO ESTADUAL … · RR AACCCAANNNEEELLLLOOO tal qual a fênix das...
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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO RACANELLO SAMPAIO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO RUA GUACURU,190 – VILA ARAPONGUINHA
ARAPONGAS – PARANÁ FONE/FAX: (43) 3276-6920
www.apsantonioracanello.seed.pr.gov.br [email protected]
CÓDIGO DO ESTABELECIMENTO: 015000058
ARAPONGAS 2012
RRRAAACCCAAANNNEEELLLLLLOOO tal qual a fênix das cinzas ressurgiu!!...
1951 surgiu uma bela história...
Catarina Racanello Sampaio à comunidade um terreno doou e
a primeira escola se levantou. 1953 uma triste história... Ao lado da escola uma
fábrica de fogos, uma grande explosão, também a escola foi ao chão. 1955 a linda
história renasceu... Catarina um outro terreno cedeu e seu filho homenageado,
Antonio Racanello Sampaio, ninguém jamais esqueceu.
Autora: Maria de Lourdes Bosso Gabriel
Ex-aluna e ex-professora Professora de Língua Portuguesa
SUMÁRIO
1 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 9
2 BASE LEGAL ........................................................................................................ 10
3 APRESENTAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO ............................................... 12
4 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
5 MARCO SITUACIONAL ........................................................................................ 15
5.1 HISTÓRIA DA ESCOLA ......................................................................................... 15 5.2 CARACTERIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ......................................... 17 5.3 DADOS DA INSTITUIÇÃO ....................................................................................... 17 5.3 OFERTA DE CURSOS/MODALIDADES .................................................................... 22 5.4 QUADRO DE PESSOAL ........................................................................................ 23
5.4.1 Equipe Administrativa ................................................................................ 23 5.4.2 Equipe Pedagógica ................................................................................... 23 5.4.3 Equipe De Apoio Técnico Administrativo .................................................. 23
5.4.3.1 Agente educacional ii .................................................................... 23 5.5 CORPO DOCENTE ............................................................................................... 24 5.6 EQUIPE DE APOIO/ AGENTE EDUCACIONAL I ........................................................... 26
6 HISTÓRICO DA BANDEIRA ................................................................................. 27
7 CALENDÁRIO ESCOLAR ..................................................................................... 28
8 MAPEAMENTO DA ESCOLA ............................................................................... 29
9 FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICA ....................................................................... 30
10 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ......................................................................... 31
11 TEMPO ESCOLAR .............................................................................................. 33
12 INCLUSÃO DE ALUNOS ..................................................................................... 34
13 OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 36
13.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................. 36 13.2 DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, ESTADUAL, MUNICIPAL E ESCOLAR ........ 36 13.3 ANÁLISE CRÍTICA-REFLEXIVA............................................................................. 40
14 MARCO CONCEITUAL ....................................................................................... 42
14.1 CONCEPÇÕES .................................................................................................. 42 A – Concepção De Sociedade: .......................................................................... 42 B - Concepção De Mundo: ................................................................................. 43 C - Concepção De Homem: ............................................................................... 45 D – Concepção De Infância e adolescência: ...................................................... 45 E – Concepção De Educação / Escola: ............................................................. 47 F – Concepção De Cultura: ................................................................................ 48 G – Concepção De Trabalho: ............................................................................. 48 H – Concepção De Conhecimento: .................................................................... 49 I – Concepção de Letramento: ........................................................................... 50 J – Concepção De Ensino: ................................................................................. 51 K – Concepção De Aprendizagem: .................................................................... 52 L - Concepção de Tecnologia: ........................................................................... 53 M – Concepção De Avaliação: ........................................................................... 53 N – Concepção De Cidadania: ........................................................................... 54
14.2 PRINCÍPIOS ...................................................................................................... 55 14.2.1 Gestão Democrática E Os Instrumentos De Ação Colegiada: ................ 55 14.2.2 Currículo .................................................................................................. 56 14.2.3 Matriz Curricular E Organização Dos Conteúdos: ................................... 57 14.2.4 Critérios De Organização De Turmas: .................................................... 57 14.2.5. Avaliação: ............................................................................................... 57
14.2.5.1. Instrumentos: ............................................................................. 57 14.2.5.2 Registros: .................................................................................... 58 14.2.5.3 Recuperação: ............................................................................. 58 14.2.5.4. Comunicação dos resultados: .................................................... 58
14.3 AVALIAÇÃO: ..................................................................................................... 59 14.3.1 Do Ensino / Aprendizagem: ..................................................................... 59 14.3.2 Da Escola: ............................................................................................... 60
15 MARCO OPERACIONAL .................................................................................... 63
15.1 LINHAS DE AÇÃO: ............................................................................................. 63 15.1.1 Direção E Direção Auxiliar ...................................................................... 65 15.1.2 Secretaria ................................................................................................ 65 15.2.3 Equipe Técnico-Pedagógica ................................................................... 65 15.1.4 Docentes ................................................................................................. 66
15.1.4.1 Organização da hora atividade do professor .............................. 66 15.1.5 Funcionários ............................................................................................ 67 15.1.6 Bibliotecárias ........................................................................................... 67 15.1.7 Laboratorista ........................................................................................... 67
15.2 RELAÇÕES ENTRE O ADMINISTRATIVO E O PEDAGÓGICO: ..................................... 67 15.3 PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS: ................................................................ 69
15.3.1 Conselho Escolar: ................................................................................... 69 15.3.2 APMF ...................................................................................................... 69
15.3.3 Conselho de Classe: ............................................................................... 70 15.3.4. Grêmio Estudantil ................................................................................... 70
15.4 CELEM ........................................................................................................... 71 15.5 PDE-ESCOLA: ................................................................................................. 71 15.6 PROGRAMA PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA – PEP: ...................................... 73 15.7 EDUCAÇÃO FISCAL ........................................................................................... 73 15.8 ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR ................................................ 74 15.9 ESTÁGIOS ........................................................................................................ 74
16 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 76
ANEXOS ................................................................................................................... 78
ANEXO A – MATRIZ CURRICULAR ............................................................................ 78 ANEXO B – CALENDÁRIO ........................................................................................ 83 ANEXO C – PROJETO PDE-ESCOLA ........................................................................ 87
Arte..................................................................................................................... 87 PROJETO PHOTOFOZ ............................................................................ 87
Biologia .............................................................................................................. 91 PROJETO “MEIO AMBIENTE FAUNA E FLORA” .................................... 91
Geografia ......................................................................................................... 100 PROJETO FOZ DO IGUAÇU ................................................................. 100
Língua Portuguesa ........................................................................................... 106 TRABALHANDO A LÍNGUA PORTUGUESA ATRAVÉS DE LENDAS .. 106
Matemática ....................................................................................................... 111 PROJETO DE VISITA NA ITAIPU BINACIONAL ................................... 111
L.E.M.-Inglês .................................................................................................... 113 PROJETO: DESCRIÇÃO DE LUGARES TURÍSTICOS DE FOZ DO IGUAÇU ................................................................................................................ 113
ANEXO D – PROJETOS EXTRACURRICULARES ........................................................ 117 Arte................................................................................................................... 117
PROJETO LIXARTE ............................................................................... 117 Biologia ............................................................................................................ 120
PROJETO HORTA NA ESCOLA ............................................................ 120 Ciências ........................................................................................................... 125
PROJETO MEIO AMBIENTE ................................................................. 125 Ciências ........................................................................................................... 127
OFICINAS DE CIÊNCIAS ....................................................................... 127 Ciências ........................................................................................................... 127
PROJETO A MELHORIA DO AMBIENTE ESCOLAR ............................ 127 Educação Física ............................................................................................... 133
PROJETO XADREZ NA ESCOLA .......................................................... 133 História ............................................................................................................. 137 Matemática ....................................................................................................... 139
PROJETO ESPECIAL ............................................................................ 139 Matemática ....................................................................................................... 141
PROJETO: A GEOMETRIA DAS FORMAS DA NATUREZA ................. 141 Química ............................................................................................................ 143 L.E.M.-Espanhol ............................................................................................... 146
L.E.M.-Inglês .................................................................................................... 148 L.E.M.-Inglês .................................................................................................... 150
ANEXO E – PLANO DE ESTÁGIO ............................................................................. 153 1 – Identificação Do Curso E Eixo Tecnológico: .............................................. 153 2 – Professor Orientador: ................................................................................. 153 3 – Justificativas: .............................................................................................. 153 4 – Objetivos: ................................................................................................... 153 5 – Locais De Realização Dos Estágios:.......................................................... 153 6 – Carga Horária E Período De Realização Do Estágio: ................................ 154 7 – Atividades De Estágio: ............................................................................... 154 8 – Atribuições Da Instituição De Ensino: ........................................................ 154 9 – Atribuições Da Parte Cedente: ................................................................... 154 10 – Atribuições Dos Alunos Que Participam Do Estágio Não Obrigatório: ..... 155 11 – Avaliação Do Estágio: .............................................................................. 155
ANEXO F – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ................................................. 157 ARTE................................................................................................................ 157
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .................................................... 157 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA ......... 161 3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA ....................................................... 171 4 AVALIAÇÃO ....................................................................................... 176 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 177
BIOLOGIA ........................................................................................................ 179 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .................................................... 179 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ..................................................... 182 3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA ....................................................... 184 4 AVALIAÇÃO ........................................................................................ 186 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 188
CIÊNCIAS ........................................................................................................ 190 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .................................................... 190 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA ........ 192 3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA ....................................................... 195 4 AVALIAÇÃO ........................................................................................ 197 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 198
EDUCAÇÃO FÍSICA ........................................................................................ 199 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .................................................... 199 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ..................................................................... 201 3 ELEMENTOS ARTICULADORES ....................................................... 213 4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA ....................................................... 213 5 AVALIAÇÃO ........................................................................................ 214 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 215
ENSINO RELIGIOSO ....................................................................................... 217 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .................................................... 217 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA ........ 218 3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA ....................................................... 220 4 AVALIAÇÃO ........................................................................................ 221 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 221
FILOSOFIA ...................................................................................................... 223 1 APRESENTAÇÃO ............................................................................... 223
2 CONTEÚDOS ...................................................................................... 225 3 OBJETIVOS......................................................................................... 228 4 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ............................................ 229 5 AVALIAÇÃO ........................................................................................ 229 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 230
FÍSICA .............................................................................................................. 232 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .................................................... 232 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA .......... 232 3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA ....................................................... 234 4 AVALIAÇÃO ........................................................................................ 235 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 235
GEOGRAFIA .................................................................................................... 237 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .................................................... 237 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ..................................................... 239 3 METODOLOGIA .................................................................................. 245 4 AVALIAÇÃO ........................................................................................ 247 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 249
HISTÓRIA ........................................................................................................ 251 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .................................................... 251 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ..................................................... 254 4 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ............................................ 267 5 AVALIAÇÃO ........................................................................................ 269 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 270
LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................................. 271 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .................................................... 271 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTE/ BÁSICOS DA DISCIPLINA ........... 272 3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA ...................................................... 278 4 AVALIAÇÃO ........................................................................................ 278 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 280
MATEMÁTICA .................................................................................................. 281 1 APRESENTAÇÃO DA DISICIPLINA ................................................... 281 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA ......... 283 3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA ....................................................... 290 4 AVALIAÇÃO ........................................................................................ 293 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 294
QUÍMICA .......................................................................................................... 296 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .................................................... 296 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS ............ 298 3 METODOLOGIA .................................................................................. 301 4 AVALIAÇÃO ........................................................................................ 301 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 302
SOCIOLOGIA ................................................................................................... 304 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .................................................... 304 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/CONTEÚDOS BÁSICOS ............. 305 3 METODOLOGIA .................................................................................. 310 4 AVALIAÇÃO ........................................................................................ 311 5 REFERÊNCIAS ................................................................................... 312
L.E.M.-ESPANHOL .......................................................................................... 313 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .................................................... 313
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA ........ 314 3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA ....................................................... 321 4 AVALIAÇÃO ........................................................................................ 323 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 324
L.E.M.-INGLÊS ................................................................................................ 325 1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ............................................................................................. 325 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA ......... 326 3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA ....................................................... 328 4 AVALIAÇÃO ........................................................................................ 330 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 333
PARANÁ. Projeto Político Pedagógico. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Colégio Estadual Antonio Racanello Sampaio – CEARS. 334 f. Arapongas, 2012. (Última Atual.: 13/07/2012)
9
1 JUSTIFICATIVA
A Lei Nº 9394/96 exara no seu Artigo 12 que “os estabelecimentos
de ensino, respeitados as normas comuns e as do seu sistema de ensino terão a
incumbência de: I – elaborar e executar sua proposta pedagógica”. Desta forma,
este preceito legal responsabiliza a escola pelo seu plano de trabalho em
consonância com a sua especificidade. À escola cabe a responsabilidade de
construir coletivamente o Projeto Político Pedagógico.
Este Projeto Político Pedagógico foi construído coletivamente
aglutinando crenças, convicções, conhecimentos da comunidade escolar, do
contexto social e científico, constituindo-se em compromisso político e pedagógico
coletivo. Constitui-se, portanto, num processo de reflexão conjunta de investigação-
ação, numa construção coletiva que se consubstancia num documento que, muito
mais que um documento frio, é um “guia vivo” de ação para todos na escola que
são, ao mesmo tempo construtores, executores e avaliadores da qualidade dos
objetivos propostos.
Trata-se de um trabalho compartilhado pela equipe escolar, uma
contínua construção e reconstrução coletiva. Assim concebido, o projeto pedagógico
traduz valores do grupo, suas intenções, seus objetivos compartilhados. Estabelece
prioridades, define caminhos e será um eixo condutor do trabalho da escola,
esculpindo-lhe feição própria.
10
2 BASE LEGAL
Lei Nº 9394/96 MEC/CNE
Lei Nº 9475/97 CNE
Resolução Nº 03/98 CEB/CNE
Resolução Nº 3794/04 SEED
Deliberação Nº 007/99 CEE
Deliberação Nº 014/99 CEE
Deliberação Nº 016/99 CEE
Processo Nº 560/99 – Indicação Nº 004/99 CEE
Parecer Nº 05/97 CEB/CNE
Parecer Nº 15/98 CEB/CNE
Decreto Federal Nº 3298 que regulamenta a Lei Nº 7853.
Lei Federal 11.274/06 trata da duração do ensino fundamental, ampliando-o para 09
(nove) anos, com matrícula obrigatória aos 06 (seis) anos.
11
Deliberações Nº. 05/06, 02/07 e 03/07 normatizam o processo de implantação do
ensino fundamental de 09 (nove) anos.
12
3 APRESENTAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO
O presente projeto é o fruto da projeção arquitetada tendo em vista o
futuro. Exigiu profunda reflexão sobre as finalidades da escola, assim como a
explicitação de seu papel social e a clara definição de caminhos, formas
operacionais e ações a serem empreendidas por todos os envolvidos como
processo educativo. Seu processo de construção aglutina crenças, convicções,
conhecimentos da comunidade escolar, do contexto social e científico, constituindo-
se em compromisso político e pedagógico coletivo. Ele é concebido com base nas
diferenças existentes entre seus autores, sejam eles professores, equipe
pedagógica, equipe técnico-administrativa, pais, alunos e representantes da
comunidade local. É, portanto, fruto de reflexão e investigação.
André (1995, p.111) afirma:
Conhecer a escola mais de perto significa colocar uma lente de aumento na dinâmica das relações e interações que constituem seu dia-a-dia, apreendendo as forças que a impulsionam ou que a retêm, identificando as estruturas de poder e os modos de organização do trabalho escolar, analisando a dinâmica de cada sujeito nesse complexo interacional.
Esse imprescindível esforço coletivo implica a seleção de valores a
serem consolidados, a busca de pressupostos teóricos e metodológicos postulados
por todos, a identificação das aspirações maiores das famílias, em relação ao papel
da escola na educação da população e na contribuição específica que irá oferecer
para “o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho” (Art.2º da Lei 9394/96).
13
4 INTRODUÇÃO
A reconstrução deste Projeto Político Pedagógico se faz necessária
pelo fato de precisarmos revitalizar a escola, refletindo sobre as dificuldades e
oferecendo um indicador que visa à (re)construção de uma escola prazerosa e
aprendente.
O Colégio Estadual Antonio Racanello Sampaio realiza, sempre que
necessário, reuniões envolvendo todos os profissionais da educação que nele
atuam. Nestes momentos são realizados questionamentos que visam o
levantamento de questões e/ou atividades. Assim, os problemas são enumerados e
a busca de solução para os mesmos acontece durante a própria reunião.
O Projeto Político Pedagógico visa à integração de dinâmicas
relacionadas com as iniciativas de todos os membros da comunidade educativa,
tendo por finalidade principal dotar este Estabelecimento de recursos que favoreçam
a relação da escola com a comunidade. O Projeto Político Pedagógico é uma
plataforma de enriquecimento dos projetos pedagógicos, sustentados pela
participação de todos os que se interessam por uma educação de qualidade, que
valoriza o local como conteúdo cultural de aprendizagem.
Além disto, há o empenho em mostrar aos alunos que a escola pode
ser um lugar interessante para eles e para suas vidas, um lugar não apenas para
aprender, mas também para “ser”.
O Projeto Político Pedagógico deve, ainda, atender a duas
necessidades prementes: a preparação para o trabalho, uma vez que os alunos são
trabalhadores do Parque Industrial e do Comércio local, com a exigência de terem
qualificação e formação escolar e reformulação dos conteúdos e da metodologia a
eles aplicada, pois os alunos são carentes e só têm acesso ao saber através da
escola.
Esta proposta orientará todo o trabalho a ser realizado neste
Estabelecimento, sendo elaborada coletivamente com a responsabilidade de ser
executada por todos, para que os objetivos e metas propostos sejam alcançados
com êxito.
14
Concluindo: “O Projeto Político Pedagógico não é um documento
que reflete desejos e grandes palavras. Ele se torna um “lugar” da memória de uma
realidade que é construída dia a dia. Um “lugar” no qual se pensa no caminho que
está sendo feito a partir da reflexão indagadora do conhecimento que é gerado na
prática. O Projeto Político Pedagógico não se transforma, assim, em um documento:
é uma parte da vida da escola e uma proposta “real” para continuar melhorando e
aprendendo”. (Fernando Hernández)
15
5 MARCO SITUACIONAL
5.1 HISTÓRIA DA ESCOLA
O Colégio Estadual “Antonio Racanello Sampaio” – Ensino
Fundamental e Médio, foi fundado em 1.951, sob a denominação de Grupo Escolar
“Antonio Racanello Sampaio”, para atender classes de 1ª a 4ª séries. Funcionou até
1954, quando houve uma explosão e o incêndio ocasionado pela Fábrica de Fogos
de Artifícios existente ao lado da Escola a destruiu.
Em 1.955 a Escola ganhou um novo prédio construído na rua
Guacuru, nº 190, Vila Araponguinha, onde se situa até hoje.
A denominação do Estabelecimento deve-se à homenagem prestada
ao filho da doadora do terreno, Sra. Catarina Racanello Sampaio.
O Estabelecimento situa-se entre o Parque Industrial, o SESI
(Serviço Social da Indústria) e a Escola do Trabalho. O prédio é de alvenaria, seu
terreno mede 3.576,37m2, com 957,94 m2 de área construída e 2.618,88 m2 de
área livre. Na Quadra 15, datas 5, 6, 7, 8, escrituradas em nome da Prefeitura
Municipal; datas 9, 10, e 11 Estado do Paraná, transcrição 9.945, Registrado em
28/06/65.
Oferta a seu alunado, o Ensino Fundamental de 5ª à 8ª séries e o
Ensino Médio, tendo como Entidade Mantenedora, o Governo do Estado.
De 1.955 a 1.957, o Estabelecimento funcionou sob a denominação
de Escola Municipal.
Através do Decreto nº 13.889 de 30/12/1957, Diário Oficial de
10/01/1958, foi criado sob proposta da Secretaria da Educação e Cultura, como
Grupo Escolar de 1ª classe.
Em 1.973 foi implantada a Lei nº 5.692/71 iniciando-se com:
1ª, 2ª e 5ª séries no período diurno;
3ª, 4ª e 6ª séries no período diurno (1974);
7ª e 8ª séries no período diurno (1.975);
16
Com o Decreto de Reorganização nº 2.435 de 26/10/76, foi
publicado no Diário Oficial de 29/10/76, passou o estabelecimento a denominar-se
Escola “Antonio Racanello Sampaio” – Ensino de 1º Grau e compunha com outras
Escolas, o Complexo Escolar Professor Narciso Mendes.
Em 1978, as classes de 5ª a 8ª séries passaram a funcionar
somente no Período Noturno. Com a Resolução 661/83 de 07/03/83 – Diário Oficial
nº 1509 de 6l14/83 passou à Escola Estadual: “Antonio Racanello Sampaio” –
Ensino de 1º Grau.
A Resolução nº 384/82 de 09 de fevereiro de 1.982, reconheceu o
Curso de 1º Grau, bem como o Estabelecimento.
Houve a ampliação da oferta de Ensino de 1º Grau, no período
diurno, através da Portaria nº 3.229/86 de 02/12/86, de forma gradativa a partir de
1.987, da seguinte forma:
5ª série – 1.987
6ª série – 1.988
7ª série – 1.989
8ª série – 1.990
A partir de 1.990 houve a implantação do Ciclo Básico de
Alfabetização de dois anos conforme Decreto 2545/88.
Em 1.997 foi implantado do Projeto PAI-S (Correção de Fluxo
Resolução nº 1.553/97).
De acordo com a Resolução Secretarial nº 3120/98-SEED, a Escola
Estadual “Antonio Racanello Sampaio”- Ensino de 1º Grau passou a denominar-se
Escola Estadual “Antonio Racanello Sampaio”- Ensino Fundamental, conforme a
Deliberação nº 003/98 do Conselho Estadual de Educação.
Em 2002, foi implantado o Ensino Médio, seriado em caráter
gradativo passando a Escola denominar-se “Colégio Estadual Antonio Racanello
Sampaio – Ensino Fundamental e Médio”, conforme a Resolução nº 0664/2002 e o
Parecer nº 0441/2002.
17
A partir do ano de 2009, passa a ofertar Ensino Extracurricular e
Plurilinguista de Língua Estrangeira Moderna (Espanhol), na modalidade CELEM.
No segundo semestre de 2011 foi implantado a Atividade
Complementar Curricular no Macro Campo Agenda 21 e o P.E.P. (Programa Escolar
Preventivo).
A partir de 2012 passa a ofertar, por determinação da Lei Federal nº
11.274/06, o Ensino Fundamental com duração de 09 (nove) anos (finais).
5.2 CARACTERIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
O Colégio Estadual Antonio Racanello Sampaio – Ensino
Fundamental e Médio, está situado entre o Parque Industrial, SESI (Serviço Social
da Indústria) e Escola do Trabalho; contando com 603 alunos, distribuídos em três
(03) turnos. Funciona no período da manhã com oito (08) turmas regulares e uma
(01) turma de Sala de Apoio, no período da tarde com oito (08) turmas e no período
da noite com quatro (04) turmas regulares e duas (02) do CELEM conforme tabela
infra. Contando com um total de vinte (20) turmas do Ensino Regular e quatro (04)
turmas de Programas Educacionais.
5.3 DADOS DA INSTITUIÇÃO
O Colégio Estadual Antonio Racanello Sampaio, Ensino
Fundamental e Médio, está localizado à Rua Guacuru, nº 190, Vila Araponguinha, no
Município de Arapongas, Estado do Paraná, CEP: 86705-600, Telefone-fax: (43)
3276-6920; Site: www.apsantonioracanello.seed.pr.gov.br; e-mail:
[email protected]; CNPJ: 76.416.965/0001-21.
Informações Complementares
Município de Arapongas – Código
18
NRE: Apucarana – Código 01
Código da Escola: 00058
Entidade Mantenedora
Governo do Estado do Paraná.
Ensino Curso Seriação Turno Turmas Qtde Alunos CELEM 7002 - ESPANHOL - BASICO 1ª Série Intermediário Tarde A 19 2ª Série Intermediário Tarde A 10 Total do Curso 29 Total do Ensino 29 Ensino Fundamental 3005 - Programas de atividades comple Sem Seriação Tarde A 26 Total do Curso 26 4039 - ENSINO FUND.6/9 ANO-SERIE 6º Ano Tarde A 30 6º Ano Tarde B 28 6º Ano Tarde C 28 7º Ano Tarde A 29 7º Ano Tarde B 29 7º Ano Tarde C 29 8º Ano Manhã A 34 8º Ano Tarde B 36 8º Ano Tarde C 27 9º Ano Manhã A 27 9º Ano Manhã B 26 9º Ano Manhã C 28 9º Ano Noite D 29 Total do Curso 380 Total do Ensino 406 Ensino Médio 9 - ENSINO MEDIO 1ª Série Manhã A 30 1ª Série Manhã B 31
19
1ª Série Noite C 26 2ª Série Manhã A 36 2ª Série Noite B 28 3ª Série Manhã A 24 3ª Série Noite B 36 Total do Curso 211 Total do Ensino 211
Total Geral 646
Referência: 10 de julho de 2012.
Grande parte do alunado situa-se na faixa sócio- econômica média -
inferior e inferior, sendo que a renda familiar da maioria é de 1 a 3 salários mínimos.
A maioria dos alunos procede de diferentes bairros da região, predominando os
residentes no Núcleo Habitacional Flamingos, Del Condor, Flamingos III, Nossa
Senhora das Graças e Águias, Jardim Novo Flamingos, Jardim San Raphael I, II, III,
Jardim Monte Carlo I e II, Jardim São Carlos (próximo ao Parque Industrial), Vila
Araponguinha, Vila Sampaio, Jardim do Sol e Jardim Novo Horizonte, Vila Passos,
Jardim St. Antônio, Jardim Casa Grande, Conjunto Sta. Efigênia, Conjunto Ulisses
Guimarães e Vila Industrial próximos à escola. Alguns poucos ainda, são oriundos
da zona rural do município.
A faixa etária dos alunos é muito ampla, há alunos no período diurno
de 11 a 17 anos nas turmas de 6º ao 9º anos e acima de 14 anos de idade de 9º ano
e Ensino Médio, no período da noite.
Poucos são os alunos que não trabalham, a grande maioria trabalha
no Parque Industrial ou no Comércio Local, pois muitos pais encontram-se
desempregados e não raro o sustento da casa é de responsabilidade dos filhos.
Suas maiores necessidades referem-se às atividades culturais e
esportivas.
Grande parte dos alunos apresenta dificuldades no rendimento
escolar e a aprendizagem é difícil e lenta, principalmente no período da noite. A
cada ano tentamos baixar os índices de evasão e repetência, mas as condições
sociais quase sempre falam mais altas. Os alunos que param de estudar são
chamados pela Equipe Pedagógica para retornar, alguns retornam, outros não. Além
20
disso, um trabalho com a auto - estima dos alunos é realizado, buscando sempre
incentivar o aluno a permanecer na escola e mais ainda, gostar dela.
A Equipe Pedagógica trabalha constantemente a análise dos índices
de evasão e repetência, apoia todos os projetos desde o planejamento à sua
execução e posterior avaliação.
Além disso, todos os alunos que são trabalhadores e conseguem
comprovar isto têm tolerância para entrar após o sinal, ou recuperar sua frequência
através de trabalhos, em caso de horas extras, sendo mais uma tentativa de mantê-
los na escola, aliando trabalho x educação.
Apesar dos resultados não parecerem significativos
matematicamente, analisando-se os esforços realizados para qualidade estes
renovam-se a cada ano, tudo o que for possível ser feito por nossa comunidade
certamente o será.
A escola recebeu em 2006, vinte (20) computadores, utilizando a
rede de fibra ótica da Copel para acesso à Internet. Em 2010 foi instalado o
laboratório do PROINFO dezoito (18) computadores nas dependências da biblioteca
escolar, quanto ao acervo bibliográfico tem sido ampliado através de recursos
oriundos do PDE Escola e do Programa Biblioteca do Professor da SEED e MEC.
Possui ainda um laboratório de Ciências, Biologia, Física e Química equipadas com
conjuntos reagentes, vidrarias e equipamentos.
A quadra poliesportiva foi coberta em 2008 necessitando ainda de
melhorias no aspecto físico como alambrados e piso.
O muro em torno do prédio escolar necessita de reforma urgente o
que já foi solicitado junto aos órgãos competentes.
Os banheiros e toda a parte administrativa foram reformados e todo
prédio escolar recebeu pintura em 2009, com recursos oriundos do Governo do
Estado.
A limpeza é realizada diariamente tornando o ambiente limpo e
agradável.
21
Foram instaladas câmeras de circuito interno, evitando furtos,
destruição do patrimônio público, inibindo a violência no interior da escola. Em 2011
adquiridos portões eletrônicos e interfone, objetivando maior segurança na escola.
A atual gestão escolar desenvolve um trabalho em conjunto com
A.P.M.F. na tentativa de melhorar o espaço físico, disponibilizando os recursos
físicos necessários para condições de ensino, a fim de proporcionar um ambiente
mais agradável a toda comunidade escolar.
Parte do espaço dos fundos do Colégio foi reservado à formação da
horta escolar que vem sendo implementada através de projetos disciplinares e foi
reformada uma pequena lavanderia que já existia, porém encontrava-se em
péssimas condições, além da realização de serviços de poda e jardinagem.
A nossa escola conta com:
01 Sala de Direção
01 Sala dos Professores
01 Sala para Secretaria
01 Sala para Equipe Pedagógica
01 Laboratório de Ciências, Biologia, Física e Química
01 Biblioteca e Laboratório ProInfo
01 Cantina
01 Cozinha
01 Despensa
01 Almoxarifado
01 Pátio coberto (refeitório)
02 Banheiros para alunos (masculino /feminino)
03 Banheiros dos professores
08 Salas de aula
01 Sala de Apoio
01 Sala de Laboratório de Informática Pr-D
22
01 Quadra Poliesportiva
5.3 OFERTA DE CURSOS/MODALIDADES
O Estabelecimento de Ensino tem por finalidade atendendo ao
disposto nas Constituições Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e Base da
Educação 9394/96, ministrar o Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) e o Ensino
Médio (1ª a 3ª séries), observadas em cada caso, a legislação e as normas
especificamente aplicáveis.
O Estabelecimento participa do Programa PDE Escola desde o ano
2008 e do Programa Educacional Sala de Apoio desde o início de sua implantação
no estado.
A partir do ano de 2009, o estabelecimento passa a ofertar o Ensino
Extracurricular e Plurilinguista de Língua Estrangeira Moderna (Espanhol).
A partir de 2012 haverá a implantação simultânea do ensino
fundamental com duração de nove (09) anos (finais), passando a ter a seguinte
nomenclatura:
5ª série 6° ano
6ª série 7° ano
7ª série 8° ano
8ª série 9° ano
Obs.: Matriz em anexo.
Essa etapa de escolarização é ofertada no turno da manhã (uma
turma de 8º ano e três turmas do 9º ano), no turno da tarde (três turmas do 6º ano;
três turmas do 7º ano e duas turmas do 8º ano) e no turno da noite (uma turma de 9º
ano).
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Funcionamental de 09
anos de forma simultânea, este Estabelecimento escolar considera como Amparo
Legal a LDB nº 9394/96, Resolução nº 7/2010 – CNE/CEB, que fixa as Diretrizes
23
Nacionais para o Ensino Fundamental de 09 (nove) anos; Deliberação nº 03/2006 –
CEE/CEB e o Parecer nº 407/2011.
Terá como referência pedagógica as Diretrizes Curriculares Estadual
do Paraná (DCE) que consideram os conteúdos como meios para que os alunos
possam produzir bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.
A organização curricular para o curso de Ensino Fundamental tem
estruturação por disciplinas, distribuídas em séries anuais respeitando as
orientações previstas na Instrução nº 008/2011 – SUED/SEED.
5.4 QUADRO DE PESSOAL
5.4.1 Equipe Administrativa
Diretor: Rita de Cassia Zuqui Barros
Diretora Auxiliar: José Campassi Júnior
Secretária: Ivanimara Canassa
5.4.2 Equipe Pedagógica
Ana Carolina Torres Antunes
Deise Lúcide Garcia Segura
Gláucia Henschel Capazorio
Josilene Alves
5.4.3 Equipe De Apoio Técnico Administrativo
5.4.3.1 Agente educacional ii
Fernanda Galeano
24
Inez Alves de Oliveira
Leonilda Aparecida Marcelo
Paulo Henrique Vieira Sante
Tadashi Nakatami
5.5 CORPO DOCENTE
Nome Capacitação Máx. (Licenciatura)
ADRIANA DENISE MARQUEZIM
EDUCAÇÃO FÍSICA
AERTON JOSE GOUVEIA JUNIOR SOCIOLOGIA
ALINE PRICINATO QUÍMICA/CIÊNCIAS
ANDREIA SANDRA DE OLIVEIRA EDUCAÇÃO FÍSICA
ANDREYA DARC DE OLIVEIRA
EDUCAÇÃO FÍSICA
ANGELA APARECIDA ORTIZ FERREIRA
HISTÓRIA
CELIANE CRISTINE TIRONI ENSINO RELIGIOSO
CLAUDIO DE ANDRADE EDUCAÇÃO FÍSICA
CONCEICAO APARECIDA DIAS DE OLIVA BARBAL GEOGRAFIA
DEBORA DUARTE DE CAMARGO
PORTUGUÊS/INGLÊS
DEBORAH GOLFIERI DE OLIVEIRA
EDUCAÇÃO FÍSICA
DIEGO HENRIQUE ALEXANDRINO
BIOLOGIA
DRIELI DE CASSIA DA SILVA HISTÓRIA
ELEN CRISTINA BATISTA DOS SANTOS BIOLOGIA
ELEN MICHELLI PEREIRA SOCIOLOGIA
ELIS CRISTINA CORRER CIÊNCIAS
ELIZABETE TEREZINHA GERALDO DA SILVA
GEIOGRAFIA
ENEIDA MAZUQUIN INGLÊS
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EVA MARIA BIAZAO
FABIO RIBEIRO DE FREITAS ARTE
FERNANDA JULIANA SANGUINO
FILOSOFIA
FRANCELISE IDE ALVES FERREIRA
MATEMÁTICA
FRANCIELLE FERNANDA BARRINOVO MARTINS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
IDAMAR APARECIDA ROCHA *
IONE BENETOLI AFASTADA PARA O PDE
IRENE SUREK DE SOUZA FÍSICA
JULIO BELCHO DE MELLO ARTE
LEILA APARECIDA PERDIGAO
MATEMÁTICA
LEVI APARECIDO XAVIER EDUCAÇÃO FÍSICA
LUCIA HELENA ALVES CASIMIRO PORTUGUÊS
LUCIANA DE SOUSA GALIAN CHIREIA MATEMÁTICA
LUCIOLA CASAGRANDE ARTE
MARA SUELI DE ASSIS CHAGAS **
MARCOS CESAR BENELI MATEMÁTICA
MARIA CRISTINA RODRIGUES FEITOSA ESPANHOL
MARIA DALVA VAZ TEIXEIRA **
MARIA DE FATIMA LOPES ZULIANI PORTUGUÊS
MARIA HELENA MACEDO GEOGRAFIA
MARLE RODRIGUES DE PAULO
GEOGRAFIA
MAURICIO ORTIZ NETO HISTÓRIA
MIRIAM CARLA HILARIO BIOLOGIA
OSMAR GODOI (A) AFASTADO PARA O PDE
ROSELI SUZUKI MATEMÁTICA
SELMA REGINA SLEMBARSKI
PORTUGUÊS/INGLÊS
26
SIMONE FORCATO CIÊNCIAS
SOLANGE SAWONIUK OTTENIO PORTUGUÊS
SONIA MARIA NONIS SANTOS
HISTÓRIA/FILOSOFIA
SUELI APARECIDA DE LIMA MOLINARI
INGLÊS
VALERIA APARECIDA ORTIZ HISTÓRIA
VIVIA CRISTIAN LOPES CIÊNCIAS
* Professores afastados pela Lei 10.219/92
** Afastada de função
Referência: 10 de julho de 2012.
5.6 EQUIPE DE APOIO/ AGENTE EDUCACIONAL I
Ana Maria Miranda de Lima
Ângela Maria Carvalho de Melo
Carmem Ortiz Marcelino
Cleusa Alves Forcato
Maria de Fátima de Moura
Maria Inês Gualdevi Bordinhão
Marlene Aparecida Gualdevi
Nilzete Arantes de Oliveira
27
6 HISTÓRICO DA BANDEIRA
A Escola em seu palácio irredutível de conhecimento e
ensinamentos é o maior passo que uma pessoa pode dar, rumo ao seu mais
importante sonho.
Tendo estes pensamentos como um único tópico, porém, vasto em
razão, é que foi elaborado o símbolo da Escola Estadual Antonio Racanello
Sampaio.
O Globo representa o mundo com seus variados desafios;
O Polígono Superior ao Globo representa o teto desta instituição que
é a Escola, ou seja, demonstra proteção, amparo e segurança;
O Polígono inferior ao Globo representa o chão, firme que ampara o
mundo (Escola)
O desenho estilizado de duas Mãos representa a figura humana,
como o pilar de sustentação de tudo;
O Semicírculo inferior (Vermelho) representa o caminho que se deve
percorrer, rumo ao seu sonho;
O Livro representa os ensinamentos dispostos neste caminho;
O Semicírculo superior (Amarelo) representa o Sol, que ilumina
incansavelmente os caminhos a serem percorridos.
O Arco-íris Azul representa o Céu, também sustenta o honrado
nome da Escola.
As faixas nos tons de Branco e Azul, representa as Cores da Escola.
E que assim, paire sob o tremular deste pendão, a paz e a soberania
que instituição sempre pregou ante a seus alunos, professores e funcionários, em
caminho cada vez mais vasto de justiça e sabedoria.
Projeto de Cristiano Roberto Luis da Silva – 7ª/93.
28
7 CALENDÁRIO ESCOLAR
É elaborado segundo a Resolução Secretarial da Entidade
Mantenedora.
Segue em anexo o Calendário 2012.
2
8 MAPEAMENTO DA ESCOLA
30
9 FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICA
Ao construir o Projeto Pedagógico há que se situar a escola dentro
de uma linha filosófica que servirá de base teórica e orientará a prática escolar.
Quando se colocam como metas a transformação, a qualidade de ensino, o aluno
com consciência crítica, o desenvolvimento da cidadania, a oportunidade de reflexão
das ideologias, os avanços tecnológicos, a Pedagogia Histórico-crítica está
implicitamente sendo aplicada.
Sendo assim, a educação será uma “mediação” pela qual o aluno,
com a “intervenção” do professor e por sua própria “participação” ativa, passa a ter
uma visão sintética, organizada e unificada do saber, elaborando um processo de
aprendizagem onde alunos e professores serão ensinantes e aprendizes.
Os conteúdos não mudarão, mas o aluno aprenderá determinado
conteúdo e o reavaliará criticamente, de forma que o professor fará a conexão do
conhecimento prévio do aluno ao saber mais elaborado, criando uma ponte que faça
com que o aluno alcance tal saber.
Os métodos partirão da experiência do aluno, os elementos novos
serão trazidos pelo professor e aplicados criticamente à prática do aluno. Além
disso, o professor não buscará apenas satisfazer as necessidades e carências dos
mesmos; mas despertará outras necessidades e exigirá o esforço do aluno.
Desta forma, o ensino estará voltado para a interação conteúdos –
realidades sociais, visando avançar sempre em termos de articulação política,
tecnológica e pedagógica.
31
10 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
Na organização curricular para os anos finais do Ensino
Fundamental consta:
I – Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de: Arte,
Ciências, Educação Física, Geografia, História, Matemática, Língua Portuguesa e de
uma parte diversificada constituída por Língua Estrangeira Moderna (Inglês);
II _ Ensino Religioso, como disciplina integrante da Matriz Curricular
do estabelecimento, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil;
III – História e Cultura Afro Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e
Enfrentamento à Violência, Música e Direito da Criança e do Adolescente (ECA) ,
como temáticas trabalhadas ao longo do ano letivo em todas as disciplinas;
IV – Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História:
V – Conteúdos de Geografia do Paraná na Disciplina de Geografia.
O Ensino Médio tem sua organização da seguinte forma:
I – Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte,
Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa,
Matemática, Química, Sociologia e de uma parte diversificada constituída por Língua
Estrangeira Moderna (Inglês);
II – História e Cultura Afro Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e
Enfrentamento a Violência, Música e Direito da Criança e do Adolescente (ECA) ,
como temáticas trabalhadas ao longo do ano letivo em todas as disciplinas;
III – Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História:
IV – Conteúdos de Geografia do Paraná na Disciplina de Geografia.
O Ensino Extracurricular e Plurilinguista de Língua Estrangeira
Moderna (Espanhol) é ofertado a partir de 2009, com duração de dois (02) anos ,
perfazendo um total de trezentos e vinte (320) horas. Os conteúdos e componentes
32
curriculares estão organizados na Proposta Pedagógica Curricular, conforme
orientações da SEED.
A partir de 2011 o estabelecimento passa a ofertar o Programa de
Atividades Complementares Curriculares em Contraturno, da SEED, de acordo com
a Instrução Normativa 004/2011.
33
11 TEMPO ESCOLAR
As disciplinas serão organizadas em aulas de 50 minutos, onde o
aluno deverá permanecer 4 horas diárias num total de 800 horas, distribuídas em
200 dias letivos.
O horário de funcionamento deste estabelecimento será:
Manhã: 7:30 às 11:55 – Intervalo 15 min.
Tarde: 13:00 às 17:25 – Intervalo 15 min.
Noite: 18:50 às 23:00 – Intervalo 10 min.
Intermediário (CELEM): 17:30 às 19:00
Obs.: No período da noite conforme disposto no Artigo 34 da Lei de
Diretrizes e Bases o horário será de 18:50 às 23:00, atendendo o transporte escolar
e coletivo.
34
12 INCLUSÃO DE ALUNOS
A oferta e atendimento educacional aos alunos com necessidades
educacionais especiais na escola vem sendo orientados de acordo com a legislação
vigente, com destaque aos documentos:
Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Nº 9394/96 – Capítulo
V – Art. 58, 59 e 60.
Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica –
Parecer Nº 17/01 – CNE e Resolução CNE Nº 02/01.
Deliberação Nº 02/03 – CEE.
Diretrizes Curriculares da Educação Especial.
Os aspectos referentes às mudanças nas práticas educacionais
dizem respeito a todos os que trabalham na escola, entendidos como agentes
educativos, de modo a promover a igualdade de oportunidades e a valorização da
diversidade no processo educativo.
Para tanto, a escola tem adequado o espaço físico, com rampas de
acesso, corrimões, alargamentos das portas e suporte de apoio nos sanitários.
Quanto à implementação dos serviços e apoio especializados, ainda
não ocorreu neste Estabelecimento.
Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais,
alunos egressos da educação especial ou de sala de recursos de 1º ao 5º ano, e
ainda aqueles que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico
significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou Deficiência Intelectual (DI) e
Transtornos Funcionais Específicos (TFE) são atendidos em sala de ensino regular,
pois a escola não possui espaço físico para a implantação da Sala de Recursos. Os
professores traçam estratégias na participação e aprendizagem desses alunos,
tendo como prática a flexibilização e adequação curricular na adoção de
metodologias de ensino.
A escola atende alunos oriundos da zona rural, considerando o
conhecimento empírico que as pessoas desse meio possuem, e ao mesmo tempo
35
ampliando seus conhecimentos de modo teórico. Ela deve levar em conta as
diversidades implícitas em cada região, bem como levar os alunos desse meio a
valorizar, preservar suas raízes e discutir criticamente as questões problemáticas
locais para melhorá-las.
36
13 OBJETIVO GERAL
Redimensionar todo o trabalho escolar, visando o aprimoramento da
gestão escolar democrática e da qualidade de ensino, refletindo sobre
fundamentação teórica, filosófica, metodológica, estratégica, avaliação e conteúdos
programáticos, tendo em vista o conhecimento da comunidade na qual a escola está
inserida, atendendo às reais necessidades dos educandos.
13.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Propiciar aos educandos um ensino de qualidade onde a justiça
curricular se apresente na forma de conteúdos prioritários e com aprendizagem
significativa, porém prazerosa, diminuindo desta forma os índices da evasão e
repetência;
Formar sujeito consciente de sua ação histórica na construção de
uma sociedade mais justa e humana;
Buscar melhores condições de vida em seus aspectos sociais,
políticos, econômicos, culturais, entre outros;
Instrumentalizar o sujeito, via apropriação do conhecimento, na
construção de saberes que possibilitem compreender e analisar criticamente a
realidade social, no sentido de promover ações transformadoras.
Intensificar a participação de todos os segmentos colegiados nas
atividades realizadas pelo Colégio para que haja articulação e integração da
comunidade escolar.
13.2 DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, ESTADUAL, MUNICIPAL E ESCOLAR
Há mais de uma década a humanidade vive sob a hegemonia
política e ideológica do neoliberalismo: processo intercultural, aldeia global,
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globalização... parecem palavras de ordem para caracterizar a época histórica em
que vivemos. O capitalismo, responsável por inúmeras diferenças entre os homens,
desenvolveu e desenvolve a indústria de massa, gerada de grande
homogeneização, apagando diferenças e padronizando estilos de vida.
Consumismo, competição permanente, enriquecimento rápido aparecem como os
grandes objetivos do presente.
O Brasil não poderia ficar à margem da história mundial e das
consequências, nem sempre positivas desse processo cujo modelo sócio-econômico
é representado pelo crescente número de excluídos e pela contínua concentração
de renda. A educação, sempre considerada como prioridade pelos órgãos
governamentais, continua sendo elitista, onde os menos favorecidos lutam por uma
escola pública mais eficiente e por um acesso à Universidade democrática e menos
excludente.
No Brasil, há várias normas, como a Constituição Federal de 1988, a
atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB de 1996 e o Estatuto da Criança
e do Adolescente – ECA de 1990, que garantem o direito à educação à criança e ao
adolescente; direito que precisa ser perseguido por todos os profissionais que atuam
no contexto escolar.
Porém, ao se deparar com o atual contexto brasileiro, percebe-se
que o ensino tem se mostrado insuficiente – no que se refere à quantidade de vagas
para o atendimento aos alunos, sendo grande o desafio de melhorar sua qualidade,
que é perpassada por várias questões, tais como baixos salários dos professores,
escolas públicas sucateadas, ensino formalista e autoritário; o que gera,
consequentemente, desestímulo por parte dos professores e alunos.
Nesse contexto, o Estado do Paraná tem o reflexo das crises
econômica, social e política nacional que vivenciamos na atualidade, apesar do
Estado do Paraná fazer parte da região sul, que se encontra em importante processo
de desenvolvimento econômico.
Na educação, a região sul, segundo dados do INEP, se enquadra
com nível elevado de escolarização e maior oportunidade do jovem chegar ao ensino
superior, região Sul, aonde 17,1% dos alunos chegam à faculdade.
38
Atualmente, o Ensino Fundamental regular tem 9 (nove) anos de
duração, organizado em dois segmentos: 5 (cinco) anos iniciais e quatro anos finais,
atendendo crianças e jovens na faixa etária em torno de 6 a 14 anos. No Paraná,
devido ao processo de municipalização, iniciado nos anos 90, aproximadamente
98% da oferta dos anos iniciais está sob a responsabilidade dos municípios e, quase
a totalidade do ensino dos anos finais, é ofertado pela rede pública estadual.
O resultado do Censo Escolar da Educação Básica 2010 mostra
que, no Brasil, estão matriculados 1.140.388 estudantes na Educação Básica, sendo
que 43,9 milhões em escolas públicas e 7,5 milhões em escolas privadas. As redes
municipais abrigam a maior parte dos alunos matriculados. Sendo que os estudantes
na Educação Básica, compreendem a Educação Infantil (creche e pré-escola), o
Ensino Fundamental (1º a 9º ano ou 1ª a 8ª série), o Ensino Médio, a Educação
Profissional, a Educação Especial e a Educação de Jovens e Adultos (nas etapas
Ensino Fundamental e Ensino Médio). Os dados foram apurados pelo Censo Escolar
da Educação Básica que, anualmente, coleta dados de todas as escolas brasileiras
e traça, com isso, um retrato fiel da realidade educacional brasileira. Há um total de
197.468 escolas. No estado do Paraná, as matrículas na Educação Básica totalizam
2.414135.
A história da educação no Paraná não está dissociada da
educação brasileira. Mesmo sendo um Estado considerado desenvolvido
economicamente, no que tange à educação, estamos buscando soluções para
deficiências designadas aos alunos das camadas populares, ausência e rotatividade
de professores e funcionários nas escolas, alunado que mora em outras
comunidades, falta de estrutura física adequada, bibliotecas desatualizadas e com
acervos insuficientes, falta de materiais didáticos pedagógicos para os professores
desenvolverem seu trabalho com qualidade.
Mesmo com o programa de formação continuada adotada pela
SEED, há que se investir no aprofundamento de estudos e pesquisas dos
trabalhadores em educação, no que se refere a sua participação em cursos de Pós-
Graduação Lato e Stricto Senso, além da implantação do piso salarial que assegure
a isonomia e a valorização desse profissional.
O Paraná, nos últimos anos, deu prioridade ao Ensino Fundamental,
enquanto o Ensino Médio causa preocupação, quando este apresenta elevado
39
índice de evasão e baixo rendimento escolar. Atualmente, a SEED vem promovendo
a implantação dos cursos técnicos para suprir a demanda do mercado de trabalho
do pais em ascensão, nas formas integradas e subsequentes.
A rede Municipal de Ensino é responsável pelo ensino de 1º ao 5°
ano do Ensino Fundamental. Na época da municipalização, em meados de 1997, o
município não dispunha de condições econômicas, físicas e humanas para dar
suporte a uma educação de qualidade. Com o decorrer dos anos a municipalização,
gradativamente, tornou-se benéfica, isto porque, o governo municipal investiu os
recursos destinados à educação em melhoria da qualidade do ensino.
Em termos de educação progressista, para a maioria dos
educadores deste estabelecimento de ensino, houve avanços, porém a rotatividade
do quadro funcional dificulta sua vivência, tornando a prática pedagógica mais difícil.
Desde 2009 o colégio tem procurado esclarecer os professores temporários acerca
da linha filosófica que embasa as ações adotadas, estabelecendo objetivos claros,
para superar as fragilidades e melhorando a integração e a gestão de comunicação
entre toda a comunidade escolar.
Outro fator relevante é a avaliação que se manifesta muitas vezes
pela atitude autoritária e a utilização do quantitativo sobre o qualitativo, tornando o
discurso desvinculado da prática. Todavia, houve avanço neste fator devido aos
encontros pedagógicos e formação continuada através dos quais diversos
instrumentos avaliativos são adotados.
Nos encontros de formação de professores de áreas afins
destinados a discussões sobre os trabalhos das disciplinas, verifica-se que o tempo
é insuficiente, limitando a troca de ideias, prejudicando assim a transdisciplinaridade
que, apesar de todas as tentativas, ainda não é trabalhada na sua totalidade.
A evasão é extremamente preocupante, principalmente no período
da noite. Os motivos são diversos e por mais projetos e metodologias diferenciadas
que se utilize, o problema ainda persiste. As causas são diversas, entre elas, a
necessidade do trabalho, o cansaço físico e o desânimo. Na verdade é visível que
para o aluno qualquer motivo é suficiente para que ele desista, uma vez que há
pouco empenho da família em manter seus filhos na escola e também que há uma
ideologia impregnada para que as pessoas tornem-se mão-de-obra no Parque
40
Industrial como único fim deixando o conhecimento e a cultura para o segundo
plano.
Apesar de todas as dificuldades encontradas no decorrer do
processo, verifica-se um grau de satisfação da comunidade escolar, expressa na
participação em eventos e atividades escolares.
A escola oferece atividades diferenciadas como: preparação para o
ENEM e vestibulares, palestras, visitas à Faculdades e Universidades públicas e
privadas, projetos educacionais planejados e desenvolvidos pelos docentes, que
têm como objetivo uma maior participação e incentivo dos alunos nas aulas,
principalmente do Ensino Médio. Além disso, faz um acompanhamento individual de
frequência e rendimento, comunicando a família sempre que verificadas faltas e/ou
baixo rendimento.
13.3 ANÁLISE CRÍTICA-REFLEXIVA
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 9394/96, é
indubitavelmente um dos maiores avanços na definição de ações para o
desenvolvimento da educação brasileira nos últimos anos.
Entretanto profissionais do ensino e o próprio governo federal
reconhecem que ainda há muito trabalho pela frente para universalizar o acesso à
educação e melhorar a qualidade do aprendizado.
No Paraná a construção do Plano Estadual de Educação
proporcionou a todos os educadores um amplo debate e a garantia de documento
que será transformado em lei, visando a melhoria da qualidade do ensino público.
É preciso que se coloque em prática o projeto de inclusão social, de
valorização dos profissionais e, dê continuidade à manutenção da melhoria da
qualidade de laboratórios, bibliotecas, equipamentos em sala de aula, adequação e
construção de novos ambientes escolares.
É evidente que a educação é dever da família e do Estado, conforme
dispõe a LDB e tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. É óbvio
41
que houve um acréscimo de alunos matriculados, mas é necessário mais do que
isso para garantir a formação da cidadania, uma vez que se prima também pela
qualidade e não apenas pela quantidade. A escola precisa, além do aumento do
número de alunos, boa infra-estrutura, melhor remuneração de professores e
funcionários a fim de, efetivamente, conferir boas condições de trabalho.
Na verdade, melhorar a educação é transformar o cidadão e dar um
passo para as mudanças econômicas e sociais do país.
42
14 MARCO CONCEITUAL
14.1 CONCEPÇÕES
A – Concepção De Sociedade:
Vive-se um momento de profundas transformações. Não se sabe ao
certo para onde se caminha e nem qual caminho trilhar. A sociedade atual encontra-
se em profunda crise, na qual somos remetidos a repensar nossos valores e
atitudes.
Nesse contexto incerto, o papel do profissional da educação precisa
ser repensado. Segundo Gadotti (1998), faz-se mister que o professor se assuma
enquanto um profissional do humano, social e político, tomando partido e não sendo
omisso, neutro, mas sim, definindo para si de qual lado está, ou se está a favor dos
oprimidos ou contra eles. Posicionando-se então, este profissional não mais neutro,
pode ascender à sociedade usando a educação como instrumento de luta, levando a
população a uma consciência crítica que supere o senso comum, todavia não o
desconsiderando.
Nessa perspectiva, entende-se que o povo de posse desse saber
mais elaborado poderá vir a ter condições de se proteger contra a exploração das
classes dominantes se organizando para a construção de uma sociedade melhor,
menos excludente, e realmente democrática. Não se pode esperar que tal
organização brote espontaneamente, mas sim por meio da educação que pode
caminhar lado a lado com a prática política do povo. Sendo assim, o profissional da
educação assume aqui um papel sobretudo político.
Educadores precisam engajar-se social e politicamente, percebendo
as possibilidades da ação social e cultural na luta pela transformação das estruturas
opressivas da sociedade classista. Para isso, antes de tudo necessitam conhecer a
sociedade em que atuam, e o nível social, econômico e cultural de seus alunos.
Precisam entender também que, analisando dialeticamente, não há
conhecimento absoluto, pois tudo está em constante transformação. Usando os
43
dizeres de Gadotti (1998), “todo saber traz consigo sua própria superação”. Portanto,
não há saber nem ignorância absoluta: há apenas uma relativização do saber ou da
ignorância. Por isso, educadores não podem se colocar na posição de seres
superiores, que ensinam um grupo de ignorantes, mas sim, na posição humilde
daqueles que comunicam um saber relativo a outros que também possuem um
saber relativo.
Como educadores engajados em um processo de transformação
social, necessita-se que esses profissionais acreditem na educação e que sem ela
nenhuma transformação profunda se realizará.
É preciso confiar nessas mudanças e esperar o inesperado, pois
como nos diz Edgar Morin (2001, p.92):
Na história, temos visto com freqüência, infelizmente, que o possível
se torna impossível e podemos pressentir que as mais ricas possibilidades humanas
permanecem ainda impossíveis de se realizar. Mas vimos também que o inesperado
torna-se possível e se realiza; vimos com freqüência que o improvável se realiza
mais do que o provável; saibamos, então, esperar o inesperado e trabalhar pelo
improvável.
No entanto, como os professores se veem frente a essas questões?
Que espaço reserva para discutir suas funções sociais? Será que no seu dia-a-dia,
entre uma escola e outra, fazem tal reflexão ou acabam sucumbindo ao sistema,
mergulhando num fazer sem fim? A sociedade e a escola têm valorizado os
profissionais da educação, ou, como nos aponta Arroyo (2002, p.9), veem esses
como “um apêndice, um recurso preparado, ou despreparado?”.
B - Concepção De Mundo:
O mundo enquanto uma dimensão histórico-cultural e portanto,
inacabado, encontra-se em uma relação permanente com o ser humano, igualmente
inacabado, que transformando o mundo, sofre os efeitos de sua própria
transformação.
O que importa, portanto, à educação é a problematização do mundo
do trabalho, das obras, dos produtos, das ideias, das convicções, das aspirações,
44
dos mitos, da arte, da ciência, enfim, o mundo da cultura e da história que,
resultando das relações ser humano, mundo, desafia o próprio ser humano a
constantemente rever suas ações sobre a realidade na perspectiva de humanizá-la.
É preciso desenvolver no aluno uma posição de engajamento,
compromisso e participação que o sensibilize para a sua dimensão humana.
O ser humano é um ser de práxis, da ação e da reflexão, portanto,
um sujeito cognoscente. Um ser inacabado e único, curioso em relação ao mundo.
Contudo, sua plenitude ocorre na própria intersubjetividade na comunicação entre os
sujeitos a propósito do objeto a ser conhecido.
Assim, o humano, imagem e semelhança de Deus, com Ele dá
continuidade à obra da criação. Sem a relação comunicativa entre sujeitos
cognoscentes desapareceria o próprio sentido e significado do conhecimento.
Portanto, o ser humano é um corpo consciente, capaz de conhecer a
realidade, interagindo com os seus iguais. Neste contexto, inteligência significará
muito mais que um ato solitário. Implica cada um tornar-se melhor, contudo em
nome de propósitos cada vez mais solidários e criativos.
Vivemos numa sociedade em que os homens privilegiam alguns
princípios e ideias que nos desafiam a constantemente refletir e repensar o
cotidiano. Portanto, o processo de conscientização sempre se realiza em seres
humanos concretos, inseridos em estruturas sociais, políticas e econômicas.
Contudo, a escola tem uma efetiva participação na medida em que
inclui, em seus conteúdos curriculares a dimensão humanística, técnica científica e
política-social, colabora também quando se preocupa em desenvolver no aluno uma
liderança mais criativa e solidária, inserindo este aluno no mundo real e complexo,
fazendo-o compreender que as mudanças estruturais também necessitam da
participação dele.
A educação preconizada na escola quer ser coerente com as
concepções de homem, mundo e sociedade aqui anunciadas. Por isso, todo esforço
no sentido da manipulação do homem para que simplesmente saiba fazer
determinada função, sem reflexão deve ser combatido, pois saber fazer sem
reflexão, sem o resgate de valores e atitudes sugere a existência de uma realidade
sem evolução, o que significa subtrair do homem a sua possibilidade de ser criativo,
45
inovador, com direito de transformar o já existente para algo bem melhor, achando
soluções para eventuais problemas e saber tomar decisões frente às diversas
situações que terão que ser enfrentadas no mundo atual.
É preciso definir ações educacionais inseridas neste contexto, pois
defendemos a ideia de que a escola não é o lugar para domesticar ninguém, mas é
um espaço especial para a construção da cidadania.
C - Concepção De Homem:
O homem deve ser considerado intrinsecamente um ser de relação.
Constata-se que atualmente se vive um novo momento em que a sociedade civil
deve se preparar para responder à institucionalização da participação repensando
sua atuação como indutora de mudanças da “nova cultura política popular”.
Faz-se necessário um trabalho efetivo, onde se sinta o prazer e a
alegria. Esse trabalho se conquista através do coletivo, que possibilita uma
compreensão democrática de convivência, onde se constrói o mundo. Para isto é
necessário que na prática o ser humano se despoje de seu orgulho, prepotência e
vaidade, a fim de se aceitar, em todos os aspectos, percebendo-se como ser livre,
com direitos, deveres e possibilidades, mesmo que com convicções, ideias, crenças
e disposições diferenciadas das demais.
É necessário que aprendamos a desenvolver a comunicação
intercultural dado que não podemos trabalhar juntos com nossas diferenças, se não
as preservarmos e respeitarmos (Ferreira, 2000 p.15).
Somente a participação efetiva pode oferecer a oportunidade de
enriquecimento a todos que têm o privilégio de conviver com os outros humanos que
são lição e exemplo de vida sempre, do que se deve e o que não se deve fazer.
D – Concepção De Infância e adolescência:
46
Para uma implementação qualitativa do Ensino Fundamental de 9
anos, é importante compreender que o conceito de infância sofreu transformações.
A partir da década de 1980, o Estado passa a incorporar, nos textos legais, como a
Constituição de 1988, o ECA, a LDB Nº 9394/96, além de textos curriculares, o
entendimento da criança como sujeito de direitos. Se no contexto político, as
diferentes concepções sobre a infância influenciaram ou justificaram as políticas
educacionais com limites e possibilidades, no contexto pedagógico, é primordial na
condução do trabalho. Esta concepção orientará os conceitos sobre ensino,
aprendizagem e desenvolvimento, a seleção de conteúdos, a metodologia, a
avaliação, a organização de espaços e tempos com atividades desafiadoras, enfim,
o planejamento do trabalho organizado não apenas pelo professor mas todos os
profissionais da instituição.
A criança pequena apresenta um pensamento sincrético, ou seja,
não separa os conhecimentos em campos específicos e se apropria do mundo por
meio de diferentes linguagens, expressando-se através do movimento, da oralidade,
do desenho e da escrita. Essa forma de apreensão da cultura pelas crianças exige
atividades encadeadas e que possibilitem a ampliação do conhecimento, garantindo
que a ludicidade se efetive também no Ensino Fundamental.
É possível aliar o brincar espontâneo e o brincar para aprender
diferentes conteúdos. Isso significa que as diferentes formas de brincar na escola do
Ensino Fundamental “constituem apenas diferentes modos de ensinar e aprender
que, ao incorporarem a ludicidade podem propiciar novas e interessantes relações e
interações entre as crianças e destas com outros conhecimentos”(Borba, 2006).
Para que se compreenda e efetive os cuidados necessários ao
receber crianças pequenas é fundamental que aconteçam momentos de formação
para todos os profissionais que compõem o espaço escolar, durante os quais serão
delineadas estratégias para lidar com o período de ingresso dessas crianças na
escola, que devem se estender por todo o ano letivo. Estes aspectos precisam ser
contemplados na organização dos espaços físicos e tempos da escola e no
planejamento dos professores. A atenção a esses cuidados contribuem, entre outros
aspectos, para a construção da autonomia das crianças, para o bom relacionamento
entre crianças e adultos e para aprendizagens significativas.
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E – Concepção De Educação / Escola:
Denomina-se escola o estabelecimento público ou privado onde se
ministra o ensino coletivo, ou seja, escola é o local onde se transmite o saber e
princípios filosóficos, éticos e morais que são fundamentais para a compreensão do
papel da escola dentro da sociedade.
Algumas tendências pedagógicas influem na formação do cidadão e
por isso necessitam de constantes reflexões, portanto, para que a escola cumpra
seu compromisso, ela deve repensar sua prática pedagógica, buscando sempre
novas estratégias de ensino, partindo do concreto, realizando atividades que
contemplem as necessidades do aluno.
Nesta visão apegar-se no que já deu certo, por vezes traz em si um
certo conforto que faz com que toda tentativa de mudança seja vista com
temeridade. Na atualidade, a sociedade encontra-se em meio a profundas
transformações. Em vista das tecnologias, da rapidez de acesso às informações,
dentre outros fatores, a superação das ideias hoje concebidas como apropriadas,
amanhã são questionadas. Essas questões trazem consigo um certo desconforto e
uma necessidade de rever sempre os conceitos.
A educação é um processo tipicamente humano que possui uma
especificidade humana de formar cidadãos através dos conteúdos “não materiais”
que são as ideias, teorias, valores, conteúdos e estes vão influir decisivamente na
vida de cada um.
É imprescindível que esta nova escola refaça a educação, crie
condições objetivas para que esta educação realmente seja democrática e possível,
crie uma alternativa pedagógica que favoreça o aparecimento de um novo tipo de
pessoas solidárias, preocupadas em superar o individualismo criado pela exploração
do trabalho. Esse novo projeto, essa nova alternativa não poderá ser elaborado nos
gabinetes dos tecnoburocratas da educação. Não virá em forma de lei nem reforma.
Se ela for possível amanhã é somente porque hoje, ela está sendo pensada pelos
educadores que se reeducam juntos. Essa reeducação dos educadores já começou.
Ela é possível e necessária e será construída através de um Projeto Político
Pedagógico Autônomo, forte e compromissado.
48
F – Concepção De Cultura:
Vivendo num país onde tanto se fala da variedade e da exuberância
cultural que permeia de forma emblemática o nosso povo, é no mínimo, esperado
que se tenha uma ideia concebida do que venha a ser esse fenômeno tão
expressivo e característico de todos os povos.
A cultura é todo conhecimento acumulado durante a existência do
ser, é o resultado de toda a produção humana.
É necessário considerar as colocações de Silva (1999), que alega
que “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas culturais do mundo
contemporâneo. É um fato paradoxal, entretanto, que essa suposta diversidade
conviva com fenômenos igualmente surpreendentes de homogeneização cultural”.
Atualmente muito se prega sobre o respeito à diversidade cultural.
No entanto, com muita frequência, a escola, que deveria ser o espaço onde as
diferentes culturas pudessem se manifestar, tem feito o inverso, procurando
padronizar comportamentos e pensamentos. Cabe à escola, portanto, rever sua
postura, aproveitando essa diversidade para fazer do estudo algo mais motivador,
aberto e democrático.
Transcrevendo as palavras de Clifford Geertz: “ O conceito de
cultura que eu defendo, (…) é essencialmente semiótico. Acreditando, como Max
Weber, que o homem é um animal amarrado à teias de significados que ele mesmo
teceu, assumo a cultura como sendo essas teias e sua análise; portanto, não como
uma ciência experimental em busca de leis, como uma ciência interpretativa, à
procura do significado”.
G – Concepção De Trabalho:
A aventura humana tem, no trabalho, o seu ponto de partida. O
homem trabalha, e, pelo trabalho se humaniza. A mão humana – ela mesma órgão e
produto do trabalho – realiza a criação dos instrumentos que vão permitir, ao
homem, dominar a natureza.
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Ao agir sobre a natureza, o homem produz a existência humana,
num processo de mútua transformação: Não só imprime, naquela, as marcas de sua
ação, humanizando-a, como também se produz a si mesmo.
No trabalho educativo, o fazer e o pensar entrelaçam-se
dialeticamente e é nesta dimensão que está posto na formação do homem.
Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o
entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material, uma
atividade intencional que envolve, formas de organização necessárias para a
formação do ser humano.
Para Durkhein, é por meio da divisão social do trabalho que a forma
mais acabada de consciência, a coletiva, se impõe já que para ele: “o trabalho só se
divide espontaneamente se a sociedade está constituída de tal maneira que as
desigualdades sociais expressam exatamente as desigualdades naturais”.
H – Concepção De Conhecimento:
Nesta concepção de conhecimento a ênfase está nas relações
histórico-sociais que constituem o sujeito, o objeto e as relações dialéticas.
Nesta concepção de conhecimento, embasado nos pressupostos
teóricos da socialização do saber elaborado às camadas populares, entende-se a
apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão
da realidade social e atuação crítica e democrática para a transformação desta
realidade, sendo assim, a escola tem papel fundamental como socializadora dos
conhecimentos e saberes universais.
O ser humano possui conhecimento adquirido através do senso
comum, ou seja, o conhecimento real, não científico, que é constituído no cotidiano,
de forma espontânea.
Ao longo do desenvolvimento, aprende-se a abstrair e generalizar
conhecimentos aprendidos espontaneamente, mas é bem mais difícil formalizá-los
ou explicá-los em palavras porque, diferentemente da experiência escolar, não são
conscientes, deliberados ou sistemáticos.
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O processo de aquisição do conhecimento é ascendente, isto é,
inicia-se de modo inconsciente e até caótico, de acordo com uma experiência que
não é controlada e encaminha-se para níveis mais abstratos, formais e conscientes.
O processo de aquisição de conhecimento sistemático escolar tem
uma direção oposta à do conhecimento espontâneo, é descendente, de níveis
formais e abstratos para aplicações particulares.
Na prática, o conhecimento espontâneo auxilia a dar significado ao
conhecimento escolar. O conhecimento escolar reorganiza o conhecimento
espontâneo e estimula o processo de sua abstração.
A contextualização, um dos princípios da organização curricular,
facilita a aplicação da experiência escolar para a compreensão da experiência
pessoal para facilitar o processo de concreção dos conhecimentos abstratos que a
escola trabalha. Isto significa que a ponte entre teoria e prática, recomendada pela
LDB, deve ser mão dupla.
Cabe à escola desenvolver o conhecimento espontâneo,
encaminhando-o a níveis mais abstratos, formais, conscientes e sistematizados, com
a utilização das competências cognitivas básicas: raciocínio abstrato, comparação,
capacidade de compreensão de situações novas que é a base para solução de
problemas.
A contextualização é um recurso pedagógico para tornar a
construção de conhecimentos um processo permanente de formação de
capacidades intelectuais superiores, possibilitando assim, a conversão dos saberes
trazidos pelo aluno em saber elaborado, na perspectiva da apropriação do
conhecimento amparado em uma concepção científica/filosófica da realidade social
mediada pela interação professor/aluno/conhecimento e contexto histórico social.
I – Concepção de Letramento:
Soares (1998), afirma que a denominação letramento é uma versão,
em português, da palavra inglesa “literacy”. Palavra essa que quer dizer pessoa
educada, especialmente capaz de ler e escrever.
51
Assim, na concepção acima delineada, entende-se que a referida
autora parte do pressuposto de que existe um “elo”, uma conexão, entre
alfabetização e letramento. A autora concebe a alfabetização(aquisição do código da
leitura e da escrita) como pré-requisito para o letramento (apropriação e uso social
da leitura e da escrita). Subjacente a essa concepção de letramento está a ideia de
que a escrita pode trazer consequências de ordem social, cultural, políticas,
econômicas e linguísticas, “quer para o grupo social em que seja introduzida, quer
para o indivíduo que aprende a usá-la” (Soares,1998).
Partindo do princípio de que um sujeito, para ser considerado letrado
ou estar em processo inicial de letramento, segundo Soares, precisa ser no mínimo
alfabetizado, ou seja, ter adquirido a tecnologia da leitura e da escrita, equivale
afirmar, também, que pessoas que não adquiriram a tecnologia da leitura e da
escrita, portanto pessoas “analfabetas”, pois não “sabem” codificar/decodificar letras
e palavras, são consideradas iletradas.
Em decorrência das novas demandas sociais de leitura e escrita é
necessário verificar como se processa o letramento e dessa forma refletir sobre
linguagem.
Por ser a escola uma agência de letramento, cabe a ela trazer para
o espaço escolar os usos sociais da leitura e da escrita e considerar que a vivência e
participação em atos de leitura podem alterar as condições de alfabetização.
Segundo Soares (2002) letramento “é o estado ou condição de quem não apenas
saber ler e escrever, mas cultiva as práticas sociais que usam a escrita”.
Não basta apenas ensinar os códigos de leitura e escrita, é preciso
tornar os estudantes capazes de compreender o significado dessa aprendizagem
para usá-la no dia a dia de forma a atender às exigências da própria sociedade.
J – Concepção De Ensino:
O ensino deve ser de qualidade levando-se em consideração o
educando e o contexto social em que o mesmo está inserido. É necessário observar-
se o nível em que esses se encontram e não daquele em que o educador julga que
deveriam estar, partindo do conhecido para o desconhecido.
52
Os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula devem
possibilitar a continuidade e busca pelo saber. Neste aspecto para que haja a
continuidade, o educador deve propiciar a participação dos educandos, a sua
expressão e através dela ter elementos para a interação significativa. Se, ao
contrário, o educador mantiver o monopólio da palavra e das atividades em sala de
aula, será impossível ocorrer a continuidade, daí ocorreria uma educação bancária
da qual o professor seria o detentor do saber e o aluno o receptor.
O ensino-aprendizagem é uma via de mão dupla, aluno e professor
caminhando para o crescimento e a construção de um conhecimento significativo.
K – Concepção De Aprendizagem:
Para que uma aprendizagem ocorra, é necessário que ela seja
significativa, o que exige que seja vista como a compreensão de significados,
relacionando-os às experiências anteriores e vivências pessoais dos aprendizes,
permitindo a formulação de problemas desafiantes que incentivem o aprender mais,
o estabelecimento de diferentes tipos de relações entre fatos, objetos,
acontecimentos, noções e conceitos, desencadeando modificações de
comportamentos e contribuindo para a utilização do que é aprendido em diferentes
situações.
Esta aprendizagem não se relaciona única e exclusivamente a
aspectos cognitivos dos sujeitos envolvidos no processo, mas também está
relacionada com suas referências pessoais, sociais e afetivas. Nesse sentido, afeto
e cognição, razão e emoção se compõem em uma perfeita interação para atualizar e
reforçar, romper e ajustar, desejar ou repelir novas relações, novos significados na
rede de conceitos de que aprende.
Por esse motivo, a aprendizagem não ocorre da mesma forma e no
mesmo momento para todos, mas interferem nesse processo as diferenças
individuais, o perfil de cada um, as diversas maneiras que as pessoas têm para
aprender.
53
L - Concepção de Tecnologia:
A sociedade atual passa por rápidas transformações. Antigos
paradigmas estabelecidos têm sido colocados em xeque e o professor que antes
dominava todo o conteúdo tem dado lugar a um novo tipo de profissional, capaz de
mobilizar os conhecimentos, transformando-os em ação. Temos hoje a necessidade
de um professor profissional capaz de organizar situações de aprendizagem, com
autonomia para tomar decisões ao mesmo tempo em que seja capaz de refletir
acerca de sua própria ação.
Um dos grandes objetivos da escola é tornar possível o acesso dos
professores, alunos e comunidade ao ambiente e instrumentos tecnológicos, para
aperfeiçoamento de aulas práticas que contribuam com o processo ensino e
aprendizagem, bem como na sua inserção no mercado de trabalho, de acordo com
uma visão de políticas educacionais que busque a atuação do cidadão participante
na sociedade.
A educação tecnológica somente pode ser efetivada se realizada de
forma paralela e conjunta, ou seja, pensar em como integrar a tecnologia no
currículo escolar não é suficiente se ao mesmo tempo deixa-se de lado a
capacitação do professor, que é o profissional diretamente responsável pela
formação dos indivíduos.
Contribuições significativas podem ser introduzidas no Ensino
Básico se conseguirmos utilizar a tecnologia como elemento integrante e integrador
do currículo desde as séries iniciais do processo de escolarização. Contudo, para
que isso possa ocorrer de maneira a potencializar ao máximo nossas intenções, é
de fundamental importância que os professores estejam aptos e conscientes dos
benefícios que a educação tecnológica é capaz de proporcionar.
M – Concepção De Avaliação:
A avaliação precisa ser entendida como um instrumento de
compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos
estudados, ao conhecimento. Ação que necessita ser contínua, pois o processo de
54
construção de conhecimentos dará muitos subsídios ao educador para perceber os
avanços e dificuldades dos alunos e assim, rever sua prática e redirecionar as suas
ações.
Portanto, dentro de uma concepção mais progressista de educação,
não tem lugar uma avaliação autoritária que não visa o crescimento dos educandos,
chamada de “classificatória”, mas abre longo espaço para a avaliação “diagnóstica”.
É importante, em cada finalização de um bloco de atividades, o
professor fazer uma avaliação oral junto aos alunos com a finalidade de saber se os
objetivos foram alcançados. E para posterior consulta do educador, é fundamental
que ele registre esses resultados por escrito.
Quanto às avaliações individuais, é importante que ocorram não
como a mais importante, mas como um entre vários instrumentos utilizados com
peso semelhantes para diagnosticar os avanços e dificuldades dos alunos.
N – Concepção De Cidadania:
A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a
possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não
tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de
decisões, ficando numa de inferioridade dentro do grupo social. (DALLARI)
A cidadania é construída e conquistada a partir da capacidade de
organização, participação e intervenção social.
A escola deverá assim, oferecer oportunidades nas quais os alunos
através do enfoque de temas voltados à solidariedade, democracia, direitos
humanos, ecologia e ética, possam exercitar sua capacidade de organização,
participação e intervenção na vida social, construindo novas relações e
consciências, atuando de forma efetiva nos grupos sociais que constituem a
sociedade em que está situado.
Cabe ao professor ativar na turma a luz da razão, para formar
sujeitos emancipados, traçando os primeiros passos para formar uma cidadania
igualitária e sem discriminações.
55
14.2 PRINCÍPIOS
14.2.1 Gestão Democrática E Os Instrumentos De Ação Colegiada:
Conforme dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96,
artigo 14, incisos I e II, observa-se princípios da gestão democrática do ensino
público na educação básica, quais sejam:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do
Projeto Político Pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em Conselhos
Escolares ou Equivalentes.
Estes princípios e outros abaixo descritos significam um repensar,
refletir e incorporar novas ideias e formas democráticas de práticas educativas,
numa perspectiva emancipatória e transformadora de educação.
Educação é direito de todo o cidadão assegurado na Carta Magna. É
necessário, portanto, que se garanta o acesso e a permanência qualificada na
escola pública, gratuitamente, universal e de qualidade.
O desafio que aponta no sentido de uma gestão democrática é o
estabelecimento de uma administração colegiada, onde se respeite as decisões
coletivas, as minorias e as diferenças raciais, étnicas e de gênero, além das políticas
de inclusão educacional e social, tarefa que este Estabelecimento vem, ao longo dos
anos, desenvolvendo gradativamente através da participação colegiada de sua
comunidade.
A formação continuada dos trabalhadores da educação é primordial
nos dias atuais. Sendo assim, na medida do possível, este Estabelecimento
promove encontros coletivos, partindo das necessidades apontadas, grupos de
estudo para reflexões, reuniões pedagógicas, além de oportunizar a todos os
trabalhadores quando requisitados pelo NRE ou SEED para capacitação pessoal.
No que se refere aos instrumentos de Ação Colegiada cita-se:
56
• Conselho Escolar;
• APMF;
• Conselho de Classe;
• Grêmio Estudantil
14.2.2 Currículo
Por currículo entende-se segundo Alba
a síntese de elementos culturais ( conhecimentos, valores, costumes, crenças, hábitos ) que conformam uma proposta político-educativa pensada e impulsionada por diversos grupos e setores sociais cujos interesses são diversos e contraditórios, ainda que alguns tendam a ser dominantes ou hegemônicos, e outros tendam a opor-se e resistir a tal dominação ou hegemonia.
O currículo, necessariamente, implica uma interação entre sujeitos
que têm um mesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente,
não devendo ser instrumento neutro, nem tão pouco separado do contexto social.
O processo educacional deve buscar novas formas de organização
curricular visando a redução do isolamento e a fragmentação entre as diferentes
disciplinas curriculares, procurando agrupá-las num todo mais amplo.
O Artigo 27 da LDB, diz que os conteúdos curriculares da educação
básica devem observar a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos
direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática,
de orientação para o trabalho, a promoção do desporto educacional e apoio às
práticas desportivas não-formais.
Instrumentalizar o sujeito, via apropriação do conhecimento, na
construção de saberes que possibilite compreender e analisar criticamente a
realidade social, no sentido de promover ações transformadoras, não se
acomodando com as desigualdades sociais é dever da escola.
Aronowitz e Giroux (1985), diz:
o contexto apropriado ao desenvolvimento de práticas curriculares que favoreçam o bom rendimento e a autonomia dos estudantes e, em particular, que reduzam os elevados índices de evasão e repetência de nossa escola de primeiro grau.
57
Enfim, o currículo é instrumento de compreensão do mundo, de
transformação social e de cunho político-pedagógico e conhecimento como um
processo de construção permanente; transdisciplinar e contextualizado; fruto da
ação individual e coletiva dos sujeitos.
14.2.3 Matriz Curricular E Organização Dos Conteúdos:
(EM ANEXO)
14.2.4 Critérios De Organização De Turmas:
Este critério organizacional obedecerá a Resolução nº 864/2001 –
SEED, sendo o número de 35 (trinta e cinco) alunos no Ensino Fundamental e o
máximo de 40 (quarenta) alunos por turma no Ensino Médio, com base na idade, na
competência e outros critérios que a comunidade escolar julgar necessária. (Artigo
23 – LDB).
O Estabelecimento manterá o Ensino Fundamental e Médio de
frequência mista, organizadas em regime seriado, nos turnos da manhã, da tarde e
da noite.
O Ensino Fundamental será organizado do 6º ao 9º ano, nos
períodos da manhã, da tarde e da noite e o Ensino Médio de 1ª à 3ª séries, nos
períodos da manhã e da noite.
14.2.5. Avaliação:
14.2.5.1. Instrumentos:
Os instrumentos utilizados para a avaliação poderão ser: provas,
pesquisas, participação em atividades diversas. Deverão ser utilizados no mínimo
três instrumentos diferentes por trimestre, caracterizando o desempenho dos alunos
nas diversas etapas de seu desenvolvimento, atribuindo-se 5,0 (cinco vírgula zero)
58
referentes a instrumentos diversificados e 5,0 (cinco vírgula zero) a provas,
totalizando como nota final 10,0 (dez vírgula zero).
14.2.5.2 Registros:
Fichas de controle do professor;
Agenda de Acompanhamento Trimestral dos Instrumentos de
Avaliação;
Livros Registro de Classe:
Boletins.
14.2.5.3 Recuperação:
De acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases – Art. 24) a
recuperação será oportunizada a todos que não obtiverem a nota máxima (10,0),
realizado paralelamente ao período letivo, com retomada dos conteúdos para os
casos de baixo rendimento escolar.
Este Estabelecimento de Ensino através da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná – SEED, conforme a Instrução Nº 022/2008 e Resolução
371/2008, implementa o Programa Sala de Apoio à Aprendizagem desde o ano
2004, com o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas
pelas crianças que frequentam o 6º ano do Ensino Fundamental. O programa faz o
atendimento aos alunos, no contraturno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos
conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e
quantidades nas suas operações básicas e elementares.
14.2.5.4. Comunicação dos resultados:
Para os alunos:
59
Professores informam os resultados parciais das avaliações
decorridas durante o trimestre para os mesmos dentro da sala de aula;
Equipe pedagógica repassa aos pais repassa a cada final de
trimestre, os resultados do Conselho de Classe, em sala de aula para que todos
tomem ciência de sua situação individual e do coletivo da turma.
Para os pais:
É realizado trimestralmente o repasse de notas, via assinatura de
boletins, exceto para os alunos que obtiveram notas trimestrais iguais ou superiores
a média mínima exigida e não apresentaram problemas de frequência ou
disciplinares. Neste caso os próprios alunos levam o seu boletim.
Para os alunos com dificuldades específicas, os pais são
convocados a comparecer, a fim de se discutir estratégias de ações para reversão
do quadro.
14.3 AVALIAÇÃO:
14.3.1 Do Ensino / Aprendizagem:
A avaliação da aprendizagem é tema merecedor de destaque uma
vez ser considerada a grande vilã do insucesso escolar em qualquer nível de ensino
que se pretenda analisar.
É incontestável sua relevância como mecanismo de obtenção de
informações úteis acerca de resultados alcançados pelo sistema educacional, a fim
de que ofereça subsídios para se tomar novas decisões. É por meio da avaliação
que investiga-se os efeitos de ações operacionalizadas nos diversos níveis de
ensino, servindo como instrumento decisivo para elaboração de políticas e ações de
melhorias, sinalizando para caminhos que devem ser percorridos, a fim de garantir a
qualidade de ensino.
Entretanto para que realmente isto ocorra, ou seja, para que se
promova as mudanças almejadas, a avaliação precisa ser assumida de modo a
favorecer o desenvolvimento do processo escolar, possibilitando a sua
60
reorganização com vistas à solução das dificuldades detectadas na aquisição e
construção do conhecimento.
Nesta visão, segundo PARO (2001, pág.39) “a avaliação deverá ser
assumida como tomada de decisões suficientes e satisfatórias para que o educando
possa avançar no seu processo de aprendizagem”. A avaliação deve ser formativa,
contínua e processual no ensino e aprendizagem, assim, a avaliação passa a ser um
instrumento diagnóstico da real situação dos educandos, buscando os
encaminhamentos adequados e necessários para que o educando efetivamente
possa aprender e o professor possa avaliar concomitantemente o seu trabalho.
LUCKESI (2003), afirma que a avaliação da aprendizagem escolar
auxiliará educador e educando na busca de crescimento. Neste contexto o
doutrinador ressalta ainda que (pág.171) “a avaliação é um ato amoroso”, pois
permitirá ao educando ser incluído no seu encaminhamento de aprendizagem com
qualidade, além do que, ao mesmo tempo o inclui também, entre os “bem
sucedidos”, devido ao fato de que esse sucesso deverá ser construído ao longo de
todo o processo ensino-aprendizagem.
Fica evidente a necessidade de se buscar o entendimento do valor e
das implicações da avaliação, no sentido de viabilizar a consecução de uma
proposta mais humanizadora para o ensino.
Considerando que o objetivo maior da avaliação é diagnosticar os
problemas e subsidiar tomadas de decisões, é preciso romper com paradigmas
tradicionais que a caracterizam como impositiva, amedrontadora e seletiva.
14.3.2 Da Escola:
É preciso pensar em uma avaliação institucional como o conjunto da
atividade educativa que deve ser sempre avaliado.
A avaliação sempre estará marcada pelas contradições de nossa
sociedade. Demerval Saviani diz que a transformação também requer iniciativas
políticas, intervenção, companheirismo e acompanhamento. Por essa razão,
algumas reflexões se fazem necessárias para que a avaliação cumpra seu papel:
61
• Em quais momentos a avaliação é discutida no âmbito
escolar?
• Essa discussão conduz à reflexão de questões como:
• O que é necessário para que a Gestão Democrática aconteça
de fato?
• Existe debate sobre a definição, implementação e avaliação
das políticas educacionais?
• Qual é a relação entre os diversos segmentos que compõem
a escola?
• Qual a função e qual a importância do Conselho Escolar?
• Como são eleitos os membros do Conselho Escolar?
• Como é a organização e a participação dos alunos na escola?
• Existe Grêmio Estudantil? Como funciona?
Se nos momentos destinados à discussão da avaliação, estas
questões estiverem no bojo da reflexão, então a avaliação estará realmente
efetivando seu papel transformador de maneira clara e objetiva, com atitudes
compromissadas com a qualidade da educação ofertada aos alunos e
conseqüentemente com a formação de cidadãos conscientes e atuantes.
O Colégio Estadual Antonio Racanello Sampaio – Ensino
Fundamental e Médio realiza, por vezes, reuniões envolvendo todos os profissionais
da educação que nele atuam. Nestes momentos são realizados questionamentos
que direcionam para as questões levantadas anteriormente.
Dessa forma, cada segmento tem a possibilidade de refletir e
analisar os pontos positivos e negativos relacionados ao desempenho profissional
de todos os segmentos.
Assim, os problemas são enumerados coletivamente e a busca de
solução para os mesmos acontece durante a própria reunião onde todos têm
“palavra livre” para deixar registradas suas sugestões. Como fazemos parte de uma
gestão democrática, pautamos sempre pela busca de soluções coletivas que
satisfaçam os requisitos necessários a uma educação de qualidade para todos.
62
O Projeto Político Pedagógico norteará todas as ações do Colégio.
Será implementado anualmente de acordo com as necessidades apontadas pelo
coletivo escolar, sempre em consonância com a filosofia da escola e políticas
educacionais vigentes.
63
15 MARCO OPERACIONAL
O Colégio Estadual Antonio Racanello Sampaio trabalha com
respeito, reconhecendo as diferenças e buscando o regime colaborativo para
minimizar as necessidades existentes, oportunizando a inserção do aluno no mundo,
procurando formar cidadãos críticos, humanistas, capazes e transformadores.
Um trabalho otimizado na cooperação de todos os trabalhadores em
educação, ajudando-se mutuamente em direção a objetivos bem definidos em busca
de um trabalho coletivo estabelecido através de projetos, contribuirá poderosamente
para a integração do grupo, a fim de se chegar à qualidade desejada.
Aulas que possibilitem ao aluno acesso ao conhecimento e que
tenha claro o seu objetivo, propiciando diálogo constante com os mesmos, criação
de formas para valorizá-lo, elaboração de estratégias para superação de todas as
formas de discriminação, entre outras ações. Essas estratégias são formas de
minimizar o desinteresse e a indisciplina que muitas vezes levam à evasão e à
repetência.
Defendemos uma educação que se construa sobre a contribuição
das várias ciências, em contínuo desenvolvimento, que deverão ser criticadas e
aperfeiçoadas a cada dia. Neste sentido é renovadora, pois faz diferente a
construção do novo.
Lutamos por uma educação democrática, justa e forte, que seja ativa
e participativa e principalmente que torne possível a articulação dos interesses
coletivos sobre os anseios individuais.
15.1 LINHAS DE AÇÃO:
• Oportunizar ao professor a formação continuada permanente
através de grupos de estudo a fim de garantir boas condições
de aprendizagem;
64
• Buscar formas de integração dos alunos, dando-lhes
estímulos para diminuir os índices de evasão e repetência;
• Adequar o Estabelecimento com infra-estrutura física e
material necessários para o desenvolvimento das atividades
pedagógicas e administrativas com vistas a atingir os
objetivos propostos;
• Reunir a APMF, Corpo Docente, Corpo Administrativo,
Pedagógico, Grêmio Estudantil e Conselho Escolar para
eleger as prioridades buscando alternativas para execução
das mesmas;
• Manter a gestão democrática demonstrada pela participação
dos integrantes da escola bem como da comunidade. Divisão
de responsabilidades com a atuação de representantes de
turmas e do professor representante.
• Efetivar a integração dos pais e da comunidade com o
Colégio, permitindo-lhes em todos os momentos o direito de
voz;
• Manter um quadro de pessoal suficiente para atender de
forma eficiente e com qualidade alunos, pais e comunidade;
• Prezar pela capacitação permanente de todo o quadro
funcional do Estabelecimento;
• Buscar a integração do aluno para o seu desenvolvimento
humano, para que adquira o conhecimento cientifico;
• Resgatar o civismo;
• Promover eventos culturais, esportivos, sociais e científicos
visando a integração e a satisfação da comunidade;
• Interagir junto aos órgãos estaduais, municipais e da
comunidade para prover a efetiva manutenção física do
prédio escolar, bem como buscar melhoria nos ambientes
comuns aos alunos como: biblioteca, cantina, refeitório,
65
construção da quadra de esportes e outros que a comunidade
entender necessária;
• Colaborar para a execução dos projetos já desenvolvidos e
que serão desenvolvidos na escola, os quais são
apresentados no Plano de Ação PDE ESCOLA;
• Disponibilizar e sugerir fontes de estudo aos docentes durante
a hora-atividade;
• Cumprir e fazer cumprir o Regimento Escolar, as legislações
pertinentes, bem como as determinações e orientações dos
órgãos superiores;
• Manter uma gestão financeira transparente, com
planejamento anual e tendo sua execução alicerçada nas
normas estabelecidas pelo Tribunal de Contas do Estado do
Paraná e a Lei de Responsabilidade Fiscal;
15.1.1 Direção E Direção Auxiliar
São os responsáveis pela efetivação da gestão democrática na
escola e do gerenciamento dos recursos humanos, financeiro e físico: prédio,
materiais didáticos e equipamentos.
15.1.2 Secretaria
É responsável por toda a documentação do Colégio, do aluno, do
professor e dos funcionários, além de prestar atendimento ao público.
15.2.3 Equipe Técnico-Pedagógica
Acompanha e subsidia o trabalho dos professores, procurando
manter o bom relacionamento com toda a comunidade educativa, priorizando o
66
atendimento aos alunos e às famílias, através de ações participativas e
democráticas.
15.1.4 Docentes
São todos habilitados, conscientes de sua profissão, sendo
articuladores do processo ensino-aprendizagem.
15.1.4.1 Organização da hora atividade do professor
Conforme a Instrução Nº 02/2004-SUED a hora atividade é o tempo
reservado ao Professor em exercício de docência, para estudos, avaliação e
planejamento. Sendo parte da jornada atribuída ao professor, incluída na carga
horária de trabalho, favorecendo o trabalho coletivo dos professores, organizada (na
medida do possível):
• Por disciplina,na medida do possível, de maneira a atender as
necessidades dos professores entre as disciplinas,
favorecendo a troca de experiências vivenciadas em sala de
aula, análise do desenvolvimento da aprendizagem dos
educandos por turma;
• Os professores poderão utilizar a hora-atividade para:
• Esclarecimento, orientações com a equipe pedagógica com o
objetivo de planejar, discutir (metodologias, conteúdos),
análise do desenvolvimento da aprendizagem dos educandos
e medidas a serem tomadas;
• Estudo e pesquisa com materiais disponíveis na escola, para
enriquecimento das aulas;
• Planejamento das aulas, elaboração de atividades diárias e
avaliativas;
• Correção das avaliações e atividades aplicadas;
67
• Atendimento aos educandos em casos especiais (alunos que
faltaram por doenças ou mesmo por problemas familiares);
• Atendimento aos pais para tomadas de decisões a respeito de
aproveitamento escolar ou problemas disciplinares do
educando.
15.1.5 Funcionários
Executam funções primordiais para o bom funcionamento da escola,
como limpeza, alimentação, segurança, entre outras.
15.1.6 Bibliotecárias
É exercida por funcionárias do administrativo e por professores que
se encontram em disfunção por determinação médica, devido ao fato da escola não
possuir pessoal habilitado para essa função.
15.1.7 Laboratorista
Mantém a organização e a ordem do laboratório de
Ciências/Química, além de assessorar os professores nas atividades laboratoriais.
Este Estabelecimento não possui funcionário específico para esse
fim, o que sobrecarrega o professor que realiza essa função sempre que faz uso do
laboratório.
15.2 RELAÇÕES ENTRE O ADMINISTRATIVO E O PEDAGÓGICO:
Embora haja especificidades quanto ao trabalho desses dois
segmentos, há uma grande relação entre os mesmos, para que se configure a
68
gestão democrática e o ensino aprendizagem, uma vez que não deve haver
fragmentação no âmbito escolar. Sendo assim se propõe:
• Grupos de trabalho com reuniões periódicas para soluções de
problemas pedagógicos e troca de experiências entre as
áreas;
• Reuniões trimestrais buscando alternativas para os problemas
de ordem social e pedagógica;
• Encontros pedagógicos semestrais para busca de soluções
pedagógicas, avaliação do rendimento curricular e atuação
docente;
• Atuação dinâmica e constante da Equipe Pedagógica nos
Conselhos de Classe, tomando conhecimento dos problemas
existentes e colocando em discussão as propostas para
melhoria;
• Acompanhamento do Sistema de Avaliação para verificar o
desempenho docente e discente, bem como os índices de
evasão e repetência;
• Incentivo constante à integração escola-comunidade,
proporcionando atividades de natureza sócio-cultural, cívica e
desportiva;
• Coordenação das Diretrizes Pedagógicas emanadas da
Secretaria de Estado da Educação;
• Incentivo à realização de projetos para a melhoria da
qualidade de ensino;
• Recuperação de estudos, reforço em contra-turno e projetos
especiais para alunos com dificuldades e/ou defasagem;
• Práticas inovadoras para estimular avanços;
• Formação e capacitação de professores através de
seminários, fóruns, cursos, palestras, assembleias, grupos de
69
estudo, reuniões, entre outros, visando a melhoria da prática
pedagógica;
15.3 PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS:
15.3.1 Conselho Escolar:
O Conselho Escolar foi instituído no Paraná através da Deliberação
020/91, do Conselho Estadual de Educação, estabelecendo no seu Artigo 6º que
todas as escolas devem ter um órgão máximo de decisões coletivas, o colegiado,
que deve abranger representações de toda a comunidade escolar, reforçando o
princípio constitucional da democracia.
A Resolução 4839/94, da Secretaria de Estado da Educação,
legitima as normas contidas na Deliberação 020/91 – CEE, aprovando os regimentos
escolares da Rede Pública Estadual, que normalizam o funcionamento dos
Conselhos Escolares no Estado do Paraná. Posteriormente, revogadas e
substituídas pela Deliberação 16/99- CEE e Resolução 2122/00- SEED em vigor.
Com a proposta de reformulação do Estatuto do Conselho Escolar,
foi aprovada a nova Resolução 2124/05- SEED, publicada em 15/08/05, que orienta
a análise e aprovação do novo Estatuto do Conselho Escolar para a Rede Pública
Estadual.
Para que a gestão democrática se realize de fato, não basta a
implementação do Estatuto. É necessário que todos se expressem com liberdade
sobre a atuação da escola, propiciando relações mais dinâmicas, mais solidárias e
menos autoritárias no cotidiano escolar.
15.3.2 APMF
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários deve atuar
como um “elo” entre o Estabelecimento de Ensino e a Comunidade Escolar,
representando de forma significativa os reais interesses de cada segmento. Deve
demonstrar de forma transparente, o que se espera da gestão. Para tanto, cada
membro precisa ser participativo, consciente e engajado em sua função.
70
Cabe à APMF, acompanhar o desenvolvimento da Proposta
Pedagógica, buscar a integração da comunidade em que está inserida, assegurar
melhores condições de eficiência escolar.
15.3.3 Conselho de Classe:
Os Conselhos de Classe deverão possibilitar a inter-relação de
profissionais e alunos, propiciar o debate sobre o processo de ensino e de
aprendizagem, favorecer a integração e sequência dos conteúdos curriculares de
cada série/classe e orientar o processo de gestão do ensino, tornando-se uma
importante instância de reflexão da escola.
É realizado trimestralmente, registrado em livro próprio. Tem caráter
decisivo e está diretamente ligado ao desenvolvimento da aprendizagem dos alunos.
Sua função é de propor mudanças, revendo situações de baixo rendimento escolar,
novas alternativas pedagógicas e formas de avaliação, além de estratégias que
possibilitem o avanço e o desenvolvimento do educando, garantindo melhorias na
qualidade de ensino.
15.3.4 Grêmio Estudantil
A Lei Federal Nº 7.398, de 04/11/85, no seu Artigo 1º, assegura a
organização de Grêmio Estudantil como entidade autônoma representativa dos
interesses dos estudantes secundaristas, com finalidades educacionais, culturais,
cívicas, desportivas e sociais.
O Grêmio Estudantil é um órgão composto somente de estudantes.
Ele deve estar sempre preocupado em tornar realidade as aspirações da maioria
daqueles que estudam num estabelecimento de ensino. É composto por uma
diretoria eleita pelos estudantes que deverá trabalhar com diversos departamentos
através de uma gestão colegiada.
A organização, o funcionamento e as atividades dos Grêmios serão
estabelecidos nos seus estatutos, aprovados em assembleia geral do corpo discente
de cada estabelecimento de ensino público, convocada para esse fim.
71
O diretor da escola da rede estadual de ensino deverá colaborar
com a organização dos Grêmios, propiciando aos alunos, condições de realização
de reuniões para a formação de comissões pró-grêmio, bem como, respeitadas as
normas disciplinares da escola, permitindo o acesso de tais comissões às salas de
aula e o uso das dependências para informes, esclarecimentos das finalidades do
Grêmio.
O Grêmio Estudantil foi formado, neste estabelecimento de ensino
no ano de 1976, denominado “Catarina Humai” e cumpre todos as normas
regulamentadas pela SEED.
15.4 CELEM
A partir do ano letivo de 2009, o Colégio Estadual Antonio Racanello
Sampaio – Ensino Fundamental e Médio, passou a ofertar o CELEM (Centro de
Línguas Estrangeira Moderna) de Língua Espanhola como um ensino extracurricular,
plurilinguista e gratuito para alunos da Rede Estadual Básica, matriculados no
Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, Educação Profissional e
Educação de Jovens e Adultos. Sendo também extensivo a comunidade,
professores e agentes educacionais.
O CELEM é regulamentado pela Resolução Nº 3904/2008 e pela
Instrução Normativa Nº 019/2008, além de ser subordinado às determinações do
Projeto Político Pedagógico e do Regimento Escolar.
15.5 PDE-ESCOLA:
O PDE Escola reside, além dos recursos que este disponibiliza às
escolas, na contribuição para o desenvolvimento da prática cotidiana do
planejamento escolar. Esta prática, que deve envolver todos os sujeitos da escola,
aliada à elaboração e revisão constante do Projeto Político Pedagógico, em muito
auxilia a escola a definir e reorientar sua atuação, considerando sua autonomia e
72
especificidades mas, também, seus limites, enquanto parte de um contexto
institucional e social mais amplo.
Este estabelecimento de Ensino foi inserido no Programa PDE
Escola a partir do ano de 2009, como escola de superação, após o baixo índice do
IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), sendo esse medido através
evasão, repetência, resultados da Prova Brasil, apresentados nos últimos anos.
A escola desenvolve e executa o Plano de Ações - PDE Escola
seguindo as orientações do MEC e SEED, mediante os processos coletivos de
planejamento e execução do trabalho administrativo, gestor, pedagógico e docente;
no respeito às peculiaridades individuais, étnicas e culturais; na valorização dos
profissionais da educação e na defesa do caráter gratuito e laico da educação
pública, de forma que esta proposta remodelada orienta, a escola fortalecendo ainda
mais seus projetos próprios, à medida que os instrumentos obrigam a escola
atualizar seu diagnóstico e avaliar coletivamente suas práticas e processos, para
que, então com base nas fragilidades evidenciadas, definam as prioridades que
serão objeto de financiamento deste programa.
Alguns projetos estão sendo executados com recursos do PDE
Escola conforme o Plano de Ação:
• Projeto de Visita na Itaipu Binacional (Disciplinas de
Matemática e Física);
• Projeto Trabalhando a Língua Portuguesa através de
Lendas (Disciplina de Língua Portuguesa);
• Projeto Clima-Relevo-Hidrografia de Foz do Iguaçu -
Paraná (Disciplina de Geografia);
• Projeto Coletânea Histórica (Disciplinas de História);
• Projeto Descrição de Lugares Turísticos de Foz do
Iguaçu (Disciplina de Língua Inglesa);
• Projeto Meio Ambiente Fauna e Flora (Disciplina de
Ciências e Biologia);
• Projeto Photo Foz (Disciplina de Arte).
73
15.6 PROGRAMA PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA – PEP:
Programa de natureza pedagógica que visa preparar os profissionais
que atuam nas escolas e o corpo discente a executar ações de prevenção de
incêndios, desastres naturais e situações de risco nas escolas. A operacionalização
do programa se dará da seguinte forma:
Criação da Comissão de Gerenciamento do Programa PEP
(Direção, Direção – Auxiliar, Pedagogo, Representantes de professores, funcionários
e APMF).
Implantação da Brigada de Emergência ( Plano de Evacuação,
Organograma Institucional, Aquisição de materiais e equipamentos e Elaboração do
Cronograma de Simulações que deverá estar inserido no Calendário Escolar).
15.7 EDUCAÇÃO FISCAL
A Educação Fiscal é um trabalho de sensibilização da sociedade
para a função socioeconômica do tributo. Nesta função, o aspecto econômico,
refere-se a otimização da receita pública, e o aspecto social, diz respeito à aplicação
dos recursos em benefício da população.
Todos os docentes que participaram do curso “Educação Fiscal”
devem incluir em sua disciplina, junto com os conteúdos específicos, atividades
inerentes à Educação Fiscal que venha a contribuir com as políticas públicas:
• Sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do
tributo;
• Levar conhecimento aos cidadãos sobre administração
pública;
• Incentivar o acompanhamento pela sociedade da
aplicação dos recursos públicos;
74
• Criar condições para a relação harmoniosa entre o
Estado e o cidadão.
Tendo como apoio a PEF/PR, Programa de Educação Fiscal do
Paraná que tem como base a Carta de Brasília, que trata da Reforma Tributária
enfatizando que: “todas as unidades federadas deverão promover um esforço e
trabalhos integrados com vistas à educação fiscal e ao combate à sonegação”.
15.8 ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
Atividades Complementares Curriculares em Contraturno são
atividades educativas integradas ao currículo escolar, por meio da ampliação de
tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visam ampliar a formação
do aluno, com registro de frequência diária dos mesmos no livro Registro de Classe,
inseridas no Sistema de Administração Escolar (SAE) e no Sistema de Registro
Escolar (SERE).
As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno são
elaboradas de acordo com a INSTRUÇÃO nº 007/2012 – SEED/SUED.
15.9 ESTÁGIOS
O estágio é definido como um ato educativo, com o objetivo de
preparar para a profissão pessoas que estejam frequentando o ensino regular.
Notória é a relevância para toda a sociedade que o estágio é
instrumento de integração de estudo e trabalho, teoria e prática, cumprido a
determinação contida nos artigos 205 e 214 da Constituição Federal, de que o
processo educativo tenha como um de seus objetivos e norteamentos a formação e
qualificação dos indivíduos para o trabalho.
O estágio permite que os educandos travem efetivo contato com o
mundo do trabalho, ampliando a sua formação acadêmica e minimizando a evasão
75
escolar na medida em que proporciona a efetiva vivência profissional concretizando
os conteúdos teóricos apreendidos no mundo acadêmico.
Ao passo que alia a frequência escolar e o trabalho, o estágio é um
instrumento eficaz no combate ao desemprego dos jovens, pois quando tenham que
disputar uma vaga no mercado de trabalho formal, possuirão, aqueles que passaram
por programas de estágio, um melhor nível de instrução, bem como experiência e
vivência interativa no mundo do trabalho.
76
16 REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituições. Constituição da República Federativa do Brasil.
_____. Leis, Decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei Nº
9.394/96.
_____. Ministério da Educação. Disponível em:
<http://www.inep.gov.br/basica/censo/Escolar/Matricula/censoescolar_2009>.
Acesso em: 25 nov. 2010.
CAMPINAS. São Paulo: Papirus, 1998.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
_____. Política e Educação: ensaios. São Paulo: Cortez, 1995.
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Práxis. 2ª ed. São Paulo: Cortez.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública: a pedagogia crítico-
social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1985.
PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação 020/91, Curitiba: CEE,
1991.
_____. Secretaria de Estado da Educação. Resolução Nº 4839/94, Curitiba: SEED,
1994.
_____. Secretaria de Estado da Educação. Disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br>. Acesso em: 25 nov. 2010.
_____. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Fundamental de nove anos:
orientações pedagógicas para os anos iniciais. Curitiba: SEED, 2010.
PARO, Vitor H. Escritos sobre Educação. São Paulo: Xamã, 2001.
_____. Gestão Democrática da Escola Pública. São Paulo: Ática, 1997.
PÁTIO. Revista Pedagógica. Ministério da Educação, FNDE.
ROSSA, Leandro. Projeto Político Pedagógico: uma construção coletiva, inclusiva e
solidária. Revista da AEC. Brasília, V.28, nº 111, 1999.
77
VASCONCELOS, Celso dos S. Planejamento: Projeto de Ensino Aprendizagem e
Projeto Político-Pedagógico, 7ª ed. São Paulo, Liberdade 2000.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Escola: espaço do Projeto Político-Pedagógico.
_____. Projeto Político-Pedagógico da Escola: uma construção possível. 13 ed.
Campinas: Papirus, 1995.
78
ANEXOS
ANEXO A – MATRIZ CURRICULAR
MATRIZ CURRICULAR PARA ENSINO MÉDIO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: APUCARANA - 01 MUNICÍPIO: ARAPONGAS - 0150
ESTABELECIMENTO: COL. EST. ANTONIO RACANELLO SAMPAIO – E. F. M. – 00058 ENDEREÇO: RUA GUACURU, 190 – VILA ARAPONGUINHA FONE: (43) 3276-6920 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS SÉRIES 1ª 2ª 3ª
ARTE 2 2 0 BIOLOGIA 2 2 2 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 FILOSOFIA 0 2 2 FÍSICA 3 2 2 GEOGRAFIA 2 2 2 HISTÓRIA 2 2 2 LÍNGUA PORTUGUESA
3 3 4
MATEMÁTICA 3 4 3 QUÍMICA 2 2 2 SOCIOLOGIA 2 0 2
SUB-TOTAL 23 23 23
PARTE DIVER-SIFI-CADA
L.E.M.-ESPANHOL 4 4 4
L.E.M.-INGLÊS 2 2 2 SUB-TOTAL 6 6 6
TOTAL GERAL 29 29 29 TOTAL CARGA HORÁRIA (horas-aula) Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB n.º 9394/96
Data de Emissão: 10 de julho de 2012.
79
MATRIZ CURRICULAR PARA ENSINO MÉDIO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: APUCARANA - 01 MUNICÍPIO: ARAPONGAS - 0150
ESTABELECIMENTO: COL. EST. ANTONIO RACANELLO SAMPAIO – E. F. M. – 00058 ENDEREÇO: RUA GUACURU, 190 – VILA ARAPONGUINHA FONE: (43) 3276-6920 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS SÉRIES 1ª 2ª 3ª
ARTE 2 2 0 BIOLOGIA 2 2 2 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 FILOSOFIA 0 2 2 FÍSICA 3 2 2 GEOGRAFIA 2 2 2 HISTÓRIA 2 2 2 LÍNGUA PORTUGUESA
3 3 4
MATEMÁTICA 3 4 3 QUÍMICA 2 2 2 SOCIOLOGIA 2 0 2
SUB-TOTAL 23 23 23
PARTE DIVER-SIFI-CADA
L.E.M.-ESPANHOL 4 4 4
L.E.M.-INGLÊS 2 2 2 SUB-TOTAL 6 6 6
TOTAL GERAL 29 29 29 TOTAL CARGA HORÁRIA (horas-aula) Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB n.º 9394/96
Data de Emissão: 10 de julho de 2012.
80
MATRIZ CURRICULAR PARA ENSINO FUNDAMENTAL ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: APUCARANA - 01 MUNICÍPIO: ARAPONGAS - 0150
ESTABELECIMENTO: COL. EST. ANTONIO RACANELLO SAMPAIO – E. F. M. – 00058 ENDEREÇO: RUA GUACURU, 190 – VILA ARAPONGUINHA FONE: (43) 3276-6920 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 – ENSINO FUNDAMENTAL
TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS ANOS 6º 7º 8º 9º
ARTE 2 2 3 2 CIÊNCIAS 3 3 3 4 EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3 ENSINO RELIGIOSO * 1 1 - - GEOGRAFIA 3 3 3 3 HISTÓRIA 3 3 3 3 LÍNGUA PORTUGUESA
4 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4 4 SUB-TOTAL 23 23 23 23
PARTE DIVER-SIFI-CADA
L.E.M.-INGLÊS 2 2 2 2 SUB-TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25 TOTAL CARGA HORÁRIA (horas-aula) Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB n.º 9394/96 * Disciplina de matrícula facultativa.
Data de Emissão: 10 de Julho de 2012.
81
MATRIZ CURRICULAR PARA ENSINO FUNDAMENTAL ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: APUCARANA - 01 MUNICÍPIO: ARAPONGAS - 0150
ESTABELECIMENTO: COL. EST. ANTONIO RACANELLO SAMPAIO – E. F. M. – 00058 ENDEREÇO: RUA GUACURU, 190 – VILA ARAPONGUINHA FONE: (43) 3276-6920 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: TARDE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS ANOS
6° 7º 8º 9º ARTE 2 2 3 2 CIÊNCIAS 3 3 3 4 EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3 ENSINO RELIGIOSO * 1 1 - - GEOGRAFIA 3 3 3 3 HISTÓRIA 3 3 3 3 LÍNGUA PORTUGUESA
4 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4 4 SUB-TOTAL 23 23 23 23
PARTE DIVER-SIFI-CADA
L.E.M.-INGLÊS 2 2 2 2 SUB-TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25 TOTAL CARGA HORÁRIA (horas-aula) Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB n.º 9394/96 * Disciplina de matrícula facultativa.
Data de Emissão: 10 de Julho de 2012.
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MATRIZ CURRICULAR PARA ENSINO FUNDAMENTAL ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: APUCARANA - 01 MUNICÍPIO: ARAPONGAS - 0150
ESTABELECIMENTO: COL. EST. ANTONIO RACANELLO SAMPAIO – E. F. M. – 00058 ENDEREÇO: RUA GUACURU, 190 – VILA ARAPONGUINHA FONE: (43) 3276-6920 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 – ENSINO FUNDAMENTAL
TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS ANOS 6° 7° 8° 9°
ARTE 2 2 3 2 CIÊNCIAS 3 3 3 4 EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3 ENSINO RELIGIOSO * 1 1 - - GEOGRAFIA 3 3 3 3 HISTÓRIA 3 3 3 3 LÍNGUA PORTUGUESA
4 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4 4 SUB-TOTAL 23 23 23 23
PARTE DIVER-SIFI-CADA
L.E.M.-INGLÊS 2 2 2 2 SUB-TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25 TOTAL CARGA HORÁRIA (horas-aula) Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB n.º 9394/96 * Disciplina de matrícula facultativa.
Data de Emissão: 10 de Julho de 2012.
83
ANEXO B – CALENDÁRIO
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ANEXO C – PROJETO PDE-ESCOLA
Arte PROJETO PHOTOFOZ PROFESSORA LUCIÓLA CASAGRANDE
"A câmera não faz diferença nenhuma. Todas elas gravam o que você está vendo.
Mas você precisa VER!" (Ernst Haas)
1 APRESENTAÇÃO
Como já dizia o químico francês Lavoisier tudo se transforma,
nossos pensamentos, nossos olhares, nossos corpos, nossas vidas. O mundo assim
está em constante mutação e a educação não poderia deixar de sofrer mudanças
também, uma delas é o aparecimento de inúmeras fotografias no colégio através
dos aparelhos celulares, mais uma das tecnologias que invadem o nosso dia a dia.
Na história da fotografia podemos observar que esta gera uma grande reação na
arte e na sociedade e agora com a globalização, na Era Digital vemos um retorno
importante da arte de fotografar.
A fotografia pode ser definida como a técnica de criação de
imagens através de exposição luminosa, imagem esta fixada em superfície sensível
à luz. A palavra fotografia vem do grego e significa “desenhar com luz e contraste”.
A técnica da fotografia não foi uma invenção de um homem
apenas, mas sim o resultado da união de vários processos e conceitos de pessoas
que trabalharam durante anos. O primeiro conceito foi da câmera escura descrito por
Giovanni Baptista Della Porta em 1558, usado por Leonardo Da Vinci para esboçar
suas pinturas. Em 1604 Angelo Sala percebeu que uma mistura de prata escurecia
com o sol, supondo que esse efeito fosse produzido pelo calor, porém em 1724,
Johann Heinrich Schulze descobriu que o escurecimento advinha da própria prata.
A primeira fotografia reconhecida foi em 1826 e produzida por
Joseph Nicéphore Niépce em uma placa com um produto chamado Betume da
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Judeia em exposição ao sol, mas o processo demorava cerca de oito horas.
Paralelamente Daguerre produziu efeitos visuais com uma câmera escura (pinhole)
e mais tarde juntos criaram uma sociedade. Daguerre desenvolveu um processo que
reduziu o tempo de revelação de horas para minutos e com a popularização dos
daguerreótipos especulações sobre o “fim da pintura” surgiram. Tempos depois
William Fox Talbot trabalha com papel coberto com cloreto de prata e cria as
imagens em negativo e positivo.
A fotografia se populariza como produto de consumo em 1888
com as câmeras tipo “caixão” e filmes de rolos substituíveis criados por George
Eastman. Desde então existe uma crescente evolução tecnológica que melhora a
imagem, mas sem mexer nos princípios básicos da fotografia. No final do século XX
surge a fotografia digital que muda os moldes da fotografia que é disponibilizada a
um público maior com custo menor, assim como uma melhora na qualidade da
imagem. A simplificação dos processos de captação, armazenagem, impressão e
reprodução de imagens, proporcionadas intrinsecamente pelo ambiente digital,
aliada “a facilidade de integração com os recursos da informática, como organização
em álbuns, incorporação de imagens em documentos e distribuição via internet, tem
ampliado e democratizado o uso da imagem fotográfica mas mais diversas
aplicações. A incorporação da câmera fotográfica aos aparelhos de telefonia móvel
tem definitivamente levado a fotografia ao cotidiano particular do indivíduo. Dessa
forma este projeto visa o aprimoramento do olhar, do observar, do perceber o
mundo, do ver detalhes que passam desapercebidos, o reviver de momentos únicos
que podem retornar com a apreciação de uma mera imagem captada.
Segundo Valmir Michelon vivemos na Era da Imagem e
precisamos alfabetizar o aluno também nesse contexto para que saiba analisar
criticamente um programa de TV, um filme, uma fotografia, a reportagem de um
jornal e até a internet. As novas tecnologias, principalmente o celular tão combatido
nas escolas, podem se transformar em ótimos instrumentos à serviço da educação.
2 OBJETIVOS
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• Descrever e investigar a história da fotografia e como o
surgimento desta nova tecnologia interferiu e modificou a arte
e a sociedade.
• Analisar os pontos positivos e negativos da fotografia.
• Comparar a fotografia (técnicas) no seu surgimento e agora
na Era Digital.
• Conscientizar o aluno da constante transformação que ocorre
no mundo e que fazemos parte dessas mudanças.
3 DESENVOLVIMENTO/METODOLOGIA
• Breve fala sobre fotografia e criação de slides para
apresentação futura aos outros alunos. Antes da viagem a
Foz do Iguaçu.
• Viagem a Foz do Iguaçu para fotografar (captar) o maior
número de imagens do ambiente(paisagem - fauna e flora),
pontos turísticos, momentos de descontração, etc.
• Expor aos alunos a história da Fotografia sua importância na
época (grande salto tecnológico) e a como ela é vista hoje na
Era Digital.
• Levar os alunos divididos em grupos ao laboratório de
informática para que montem slides com as fotos tiradas na
viagem, junto com informações do lugar.
• Criar um momento para expor a produção dos slides para que
os demais alunos do colégio possam apreciar.
• Tempo aproximado para o desenvolvimento do projeto:
1º momento - Viagem a Foz do Iguaçu
2º momento – Aula expositiva sobre a história da fotografia.
3º a 5º momento – Laboratório de informática - Agrupamento
das fotos e criação de slides.
90
6º momento – Exposição dos slides confeccionados para os
demais alunos do Colégio.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação será concomitante ao processo de criação e em
grupo. O aluno será avaliado em sua participação e colaboração enquanto grupo e
em seu entendimento sobre o que é e a criação de slides para apresentação.
Também espera-se que o aluno compreenda as mudanças ocorridas na história da
arte e em especial da fotografia e que fazemos parte desse mundo em constante
transformação.
5 BIBLIOGRAFIA
http://blogs.abril.com.br/clickando/2008/12/frases-sobre-fotografia.html http://wikipedia.org/wiki/Fotografia http://www.google.com.br/imgres?imgurl http://www.mundojovem.com.br/projetos/pedagogicos/projetoeducar-atraves-da-producao-de-imagens.php
91
Biologia PROJETO “MEIO AMBIENTE FAUNA E FLORA”
PROFESSORA RITA DE CÁSSIA ZUQUI DE BARROS
1 APRESENTAÇÃO
Fauna e Flora: No território brasileiro existe uma enorme
variedade de plantas e animais. Eles são muito importantes para o equilíbrio da
natureza. Mas também são importantes para o homem que se utiliza deles para sua
própria vida.
Vamos conhecer um pouco sobre a vegetação e a fauna
encontradas no Brasil e estudar seu aproveitamento pela sociedade?
1.1 A vegetação brasileira
A vegetação participa da biodiversidade do nosso planeta.
São muitas as aplicações dos vegetais na alimentação,
medicina, vestuário, habitação e na atividade industrial.
É um hábito antigo de o homem fazer uso das plantas. Com o
passar do tempo, acabamos descobrindo que muitos vegetais, além de atenderem
às nossas necessidades básicas de alimentação e de abrigo, podiam também ser
utilizados para curar doenças. Com os avanços tecnológicos, passamos a usar mais
e mais substâncias medicinais vindas dos vegetais, trazendo novas oportunidades
de cura e melhoria da nossa qualidade de vida. E ainda há muito há ser estudado
sobre a nossa flora.
1.2 A fauna brasileira
Você sabe o que é fauna?
Fauna é o conjunto das espécies animais. Cada animal é
adaptado ao tipo de vegetação, clima e relevo da região onde vive.
O Brasil possui uma fauna muito diversificada. Somos o país
da América do Sul com a maior diversidade de aves. Alguns dos animais da fauna
92
brasileira não existem em outra parte do mundo. Mas toda essa diversidade não
significa abundância de espécies, principalmente porque o desmatamento das
florestas, a poluição das águas, o comércio ilegal de animais e a caça predatória são
fatores que vêm exterminando muitos animais e diminuindo a riqueza de nossa
fauna.
Como ensino e aprendizagem, o conhecimento da história da
ciência propicia uma visão dessa evolução ao apresentar seus limites e
possibilidades temporais e, principalmente, ao relacionar essa história com as
praticas sociais às quais está diretamente vinculada a nossa realidade.
Os educandos serão motivados para o estudo, mostrando-lhes
o significado e a tarefa da ciência, envolvendo-os em questões concretas.
Desenvolver no dia a dia dos educando, o saber construir e,
modificar suas atitudes para melhorar o mundo onde vivem, ou seja, “Saber atuar
para melhorar o Mundo”.
2 PROBLEMAS
Conscientes do problema que o planeta já vem enfrentando e
que com o passar do tempo tende a se agravar, devido ao Aquecimento Global, a
Extinção da Fauna e Flora resolvemos desenvolver esse projeto visando despertar a
consciência ecológica e a partir da mesma modificar as atitudes, visto que no
ambiente escolar ainda falta esta consciência.
Um problema grave para a fauna do Brasil: novas espécies
estão sendo descobertas e imediatamente consideradas ameaçadas de extinção. O
mico-leão-caissara, o bicudinho-do-brejo e a ararinha-azul são exemplos de animais
que em breve poderão deixar de existir. Vale lembrar que todas as espécies têm
grande importância para os ecossistemas naturais e basta a extinção de uma delas
para que graves desequilíbrios ocorram no meio ambiente.
Temos a clareza que poderá ser alcançado esse objetivo a
partir do momento em que as atitudes do ser humano não mais poluírem e não mais
93
desmatar as nossas matas. Que ele tenha consciência sustentável em relação a
esse Meio tão precioso que precisamos para sobreviver.
Um dos desafios é adequar os projetos para quem possam
incentivar os cidadãos a lutarem pela Educação Ambiental, no sentido de conciliar
tecnologias, informações e teorias, com a cultura e história de cada região. É o
primeiro passo que resultará em mudança de atitudes, individuais e coletivas, em
benefício do futuro do Planeta.
3 OBJETIVO GERAL
Que o aluno seja capaz de entender que a escola faz parte da
vida dele e o meio ambiente onde vivemos, o PLANETA TERRA. Oferecer propostas
e recursos para que o aluno apreenda a proteger este âmbito escolar e seu próprio
habitat. Recursos de aprendizagem dentro e fora da escola práticas dentro do
laboratório, campo, textos e toda tecnologia necessária para que aconteça este
aprendizado tão necessário na nossa sobrevivência do ser humano. Valorizar todo
aprendizado, técnicas, procedimentos, a execução e a avaliação das atividades;
4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Fazer um levantamento do âmbito escolar como ele esta
ainda mais que nosso Colégio passou por uma reforma
observar toda higiene deste âmbito.
• Verificar todos os experimentos que serão trabalhados com
nossos alunos que sejam de acordo com o projeto proposto.
• Desenvolver material de apoio como fonte de pesquisa:
observar nossa biblioteca e site se tem o material necessário.
• Apresentar metodologias alternativas do conteúdo de
Ciências, mas também poderá ser transdisciplinar este
projeto. Que seja trabalhado de acordo com o planejamento
escolar de cada disciplina.
94
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Ciências-disciplina: conjunto de descrições, interpretações, leis,
teorias, modelos, etc., que visa ao conhecimento de uma parcela da realidade e que
resultou da aplicação de uma metodologia especial (metodologia científica).
Ciência-processo: primeiro estágio- atividade, na base de uma
metodologia especial (metodologia científica), que visa à formulação de descrições,
interpretações, leis, teorias, modelos, etc. sobre uma parcela da realidade: segundo
estágio- divulgação dos resultados assim obtidos.
Segundo Piaget conclui (apud Ramozzi-Chiarottino.1.988,p.50):
que a criança e o cientista conhecem o mundo da mesma forma. A idéia básica de que conhecer significa inserir o objeto do conhecimento em um sistema de relações, partindo de uma ação executada sobre esse objeto, é válida tanto para a criança que organiza o seu mundo quanto para o cientista que descobre e explica o campo magnético. Piaget entende que há uma analogia entre a forma pela qual a criança constrói sua realidade, estruturando sua experiência vivida, e a forma pela qual o cientista constrói a Física... Assim, explicar como é possível o conhecimento, para Piaget, é o mesmo que explicar como é possível o conhecimento científico. Aí está a razão pela qual Piaget chama de “epistemologia” a sua teoria do conhecimento.
A primeira, pelo menos nos graus mais elementares de seu
ensino, pode parecer um edifício acabado, irretocável, cheio de verdades (as
“verdades científicas”) a segunda, pelo contrário, como já foi dito, revela que se trata
de algo em contínua elaboração, ampliação e revisão. Quem utilizou essas teses
foram Claudete Bernard, College de France em Paris.
De acordo com Claudet Bernard (1855):
Todo mundo sabe que o ensino no College de France é de uma natureza diferente do que caracteriza as faculdades; que ele atende a outras necessidades; que dirige a outro público; que sua maneira de proceder é essencialmente diferente.
Aqui, o professor sempre situado no ponto de vista da
investigação, deve considerar a ciência, não no que ela possui de adquirido e
assegurado, mas nas lacunas que apresenta, para se esforçar por preenchê-las com
novas pesquisas. É, pois, às mais árduas e obscuras questões que ele de
preferências se acomete, diante de um auditório já preparado, por estudos
anteriores, a abordá-las. Nas faculdades, ao contrário, o professor, situado no ponto
95
de vista dogmático, propõe-se a reunir, numa exposição sintética, o conjunto de
noções positivas que a ciência possui, ligando-as por meio desses laços que se
chamam teorias, destinadas a dissimular, tanto quanto possíveis, os pontos
obscuros e controvertidos que perturbariam, sem proveito, o espírito do aluno
iniciante. Desta forma, esses dois tipos de ensino são, por assim dizer,
diametralmente opostos. O professor de faculdade vê a ciência no seu passado: Ela
é, para ele, como se fosse perfeita no presente; ele a vulgariza ao expor
dogmaticamente o seu estado atual. O professor do College de France, ao contrário,
deve ter os olhos voltados para o desconhecido, em direção ao futuro. Longe de
estar concluída, a ciência de a vida apresentar-se-nos-ás com suas imperfeições;
preocupar-nos-emos sem cessar, não como que está feito, mas com o que resta a
fazer; e essa direção progressiva é tanto mais importante- vos o compreendereis
sem dificuldades- quanto a ciência de que aqui nos ocupamos se encontra mais
distanciada de seu completo desenvolvimento. É preciso, Senhores, estabelecer
com precisão nosso ponto de vista para bem compreender o tipo de liberdade que á
em nosso programa algum poderia ser rigorosamente seguido, contrariamente aos
cursos das faculdades, necessariamente enquadrados em um programa
periodicamente recomeçado e nunca ultrapassando o nível dos conhecimentos
adquiridos. Pode-se, aqui, mudar de assunto todos os anos, todos os semestres; e,
mesmo no decurso de um semestre, nosso plano poderá modificar-se, atingindo um
filão de pesquisas interessantes, houver benefício para a ciência em prossegui-lo
sem demora. Em uma palavra escolhemos nossos estudos sob a única condição de
realizar esforços incessantes com o fim de cooperar para o progresso da fisiologia e
da medicina, procurando realizar esse progresso em todas as questões que
possamos atingir e por todos os meios que se encontrem a nosso alcance.
Desenvolver no dia dos educando, o saber construir e,
modificar suas atitudes para melhorar o mundo onde vivem, ou seja, “Saber atuar
para melhorar o Mundo”. Procuraram formar uma consciência ecológica e educar
para preservar e cuidar do planeta Terra (ou seja, o ambiente onde eu moro).
Desenvolveram a criatividade na elaboração de panfletos informativos e educativos.
Criarão, dentro do âmbito da escola, um espaço de cultura
ambiental que integrando o lazer, tenha como objetivo (1) a mudança qualidade de
96
vida na escola e (2) a aquisição de conhecimentos sobre o meio ambiente e a
transformação de atitudes de proteção desse meio.
Todos os integrantes da escola, ou seja, todos que trabalham,
estudam pessoas das comunidades e amigos da escola serão envolvidos nesse
projeto. Serão usadas varias estratégicas de marcar todas as áreas integrantes
da escola. (ou seja, todos que trabalham, estudam pessoas da comunidade e
amigos da escola). Um espaço físico na escola destinado a aglutinar os movimentos
que envolvam ações de meio ambiente, cidadania e lazer na escola. O trabalho foi
iniciado com os professores, direção da escola e com a participação de pais já
envolvidos e que procuraram colocar algumas questões para mapear os problemas
relativos à qualidade de vida na escola. É importante que os participantes estejam
sempre interessados e preocupados em mudar a qualidade de vida da escola.
Depois em seguida, serão escolhidas as consensuais que privilegiarão, em
consonância com a proposta pedagógica da escola, algumas prioridades a ser
alcançado, o que antecede a formulação de um plano de ação, definindo as etapas
necessárias, tendo como referencial alguns critérios como a exequibilidade do plano
em termos de recursos, local físico, tempo etc...
Incorporando e, sobretudo, o envolvimento progressivo de toda
a escola e do em torno escolar, movimentos ambientais.
6 METODOLOGIA
Colocaremos em exposição o projeto à comunidade escolar,
um trabalho de análise na comunidade, levantamento de dados, fazendo um
levantamento da situação da escola e do bairro na questão ambiental.
Serão trabalhados os conteúdos através de pesquisas: pela
internet, livros, vídeos, fotografias, filmagem, CDs, documentários, palestras,
pesquisa de campo (e uma viagem em Foz do Iguaçu: Parque Nacional das Águas),
assim mostrando ao aluno um ambiente sustentável de preservação ambiental e a
importância de proteger a Fauna e a Flora.
Comparações dos parâmetros (Fauna e Flora) através do
passeio ecológico. Com este projeto Fauna e Flora toda a comunidade escolar será
97
mobilizada .Não podemos negar que já existem vários problemas ambientais que
estamos vivendo, como as diversas formas de poluição,aquecimento global e
degradação e extinção de grandes áreas com Fauna e Flora que ainda nos restam.
De um lado, várias campanhas e eventos têm sido realizados
para despertar a consciência do cidadão frente a estas questões. Em alguns casos,
o impacto da avalanche de informações tem assustado as pessoas levando-as a
uma perplexidade, que distancia a consciência de realizar algo para reverter o
processo.
O cidadão se acha impotente e permanece inerte frente a essa
situação, delegando a outras instâncias as questões ambientais.
Um dos desafios é adequar os projetos para quem possam
incentivar os cidadãos a lutarem pela Educação Ambiental, no sentido de conciliar
tecnologias, informações e teorias, com a cultura e história de cada região. É o
primeiro passo que resultará em mudança de atitudes, individuais e coletivas, em
benefício do futuro do Planeta. Educação Ambiental baseado em alguns
pressupostos como o trabalho com projetos temáticos e transdisciplinares e
propondo mudança na escola e seu entorno.
O programa ainda prevê um momento de apresentação dos
projetos escolares e assim para os pais e alunados socializar suas produções, bem
como divulgar e valorizar seus trabalhos.
7 EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM DESTE PROJETO
• Assim na escola poderemos perceber algumas
transformações através das atitudes dos alunados e
apresentações de vídeos trabalhados realizados durante o
projeto como: (fotos ,filmagem do passeio em Foz do Iguaçu,
slide dos desastres ambientais animais, matas, biopirataria e
etc.)
• Na escola já está sendo implantada a horta, assim poderemos
também mostrar ao nosso aluno que ali tem a fauna e a flora
98
em pequeno porte, ou seja em uma cadeia alimentar ali
existente e também um ambiente sustentável.
• Sobre o tema meio ambiente Fauna e Flora, ou seja um
ambiente sustentável o homem tem que ter uma consciência
de reaproveitando de materiais.
7 CRONOGRAMA
• Seminário de integração dos professores e alunos.
• Aula inaugural: (instrumentos áudio visual e texto sobre:
aquecimento global, fauna e flora, biopirataria de animais em
extinção e o que é um ambiente sustentável)
• Pesquisa de Campo em Foz do Iguaçu: levantamento de
dados sobre fauna e flora (Palestras, filme, fotos e pesquisa).
• Elaboração das ações entre todos os participantes do projeto.
• Aplicação das ações e transformações principalmente a horta
escolar.
• Término do projeto com “Exposição dos trabalhos”.
REFERÊNCIAS
BERNARD, Claudet. Lençons de phsiologie expérimentale appliquée
à La medicine faites ou College de France. Tome 1 (1.854-1.855)J.B Baillière ET
Fils, Paris, 1855.
RAMOZZI-CHIAROTTINO, Zelia. Psicologia e epistemologia
genética de Jean Piaget. São Paulo: EPU. 1988. 87 p.
99
DCE – Diretrizes Curriculares de Biologia Para a Educação Básica - PR., 2006. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br , acesso em: 20 de março de 2010. DVD sobre o Aquecimento Global (GREENPEACE). Aquecimento global dossiê (atualidades de vestibular)/Relatório da ONU: Por que a Poluição e outras ações humanas pioram o Clima no Mundo.
http://www.sitecurupira.com.br/roteiro_eco/roteiro_eco_foz_iguacu.htm http://www.indoviajar.com.br/brasil/pr/foz-do-iguacu/fauna-e-flora.htm http://www.brasilescola.com/geografia/os-efeitos-aquecimento-global-no-brasil.htm
100
Geografia PROJETO FOZ DO IGUAÇU
PROFESSORA CONCEIÇÃO DIAS OLIVA
1 APRESENTAÇÃO
A formação do relevo brasileiro decorre da ação de diversos
elementos, como a estrutura geológica do território, os agentes internos, o
tectonismo, o vulcanismo, e os agentes externos. O clima subtropical predomina ao
sul do Trópico de Capricórnio, compreendendo parte de São Paulo, Paraná e Mato
Grosso do Sul e os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, caracteriza-se
por temperaturas médias inferiores a 18º C, com amplitude térmica entre 9º C e 13º
C. Nas áreas mais elevadas, o verão é suave e o inverno frio, com nevascas
ocasionais. A hidrografia é o ramo da geografia física que estuda as águas do
planeta, abrangendo rios, mares, oceanos, lagos, geleiras, água do subsolo e da
atmosfera. A grande parte da reserva hídrica mundial (mais de 97%) concentra-se
em oceanos e mares, com um volume de 1.380.000.000 km³. Já as águas
continentais representam pouco mais de 2% da água do planeta, ficando com um
volume em torno de 38.000.000 km³. Bacia do Paraná: e a região mais
industrializada e urbanizada do país. Na bacia do Paraná reside quase um terço da
população brasileira, sendo os principais aglomerados urbanos as regiões
metropolitanas de São Paulo, Campinas e de Curitiba. O rio Paraná com
aproximadamente 4.100 km tem suas nascentes na região Sudeste, separando as
terras do Paraná do Mato Grosso do Sul e do Paraguai. O rio Paraná é o principal
curso d'água da bacia, mas também são muito importantes os seus afluentes e
formadores, como os rios Grande, Paranaíba, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, dentre
outros. Essa bacia hidrográfica é a que tem a maior produção hidrelétrica do país,
abrigando a maior usina hidrelétrica do mundo: a Usina de Itaipu no Estado do
Paraná, que é um projeto em conjunto entre Brasil e Paraguai. Conteúdo
Estruturante - Dimensão Sócio-ambiental do espaço geográfico.
Conteúdos básicos – Dinâmica da Natureza e sua alteração
pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
2 PROBLEMA
101
Sabendo que o educando vê a disciplina de geografia como
algo inútil, este projeto tem por objetivo conscientizá-los da importância dessa
disciplina. Mostrar para o aluno que ao estudar o Relevo, o Clima ou Hidrografia, ele
não se preocupe somente em descrever as formas do relevo, os nomes de rios ou
tipo de clima e etc., e sim como uma forma de se entender as influências que o
relevo de certa região tem sobre determinada sociedade ou a importância de
determinado curso d’água para uma população.
3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL
Que o aluno entenda que o espaço geográfico é composto pela
materialidade (natural e técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e
políticas.
Oferecer propostas e recursos para que o aluno compreenda a
formação natural e transformação das diferentes paisagens pela ação humana e
sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ao estudar o clima, relevo e hidrografia da cidade de Foz do
Iguaçu, e em seguida fazer o passeio nessa região, o aluno possa entender que há
uma interdependência de vários fatores sociais, políticos e econômicos, dessa
região estudada com o seu cotidiano.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A geografia é uma ciência que tem por objetivo o estudo da
superfície terrestre e a distribuição espacial de fenômenos significativos na
paisagem. Também estuda a relação recíproca entre o homem e o meio ambiente
102
(Geografia Humana). Para alguns a Geografia também pode ser uma prática
humana de conhecer onde se vive para compreender e planejar o espaço onde se
vive. Um dos temas centrais da geografia é a relação homem-natureza. A natureza é
entendida aqui como as forças que geraram ou contribuem para moldar o espaço
geográfico, isto é, a dinâmica e interações que existem entre a atmosfera, litosfera,
hidrosfera e biosfera. O homem é entendido como um organismo capaz de modificar
consideravelmente as forças da natureza através da tecnologia.
O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao longo da história vão sendo substituídos por objetos técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina. (SANTOS, 1996, p. 51)
A partir dessa perspectiva, os objetos geográficos são
indissociáveis das ações humanas, mesmo sendo objetos naturais. Mas, o que são
as ações?
A ação é o próprio homem. Só o homem tem ação, porque só ele tem objetivo, finalidade. [...] As ações humanas não se restringem aos indivíduos, incluindo, também, as empresas, as instituições. [...] As ações resultam de necessidades, naturais ou criadas. Essas necessidades: materiais, imateriais, econômicas, sociais, culturais, morais, afetivas é que conduzem os homens a agir e levam a funções. Essas funções, de uma forma ou de outra, vão desembocar nos objetos. [As ações] conduzem à criação e ao uso dos objetos, formas geográficas. [...] As duas categorias, objeto e ação, materialidade e evento, devem ser tratadas unitariamente. Os eventos, as ações, não se geografizam indiferentemente. [...] O espaço geográfico deve ser considerado como algo que participa igualmente da condição do social e do físico, um misto, um híbrido. (SANTOS, 1996, p. 67-70).
Segundo Kaercher (1998), o espaço geográfico é entendido
como fruto do trabalho humano pela sobrevivência onde nessa luta o homem
constrói, destrói, modifica a si e a natureza. Para Cavalcante (1998) o ensino de
geografia deve levar ao aluno a compreender a realidade sob o ponto de vista de
sua espacialidade. Ou seja, o espaço geográfico a que ele esta inserido.
E que a geografia na escola possa contribuir para que o aluno contextualize com o seu dia-a-dia e resolvam as suas inquietações com o saber geográfico. O ensino de geografia que tenha este objetivo deverá esclarecer os alunos acerca das complexas implicações de poder contidas no espaço, possibilitando-lhes fazer uma análise espacial consistente e coerente, que contribua não apenas para que fiquem cientes de que é preciso “saber pensar o
103
espaço” (LACOSTE, 1989:115), mas que saibam também “como” fazê-lo.
Entende-se que, para a formação de um aluno consciente das
relações socioespaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro
conceitual das abordagens críticas dessa disciplina, que propõem a análise dos
conflitos e contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de
um determinado espaço.
5 METODOLOGIA
A Geografia enquanto ciência do espaço geográfico, entendida
como o espaço produzido e apropriado pela sociedade composta por objetos
(naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais, culturais, políticas e
econômicas), abre a possibilidade de pensar o homem, a sociedade e as suas
interações e inter-relações no mundo que a cerca.
O ensino de Geografia deve levantar questões polêmicas que
desenvolvam o raciocínio crítico dos alunos. Estes devem ter clara que as paisagens
mostram o que a sociedade construiu.
Para que o raciocínio crítico e geográfico se desenvolvam é
necessário que o espaço geográfico seja compreendido como resultado da
integração entre dinâmica físico-natural e dinâmica humano-social, e estudado a
partir de diferentes níveis (escalas) de análise. “[...] As explicações para entender a
realidade estudada exigem um vaivém constante entre os diversos níveis (escalas)
de análise, em que se cruzam as interpretações que decorrem do local ou do
regional, considerados em sua totalidade, e os níveis nacional e internacional.
(CALLAI, 2003, p.61).”
Nesse processo de ensino-aprendizagem, serão trabalhados
os conteúdos através de pesquisas: pela internet, livros, vídeos, imagens,
fotografias, filmagem, CDs, documentários, apresentação oral e escrita de trabalhos,
passeio (viagem para Foz do Iguaçu: Parque Nacional das Águas).
Para que haja aprendizagem satisfatória os alunos deverão
fazer comparações do conteúdo estudado com o seu espaço vivido. Perceber a
104
interação que há nos diferentes aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais e
ambientais, entre o espaço local (Arapongas) com o espaço estudado (Foz do
Iguaçu).
AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados com conteúdos trabalhados através
de pesquisas: pela internet, livros, vídeos, imagens, fotografias, filmagem, Cds,
documentários, apresentação oral e escrita de trabalhos, passeio (viagem para Foz
do Iguaçu: Parque Nacional das Águas).
Tema de pesquisa. Coletânea de dados (Pesquisa sobre
Relevo, Clima e Hidrografia, com mapa do Paraná identificando principais rios e
afluentes).
CRONOGRAMA
• Aula expositiva: (explicação dos conteúdos: Relevo, Clima e
Hidrografia da região de Foz do Iguaçu, seminários de
integração entre professores e alunos, instrumentos áudio
visual).
• Pesquisa de Campo em Foz do Iguaçu: Levantamento de
dados sobre Relevo, Clima e Hidrografia, através de
pesquisa, observação, documentários, fotos, imagens.
• Término do projeto com “exposição dos trabalhos”.
BIBLIOGRAFIA
DCEs Geografia – EF e EM – 2009
Sites consultados:
105
http://www.brasilescola.com/geografia/trabalho-de-campo-no-estudo-da-geografia.htm Acesso em abril e maio de 2010. http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia Acesso em abril e maio de 2010. http://www.brasilescola.com/geografia/a-realcao-entre-hidrografia-clima-relevo.htm Acesso em abril e maio de 2010. http://www.agb.org.br/XENPEG/artigos/GT/GT4/tc4 (18).pdf - -1k Acesso em abril e maio de 2010. http://www.brcactaceae.org/hidrografia.html – 19k Acesso em abril e maio de 2010. http://www.algosobre.com.br/geografia/dominios-morfloclimati... - 82k - Acesso em abril e maio de 2010.
106
Língua Portuguesa TRABALHANDO A LÍNGUA PORTUGUESA ATRAVÉS DE LENDAS
SOLANGE SAWONIUK OTTENIO
1 OBJETIVOS
1.1 OBJETIVO GERAL
Promover o desenvolvimento da imaginação, da criação e da
percepção do mundo, a partir das possíveis interpretações de Lendas.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Identificar os elementos da narrativa e as características do
gênero.
• Apropriar-se do sistema de escrita e produzir textos de autoria
de acordo com as características do gênero.
• Entrar em contato com a cultura indígena;
• Revisar o texto e observar as funções linguísticas e textuais
necessárias para a re-escrita.
3 JUSTIFICATIVA
Esse projeto tem como objetivo narrar a experiência
pedagógica com alunos do Ensino Fundamental com Lendas indígenas, destacando
a Lenda das Cataratas de Iguaçu, procurando fornecer aos alunos informações
atuais sobre a figura do índio, sua arte e seu universo lendário, bem como o lugar
turístico do Paraná, e suas características históricas, contextualizando com os
conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema.
Através dessa compreensão, os resultados serão produções
bidimensionais e tridimensionais, ressaltando significações próprias, e histórias em
quadrinhos, ilustrando os conceitos aprendidos. É importante refletir nas relações
107
entre cultura e educação na sociedade em que vivemos, procurando caminhos para
o fortalecimento da cidadania, e formar cidadãos capazes de atuar com competência
e dignidade, assumindo a valorização de sua própria realidade.
4 REVISÃO DE LITERATURA
O homem se comunica através da linguagem, como nos coloca
os Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa.
A linguagem é uma forma de ação interdirecional orientada por
uma finalidade específica; um processo de interlocução que se realiza nas praticas
sociais existentes nos diferentes grupos de uma sociedade, nos distintos momentos
de sua história.
Tomando esses pressupostos como ponto de partida, a escola
tem a responsabilidade de garantir aos alunos o domínio da língua oral e escrita,
como uma forma de comunicação necessária para o exercício da cidadania, pois
amplia as possibilidades de partilha de informação e conhecimento.
Não é possível estudar a língua sob a forma de conceitos
isolados, e a pratica pedagógica nos mostra que, para nos aproximarmos desse
intento, precisamos oferecer assuntos interessante, variados, estimulando a
criatividade e promover o avanço nos processos de desenvolvimento de
argumentação, comparação e reconhecimentos do sistema da leitura e da escrita.
Para que o trabalho escolar se aproprie dos diferentes tipos
textuais deve ser explorada várias formas de expressão e diferentes linguagens.
4.1 TRABALHANDO COM A LENDA DAS CATARATAS DO IGUAÇU
Uma linda lenda tupi0guarani explica o surgimento das
Cataratas do Iguaçu. “Há muitos anos atrás, o rio Iguaçu corria tranquilo sem quedas
nem cataratas”. Os índios Guarani, habitantes do lugar, adoravam a deus Tupã e
seu filho M'Boi, o deus serpente que vivia nas águas. A ele eram oferecidas em
sacrifício as mais belas jovens da aldeia.
108
No dia em que a jovem Naipi seria sacrificada, Tarobá, um
guerreiro apaixonado, raptou-a e tentou fugir descendo o rio numa canoa.
Enfurecido, M'Boi penetrou nas entranhas da terra, contraiu seus músculos e,
abrindo uma imensa cratera, revoltou as águas formando uma enorme catarata.
Naipi foi transformada numa rocha, condenada a ser fustigada pelas águas da
Garganta do Diabo. Tarobá converteu-se numa palmeira e desde então contempla
sua amada por toda a eternidade. Assim conta a lenda.
5 METODOLOGIA
O presente estudo será realizado no Colegio Estadual Antônio
Racanello Sampaio em uma sala de 30 alunos da 6ª série do ensino Fundamental
do período vespertino. O trabalho partira da abordagem das lendas mais
profundamente a questão da Lenda das Cataratas, trabalhando-se a linguagem do
desenho.
Será enfatizado um trabalho lúdico, através de contação das
lendas (com objetos indígenas) para trabalhar o imaginário do aluno.
Serão utilizados artefatos durante as aulas, porém sem
abordagem direcionada, sendo permitida apenas a contemplação. A principal
reflexão levantada com os alunos será a linguística e psicolinguística como papel
construtor da oralidade e da escrita. Através do incentivo do trabalho de criação
coletivo, será valorizado o desenvolvimento dos valores como disciplina,
responsabilidade e respeito. Os conteúdos trabalhados serão registrados como uma
síntese das estruturas linguísticas a partir de conhecimento do aluno sobre o
processo de aprendizagem da língua portuguesa.
A língua selecionada será de figuras, fotos, filmes, em que eles
produziram histórias em quadrinhos, textos, desenhos, que possam representar a
lenda em seu espaço atual.
As aulas serão dialogadas, havendo sempre o jogo de
perguntas no ar para levá-los a refletir o tema e exporem o que sabiam previamente
sobre lendas. Será levantado uma reflexão sobre as lendas no contexto indígena e,
109
através da leitura destas em equipe, os alunos produziu representações em desenho
e pintura.
A metodologia dos seminários também será utilizada,
buscando a reflexão e socialização dos conhecimentos adquiridos pelos alunos, e
também a reflexão sobre a produção artística, não deixando que os conteúdos
fiquem perdidos durante o processo de criação. Serão trabalhados os seguintes
conteúdos:
• Leitura e interpretação
• Estrutura textual do gênero narrativo
• Elementos que compõe o gênero: Lenda
• Revisão textual
• Produção de fichamento
• Produção Textual
• Ilustração de texto
• Criação e pesquisa de textos da cultura popular
6 AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnostica e continua com o objetivo de
formar alunos produtos de língua escrita e oral, consciente e saber a importância de
conhecer o tipo de mensagem em determinado tipo de situação social.
Serão realizadas atividades que promova a descoberta e a
utilização da escrita como instrumento de reflexão sobre o próprio pensamento e o
conhecimento. Essas atividades será através de produção de texto oral, escrito,
reflexão e uso da língua, estrutura textual discursiva, escrita das palavras, narrativa,
história em quadrinhos, seminários, resenhas e outros.
7 CRONOGRAMA
110
O trabalho será desenvolvido no 2º semestre deste ano de
2010, sujeito a dar continuidade no decorrer do ano letivo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo como base os objetivos deste projeto será possível
definir alguns parâmetros. Na escola pública, existem trabalhos isolados que
valorizam a literatura infantil, mas em sua maioria todos utilizam para fins didáticos.
No centro de Educação Infantil, existe uma preocupação do corpo docente em
valorizar o imaginário da criança, bem como as suas demais potencialidades.
Percebemos que em ambas as instituições as crianças
participam das atividades, e demostram através de textos, desenhos,
dramatizações, gestos e conversas suas angústias, alegrias, vontades e dúvidas ao
colocarem-se no lugar dos personagens, vivenciando momentos do seu cotidiano.
Escrever é interagir, e a vivencia com diversos textos possibilita
a manifestação da língua escrita com essa interação que faz com que os alunos
adquiram progressivamente competências em relação aos usos linguísticos, a fim de
poderem resolver questões da vida cotidiana, ter acesso aos bens culturais e
alcançar a liberdade de participar do mundo letrado, assumindo sua própria palavra
na produção de textos coerentes, coesos e eficazes.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1997. IGUAÇU, Cataratas do. Disponível em : http//wikipedia.org/wiki/Lendas. Acesso em 11/06/10.
111
Matemática PROJETO DE VISITA NA ITAIPU BINACIONAL
PROFESSOR: OSMAR GODOI
1 CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE
O estudo da matemática, com suas equações e incógnitas muitas
vezes se torna incompreensível e difícil, quando é aplicado de maneira teórica,sem uma
relação com a prática vivida pelos alunos. Sem que os educandos tenham conhecimento
dos assuntos estudados.
A pesquisa de campo se faz necessária para que certas operações
desenvolvidas em inúmeras atividades do nosso cotidiano tornem-se evidente, saindo
daquele modelo teórico tão divulgado através dos anos e tão difícil de ser rompido.
A viagem de estudos à Usina de Itaipu, possibilita ao educando uma
atividade prática uma vez que estará diante de uma transformadora de energia,
(mecânica em elétrica) de onde podemos trabalhar conteúdos, que se não relacionados,
tornam se quase um conhecimento sem objetivos. As imagens obtidas pelos
multiplicadores que estiveram na viagem, assim como o seus depoimentos, traz para os
bancos escolares a prática tão almejada.
Além da possibilidade de um estudo aprofundado sobre conteúdos
da matemática, abre o precedente em trabalhar o coletivo, a troca, a educação ambiental
e conhecimento de inúmeras tecnologias utilizadas não só no transporte, mas em várias
áreas do conhecimento. exemplos: GPS, cartões magnéticos, carros elétricos, códigos de
barras etc., aguçando o aluno ao estudo de profissões relacionadas a estas áreas.
O estudo por meio dessa pesquisa justifica-se, pois abre caminhos
para uma educação onde a troca será um dos fatores muito importante, aliada a
educação no trânsito, educação ambiental, educação fiscal. Enfim possibilita aos
cidadãos uma educação completa e onde a troca de experiências será muito frisada,
sendo alguns alunos multiplicadores das atividades observadas nessa viagem.
Um estudo voltado ao coletivo, onde os envolvidos têm a prática
aliada à teoria, torna-se muito mais prazerosa, criando um ambiente de aprendizado mais
agradável e incentivador a todos os envolvidos, desenvolvendo o hábito da participação, o
que será levado para toda a vida, formando cidadãos mais envolvidos na busca de uma
sociedade mais justa e respeitadora de seus deveres.
112
2 OBJETIVOS E METAS
Desenvolver no educado o hábito da pesquisa, visando uma
formação global e democrática, baseada na troca de experiências e estudos
complementares.
Buscar o conhecimento, aliado à prática, saindo da teoria, tornando
um estudo mais específico onde todos tenham a oportunidade de estudar, sabendo o
porquê estudar.
Conhecer as novas tecnologias, que brotam todos os dias na nossa
frente e ser capaz de discernir se certo instrumento é realmente necessário. Se esse
equipamento realmente cumpre o que está prometendo. O educando deverá ser capaz de
refletir e tirar suas conclusões relacionadas às novas tecnologias.
Buscar relacionar os conteúdos desenvolvidos na sala de aula com a
sua utilização no cotidiano das pessoas.
3 METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO
A atividade principal devera ser baseada na pesquisa e no trabalho
em grupo. O coletivo torna-se importante, pois facilita o aprendizado por meio da troca.
Será utilizado o laboratório do Paraná digital, onde serão
desenvolvidas as pesquisas para a elaboração de resumos que facilitem a proliferação
das imagens trazidas por alguns educando multiplicadores, incentivando o estudo dos
demais envolvidos.
A TV Pen drive, aliada aos DVDs distribuído pelo MEC, também
serão utilizados na transmissão das imagens e DVDs adquiridos na pesquisa em Foz do
Iguaçu.
Grosso modo, todos têm a visão de Itaipu, como uma geradora de
energia elétrica, esquecendo que a mesma desenvolve projetos de grande impacto com o
carro elétrico.
Serão trabalhados conteúdos desenvolvidos nas 6ª séries como,
grandezas diretamente e inversamente proporcionais, onde os alunos terão a
113
oportunidade de refletir sobre os ganhos econômicos e ambientais na economia de
energia elétrica que todos podemos fazer, culminando com uma história em quadrinhos.
A educação ambiental e fiscal pode ser trabalhada, quando
calculamos o quanto custa de energia elétrica e o quanto de água são necessário para
gerar a energia elétrica utilizada em um banho de 10 minutos, por exemplo,
conscientizando nossos alunos da importância da economia desses bens tão preciosos.
4 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
2° BIMESTRE
Resolução de problemas sobre grandezas diretamente e
inversamente proporcionais, envolvendo temas como água e energia.
REFERÊNCIAS
DCEs
Livros Didáticos de Matemática 6ª Séries- PNLD
www.itaipu.gov.br
www.fbln.pro.br ( modelo de projeto) L.E.M.-Inglês PROJETO: DESCRIÇÃO DE LUGARES TURÍSTICOS DE FOZ DO IGUAÇU
PROFESSORA DÉBORA DUARTE DE CAMARGO 1 OBJETIVOS
1. OBJETIVO GERAL
Realizar uma viagem a Foz do Iguaçu para que os alunos conheçam
toda a sua diversidade de atrativos, pois ela representa um dos mais belos destinos
turísticos do mundo e para que possam conhecer e valorizar o Estado do Paraná.
1. OBJETIVO ESPECÍFICO:
114
• Explorar as riquezas naturais como o Parque Nacional do Iguaçu,
tombado como Patrimônio Natural da Humanidade e onde estão
localizadas as Cataratas do Iguaçu.
• Visitar a Itaipu e aprender sobre a função dessa maior hidrelétrica
do mundo em produção de energia e de todo o seu funcionamento.
• Conhecer o Ecomuseu, que é diferente dos museus tradicionais, na
América Latina, com elementos representativos da natureza e do
desenvolvimento cultural, além de importantes coleções
arqueológicas, históricas e técnico-científicas, podendo também
assistir à Iluminação Monumental da Usina.
• Explorar o Refúgio Biológico Bela Vista para conhecer as mais
diferentes espécies de animais silvestres, tanto os que estão em
extinção como outros e aproveitar o momento para interagir com a
natureza.
• Descrever alguns desses lugares turísticos de Foz do Iguaçu que
serão visitados por eles.
2 CRONOGRAMA
Início: 03/2010
Término: 06/2010
Disciplina: Língua Inglesa
Turma: 2ª série do Ensino Médio
3 METODOLOGIA
Uma excursão com os alunos para a cidade de |Foz do Iguaçu, onde
os mesmos ficarão hospedados em uma pousada, onde poderão, além de descansar,
desfrutar de momentos agradáveis com seus colegas de classe e professores, havendo,
assim, mais interação entre ambos. Em visita ao Refúgio Biológico Bela Vista os alunos
assistirão um vídeo sobre os cuidados com os animais que ficam aos cuidados deles e
conhecerão algumas espécies exóticas de árvores, podendo valorizar e respeitar mais a
115
natureza. Em seguida, farão uma trilha ecológica pelo Refúgio Biológico Bela Vista com o
guia que explicará o que foi mostrado no vídeo. Uma visita à Itaipu, onde terão
orientações sobre o funcionamento da maior hidrelétrica em produção de energia e no
mesmo dia uma visita ao Ecomuseu para verem uma réplica da Usina, ampliando e
sanando as dúvidas sobre o seu funcionamento.
No outro dia, os alunos serão levados às Cataratas do Iguaçu, para
explorarem as riquezas naturais incomparáveis do nosso Paraná.
Durante as aulas de inglês os alunos lerão textos informativos sobre
os lugares visitados nessa viagem, relembrando, assim, o que viram, ouviram e
aprenderam sobre esses lugares.
Realizarão um trabalho de descrição dos lugares turísticos de Foz
do Iguaçu: Cataratas, Itaipu, Ecomuseu e Refúgio Biológico Bela Vista.
Produzirão um vídeo com imagens desses lugares turísticos
impressionantes que eles conhecerão durante a viagem.
4 RECURSOS DIDÁTICOS
Câmera Digital, Panfletos informativos, computador, impressora,
Internet, DVD, fotos.
5 AVALIAÇÃO
Trabalho de descrição dos Lugares Turísticos de Foz do Iguaçu e
Videos.
REFERÊNCIAS
Impresso elaborado e editado conjuntamente pela ABJICA-SP e
JICA Brazil.
Panfletos informativos Itaipu Binacional.
Jornal Programa Socioambiental da Itaipu Binacional – Foz do
Iguaçu.
116
117
ANEXO D – PROJETOS EXTRACURRICULARES
Arte PROJETO LIXARTE
PROFESSORA LUCIÓLACASAGRANDE
1 APRESENTAÇÃO
Como já dizia o químico francês Lavoiser, tudo se transforma,
nossos pensamentos, nossos corpos, nossas vidas e tanto para melhor como para pior.
durante muito tempo da existência humana não houve nenhuma preocupação em cuidar
do ambiente em que vivemos, apenas o exploramos sem distinção, porém na década de
80 quando foi constatada que as fontes de petróleo e de outras matérias primas não
renováveis estavam se esgotando rapidamente, sem falar na falta de espaço físico para a
disposição de lixo e outros dejetos na natureza, a palavra reciclagem que vem do inglês
recycle (re=repetir e cycle=ciclo), começou a ser difundida e posta em prática.
Reciclagem é um termo utilizado para designar o reaproveitamento
de materiais já beneficiados como matéria prima para um novo produtor. existem uma
grande quantidade de materiais que podem ser reciclados, os mais comuns são o papel, o
vidro, o metal e o plástico.
Os resultados da reciclagem são expressivos tanto no campo
ambiental, como nos campos econômico e social.
No ambiente existem grandes vantagens para se fazer a reciclagem
do lixo:
• a diminuição da utilização de fontes naturais vezes não renováveis;
• a diminuição da quantidade de resíduos que necessita de
tratamento final, como aterramento ou incineração;
• diminuição de emissão de gases como metano e gás carbônico e
agressões ao solo, ar e água, etc.
No aspecto econômico a reciclagem contribui para a utilização mais
racional dos recursos naturais e a reposição daqueles recursos que são passíveis de
reaproveitamento.
No âmbito social a reciclagem além de proporcionar melhor
qualidade de vida através das melhorias ambientais, tem gerado emprego e rendimento
118
para pessoas que vivem nas camadas mais pobres da população. no brasil existem
famílias inteiras que vivem da coleta, classificação e venda de sucatas (papéis, vidros,
alumínio, etc) e outros materiais recicláveis.
A sucata também serve de matéria prima para produtos artesanais,
que podem se converter numa fonte de renda, na fabricação de luminárias, bolsas,
bijuterias, brinquedos, peças para decoração, esculturas e muitos outros objetos.
Trabalhar com sucata ajuda os alunos a desenvolver a capacidade de transformação, a
criatividade, a imaginação e o senso estético.
Este projeto visa a transformação de sucatas (materiais recicláveis)
em objetos tridimensionais que é tudo aquilo se apresenta em 3 dimensões: altura,
largura e profundidade.
2 OBJETIVOS
• Conscientizar o aluno da importância em usufruir dos recursos
naturais com responsabilidade para que este não falte no futuro;
• Buscar o reaproveitamento do material reciclável transformando-o
em objetos tridimensionais, que estes podem trazer benefícios não
somente lúdicos mas também financeiros a muitas pessoas.
3 DESENVOLVIMENTO E METODOLOGIA
• Falar com os alunos sobre o que é a importância da reciclagem nos
aspectos: ambiental, econômico e social e sobre objetos
tridimensionais;
• Pedir aos alunos que pesquisem imagens sobre objetos
tridimensionais feitos a partir de sucata e que tragam sucata
(material reciclável) e mais o material necessário (cola, tesoura, fita
crepe, etc) para criarem o seu próprio objeto;
• Montar uma exposição dos objetos para que os demais alunos do
colégio possam apreciar;
• Tempo aproximado para o desenvolvimento do projeto:
119
4 CRONOGRAMA
Na 1ª aula - aula expositiva e pesquisa (laboratório de informática),
2ª aula - classificação do material reciclável e estudo das formas para criação de um
objeto.
Nas 3ª a 5ª aula - criação e confecção do objeto tridimensinal
momento de exposição dos objetos confeccionados para os demais alunos do colégio.
5 AVALIAÇÃO
A avaliação será concomitante ao processo de pesquisa e criação. O
aluno será avaliado em sua participação e colaboração quanto a pesquisa e em seu
entendimento sobre o que é e a criação de um objeto tridimensional. Também espera-se
que o aluno compreenda a importância de cuidar do ambiente em que vive e que colabore
mais com isso, mesmo que com pequenos atos diários.
120
Biologia PROJETO HORTA NA ESCOLA
PROFESSORA RITA DE CÁSSIA Z. DE BARROS
1 APRESENTAÇÃO
Título da Atividade: Horta na Escola.
Nome do Profissional que desenvolverá a Atividade: Rita de Cássia
Zuqui de Barros.
Números de Participantes: 37 alunos.
2 JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA
O homem tira da terra o seu sustento, isto faz com que aprenda a
mexer nela, a prepará-la para o cultivo, a ter uma relação homem-natureza, pois, ele
depende dela para a sua sobrevivência. No entanto para muitos seres humanos esta
relação está perdida, para muitos o "solo" de onde o seu alimento é tirado é apenas
"terra", pois, atualmente na sua rotina não há mais tempo para tal relação. Hoje as
crianças e adolescentes das cidades no ambiente externo a escola normalmente estão
em frente a vídeo games, computadores e televisores, não tendo mais o contato com o
meio ambiente. Desta forma se faz necessário que os professores resgatem este contato,
permitindo este relacionamento, é desta forma que as hortas nas escolas possuem um
papel importantíssimo. Além de permitir a discussão sobre a importância de uma
alimentação saudável e equilibrada. Através do presente projeto os alunos terão a
oportunidade de conciliar teoria à prática, aplicando o que se aprende na sala de aula.
Desta forma levarão uma experiência valiosa para vida, já que a saúde do homem está
ligada a uma alimentação saudável e rica em vegetais.
Segundo a Professora Rita de Cássia Zuqui de Barros, o organismo
humano necessita de uma variedade muito grande de alimentos que contenham
substâncias capazes de: promover o crescimento; fornecer energia para o trabalho;
regular e manter o bom funcionamento dos órgãos; aumentar a resistência contra as
doenças. As hortaliças constituem um grupo de plantas alimentares que se caracterizam
pelo alto teor nutritivo, principalmente por conterem vitaminas e minerais e pelo seu
delicado sabor.
121
Um aspecto importante é o uso destas hortaliças para a merenda
escolar, reduzindo o custo para a escola e oferecendo a todos os alunos uma alimentação
mais adequada. Além de toda questão nutritiva, sabe-se ainda que as atividades ligadas
ao uso do solo tais como revolver a terra, arrancar mato, podar, regar, não só constituem
ótimo exercício físico como representam uma forma de aprendizado saudável e criativo,
tal qual o contato com as coisas da natureza.
3 OBJETIVO ESPECÍFICOS
Utilizando como referência a metodologia Horta Viva de Educação
Ambiental, o Projeto Horta na Escola tem como objetivos específicos:
• Implantar horta educativa na escola como um instrumento de
educação ambiental de forma interdisciplinar e vivenciada, onde a
natureza é compreendida como um todo dinâmico, sendo o ser
humano parte integrante e agente das transformações do mundo
em que vive;
• Estimular a participação dos professores, tendo em vista a
elaboração de um planejamento escolar mais integrado, e
desenvolvendo competências que permitam ao aluno compreender
o mundo e atuar como indivíduo e cidadão, utilizando
conhecimentos populares e tradicionais e de natureza científica e
tecnológica; provocar na comunidade envolvida reações críticas em
relação à sua postura diante do ambiente em que estiver inserida.
4 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
Visando o repasse da metodologia e a continuidade do projeto,
durante os anos subsequentes, diversas ações são desenvolvidas, como: seleção do local
na escola, reunião de apresentação do projeto para os diretores e pedagogos, visitas de
acompanhamento, cursos de capacitação com o responsável da horta municipal de nossa
região, seminários de aprofundamento e troca de experiência, feiras ecológicas, além
também de todo o material necessário para a construção da horta na escola.
4.1 A prática desperta o interesse
122
Além de complementar a merenda escolar e a alimentação de
algumas famílias, o Projeto Horta tem sido um verdadeiro laboratório ao ar livre para as
aulas de Química, Física, Biologia e Matemática. Os alunos aprendem, na prática, temas
como nutrientes do solo, luminosidade, temperatura, fotossíntese, desenvolvimento de
plantas, a vida dos insetos e medidas de áreas. "Essas experiências ao vivo despertam o
interesse pelas aulas. Os estudantes pesquisam e debatem mais os assuntos. O
aprendizado deles melhorou muito. Com este projeto desperta os alunos a montarem
suas próprias hortas no quintal de casa.
5 CRONOGRAMA DE ATIVIDADE
O projeto terá início no primeiro bimestre de 2010, porém se
caracteriza por ser uma atividade continuada, portanto, não tem hora ou tempo de
duração que possa ser preestabelecido. Afinal, uma vez montada a horta é possível
imaginar, que a cada ano, novas turmas darão continuidade ao projeto.
A conscientização quanto a higiene para a manipulação de
alimentos e a conscientização sobre a horta e sua importância envolverá toda a
comunidade escolar, sendo que os alunos estarão colocando em prática os conceitos
aprendidos por meio de palestras para os demais alunos e funcionários da escola.
• 1º A limpeza do terreno;
• 2º Revolver o solo;
• 3º Fazer os canteiros;
• 3º Correção do solo: adubação orgânica, correção feito com
calcário;
• 4º A irrigação;
• 5º A plantação das verduras e ervas medicinais;
• 6º A colheita
• 7º Fechamento junto com os pais apresentação dos trabalhos
feitos com os alunos e equipe pedagogica.
• Para implantar o projeto na escola precisamos de:
123
• Um terreno para desenvolver a horta.
• Apoio dos alunos, dos outros professores e da comunidade.
• Recursos como palanques, arames, adubos, sementes e
ferramentas necessárias ao cultivo de hortaliças.
• Parcerias com a secretária do meio ambiente e da equipe da horta
municipal.
• As vantagens de ter uma horta em sua escola:
• Fornece vitaminas e minerais importantes à saúde dos alunos.
• Diminui os gastos com alimentação na escola.
• Permite a colaboração dos estudantes, enriquecendo o
conhecimento deles.
• Estimula o interesse dos alunos pelos temas desenvolvidos com a
horta.
5 AVALIAÇÃO
A avaliação será feita no decorrer do projeto de forma diagnóstica,
observando os aspectos do desenvolvimento afetivo e cognitivo do aluno.
Será também observado se houve mudança no comportamento em
relação aos cuidados que devemos ter com o meio ambiente.
Observações no laboratório sobre as classificações das plantas pois,
os alunos do 2º ano estão estudando sobre o Reino Plantae.
Também serão observados a fim de serem cotados como nota
parcial, enfocando o comprometimento do aluno como agente social de transformação em
seu meio.
As palestras servirão para avaliação sobre todo o aprendizado no
projeto.
124
125
Ciências PROJETO MEIO AMBIENTE
PROFESSORA MARCELA APARECIDA CARNEIRO GERMANI
1 APRESENTAÇÃO
5ª série A e B:
Dentro do conteúdo de Hidrosfera (água) destacar a importância da
água para nossa sobrevivência. Verificar como andam as condições da água de nossa
cidade através de uma visita à SANEPAR, que será agendada previamente. Os alunos
elaborarão algumas questões para serem respondidas durante a visita e depois discutidas
em sala de aula.
7ª série B e C:
Dentro do conteúdo sistema digestório levantar algumas doenças
que são transmitidas pela água. Destacar a importância de que o consumo de água de
boa qualidade é fundamental para ter saúde e qualidade de vida e apontar os prejuízos
causados ao organismo humano quando se consome água contaminada. Pesquisar no
livro didático, nos livros disponíveis na biblioteca e na internet. Formar grupos e construir
cartazes:
Agentes Contaminantes da água:
• Esgotos domésticos e industriais.
• Lixo.
• Agrotóxicos.
Doenças transmitidas pela água:
• Hepatite.
• Cólera.
• Giardíase.
• Amebíase;
• Dengue;
• Leptospirose.
Apresentar os trabalhos para a turma.
126
127
Ciências OFICINAS DE CIÊNCIAS
PROFESSORA MARCELA APARECIDA CARNEIRO GERMANI
1 APRESENTAÇÃO
Construindo um modelo de célula animal
Público-alvo: 7ª B e C
Elaboração de um modelo de célula animal, permitindo a observação
das três dimensões (comprimento, altura e largura).
Materiais: os materiais sugeridos são apenas uma referência, pois
outros matérias podem ser usados de acordo com a criatividade de cada um.
• bolinhas de isopor de tamanhos variados.
• massa de modelar.
• frutos e sementes diversos.
• cartolina, papel, celofane, tesoura de pontas arredondadas,
barbante, fios de nylon, fita adesiva.
• varetas de madeira ou canudos de refrigerante.
2 PROCEDIMENTO
Em grupo, montar um cubo com varetas ou canudos de refrigerante,
uni-los usando a fita adesiva. Na parte superior do cubo, amarrar os fios de nylon, de
maneira que forme uma espécie de rede. Assim os "organoides celulares" ficam presos
no fio.
A elaboração dos diversos organoides celulares fica a crotério da
imaginação de cada um. Cada grupo apresenta a célula confeccionada para a turma e as
respectivas funções dos organoides estudados.
Ciências PROJETO A MELHORIA DO AMBIENTE ESCOLAR
PROFESSORA RITA DE CÁSSIA ZUQUI DE BARROS
1 APRESENTAÇÃO
128
O projeto "A Melhoria do ambiente escolar", objetiva a
conscientização por parte de toda a comunidade de que a escola também faz parte do
Meio Ambiente e que precisamos cuidar dele como se fosse nossa própria casa.
2 PROBLEMAS
Como ensino e aprendizagem, o conhecimento da história da ciência
propicia uma visão dessa evolução ao apresentar seus limites e possibilidades temporais
e, principalmente, ao relacionar essa história com as práticas sociais às quais está
diretamente vinculada à nossa realidade.
Os alunos serão motivados para o estudo, mostrando-lhes o
significado e a tarefa da ciência, envolvendo-os em questões concretas.
Desenvolver no dia-a-dia dos educandos, o saber construir e,
modificar suas atitudes para melhorar o mundo onde vivem, ou seja, "Saber atuar para
melhorar o Mundo".
O enfoque do trabalho: Meio Ambiente (aquecimento global, todos
os tipos de poluição principalmente dentro da escola) outro ponto existente : o vandalismo
que destroi o seu próprio ambiente por este motivo temos como principal objetivo
trabalhar sintetizar a Melhoria do Âmbito Escolar.
A História da Escola: (fazer um levantamento da história da escola,
uma árvore genealógtica do fundador da escola, levantamento dos diretores e professores
que aqui passaram).
Arte na Escola: Os alunos vão desenvolver sua parte artística,
fazendo reciclagem com material reaproveitável que poderiam estar no lixo, fazer slogans
com informativos de desastres ambientais e a recuperação desse meio ambiente e
também serão trabalhados todos os informativos como: panfletos, palestras, filmes, etc...).
Conscientes do problema que o planeta já vem enfrentando e que
com o passar do tempo tende a se agravar, devido ao aquecimento global, resolvemos
desenvolver esse projeto visando despertar a consciência ecológica e a partir da mesma
modificar as atitudes, visto que no ambiente escolar ainda falta esta consciência.
Temos a clareza que poderá ser alcançado esse objetivo a partir do
momento em que as atitudes do ser humano não mais poluirem o meio ambiente.
129
Principalmente o âmbito escolar onde eles ainda jogam lixo, pixam
as carteiras, etc.
Um dos desafios é adequar os projetos para que possam incentivar
os cidadãos a lutarem pela Educação Ambiental, no sentido de conciliar tecnologias,
informações e teorias, com a cultura e história de cada região. É o primeiro passo que
resultará em mudança de atitudes, individuais e coletivas, em benefício do futuro do
Planeta.
3 OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Que o aluno seja capaz de entender que a escola faz parte da vida e
o meio ambiente onde vivemos: PLANETA TERRA.
Oferecer propostas e recursos que o aluno apreenda a proteger este
âmbito escolar e seu próprio habitat. Recursos de aprendizagem dentro e fora da escola
práticas dentro do laboratório, campo, textos e toda tecnologia necessária para que
aconteça este aprendizado tão necessário na nossa sobrevivência.
Valorizar todo aprendizado, técnicas, procedimentos, a execução e a
avaliação das atividades.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Fazer um levantamento do Âmbito Escolar como ele está, ainda
mais que nosso Colégio está passando por uma reforma observar toda higiene deste
âmbito.
Verificar todos os experimentos que serão trabalhados com nossos
alunos que estejam de acordo com nosso projeto.
Desenvolver material de apoio como fonte de pesquisa: observar
nossa biblioteca se tem o material necessário.
Apresentar metodologias alternativas do conteúdo de Ciências, mas
também poderá ser interdisciplinar este projeto. Que seja trabalhado de acordo com o
planejamento escolar de cada disciplina.
130
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Ciências - disciplina: conjunto de descrições, interpretações, leis,
teorias, modelos, etc..., que visa ao conhecimento de uma parcela da realidade e que
resultou da aplicação de uma metodologia especial (metodologia científica).
Ciência-processo: primeiro estágio- atividade, na base de uma
metodologia especial (metodologia científica), que visa à formulação de descrições,
interpretações, leis e teorias, modelos, etc., sobre uma parcela da realidade: segundo
estágio-divulgação dos resultados assim obtidos. (Ramozzi-Chiarottino,1988,p.50)
Em segundo, Piaget conclui "que a criança e o cientista conhecem o
mundo da mesma forma. A ideia básica de que conhecer significa inserir o objeto do
conhecimento em um sistema de relações, partindo de uma ação executada sobre esse
objeto, é válida tanto para a criança que organiza o seu mundo quanto para o cientista
que descobre e explica o campo magnético. Piaget entende que há uma analogia entre a
forma pela qual a criança constrói sua realidade, estruturando sua experiência vivida, e a
forma pela qual o cientista constrói a Física... Assim, explicar como é possível o
conhecimento, para Piaget, é o mesmo que explicar como é possível o conhecimento
científico. Aí está a razão pela qual Piaget chama de "epistemologia" a sua teoria do
conhecimento".
A primeira, pelo menos nos graus mais elementares de seu ensino,
pode parecer um edifício acabado, irretocável, cheio de verdades ("as verdades
científicas"), a segunda, pelo contrário, como já foi dito, revela que se trata de algo em
contínua elaboração, ampliação e revisão. Quem utilizou essa tese foi Claudete Bernard.
5 METODOLOGIA
Colocaremos em exposição o projeto à comunidade escolar, um
trabalho de análise na comunidade escolar, um trabalho de análise na comunidade,
levantamento da situação da escola e do bairro na questão ambiental.
Através de fotografias, filmagem, palestra, entrevista com
moradores, visita a usina de reciclagem, comércio local, mostrar a importância de separar
131
o lixo (reciclável). Os perigos do lançamento de esgotos domésticos nos rios, provocando
à morte dos mesmos e graves riscos à saúde.
Comparações dos parâmetros (rio poluído e rio limpo) através do
passeio ecológico. Com este projeto "A Melhoria do Ambiente Escolar", toda a
comunidade escolar será mobilizada e com isso, todos começaram a mudar suas atitudes
em relação ao lixo e a limpeza da escola.
Não podemos negar que já existem vários problemas ambientais
que estamos vivendo, como as diversas formas de poluição, degradação de grandes
áreas verdes que ainda nos restam.
De um lado, várias campanhas e eventos tem sido realizados para
despertar a consciência do cidadão frente a estas questões. Em alguns casos, o impacto
da avalanche de informações tem assustado as pessoas levando-as a uma perplexidade,
que distancia a consciência de realizar algo para reverter o processo.
O cidadão se acha impotente e permanece inerte frente a essa
situação, delegando a outras instâncias as questões ambientais.
A educação ambiental baseada em alguns pressupostos como o
trabalho com projetos temáticos e interdisciplinares e propondo mudança na escola e seu
entorno.
O programa ainda prevê a participação das escolas em eventos e
comemorações de semanas como a do Meio Ambiente, Dia da Árvore, Água, Energia,
etc. Momentos em que as escolas socializam suas produções, bem como divulgar e
valorizar seus trabalhos.
Alguns objetivos deste projeto serão atingidos como as atividades
em anexo:
• Serão trabalhados os conteúdos com muito êxito. Através da
revista Agrinho, vídeos, CDs documentários e palestras, etc.
• Assim a escola pode perceber algumas transformações como a
pintura dos muros com o tema biodiversidade. Sendo que o muro
se encontra depredado sem vida. Será pintado com paisagens
revitalizadas (desenhos de animais, matas, desastres ambientais,
biopirataria, etc.).
132
• O colégio já terá um novo visual. (Uma conscientização visual
sobre a preservação do meio ambiente).
• O pátio da escola se tornará uma verdadeira floresta cheia de
paisagem com contraste biodiversificado.
• Na escola será implantada a horta, o solo já está sendo preparado
e adubado.
• Está prevista uma gincana ou feira de ciências em novembro
envolvendo todos os alunos.
• Sobre o tema meio ambiente (reciclando, reaproveitando todos os
materiais) nem todo objetivo será alcançado totalmente dentro de
um ano, será estendido para os anos subsequentes.
7 CRONOGRAMA
• Aula inaugural: Março
• Seminário de integração dos professores e alunos: Março
• Pesquisa de Campo levantamento de dados da escola sobre o
Âmbito Escolar: Abril e Agosto
• Elaboração das ações entre todos os participantes do projeto:
setembro
• Aplicação das ações e transformações: outubro, novembro e etc...
• Exposição dos trabalhos ou uma feira de ciência ou uma gincana:
novembro. Término do projeto em: dezembro
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Revista do Agrinho 2007.
Aquecimento global dossiê revista (atualidades de vestibular)/Relatório da ONU: Por que
a Poluição e outras ações humanas pioram o Clima no Mundo.
DVD: sobre o Aquecimento Global (GREENPEACE)/O DIA DEPOIS DO AMANHÃ/O DIA
DA DESTRUIÇÃO.
Vídeo: Dom Quixote(sobre Reciclagem da Tetra PAK).
133
Livro de Ciências Novo Pensar/Edição Renovada. Autor Demétrio Gowdak- Eduardo
Martins.
Livro (Ramozzi-Chiarottino.1988,p.50/Claudet Bernard, 1855.Lençons de phsiologie
expérimentale appliquée á La medicine faites ou College de France. tome 1 (1854-1855)
J.B Baillière ET Fils, Paris...
Revista da Agenda 21 com Estatísticas do Levantamento local/Arapongas Paraná. (dentro
dessa revista tem tudo sobre os dados geográficos da região, rios, coleta seletiva do lixo,
leis, etc...).
Livro: Newton Freire-Maia (A CIÊNCIA POR DENTRO) Editora Vozes/Petrópolis 2000.
Livro: Roque Moraes (Org.) (CONSTRUTIVISMO E ENSINO DE CIÊNCIAS): reflexões
epistemológicas e metodológicas/2ª edição Edipucrs/ Porto Alegre 2003.
Diretrizes Currriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.
Educação Física PROJETO XADREZ NA ESCOLA
PROFESSOR CARLOS ROBERTO ZANELLI PROFESSORA MARA DE ASSIS CHAGAS
1 JUSTIFICATIVA
A escola, hoje, caminha para um ensino cada vez mais próximo do
real, proporcionando ao aluno a apropriação do conhecimento a partir de situações do
cotidiano e do respeito ao contexto cultural onde o mesmo encontra-se inserido. O xadrez
proporciona uma maior concentração na leitura, na interpretação, nos cálculos, no
raciocínio lógico com eficiência, na disciplina, na convivência social e descobrindo
potencialidades esportivas independentes da condição física.
a internet proporcionará um contato com pessoas de outras regiões, trazendo um novo
meio de relação social.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Utilizar a internet, o xadrez vivo e outras ferramentas disponíveis
para a melhoria do ensino aprendizagem.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
134
• Proporcionar através do xadrez maior nível de atenção e
concentração do aluno.
• Oportunizar através do xadrez a prática e a habilidade do jogo.
• Utilizar a internet da escola como elemento inovador para
complementar o raciocínio lógico e rápido.
• Utilizar os diferentes tipos de xadrez (xadrez vivo e o cooperativo)
como elemento inovador para complementar o raciocínio lógico e
rápido.
• Aprimorar o conhecimento de xadrez e levar a explorar o
desenvolvimento mental e social adquirindo técnicas e táticas por
meio da ação pedagógica.
• Participar de aulas on-line e jogos de xadrez no site: (
www.cex.org.br).
3 METODOLOGIA
O tema a ser desenvolvido pretende oferecer aos alunos que todas
as disciplinas e as atividades na área de produção possuem um elevado grau de
interdependência.
Será realizada a estruturação da aplicabilidade do ensino e prática
do xadrez, utilizando a internet, tanto para aulas como para jogos on-line.
no decorrer do período de realização do presente projeto, os alunos receberão
orientações no sentido de atuarem amplamente na correção de seus desvios de
raciocínios e na melhoria da qualidade de decisão. Para garantir a riqueza do trabalho, é
necessário que o professor envolvido seja o agente da interdisciplinaridade que o tema
exige.
Hipótese:
• Espera-se que os educandos possam trocar experiências e
informações sobre o tema estudado, considerando que aprender a
aprender é priorizar a formação de hábitos e atitudes que
acontecem no cotidiano escolar.
135
espera-se também que, os alunos envolvidos possam estabelecer
comparações sobre o conhecimento prévio que os mesmos
possuíam sobre o assunto abordado e os novos conhecimentos
incorporados.
Acreditamos que no final do projeto os alunos envolvidos com a
aprendizagem do xadrez terão capacidade de participar em qualquer evento tanto
recreativo ou competitivo.
Técnica de coleta de dados:
Os alunos que participarão deste projeto serão avaliados
continuamente através da participação nas atividades programadas, tais como:
avaliação prática através de confronto direto entre alunos por intermédio da rede de
computadores da escola.
• Avaliação contínua e por observação dos momentos de realização
das atividades propostas.
• Ao final do projeto, pautado por uma avaliação contínua do
trabalho, das atitudes e responsabilidade dos envolvidos, todos
realizarão um único relatório, em que serão analisados aspectos
referentes ao conteúdo, empenho na participação das atividades
propostas, pontualidade e interesse.
Cronograma:
DESCRIÇÃO HORAS DATAS
Elaboração do projeto 04 17/02/2009
Revisão de conteúdos e
visita ao servidor de
xadrez com os alunos
3 18/02/2009
Revisão de conteúdos e
visita ao servidor de
xadrez com os alunos
03 h/a 1ºbimestre
Aulas utilizando a tv
multimídia como suporte 02 1º bimestrte
Utilização do servidor
para jogo on-line 05 h/a 1º e 2º bimestre
136
Utilização de métodos
tradicionais e
alternativos para
complementação da
aprendizagem
06 h/a 1º e 2º bimestre
Recursos:
As despesas serão absorvidas pelo colégio (confecção do tabuleiro
gigante e coletes), haja visto que os equipamentos (tabuleiros tradicionais, relógios e o
acesso a internet ) já estão disponíveis.
REFERÊNCIAS
HEIDE, Ann; STILBORNE, Linda. Guia do professor para a internet: completo e
fácil.2ª ed. Porto Alegre: Artemedi editora, 2000.
SEED. seminário em xadrez básico. Curitiba: cetepar, 2002.
http://www.cex.org.br
http://xadrezlivre.c3sl.ufpr.br/webclient/index.html
137
História PROJETO COLETÂNEA HISTÓRICA
PROFESSORA: SÔNIA MARIA NONIS SANTOS SÉRIES: 7ª, 8ª e 1ºA e B
1. APRESENTAÇÃO
O projeto coletânea histórica visa elaborar produção de texto verbal
e não verbal com os conteúdos trabalhados em sala de aula e com a leitura de jornais e
revistas e filmes, possibilitando o aprofundamento dos conteúdos e maior incentivo à
leitura contribuindo para a formação da consciência social e política dos educandos. Essa
atividade tem como objetivo contribuir para a reflexão crítica e análise das ações sociais,
políticas e econômicas de nossa sociedade. Com a prática da leitura de jornais e revistas
em sala de aula, os alunos obterão mais facilidade para entender e interpretar a história e
outras disciplinas. Através desse projeto, pretende-se promover ações de apoio e
estímulo ao desenvolvimento de leitores mais eficazes.
2. OBJETIVOS
Fomentar reflexões críticas sobre o ensino da história no ensino
fundamental e médio e promover o comprometimento com uma educação que busca a
leitura crítica dos acontecimentos.
Estimular na prática a capacidade de leitura e produção de textos
verbal e não-verbal, assim como instigar o desenvolvimento da oralidade.
3 PROCEDIMENTOS ADOTADOS
Fazer leituras buscando fundamentação teórica e debater com o
grupo de participantes desse projeto questões que se relacionam com os conteúdos
trabalhados e atualidades.
Realizar estudos teóricos e desenvolver atividades práticas sobre
leitura e produção textos.
Analisar alguns textos publicados em jornais da região que tratam de
temas considerados polêmicos. Selecionar textos sobre meio ambiente e cultura afro.
138
Elaborar uma coletânea histórica temas trabalhados em sala de aula e leituras extra-
classe.
Apresentar através de dramatização ou em forma de tele jornal um
dos temas desenvolvidos durante o bimestre.
REFERÊNCIAS
*DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS DO ESTADO DO PARANÁ, 2008.
*INTERNET;
*REVISTA NOVA ESCOLA.
139
Matemática PROJETO ESPECIAL
PROFESSORA LUCIANA DE SOUSA GALIAN CHIRÉIA 1 ATIVIDADES ESPECIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Serão realizadas aulas no laboratório de informática, utilizando a internet,
para complementação e/ou introdução de conteúdos, principalmente em relação às
geometrias.
Juntamente com a tendência de uso de mídias tecnológicas, será
bastante utilizada também a história da matemática a fim de demonstrar quais foram as
soluções para problemas cotidianos, ou não, que a humanidade desenvolveu, e que ainda
hoje são de grande valia para nós.
7ª série:
• números irracionais através da sequência de fibonacci e o número
phii-número de ouro, além do número da circunferência.
• Fibonacci-algarismos;
• Simetrias
• Produtos notáveis
8ª série
• Números irracionais através da sequência de fibonacci e o número
de ouro.
• Fibonacci- algarismos;
• Bháskara- equações biquadradas;
• Descartes-plano cartesiano;
• Pitágoras- triângulo retângulo;
• Tales de mileto-retas paralelas;
• Além dessas aulas em laboratório de informática, os alunos
desenvolverão uma exposição com figuras e fotos e/ou
construções de objetos relacionados às geometrias.
140
141
Matemática PROJETO: A GEOMETRIA DAS FORMAS DA NATUREZA
PROFESSORA FRANCELISE IDE
Plano de aula para a 8ª série do ensino fundamental.
1 JUSTIFICATIVA
A geometria é o ramo da matemática no qual se pode "provar" com
os olhos toda a beleza da composição das formas que a natureza ousou criar. visto que é
um grande campo a ser apreciado e explorado, tratar-se-á de formas da geometria
euclidiana plana relacionadas às mais diversas formas da natureza que os próprios
alunos irão encontrar em seu cotidiano.
2 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O conteúdo terá sua abordagem inicial por meio de visualizações de
imagens da natureza, apresentadas na tv pendrive, tiradas pelo próprio professor e suas
possíveis relações com a geometria. além das indicações de vídeos encontrados na
internet. Mas para identificar e selecionar formas que sejam do cotidiano do aluno far-se-á
uso de fotografias tiradas por eles e, em seguida, relacioná-las à figuras planas como
triângulos, quadriláteros, pentágonos e etc. Os alunos serão divididos em pequenos
grupos, cada grupo trará e analisará suas imagens, em seguida, compartilharão suas
descobertas com o grande grupo. para concluir o trabalho, montarão um painel com as
fotos que selecionaram.
3 AVALIAÇÃO
A avaliação se fará por meio da observação do desenvolvimento de
análise e estabelecimento de relação de cada aluno; análise do material produzido e
apresentação das descobertas.
REFERÊNCIAS
142
http://www.youtube.com/watch?v=alyvifotd-o
http://www.youtube.com/watch?
v=asojqzuy1w&feature=playlist&p=a97bd81d08ea3c66&playnext=1&playnextfrom=pl&ind
ex=42
143
Química PROJETO “OFICINA PARA PRODUÇÃO DE SABONETES ARTESANAIS”
PROFESSORA ALINE PRICINATO
1 JUSTIFICATIVA
O laboratório pode ser usado pelo professor para mostrar ao aluno a
utilização da teoria na prática, fazendo com que o ensino fique interessante e mais
próximo de sua realidade. Com a orientação do trabalho por parte do professor, o aluno
consegue com práticas simples relacionar com objetos e reagentes desde fenômenos de
natureza até a produção de produtos tecnológicos.
O sabão é conhecido há pelo menos 260 anos, quando a gordura de
animais era misturada com cinzas e utilizado para banhos. Mais tarde com a evolução das
tecnologias surgiram os sabonetes, que vão sendo desenvolvidos e aprimorados. A
oficina de produção de sabonetes artesanais tem como objetivo oportunizar aos alunos do
Ensino mèdio, utilizando materiais acessíveis, uma aula muito prazerosa e instrutiva, que
pode até ser usada como trabalho manual, hobby ou fonte de renda.
2 OBJETIVOS
• Desenvolver no aluno o raciocínio indutivo e dedutivo, fatores
indispensáveis ao estudo dos fenômenos científicos;
• Promover a capacidade de trabalhar em equipe, respeitando
opiniões divergentes;
• Despertar no aluno a curiosidade e o interesse pelos estudos e a
natureza;
• Demonstrar que há relação entre a teoria e a prática.
3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Desenvolver a capacidade de manusear vidrarias e aparatos de
laboratório;
• Conhecer em pequena escala, produtos usados na indústria;
144
• Produzir sabonetes artesanais com diversos formatos, aromas e
cores;
• Observar a mudança de estado físico da glicerina (fusão) e
novamente sua solidificação;
• Aprender uma técnica que pode ser usada como fonte de renda;
• Demonstrar aos pais (principalmente as mães, pelo seu dia) o
resultado do seu trabalho escolar.
4 DESENVOLVIMENTO
Os alunos serão levados ao laboratório por turmas em aulas de cada
sala conforme o horário, durante a semana do desenvolvimento do projeto. Eles
trabalharão em equipe para confecção dos sabonetes artesanais, que serão distribuídos
após o projeto entre os próprios alunos da equipe.
5 PROCEDIMENTO
Com a glicerina cortada em pedaços menores, leva-a ao fogo em
banho-maria, em panela esmaltada. Aquece-se até sua fusão, mas não pode levantar
fervura. Após, adiciona-se a essência e corante da preferência e borrifa-se álcool de
cereais se necessário (para que não forme bolhas), então leva-se a glicerina às forminhas
de acetato onde será despejada e ficará até endurecer. Finalizando, os sabonetes serão
retirados e embalados para presente em caixinhas de papel feitas pelos próprios alunos
com orientação da professora de Artes.
6 RECURSOS
Os recursos materiais que serão utilizantes no laboratório são: bico
de bunsen, gás de cozinha, panela para banho-maria, panela esmaltada, faca para cortar
a glicerina, bastão de vidro, borrifador, béquer, glicerina transparente e leitosa, álcool de
cereais, corantes variados, essências variadas, formas de acetato de diversos formatos,
papel celofane.
145
7 AVALIAÇÃO
Como forma de avaliação o aluno deverá ter seus sabonetes
artesanais confeccionados e devidamente embalados para presente, sendo que poderão
apresentar formato, aroma e cor variados.
REFERÊNCIA
CARVALHO, Geraldo Camargo. Química para o Ensino médio, volume único. São Paulo,
editora Scipione, 2003.
146
L.E.M.-Espanhol PROYECTO LITERATURA VIVA
VÂNIA R. ZANETE MANOSSO
No dia 25 de setembro, o Colégio Estadual Antônio Racanello
Sampaio, de Arapongas, em parceria com a Fafijan (Faculdade de Jandaia do Sul),
promoveu o “Proyecto Literatura Viva”, que contou também com a participação do Colégio
Estadual Romário Martins, de Marialva, do Colégio Walfredo Silveira Corrêa e da Escola
Estadual Professora Julia Wanderley, de Arapongas.
A idealização do projeto ficou a cargo da professora de Língua
Estrangeira Moderna – Espanhol, Vânia Zanetti Manosso, e reuniu, além dos alunos das
escolas já citadas, acadêmicos de Letras da Fafijan, Instituição onde leciona.
Na oportunidade, a professora Simonie Cristina Buranello Pinha, de
Marialva, trabalhou a biografia da artista mexicana Frida Kahlo (1907 – 1954), e os
acadêmicos da Faculdade de Jandaia do Sul ministraram oficinas em que apresentaram
aos participantes obras como "Don Quijote De La Mancha" (Miguel de Cervantes),
"Lazarillo de Tormes" (Anônimo), "La Celestina" (Fernando de Rojas), "Como agua para
chocolate" (Laura Esquivel) e "Cien años de Soledad" (Gabriel García Marquez).
As atividades possibilitaram aos alunos de diferentes turmas do
CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas), das escolas presentes, a interação.
“Interação que não deve terminar por aí, pois eles trocaram endereços para manter a
‘amizade por correspondência’. Assim, poderão treinar a escrita em língua espanhola por
meio de cartas”, conta a professora Vânia.
De acordo com ela, aos acadêmicos da Fafijan ficou a experiência
de trabalhar com os alunos da rede pública de forma efetiva e também a oportunidade de
sentir a realidade de sala de aula. Já a diretora da Escola Estadual Professora Julia
Wanderley, Marilsa Staub Vendrametto, ressalta a importância do CELEM, que é a oferta
extracurricular e gratuita de ensino de Línguas Estrangeiras nas escolas da rede pública
do Estado do Paraná, destinado a alunos, professores, funcionários e à comunidade. “É
um espaço que incentiva e enriquece o conhecimento cultural dos participantes e que
propicia até mesmo oportunidades de emprego”, afirma ela.
Projeto como esse desenvolvido pela escola pública de Arapongas
juntamente com a Faculdade de Jandaia do Sul é de extrema relevância para que exista a
troca de experiências entre as duas realidades: alunos das escolas do estado
147
relacionando-se com aqueles que já estão em um curso superior; e os acadêmicos e
futuros professores conhecendo na prática a profissão que irão exercer.
148
L.E.M.-Inglês PROJECT BOWLING
PROFESSORA DÉBORA DUARTE DE CAMARGO
1 OBJETIVOS
1.1 OBJETIVO GERAL
Engajar os conteúdos a uma atividade que proporcionará momentos
recreativos e a socialização dos alunos.
1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
• incentivar os alunos a estudar em casa os conteúdos que são
trabalhados em sala de aula;
• Verificar o nível de conhecimento dos alunos envolvidos;
• proporcionar ao aluno uma aula dinâmica e agradável.
2 DATA PARA EXECUÇÃO
• uma vez por bimestre em sala de aula e uma vez no ano como
fechamento do projeto com a participação das demais disciplinas.
• Disciplina responsável: língua inglesa
• turma: 5ª a , b e c (período vespertino)
• disciplinas convidadas: todas as disciplinas, considerando assim a
atividade como um simulado.
3 DESENVOLVIMENTO
Em cada bimestre será realizada a atividade bowling, em sala de
aula, quando a professora de inglês estará formulando questões referentes ao conteúdo
do bimestre as quais serão afixadas no fundo da garrafa de boliche para serem
respondidas pelo jogador (aluno) que receberá a nota merecida pela resposta correta. No
149
último bimestre será feito um simulado com a participação das demais disciplinas
desenvolvendo a atividade bolwing, tendo assim uma nova regra que será determinada
pelos professores participantes do simulado.
4 MATERIAIS
Garrafas pet, garrafas e bolas de boliche, bolas confeccionadas com
meias e outras materiais necessários para o preparo do simulado.
150
L.E.M.-Inglês “AINDA QUE EU FALASSE A LÍNGUA DOS HOMENS E NÃO TIVESSE AMOR...”
PROFESSORA DÉBORA DUARTE DE CAMARGO
1 OBJETIVOS 1.1OBJETIVO GERAL
O tema do projeto foi escolhido devido a percepção de que as
crianças estão iniciando o namoro ou o ato “ficar” cada vez mais precocemente e poder,
assim, instruí-los de uma maneira agradável e diferenciada. também para resgatar o
conceito de amor.
1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
O projeto valentine's day tem como objetivo levar os alunos a
refletirem sobre o namoro com responsabilidade. Diferenciar o ato namorar do ato ficar e
suas consequências. Valorizar e respeitar a pessoa com quem tem se relacionado e
reconhecer o seu limite. Levar o aluno a pensar sobre as atitudes por eles tomadas em
relação ao parceiro, percebendo que o amor não é apenas um sentimento, mas sim
demonstração de boas atitudes.
2 METODOLOGIA
Os alunos irão trabalhar em grupos para realizarem as atividades
propostas:
• pesquisa sobre a história do namoro;
• frases românticas;
• clips de músicas românticas internacionais;
• poetas românticos e suas poesias;
• confecção de cartões;
• mensagens românticas em power point;
• leitura de contos de fadas para diferenciar fantasia da realidade;
151
• Ilustração dos contos de fadas;
• filmes: a bela e a fera, um amor para recordar, o crepúsculo,antes
que termine o dia;
• mosaico com fotos dos namorados;
• email box para os alunos depositarem seus recadinhos amorosos;
• grupos de danças;
• dramatizações de músicas;
• apresentações artísticas: danças, dramatizações, show de músicas
com banda, grd, jazz;
• exposição dos trabalhos confeccionados pelos alunos;
• leitura de alguns recadinhos da email box.
3 MATERIAL DIDÁTICO
• recursos tecnológicos: rádio, tv pen drive,computador (internet),
dvd;
• livros de literatura para estudo dos contos de fada;
• material para confecção dos cartões;
• instrumentos musicais: bateria, guitarra, violão e teclado;
4 RECURSOS HUMANOS
• Alunos do ensino fundamental;
• alunos do ensino médio ( colaboradores );
• professores ( colaboradores );
• professora responsável pelo projeto: Débora Duarte de Camargo
• direção;
• coordenação;
• bibliotecária.
152
Data de realização: junho/ 2009
153
ANEXO E – PLANO DE ESTÁGIO
1 – Identificação Do Curso E Eixo Tecnológico:
O estágio não obrigatório do Colégio Estadual Antonio Racanello
Sampaio – Ensino Fundamental e Médio, é caracterizado como um conjunto de atividade
de aprendizagem profissional e cultural proporcionadas aos estudantes pela participação
em situações reais da vida e de sus meio e deverá ser cumprido de acordo com as
normas estabelecidas pela parte cedente.
2 – Professor Orientador:
O estágio não obrigatório do Colégio Estadual Antonio Racanello
Sampaio – Ensino Fundamental e Médio, não exige a nomeação de um professor
orientador.
3 – Justificativas:
O Plano de Estágio é um instrumento que norteia e normatiza os
estágios de caráter não obrigatório deste estabelecimento, conforme a instrução Nº
006/2009 – SUED/SEED e previsto como um ato educativo no Projeto político
Pedagógico.
4 – Objetivos:
• Oportunizar aos estudantes um contato mais direto e sistemático
com a realidade profissional;
• Possibilitar ao estagiário a construção de suas próprias condutas
(afetivas, cognitivas e técnicas) a partir da situação em que se
encontra, frente a um futuro desempenho profissional.
5 – Locais De Realização Dos Estágios:
Instituições de iniciativa privada ou particular, bem como
profissionais liberais devidamente registrados em seus respectivos conselhos de
fiscalização profissional de acordo com a procura, interesse e responsabilidade do aluno.
O estabelecimento divulgará, quando possível, ofertas de estágio por meio de cartazes ou
página eletrônica.
154
6 – Carga Horária E Período De Realização Do Estágio:
A carga horária e o período de vigência do Estágio Não Obrigatório,
deverão ser acordados entre o estagiário e a concedente, obedecida a legislação vigente.
7 – Atividades De Estágio:
As atividades de estágio devem estar de acordo ao disposto na Lei
Nº 11788/08 e na deliberação Nº 02/2009 – CEE e devem possibilitar:
• a integração social;
• o uso de novas tecnologias;
• a compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como:
planejamento, organização e realizações de atividades que
envolvam rotina administrativa, documentação comercial e rotinas
afins.
8 – Atribuições Da Instituição De Ensino:
• indicar professor pedagogo, quando o estudante estiver
matriculado no Ensino Médio e nos anos finais do Ensino
Fundamental, o qual será responsável pelo acompanhamento das
atividades, mediante relatório, sobre as condições para a
realização do estágio firmados no plano de Estágio e no termo do
Convênio;
• Incluir a Estágio não Obrigatório no PPP;
• Regimentar o estágio não obrigatório.
9 – Atribuições Da Parte Cedente:
• celebração do termo de compromisso com a instituição de ensino e
o estudante;
• oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao
estudante atividades de aprendizagem social, profissional e
cultural;
155
• indicação de funcionários do seu quadro de pessoal, com a
formação ou experiência profissional na área de conhecimento
desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar
até 10 (dez) estagiários simultaneamente.
• Contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor dos
estagiários, cuja apólice seja compatível com valores de mercado,
devendo constar no Termo de Compromisso e Estágio nos casos
de estágios não obrigatórios;
• entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino
por ocasião do desligamento do estagiário, com indicação
resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da
avaliação de desempenho;
• relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado
pelo funcionário responsável pela orientação e supervisão de
estágio, com prévia e obrigatória vista do estagiário e com
periodicidade mínima de seis (06) meses;
• remuneração do agente integrador pelos serviços prestados, se
houver.
10 – Atribuições Dos Alunos Que Participam Do Estágio Não Obrigatório:
• ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas
na parte concedente como na instituição de ensino;
• celebrar Termo de compromisso com a parte concedente e com a
instituição de ensino;
• respeitar as normas da parte concedente e da instituição de ensino;
• associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano
de estágio;
• realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras,
executadas, mas não previstas no plano de estágio;
• entregar os relatórios de estágio no prazo previsto.
11 – Avaliação Do Estágio:
156
No que se refere ao aluno: embora não tenha função de veto ao
estágio não obrigatório, faz-se necessário avaliar em que medida está contribuindo ou
não para o desempenho escolar do aluno. Desta forma o professor pedagogo precisa ter
acesso a três documentos do aluno: rendimento e aproveitamento escolar, relatório
elaborado pelo aluno (anexo II), relatório de desempenho das atividades encaminhado
pela parte concedente (anexo III).
No que se refere à parte concedente: mediante análise dos relatórios, o
professor pedagogo tem a incumbência de avaliar as condições de funcionamento do
estágio, recomendando ou não sua continuidade. Aspectos a serem observados:
Cumprimento do artigo 14 da Lei Nº 11788/98 e artigos 63, 67 e 69 da Lei 8.069/90 –
Estatuto da Criança e do Adolescente.
157
ANEXO F – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ARTE
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Toda a obra de Arte é de alguma maneira feita duas vezes. Pelo criador e pelo espectador, ou melhor,
pela sociedade à qual pertence o espectador.
Pierre Bourdieu, 1986.
O ensino de Arte no Brasil passa por vários momentos em seu
desenvolvimento até chegar a posição atual.
No período colonial com a Companhia de Jesus, a arte faz vista como um
instrumento pedagógico, os conhecimentos aos indígenas eram repassados pela
literatura, música, teatro, dança, pintura, artes manuais. Ensinavam o “clássico”, mas
também valorizavam o que era local. O que foi importante para a construção da cultura
popular brasileira.
Enquanto os jesuítas atuaram no Brasil durante o século XVI ao XVIII a
Europa sofre várias transformações que culminaram no Iluminismo, cuja principal
característica era explicar os fenômenos pela razão e pela ciência. Assim o Marquês de
Pombal expulsou os Jesuítas e estabeleceu a Reforma Pombalina fundamentada nos
padrões da Universidade de Coimbra, enfatizando o ensino das ciências e dos estudos
literários. Porém, na prática as mudanças não foram efetivas, agora colégios seminários,
o ensino continuou organizado sob a tradição pedagógica e cultural jesuítica. Entre os
principais colégios estão o de Olinda e o Franciscano no Rio de Janeiro que incluíam no
currículo estudo de desenho ligado à matemática e da harmonia da música como forma
de priorizar a razão na educação e na arte – Iluminismo.
Com a vinda da família real de Portugal para o Brasil em 1808, várias
mudanças ocorrem para atender material e culturalmente a corte. Um grupo de artistas
conhecidos como Missão Francesa vem encarregado de criar a Academia de Belas-Artes,
onde os alunos aprenderiam as artes e ofícios artísticos, porém sua concepção de arte
vinculava-se ao neoclássico, culto à beleza, metodologicamente propunha a cópia e
158
reprodução de obras já reconhecidas que entra em conflito com a arte colonial e suas
características – Barroco.
Nesse momento, o ensino deixa de ser gerido por religiosos e surgem as
escolas públicas. Havendo uma divisão no ensino de Arte: Belas-Artes e música para a
formação estática e o de artes manuais e industriais.
No Paraná surge o Liceu de Curitiba (1846) e a Escola Normal (1876). Em
1886, criada por Antonio Mariano de Lima a Escola de Belas Artes e Indústrias, com
importante papel no desenvolvimento das artes plásticas e da música.
Com a proclamação da República ocorre a primeira reforma educacional,
marcada por conflitos de ideais – positivistas, defendiam que a arte deveria valorizar o
desenho geométrico como forma de desenvolver o pensamento científico. - liberais
defendiam a preparação dos trabalhadores (desenvolvimento econômico e industrial).
Benjamin Constast responsável pelo texto da reforma valorizou a ciência e a geometria
propagando o ideal positivista no Brasil, o que procurou atender o interesse capitalista e
secundarizou o ensino da Arte que passou a abordar somente técnicas e artes manuais.
E as políticas educacionais seguem tentando atender o mercado de trabalho, no período
do Governo Vargas com a generalização do profissionalizante; na ditadura militar com o
ensino técnico compulsório no segundo grau e na segunda metade da década de 90 com
a pedagogia das habilidades e competências (PCN).
O ensino de Arte nas escolas e cursos oferecidos em outros espaços
sociais sofre influência de movimentos políticos e sociais, como a Semana de Arte
Moderna de 22, fato que marcou a arte brasileira. O que os muitos artistas que
participavam queriam era transformar a arte europeia em uma arte brasileira, valorizando
a expressão singular do artista, a cultura popular e rompendo com as representações
realistas.
O ensino de Arte passou a ter então enfoque na expressividade,
espontaneísmo e criatividade, se apoiando na pedagogia da Escola Nova, fundamentada
na livre expressão de formas, individualidade, inspiração e sensibilidade, rompendo com
os padrões mecanicistas da escola tradicional. Surge a Escolinha de Arte do Rio de
Janeiro organizada em ateliês livres, organização esta, referência para outras escolas,
mas o caráter extracurricular do ensino de arte se manteve. Primeira vez que uma
tendência pedagógica – Escola Nova - centra sua ação no aluno e sua cultura.
No governo de Getúlio Vargas, o músico e compositor Heitor Villa Lobos
como superintendente da educação tornou obrigatório o ensino de música no Brasil por
159
meio da teoria e do canto orfeônico o que foi fundamental para construir nossa identidade
musical. Em meados de 1970 o ensino de música foi reduzido a leitura rítmica e execução
de hinos e canções cívicas. O ensino de Arte e cursos oficiais se estruturam de acordo
com a classe a qual se destinavam.
O Paraná sofre a influência dessas mudanças, no final do século XIX,
com os imigrantes surgem novas ideias e experiências culturais, como a aplicação da Arte
na indústria e o estudo de sua influência na sociedade, que estimularam movimentos em
favor da Arte e sua valorização.
Artistas e professores que se destacaram e são considerados precursores
do ensino de Arte no Paraná: Mariano de Lima, Alfredo Andersen, Guido Viaro, Emma
Koch, Ricardo Koch, Bento Mossurunga, entre outros.
Na década de 1960 as produções e movimentos artísticos se
intensificaram com forte caráter ideológico propondo uma nova realidade social, mas com
a vinda do regime militar deixaram de acontecer. Com o Ato Institucional nº 5 vários
artistas e professores, políticos e intelectuais foram perseguidos e exilados. Em 1971, a
Lei Federal nº 5692/71 determina o ensino de Arte obrigatório no Ensino Fundamental e
Médio. Porém fundamentado para o desenvolvimento de habilidades técnicas, o domínio
do material a ser utilizado. O conteúdo, a criatividade e a estética foram minimizados. A
produção artística fica sujeita a censura militar.
Em 1980, o país passa por um processo de mobilização social pela
redemocratização e é promulgada em 1988 a nova Constituição. Nessas mobilizações se
propõem novos fundamentos políticos para a educação. Destacasse a pedagogia
histórico crítica elaborada por Saviani e a Teoria da Libertação fundamentada no
pensamento de Paulo Freire.
A pedagogia histórico crítica fundamentou o Currículo Básico para o
Ensino de 1º grau e o Documento de Re-estruturação do Ensino 2º grau no Paraná. As
propostas pretendiam fazer da escola em instrumento de transformação social e para a
Arte propôs a formação do aluno pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e
pelo trabalho criador. Após 4 anos as políticas públicas mudaram e o Currículo Básico
mesmo amparado por resolução do Conselho Estadual foi em parte abandonado e os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN - 1997/199) se tornaram os novos orientadores
do ensino. Os PCN em Arte tiveram como fundamentação a proposta de Ana Mae
Barbosa com a Metodologia Triangular.
160
No Ensino Médio, a Arte compõe a área de Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias, que reproduz a Lei nº 5.692/71 que inseriu a Educação Artística como
Comunicação e Expressão, relegando à segundo plano novamente os conteúdos
específicos da Arte.
O conceito de estética passa e ser visto do ponto de vista da
sensibilidade, da política de igualdade e da ética da identidade, Na Arte foi esvaziado e
passa e ser utilizado para analisar as relações de trabalho e de mercadoria. Muitas vezes
a arte tinha caráter motivacional, terapêutico, de descontração.
Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão entre
professores e Núcleos Regionais de Educação (NRE) e Instituições de Ensino Superior
pautado em uma prática reflexiva para construção coletiva de diretrizes curriculares
estaduais. O que tornou o professor um sujeito epistêmico, que pesquisa, reflete e registra
sua prática. As novas diretrizes concebem o conhecimento nas suas dimensões artísticas,
filosófica e científica e se articulam com políticas que valorizam a arte e seu ensino.
Exemplo, é a Instrução nº 015/2006 que estabelece no mínimo de 2 aulas
semanais, os concursos públicos com profissionais habilitados que favorece a
continuidade e qualidade dos estudos teóricos e pedagógicos, a distribuição de livros na
Biblioteca do Professor, livro didático, formação continuada, acesso a equipamentos e
recursos tecnológicos que ampliar a possibilidade de estudo do professor.
Ainda nestas mudanças e avanços temos a Lei nº 11.645/08 que
estabelece a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira e Indígena,
que possibilita romper com a hegemonia da cultura europeia e também a Lei nº 11.769/08
que fala sobre o ensino de música na educação básica.
Muitas mudanças e avanços ocorreram, porém ainda são necessárias
reflexões e ações que permitam a compreensão da arte como campo de conhecimento,
para ocupar no sistema educacional espaço como agente transformador, histórico da
sociedade.
Com o Ensino de Arte pretende-se viabilizar a aquisição de
conhecimentos teóricos práticos de composição da arte nas diversas culturas e mídias,
que possibilitem ao educando a percepção, a leitura e a interpretação de signos verbais e
não-verbais presentes na arte, relacionados à produção, divulgação e consumo. A
compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a
sociedade contemporânea. A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito
em sua realidade singular e social.
161
Através da cultura identificar sua identidade, herança cultural e
diversidade, perceber e interpretar a cultura de massa e indústria cultural, que atende as
diferentes intenções de comunicação.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
6º Ano
Música:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas: diatônica, penta tônica cromática Improvisação
Greco-Romana Oriental Ocidental Africana
Artes Visuais:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia
Arte Greco-Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica
Teatro:
162
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Enredo, roteiro. espaço Cênico, Técnicas: jogos teatrais, improvisação manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia, Circo.
Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento
Dança:
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço
Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre, interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular
Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica
7º Ano
163
Música:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico.
Música Engajada Música Popular Brasileira. Música contemporânea
Artes Visuais:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
Arte indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco
Teatro
CONTEUDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
164
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua, arena, Caracterização.
Comédia dell' arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano
Dança:
CONTEUDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço
Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve, pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Níveis (alto, médio e baixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular, étnica
Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena
8° Ano
Música
165
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista
Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno ...
Artes Visuais:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual, mista...
Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea
Teatro:
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOSE PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
166
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo
Dança:
CONTEUDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço
Giro Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração Direções (frente, lado, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo
Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna
9º Ano
Música:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
167
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico.
Música Engajada Música Popular Brasileira. Música contemporânea
Artes Visuais:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-americana Hip Hop
Teatro:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino
Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas
168
Dança:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance, moderna
Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea
Conteúdos – Ensino Médio:
Artes visuais:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
169
Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Tecnica: Pintura desenho modelagem instalação performance fotografia gravura esculturas... Gêneros
Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Engajada Arte Contemporânea Arte Digital Arte Latino-Americana
Música:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Escalas Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ... Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação
Música Popular Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino-Americano
Teatro:
170
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum Roteiro Encenação, leitura dramática Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização Cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação Direção Produção
Teatro Greco-Romano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Teatro Renascentista Teatro Latino- Americano Teatro Realista Teatro Simbolista
Dança:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
171
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Fluxo Peso Eixo Salto e Queda Giro Rolamento Movimentos articulares Lento, rápido e moderado Aceleração e desaceleração Níveis Deslocamento Direções Planos Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, populares, salão
Pré-história Greco-Romana Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As formas de pensar a Arte e seu ensino são constituídas nas relações
socioculturais, econômicas e políticas do momento em que se desenvolveram e
estabelecem referências sobre sua função social, como: a arte servir à ética, à política, à
religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica; se transformar em mercadoria ou
proporcionar prazer.
Nas aulas de Arte é preciso unidade entre os conteúdos e o
encaminhamento metodológico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística
estejam presentes em todos os momentos. É necessário considerar para quem, como,
porque e que será trabalhado. Contemplando na metodologia do ensino da Arte, três
momentos da organização pedagógica:
Teorizar – Privilegia a cognição, a racionalidade opera para apreender o
conhecimento historicamente produzido sobre arte, alcançado pelo trabalho com os
conteúdos estruturantes (elementos formais, composição,movimentos e períodos).
Porém, é necessário que o professor, considere a origem cultural e grupo social dos
alunos e trabalhe os conhecimentos originados pela comunidade; que discuta como as
manifestações artísticas podem produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação
172
como na fruição de uma obra; que reconheça o carácter provisório do conhecimento em
arte, em função da mudança de valores culturais que pode ocorrer através do tempo.
O conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele
compreenda a obra artística a e arte como um campo do conhecimento humano, produto
da criação e do trabalho de sujeitos, histórica e socialmente datados.
Sentir e Perceber – Os alunos devem ter contato com as obras para que
se familiarizem com as diversas formas de produção, desenvolvendo a apreciação e
apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética. A percepção
e apropriação das obras se dão inicialmente pelos sentidos, sendo assim a fruição e a
percepção superficiais ou mais profundas conforme as experiências e conhecimentos em
arte do aluno em sua vida. Cabe ao professor possibilitar acesso e mediar a percepção e
apropriação dos conhecimentos em arte, para que o aluno possa interpretar as obras,
transcender aparências e apreender pela arte aspectos da realidade humana em sua
dimensão singular e social. Espera-se que o aluno ao analisar uma obra perceba que no
processo de composição, o artista imprime sua visão de mundo, ideologia, seu momento
histórico. O artista além de ser um sujeito histórico e social, é também singular e
apresenta na obra uma nova realidade social.
Com os produtos da indústria cultural, é importante perceber os
mecanismos de padronização dos bens culturais, da homogeneização do gosto e da
ampliação do consumo. Para Marilena Chauí (2003), em função das interferências, da
massificação da indústria cultural, as produções artísticas correm o risco de perder
expressividade, tornar o trabalho criador de eventos de consumo, reduzir a
experimentação e invenção do novo supervalorizando a moda, se tornar efêmera, perder
conhecimentos tornando-se ilusão falsificadora, publicidade e propaganda. Chauí ressalta
ainda que a humanização dos objetos e dos sentidos se faz pela apropriação do
conhecimento sistematizado em arte, tanto pela percepção quanto pelo trabalho artístico.
Trabalho Artístico – A prática artística – o trabalho criador – é expressão,
é o exercício da imaginação e criação. E é prática fundamental, pois a arte não pode ser
apreendida somente de forma abstrata. A produção do aluno acontece quando ele
interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza seus sentidos.
Os três aspectos metodológicos são interdependentes e permitem que as
aulas sejam planejadas com recursos e encaminhamentos específicos. O professor pode
escolher o encaminhamento do trabalho, o que interessa é que o aluno realize os
trabalhos referentes ao sentir e perceber, ao teorizar e ao trabalho artístico.
173
Entre os instrumentos da prática pedagógica a serem utilizados, além de
produções consagradas, também formas diferentes de imagens presentes na sociedade,
produções artísticas e bens culturais de cada região. A prática pedagógica pode partir da
análise de filmes, produções televisivas, videoclipes compostas pelas quatro áreas do
conhecimento artístico– Artes Visuais, Dança, Música e Teatro relacionando imagens
bidimensionais como desenhos, pinturas, gravuras, arquitetônicas. Trabalhando diferentes
mídias que fazem parte do dia a dia do aluno – TV Pendrive, pendrive, laboratório de
informática, acesso à internet, imagens digitais (celulares, máquinas fotográficas), MP 3,
CD, DVD, livros, revistas, jornais, rádio entre outros.
Dentro dos conteúdos e da prática pedagógica haverá sempre a
preocupação em contemplar as Leis n° 11.639/03 que inclui a obrigatoriedade do tema
História e Cultura Afro brasileira, resgatando a contribuição e influência na formação da
cultura brasileira, presente nas quatro áreas do conhecimento em Arte e a Lei n�
11.645/08 que inclui também a história e cultura Indígena. E a Lei n� 9795/99 que trata
por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade
constrõe seus valores, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas
para a conservação do meio ambiente, essencial a vida.
Nas Artes Visuais, entre os encaminhamentos metodológicos será
abordado não apenas produções consagradas mas também formas e imagens presentes
na sociedade, relacionando os conteúdos com a realidade e cultura dos alunos. Utilizando
diferentes mídias (disponíveis no colégio) e formas artísticas.
O processo deve relacionar o conhecimento do aluno com a obra
proposta, explorando a obra em análises e questionamentos dos conteúdos das artes
visuais: O que vemos? Quantos e quais elementos vimos? Como são organizados? Quais
os recursos técnicos utilizados? Em que momento histórico?
A leitura de obra contempla o sentir e perceber, e para desenvolver o
trabalho artístico e a leitura deve-se buscar fundamentação teórica.
Outra faceta do encaminhamento metodológico é estabelecer relações
com as outras áreas artísticas, promovendo uma percepção maior e mais profunda sobre
Arte.
Na dança é necessário relacionar os conteúdos próprios da dança
(movimento corporal, espaço e tempo) com os elementos culturais que a compõem.
Dando ênfase ao movimento corporal, com experimentação, improvisação de
composições coreográficas (trabalho artístico). Teorizar relacionando a dança com o
174
contexto social e cultural do aluno, entendendo a dança como expressão, percebendo o
movimento. No sentir e perceber, questões devem ser observadas: Como o corpo se
movimenta? Quais movimentos? Passos se repetem? Com que frequência? Há giros,
saltos, quedas?
Encaminhamentos que podem ser utilizados: criação de formas de
registro gráfico das composições coreográficas; utilização de diferentes adereços
(figurino, cenário, música relacionando as outras áreas); criação, improvisação e
execução coreográficas individuais e coletivas; identificação de gêneros, épocas, estilos.
Na música - somos submetidos à um inúmero repertório musical desde o
nascimento, que vão formar nossas preferências junto com gostos instigados pela cultura
de massa. Assim é preciso trabalhar a música de maneira contextualizada, quanto a
características específicas, históricas, sociais, culturais. É necessário ouví-la com
atenção, identificando elementos formadores, como são organizados.
A música é formada basicamente por som e ritmo e varia em gênero e
estilo. Por sua vez, o som é constituído por: intensidade que determina se a sequência de
sons é mais ou menos intensa, depende da força que o objeto sonoro é executado; altura
que define que sequências de sons podem ser graves ou agudas. Diferenças que geram
as notas musicais, dispostas em uma escala; timbre responsável por caracterizar o som,
faz com que se identifique a fonte sonora. Quando vários sons acontecem ao mesmo
tempo, dizemos que há uma grande densidade sonora; duração determina o tempo em
que um som acontece, podendo existir momentos de silêncio, que é chamado de pausa.
Uma sequência de sons e silêncio cria um ritmo.
A combinação de sons sucessivos é chamada de melodia (sons em
diferentes alturas em determinado tempo). Sons simultâneos é a harmonia (notas
musicais combinadas tocadas ao mesmo tempo). Ritmo, melodia e harmonia são
elementos de composição que constituem a música.
Na música existe uma diversidade de estilos e de gêneros musicais, cada
qual com suas funções correspondentes a épocas e regiões.
Na música erudita, as formas musicais estão relacionadas aos
movimentos da história da música, quando as composições musicais ganham
importância. A música popular tem origem nas festas e rituais, compostas por melodias e
canções de um povo, que passam de geração a geração e tem como característica
marcante o ritmo.
175
Como encaminhamento metodológico pode-se apreciar um videoclipe,
dando enfase a produção musical observando elementos formais do som, composição,
estilo, gênero; seleção de musicais de vários gêneros para compor a mesma cena e ver
se a música interfere no sentido; construção de instrumentos musicais com diversos
materiais para compor efeitos sonoros a para o videoclipe; registro do material sonoro
produzido pelos alunos, por meio de gravação em mídia disponível.
No teatro, o aluno tem a possibilidade de se colocar no lugar de outros
sem correr riscos. Dentro das possibilidades de aprendizagem no teatro destacam-se a:
criatividade, socialização, memorização e a coordenação.
Há diversas possibilidades para o ensino de teatro, como iniciar com
relaxamento, aquecimento, elementos formais do teatro: personagem (expressão vocal,
gestual, corporal, facial), composição (jogos, improvisações, transposição de texto literário
para dramático), encenações construídas pelos alunos. O encaminhamento metodológico
enfatiza o trabalho artístico, porém discutir os movimentos e períodos importantes da
história do teatro, trabalhar o conceito de teatro sob perspectiva de que dramatizar é uma
construção social do homem em seu desenvolvimento. Promove o relacionamento do
homem com o mundo desenvolvendo a intuição e a razão por meio das percepções,
sensações, elaborações e racionalizações.
As encenações estão presentes desde os primórdios da humanidade nos
ritos, festejos populares, rituais, fantasias e brincadeiras infantis, nos gêneros (tragédia,
drama, comédia, etc), porém é fundamental os conhecimentos específicos para a
formação da consciência humana e compreensão de mundo para não restringir os
espetáculos como mero entretenimento, atividade espontânea ou espetáculo
comemorativo.
O teatro na escola viabiliza o pensar simbólico por meio da dramatização.
Oportuniza a análise, investigação e composição de personagens, enredo, espaços de
cena, permitindo interação crítica dos conhecimentos com realidades socioculturais.
O trabalho poderá começar pelo enredo, que pode surgir através de uma
música, lenda, notícia, pintura, que trata de situações relevantes ao ser humano. Outra
opção é começar pelo personagem.
O teatro na escola não deve estar condicionado a um palco, anfiteatro, o
espaço alternativo pode valorizar a cena. É na pesquisa, na experimentação e no
rompimento com padrões estéticos que se fundamentam as teorias contemporâneas
sobre o teatro.
176
A dramatização evidenciará mais o processo de aprendizagem do que a
finalização. É no teatro e seus gêneros, propostos como jogo do riso, do sofrimento e do
conflito, que se veem refletidas as maneiras de sentir o mundo por meio de um ser criado
num mundo criado.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser diagnóstica por ser referência do professor para
planejar as aulas e avaliar os alunos; e processual por pertencer a todos os momentos da
prática pedagógica e deve incluir além de diferentes formas de avaliação da
aprendizagem também a autoavaliação dos alunos.
A avaliação deverá ser criadora de estratégias que possibilitem o
entrelaçamento do conceito com a construção cultural, deverá ser feita através da
observação e registro, sem parâmetros comparativos entre alunos (processual)
verificando dificuldades e progressos a partir da própria produção.
A escola deve procurar garantir aos seus alunos a produção do saber
científico historicamente acumulado, sem esquecer as experiências de vida e a realidade
social daqueles a quem devem educar fazendo um levantamento das formas artísticas
que os alunos já conhecem e de suas respectivas habilidades (diagnóstica), avaliação
esta que deverá servir para planejar as aulas durante o período letivo. Este aspecto tem
um mérito de elevar o nível de consciência crítica dos alunos e de introduzi-los na
atualidade histórico social de sua época, possibilitando-lhes uma atuação consistente e
competente na transformação da sociedade.
Com o objetivo de alcançar uma avaliação efetiva, é necessária a
utilização de vários instrumentos de verificação, como:
• Trabalhos artísticos individuais e coletivos
• Pesquisas bibliográficas e de campo
• Debates em forma de seminários e simpósios
• Provas teóricas e práticas
• Registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio visual
• Auto avaliação
177
A cada trimestre os valores referentes às provas e trabalhos serão
distribuídos de maneira que se possa avaliar a apreensão dos conteúdos pelos alunos, no
total de 10,0 pontos(conforme Projeto Político Pedagógico do colégio. E a recuperação
ocorrerá de maneira permanente e concomitante ao processo de ensino aprendizagem
com a retomada e reavaliação paralela do conteúdo re-explicado em sala de aula,
também alcançando o total de 10,0 pontos.
A avaliação é um ato social em que a sala de aula e a escola devem
refletir o funcionamento de uma comunidade de indivíduos pensantes e responsáveis, que
conhecem sua posição em relação a outras comunidades.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo:
Cortez, 2002.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.
CADERNOS TEMÁTICOS: Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-
brasileira nos currículos escolares / Paraná. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Curitiba : SEED-
PR, 2005.
CANTELE, Bruna R; LEONARDI, Ângela C. Arte linguagem visual. Coleção Horizontes.
SP: IBEP.
DINIZ, Célia; VALADARES, Solange. Arte no cotidiano escolar. MG: Editora FAPI.
DUARTE JUNIOR, J.F. Por que arte educação? 8ª ed. Campinas, SP: Papirus, 1996.
FERREIRA, A. B.H. Dicionário Aurélio básico da língua portuguesa. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1995.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do
Paraná – ARTE. SEED, 2008.
PARANÁ. Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Antônio Racanello Sampaio,
2011.
PARANÁ. Regimento Escolar – Colégio Estadual Antônio Racanello Sampaio, 2011.
PROENÇA, Graça. História da Arte. Editora Ática, 1995.
178
OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Campus, 1997.
PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: à distância a ser extinta.
Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso tempo, 84).
SCHAFER, M. O ouvido pensante. São Paulo: Brasiliense, 1987.
Enciclopédia – A arte nos Séculos. Abril Cultural
179
BIOLOGIA
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA.
Diferentes concepções de vida foram elaboradas ao longo da história da humanidade,
sempre com a preocupação de compreender os seres vivos e os fenômenos naturais a
fim de garantir a própria sobrevivência humana. A Biologia é uma ciência bela, porém
complexa, em que os fenômenos estudados geralmente são cercados por variações e
exceções. Os fenômenos biológicos desenvolvem-se segundo determinados padrões,
mas dentro de uma faixa de variação individual que precisa ser considerada e
compreendida.
Durante muito tempo a ciência foi permeada por uma visão teocêntrica,
onde as concepções sobre natureza e a vida tinham origem divina e não poderiam ser
explicadas. O rompimento dessa concepção teocêntrica ocorreu lentamente e como
resposta às várias transformações sofridas pela sociedade que, a cada contexto histórico
era influenciada por razões religiosas, políticas, econômicas e sociais. Procure entender
Biologia como uma ciência dinâmica, pois dinâmica é a vida, uma realidade em constante
transformação.
Para compreender o desenvolvimento da Biologia é necessário estudar a
história da ciência, em todo seu contexto, buscando em diferentes pensamentos
científicos a concepção para o fenômeno VIDA construída em cada momento histórico. A
história da ciência começa influenciar o conhecimento científico a partir dos pensamento
biológico descritivo que recebeu relevante contribuição do filósofo Aristóteles (384 a.C. -
322 d.C.). O pensamento aristotélico baseava-se no método da observação e descrição,
numa visão empírica da natureza (MAYR, 1998 apud PARANÁ, 2008, p:39). Sob esse
pensamento, Carl Von Linné organizou o moderno sistema de classificação científica dos
organismos, em sua obra Systema Naturae (1735).
Essas considerações estão sempre vivas no de correr de todo conteúdo
de Biologia, que se desenvolve segundo uma lógica em que os assuntos se sucedem de
forma integrada, como base para os novos conhecimentos.
Fernandes (2005: 4) afirma que
Desde os estudiosos de química e física do iluminismo, herdeiros dos filósofos que tentaram explicar os fenômenos naturais na antiguidade, aos
180
naturalistas que se ocupavam da descrição das maravilhas naturais do novo mundo, passando pelos pioneiros do campo da medicina, todos contribuíram no desenvolvimento de campos de saber que acabaram reunidos, na escola, sob o nome de ciências, ciências físicas e biológicas, ciências da vida, ou ciências naturais.
O domínio do ser humano sobre a natureza permeou o
desenvolvimento do pensamento biológico mecanicista, que ganhou força com a invenção
e aperfeiçoamento de instrumentos que permitam um estudo mais detalhado da anatomia
e fisiologia dos seres vivos. O filósofo Francis Bacon (1561 – 1626) introduziu ideias sobre
a aplicação prática do conhecimento, enquanto René Descartes assegurava que a razão
humana é quem permitia que essas práticas se transformassem em procedimentos
seguros levando a um conhecimento mais aprimorado (PARANÁ, 2008, p:40).
Neste contexto, o médico Willian Harvey (1578 – 1657) propôs um novo
modelo referente a circulação sanguínea, o que para Descartes viria a se constituir uma
das bases do pensamento biológico mecanicista. Nesse mesmo período, Francesco Redi
(1626 – 1698) apresentou estudos sobre a Biogênese travando embate a respeito da
origem da vida.
Ao analisar esse momento histórico, Behrens (2003.p.17) ressalta que
“um dos grandes méritos deste século é o fato de os homens terem despertado para a
consciência da importância da educação como necessidade preeminente para viver em
plenitude como pessoa e como cidadão na sociedade”.
Todavia, verifica-se que nem sempre o ensino promovido no ambiente
escolar tem permitido que o estudante se aproprie dos conhecimentos científicos de modo
a compreendê-los, questioná-los e utilizá-los como instrumento do pensamento que
extrapolam situações de ensino e aprendizagem eminentes escolares.
Nesse contexto, cabe, principalmente, à escola abordar a Ciência de
forma sistêmica, transdisciplinar e contextualizada, promovendo, consequentemente, uma
educação que possibilite aos cidadãos a apropriação de conhecimentos com base nos
quais possam tomar decisões conscientes e esclarecidas, “Conhecer não é apenas reter
temporariamente uma multidão de noções anedóticas ou enciclopédicas. Saber significa
primeiro, ser capaz de utilizar o que se aprendeu mobilizá-lo para resolver um problema
ou aclarar uma situação” (Giordan e Vecchi, 1996, p.11).
“A escola continua sendo o lugar de mediação cultural, cabendo aos
educadores” investigar como ajudar os alunos a se constituírem como sujeitos pensantes
e críticos, capazes de pensar e lidar com os conceitos argumentar em faces de dilema e
problemas da vida prática”.
181
A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser
entendida e compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento
humano e determinada pelas necessidades materiais deste em cada momento histórico.
Sofrendo a influência das exigências do meio social e das ingerências econômicas dele
decorrentes ao mesmo tempo que nelas interfere.
Na trajetória histórica da Biologia, percebe-se que o objeto de estudo
disciplinar sempre esteve pautado pelo fenômeno VIDA, influenciado pelo pensamento
historicamente construído, correspondente à concepção de ciência de cada época e à
maneira de conhecer a natureza (método).
Desde a antiguidade até a contemporaneidade, esse fenômeno foi
entendido de diversas maneiras, conceituado tanto pela filosofia natural quanto pelas
ciências naturais, de modo que se tornou referencial na construção do conhecimento
biológico e na construção de modelos interpretativos do fenômeno VIDA.
Nas Diretrizes Curriculares, são apresentados quatro modelos
interpretativos do fenômeno VIDA, como base estrutural para o currículo de Biologia no
ensino médio. Cada um deles deu origem a um conteúdo estruturante que permite
conceituar VIDA em distintos momentos da história e, desta forma, auxiliar para que as
grandes problemáticas da contemporaneidade sejam entendidas como construção
humana.
O pensamento biológico evolutivo começou a ser desenhado no inicio do
século XIX, época em que a Biologia sofreu uma grande revolução em suas bases fixadas
na imutabilidade da vida. Charles Darwin elaborou sua teoria sobre origem das espécies
baseada na seleção natural, onde afirmava que todos os seres vivos, atuais e do
passado, tiveram origem evolutiva. Registros fósseis, distribuição geográfica das
espécies, anatomia e embriologia comparadas e a modificação de organismos
domesticados foram utilizados como provas e suporte para as concepções de Darwin,
consolidando sua teoria. Porém, para que ela fosse totalmente aceita, era preciso explicar
as causas das variações existentes em uma população onde a seleção natural poderia
atuar e manter vivos os indivíduos mais aptos. A resposta à questão não explicada por
Darwin viria através de Gregor Mendel, um monge estudioso das ciências naturais que
elaborou as leis que regulam a hereditariedade. Em 1865, Mendel apresentou sua
pesquisa sobre a transmissão das características entre os seres vivos. Mas, seus
trabalhos só foram confirmados no início do século XX por uma nova geração de
182
geneticistas, o que levou a uma grande revolução conceitual da Biologia (PARANÁ, 2008
p:43).
No Brasil, a disciplina de Biologia nos currículos escolares começou a ser
esboçada após fecundação do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro em 1838. Nesse
período o ensino das ciências era muito sutil, com poucas atividades e predomínio da
formação humanista. A metodologia utilizada era centrada em aulas expositivas,
reforçando a tradição descritiva, teórica e memorística da época. Essa metodologia
permaneceu mesmo após a criação dos cursos superiores de ciências naturais, em 1930
(PARANÁ, 2008, p:45).
A formação humanista só foi superada entre 1950 e 1960, onde a corrida
pela conquista espacial entre os EUA e antiga URSS abriu caminhos para o
desenvolvimento científico e tecnológico. O enfoque pedagógico passou a ser a formação
do futuro cientista. O método científico e a resolução de problemas passaram a ser
aplicados para ensinar o aluno a agir como cientista. O ensino de ciências é visto como
fator imprescindível ao desenvolvimento do país (PARANÁ, 2008, p:45).
Na década de 60, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº
4.024 transfere as decisões curriculares da administração federal para um sistema de
cooperação entre a União, os Estados e os municípios. Surgem os Centros de Ciências
com o objetivo de melhorar o ensino, treinar professores, produzir e distribuir textos
didáticos e materiais de laboratório para as escolas de seus respectivos estados. Uma
reestruturação significativa ocorreu na década de 70, com a promulgação da Lei nº
5692/71. estabeleceu-se o ensino tecnicista e a formação técnica para o segundo grau.
Passa-se a discutir nos currículos escolares as implicações sociais do
desenvolvimento tecnológico e científico, principalmente as questões ambientais
decorrentes da industrialização. Para o ensino de Biologia, há predomínio do empirismo
sobre os conhecimentos científicos construídos ao longo da história (PARANÁ, 2008,
p:46).
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
183
Manipulação Genética
2.1 A organização dos seres vivos
Deve-se ampliar a discussão para a comparação das características
anatômicas e comportamentamentais dos seres, realizando discussões os critérios
usados desde Linné até a atualidade com a introdução da análise genômica, propiciando
a compreensão sobre como o pensamento humano, partindo ca compreensão de mundo
imutável, chegou ao modelo de mundo em constante mudança.
2.2 Os mecanismos biológicos
Deve basear-se na análise dos conhecimentos biológicos sob uma
perspectiva fragmentada, conhecendo-se as partes, pois este conhecimento
isoladamente, é insuficiente para permitir ao aluno compreender as relações que se
estabelecem entre os diversos mecanismos para manutenção da vida. É importante que o
professor considere o aprofundamento, a especialização, o conhecimento objetivo como
ponto de partida para que se possa compreender os sistemas vivos como fruto da
interação entre seus elementos constituintes e da interação deste sistema com os demais
componentes do seu meio.
2.3 Biodiversidade
Pretende-se caracterizar a diversidade da vida como um conjunto de
processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou,
ainda , de organismos no seu meio. Fundamenta-se na superação das concepções
alternativas do aluno com a aproximação das concepções científicas, procurando
compreender os conceitos da genética, da evolução e da ecologia, como forma de
explicar a diversidade dos seres vivos.
184
2.4 Manipulação Genética
Ao propor este conteúdo estruturante pretende-se que o trabalho
pedagógico seja permeado por uma concepção metodológica que permita a análise sobre
as implicações dos avanços biológicos que se valem das técnicas de manipulação do
material genético para o desenvolvimento da sociedade.
* Desenvolver no educando o conhecimento científico e tecnológico
objetivando uma postura crítica, reflexiva e investigadora, com autonomia de pensamento
e ação, formação de hábitos e atitudes em relação ao meio ambiente, desenvolvimento
sustentável e ética científica.
* Reconhecer o ser humano como agente de transformações intencionais
por ele produzidas em seu ambiente,sabendo que todo conhecimento científico produzido
é fruto do estudo e tecnologias de cada época histórica.
3 CONTEÚDOS BÁSICOS
1 - Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
2 - Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia:
3 - Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
4 - Teoria celular: mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
5 - Teorias evolutivas.
6 - Transmissão das características hereditárias.
7 - Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a
interdependência com o ambiente.
8 - Organismos Geneticamente Modificados.
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
185
Na Metodologia do ensino de Biologia, não é um saber neutro, mas sim,
um conjunto de fatos científicos socialmente produzidos numa sociedade historicamente
determinada.
Sendo assim podemos permitir que o educando que ele possa perceber
as transformações da natureza, pois através do desenvolvimento da tecnologia, tem
mudado o habitat humano.
No processo pedagógico, recomenda-se que se adote o método
experimental como recurso de ensino para uma visão crítica dos conhecimentos da
Biologia, sem a preocupação de busca de resultados únicos. Que o alunado seja capaz
de observar, seja considerado procedimento de investigação, dada sua importância como
responsável pelos avanços da pesquisa no campo da Biologia.
O ato de observar extrapola o olhar descomprometido ou o simples
registro, pois inclui a identificação de variáveis relevantes e de medidas adequadas para o
uso de instrumentais. Entretanto, concederá a intencionalidade do observador, uma vez
que ele é o sujeito do processo, o que implica reconhecer a sua subjetividade.
O pensamento evolutivo permite a compreensão do mundo mutável e
revela uma concepção de Ciência que não pode ser considerada verdade absoluta passa
a ser um processo de busca por explicações e de construção de modelos interpretativos
assumindo seu caráter humano determinado pelo tempo histórico.
Cabe ressaltar que a aula assim concebida deve introduzir momentos de
reflexão teórica com base na exposição dialogada, bem como a experimentação como
possibilidade de superar o modelo tradicional das aulas práticas dissociadas das teóricas.
As aulas práticas passam a fazer parte de um processo de ensino pensado e estruturado,
repensando-se inclusive, o local onde possam acontecer, não ficando restritas ao espaço
de laboratório.
A Biologia deve ser ensinada buscando a funcionalidade dos
conhecimentos científicos, lembrando sempre que o rápido progresso das ciências
biológicas e o desenvolvimento tecnológico dos últimos anos resultaram da aplicação
conscienciosa ou inconscienciosa do método científico.
Exposição oral feita pelo professor acompanhada de discussões onde os
métodos sejam pensados, planejados e diversificados, sendo assim no decorrer das
aulas: Debates, pesquisas, seminários, entrevistas, relatórios, excursões para buscar
186
informações em outros ambientes, ver coisas novas que contribuam para um melhor
aprendizado.
As aulas de Biologia devem, segundo LIBÂNEO,(1983) propiciar ao
educando compreensão da prática social, pois revelam a realidade concreta de forma
crítica e explicitam as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de
transformação desta realidade. Dessa forma visa-se a formação de um cidadão crítico,
reflexivo e atuante em seu meio.
A História a Cultura Afro-Africana e Indígena dentro desse tema será
abordado as doenças que atingem essas raças .(especificas destas etnias) Ainda com
relação à abordagem metodológica, é importante que o professor de Biologia, ao elaborar
seu plano de trabalho docente, garanta o previsto na Lei n. 10.639/03 que torna
obrigatória a presença de conteúdos relacionados à história e cultura afro-brasileira e
africana. Igualmente deve ser resguardado o espaço para abordagem da história e cultura
dos povos indígenas, em concordância com a Lei n. 11.645/08.
Os problemas Ambientais será abordado durante o período do ano letivo
dentro e fora de sala de aula com projetos. Quanto ao trabalho envolvendo a educação
ambiental, em concordância com a Lei n. 9.795/99 que institui a Política Nacional de
Educação Ambiental, este deverá ser uma prática educativa integrada, contínua e
permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos. Portanto é necessário que o
professor contextualize sobre o tema a violência, doenças, drogadição e sexualidade
serão trabalhadas de acordo com a proposta pedagógica o (PPP).
4 AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento cuja finalidade prática é obter informações
necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela interferir e
reformular os processos de aprendizagem, é indispensável uma vez que permite ao
professor recolher, analisar e julgar dados sobre a prática pedagógica e ao mesmo tempo
verificar a qualidade do desempenho de seu trabalho.
Na avaliação devemos garantir uma abordagem pedagógica crítica para o
ensino de Biologia,propõe-se um trabalho pedagógico em que se perceba o processo
cognitivo continuo, inacabado, portanto, em construção .
187
Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome
conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças
necessárias.
Destaca-se que este processo deve procurar atender aos critérios para a
verificação do rendimento escolar previstos na LDB nº 9394/96 que considera a avaliação
como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos...”
Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico
do processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e
alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os
obstáculos existentes.
A avaliação deve ser diária e contínua, onde se analisa a participação do
aluno em sala e interesse nas atividades propostas pelo professor.
Toda avaliação deve ser registrada, também, através de testes objetivos e
subjetivo, pesquisas, relatório, empenho e criatividade.
A ação avaliativa é importante no processo ensino aprendizagem, pois
pode propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o
estudante aprende. Para que tal ação torne-se significativa o professor precisa refletir e
planejar sobre os conhecimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da
avaliação tão somente classificatória e excludente.
Cada instrumento de avaliação possui suas vantagens e desvantagens,
cabendo ao professor a escolha mais adequada. Por meio de cada instrumento avaliativo,
o aluno pode expressar os avanços na aprendizagem porque interpreta, produz, discute,
relaciona, analisa, justifica, posiciona-se e argumenta, defende o próprio ponto de vista.
Sendo eles: prova oral e escrita, auto avaliação, trabalhos de pesquisas, atividades
diárias, painéis, debates, grupos de estudo, feira de ciências, seminários, simpósios,
fóruns, trabalho integrado, experimentos, textos diversos, etc.
É dessa forma que o professor analisará se houve ou não assimilação e
compreensão dos alunos em relação ao que foi trabalhado e objetivado.
O sistema de avaliação adotado neste estabelecimento de ensino é
bimestral e será composto pela somatória da nota 5,0 referente a atividades
188
diversificadas, mais a nota 5,0, proveniente de uma prova escrita, totalizando nota final
10,0.
A recuperação de estudo é direito do aluno, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos.
A recuperação ocorrerá de duas formas:
a) com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos
instrumentos de avaliação;
b) com a reavaliação do conteúdo já “reexplicado” em sala de aula;
Na promoção ou certificação de conclusão, a média final mínima exigida é
de 6,0, e frequência mínima de 75%.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo contínuo, diagnóstico, sistemático, funcional,
orientador e integral.
Contínua e sistemática, logo deve ser constante e planejada,
possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os alunos,
contribuições para verificar em que medida os alunos se apropriaram dos conteúdos
específicos permitindo, se necessário, a sua recuperação;
Funcional, porque verifica se os objetivos previstos estão sendo
cumpridos;
Orientadora, pois permite aos alunos conhecer erros e corrigi-los;
Integral, pois considera o aluno como um todo, ou seja, não apenas os
aspectos cognitivos, mas igualmente os comportamentais e as habilidades psicomotoras.
REFERÊNCIAS
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FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1990.
189
GASPARIN,J.L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores
Associados, 2002.
MACHADO. S. Biologia – de olho no mundo do trabalho. Scipione. São Paulo, 2003.
Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Antonio Racanello Sampaio.
Arapongas, 2010.
Regimento Escolar – Colégio Estadual Antonio Racanello Sampaio. Arapongas, 2009.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico- crítica: primeiras aproximações. Campinas/ SP:
Autores Associados , 1997.
SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Como Trabalhar a Lei.10.639/2003 e as Diretrizes
Curriculares para a Educação das relações Étnico-raciais e História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana na Escola. Curitiba. 2006
190
CIÊNCIAS
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento
científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-
se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda
sua complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados
na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo,
espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
A história e a filosofia da ciência mostram que a sistematização do
conhecimento científico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na
Natureza, o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos que
nela ocorrem. Analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa
identificar as diferentes formas de pensar sobre a natureza, interpretá-la e compreendê-la,
nos diversos momentos históricos.
Dentre os epistemólogos contemporâneos, Gaston Bachelard (1884 –
1962) contribuiu de forma significativa com reflexões voltadas à produção do
conhecimento científico, apontando caminhos para a compreensão de que, na ciência,
rompe-se com modelos científicos anteriormente aceitos como explicações para
determinados fenômenos da natureza. Para esse autor existem três grandes períodos do
desenvolvimento do conhecimento científico:
O primeiro período, que representa o estado pré-científico, compreende tanto a Antiguidade clássica quanto os séculos de renascimento e de buscas, como os séculos XVI, XVII e até XVIII. O segundo período, que representa o estado científico, em preparação no fim do século XVIII, se estenderia por todo o século XIX. Em terceiro lugar, consideraríamos o ano de 1905 como o início da era do novo espírito científico, momento em que a Relatividade de Einstein deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados para sempre (BACHELARD, 1996, p. 09).
Ressalta-se que, se o ensino de Ciências na atualidade representasse a
superação dos estados pré-científicos e científicos, na mesma expressividade em que
ocorre na atividade científica e tecnológica, o processo de produção do conhecimento
científico seria bem mais vivenciado no âmbito escolar, possibilitando discussões acerca
de como a ciência realmente funciona (DURANT, 2002).
A disciplina de ciências foi inserida no currículo em 1931 a partir da
Reforma Francisco Campos, pelo decreto 19890/ 31. Essa reforma foi complementada
191
por Gustavo Capanema em 1942 que dividiu a estrutura em dois ciclos: Ginasial, com
duração de quatro anos; e o clássico e científico de três anos.
Na década de 50 o ensino das verdades clássicas através dos métodos
tradicionais foi substituído pela valorização dos conteúdos espontâneos, enaltecendo
experiência pela experiência. A educação da América Latina foi influenciada pela reforma
no sistema de ensino ocorrido nos EUA. Essa reforma visava a formação de nossos
cientistas, uma vez que, o lançamento do satélite artificial soviético parecia uma ameaça a
supremacia dos EUA.
O desenvolvimento industrial no Brasil, ocorrido na década de 60, induziu
o Estado a rever seu sistema educacional que passou a ter preocupação com a formação
de mão - de - obra técnico - científica para atender as necessidades do mercado e do
desenvolvimento econômico do pais.
O aumento da produção industrial desencadeou um grave problema
social - a degradação do meio ambiente. A esse fato, juntou -se relação do
desenvolvimento científico - tecnológico às guerras ampliando - se a discussão sobre
suas influências na sociedade e os efeitos nela provocadas.
O período de transição entre o modelo ditatorial e a democracia no Brasil
ocorrida na década de 80, influenciou o ensino de Ciências que, numa tentativa ingênua e
superficial, reorganizou seu currículo para atender os temas relacionados com as causas
e consequências das atividades ligadas à industria e à agricultura voltadas à prática
social.
Os anos 90 foram marcados pela globalização e uma filosofia
neoliberalista, levando a escola repensar seu papel na formação de um cidadão crítico,
participativo e transformador. Implantou -se o Currículo Básico para a Escola Pública do
Estado do Paraná que buscava responder às necessidades sociais e históricas do Brasil
deste período. Sua proposta baseava-se em três eixos norteadores: Noções de
Astronomia; Transformação e Interação da Matéria e Energia; Saúde: Melhoria da
Qualidade de Vida.
A partir da promulgação da LDB n. 9394/ 96 que estabeleceu as
Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, o ensino de Ciências no Currículo Básico
perdeu força, por não apresentar subsídio teórico - metodológicos suficientes para
explicitar as preocupações quanto aos resultados das ações do homem sobre a natureza.
A escola perdeu o caráter de espaço social e transformador e passou a ser entendida
como empresa, conforme o modelo neoliberal de educação.
192
A partir de 1996 é divulgada e amplamente distribuída nas escolas os
PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais). A proposta do PCN para o ensino de Ciências
estabelecia que todas as disciplinas tratassem de temas como saúde, sexualidade e meio
ambiente, antes restrito à disciplina de Ciências. Os conteúdos específicos ficaram em
segundo plano, à margem do processo pedagógico e, geralmente eram tratados na forma
de projetos extracurriculares
Os PCNs-Ciências Naturais tinha como eixos temáticos: Terra e Universo;
Vida e Ambiente; Ser Humano e Saúde; Tecnologia e Sociedade. Embora apresentassem
uma visão mais articulada dos conteúdos, havia uma limitação do trabalho do professor
para abordar uma educação globalizada, perdendo de vista as características e
necessidades regionais.
A partir da reformulação da política educacional do Estado em 2003,
institui-se o currículo escolar como eixo fundante da escola. As Diretrizes Curriculares
para a Educação Básica buscam levar o corpo decente a uma reflexão da sua prática,
incentivando sua formação através de grupos de estudo, seminários estaduais, simpósios,
cadernos pedagógicos, criação do Portal dia-a-dia Educação, Fera, projeto Com Ciência e
Jogos Escolares, levando a escola a uma maior interação com a comunidade.
A Ciência é uma construção humana e coletiva. Como toda construção
humana, o conhecimento científico está em permanente transformação. As afirmações
cientificas são provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definidas.
O ensino de Ciências deve atender as necessidades cotidianas das
pessoas comuns e, ao mesmo tempo alargar seus horizontes e sua criatividade. Busca –
se então, um ensino de ciências como investigação, levando os alunos a serem capazes,
cada vez mais, de construir conhecimentos sobre a natureza mais próximos do
conhecimento cientifico que de senso comum. De qualquer forma, procura – se como
ponto inicial para o ensino - aprendizagem de Ciências os problemas com as quais os
alunos se defrontam.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
Nestas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos
estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração
conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:
193
• Astronomia
• Matéria
• Sistemas Biológicos
• Energia
• Biodiversidade
Os cinco conteúdos estruturantes serão trabalhados em todos os anos, a
partir da seleção de conteúdos específicos da disciplina de Ciências adequados ao nível
de desenvolvimento cognitivo do estudante. Para o trabalho pedagógico, o professor
manterá o necessário rigor conceitual, adotando uma linguagem adequada ao ano,
problematizando os conteúdos em função da realidade escolar , além de considerar os
limites e possibilidades dos livros didáticos de Ciências.
6º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA Universo
Sistema solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Níveis de organização celular
ENERGIA Formas de energia
Conversão de energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos
Ecossistema
Evolução dos seres vivos
194
7º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA Astros
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
MATÉRIA Constituição da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Origem da vida
Organização dos seres vivos
Sistemática
8º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA Origem e evolução do universo
MATÉRIA Constituição da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA Formas de energia
BIODIVERSIDADE
Evolução dos seres vivos
9º ANO
195
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA Astros
Gravitação universal
MATÉRIA Propriedades da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
ENERGIA Formas de energia
Conservação de energia
BIODIVERSIDADE
Interações ecológicas
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de Ciências busca instrumentalizar o educando para entender a
interação existente entre o mundo físico e social, coordenar informações, posicionar-se
diante delas e construir seus conhecimentos. Desta forma, deve possibilitar ao sujeito a
capacidade de situar-se no mundo participando de forma ativa na sociedade.
O professor de Ciências responsável pela mediação entre o
conhecimento científico representado por conceitos e modelos e as concepções
alternativas dos estudantes deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos que
utilizem recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a interatividade
no processo ensino aprendizagem e a construção de conceitos de forma significativa para
os estudantes.
Diante da importância da organização do plano de trabalho docente e da
existência de várias estratégias a serem utilizadas em aula, entendem-se que a opção por
uma delas tão somente, não contribuem para um trabalho pedagógico de qualidade. É
importante que o professor tenha autonomia para fazer uso de diferentes recursos e
estratégias de modo que o processo ensino aprendizagem em ciências resulte de uma
rede de interações sociais entre estudantes, professores e o conhecimento científico
escolar selecionado para o trabalho em um ano letivo.
196
Nesta perspectiva conduziremos o processo ensino aprendizagem
com as seguintes metodologias:
• Observações e experimentações;
• Fontes textuais (jornais, revistas, livros, internet);
• Programas de televisão e vídeo;
• Saber vivencial de profissionais especialistas, através de palestras
e entrevistas;
• Aulas expositivas e dialogadas;
• Trabalhos e dinâmicas em grupos;
• Jogos, debates e dramatizações;
• Passeios ecológicos e informativos;
• Painéis e mostras de trabalhos;
• Leitura e interpretação de textos.
• Teatro, música e poesia.
Para o desenvolvimento das atividades, os professores poderão utilizar os
mais variados recursos pedagógicos e tecnológicos, como por exemplo: TV multimídia,
laboratório de informática, laboratório de ciências, torso, esqueleto, atlas do corpo
humano, etc.
No âmbito das relações contextuais, o professor de ciências deve prever
a abordagem da História e Cultura afro-brasileira e Africana nos currículos da Educação,
que foi contemplada com a lei 10.639/03 que garante os direitos dos cidadãos afro-
brasileiros e seus descendentes bem como a lei 11645/08 da História e Cultura dos Povos
Indígenas e a lei 9795/99 da Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e
Direitos Humanos; Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao
uso indevido de drogas.
As estratégias de ensino e os recursos pedagógicos tecnológicos e
instrucionais são fundamentais para a prática docente do professor . Além disso
contribuem de forma significativa para melhorar as condições de aprendizagem aos
estudantes.
197
4 AVALIAÇÃO
A avaliação precisa ser entendida como um instrumento de compreensão
do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados, o
conhecimento. A ação necessita ser contínua, pois o processo de construção de
conhecimentos dará muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e
dificuldades dos alunos e assim, rever sua prática e redirecionar as suas ações.
A ação avaliativa é importante no processo ensino aprendizagem, pois
pode propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o
estudante aprende. Para que tal ação torne-se significativa o professor precisa refletir e
planejar sobre os conhecimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da
avaliação tão somente classificatória e excludente. A avaliação deverá valorizar os
conhecimentos alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas atividades
experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvem recursos pedagógicos e
instrucionais diversos. É fundamental que se valorize, também, o que se chama de “erro”,
de modo a retomar a compreensão (equivocada) do estudante por meio de diversos
instrumentos de ensino e de avaliação.
Cada instrumento de avaliação possui suas vantagens e desvantagens,
cabendo ao professor a escolha mais adequada. Por meio de cada instrumento avaliativo,
o aluno pode expressar os avanços na aprendizagem porque interpreta, produz, discute,
relaciona, analisa, justifica, posiciona-se e argumenta, defende o próprio ponto de vista.
Sendo eles: prova oral e escrita, auto avaliação, trabalhos de pesquisas, atividades
diárias, painéis, debates, grupos de estudo, feira de ciências, seminários, simpósios,
fóruns, trabalho integrado, experimentos, textos diversos, etc.
É imprescindível a coerência entre o planejamento das ações
pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo avaliativo para
que os critérios de avaliação estejam ligados aos processos de ensino aprendizagem
quanto:
O aluno, e ou a turma, compreende a necessária relação entre os
conhecimentos físicos, químicos e biológicos para a explicação dos fenômenos naturais
envolvidos neste conteúdo específico;
De que forma o aluno se apropriou deste conhecimento científico;
198
O aluno, e ou a turma, consegue relacionar os aspectos sociais, políticos,
econômicos, éticos e históricos envolvidos.
Enfim, avaliar no ensino de ciências implica intervir no processo ensino
aprendizagem do estudante para que ele compreenda o real significado dos conteúdos
científicos escolares e o objeto de estudo de ciências, visando uma aprendizagem
realmente significativa para sua vida.
O sistema de avaliação adotado neste estabelecimento de ensino é
trimestral e será composto pela somatória da nota 5,0 referente a atividades
diversificadas, mais a nota 5,0, proveniente de uma prova escrita, totalizando nota final
10,0.
A recuperação de estudo é direito do aluno, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos.
A recuperação ocorrerá de duas formas:
a) com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos
instrumentos de avaliação;
b) com a reavaliação do conteúdo já “reexplicado” em sala de aula;
Na promoção ou certificação de conclusão, a média final mínima exigida é
de 6,0, e frequência mínima de 75%.
REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento de Educação
Básica. Diretrizes Curriculares de Educação Básica - Ciências. Paraná. 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento da Diversidade. Cadernos Temáticos da Diversidade. Desafios
Educacionais Contemporâneos. Educação Ambiental / Enfrentamento à violência na
escola / Prevenção ao uso 'indevido de drogas / Educando para as relações étnico-
raciais.Curitiba: SEED-PR, 2008.
Regimento Escolar – Colégio Estadual Antônio Racanello Sampaio – 2012.
Projeto Político Pedagógico - Colégio Estadual Antônio Racanello Sampaio – 2012.
199
EDUCAÇÃO FÍSICA
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Por ser a Educação Física uma disciplina que tem como objeto de estudo
a cultura corporal de movimento, como tal, devemos provocar nos educandos reflexões
sobre o significado do que é “seu corpo” no mundo moderno, através de suas
manifestações diferenciadas. Neste sentido, dá-se importância os signos sociais que se
expressam por meio do preconceito social, da sexualidade, da diferenciação ente
gêneros, da violência, da exacerbação, da vaidade, do excesso de consumo, etc.
Diante destas considerações a educação Física, possibilita ao educando
“um pensar” crítico sobre suas experiências corporais, bem como os princípios e valores
inerentes ao ser humano.
A busca por uma melhor qualidade de vida tem sido uma constante nas
sociedades.
Isto tem gerado tentativas de se estabelecer valores para o nível de
qualidade de vida, a partir de indicadores econômicos, taxa de natalidade, mortalidade
infantil, esperança de vida, consumo alimentar, prática de atividade física, entre outros
aspectos que traduzem sua complexidade, envolvida com questões de ordem social,
como meio-ambiente, educação, segurança e promoção da saúde (DEVIDE, 2002).
Na procura de transformações nas representações sociais dos alunos
sobre a Educação Física, uma preocupação central deve ser a ampliação da questão da
sua relação com a saúde. A partir da produção científica já existente e da interação entre
profissionais atuantes e comprometidos, o que favorece a EF como veículo potencial de
educação para a saúde, visando à criação de estilos de vida ativos e permanentes,
contribuindo para uma melhor qualidade de vida de alunos, consumidores críticos dos
elementos da cultura corporal (DEVIDE, 2002).
Ao tratar de educação, fala-se em articular conhecimentos, atitudes,
aptidões, comportamentos e práticas pessoais que possam ser aplicados e
compartilhados com a sociedade em geral. Nessa perspectiva, o processo educativo
favorece o desenvolvimento da autonomia, ao mesmo tempo em que atende a objetivos
sociais.
200
Neste sentido, a EF concebida para além dos objetivos físicos e motores
permitirão alcançar também objetivos intelectuais, estéticos e sociais, já que há uma série
de conceitos, procedimentos e atitudes específicos que possibilitam que o aluno seja
educado fisicamente (POSSEBON e LEOBERT, 2009).
Sabemos também que a escola, por si só, não pode resolver todos os
problemas referentes à promoção de atividades físicas e de estilos de vida ativos,
portanto, outros espaços sociais devem ser também valorizados. Ou seja, consideramos
que o aumento do tempo consagrado à AF deverá ser conseguido, também, à custa do
tempo consagrado à atividade regular fora da aula de EF. Isto é, nas atividades
extracurriculares e nas atividades comunitárias. Tais conclusões nos
levam a considerar que se devem perseguir estratégias integradas para
promover hábitos de prática regular de AF e que essas estratégias devem envolver a
comunidade em geral. Parece evidente, da mesma forma, que políticas públicas devem
ser desenvolvidas com o intuito de oportunizar à população a possibilidade de manifestar
um estilo de vida fisicamente ativo ( MARQUES e GAYA 1999).
Dessa forma, a educação deve ser entendida como prática político-
pedagógica que possibilita ao educador escolher estratégias de ação que contribuam para
a melhoria do estilo de vida dos educandos. Segundo Pelicioni apud Guimarães 2009, a
estas estratégias devem ser agregados valores éticos como a equidade, a solidariedade e
a justiça social. Sendo assim, o papel da Educação é estimular a capacidade das pessoas
de transformar suas ideias sobre a realidade da sociedade, para que a mesma possa
modificar sua trajetória e melhorar sua qualidade de vida (GUIMARÃES 2009).
A Educação Física é uma área do conhecimento que trabalha com o
corpo e o movimento como parte da cultura humana. Nessa perspectiva cultural na qual a
Educação Física escolar está inserida, não se deve associar seus benefícios apenas a
questões fisiológicas dos seres humanos, mas também ao seu autoconhecimento
corporal, melhora na auto-estima, no auto-conceito, estabelecendo uma relação entre
educação e saúde e, consequentemente, uma
educação para a saúde, na tentativa de conscientizar as pessoas para
que adote um estilo de vida ativo, desenvolvendo hábitos saudáveis como a prática de
atividade física regular, uma alimentação balanceada e a não adoção de vícios.
A Educação Física favorece aos alunos a compreensão de seu próprio
corpo e de suas possibilidades, conhecendo e experimentando um número diversificado
de atividades corporais para que os alunos futuramente possam escolher a atividade mais
201
conveniente e prazerosa para auxiliar no seu desenvolvimento pessoal e na melhoria de
sua qualidade de vida ao longo de suas vidas (PAIM e BONORINO 2009).
O grande desafio é mudar. As pessoas adquirem hábitos indesejáveis,
prejudiciais à saúde e encontram muita dificuldade em proceder às mudanças
necessárias para uma melhor qualidade de vida. (GUISELINI, 2006).
Para Nahas (2006) a decisão de usar ou não os elementos que são
prejudiciais à saúde é do indivíduo, mas é mais fácil decidir sobre o uso ou não desses
elementos do que quebrar tais hábitos indesejáveis, ou seja, é mais fácil prevenir.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a escola se constitui o
melhor local para ações preventivas, pois é neste local que acontecem as interações e as
convivências sociais entre diferentes pessoas, tornando-se desse modo, o local mais
apropriado para a realização de intervenções direcionadas à promoção da saúde, com o
objetivo de contribuir para formar, informar e estimular mudanças de atitudes e
comportamentos para assim adotarem um estilo de vida ativo e saudável.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ESPORTE
JOGOS E BRINCADEIRAS
COLETIVOS E INDIVIDUAIS
JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES
BRINCADEIRAS E CANTIGAS DE RODA
JOGOS COOPERATIVOS
202
DANÇA
GINÁSTICAS
JOGOS DE TABULEIROS
DANÇAS FOLCLÓRICAS
DANÇAS DE RUA
DANÇAS CRIATIVAS
GINÁSTICA RÍTMICA
GINÁSTICA CIRCENSE
GINÁSTICA GERAL
LUTAS DE APROXIMAÇÃO
CAPOEIRA
203
LUTAS
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ESPORTE
JOGOS E BRINCADEIRAS
DANÇA
COLETIVOS E INDIVIDUAIS
JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES
BRINCADEIRAS E CANTIGAS DE RODA
JOGOS COOPERATIVOS
JOGOS DE TABULEIROS
DANÇAS FOLCLÓRICAS
DANÇAS DE RUA
DANÇAS CRIATIVAS
204
GINÁSTICAS
LUTAS
DANÇAS CIRCULARES
GINÁSTICA RÍTMICA
GINÁSTICA CIRCENSE
GINÁSTICA GERAL
LUTAS DE APROXIMAÇÃO
CAPOEIRA
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ESPORTE
COLETIVOS E RADICAIS
205
JOGOS E BRINCADEIRAS
DANÇA
GINÁSTICAS
JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES
JOGOS DRAMÁTICOS
JOGOS COOPERATIVOS
JOGOS DE TABULEIROS
DANÇAS CIRCULARES
DANÇAS CRIATIVAS
GINÁSTICA RÍTMICA
GINÁSTICA CIRCENSE
GINÁSTICA GERAL
206
LUTAS
LUTAS COM INSTRUMENTO MEDIADOR
CAPOEIRA
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ESPORTE
JOGOS E BRINCADEIRAS
COLETIVOS E RADICAIS
JOGOS DRAMÁTICOS
JOGOS COOPERATIVOS
JOGOS DE TABULEIROS
DANÇAS CIRCULARES
207
DANÇA
GINÁSTICAS
LUTAS
DANÇAS CRIATIVAS
GINÁSTICA RÍTMICA
GINÁSTICA GERAL
LUTAS COM INSTRUMENTO MEDIADOR
CAPOEIRA
ENSINO MÉDIO
1º ANO
208
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ESPORTE
JOGOS E BRINCADEIRAS
DANÇA
GINÁSTICAS
COLETIVOS , INDIVIDUAIS E RADICAIS
JOGOS DRAMÁTICOS
JOGOS COOPERATIVOS
JOGOS DE TABULEIROS
DANÇAS FOLCLÓRICAS
DANÇAS DE RUA
DANÇA DE SALÃO
GINÁSTICA ARTÍSTICA/OLÍMPICA
GINÁSTICA CONDICIONAMENTO FÍSICO
209
LUTAS
GINÁSTICA GERAL
LUTAS COM APROXIMAÇÃO
LUTAS QUE MANTÊM À DISTÂNCIA
LUTAS COM INSTRUMENTO MEDIADOR
CAPOEIRA
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ESPORTE
JOGOS E BRINCADEIRAS
COLETIVOS, INDIVIDUAIS E RADICAIS
JOGOS DRAMÁTICOS
JOGOS COOPERATIVOS
210
DANÇA
GINÁSTICAS
JOGOS DE TABULEIROS
DANÇAS FOLCLÓRICAS
DANÇAS DE RUA
DANÇA DE SALÃO
GINÁSTICA ARTÍSITICA/OLÍMPICA
GINÁSTICA CONDICIONAMENTO FÍSICO
GINÁSTICA GERAL
LUTAS COM APROXIMAÇÃO
211
LUTAS LUTAS QUE MANTÊM A DISTÂNCIA
LUTAS COM INSTRUMENTO MEDIADOR
CAPOEIRA
3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ESPORTE
JOGOS E BRINCADEIRAS
COLETIVOS , INDIVIDUAIS E RADICAIS
JOGOS DRAMÁTICOS
JOGOS COOPERATIVOS
JOGOS DE TABULEIROS
DANÇAS FOLCLÓRICAS
DANÇA DE SALÃO
212
DANÇA
GINÁSTICAS
LUTAS
DANÇAS CRIATIVAS
GINÁSTICA ARTÍSTICA/OLÍMPICA
GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO
GINÁSTICA GERAL
LUTAS COM APROXIMAÇÃO
LUTAS QUE MANTÊM À DISTÂNCIA
LUTAS COM INSTRUMENTO MEDIADOR
CAPOEIRA
213
3 ELEMENTOS ARTICULADORES
-Cultura Corporal e Corpo;
-Cultura Corporal e Ludicidade;
-Cultura Corporal e Saúde;
-Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
-Cultura Corporal e Desportivização;
-Cultura Corporal – Técnica e Tática;
-Cultura Corporal e Lazer;
-Cultura Corporal e Diversidade;
-Cultura Corporal e Mídia.
4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Tanto na aprendizagem quanto no ensino da Educação Física, o método
é um processo que associa a dinâmica da sala de aula à intenção da prática do aluno
para uma maior compreensão da realidade, fazendo-o formular conceitos próprios a partir
dos temas apresentados, contribuindo assim para que se tornem sujeitos capazes de
reconhecer o próprio corpo e de refletir sobre as práticas corporais.
Discutir, previamente, sobre o que, como, quando e por que tal ação é
importante, provocando no aluno(a), a reflexão, formulando sua opinião, interpretação e
explicação sobre o que está acontecendo, com base nos objetivos pautados.
A ação pedagógica da Educação Física, pode ser variada, tornando os
conteúdos mais interessantes e significativos, utilizando recursos dos mais diversos, onde
o aluno passa a perceber a inter-relação entre o conhecimento crítico-teórico e volta
novamente para a prática social concreta.
Dessa forma o papel da Educação Física é desmitificar formas arraigadas
e não refletidas em relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente
214
produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o
conhecimento sistematizado, como oportunidade para reelaborar ideias e atividades que
ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes produzidos pela humanidade e
suas implicações para a vida. Enfim, é necessário que o aluno reconheça a sua dimensão
corporal como resultado de experiências, e que ela é fruto de sua interação social nos
diferentes contextos em que vive (família, escola, trabalho, lazer).
A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a
construção do conhecimento escolar.
A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desfio, é o memento em que a prática
social é colocada em questão, analisada e interrogada.
A INSTRUENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo
sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem eu recriem, ao
incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e profissional
(Gasparim, 2002,p.53).
A CARTASE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que
assimilou.
O RETORNO A PRATICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo
pedagógico na perspectiva histórico-crítica.
A Lei nº 10,639/2003. que trata das relações étnico-raciais e a História da
Cultura Afro Brasileira e Africana na escola. A Lei nº 11645/08 – História e Cultura dos
Povos Indígenas. Os documentos: Lei nº 9795/99 – Política Nacional de Educação
Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Prevenção ao uso indevido
de Drogas, serão trabalhados através de ações que propiciem a informação adequada ao
aluno para o conhecimento dos valores e cultura dos povos africanos e indígenas e
compreensão dos temas citados.
5 AVALIAÇÃO
O processo de avaliação da disciplina de Educação Física, individual ou
coletiva, será contínua, incluindo o aluno(a) como participante e contribuindo para o
desenvolvimento da responsabilidade e compreensão na construção do conhecimento
teórico e prático. No decorrer das aulas, o conteúdo programado pode ser reavaliado e
215
alterado de acordo com as dificuldades encontradas nas avaliações que foram feitas, para
melhor aproveitamento do educando.
Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para
requisitar o processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem como
planejar e propor outros encaminhamentos que vise à superação das dificuldades
constatadas nas diversas manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras, jogos
e brinquedos, manifestações ginásticas, manifestações esportivas, danças e teatro. Além
desses instrumentos, lançaremos mão de outros como: pesquisa em grupo, debates e
seminários.
Dessa forma a avaliação e consequentemente a reavaliação
(recuperação) acontecerá de forma simples e paralela aos conteúdos administrados para
que o aluno alcance o objetivo da aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física.
Cadernos CEDES, v.19 n.48. Campinas,1999.
DEVIDE, F. P; Educação Física. Qualidade de Vida e Saúde: campos de intersecão e
reflexões sobre a intervenção. Revista Movimento, Porto Alegre, V. 8, n. 2, p.77-84,
maio/agosto 2002.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretaria de Estado da
Educação do Paraná – Educação Física. Curitiba. 2008.
DIVERSIDADE E PERTINÊNCIA NA CONSTRUÇÃO CURRICULAR – Marcos Cordiolli.
GUIMARÃES, C. C. P. A; Educação Física Escolar e promoção da saúde: uma
pesquisa participante. Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP, 2009. Disponível
em http://www.usjt.br/biblioteca/mono_disser/mono_diss/101.pdf, Acesso 10 de maio de
2010.
GUISELINI, M. Aptidão física saúde bem-estar: fundamentos teóricos e exercícios
práticos. 2 ed. – São Paulo: Phorte, 2006.
INTRODUÇÃO ÀS DIRETRIZES CURRICULARES. Prof. Yvelise F.S. Arco-Verde
(Org.) Curitiba-Pr.
216
MARQUES, A. T; GAYA, A; Atividade Física, aptidão física e educação para a saúde:
estudos na área pedagógica em Portugal e no Brasil. Rev. paul. Educ. Fís., São
Paulo, 13(1): 83-102, jan./jun., 1999.
NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: Conceitos e sugestões para
um estilo de vida ativo. 4a ed. Londrina: Midiogrf, 2006.
PAIM, M. C. C; BONORINO, S. L; Importância da Educação Física escolar, na visão
de professores da rede pública de Santa Maria. Revista Digital. Buenos Aires, Ano 13 -
No 130 - Março de 2009 Disponível em http://www.efdeportes.com/efd130/importancia-da-
educacao-fisica-escolar-na-visao-de-professores.htm, acesso 04 de maio de 2010.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública
do Estado do Paraná. Curitiba-SEED,1990.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes
curriculares da Educação Física para o Ensino Fundamental. Curitiba- 2006.
POSSEBON, M; LEOBET, A. B; Educação Física e Saúde: Relação que pode ser feita
dentro da Escola. Anais do XVI Congresso Brasileiro de Ciência do esporte e III
Congresso de Ciência do Esporte, Salvador, 2009.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO
RACANELO SAMPAIO - Ensino Fundamental e Médio – Arapongas (PR), 2006.
217
ENSINO RELIGIOSO
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ensino Religioso dentro do âmbito escolar tem um papel
de suma importância, pois deve estar comprometida em disponibilizar aos educandos a
oportunidade de conhecer as diversas manifestações religiosas existentes e também em
combater todas e quaisquer forma de preconceito.
O Ensino Religioso dentro da escola deve ser ministrado de maneira
laica, não podendo privilegiar qualquer manifestação religiosa em particular.
Há muito tempo a disciplina de Ensino Religioso participa dos currículos escolares no Brasil e, em cada período histórico, assumiu diferentes características pedagógicas e legais. Antes de iniciar as discussões teóricas e metodológicas a respeito da implementação desta disciplina no contexto educacional atual, serão apresentadas transcrições de documentos oficiais que explicitam os modos como o Ensino Religioso foi entendido e ministrado nos diversos momentos da história do Brasil. Com este breve histórico legal da disciplina, o documento que o leitor tem em mãos pretende apresentar, comparativamente, a extensão pedagógica da atual proposta de Ensino Cultural e Religioso no Estado do Paraná (DCE. Pág. 38).
O Ensino Religioso tem como objeto de estudo o Sagrado, em toda sua
plenitude - o local e o sentido do Sagrado, sendo compreendido racionalmente, como
resultado de representações construídas historicamente dentro de diversas culturas.
Etimologicamente, o termo Sagrado se origina do termo latino sacrátus e do ato de sagrar. Como adjetivo, refere-se ao atributo de algo venerável, sublime, inviolável e puro. Assim, o Sagrado remete sempre a algo que lhe sirva de suporte. Portanto, algo ou alguém que foi consagrado está ligado invariavelmente ao campo religioso (DCE. Pág.47).
O Ensino Religioso esteve presente há dentro da história Brasileira,
apesar da abordagem utilizada hoje ser laica diferente de outros períodos históricos e
importante conhecer o desenvolvimento da disciplina dentro da história.
* Período Jesuítico: No Brasil Colônia, visava a Evangelização dos Povos
indígenas.
* Período Republicano: 1889 Ideal Positivista Separação da Igreja do
Estado.
1. Laicidade X Confessionalidade.
* Era Vargas: 1934 – Estado Novo.
218
1. Caráter Obrigatório e Caráter Facultativo;
2. Confessional
* Período Ditatorial: 1964;
1. Supressão do caráter confessional /perspectiva aconfessional de
ensino
* Redemocratização: LDB – Lei 9.465 1996– art. 33.
1. Caráter Obrigatório e Caráter Facultativo;
2. Aconfessional.
A Disciplina de Ensino Religioso da forma que é ministrada hoje
(aconfessional ) é de suma importância pois, apresenta ao educando a diversidade
religiosa e combate o preconceito e a intolerância religiosa dentro da sociedade.
Contribuindo para a formação moral e ética do educando.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
2.1 Conteúdos Estruturantes
Teoricamente, o currículo da disciplina de Ensino Religioso está vinculado
ao academicismo e ao cientificismo, bem como às subjetividades e experiências vividas
pelo aluno, produzindo uma ampla discussão fundamentada nas teorias críticas.
(...) [O] Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e de expressão e, por consequência, o direito à liberdade individual e política. Desta forma atenderá um dos objetivos da educação básica que, segundo a LDB 9394/96, é o desenvolvimento da cidadania (DCE. Pág.46).
219
Ao abranger a linguagem do Sagrado, os símbolos são a base da
comunicação e constituem o veículo que aproxima o mundo vivido, cotidianamente, do
mundo extraordinário dos deuses e deusas. Os símbolos são elementos importantes
porque estão presentes em quase todas as manifestações religiosas e também no
cotidiano das pessoas.
No caso do Ensino religioso, o Sagrado é o objeto de estudo e o
tratamento a ser dado aos conteúdos estará sempre a ele relacionado.
Paisagem Religiosa - à materialidade fenomênica do Sagrado, a qual é
apreendida através dos sentidos. É a exterioridade do Sagrado e sua concretude, os
espaços Sagrados.
Universo Simbólico Religioso - à apreensão conceitual através da razão,
pela qual concebe-se o Sagrado pelos seus predicados e reconhece-se a sua lógica
simbólica. É entendido como sistema simbólico e projeção cultural.
Texto Sagrado - à tradição e à natureza do Sagrado enquanto fenômeno.
Neste sentido é reconhecido através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais
Sagradas e dos Mitos.
2.2 Conteúdos Básicos
5ª série
• Organizações Religiosas;
• Lugares Sagrados;
• Textos Sagrados orais ou escritos;
220
• Símbolos Religiosos.
6ª série
• Temporalidade Sagrada
• Festas Religiosas
• Ritos
• Vida e Morte
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia utilizada será através de problematização, abordagem
teórica do conteúdo e a sua contextualização dentro.
221
• Problematização – encaminhamento baseado na aula dialogada
com o aluno
• Abordagem Teórica do Conteúdo – Respeito ao educando na sua
crença
• Contextualização
Para a realização disso será utilizada recursos multimídia, com o intuito
de aproximar o aluno com o objeto estudado, fazendo-o compreender o contexto
histórico-social em que se inserem cada uma das manifestações religiosas estudadas.
Além de aulas expositivas e a estimulação de debates promovendo uma participação
ativa do aluno na produção do conhecimento.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação tem como finalidade diagnosticar a apropriação do
conhecimento por parte dos alunos e diagnosticar os resultados das práticas pedagógicas
propostas pelo professor, por isso deve ser continua e diagnostica.
Os mecanismos de avaliação estão sempre em processo de
aprimoramento, pois devem se adequar a realidade de cada educando, pois o tempo de
aprendizado pode ser diferente para cada um e cabe ao professor encontrar o método
avaliativo que consiga avaliar efetivamente cada educado.
Ao fim do processo educativo, o aluno deve ter condições de:
• Estabelecer discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;
• Desenvolver uma cultura de respeito à diversidade religiosa e
cultural;
• Reconhecer que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de
identidade de cada grupo social.
Os instrumentos avaliativos utilizados serão debates, discussões e
seminários.
REFERÊNCIAS
222
LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo. Cortez
editora.2005.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná: Ensino Religioso.
2008.
ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. São Paulo: Editora Moderna .1992.
MACEDO, Carmem Cinira. Imagem do eterno: religiões no Brasil. São Paulo:Editora
Moderna Ltda, 1989.
223
FILOSOFIA
1 APRESENTAÇÃO
A filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A
filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em
si mesmo. É, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos
além de sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Neste
sentido, pode pensar a ciência, seus valores, métodos, seus mitos; pode pensar a ética e
a religião; a arte; a política; pode pensar o próprio homem em sua vida cotidiana. Diz-se
que a filosofia incomoda certos indivíduos e instituições porque questiona o modo de ser
das pessoas, das culturas, do mundo. Isto é, questiona a prática política, cientifica,
técnica, ética, econômica, cultural e artística.
Desse modo, compreender a importância do ensino da filosofia no ensino
médio é entendê-la como um conhecimento cuja especificidade contribui para a formação
do aluno. Cabe a ela indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais
para os homens, em cada época.
A filosofia torna possível ao homem compreender a significação do
mundo, da cultura, da história: o sentido das criações humanas nas artes, na ciência, e na
política. Possibilita uma compreensão do homem e do mundo que incita o indivíduo à não
se deixar levar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos.
Permite engendrar o abandono da ingenuidade e dos preconceitos do senso comum.
Por isso, o ensino da filosofia não pode ser simplesmente ser considerado
apenas na dimensão da transmissão de determinada ordem de conhecimentos. Quando
se ensina filosofia, ensina-se a filosofar, a executar análise de conceitos e idéias (bem
como recriá-los), dos métodos e das teorias, das doutrinas morais e políticas, a refletir
sobre os princípios do conhecimento, as normas de ação e regras da criação; justamente
para alcançar em cada um desses domínios, o grau do discernimento fundamental e
fundamentado, como resultado crítico da reflexão.
A partir da década de 1980, com o processo de abertura política e de
redemocratização do país, as discussões e movimentos pelo retorno da Filosofia ao
Ensino Médio (à época, denominado Segundo Grau) ocorreram em vários estados do
Brasil.
224
Após anos de lutas e discussões, “Em agosto de 2006, o parecer
CNE/CEB n. 38/2006, que tornou a Filosofia e a Sociologia disciplinas obrigatórias no
Ensino Médio, foi homologado pelo Ministério da Educação pela Resolução n. 04 de 16 de
agosto de 2006. No Estado do Paraná, foi aprovada a lei n. 15.228, em julho de 2006,
tornando a Filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio.
(DCE, p. 47)
A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa,
sistemática e deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a
radicalidade do problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação ao se instituir a
disciplina de filosofia no ensino médio: a busca pela reflexão filosófica, para que ao
elaborar seus próprios conceitos, os alunos possam compreender e atuar em sua
realidade.
A reflexão filosófica dirige-se ao pensar, buscando o entendimento sobre
a capacidade, a finalidade para conhecer e agir para não aceitar o que antes não tiver
sido investigado e compreendido.
Tendo a tarefa de reflexão e de crítica da estrutura social, a partir da
tomada de consciência de nossos problemas e das principais questões elaboradas pela
história do pensamento filosófico – mediante a linha condutora dos conteúdos
estruturantes propostos na diretriz curricular de filosofia do estado do Paraná – é possível
que filosofia cumpra seu papel de reflexão teórico-crítica de problemas que são colocados
pelas próprias relações humanas com a natureza e com o momento histórico em que nos
encontramos.
Portanto, ao ser ensinada, com tempo e conteúdo adequado para fazê-lo,
estará cumprindo sua função básica de sistematização do pensamento, principalmente
como reflexão crítica do conhecimento, da moral, da política, das artes e outras áreas do
saber humano, cuja base são conceitos e categorias de pensamento e não apenas idéias
fragmentadas:
“Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluridimensional e democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações. Nesse mundo, que se manifesta quase sempre de forma fragmentada, o estudante não pode prescindir de um saber que opere por questionamentos, conceitos e categorias e que busque articular o espaço-temporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana. (...) Como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio, considera-se que a Filosofia pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações. Nesse mundo, que se manifesta quase
225
sempre de forma fragmentada, o estudante não pode prescindir de um saber que opere por questionamentos, conceitos e categorias e que busque articular o espaço-temporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana.” (DCE. P.49)
Assim, é necessário deixar claro que a filosofia enquanto disciplina
curricular do ensino médio, deve se desenvolver sobre as bases de um conteúdo cuja
especificidade não pode ser relegado a segundo plano, a saber, os conceitos e problemas
historicamente desenvolvidos no corpo da própria filosofia, bem como a problematização,
a investigação e a criação de conceitos.
Neste sentido, o ensino de filosofia “não se dá no vazio, no
indeterminado, na generalidade, na individualidade isolada, mas requer dos estudantes
compromisso consigo mesmos, com o outro e com o mundo.” (DCE FILOSOFIA, 2008).
Mediante a prática do debate, do diálogo democrático, para além da
reflexão solitária, pode-se tentar esperar alguma saída para a “crise” ético-politica em que
estamos mergulhados (o enfrentamento dos desafios contemporâneos) Questionar seus
fundamentos, sua legitimidade é tarefa da reflexão filosófica, através de um debate
respeitoso apoiado nos princípios éticos universais do respeito e da solidariedade. De que
forma? Através de uma especificidade que se concretiza “na relação do estudante com os
problemas suscitados, na busca de soluções nos textos filosóficos por meio da
investigação, enfim, no trabalho em direção à criação de conceitos.” (DCE FILOSOFIA,
P.18).
2 CONTEÚDOS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
MITO E FILOSOFIA
Saber mítico;
Saber filosófico; Relação Mito e Filosofia;
Atualidade do mito; O que é Filosofia?
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Mito e Filosofia e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Mito e Filosofia, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria
226
textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
TEORIA DO
CONHECIMENTO
Possibilidade do conhecimento;
As formas de conhecimento; O problema da verdade; A questão do método;
Conhecimento e lógica.
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Teoria do Conhecimento e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Teoria do Conhecimento, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
ÉTICA
Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e violência; Razão, desejo e vontade; Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Ética e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Ética, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor
227
FILOSOFIA POLÍTICA
Relações entre comunidade e poder;
Liberdade e igualdade política; Política e Ideologia;
Esfera pública e privada; Cidadania formal e/ou
participativa.
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Filosofia Política e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Filosofia Política, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
FILOSOFIA
DA CIÊNCIA
Concepções de ciência; A questão do método
científico; Contribuições e limites da
ciência; Ciência e ideologia;
Ciência e ética.
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Filosofia da Ciência e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Filosofia da Ciência, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
ESTÉTICA
Natureza da arte; Filosofia e arte;
Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico,
cômico, grotesco, gosto, etc.;
Estética e sociedade.
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Estética e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência, os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Estética, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de
228
idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
3 OBJETIVOS
• Contribuir para a compreensão dos elementos que interferem no
processo social através da busca do esclarecimento dos universos
que tecem a existência humana: trabalho, relações sociais e
cultura simbólica.
• Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico,
apreensão, reelaboração e criação de conceitos, argumentação e
problematização.
• Articular teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas
científicos, tecnológicos éticos e políticos, sócio-culturais com as
vivências pessoais.
• Oportunizar momentos que facilitem o pensar e o pensar sobre o
pensar;
• Debater questões contemporâneas que facilitem a compreensão
da realidade;
• Realizar atividades que levem o aluno a perceber a multiplicidade
de pontos de vista e articulações possíveis entre os mesmos:
• Ler textos filosóficos de modo significativo; bem como ler, de modo
filosófico, textos de diferentes estruturas e registros;
• Debater, tomando uma posição, defendendo-a
argumentativamente e mudando de posição em face de
argumentos mais consistentes.
• Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos
discursivos das diversas áreas do conhecimento, e em outras
produções culturais através da produção de conceitos.
229
• Articular teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas
científicos, tecnológicos éticos e políticos, sócio-culturais com as
vivências pessoais.
4 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Tendo em vista os objetivos propostos para o Ensino Médio, a saber, a
contribuição para a formação do caráter, do raciocínio crítico e criativo, cujo resultado é
em ultima instância a cidadania participativa, as práticas pretendidas na disciplina de
Filosofia ocorrerão no intuito de levar o aluno a questionar sua realidade, analisar,
comparar, decidir, planejar e expor idéias, bem como ouvir e respeitar as de outrem.
Dessa forma, as atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema a ser tratado exigir:
aulas expositivas (com abertura ao debate), estudo e reflexão de textos de caráter
filosófico – ou que possam dar margem à reflexão de cunho filosófico – redação e
apresentação de trabalhos, bem como atividades de pesquisa. Dessa forma, cremos estar
caminhando em direção ao desenvolvimento de valores importantes para a formação do
estudante do ensino médio: espírito crítico e criativo, solidariedade, responsabilidade e
compromisso pessoal.
5 AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá no sentido de contribuir tanto para o professor,
possibilitando avaliar a própria prática, como para o desenvolvimento do aluno;
permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua contribuição para a coletividade,
mediante a criação de conceitos. Será, portanto, de caráter processual, diagnóstico e
somativo (em caráter de zero a dez, sendo 5,0 para avaliações diversas, e 5,0 para uma
prova, conforme preconizado no Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico do
estabelecimento), de acordo com o desempenho individual e/ou coletivo.
Assim, de acordo com as orientações da DCE Filosofia (p.49 -60), A
avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio da
análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo.
Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.”
Portanto, “torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino
Médio de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
230
• qual discurso tinha antes;
• qual conceito trabalhou;
• qual discurso tem após;
• qual conceito trabalhou. “
Serão adotados como instrumentos, além da auto-avaliação:
• Textos produzidos pelos alunos;
• Participação em sala de aula (debates, discussões, etc);
• Atividades e exercícios realizados em classe ou extraclasse,
pesquisa em laboratório de informática (Paraná Digital e
PROINFO);
• Testes escritos;
• Apresentação dos temas (oral ou escrita) em estudo;
• Registro das aulas, conforme a necessidade;
REFERÊNCIAS
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
_________. História da Filosofia. Lisboa: Editorial Presença, 1970.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
Introdução à Filosofia. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1993.
BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. 6ª ed.
Petrópolis: Vozes, 1997.
CHÂTELET, F. História da Filosofia, idéias e doutrinas – o século XX. Rio de Janeiro:
Zahar, s/d, 8 vol.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
CORDI, Cassiano et all. Para Filosofar. São Paulo: Scipione,2000.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2005.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992.
(Coleção Trans).
231
FILOSOFIA. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. 336 p. (Livro Didático Público)
FOLSCHEID, Dominique; WUNEMBURGER, Jean-Jacques. Metodologia Filosófica.
São Paulo: Martins Fontes, 1999.
LALANDE, André. Vocabulário técnico e crítico de Filosofia. 3ª ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1999.
NOVA CULTURAL. Coleção Os Pensadores. São Paulo, 1999.
PARANÁ. Diretriz Curricular de Filosofia. Curitiba: 2008
REALE, G.; ANTISERI, D. História da filosofia. Vol 1,2 e 3.São Paulo: Paulus, 2003.
Documento eletrônico: http://www.filosofia.seed.pr.gov.br
232
FÍSICA
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física representa uma produção cultural, construída pelas relações
sociais. É a parte da ciência que estuda os fenômenos da natureza, despertando o
espírito crítico do educando, levando-o a questionar, refletir e estudar o mundo que o
rodeia, preparando-o para o exercício da cidadania e ao trabalho.
É uma ciência voltada ao desenvolvimento tecnológico e social, portanto
torna-se indispensável à compreensão de suas leis e da sua história, para uma melhor
compreensão do meio em que vivemos.
O ensino da Física terá um significado real quando a aprendizagem partir
das ideias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, possibilitando analisar o
senso comum e fortalecer os conceitos científicos na sua experiência de vida. Também é
preciso que o mesmo entenda a relação existente entre o desenvolvimento dessa ciência
com o consequente progresso tecnológico.
O ensino de Física deve estar voltado para a formação de jovens,
independente da sua escolaridade futura. Deve possibilitar aos jovens adquirir
instrumentos para a vida, para raciocinar, para compreender as causas e razões das
coisas, para exercer seus direitos, para cuidar da sua saúde, para participar das
discussões em que estão envolvidos, para atuar, para transformar, enfim, para realizar-se,
para viver. Sendo assim, uma educação para a cidadania.
A Física, portanto, atua como um campo estruturado de conhecimentos
que permite a compreensão dos fenômenos físicos que cercam o nosso mundo
macroscópico e microscópico. O universo em toda a sua complexidade como objeto de
estudo da Física: sua evolução, suas transformações e as interações que se apresentam,
auxiliando no desenvolvimento do cidadão.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
O estudo da Física se baseia nas três Teorias Unificadoras, a saber:
O estudo dos Movimentos:
233
Conceitos Fundamentais:
Sistemas de unidades;
Notação científica.
Momentum e inércia
Conservação de quantidade de movimento
Variação da quantidade de movimento: impulso
2ª Lei de Newton
3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio.
Energia e o princípio da conservação da energia
Gravitação
A Termodinâmica:
Leis da termodinâmica.
Lei zero da termodinâmica
1ª Lei da termodinâmica
2 Lei da termodinâmica
A Teoria Eletromagnética:
Carga elétrica
Corrente elétrica.
Campos e ondas eletromagnéticas.
Força eletromagnética.
Equações de Maxwell: Lei de Gauss para a eletrostática/ Lei de Coulomb,
Lei de Ampère, Lei de Gauss, Lei de Faraday.
A natureza da luz e suas propriedades.
Baseado na Lei 10639/03, deverão ser contemplados tópicos sobre as
contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços da ciência e
234
da tecnologia. A Lei 11645/08- História e Cultura dos povos Indígenas. Política Nacional
de Educação Ambiental: Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento
à violência e ao uso indevido do drogas.
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O planejamento do trabalho de sala de aula é à base da construção do
processo de ensino e de aprendizagem. Têm-se a possibilidade de fazer exatamente o
ponto de partida e o ponto de chegada de cada tema abordado no Curso.
Sendo o ensino e a aprendizagem um processo ativo e coletivo, devem-
se levar em conta as interações aluno – aluno, aluno – professor, professor – aluno. É
necessário considerar o mundo onde os alunos estão inseridos, sua realidade próxima ou
distante, os objetivos e fenômenos que movem sua curiosidade, estudando a Física num
contexto abrangente, libertando-se do estudo dessa disciplina apenas com
demonstrações algébricas.
Os recursos que poderão ser utilizados são: aulas expositivas sobre os
temas centrais, trabalhos de campo com observações. No caso da Astronomia: uso das
TVs pen drives; jornais com temas abordando notícias científicas; aulas práticas no
laboratório: interpretações de textos; resoluções de problemas e exercícios.
A resolução de problemas tem sido uma importante ferramenta no
aprendizado das ciências tidas como exatas, portanto o ensino da física se baseará nas
técnicas de resolução de problemas e modelagens, possibilitando ao educando
desenvolver suas estratégias de resolução e em consequência o crescimento de seu
conhecimento, tornando-o útil a comunidade em que está inserido, não só do ponto de
vista individual, mas também no coletivo, criando ambientes favoráveis para que
tenhamos uma sociedade mais justa.
Baseado na Lei 10639/03, deverão ser contemplados tópicos sobre as
contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços da ciência e
da tecnologia. A Lei 11645/08- História e Cultura dos povos Indígenas. Política Nacional
de Educação Ambiental: Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento
à violência e ao uso indevido do drogas.
235
4 AVALIAÇÃO
O resultado, a observação e a concepção do conhecimento devem ser
diagnosticados durante avaliação. A avaliação deve ser um processo contínuo e
cumulativo, levando-se em conta os pressupostos teóricos da disciplina.
A avaliação se caracteriza como um processo que objetiva explicitar o
grau de compreensão da realidade, emergentes na construção do conceito. Isto ocorre
com o confronto de textos, trabalhos em grupo, avaliações escritas com questões abertas
e fechadas, relatórios das experimentações e feiras de ciência.
A avaliação deve servir também para que o professor avalie seu próprio
trabalho, tendo parâmetros que o auxiliarão na construção do conhecimento de todos os
envolvidos nesse processo de crescimento.
Sendo a recuperação um instrumento que possibilita um esforço de
retomar o conteúdo, de modificar encaminhamentos metodológicos, para assegurar a
possibilidade de aprendizagem, será aplicado recuperações paralelas como oportunidade
de refazer relatórios, refazer avaliações orais e escritas tão logo sejam observados
rendimentos abaixo do planejado, oportunizando ao educando desenvolver todas as suas
potencialidades.
4.1 Critérios de avaliação
A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de
ensino e aprendizagem planejada;
A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
A compreensão de conceitos físicos presentes em textos científicos;
A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos,
as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento.
REFERÊNCIAS
GREF. Física 1/ 2/ 3. EDUSP: 1991.
236
MENEZES, L.C. A Matéria. São Paulo, SBF, 2005.
PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Física para a Educação Básica do Estado
do Paraná, SEED: 2008.
PARANÁ/SEED. Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio –
Documento elaborado para elaboração do projeto. Curitiba: SEED, 1994.
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO. SEED-PR
237
GEOGRAFIA
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Geografia surgiu na Antiga Grécia, e foi considerada por alguns
estudiosos como uma das mais antigas disciplinas, sendo no começo chamado de história
natural ou filosofia natural.
Grande parte do mundo ocidental conhecido era dominada pelos gregos,
em especial o leste do Mediterrâneo. Sempre interessados em descobrir novos territórios
de domínio e atuação comercial, era fundamental que conhecessem o ambiente físico e
os fenômenos naturais. O céu claro do Mediterrâneo facilitava a vida dos navegantes
gregos, sempre atentos às características dos ventos, importantes para sua navegação
em termos de velocidade e segurança. Sobre tais experiências, os gregos deixaram para
as futuras gerações escritos que contavam a sua vivência geográfica.
Com o colapso do Império Romano, os grandes herdeiros da geografia
grega foram os árabes, estes acabaram recuperando e aprofundando o estudo da
geografia. Já no século XV, viajantes como Bartolomeu Dias e Cristóvão Colombo
redescobririam o interesse pela exploração, pela descrição geográfica e pelo
mapeamento. Estudiosos importantes da época se empenharam no estudo das várias
áreas da geografia. A geografia social, por exemplo, recebeu a dedicação de nomes como
Goethe, Kant, e Montesquieu, preocupados em estabelecer em seu estudo a relação
entre a humanidade e o meio ambiente. A geografia recebeu novas subdivisões, entre as
quais, a geografia antropológica e a geografia política.
Por volta do século XIX, surgia a Escola Alemã, apresentando o
determinismo, que suportava a ideia de que o clima era capaz de estimular ou não a força
física e o desenvolvimento intelectual das pessoas. Assim, afirmava que nas zonas
temperadas a civilização teria um desenvolvimento mais elevado do que nas quentes e
úmidas zonas tropicais. Já nos anos 30, a Escola Francesa lançava o possibilismo, que
afirmava que as pessoas poderiam determinar seu desenvolvimento a partir de seu
ambiente físico, ou seja, sua escolha, determinaria a extensão de seu avanço cultural.
Segundo as DCEs:
A institucionalização da Geografia no Brasil consolidou-se apenas a partir da década de 1930, quando as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e escrever o território brasileiro com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado, na perspectiva do nacionalismo econômico. Para efetivar as ações relacionadas com aqueles objetivos, tais como a
238
exploração mineral, o desenvolvimento da indústria de base e das políticas sociais, fazia-se necessário um levantamento de dados demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do país. (2008,p.42)
Chegaram os anos 60 com todas as suas revoluções, e o desejo de fazer
da geografia um estudo mais científico, mais aceito como disciplina, levaram à adoção da
estatística como recurso de apoio. No final da década, duas novas técnicas de suma
importância para a geografia começavam a ser desenvolvidas: o computador eletrônico e
o satélite, dando nova ênfase à disciplina.
Assim, entende-se que o objeto de estudo da Geografia é o espaço
geográfico que é histórico e socialmente produzido, o mesmo é divido em: espaço
geográfico natural e espaço geográfico cultural ou construído. Seu entendimento exige
por sua vez, a compreensão das relações que os homens estabelecem entre si e com a
natureza. Podemos afirmar que o espaço geográfico é o “palco” das relações humanas,
pois o homem habita a superfície e usufrui de tudo que a natureza fornece.
O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao longo da história vão sendo substituídos por objetos técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina. (SANTOS, 1996, p. 51)
A geografia é uma ciência que se ocupa da análise da formação das
diversas configurações espaciais, distinguindo-se das demais ciências na medida em que
se preocupa com localização de processos espaciais. Realiza, portanto o estudo da
sociedade pela organização espacial. Para a compreensão desse espaço a disciplina de
geografia deve possibilitar um ensino que contemple o aluno como um todo, que entenda
a relação homem X natureza, sociedade e suas reais necessidades. O objetivo da
disciplina de geografia deve ser o de identificar e avaliar as ações dos homens em
sociedade, conhecer o funcionamento da natureza, compreender até que ponto a
modernidade e suas tecnologias interferem na vida do homem proporcionando melhorias
ou causando profundas desigualdades sociais. A Geografia tem lugar privilegiado na
construção, pelo aluno, do conhecimento do espaço historicamente produzido. E o estudo
da geografia é fator determinante para a formação de um aluno cidadão, na medida em
que permitir a ele apropriar-se desse conhecimento e compreender criticamente sua
realidade e suas possibilidades de agir na transformação de um mundo com relações
mais justas e solidárias.
239
Portanto, o campo de preocupação e estudo da geografia é o
conhecimento científico do “espaço geográfico”, e para entende-lo, é necessário conhecer
as dimensões econômica, política, cultural, demográfica e socioambiental . Para isso
devemos refletir sobre o nosso mundo, compreendendo-o do âmbito local até o nacional e
o planetário. E a disciplina de Geografia é um instrumento indispensável para
empreendermos essa reflexão.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Nestas Diretrizes Curriculares são apresentados quatro conteúdos
estruturantes fundamentados na história da geografia, base estrutural de integração
conceitual para a disciplina de Geografia no Ensino Fundamental e Médio.
1 - Dimensão econômica do espaço geográfico
2 - Dimensão política do espaço geográfico
3 - Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
4 - Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
1 - Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental.
6° ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço
geográfico
Formação e transformação das paisagens
naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e
produção.
A formação, localização, exploração e
utilização dos recursos naturais.
240
Dimensão política do espaço
geográfico
Dimensão cultural e demográfica
do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do
espaço geográfico
A distribuição espacial das atividades
produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
As relações entre campo e a cidade na
sociedade capitalista.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
população.
A mobilidade populacional e as manifestações
socioespaciais da diversidade cultural.
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
7° Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço
geográfico
Dimensão política do espaço
geográfico
A formação, mobilidade as fronteiras e a
reconfiguração do território brasileiro.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e
produção.
As diversas regionalizações do espaço
brasileiro.
As manifestações socioespaciais da
241
Dimensão cultural e demográfica
do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do
espaço geográfico
diversidade cultural.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
população.
Movimentos migratórios e suas motivações.
O espaço rural e a modernização da
agricultura.
A formação, o crescimento das cidades, a
dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
A distribuição espacial das atividades
produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
A circulação de mão-de- obra, das mercadorias
e das informações.
8° Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço
geográfico
Dimensão política do espaço
geográfico
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios do continente
americano.
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
O comércio em suas implicações
242
Dimensão cultural e demográfica
do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do
espaço geográfico
socioespaciais.
A circulação da mão-de-obra, do capital, das
mercadorias e das informações.
A distribuição espacial das atividades produtivas,
a (re)organização do espaço geográfico.
As relações entre o campo e a cidade na
sociedade capitalista.
O espaço rural e a modernização da
agricultura.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações sociespaciais da diversidade
cultural.
Formação, localização, exploração e utilização
dos recursos naturais.
9º Ano
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço
geográfico
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
243
Dimensão política do espaço
geográfico
Dimensão cultural e demográfica
do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do
espaço geográfico
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
A revolução tecnicocientífico-informacional e os
novos arranjos no espaço da produção.
O comércio mundial e as implicações
socioespaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
população.
As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
Os movimentos migratórios mundiais e suas
motivações.
A distribuição das atividades produtivas, a
transformação da paisagem e a (re)organização
do espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e
produção.
O espaço em rede: produção, transporte e
comunicações na atual configuração territorial.
- Conteúdos Básicos / Ensino Médio.
244
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço
geográfico
Dimensão política do espaço
geográfico
Dimensão cultural e demográfica
do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do
espaço geográfico
- As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
- A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
- A revolução tecnicocientífico-informacional e
os novos arranjos no espaço da
produção.
- O comércio mundial e as implicações
socioespaciais.
- A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios.
- A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos
da população.
- As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
- Os movimentos migratórios mundiais e suas
motivações.
- A distribuição das atividades produtivas, a
transformação da paisagem e a ---
(re)organização do Espaço geográfico.
245
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e
produção.
- O espaço em rede: produção, transporte e
comunicações na atual configuração territorial.
- A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
população.
- Os movimentos migratórios e suas
motivações.
- As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
- O comércio e as implicações socioespaciais.
- As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
- As implicações socioespaciais do processo de
mundialização.
- A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
3 METODOLOGIA
O ensino de Geografia busca instrumentalizar o educando para entender
a interação existente entre o homem e a natureza, coordenar informações, posicionar-se
246
diante delas e construir seus conhecimentos. Desta forma, deve possibilitar ao sujeito a
capacidades de situar-se no mundo participando de forma ativa na sociedade.
O estudo da Geografia, considerado como método interdisciplinar, pode
constituir um elo entre as disciplinas da área das Ciências Humanas e suas tecnologias,
para isso, utilizará uma diversidade de métodos, produzindo novos documentos e
mentalidades sobre determinado espaço ou fenômeno espacial.
O professor de geografia responsável pela mediação entre conhecimento
científico representado por conceitos e modelos e as concepções alternativas dos
estudantes deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos que utilizem recursos
diversos, planejados com antecedência, para assegurar a interatividade no processo
ensino aprendizagem e a construção de conceitos de forma significativa para os
estudantes.
Diante da importância da organização do plano de trabalho docente e da
existência de várias estratégias a serem utilizadas em aula, entendem-se que a opção por
uma delas tão somente, não contribuem para um trabalho pedagógico de qualidade. É
importante que o professor tenha autonomia para fazer uso de diferentes recursos e
estratégias de modo que o processo ensino aprendizagem em geografia resulte de uma
rede de interações sociais entre estudantes, professores e o conhecimento científico
escolar selecionado para o trabalho em um ano letivo.
Ao desenvolver as ações metodológicas, não se deve discutir em que
ordem se trabalhará: se primeiro o meio físico e depois o humano ou inverso. Devemos
trabalhar, na medida do possível, a sociedade, a economia, a política, a natureza de
forma articulada e contextualizada, considerando, que cada conceito geográfico se
constitui em diferentes momentos históricos, em função das transformações sociais,
políticos e econômicas.
Nesta perspectiva conduziremos o processo ensino aprendizagem com as
seguintes metodologias:
• Observações.
• Fontes textuais (jornais, revistas, livros, internet);
• Programas de televisão e vídeo;
• Saber vivencial de profissionais especialistas, através de palestras e
entrevistas;
247
• Aulas expositivas e dialogadas;
• Trabalhos e dinâmicas em grupos;
• Passeios ecológicos e informativos.
• Painéis e mostras de trabalhos;
• Leitura e interpretação de textos.
Para o desenvolvimento das atividades, os professores poderão utilizar os
mais variados recursos pedagógicos e tecnológicos, como por exemplo: TV multimídia,
laboratório de informática, atlas geográfico, mapas, etc.
No âmbito das relações contextuais, o professor de Geografia deve prever
a abordagem da História e Cultura afro-brasileira e Africana nos currículos da Educação,
que foi contemplada com a lei 10.639/03 que garante os direitos dos cidadãos afro-
brasileiros e seus descendentes bem como a lei 11645/08 da História e Cultura dos Povos
Indígenas e a lei 9795/99 da Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e
Direitos Humanos; Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao
uso indevido de drogas.
As estratégias de ensino e os recursos pedagógicos tecnológicos e
instrucionais são fundamentais para a prática docente do professor . Além disso
contribuem de forma significativa para melhorar as condições de aprendizagem aos
estudantes.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação precisa ser entendida como um instrumento de compreensão
do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados, o
conhecimento. A ação necessita ser contínua, pois o processo de construção de
conhecimentos dará muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e
dificuldades dos alunos e assim, rever sua prática e redirecionar as suas ações.
A ação avaliativa é importante no processo ensino aprendizagem, pois
pode propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o
estudante aprende. Para que tal ação torne-se significativa o professor precisa refletir e
planejar sobre os conhecimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da
avaliação tão somente classificatória e excludente.
248
A avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante,
construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes
estratégias que envolvem recursos pedagógicos e instrucionais diversos. É fundamental
que se valorize, também, o que se chama de “erro”, de modo a retomar a compreensão
(equivocada) do estudante por meio de diversos instrumentos de ensino e de avaliação.
Cada instrumento de avaliação possui suas vantagens e desvantagens,
cabendo ao professor a escolha mais adequada. Por meio de cada instrumento avaliativo,
o aluno pode expressar os avanços na aprendizagem porque interpreta, produz, discute,
relaciona, analisa, justifica, posiciona-se e argumenta, defende o próprio ponto de vista.
Sendo eles: prova oral e escrita, auto avaliação, trabalhos de pesquisas, atividades
diárias, painéis, debates, grupos de estudo, seminários, trabalho integrado, textos
diversos, etc.
É imprescindível a coerência entre o planejamento das ações
pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo avaliativo para
que os critérios de avaliação estejam ligados aos processos de ensino aprendizagem
quanto:
- O aluno, e ou a turma, compreende a necessária relação entre os
conhecimentos físicos, econômicos, culturais, políticos e sociais para a explicação dos
fenômenos naturais envolvidos neste conteúdo específico;
- De que forma o aluno se apropriou deste conhecimento científico;
- O aluno, e ou a turma, consegue relacionar os aspectos sociais,
políticos, econômicos, éticos e históricos envolvidos.
Enfim, avaliar no ensino de geografia implica intervir no processo ensino
aprendizagem do estudante para que ele compreenda o real significado dos conteúdos
científicos escolares e o objeto de estudo de geografia, visando uma aprendizagem
realmente significativa para sua vida. O sistema de avaliação adotado neste
estabelecimento de ensino é trimestral e será composto pela somatória da nota 5,0
referente a atividades diversificadas, mais a nota 5,0, proveniente de uma prova escrita,
totalizando nota final 10,0.
A recuperação de estudo é direito do aluno, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos.
A recuperação ocorrerá de duas formas:
249
a) com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos
instrumentos de avaliação;
b) com a reavaliação do conteúdo já “reexplicado” em sala de aula;
Na promoção ou certificação de conclusão, a média final mínima exigida é
de 6,0, e frequência mínima de 75%.
REFERÊNCIAS
Livro didático ; Geografia – Fronteira da Globalização – Geografia Ensino Médio.
Almeida, Lúcia Marina Alves de Fronteiras da Globalização/ Lúcia Marina Alves, Tércio
Barbosa Rigolin – São Paulo; Ática, 2010.
PARANÁ. Projeto Político Pedagógico – Colégio Antônio Racanello Sampaio,2011.
PARANÁ. Regimento Escolar – Colégio Antônio Racanello Sampaio, 2011.
Cadernos Temáticos História da Cultura Afro- Brasileira e Africana – Lei n. 0639/03
Educação do Campo e Educação Ambiental.
ANDRADE, M.C. de Geografia Ciência da Sociedade. São Paulo: Atlas. 1987.
ASARI, Alice Y; ANTONELLO. I.T.; TSUKAMOTO. R.Y. (org). Múltiplas geografias:
ensino-pesquisa-reflexão. Londrina. Edições humanidades, 2004.
CHESNAY, François. A mundialização do Capital- Xamã- S. P. 1996.
CHRSITOFOLETTI. A. (org.) Perspectivas da geografia. São Paulo: Difel, 1982.
CORREA, R.L. Região e organização espacial. São Paulo. Ática, 1986.
HARVEY, David. A Condição Pós-Moderna, Edições Loyola, 2ª edição. S.P. 1993.
LUCCI, Elian Albi. Geografia- O homem no espaço global- Saraiva- 1999.
MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. In: Revista Terra Livre, nº 16, AGB
Nacional, 2001, p. 113.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. DCE Geografia. Curitiba, Memvavmem
editora. 2008.
SANTOS, Milton. A aceleração contemporânea: tempo mundo e espaço mundo, O
Novo mapa do Mundo, Fim de Século e Globalização, Editora Hucitec- Anpur. São Paulo,
1994.
250
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço. Técnica e tempo. Razão e Emoção, São
Paulo: Hucitec, 1996.
Site consultado.
http://acienciageograficatoco.blogspot.com.br/2010/04/pequena-historia-da-geografia.html
acess0 em 29/05/2012
251
HISTÓRIA
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A partir da primeira metade do século XIX houve a preocupação de criar
uma genealogia ou história da nação, porém, com base numa matriz curricular
nitidamente eurocêntrica, partindo da Antiguidade Clássica como berço do cristianismo,
da formação das nações europeias: desde as primeiras monarquias à história política e
biográfica moderna e contemporânea. O ensino enfatizava a história política de Portugal e
sua relação com o Brasil.
Em linhas gerais, o ensino de história ao longo da República Velha tendeu
a se voltar mais para o estudo da história política europeia e brasileira, desconsiderando
os movimentos de resistência popular. Refletindo assim a política da República das
Oligarquias, na qual a questão social foi tratada como caso de policia. Já nas décadas de
1930 e 1940, em pleno momento de forte intervenção do Estado varguista em todos os
setores da sociedade brasileira, difundiu-se a tese da “democracia racial” expressa
principalmente em programas e livros didáticos de ensino de História. Esta tese, proposta
por alguns interpretes da obra histórica de Gilberto Freire, defendia que na constituição
sócio-genética do povo brasileiro predominava a miscigenação e a ausência de
preconceitos raciais e étnicos.
No pós-guerra e no contexto da democratização do país (1945-1960),
com o fim da ditadura Vargas, a disciplina de história passou a ser novamente objeto de
debates quanto as suas finalidades e relevância na formação política dos alunos. Vale
lembrar que foi também um período muito rico na produção historiográfica, na esteira da
década 30 e 40, de se pensar o Brasil, presente nos estudos de Celso Furtado, que
levantou a questão dos ciclos econômicos.
Como vivíamos sob a política nacional-desenvolvimentista de Getúlio
Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart, o ensino tende também aos estudos
históricos da economia brasileira, no entanto, transmitindo de forma reducionista e
mecânica a análise dos ciclos econômicos do açúcar, mineração e do café. No entanto, a
história factual, linear e política herdada do século XIX ainda se mantinham presente nas
escolas, pois estas ficaram gradualmente mais acessíveis aos filhos dos trabalhadores a
partir da década de 1960.
252
Neste momento discutido acima, podemos considerar, contudo, um
avanço, mesmo tímido, a entrada em cena do povo brasileiro no ensino da história. Pois o
contexto era de grande mobilização e de organização social através do sindicalismo, das
ligas camponesas, do movimento estudantil e das camadas médias urbanas, em torno
das reformas sociais propostas. Mesmo assim, em linhas gerais o ensino ainda
continuava tradicional, factual e linear.
Com a deflagração e institucionalização da ditadura militar a partir de
1964, houve uma grande retração da organização social fruto da repressão e da censura.
Neste momento, o povo foi retirado da cena política brasileira , e o ensino de história, que
tímida e pontualmente, procurava contrapor-se ao tradicionalismo foi contido pela
ideologia militar da ordem, do civismo, e da segurança nacional no contexto maniqueísta
da guerra fria. Em decorrência disto várias reformas educacionais foram implementadas
com um caráter tecnicista, em conformidade com a inserção do Brasil na divisão
internacional do trabalho da década de 60 e 70 enquanto economia primário-exportadora.
Nesse sentido, a partir da década de 1970, o ensino de história e de geografia foi
preterido em nome da implementação da generalidade dos Estudos Sociais, bem como
de uma formação profissional superficial, que acabou causando fortes prejuízos na
formação dos alunos. O ensino de Estudos Sociais e de Educação Moral e Cívica (EMC)
enfatizava o estudo via círculos concêntricos (do local para o universal), a história
patriótica, tradicional, excluindo o aprofundamento dos conflitos de classes sociais, ao
longo da História Geral e do Brasil, principalmente mais recente.
A partir da década 80, com a derrubada política da ditadura militar e o
início do processo de redemocratização da sociedade brasileira, e ensino de Estudos
Sociais, que já era radicalmente contestado na década anterior, tanto pela academia,
quanto pela sociedade organizada, passa lentamente a ser substituído pela instituição da
disciplina de História. Esta procurando aproximar o ensino da investigação histórica com o
universo da sala de aula.
Posteriormente à segunda metade da década de 1980 e anos 1990
crescem os debates em torno das reformas democráticas na área educacional, que
acabam estimulando propostas de revisões no ensino de História, contrárias às
tendências eurocêntricas, factuais, cívicas e positivistas do tradicionalismo na área. Essa
discussão entre a academia de História e o ensino foi resultado da restauração das
liberdades individuais e coletivas no país, levando à produção diferenciada tanto de
materiais didáticos, para didáticos e principalmente de novas propostas curriculares na
área. Propostas estas, como o Currículo Básico do Ensino Fundamental e particularmente
253
de História para o Ensino Médio do Paraná, embasadas claramente na pedagogia
histórica-crítica dos conteúdos desenvolvida por Demerval Saviani entre outros, a partir da
sua interpretação do materialismo histórico e dialético.
Nesse contexto, a proposta curricular de História para o Ensino Médio
apontava para a organização dos conteúdos, a partir do estudo da formação do
capitalismo no mundo ocidental e a inserção do Brasil neste quadro, de forma integrada.
A disposição mantinha, contudo, a linearidade e a cronologia através de um recorde
histórico voltado ao aluno (a) que na sua grande maioria, entende-se, há estava
incorporado ao mundo do trabalho. Objetivando o aluno (a) compreender a formação
social do capitalismo ocidental e intervir na sua realidade, enfim tornando-se um sujeito
histórico.
Em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio
(PCNEM), especificamente o de História, apesar de serem impostos ao sistema escolar
nacional e paranaense, por uma política educativa baseada no ideário neoliberal, tiveram
o mérito de incorporar na sua proposta curricular a abordagem referente à Nova História.
E, mais especificamente à Nova História Cultural, valorizando, assim, problemáticas
referentes ao cotidiano, à memória, à cultura voltada para as práticas culturais e
identidades coletivas e individuais. Contudo, ao tentar articular estes elementos históricos
com as competências e habilidades na Área de Ciências Humanas, os PCNEM entram
em contradição, pois apontam para que a disciplina seja somente um instrumento de uma
interdisciplinaridade sem uma história nem referenciais teóricos definidos, causando o
esvaziamento de seus conceitos e conteúdos. Além disso, os conceitos históricos estão
desarticulados entre si fazendo com que o ensino de História, nestes moldes, perca, em
boa medida, o seu caráter de produção do conhecimento histórico realizada por sujeitos
sociais (alunos [as] e professores [as]).
A partir de 2003 e 2004, propõe-se como uma crítica e uma busca da
superação em relação à proposta advinda dos PCNEM, pois ele entende que o
conhecimento histórico é selecionado e construído na relação entre as experiências
sociais dos sujeitos (acontecimentos, comportamento, apropriações) e as estruturas
sócio-históricas, a partir da utilização rigorosa de conceitos historiográficos no processo
de investigação que permitiam compreender os espaços de atuação social destes
agentes históricos. Entenda-se que este rigor deve estimular a criação de novas
significações ou sentidos no universo da disciplina de História através da produção de
narrativas históricas.
254
Através da formação continuada oferecida pela SEED, e por meio das
Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica para o Ensino de História
que propõe essa nova visão do contexto histórico buscando uma reflexão das dimensões
políticas, econômicas, culturais e sociais, bem como relações de trabalho, de poder e
relações culturais.
Essa reflexão nos levou a elaborar a presente proposta, incluindo as Leis
10.639/03, 13.381/01, 11.645/08 e 9.795/99, que tornam obrigatório o ensino de Cultura
Afro, História do Paraná, Educação Escolar Indígena e a Educação Ambiental,
respectivamente.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
São assim definidos os saberes ou conhecimentos de grande amplitude,
que definem e organizam os diferentes campos de estudos da disciplina História,
estipulados como: relações de trabalho, relações de poder e relações culturais.
Relações de Trabalho: trata dos procedimentos, através do tempo, para a
produção de meios de subsistência ou de lucratividade através do trabalho e de seu
gerenciamento, de forma coletiva ou segmentada dentro de uma determinada sociedade,
abordando as consequentes imposições e resistências entre os diferentes grupos
relacionados por meio do trabalho.
Relações de Poder: vinculada à dimensão política, leva em conta a
relação do poder instituído com seus subordinados bem como as relações de micro
poder, onde, em um contexto potencialmente menor, existem relações de superioridade
hierárquica conflitantes.
Relações Culturais: compreende o conjunto de significados conferidos
pelo homem para dar explicações às questões referentes ao mundo que o cerca.
Valoriza as diversidades entre as sociedades e valoriza cada elemento
cultural de forma sistêmica, dentro de um conjunto de elementos se complementam
gerando a já mencionada significação do mundo que nos cerca.
ENSINO FUNDAMENTAL - 6º ANO – Os Diferentes Sujeitos Suas
Culturas Suas Histórias
CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
255
ESTRUTURANTES BÁSICOS
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
A experiência humana no tempo. Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo. As culturas locais e a cultura comum.
Produção do Conhecimento Histórico Fontes históricas Sujeito da História 1. O historiador e a produção do conhecimento O tempo na História Surgimento do homem Formação das cidades Centralização Política O homem na América e no Brasil A pré História no Paraná Mesopotâmia O Egito – o Faraó governa Império Chinês Civilização indiana Áreas do conhecimento histórico Colocando o tempo em ordem Os séculos Períodos da Pré-história Trabalho e organização As primeiras cidades O comércio Povos caçadores, coletores e agricultores A importância dos rios nas primeiras civilizações (Egito e Mesopotâmia) O trabalho servil e o trabalho escravo nas sociedades egípcia e mesopotâmica As revoltas escravas. Instrumentos de medição do tempo Calendários Evolução do homem e mudanças na vida social Surgimento da escrita A religião nas sociedades primitivas (Egito, Mesopotâmia, China, Índia, Fenícios e Hebreus). Sítios arqueológicos, sambaquis no Paraná As antigas moradias A importância do faraó no Egito O cotidiano do povo egípcio Povos que formavam a Mesopotâmia.
256
Povo Fenícios, Hebreus e as Civilizações Gregas e Romanas. Fenícios e Hebreus A vida política na Grécia A aristocracia e a democracia Esparta e Atenas Polis – cidades- estados Organização política e social de Roma República Romana Império Romano A crise no império romano A sociedade e a cultura da Grécia e Roma A vida cotidiana na Grécia e Roma A guerra do Peloponeso A ruralização da Europa A educação do campo no Paraná A divisão do Império Romano O império Romano do oriente Cultura Afro-brasileira Filosofia e Ciência grega Filosofia e Ciência Grega Mito e religião na Grécia A arte grega A sociedade e cultura romana Cristianismo e as perseguições religiosas A pax romana. O alfabeto Fenício O monoteísmo hebraico
Conteúdos Sócio educacionais
Cidadania e direitos humanos Educação Fiscal Programa de Saúde na Escola Enfrentamento à violência Prevenção ao uso indevido de drogas Educação ambiental Gênero e diversidade Educação do campo História e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) História e cultura afro-brasileira e africana (Lei 10.639/03)
257
ENSINO FUNDAMENTAL: 7°ANO – A Constituição Histórica do Mundo
Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
As relações de propriedade. A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. As relações entre o campo e a cidade. Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
Dos povos germânicos ao Feudalismo Germânicos no poder A dinastia merovíngia Império Carolíngio Feudalismo, origem e organização Os árabes e a Arábia Alianças entre reis e Papas Reinos africanos Império chinês Mudanças na Europa A formação das monarquias nacionais O Poder da Igreja na Idade média A crise nas instituições feudais O Renascimento Reforma protestante e a Contra-reforma Enfraquecimento Carolíngio Economia agrária Surge o Islamismo A África das sociedades tribais A importância do comércio e da agricultura O crescimento do comercio e das cidades Peste Negra e as revoltas camponesas O crescimento comercial O Renascimento e suas características A arte românica A escultura e a pintura As escolas monásticas e eclesiásticas A religião Meca O Nascimento do islamismo A arte e seus materiais Os avanços tecnológicos A saúde pública O saber e as universidades A literatura
258
Novos meios de divulgação Diversidade cultural Brasil exploração colonial A exploração dos impérios coloniais A colonização portuguesa no Brasil Administração e principais órgãos administrativos O controle da metrópole no Brasil A colonização no Paraná A união ibérica e a invasão holandesa no Brasil Crises e rebeliões na colônia A Europa se divide- surge as monarquias A conquista do território na América Latina As Cruzadas Civilizações, Asteca, Incas e Maias A invasão holandesa no Brasil As atividades econômicas na colônia Exploração do trabalho indígena e escravidão africana A vida nos engenhos Holanda e Portugal: parceiros nos negócios açucareiros Guerras de expulsão A conquista do sertão Europa: nobre e mercantil A expansão marítima portuguesa As feitorias na América Portuguesa A conquista espanhola das civilizações Pré-colombiana A economia açucareira. Escravidão: captura, resistência e luta A convivência entre senhores e escravos
259
Cultura afro Africana e afro brasileira. Uma sociedade miscigenada Sincretismo religioso Os Jesuítas e as missões jesuíticas A educação indígena Crise e rebeliões na colônia Encontro e desencontro entre culturas ibéricas e ameríndias Diversidade cultural.
Conteúdos Sócio educacionais
Cidadania e direitos humanos Educação Fiscal Programa de Saúde na Escola Enfrentamento à violência Prevenção ao uso indevido de drogas Educação ambiental Gênero e diversidade Educação do campo História e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) História e cultura afro-brasileira e africana (Lei 10.639/03)
ENSINO FUNDAMENTAL 8ºANO – O Mundo do Trabalho e os
Movimentos de Resistência.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
História das relações da humanidade com o trabalho. O trabalho e a vida em sociedade. O trabalho e as contradições da modernidade. Os trabalhadores e as conquistas de direito.
A indústria moderna e o trabalho fabril Transição entre o sistema de manufaturas para o sistema industrial Enclosures (Lei dos Cercamentos) Racionalização da produção Formação das classes operárias na Europa Lutas trabalhistas (luddismo, cartismo, socialismos utópicos, Manifesto Comunista) A Internacional Socialista e a constituição das associações de trabalhadores O movimento anarquista O Imperialismo europeu
260
processo de colonização européia da África e da Ásia As relações econômicas no Brasil Imperial O desenvolvimento da economia do café: industrialização, ferrovias, portos e bancos A economia de subsistência e a ascensão da economia do mate na Província do Paraná A transição do trabalho escravo para o trabalho assalariado: migrações de escravizados e libertos e imigrações de europeus no Brasil Produção familiar dos imigrantes
A construção do Estado nacional brasileiro A estruturação do parlamentarismo às avessas e do poder moderador no Brasil Imperial Lei de Terras de 1850 Movimentos abolicionistas e republicanos Estrutura patriarcal de poder e os conflitos entre o poder local e poder central O processo de emancipação da Província do Paraná Imigração e colonização agrícola no Paraná A formação dos Estados Nacionais no século XIX A unificação de Itália e Alemanha Movimentos republicanos liberais no Brasil A guerra civil dos Estados Unidos da América A Doutrina Monroe A guerra do Paraguai
O conflito civilizacional no Brasil A legislação escravista Resistência e negociação dos escravizados: quilombos, alforrias, paralisações Movimento e discursos abolicionistas A ideologia do branqueamento da sociedade brasileira As transformações culturais na
261
Europa Ocidental A hegemonia da família nuclear (pai, mãe e filhos) Delimitação das fronteiras entre o público e o privado Romantismo em oposição ao Iluminismo O desenvolvimento da ciência experimental
Conteúdos Sócio educacionais
Cidadania e direitos humanos Educação Fiscal Programa de Saúde na Escola Enfrentamento à violência Prevenção ao uso indevido de drogas Educação ambiental Gênero e diversidade Educação do campo História e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) História e cultura afro-brasileira e africana (Lei 10.639/03)
ENSINO FUNDAMENTAL: 9º ANO - Relações de Dominação e
Resistência: a Formação do Estado e das Instituições Sociais
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
A constituição das instituições sociais. A formação do Estado. Sujeitos, Guerras e revoluções.
A Era do Imperialismo e a República no Brasil A era dos Impérios Proclamação da República: dos militares às oligarquias Coronelismo: política de compadrio, voto de cabresto A primeira guerra mundial A Revolução Russa A crise de 1929 Os regimes Totalitários A II Guerra Mundial A Guerra Fria Movimentos de contestação: revoltas militares, rurais messiânicas e urbanas O Paraná e a Guerra do Contestado Segunda Revolução Industrial Novas tecnologias Surgimento da Sociedade de
262
massa A questão escravista no Brasil imperial Revoltas urbanas e rurais Fatores da Primeira Guerra Mundial O fim da servidão na Rússia Imperial Violações de direitos humanos A adoção do New Deal Da cultura erudita para a cultura de massa A arte da vanguarda A arte e a cultura na Europa da década de 20 A Guerra mundial e as revoluções A Grande Guerra A Revolução Mexicana: a questão agrária na América Latina A Revolução Russa
O Mundo bipolar e a nova ordem Mundial A Guerra Fria Brasil : Período Getulista. O Estado Novo. Brasil: Período Democrático. Descolonização Afro-asiática e conflitos Árabe-israelenses. Guerra do Vietnã. Revoluções e crise do socialismo. O militarismo no Brasil. Fim do regime militar. A globalização e suas conseqüências. Nova constituição de 1934, e eleições. Trabalhismo e populismo. Nacionalismo. Desenvolvimento econômico e democracia. Ricos e pobres na globalização. Blocos econômico macrorregionais. Influência mundial dos Estados Unidos. Avanço tecnológico e problemas.
263
Revolução de 1930 Revolução Constitucionalista Intentona comunista O Brasil na nova ordem mundial Anos Dourados. A caminho da democracia plena. Surto racista. A pressão popular pela democracia. Cultura afro- brasileira Manifestações culturais no Brasil A revitalização do cinema A questão da fome e a responsabilidade social
Conteúdos Sócio educacionais
Cidadania e direitos humanos Educação Fiscal Programa de Saúde na Escola Enfrentamento à violência Prevenção ao uso indevido de drogas Educação ambiental Gênero e diversidade Educação do campo História e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) História e cultura afro-brasileira e africana (Lei 10.639/03)
ENSINO MÉDIO- 1º ANO – Dos primeiros humanos ao Estado Moderno
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de Trabalho Relações de Poder Relações de Cultura
A força do Conhecimento e da criatividade A Urbanização Direito e Democracia Diversidade Religiosa
A força do conhecimento e da criatividade: - África, berço da humanidade; - Agricultura e sedentarização; - Na terra dos Paleoíndios; A urbanização: - Povos da Mesopotâmia; - Egito: uma civilização no norte da África; - A civilização Chinesa; - As civilizações da Índia; - Os Fenícios, inventores do alfabeto; - O Império Persa; - Os Hebreus. Direito e Democracia:
264
Soberania e Estado Nacional
- A Grécia Antiga: formação; - A Grécia clássica; - O helenismo; - Os primeiros séculos de Roma; - A República em crise; - O Império Romano. Diversidade religiosa: - A Ásia em uma época esplendorosa; - O mundo árabe-muçulmano; - Os reinos africanos. - Inclusão do Projeto Afro, com ênfase na cultura, dança e culinária. - O Império Bizantino; - Os primeiros reinos medievais; - O feudalismo; - A igreja e seus poderes; - Comércio e cidades no fim da Idade Média; Soberania e Estado nacional: - A formação do Estado moderno; - A Revolução cultural do Renascimento; - A cristandade em crise; - As Grandes Navegações; - Os impérios coloniais;- O absolutismo monárquico. - Inclusão do Projeto sobre a Poetisa Helena Kolody; - Projeto Meio Ambiente.
ENSINO Médio: 2°ANO – O Mundo Moderno e a Sociedade
Contemporâneo
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de Trabalho Relação de Poder Relação de Cultura
Diversidade Cultural O Trabalho A Luta pela Cidadania
Diversidade cultural: - Civilizações americanas; - Pindorama e seus habitantes; - A conquista espanhola; - Portugal e sua colônia na América; - O Governo-Geral; O trabalho: - O lucrativo comércio de seres humanos; - Escravidão e resistência;
265
Política e Participação
- Açúcar e escravidão na colônia portuguesa; - O avanço da colonização; - O nordeste sob o domínio holandês; - Os bandeirantes. A luta pela cidadania: - O ”Século das Luzes”; - A Revolução Industrial; - A independência dos estados Unidos; - A Revolução Francesa; - A França Imperial; - A independência da América espanhola; - Ouro na colônia portuguesa; - Inclusão do Projeto Afro com ênfase na cultura,dança e culinária. - Insatisfação na colônia portuguesa; - O sonho da emancipação; Política e participação: - De colônia a sede do Império Português; - O Brasil torna-se independente; - O Primeiro Reinado (1822-1831); - As Regências (1831-1840); 1. Rebeliões provinciais. 2. Inclusão do Projeto da Poetisa Helena Kolody; 3. Projeto Meio Ambiente.
ENSINO Médio: 3º ANO – Do Século XIX aos Dias de Hoje
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
Terra e Meio Ambiente Ciência e Tecnologia Meios de Comunicação de Massa
Terra e meio ambiente:
- A Europa no século XIX;
- Estados Unidos:a escravidão
em xeque;
- O imperialismo e o
neocolonialismo;
- O Brasil sob dom Pedro II;
266
Violência Ética
- Café, uma nova riqueza;
- Liberdade e exclusão;
- A Proclamação da República;
Ciência e tecnologia:
- O mundo em transformação;
A Primeira Guerra Mundial;
- A Revolução Russa;
- O Brasil chega ao século XX;
- A República dos cafeicultores;
Meios de comunicação de
massa:
- A crise da República e a ruptura
de 1930;
- Estados Unidos: euforia,
depressão e recuperação;
- O totalitarismo;
- A Segunda Guerra Mundial;
- O Brasil sob Getúlio Vargas;
- A Guerra Fria.
- Inclusão do Projeto Afro,dando
ênfase na cultura,dança e
culinária.
Violência:
- O bloco comunista;
- A independência da África e da
Ásia;
- Ditaduras latino-americanas;
- Brasil:anos de democracia;
- O Brasil sob a ditadura militar;
Ética:
- Duas décadas de crise;
- O fim do bloco comunista;
- O conflito árabe-israelense;
- O mundo globalizado;
- Novos rumos para o Brasil.
267
- Inclusão do Projeto sobre a
Poetisa Helena Kolody;
- Projeto meio Ambiente.
4 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Na disciplina de História propõe-se uma metodologia que contribua para
que os alunos possam se apropriar dos fundamentos teóricos necessários para pensar
historicamente. Para que o pensamento histórico seja investigado nas aulas de História.
O método aplicado em sala de aula também deve considerar que as
ideias históricas dos alunos são marcadas pelas suas experiências de vida e pelos meios
de comunicação. Estas ideias costumam ter um caráter de pertencimento, porque é por
meio delas que os sujeitos estabelecem comunicação com o grupo ao qual pertence. Nas
narrativas históricas produzidas pelos educandos estão necessariamente presentes as
concepções históricas da comunidade em que eles pertencem, seja na forma de adesão e
essas ideias, seja na sua crítica.
As ideias históricas são conhecimentos que estão em processo de
constante transformação. O professor, ao considerar estas ideias, pode definir os
conteúdos específicos e temas a serem trabalhados em sala de aula, bem como
problematizá-los. Ao lançar da problematização, aliada à historiografia e ao trabalho com
documentos, permite-se ao aluno a compreensão da construção do conhecimento
histórico.
O professor deve estar esclarecido de que a produção do conhecimento
histórico e sua apropriação, pelos alunos, é processual e, deste modo, é necessário que a
construção do conhecimento histórico em questão seja constantemente retomado.
As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,
gravuras, museus, filmes e músicas são documentos que podem ser transformados em
materiais didáticos de grande valia na construção do conhecimento histórico; podem ser
aproveitados de diferentes maneiras em aula.
A proposta da seleção de temas é também pautada em relações
interdisciplinares considerando que é na disciplina de História que ocorre a articulação
dos conceitos e metodologias entre as diversas áreas do conhecimento. Assim,
268
narrativas, imagens e sons, pertinentes também a outras disciplinas, devem ser tratados
como documentos a ser abordados historiograficamente.
A metodologia aplicada na disciplina de História é objeto de estudo
acrescido de temáticas contemporâneas. Ela é destacada por um conjunto de princípios
que precisam ser observados pelo professor no tratamento desses conteúdos.
É necessário enfatizar e selecionar alguns temas gerais:
• Discussão da historicidade dos conteúdos, do contexto de sua
criação, fontes e métodos utilizados;
• Pluralidade cultural e respeito a culturas distintas;
• Postura investigativa do professor e do aluno, preferindo a busca
de informações, discussão e síntese à simples exposição dos
conteúdos; explicação simples dos conceitos fundamentais, que
devem explicar o objeto, sem pretensão de esgotar toda a
discussão teórica sobre os assuntos tralhados, de modo que estes
possam ser contemplados nas séries e estudos subsequentes;
explicação do passado em função dos problemas postos pelo
presente.
É importante destacar a obrigatoriedade da cultura afro-brasileira e
africana, conforme Lei 10.639/03; e da história e cultura dos povos indígenas, conforme
Lei 11.645/08, nos currículos da Educação Básica, valorizando a história e cultura de seus
povos, conforme estudo da herança de genes, cor da pele, tipos sanguíneos e uso de
plantas, culinária, entre outros.Lei nº 11.274/06 do desenvolvimeto sócioeducacional e a
Lei Caó 7.437/85 (lei da diversidade)
A Lei 9.795/99 afirma que “a educação ambiental é um componente
essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente de forma
articulada em todos os níveis e modalidade do processo educativo, em caráter formal e
não formal”.
A educação ambiental se manifesta na seleção dos conteúdos, na forma
do tratamento dos conteúdos, na relação dos conteúdos com a prática social dos
conteúdos, deve ser entendida como um processo histórico, que faz parte da caminhada
dos homens, na construção de sua humanidade.
Para o desenvolvimento do trabalho o professor deverá se valer da
exposição dos temas, debates, pesquisas bibliográficas, relatórios, análises de textos,
269
jornais, filmes, histórias em quadrinhos, músicas, paródias, charges, acrósticos e
maquetes.
5 AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem deve ocorrer de forma coerente, dentro da
concepção da Diretriz Curricular, para que a avaliação seja colocada a serviço da
aprendizagem, isto é, que venha a subsidiá-la e não constituí-la como um elemento
externo. Em outras palavras, refutam-se aqui avaliações de caráter classificatório,
autoritário e desvinculado dos conteúdos e concepções pedagógicas, em que a mesma
venha retratar e consolidar um modelo excludente de escola e de sociedade, que se quer
superar.
Para que a avaliação tenha realmente um caráter diagnóstico, seguiremos
os seguintes critérios:
Verificar se os alunos reconhecem as relações entre a sociedade, a
cultura e a natureza, no presente e no passado;
Constatar e reconhecer as diferenças e semelhanças entre as relações de
trabalho construídas no presente e no passado;
Reconhecer a diversidade de documentos históricos. Segundo os critérios
mencionados, a avaliação não só envolverá provas escritas e orais, mas também,
pesquisas, atividades individuais ou em grupo, relatórios, sínteses, seminários, num
processo contínuo e permanente, somativo, cumulativo e diagnóstico, para que possa
retratar o desenvolvimento da aprendizagem do aluno.
A avaliação deve ser realizada com sensibilidade e discernimento, sendo
ela processual, reflexiva, formativa e cumulativa, acontecendo de forma contínua,
interativa, participativa e diagnóstica, permitindo a construção da aprendizagem, sendo
considerado o histórico de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na
escola.
A recuperação de estudos ocorrerá de forma paralela, com a retomada de
conteúdos a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação, visando,
também, a reavaliação do conteúdo já reexplicados em sala de aula.
270
REFERÊNCIAS
COTRIM, Gilberto. História Geral e do Brasil. Editora Saraiva, 1999.
DCE – diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do
Paraná. Curitiba, 2006.
FONSECA, Thais Nivia de Lima e. História e Ensino de História. Belo Horizonte:
Autentica, 2003.
HAAG, Carlos. Nossa História. São Paulo, ano 3, n.29, mar/2006.
BRASIL. Lei – nº 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de
Educação. Cadernos Temáticos História da Cultura Afro- Brasileira e Africana. Ministério
da Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004.
LEI nº 13.381/2001. História do Paraná.
PROJETO ARARIBÁ. História Obra Coletiva. Editora Moderna, 2006.
271
LÍNGUA PORTUGUESA
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar os
currículos brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de há muito
organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor
desta disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.
Depois de institucionalizada como disciplina as primeiras práticas de
ensino moldavam-se ao ensino do Latim, para os poucos que tinham acesso a uma
escolarização mais prolongada. Tratava-se de um ensino eloquente, retórico, imitativo,
elitista e ornamental.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o
ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua
Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática, Retórica e
Poética, abrangendo esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo
gramatical ganhou a denominação de Português e, em 1871, foi criado, no Brasil, por
decreto imperial o cargo de professor de Português.
A Lei 5692/71 amplia e aprofunda esta vinculação dispondo que o ensino
devia estar voltado a qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorreu, para o ensino,
a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na Língua Portuguesa, estava pautada nas
teorias da comunicação, com um viés mais pragmático e utilitário do que com o
aprimoramento das capacidades linguísticas do falante, passou então a denominar-se
Comunicação e Expressão, nas quatro primeiras séries e Comunicação em Língua
Portuguesa, nas quatro últimas séries.
Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o
ensino de Língua Portuguesa pautava-se então, em exercícios estruturais, técnicas de
redação e treinamento de habilidades de leitura.
No que tange ao ensino da Literatura restringiu-se ao então segundo
grau, com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário.
Atualmente de acordo com as DCE o ensino de Língua Portuguesa e
Literatura requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela
272
discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na
construção de alternativas.
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva
nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de
língua, busca:
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber
adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções
implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de
um posicionamento diante deles;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por
meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus
objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;
• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando
que o aluno amplie seus conhecimentos linguísticos-discursivos;
• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade
de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a
expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;
• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar
acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos
discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a
linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se,
também, da norma padrão.
Discurso como prática social:
Os conteúdos serão aplicados nas práticas da oralidade, leitura e escrita.
A fala, a leitura e a escrita deverão ser trabalhadas juntas, já que uma atividade possibilita
a outra e vice-versa, permeadas pela análise linguística.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTE/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
Língua Portuguesa- Ensino Fundamental.
273
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.
Conteúdos Básicos
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS - 6 Ano
1. Adivinhas 2. Anedotas 3. Bilhetes 4. Cantigas de roda 5. Convites 6. Cartão 7. Aviso 8. Biografias 9. Autobiografia 10. Contos de fadas 11. Tirinhas 12. Lendas 13. Cartazes 14. Músicas 15. Piadas 16. Quadrinhas 17. Receitas 18. Trava-língua 19. Poemas 20. Cartum 21. Tiras 22. Classificados 23. Regras de jogo 24. Rótulos/embalagens 25. Fábulas 26. História em Quadrinho 27. Narrativas de Enigmas
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA, LEITURA E ORALIDADE- ANÁLISE LINGUÍSTICA
28. Tema do texto; 29. Papel do locutor e
interlocutor; 30. Finalidade do texto; 31. Argumentos do texto; 32. Elementos
extralinguísticos: entonação, pausa, gestos e outros;
33. Discurso direto e indireto; 34. Elementos
composicionais do gênero; 35. Léxico; 36. Adequação do discurso
ao gênero; 37. Turnos de fala; 38. Variações linguísticas; 39. Contexto de produção; 40. Informatividade; 41. Divisão do texto em
parágrafo; 42. Processo de formação
de palavras 43. Acentuação
gráfica/ortografia; 44. Concordância
verbal/nominal; 45. Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos, função de classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
GÊNERO TEXUAIS A SEREM TRABALHADOS – 7º Ano
46. Narrativa de aventura/ fantásticas/ míticas
47. Narrativas de humor 48. Crônica de ficção 49. Fábulas
PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA, ORALIDADE ANÁLISE LINGUÍSTICA
70. Tema do texto; 71. Papel do locutor e
interlocutor; 72. Finalidade do texto;
274
50. Músicas/ Letras de Música 51. Paródias 52. Lendas 53. Diário 54. Exposição oral 55. Debate 56. Causos 57. Comunicado 58. Provérbios 59. Notícia 60. Reportagem 61. Horóscopo 62. Manchete 63. Classificados 64. Fotos 65. Placas 66. Pinturas 67. Propagandas/slogan 68. Histórias em quadrinhos 69. Bulas
73. Argumentos do texto; 74. Intertextualidade; 75. Ambiguidade 76. Informações explícitas e
implícitas; 77. Elementos
extralinguísticos: entonação, pausas, gestos e outros;
78. Discurso direto e indireto;
79. Elementos composicionais do gênero;
80. Léxico; 81. Adequação do discurso
ao gênero 82. Turnos de fala; 83. Variações linguísticas; 84. Contexto de produção; 85. Informatividade; 86. Divisão de texto em
parágrafo; 87. Processo de formação
de palavras 88. Acentuação gráfica/
ortografia; 89. Concordância verbal/
nominal; 90. Marcas linguísticas:
coesão, coerência, repetição, gírias, recursos semânticos, função de classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
91. Semântica.
TRABALHADOS – 8 º Ano 1. GÊNERO TEXUAIS A SEREM
2. Contos populares 3. Contos 4. Memórias 5. Resumo 6. Debate 7. Palestras 8. Pesquisa 9. Relatório 10. Exposição oral 11. Mesa redonda 12. Abaixo-assinado 13. Entrevista (oral e escrita) 14. Seminário
PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA, ORALIDADE ANÁLISE LINGUÍSTICA
34. Conteúdo temático 35. Papel do locutor e
interlocutor; 36. Finalidade do texto; 37. Argumentos do texto; 38. Intertextualidade; 39. Vozes sociais presentes
no texto; 40. Ambiguidade; 41. Informações explicitas e
implícitas; 42. Elementos
extralinguísticos: entonação,
275
15. Carta ao leitor 16. Carta do leitor 17. Depoimento 18. Artigo de opinião 19. Cartum 20. Charge 21. Classificados 22. Anúncios 23. Crônica jornalística 24. Diálogo/discussão
argumentativa 25. Cartazes 26. Comercial para TV 27. Filmes 28. Resenha critica 29. Sinopses de filmes 30. Vídeo clip 31. Blog 32. Chat 33. Fotoblog
pausas, gestos e outros; 43. Discurso direto e
indireto; 44. Elementos
composicionais do gênero; 45. Relação de causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
46. Léxico; 47. Adequação do discurso
ao gênero; 48. Turnos de fala; 49. Variações linguísticas; 50. Contexto de produção; 51. Informatividade; 52. Divisão de texto em
parágrafo; 53. Acentuação
gráfica/ortografia; 54. Concordância
verbal/nominal; 55. Marcas linguísticas:
coesão, coerência, repetição, gírias, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
56. Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequencia do texto.
57. Semântica 58. - operadores
argumentativos; 59. - ambiguidade; 60. Sentido figurado; 61. Significado das palavras; 62. Expressões que
denotam ironia e humor no texto
GÊNERO TEXUAIS A SEREM TRABALHADOS – 9º Ano
1. Crônica de ficção 2. Literatura de Cordel 3. Memórias 4. Pinturas 5. Romances 6. Poesias 7. Músicas 8. Resumo 9. Paródias 10. Relatório 11. Cartazes
PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA, ORALIDADE ANÁLISE LINGUÍSTICA
32. Conteúdo temático 33. Papel do locutor e
interlocutor; 34. Intencionalidade do
texto; 35. Informatividade; 36. Argumentos do texto; 37. Conteúdo de produção; 38. Intertextualidade; 39. Discurso ideológico
276
12. Resenha 13. Seminário 14. Texto de opinião 15. Diálogo/discussão argumentativa 16. Carta ao leitor 17. Editorial 18. Entrevista 19. Notícia/reportagem 20. E-mail 21. Carta de reclamação 22. Carta de solicitação 23. Depoimentos 24. Ofício 25. Procuração 26. Leis 27. Requerimento 28. Telejornal 29. Telenovela 30. Teatro 31.
texto; 40. Vozes sociais presentes
no texto; 41. Elementos
extralinguísticos: entonação, pausas, gestos e outros;
42. Discurso direto e indireto;
43. Elementos composicionais do gênero;
44. Léxico; 45. Adequação do discurso
ao gênero; 46. Turnos de fala; 47. Variações linguísticas
(lexicais, semânticas, prosódias entre outras);
48. Relação de causa e consequências entre as partes elementos do texto;
49. Partículas conectivas do texto;
50. Progressão referencial do texto;
51. Divisão do texto em parágrafo;
52. Processo de formação de palavras
53. Acentuação gráficas/ortografia;
54. Concordância verbal/nominal;
55. Sintaxe de regência; 56. Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
57. Semântica (operadores argumentativos, modalizadores, polissemia)
58. Adequação da fala ao contexto (uso de gírias, repetições, etc.);
59. Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS NO ENSINO MÉDIO
PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA, ORALIDADE ANÁLISE LINGUÍSTICA
277
1. Contos 2. Crônicas 3. Contos de fada
contemporâneo 4. Textos dramáticos 5. Narrativas em Geral 6. Romance 7. Sinopses de Filmes 8. Charge 9. Cartum 10. Tiras 11. Novela Fantástica 12. Poemas 13. Fábulas 14. Textos argumentativos 15. Diários 16. Testemunhos 17. Biografia 18. Artigos de opinião 19. Carta de leitor 20. Carta ao leitor 21. Reportagem/Notícia 22. Manchete 23. Editorial 24. Letras de Música 25. Paródia 26. Propaganda/Slogan 27. Carta de emprego 28. Carta de reclamação 29. Carta de solicitação 30. Curriculum Vitae 31. Resumo 32. Resenha 33. Relatório Científico 34. Debate regrado 35. Diálogo/discussão
argumentativa 36. Júri simulado 37. Telejornal 38. Teatro
* A partir de determinados gêneros, o professor irá trabalhar as Escolas Literárias.
Conteúdo temático Papel do locutor e interlocutor; Intencionalidade do texto; Finalidade do texto;
Informatividade; Referência textual; Argumentos do
texto; Conteúdo de produção; Intertextualidade; Discurso ideológico no texto; Vozes sociais presentes no texto; Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, expressões faciais, corporal e gestual, entre outros;
Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do
gênero; Contexto de produção do texto
literário Progressão referencial; Léxico; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais,
semânticas, prosódias entre outras)
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto; Progressão referencial do texto; Divisão do texto em parágrafo; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica/ortografia; Concordância verbal/nominal; Sintaxe de regência; Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição, recursos semânticos, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.;
Semântica - Elementos semânticos.
- operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia Adequação da fala ao contexto
(uso de gírias, repetições, conectivos, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o
278
discurso oral e escrito; Vícios de linguagem;
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa segue os princípios de interação,
baseando-se nas Diretrizes Curriculares apresentando maneiras possíveis de se trabalhar
atendendo assim a uma perspectiva sócio interacionista, baseado nas teorias de Bakhtin.
Dessa forma, busca-se trabalhar a clareza de objetivos dos seus
conteúdos estruturantes e encaminhamentos necessários para uma prática
contextualizada e significativa para o aluno, considerando que a sala de aula é um
laboratório onde muitas coisas podem acontecer.
A prática de ensino está baseada na oralidade, leitura e escrita e análise
linguística sendo necessário trabalhar com temas a partir de leituras e estudos de
diferentes gêneros textuais, aproveitando o conhecimento intuitivo de maneira a despertar
o interesse, utilizando assim estratégias com o propósito de atingir uma meta determinada
visando à interdisciplinaridade e à contextualização e colocando estas linguagens em
confronto, não apenas as suas formas particulares ou composicionais, mas o próprio
conteúdo veiculados nelas. Uso da TV multimídia e laboratório de informática.
A Lei n.º 10.639/2003, que trata das Relações Étnico-Raciais e a História
da Cultura Afro-Brasileira e Africanas na escola ,A Lei Nº 11645/08_ História e Cultura
dos Povos Indígenas_, A lei Nº 9795/99_ Política Nacional de Educação Ambiental;
Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas serão trabalhados através de ações que propiciem
a informação adequada ao aluno para o conhecimento dos valores e cultura dos povos
africanos e indígenas e compreensão dos temas citados.
4 AVALIAÇÃO
O processo de avaliação será contextualizado dentro da realidade sócio-
econômica e cultural que cerca, para que esta seja alicerçada na vida do cidadão e suas
necessidades que englobam a expressão oral, escrita, leitura e interpretação textual,
como as produções orais e escritas, análise linguística abrangendo a oralidade, a leitura e
a escrita dentro de situações reais e/ou criadas em sala de aula.
279
Serão avaliadas as práticas da oralidade, onde se considerará a
participação nos diálogos, relatos e discussões e a clareza que o aluno mostrar ao expor
suas ideias através da fluência.
Na prática da leitura, o professor avaliará as estratégias que os alunos
empregaram no decorrer da mesma, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento
diante do tema.
Em relação à escrita, será importante ressaltar a qualidade e a
adequação de um texto, os elementos linguísticos utilizados nas produções dos alunos e
precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada.
Considerando que alguns alunos apresentam dificuldade de
aprendizagem acentuada poderão ser utilizados diferentes métodos avaliativos que
respeitem seu ritmo e suas limitações.
De acordo com a Lei 10.436 de 24 de abril de 2002, em se tratando do
aluno com deficiência auditiva, deve-se respeitar sua primeira língua ( LIBRAS) que
apresenta uma forma de funcionamento cognitivo diferenciado ou podendo também ser
avaliado em LIBRAS , com auxílio de intérprete.
Quanto ao aluno com deficiência visual, a avaliação deverá ser
diferenciada quanto ao tempo necessário na realização das atividades, quantidade de
exercícios, bem como, oferecer a mesma forma ampliada em Braille ou oralmente.
Sendo assim, buscaremos em todas as oportunidades, instrumentos de
avaliação que produzam a interação entre professor e aluno em relações de
crescimento e aquisição de conhecimentos que levem nossos educandos a transformar o
meio em que vivem .
A avaliação deve ser compreendida como um instrumento de
compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conteúdos estudados.
Ação que necessita ser contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o
conhecimento global do aluno, pois o processo de construção de conhecimentos dará
muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e,
assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações se for preciso. É a avaliação
diagnóstica.
O critério de avaliação adotado pelo Estabelecimento é trimestral e será
composto pela somatória da nota 5,0 (cinco vírgula zero) referente a atividades
280
diversificadas especificadas no Art. 107 do Regimento Escolar, mais a nota 5,0 (cinco
vírgula zero) proveniente à prova escrita, totalizando nota final 10,0 (dez vírgula zero).
Os instrumentos utilizados pelo professor serão definidos de acordo com
os critérios pré estabelecidos no plano de trabalho docente, podendo ser, entre outros:
a) Seminários;
b) atividades escritas ( provas, relatórios, dissertações, sínteses );
c) atividades orais ( leituras, provas, debates e palestras );
pesquisas ( de campo, bibliográficas );
e) trabalho em grupo e/ ou individual.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Ela ocorrerá de duas formas:
a) Com retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos
instrumentos de avaliação;
b) com a reavaliação do conteúdo já “re-explicado” em sala de aula.
O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional às avaliações
como um todo, ou seja, equivalerá de zero ( 0) a cem (100% ) apreensão de retomadas
dos conteúdos
REFERÊNCIAS
Cadernos Temáticos História da Cultura Afro- Brasileira e Africana – Lei n. 0639/03.
Livro didático Linguagem Nova: Faraco&Moura. São Paulo: Editora Ática
Regimento Escolar Do Colégio Estadual Antonio Racanello Sampaio – EF E M.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa
para Educação Básica. Curitiba,2008.
281
MATEMÁTICA
1 APRESENTAÇÃO DA DISICIPLINA
A matemática surgiu da necessidade do homem interferir na sua
realidade, seja ela social, econômica, afetiva, cultural etc. Isso garantiu uma utilidade
prática por muitos anos, seguida por uma fase de grande sistematização que teve seu
auge na Grécia com “Os elementos” de Euclides.
Na sequencia a matemática passou por um período de grande progresso
científico. Dentro os destaques citamos: Descartes, Leibniz e Newton. Por volta de 1850,
surgiram as primeiras geometrias não euclidianas, o que serviu de base para futuras
teorias científicas (teoria da relatividade), apesar de um excessivo formalismo, levando a
matemática a ser vista como uma verdade absoluta.
No início do século XX surgiu movimentos como o construtivista e a
tendência sócio-cultural que não foram bem recebidas. Na década de 50 predominou a
chamada “matemática moderna”, que se caracterizou pela forma expositiva, centrada no
professor e com alunos reproduzindo fielmente o que foi exposto.
Com o fracasso da matemática moderna toma corpo a tendência de
disponibilizar aos alunos de classes menos favorecidas a escola tradicional, a chamada
tendência sócioetnocultural.
Nos dias atuais a matemática vista como uma ciência essencial para o
desenvolvimento da humanidade. Porém, nota-se que a maioria dos conteúdos são
desinteressantes para o aluno e sem uma aplicação imediata. O ensino centrado em
conteúdos fragmentados e sem significado, leva os alunos a não estruturarem seus
pensamentos.
É claro que a abstração não está presente apenas em matemática e sim
nas várias áreas da ciência fazendo parte do processo. Assim precisamos na medida do
possível utilizar no ensino da matemática a sua aplicabilidade. Essa aplicação depende
principalmente do contexto que está inserido.
Como educadores devemos contribuir com a formação crítica de nossos
alunos, intervindo entre os conhecimentos matemáticos abstratos e os conhecimentos
matemáticos aplicáveis, que levem os envolvidos no processo a obter o hábito da
282
obervação de regularidades, fazer generalizações e apropriação de linguagem para
interpretar fenômenos.
Almeja-se um ensino que possibilite: análises, conjecturas, discussões,
apropriação de conceitos e formulação de ideias.
O ensino da matemática deve voltar-se a formação do ser humano como
um todo, deixando a visão de formação de técnicos com engenheiros, voltando para uma
formação onde a pessoa tenha condições de desenvolver estratégias para solucionar
problemas encontrados no nosso cotidiano, observando padrões que ocorrem na
natureza.
É importante a demonstração matemática, através de teoremas e
métodos que levam os nossos alunos a compreensão da sua aplicabilidade, porém não
devemos exigir o rigor dessas abstrações.
Nossa sociedade exige uma informação globalizada, então a matemática
não deve ser vista como um instrumento de forma isolada nas outras áreas da ciência,
mas sim, “ser inserida num contexto mais amplo: auxílio importante na formação de
capacidades” (Adilson Longem - autor Coleção Nova Didática Matemática - Ensino
Médio).
É através da história das civilizações que os primitivos conhecimentos
matemáticos vieram compor a Matemática de hoje. As ideias eram provenientes de
observações dentro das condições humanas de reconhecer configurações físicas e
geométricas, compararem formas, tamanhos e quantidades.
Enfim, devido à necessidade de se romper com as atuais práticas
pedagógicas e propor novas teorias e metodologias que levem o aluno a compreender
conceitos, estabelecer relações e resolver problemas.
Objetivos:
Compreender conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que
permitam ao aluno prosseguir na sua formação;
Aplicar conhecimentos matemáticos na resolução de diversas situações,
buscando assim desenvolver a consciência crítica a formação de um aluno crítico e
solidário;
283
Desenvolver a capacidade de raciocínio e a consciência crítica de forma
que permita a interpretação do mundo e suas relações sociais;
Estabelecer Conexões entre os conteúdos matemáticos e deles para com
outras áreas do conhecimento
Utilizar tecnologias existentes para que o aluno tenha apropriações tanto
das generalizações, das linguagens assim como da interpretação que ela exerce nessa
área.
O objeto de estudo desse da disciplina ainda está em construção, porém,
está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático (FIRENTINI & LORENZATO, 2001), e
envolve o estudo de processo que investigam como o estudante compreende e se
apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados, métodos,
procedimentos, algoritmos,etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004,p. 70). Investiga, também,
como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático, desenvolve valores e atitudes
de natureza diversa, visando a sua formação integral como cidadão. Aborda o
conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são
apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do
pensamento do aluno.
O ensino da matemática objetiva-se pela transformação legítima da
sociedade, para o avanço do conhecimento dos homens.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números e Álgebra
A matemática não possui apenas aplicação prática, mas também
desenvolve a abstração. Essa abstração, ao longo da história, recebe o nome de álgebra
e sofre influência egípcia, babilônica, pré-diofantica, chinesa, hindu, árabe, entre outras.
Cada cultura expressa a álgebra de sua maneira, porém todas a utilizam para resolver
problemas de alta complexidade.
284
O conhecimento algébrico não pode ser concebido como conceito de
variável ou conceito de incógnita, isso ocorre quando no seu desenvolvimento e dado
grande atenção na manipulação de regras e macetes, deixando de lado sua significação.
Paralelo a álgebra os conteúdos estruturantes apresentam os números.
Presentes desde tempos remotos, ela surge da necessidade do homem contar a
natureza. Lentamente surgem símbolos para representar a contagem e que foram
evoluindo até chegar a um sistema de numeração.
Grandezas e Medidas
Ferramenta que possibilita a compreensão e a utilização das unidades de
medidas tais como: medidas de comprimento , de massa , de área , de volume, de
tempo,medidas de ângulos e sistema monetário na resolução de problemas no cotidiano
das pessoas.
Funções
É um instrumento que pode ser utilizado em várias áreas do
conhecimento humano, modelando situações que passam a ser resolvidas pela
matemática. O conceito de funções leva o aluno a constatar regularidades e
generalizações, desenvolvendo a capacidade de leitura e interpretação de linguagem.
Geometrias
A observação de formas geométricas na natureza, influencio o
desenvolvimento do homem. Os povos mais antigos utilizavam a geometria na medição
de terrenos, construções de canais para irrigação e construções como as pirâmides no
Egito.
O conhecimento geométrico recebe grande desenvolvimento quando
Euclides sistematizou todo o conhecimento acumulado pela humanidade através de
axiomas e teoremas. Essa sistematização influencia a geometria até o século XVII,
285
quando surge a geometria analítica que passa a resolver problemas complexos na área
da astronomia e da mecânica.
No final do século XVIII uma nova maneira de conceber o conhecimento
geométrico e apresentado por Lobachevsky, Riemann e outros. Surgia assim a geometria
não euclidiana que derruba conceitos, até então imutáveis, da geometria de Euclides.
Nos dias atuais, a geometria deve ser trabalhada de forma a contemplar a
aritmética e a álgebra. Ela deve permitir que o aluno desenvolva a percepção visual, o
raciocínio e a linguagem geométrica.
Tratamento da Informação
Ao longo do desenvolvimento humano, o homem busca resolver
problemas através de leituras críticas de fatos e da interpretação de informações
coletadas através de gráficos, tabelas, indicadores e na ocorrência de eventos.
Com a estatística é possível, quantificar, qualificar, selecionar, analisar e
contextualizar informações, incorporando-as ao dia a dia. A probabilidade apresenta a
possibilidade ao aluno de ter várias visões de um mesmo problema, sem a exatidão
tradicional. A matemática financeira surge como conteúdo com a ideia de auxiliar nas
decisões pessoais e da sociedade em geral.
Hoje, o momento vivido, caracteriza-se pela grande quantidade de
informação, pela rapidez e facilidade com que ela é absorvida pelos alunos. Portanto o
espírito crítico e a capacidade de analise é fundamental para tomada de decisões.
Propõe-se o uso de conceitos e métodos para coletar, organizar,
interpretar e analisar dados, que permitem ler e compreender uma realidade.
Conteúdos estruturantes e seus desdobramentos de 6º ano
Números e Álgebra:
Números Naturais (história e outras numerações);
Sistema de Numeração;
Potenciação e Radiciação;
286
Múltiplos e Divisores;
Números fracionários;
Números Decimais;
Grandezas e Medidas:
Medidas de tempo;
Medidas de área;
Medias de ângulo;
Medidas de comprimento;
Medidas de volume;
Sistema Monetário;
Geometria:
Geometria plana;
Geometria espacial;
Tratamento da Informação:
Gráficos , dados e tabelas;
Porcentagem;
Conteúdos Estruturantes e seus Desdobramentos de 7º ano
Números e Álgebra:
Números Inteiros;
Números Racionais;
Equações e Inequações do 1º Grau;
Razão e proporção;
287
regra de Três Simples;
Grandezas e Medidas:
Medidas de ângulos;
Medidas de temperatura;
Geometrias:
Geometria plana;
Geometria espacial;
Geometrias não-euclidianas;
Tratamento da Informação:
Pesquisa estatística;
Média aritmética;
Moda e mediana;
Juros simples;
Conteúdos Estruturantes e seus Desdobramentos de 8º ano
Números e Álgebra:
Números racionais e Irracionais;
Potenciação;
Sistemas de Equações do 1º Grau
Monômios e polinômios;
Produtos Notáveis;
Grandezas e Medidas:
Medidas de ângulos ;
288
Medidas de comprimento;
Medidas de áreas;
Medidas de volume;
Geometrias:
Geometria plana;
Geometria espacial;
Geometria analítica;
Geometrias não-euclidianas;
Tratamento da Informação:
Gráfico e informação;
População e amostra;
conteúdos estruturantes e seus desdobramentos de 9º ano
Números e Álgebra:
Números Reais;
Propriedades dos radicais;
Equação do 2º Grau;
Equação Biquadrada;
Equação Irracional;
Teorema de Pitágoras;
Regra de Três Composta;
Grandezas e Medidas:
Relações Métrica no Triângulo Retângulo;
Trigonometria no Triângulo Retângulo.
289
Funções:
Noção Intuitiva de Função Afim;
Noção Intuitiva de função Quadrática.
Geometrias:
Geometria plana;
Geometria espacial;
Geometria analítica;
Geometrias não-euclidianas.
Tratamento da Informação:
Estatística;
Noções de Probabilidade;
Noções de Análise Combinatória;
Juros Compostos;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E SEUS DESDOBRAMENTOS -
ENSINO MÉDIO
Números e Álgebra:
Conjuntos dos números reais ;
Noções de Números Complexos;
Matrizes;
Determinantes;
Sistemas Lineares ;
Polinômios;
Equações e Inequações Exponenciais,Logarítmica e Modulares.
290
Geometria:
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Noções Básicas de Geometria Não-euclidiana.
Funções:
Função Afim;
Função Quadrática;
Função Polinomial;
Função Exponencial;
Função Logarítmica;
Função Trigonométrica;
Função Modular;
Progressão Aritmética;
Progressão Geométrica;
Tratamento de Informação:
Análise Combinatória;
Estatística;
Probabilidade;
Matemática Financeira;
Binômio de Newton;
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Ainda hoje, mesmo com a globalização e interdisciplinaridade as aulas de
matemática muitas vezes não envolvem o pensamento matemático participativo do aluno.
291
Desejando que o aluno construa o conhecimento, é importante propor
situações, questões que levem o aluno a reflexão, questionamento permitindo a
compreensão, estabelecendo uma relação entre o conhecimento do aluno e aquele a ser
construído.
As aulas de matemática devem desenvolver através de uma dinâmica
reflexiva, estimulando o aluno a questionamento e o professor a busca de melhoria do
desenvolvimento dos procedimentos matemáticos desse aluno.
O docente deve partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os
conceitos de cada conteúdo específico, garantindo, através das tendências da
modelagem, etnomatemática, resolução de problemas, uso das tecnologias, história da
Matemática e investigação matemática o crescimento de possibilidades da aprendizagem
sem fragmentações, levanto a autoconfiança, bem como dar importância a inclusão, seja
de caráter cultural, étnico, social, cognitivo, entre outros.
Essas tendências fundamentaram a prática docente, onde uma
completará a outra, pois todas têm um único fim, aprendizagem.
As atividades no desenvolvimento desse processo de aprendizagem
levam o professor a ser um condutor, motivador e nos trabalhos individuais ou de grupos,
levando o aluno a compreensão dos vários temas interessantes hoje buscando suas
aplicações na melhoria da vida, na sua valorização e uma compreensão duradoura do
saber matemático.
A prática docente, de acordo com cada conteúdo poderá utilizar de
diversas abordagens, como:
Resolução de Problemas: Não consiste na resolução automática de
exercícios, mas, questões desafiadoras que levem o aluno a buscar várias alternativas
que almejam soluções;
Etnomatematica: As manifestações matemáticas são percebidas através
de diferentes teorias e práticas que emergem dos ambientes culturais;
Modelagem Matemática: Busca a problematização de situações do
cotidiano, transformando problemas reais em problemas matemáticos;
292
Mídias Tecnológicas: Os recursos tecnológicos, sejam eles os softwares,
TV pendrive as calculadoras, a internet, entre outros, favorecem as experimentações
matemáticas, potencializando formas de resolução de problemas;
História da Matemática: Não se trata de apenas retratar curiosidades ou
um conjunto de biografias de matemáticos famosos, mas sim, vincular a matemática aos
fatos sociais e políticos e as circunstancias históricas para melhor compreender seus
conceitos.
Investigação Matemática: Leva o aluno compreender que existem várias
maneiras de solucionar atividades no nosso cotidiano,propiciando ao educando
desenvolver atividades cuja as soluções são conhecidas, mas para encontra-la deverão
ser observadas regras e esquemas intensivando as investigações e memorização das
operações envolvidas.
Estratégias de Ensino e Recursos Pedagógicos
Serão utilizadas aulas expositivas acompanhadas do uso da TV Pen drive
como forma de motivação, sendo passado problemas de investigação que agucem a
curiosidade de desenvolvam a observação de padrões como estratégia de resolução dos
problemas encontrados.
Jogos e simuladores deverão ser utilizados, incentivando a investigação e
análise das diversas estratégias que levem a aquisição de conhecimentos..
Fragmentos de filmes tornam-se importantes meios de transmissão de
informações.
Nos conteúdos e na prática pedagógica sempre há a preocupação em
contemplar as Leis nº 10.639/03, onde se inclui a obrigatoriedade do tema História e
Cultura Afro brasileira na disciplina de Matemática, resgatando a contribuição e a
influência na formação da cultura brasileira, e a Lei nº 11.645/08 que inclui também a
história e cultura Indígena, a Lei nº 11.274/06 que trata do desenvolvimento sócio
293
educacional, a Lei nº 7.437/85 (Lei Caó) referente a lei de diversidade e a Lei no 9795/99
que trata por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem seus valores, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, essencial a vida.
4 AVALIAÇÃO
A educação matemática tem como meta a incorporação do conhecimento
objetivando que o aluno seja capaz de superar as dificuldades, permitindo a interpretação
e a compreensão do mundo, pois o homem faz uso da matemática independente do
conhecimento escolar, nas mais diversas atividades humanas.
Dessa forma a avaliação deve ser planejada como parte do processo
ensino aprendizagem, permitindo utilizar-se de entrevistas, observações, discussões,
trabalhos em grupos, maquetes, construções de material facilitador da aprendizagem
matemática, resolução com cálculos de atividades aplicativas, integração da abstração
quando possível com o cotidiano e caso contrário, saber que por muitas vezes a
abstração é presente nas várias áreas científicas.
A avaliação fará parte integrante do processo do ensino aprendizagem
permitindo continuidade ou uma nova abordagem, com alternativas na forma de
encaminhar a aprendizagem como um todo.
Então a avaliação contemplará os diferentes momentos do ensino da
matemática com oportunidade de análise pedagógica da metodologia utilizada e através
de erros constatados, possibilitar o aluno novas formas de estudo, ou seja, avaliação será
instrumento de medida na aquisição de conhecimento, tornando o aluno responsável e
interessado pelo que deve aprender.
Antes de mais nada, a avaliação deverá ser uma orientação para o
professor, como ponto de partida, para a continuidade de sua prática, docente levando o
aluno a organizar suas ideias, relacionar conceitos e tomar decisões, ou seja, será
contínua diversificada, processual, diagnóstica, formativa, priorizando os aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Considerando não somente uma formação matemática
dirigida para o desenvolvimento social intelectual do aluno, como também seu esforço
individual, sua cooperação com os colegas, a construção de sua personalidade.
294
Assim quanto mais o professor diversificar a avaliação e conseguir
interpretá-la como um meio para analisar se juntamente com os alunos está conseguindo
alcançar os objetivos propostos, mais ele se aproximará de um novo tipo de avaliação que
leva em conta os sonhos e projetos dos alunos, até mesmo a autoavaliação.
A recuperação paralela acontecerá quando se fizer necessária, baseada
na revisão dos conteúdos que o aluno não se apropriou e será através de teste escrito
e/ou oral, trabalhos ou pesquisas.
Como instrumentos poderão ser utilizados provas objetivas, simulados,
atividades diárias, pesquisas , trabalhos, atividades de leitura compreensiva de textos,
projeto de pesquisa bibliográfica, produção de textos, palestra/ apresentação oral,
relatório de atividades experimentais, projeto de pesquisa de campo, debate, questões
discursivas e objetivas . Estes instrumentos enfatizarão os aspectos qualitativos das
produções dos alunos e serão retomados para sanar dúvidas que ainda restem acerca do
conteúdo desenvolvido.
O Critério de avaliação adotado pelo estabelecimento é trimestral e será
composto pela somatória da nota 5,0( cinco virgula zero) referente as atividades
diversificadas, mais a nota 5,0(cinco virgula zero) proveniente à prova escrita, totalizando
nota final 10,0( dez virgula zero).A recuperação paralela acontecerá quando se fizer
necessária, baseada na revisão dos conteúdos que o aluno não se apropriou e será
através de teste escrito e/ou oral, trabalhos ou pesquisas.
Critérios :
Comunicar-se matematicamente, oral por escrito (Buriasco,2004);
Compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
Elabora um plano que possibilite a solução do problema;
Encontra meio diversos para a resolução de um problema matemático;
Realiza o retrospecto da solução de um problema.
REFERÊNCIAS
GUELI, Oscar - Matemática série Brasil - 1ª edição - São Paulo: Ed. Ática, 2003
295
PARANÁ, Secretária de Estado da Educação Superintendência da Educação.
Departamento da Educação Básica-Matemática. Curitiba,2008.
Longen, Adilson, Matemática- Coleção Nova Didática - Ensino Médio - 1ª edição Curitiba:
Ed.Positivo, 2004.
Marcondes, C; Gentil N; Greco S - Matemática - São Paulo: Ed.Ática, 2000
Paiva. Manoel – Matemática - 2ª edição - São Paulo: Ed.Moderna
Barreto, Benigno; Silva, Claudino - São Paulo: Ed. FTD
Dante, Luis Roberto – Matemática: Contexto e Aplicações – Volume Único –São Paulo:
Ática, 2000
Santos, C.H. Matemática: In Kuenzer. A.Z.(org) - Ensino Médio: construindo uma
proposta para os que vivem do trabalho - São Paulo: Cortez, 2002
Youssef, Antonio Nicolau; Soares, Elizabeth; Fernandez, Vicente Paz – Matemática de
olho no mundo do trabalho - Ensino Médio - Volume Único – São Paulo: Scipione, 2005
Walter, Spinelli; Souza, M. Helena S. - Matemática Comercial e Financeira Volume Único
- São Paulo: Ática, 1998
Marcondes, Carlos Alberto dos Santos; Gentil, Nelson; Greco, Sérgio Emílio - Matemática
- Novo Ensino Médio - Volume Único - São Paulo: Àtica, 2003.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação .Departamento de Ensino Médio.LDP:
Público de Matemática. Curitiba: SEED-PR,2006
PARANÁ, Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Antônio Racanello Sampaio –
Arapongas, 2012.
PARANÁ, Regimento Escolar. Colégio Estadual Antônio Racanello Sampaio –
Arapongas, 2012.
296
QUÍMICA
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná
(2008), o desenvolvimento de saberes e práticas ligadas à transformação dos materiais
está presente na formação das diversas civilizações, estimulado por necessidades
humanas, tais como: a comunicação, o domínio do fogo e, posteriormente, o domínio do
processo de cozimento, necessários à sobrevivência.
Estes saberes (manipulação dos metais, vitrificação, chás, remédios,
iatroquímica, entre outros), em sua origem, não podem ser classificados como a ciência
moderna denominada Química, mas como um conjunto de ações e práticas que
contribuíram para a elaboração do conhecimento químico desde o século XVII.
Inicialmente, o ser humano conheceu a extração, produção e o tratamento
e metais como o cobre, o bronze, o ferro e o ouro. As civilizações antigas desenvolviam
artes práticas tais como o preparo da liga metálica de bronze e do vidro pelos egípcios em
cerca de 3000 a.C. Cerâmicas, corantes e vinhos no Oriente Médio. Enquanto estas artes
estavam sendo desenvolvidas, os antigos filósofos da Grécia, Índia e China tentavam pela
primeira vez descrever a composição das substâncias. Estas atividades levaram à
alquimia, que na busca da pedra filosofal (que teria o poder de transformar qualquer metal
em ouro) e do elixir da longa vida (que daria a imortalidade), desenvolveram técnicas
laboratoriais e descobriram produtos que são utilizados até hoje.
No século XVIII, por Lavoisier, deu inicio à fase moderna dessa ciência. A
Química ganhou não só uma linguagem universal, mas também conceitos fundamentais.
No final do século XIX, com o surgimento dos laboratórios de pesquisa, a
Química se consolidou como a principal disciplina associada aos efetivos resultados da
indústria.
O estudo da disciplina de Química no ensino secundário no Brasil foi
implantado em 1862, segundo dados do 3º Congresso sul-americano de Química.
Segundo Schnetzler (1981), em 1875 foi produzido o primeiro livro didático de Química
para o ensino secundário.
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) impulsionou a industrialização
brasileira e acarretou aumento na demanda da atividade dos químicos. Em consequência,
297
abriram-se as portas para o ensino de Química de nível superior, oficializado com um
projeto para criação do curso de Química Industrial, aprovado em 1919, subsidiado pelo
governo federal (Schwartzman,1979).
A partir de 1931, com a Reforma Francisco Campos, a disciplina de
Química passou a ser ministrada de forma regular no currículo do Ensino Secundário no
Brasil. Documentos da época apontam alguns objetivos para o ensino de Química voltado
para a apropriação de conhecimentos específicos e também despertar o interesse
científico nos alunos e enfatizar a sua relação com a vida cotidiana (MACEDO; LOPES,
2002).
Em dezembro de 1961, entrou em vigor a lei n. 4.024, na qual a Química
adquire, em diversos países, inclusive no Brasil, configurações semelhantes às propostas
dos EUA, no ensino experimental. Enquanto que nos anos 80, o documento de Química
intitulado Reestruturação do Ensino de 2º grau, apresentava uma proposta de conteúdos
essenciais para a disciplina e tinha como objetivo principal a aprendizagem dos
conhecimentos químicos historicamente construídos.
No início dos anos de 1990, com a aprovação da nova Lei de Diretrizes e
Base da Educação Nacional (LDB n. 9394/96), priorizou-se a contextualização dos
conteúdos e pela interdisciplinaridade, a fim de evitar a compartimentação do
conhecimento.
Na concepção atual, as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Paraná (DCE), a abordagem dos conteúdos no ensino da Química é norteada pela
construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada a contextos
históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais e tem com objetivo possibilitar novos
direcionamentos e abordagens no processo ensino-aprendizagem, para formar um aluno
que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o
meio em que está inserido.
De acordo com Chassot (1995), a Química não deve ser entendida como
um conjunto de conhecimentos isolados, prontos e acabados, mas sim como uma
construção da mente humana, em contínua mudança, que pode proporcionar à nossa
sociedade, meios de se atingir um desenvolvimento sustentável capaz de garantir
saneamento básico, alimentação adequada, saúde e educação. Fatores estes
indispensáveis para assegurar a qualidade de vida e o progresso de uma nação.
Na atualidade é imprescindível pensar em educação sem vinculá-la a
questão da cidadania, no sentido de que os indivíduos estejam preparados para o
298
exercício de direitos e deveres, voltados à soberania popular. Nesse contexto emerge a
perspectiva de uma educação que restabeleça a ética, resgate os valores, preserve a
cultura, a vida e que, acima de tudo, torne o ensino de disciplinas, como a Química, algo
contextualizado, compreensível e útil.
Nessas diretrizes propõe-se que a compreensão e apropriação do
conhecimento químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo
da Química que são (Substâncias e Materiais – composição, propriedades e
transformações) que será contemplado através dos conteúdos estruturantes, e
desdobrado em conteúdos básicos, os quais serão abordados durante a prática
pedagógica. Assim, se pretende estabelecer uma interação do aluno com a Química e se
contrapor a ideia de que esta ciência reduz-se a um conjunto de inúmeras fórmulas e
nomes complexos.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande
amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,
considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.
São conteúdos estruturantes de química:
MATÉRIA E SUA NATUREZA
É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da
disciplina de Química por se tratar especificamente de seu objeto de estudo: a matéria e
sua natureza. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento dos demais
conteúdos estruturantes.
BIOGEOQUÍMICA
Biogeoquímica é a parte da Geoquímica que estuda a influência dos
seres vivos sobre a composição química da Terra, caracteriza-se pelas interações
existentes entre hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem explorada a partir dos
ciclos biogeoquímicos (RUSSEL, 1986, p. 02).
299
QUÍMICA SINTÉTICA
Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de novos produtos
e materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria
alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), dos fertilizantes e
dos agrotóxicos.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
MATÉRIA • Constituição da matéria; • Estados de agregação; • Natureza elétrica da matéria; • Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...). • Estudo dos metais. • Tabela Periódica. SOLUÇÃO • Substância: simples e composta; • Misturas; • Métodos de separação; • Solubilidade; • Concentração; • Forças intermoleculares; • Temperatura e pressão; • Densidade; • Dispersão e suspensão; • Tabela Periódica. VELOCIDADE DAS REAÇÕES • Reações químicas; • Lei das reações químicas; • Representação das reações químicas; • Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão); • Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores); • Lei da velocidade das reações químicas; • Tabela Periódica. EQUILÍBRIO QUÍMICO • Reações químicas reversíveis; • Concentração; • Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); • Deslocamento de equilíbrio (príncipio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores; • Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de
300
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
ionização, Ks). • Tabela Periódica.
LIGAÇÃO QUÍMICA • Tabela periódica; • Propriedade dos materiais; • Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; • Solubilidade e as ligações químicas; • Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares; • Ligações de Hidrogênio; • Ligação metálica (elétrons semi-livres) • Ligações sigma e pi; • Ligações polares e apolares; • Alotropia. REAÇÕES QUÍMICAS • Reações de Oxi-redução • Reações exotérmicas e endotérmicas; • Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas; • Variação de entalpia; • Calorias; • Equações termoquímicas; • Princípios da termodinâmica; • Lei de Hess; • Entropia e energia livre; • Calorimetria; • Tabela Periódica. RADIOATIVIDADE • Modelos Atômicos (Rutherford); • Elementos químicos (radioativos); • Tabela Periódica; • Reações químicas; • Velocidades das reações; • Emissões radioativas; • Leis da radioatividade; • Cinética das reações químicas; • Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear); GASES • Estados físicos da matéria; • Tabela periódica; • Propriedades dos gases (densidade/ difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume); • Modelo de partículas para os materiais gasosos; • Misturas gasosas; • Diferença entre gás e vapor; • Leis dos gases FUNÇÕES QUÍMICAS • Funções Orgânicas • Funções Inorgânicas
• Tabela Periódica
301
3 METODOLOGIA
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná
(2008), é importante que o processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos
estudantes, no qual se incluem as ideias pré-concebidas sobre o conhecimento da
Química, ou as concepções espontâneas, como a vivência dos alunos, os fatos do dia-a-
dia, a tradição cultural, a mídia e a vida escolar, busca-se construir os conhecimentos
químicos; a partir dos quais será elaborado um conceito científico.
Uma sala de aula reúne pessoas com diferentes costumes, tradições e
ideias que dependem também de suas origens, isso dificulta a adoção de um único
encaminhamento metodológico para todos os alunos, além disso, torna-se necessário
abordar a cultura e história afro-brasileira Lei n. 10.639/03, a história e cultura dos povos
indígenas respaldado pela Lei n. 11.645/08 e a educação ambiental com base na Lei
9795/99, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental. Também destacamos
neste contexto temas que contemplem o enfrentamento à violência nas escolas e
prevenção de drogas, relacionando-os aos conteúdos estruturantes de modo
contextualizado.
Essas interações podem se dar auxiliadas por recursos como leitura de
textos diversificados (jornais, revistas, livro didático, rótulos de produtos, bulas, etc.) como
elemento motivador para a aprendizagem da Química, contribuindo para a criação do
hábito da leitura. Utilização de material áudio-visual como a TV pendrive, DVD, sites
disponíveis na internet e demonstrações experimentais, propiciando aos alunos uma
reflexão sobre a teoria e a prática, visando à construção e elaboração dos conceitos.
4 AVALIAÇÃO
Todas as atividades realizadas sobre determinado conteúdo ensinado
devem ser avaliadas de forma processual e formativa, sob os condicionantes do
diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em interações recíprocas, no dia-a-
dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto, está sujeita a
alterações no seu desenvolvimento.
302
A avaliação não possui uma finalidade em si mesma, mas deve subsidiar
e mesmo redirecionar as ações no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista
garantir a qualidade do processo educacional.
Trata-se de um processo de "construção e reconstrução de significados
dos conceitos científicos" (MALDANER, 2003), permitindo ao professor indicar falhas
durante o processo e retomar um determinado conteúdo.
Diversas atividades vivenciadas podem tornar-se atividades de avaliação,
assim, deve ser contínua, diagnóstica e diversificada nas suas formas de aplicação. Por
isso, poderão ser utilizados instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos
alunos, tais como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e
interpretação da Tabela Periódica, relatórios de aulas em laboratório, pesquisas
bibliográficas, apresentação de trabalhos em grupo, resolução de exercícios, prova escrita
individual, entre outros.
A cada trimestre os valores referentes as atividades avaliativas serão
distribuídos de maneira que se possa avaliar a apreensão dos conteúdos pelos alunos, no
total de 10,0 (dez) pontos. E a recuperação de estudos ocorrerá de maneira permanente e
concomitante ao processo de ensino-aprendizagem, sendo direito de todos os alunos, no
sentido do aperfeiçoamento da aprendizagem e não apenas no alcance da média. O
estabelecimento proporcionará a recuperação trimestral no valor 10,0 (dez) pontos a
todos os alunos que não tiverem um aproveitamento escolar suficiente. Quanto ao registro
quantitativo, caso o aluno tenha obtido um valor acima daquele anteriormente atribuído,
no processo de recuperação, a nota deverá ser substitutiva, uma vez que a legislação é
clara quanto ao caráter cumulativo, ou seja, a melhor nota expressa o melhor rendimento
do aluno em relação à aprendizagem.
Finalmente, é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem
bem claros para os alunos, como direito que têm de acompanhar todo o processo.
REFERÊNCIAS
PARANÁ. Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná. Secretaria de Estado de
Educação do Paraná. Curitiba: SEED, 2008.
303
SCHNETZLER, R. Um estudo sobre o tratamento do conhecimento químico em
livros didáticos dirigidos ao ensino secundário de Química de 1875 a 1978. Química
Nova, v.4, n.1, p.6-15, 1981.
SCHWARTZMAN, S. Formação da comunidade científica no Brasil. Rio de Janeiro:
FINEP, 1979.
MACEDO, E; LOPES, A. R. A estabilidade do currículo disciplinar: o caso das
ciências.
In: LOPES, A. C. MACEDO, E. (org.). Disciplinas e integração curricular: história e
políticas. Rio de Janeiro: DP &A,2002.
CHASSOT, A. Para que(m) é útil o ensino. Canoas: Ed. da Ulbra, 1995.
RUSSEL, J.B. Química geral. São Paulo: McGraw-hill,1986.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química:
professor/pesquisador. 2.ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003.
Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Antônio Racanello Sampaio, 2012.
Regimento Escolar. Colégio Estadual Antônio Racanello Sampaio, 2012.
304
SOCIOLOGIA
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Sociologia, desde a sua constituição como conhecimento
sistematizado, tem contribuído para a ampliação do conhecimento dos homens sobre a
sua própria condição de vida e fundamentalmente para a análise das sociedades, ao
compor, consolidar e alargar um saber especializado pautado em teorias e pesquisas que
esclarecem muitos dos problemas da vida social.
Seu objeto é o conhecimento e a explicação da sociedade através da
compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das
relações que se estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como a
compreensão das consequências dessas relações para indivíduos e coletividades. A
Sociologia, como saber “científico” afirmou-se no contexto do desenvolvimento e
consolidação do capitalismo, sendo assim, traz a especificidade de simultaneamente
“fazer parte” e “procurar explicar” a sociedade capitalista como forma de organização
social. Contudo, não existe uma única forma de explicação sociológica da realidade e as
explicações dependem de posicionamentos (políticos, econômicos, culturais e sociais)
diferenciados, o que confirma o princípio de que não existe neutralidade científica, ao
menos nas análises do social.
Diante da realidade contemporânea não há mais espaço para
discussões pretensamente neutras da Sociologia do Século XIX. A Sociologia no presente
tem o papel histórico que vai muito além da leitura e explicações teóricas da sociedade.
Não cabem mais as explicações teóricas da sociedade. Não cabem mais as explicações e
compreensões das normas sociais e institucionais, para melhor adequação social, ou
mesmo para a mera crítica social, mas sim a desconstrução e a desnaturalização do
social no sentido de sua transformação. Os grandes problemas que vivemos hoje,
provenientes da globalização, do acirramento das forças do capitalismo mundial e do
desenvolvimento industrial desenfreado, entre outras causas, exigem indivíduos capazes
de romper com a lógica neoliberal da destruição social e planetária. É tarefa inadiável da
escola e da Sociologia a formação de novos valores, de uma nova ética e de novas
práticas sociais que apontem para a possibilidade de construção de novas relações
sociais.
305
O pensamento sociólogico na escola é consolidado a partir da
articulação de experiências e conhecimentos apreendidos como fragmentados, parciais e
idealizados, a experiências e conhecimentos apreendidos como totalidades complexas,
procurando dar um tratamento teórico aos problemas postos pela prática social capitalista,
como as desigualdades sociais e econômicas, a exclusão imposta pelas mudanças no
mundo do trabalho, as conflituosas relações sociedade-natureza, a negação da
diversidade cultural, de gênero étnico-racial. Trata-se, em síntese, de reconstruir
dialeticamente o conhecimento que o aluno do Ensino Médio já dispõe, uma vez que está
imerso numa prática social, num outro nível de compreensão: da consciência das
determinações históricas nas quais ele existe, mais do que isso, da capacidade de
intervenção e transformação dessa prática social. É o desvendamento, através da
apreensão e compreensão crítica do saber sistematizado, da trama das relações sociais
de classe, gênero e etnia, na qual os sujeitos da sociedade capitalista neoliberal estão
inseridos.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 01. O Processo de Socialização e as Instituições Sociais.
CONTEÚDOS BÁSICOS * Processo de Socialização; * Instituições Sociais: familiares, Escolares; Religiosas; * Instituições de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA Em Sociologia,devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações,investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser
AVALIAÇÃO
Espera-se que os estudantes: * Identifiquem-se como seres eminentemente sociais; * Compreendam a organização e a influência das instituições e grupos sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo; * Reflitam sobre suas ações individuais e percebam que as ações em sociedade são interdependentes.
306
02. Cultura e Indústria Cultural.
*Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; * Diversidade cultural; * Identidade; * Indústria Cultural; * Meios de comunicação de massa; * Sociedade de consumo; * Indústria cultural no Brasil; * Questões de gênero; * Culturas afro brasileiras e africanas; * Culturas indígenas.
proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir, que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio. Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja
Espera-se que os estudantes: * Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças sexuais e de gênero presentes nas sociedades; * Compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de dominação na sociedade contemporânea; * Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que transformam os meios de massa em poderosos instrumentos de formação e padronização de opiniões, gostos e comportamentos; * Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que está relacionada a um determinado sistema econômico, político e social.
307
03. Trabalho, Produção e Classes Sociais.
* O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; *Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais; * Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; * Globalização e Neoliberalismo; * Relações de trabalho; * Trabalho no Brasil.
colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre e permitir, também, que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio. Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações
Espera-se que os estudantes compreendam, de forma crítica: * A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história; * A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho diversas a ela. * As especificidades do trabalho na sociedade capitalista; * Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são naturais, variam conforme a articulação e organização das estruturas de apropriação econômica e de dominação política; * As transformções nas relações de trabalho advindas do processo de globalização.
308
04. Poder, Política e Ideologia.
* Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; * Democracia, autoritarismo, totalitarismo; * Estado no Brasil; * Conceitos de poder; *Conceito de ideologia; * Conceitos de dominação e legitimidade; * As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre e permitir, também, que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio. Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre e permitir, também, que o conhecimento
Espera-se que os estudantes; Analisem e compreendam, de forma crítica, o desenvolvimento do Estado Moderno e as contradições do processo de formação das instituições políticas; * Analisem criticamente os processos que estabelecem as relações de poder presentes nas sociedades. * Compreendam e avaliem o papel desempenhado pela ideologia em vários contextos sociais. * Compreendam os diversos mecanismos de dominação existentes nas diferentes sociedades. * Percebam criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta e estabelece na sociedade brasileira.
309
05. Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.
* Direitos: civis, políticos e sociais; * Direitos humanos; * Conceito de cidadania; * Movimentos Sociais; * Movimentos Sociais no Brasil; * A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; * A questão das ONG's.
sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio. Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir, também, que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
Espera-se que os estudantes: _ Compreendam o contexto histórico da conquista de direitos e sua relação com a cidadania; _ Percebam como direitos, que hoje se consideram “naturais”, são resultado da luta de diversos indivíduos ao longo do tempo; _ Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos; _ Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania. _ Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais em suas especificidades.
310
3 METODOLOGIA
O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia fundamenta-se e
sustenta-se em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma delas
com seu potencial explicativo – a ciência, dessa forma, pode ser mobilizada para a
conservação ou para a transformação da sociedade, para a melhoria ou para a
degradação humana. Neste sentido, a Sociologia como disciplina escolar, desdobramento
da ciência, de referência, deve acolher essa particularidade ( das diferentes tradições
“explicativas”) e ao mesmo tempo recusar qualquer espécie de “síntese” teórica, assim
como, encaminhamentos pedagógicos de “ocasião” carentes de métodos e rigor.
No ensino de Sociologia é fundamenta que sejam
utilizados múltiplos instrumentos metodológicos, os quais devem estar adequados aos
objetivos pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimento do significado dos
conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), a análise, a discussão, a
pesquisa de campo e bibliográfica ou outros, pois assim como os conteúdos estruturantes
e os conteúdos específicos deles derivados os encaminhamentos metodológicos e o
processo de avaliação ensino-aprendizagem também devem estar relacionados a própria
construção histórica da Sociologia crítica, caracterizada portanto, por posturas teóricas e
práticas favorecedoras ao desenvolvimento de um pensamento criativo e instigante.
Portanto, os conteúdos serão desenvolvidos inicialmente, a título de
introdução, com uma breve contextualização da construção histórica da Sociologia e das
teorias sociológicas fundamentais, as quais deverão ser constantemente retomadas,
numa perspectiva crítica, no sentido de fundamentar teoricamente as várias
possibilidades de explicação sociológica feita nos recortes da dinâmica social dos
conteúdos específicos. O conhecimento sociológico deve ir muito além da definição,
classificação, descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade
social. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas
sociais concretas e contextualizadas, desconstruindo pré-noções e pré-conceitos que
quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas
direcionadas à transformação social.
O aluno será considerado em sua especificidade etária, e em sua
diversidade cultural, ou seja, além de importantes aspectos como a linguagem, interesses
pessoais e profissionais, e necessidade materiais se terá em vista as peculiaridades da
311
região em que a escola está inserida e a origem social do aluno, para que os conteúdos
trabalhados e a metodologia utilizada possa responder a necessidades desse grupo
social.
Portanto, as metodologias utilizadas deverão colocar o aluno como
sujeito de seu aprendizado, não importa que o encaminhamento seja a leitura, o debate, a
pesquisa de campo, ou a análise de filmes, mas importa que o aluno seja constantemente
provocado a relacionar a teoria ou vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir
coletivamente novos saberes.
É importante salientarmos aqui, a importância da utilização do Livro
Didático como suporte teórico e metodológico às aulas de Sociologia, constituindo-se num
ponto de partida para alunos e professores, mas assim como qualquer material didático
não esgota ou supre as necessidades do ensino dessa disciplina.
4 AVALIAÇÃO
O processo de avaliação no âmbito do ensino de Sociologia deve
perpassar todas as atividades relacionadas à disciplina, portanto, terá um tratamento
metódico e sistemático. A apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a
prática social; a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; a clareza e
coerência na exposição das ideias, seja no texto oral ou escrito, são alguns critérios que
serão verificados no decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar para os
problemas sociais assim como iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas
e criativas,que rompam com a acomodação e o senso comum, são dados que informarão
aos professores, o alcance e a importância de seu trabalho no cotidiano de seus alunos.
As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias
práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja na reflexão crítica nos debates,
que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja a
produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática,
tendo como perspectiva a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da
apreensão/compreensão/reflexão dos conteúdos pelo aluno.
E, acima de tudo, a avaliação deve ser um processo contínuo, diagnóstico
e paralelo e deve oferecer elementos para avaliar se a aprendizagem está se realizando
ou não, devendo contar em seu bojo uma análise não só do desempenho do aluno, mas
312
também uma reflexão do desempenho do professor e da adequação da metodologia aos
objetivos propostos para que o conteúdo possa ser reavaliado e retomado.
5 REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares de Sociologia da Educação Básica, SEED- Pr, 2008.
Identidade do Ensino Médio, SEED-Pr, 2006.
Souza, Y.F. De; Introdução às Diretrizes Curriculares, SEED-Pr, 2006.
Sociologia/ Vários autores – Curitiba: SEED- Pr, 2006 .
Sociologia/Anthony Gilddns; Tradução Sandra Regina Netz – 6ª edição – Porto Alegre –
Artmed, 2005.
313
L.E.M.-ESPANHOL
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado
depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.
Em 1837, o colégio Pedro II primeiro em nível secundário no Brasil,
apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão. Em
1916, com a publicação de Cours de Linguistic Génerele por Ferdinand Saussure,
inauguram-se os estudos da linguagem em caráter patriótico e as línguas privilegiadas
são o francês, o inglês e o espanhol, que e introduzido no lugar do alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do
Brasil, em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso, a necessidade de
aprender inglês tornou-se cada vez maior.
Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma
ensinado nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no Colégio
Estadual do Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o Estado.
Em 1996, a lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional n°
9394, determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna,
escolhida pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental. Com relação ao Ensino
Médio, a lei determina que seja incluída uma Língua Estrangeira Moderna como disciplina
obrigatória, e uma segunda, em caráter optativo, dependendo das disponibilidades da
instituição.
No dia 05 de agosto de 2005, o presidente Luis Inácio Lula da Silva,
sanciona a lei 11.161 que diz o seguinte:
O ensino de Língua Espanhola, de oferta obrigatória pela escola e de
matricula facultativa ao aluno foi implantado gradativamente, nos currículos plenos do
Ensino Médio.
Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da oferta
de Línguas Estrangeiras e que sua aprendizagem propicia um espaço de reflexão sobre a
língua como "discurso como pratica social", de forma a refletir os sentidos oferecidos
pelas múltiplas culturas inseridas em cada sociedade.
314
Por outro lado, se considerarmos que a expansão da Língua Estrangeira
é também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, e fundamental observar
se o ensino dessa segunda língua colabora para a perpetuação de ideias, dominação ou
emancipação.
O ensino de Língua estrangeira deve garantir que os alunos não se
tornem consumidores passiveis de cultura e de conhecimento, e sim, criadores ativos .
Assim sendo, a aprendizagem de uma língua estrangeira amplia-se e
exige uma reflexão ampla do educador sobre o modo que ensina e para que se esta
ensinando.
Objetivos
Fazer com que o estudo da Língua Espanhola seja para o aluno um
prazer e não uma obrigação, tornando assim o ensino mais proveitoso e atraente.
Explorar os três eixos da aprendizagem: escrever, ouvir e falar.
Mostrar aos alunos através de pesquisas, e programas educacionais as
diferentes culturas dos países falantes da língua espanhola.
Enriquecer o acesso ao aprendizado que uma segunda língua
proporcionará.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
O conteúdo estruturante esta relacionado com o momento histórico social.
Ao tomar a língua como interação verbal e espaço de produção de sentidos, buscou-se
um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, define-se como conteúdo
estruturante da Língua Estrangeira Moderna o discurso como prática social. A língua será
tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as
praticas que efetivam o discurso.
Conteúdos Básicos 1 º ano
315
Gêneros Textuais
Esfera Cotidiana:
adivinhas;
álbum de família;
fotos;
anedota;
bilhete;
cartão postal;
cartão;
comunicados;
exposição oral;
musicas;
parlendas;
provérbios;
quadrinhas;
receitas;
trava línguas.
Esfera da imprensa:
anúncio de emprego;
cartum;
charge;
classificados;
horoscopo;
manchetes;
noticias;
sinopse;
316
tiras;
Esfera publicitária:
anúncios;
comercial;
slogans;
placas;
filmes;
vídeo clip;
Esfera literária:
autobiografia;
biografia;
contos;
fábulas;
histórias em quadrinhos;
narrativas;
poemas.
Esfera científica:
resumo;
verbetes.
Esfera escolar:
cartazes;
diálogos;
mapas;
relatos de experiências.
317
Prática Discursiva de Leitura
Tema do texto;
Finalidade;
Situacionalidade;
Informatividade;
Intencionalidade;
Conhecimento de mundo;
Aceitabilidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Coesão e coerência.
Prática Discursiva da Escrita
Tema do texto;
Interlocutor;
Intertextualidade;
Léxico (conotação e denotação);
Polissemia;
Marcas linguísticas (função de classes gramaticais do texto);
Elementos textuais.
Prática Discursiva da Oralidade
Coesão;
Intertextualidade;
Adequação da fala ao contexto;
Gírias;
Repetições;
Expressões;
318
Diferenças e semelhanças no discurso oral;
Conteúdos Básicos - 2º ano
Gêneros Textuais
Esfera cotidiana:
adivinhas;
músicas;
parlendas;
anedotas;
provérbios;
comunicados;
carta pessoal;
receitas;
trava-línguas;
exposição oral;
convite;
quadrinhas
curriculum vitae
diário;
preenchimento de cheques;
Esfera da imprensa:
anúncio de emprego;
cartum;
charge;
manchete;
319
notícia;
sinopse de filmes;
tiras;
reportagens.
Esfera Publicitária:
anúncios;
comercial para TV;
e-mail;
paródias;
carta de emprego;
panfletos.
Esfera Literária:
biografia;
contos;
fábulas;
história em quadrinhos;
narrativas;
poemas;
lendas.
Esfera Científica:
resumo;
verbetes;
artigo.
Esfera Escolar:
320
cartazes;
diálogos;
mapas;
relatos de experiência;
textos argumentativos.
Esfera Midiática:
filmes;
blogs;
vídeo clips;
chat.
Esfera de Produção e Consumo:
bula;
manual;
rótulos;
embalagens;
regras de jogo.
Prática Discursiva de Leitura
Tema do texto;
Finalidade;
Situcionalidade;
Informatividade;
Intencionalidade;
Conhecimento de mundo;
Aceitabilidade;
Papel do locutor e interlocutor;
321
Coesão e coerência.
Prática Discursiva da Escrita
Tema do texto;
Interlocutor;
Intertextualidade;
Léxico (conotação e denotação);
Polissemia;
Marcas linguísticas (função de classes gramaticais do texto);
Elementos textuais.
Prática Discursiva da Oralidade
Coesão;
Intertextualidade;
Adequação da fala ao contexto;
Gírias;
Repetições;
Expressões;
Diferenças e semelhanças no discurso oral.
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna em sala de aula a partir do
entendimento do papel das línguas na sociedade é mais que menos instrumentos de
acesso a informação. O aprendizado de línguas estrangeiras são também possibilidades
de conhecer, expressar e transformar modos é entender o mundo e construir significados.
Dessa forma, que o ensino de Língua Estrangeira se constitui por meio da compreensão
da diversidade linguística e cultural para que o aluno se envolva discursivamente e
desenvolvas as práticas de escrita, leitura e oralidade levando em conta o seu
conhecimento prévio.
322
A utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique as
diferenças estruturais e funcionais, a autoria e a que público se destina. As estratégicas
metodológicas para que o aluno conheça novas culturas e que não há uma cultura melhor
que a outra, mas sim diferentes.
A princípio é preciso levar em conta o processo de continuidade, ou seja,
a manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades da
língua estrangeira ofertadas, as condições de trabalho existentes na escola, o projeto
político pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos
alunos. (DCE:2006:37)
Ao se trabalhar o texto propõe-se uma análise linguístico-discursiva dos
elementos não só de natureza linguística, mas, principalmente, os de fins educativos,
visando a abordagem de assuntos polêmicos, adequados a faixa etária conforme os
interesses dos alunos. Vale ressaltar a importância de se trabalhar os diversos tipos de
texto, com diferentes graus de complexidade da estrutura linguística.
É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a
partir das escolhas temáticas e textuais, enfatizando o conteúdo e não a forma. O uso do
texto e fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita e a
oralidade. Além disso, o texto será enriquecido por músicas, filmes,
debates,pesquisas,jogos,teatros,dan9as entre outros.
Serão observados os diferentes níveis de aprendizagem e bagagem de
conteúdos diagnosticados no início do ano. A exploração de vários recursos como aulas
expositivas e dialogadas, trabalhos em grupos, produção escrita e produção oral de forma
interativa em busca de melhores resultados na aprendizagem. Para isso, materiais como
livro didático, dicionário, vídeos ,CD, DVD, CD-ROM, internet, TV
Multimídia serão utilizados para facilitar o contato e a integração com a
língua e a cultura.
Serão trabalhados assuntos sobre a vida e sociedade da cultura afro-
brasileira e africana e cultura indígena referente a Lei 11645/08, pelo fato da realidade da
origem e formação da sociedade brasileira e latino-americana e,que no continente
africano há um país que fala o espanhol como língua oficial. A Lei 9795/99 que trata da
Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação
Fiscal; Enfrentamento a Violência na Escola, Prevenção ao Uso indevido de Drogas e
Sexualidade, todos esses temas serão abordados para que os alunos conheçam e
analisem de forma critica como outras sociedades tratam tais assuntos.
323
4 AVALIAÇÃO
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e,
portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. E um
elemento de reflexão continua do professor sobre sua prática educativa e revela aos
alunos suas dificuldades, progressão e possibilidades.
A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro
significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida.
Depreende-se, portanto que a avaliação da aprendizagem da língua estrangeira precisa
superar a concepção do mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto
que ela se configura como processual e, como tal, objetiva a subsidiar discussões a cerca
das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos ,a partir de suas produções, no processo
de ensino aprendizagem.
Nesse sentido, e necessário que o professor tenha uma visão de conjunto
no processo de avaliação:
Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar
a avaliação diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva.
O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve contemplar o
acompanhamento metodológico e avaliativo;
O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser feitos
pelo professor de forma continua e reflexiva;
A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre
professor e aluno, o que favorece a pratica e auto-avaliação entre
ambos;
As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como parâmetros
para realimentação dos encaminhamentos adotados;
Nessa proposta avaliativa, a língua e concebida como pratica social e
discursiva. A avaliação formativa, na sua condição continua e diagnostica deve ser
privilegiada, a fim de promover a analise e reflexão nos encaminhamentos das
324
intervenções pedagógicas.
A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer com
que o professor repense na sua metodologia planeje suas aulas de acordo com as
necessidades de seus alunos. E, através dela, e possível perceber quais são os
conhecimentos linguísticos, discursivo, sócio-pragmáticos ou culturais - e as práticas de
leitura, escrita e oralidade - que ainda não foram suficientemente deverão ser retomadas
para garantir a efetiva interação do aluno com as praticas discursivas em língua
estrangeira.
Considerando que alguns alunos apresentam dificuldades de
aprendizagem acentuada poderão ser utilizados diferentes métodos avaliativos que
respeitem seus ritmos e suas limitações. De acordo com a Lei n° 10.436 de 24 de abril de
2002 em se tratando do aluno com deficiência auditiva, deve-se respeitar sua primeira
língua (LIBRAS), que apresenta uma forma de funcionamento linguístico cognitivo
diferenciado ou podendo também ser avaliado em LIBRAS, com auxilio de interprete.
Para a avaliação será utilizadas as provas objetivas e discursivas, leitura
de textos diversos gêneros textuais, debates, seminários, narrações, dissertações,
resumos, trabalhos, individuais e em grupos, música, teatro, filmes, jogos e outras
atividades. As avaliações para alunos com deficiência auditiva poderá ser em libras e com
auxilio de um interprete. (caso o colégio receba algum caso de inclusão).
Para que essa avaliação aconteça com êxito, faz-se necessário que a
mesma deixe de ser utilizada, segundo Luckesi (2005:166) como "recurso de autoridades
e assuma papel de auxiliadora do crescimento”.
A avaliação será feita de forma contínua com o valor de 100 pontos (50
pontos de avaliações e 50 pontos de trabalhos). Na recuperação será feita avaliações no
valor de 100 pontos (50 pontos de avaliações e 50 pontos de trabalho).
REFERÊNCIAS
Cipriano, Carlos Luckesi. 15ª ed. São Paulo: Cortez, 2003.
DCEs. Diretrizes Curriculares Estaduais. Curitiba, SEED, 2009.
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
325
L.E.M.-INGLÊS
1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
Concepção da Disciplina
O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado
depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.
Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,
apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão. Em
1916, com a publicação de Cours de Lingüistic Génerele por Ferdinand Saussure,
inauguram-se os estudos da linguagem em caráter científico, sendo a língua objeto de
estudo para a Linguística.
Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um caráter
patriótico e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é introduzido
no lugar do alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do
Brasil, em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso, a necessidade de
aprender inglês tornou-se cada vez maior.
Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma
ensinado nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no Colégio
Estadual do Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o Estado.
Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, nº
9394/96, determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna,
escolhida pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental. Com relação ao Ensino
Médio, a Lei determina que seja incluída uma Língua Estrangeira Moderna como
disciplina obrigatória, e uma segunda, em caráter optativo, dependendo das
disponibilidades da instituição.
Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da oferta
de Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de reflexão sobre
a língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os sentidos oferecidos pelas
múltiplas culturas inseridas em cada sociedade.
Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua
Estrangeira é também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é
326
fundamental observar se o ensino dessa segunda língua corrobora para a perpetuação de
ideias, de dominação ou emancipação. O ensino de língua estrangeira deve garantir que
os alunos não se tornem consumidores passíveis de cultura e de conhecimento, e sim,
criadores ativos.
Assim sendo, a aprendizagem de uma língua estrangeira adquire um
caráter político como forma de ação para transformar o mundo. Nessa perspectiva, a
responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-se e exige uma reflexão ampla
do educador sobre o modo como se ensina e para que se está ensinando. Somente assim
haverá uma apropriação crítica e histórica do conhecimento para uma maior
compreensão da realidade sócio-cultural do aluno, tornando-o um agente transformador e
democrático do seu ambiente de convívio.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
Conteúdos básicos são os conhecimentos fundamentais e necessários
para cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. O acesso a
esses conhecimentos em suas respectivas séries é direito do aluno na etapa de
escolarização em que se encontra e imprescindível para sua formação. O trabalho
pedagógico com tais conteúdos é dever do professor que poderá acrescentar, mas jamais
reduzi-los ou suprimi-los, pois eles são básicos e, por isso, não podem ser menos do que
se apresentam.
Não se trata de uma lista solta e isolada de conteúdos a serem
trabalhados por série.
A língua (objeto de estudo dessa disciplina), entendida como interação
verbal e produtora de sentidos, marcada por relações pragmáticas e contextuais de
poder, terá como conteúdo estruturante: o “discurso” como “prática social”, realizada por
meio das práticas discursivas que envolvem, a compreensão auditiva, a leitura de mundo,
a escrita nas múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo.
O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber
a gama de discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que
permeiam as relações sociais e as relações de poder. É preciso que os níveis de
organização linguística sirvam para a compreensão da linguagem, na produção escrita,
oral, verbal e não verbal.
327
Entretanto, os conteúdos específicos para o Ensino Fundamental, por
série, serão desdobrados a partir de textos (verbais e não-verbais), considerando seus
elementos linguístico-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos),
manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita, oralidade e compreensão auditiva).
Portanto, os textos escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os conteúdos
estruturantes, bem como as práticas discursivas a serem trabalhadas.
Diante da dificuldade de estabelecer os conteúdos por série,
considerando a diversidade de textos em circulação na sociedade e a especificidade do
tratamento da língua estrangeira na prática pedagógica, cumpre estabelecer alguns
critérios norteadores para o ensino de Língua Estrangeira, já que os conteúdos
estruturantes estão pautados no discurso, pois estes serão consequentes e inerentes aos
textos trabalhados.
A princípio, é preciso levar em conta o processo de continuidade, ou seja,
a “manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades da
língua estrangeira ofertadas, as condições de trabalho existentes na escola, o projeto
político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos
alunos” (DCE: 2008, p. 37).
Ao se trabalhar os textos, propõe-se uma análise linguístico-discursivos
dos elementos não só de natureza linguística, mas, principalmente, os de fins educativos,
visando a abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os
interesses dos alunos. Vale ressaltar a importância de se trabalhar os diversos tipos de
texto, com diferentes graus de complexidade da estrutura linguistica.
Propõe-se a participação do aluno na escolha temática dos textos, visto
que um dos objetivos é possibilitar a participação do mesmo, permitindo, assim, a
construção de relações entre ações individuais e coletivas. A prática de tal experiência
permite que os alunos compreendam os interesses do grupo e escolham conteúdos mais
significativos promovendo a participação de todos. alunos.
Vale atentar para a escolha de textos que não priorizem uma “visão
monolítica e estereotipada de cultura” (p. 38). Assim, os conteúdos poderão dar ao aluno
indicativos para perceber os avanços nos estudos, na medida em que forem baseados no
planejamento estabelecidos entre professores ao longo do ano.
É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a
partir das escolhas temáticas e textuais, enfatizando o conteúdo e não a forma. O uso do
texto é fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita, da
328
oralidade e da compreensão auditiva. Além disso, o texto será enriquecido por músicas,
filmes, debates, pesquisas, jogos, teatros, danças entre outros.
Serão observados os diferentes níveis de aprendizagem e bagagem de
conteúdos diagnosticados no início do ano, bem como será dada especial atenção ao
Ensino Noturno, considerando suas peculiaridades.
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola
como um espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento
enquanto instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e
democrática para a transformação da realidade. A escolarização tem o compromisso de
prover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto
resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua
transformação.
Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e
reflexão sobre os fenômenos Linguísticos e culturais como realizações discursivas, as
quais se revelam na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo.
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação
primeira com o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às
demais no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma
simultânea utilização de todas as práticas discursivas: leitura, escrita, oralidade e
compreensão auditiva. É nesta abordagem que leitura, escrita e oralidade se interagem.
Texto e leitura são indissociáveis. Referem-se às estratégias de compreensão, discussão,
organização e produção de textos, bem como ao contexto social, aos papéis que leitores
e escritores exercem em seus grupos sociais e seus propósitos.
A proposta do L.E.M no Ensino Fundamental e Médio considera a leitura
como interação entre os múltiplos textos e ocorre na relação entre o leitor, texto, autor e
outros leitores. A leitura ancorada numa perspectiva crítica promove a construção e a
percepção de mundo do sujeito leitor, tornando-o capaz de criar significados e sentidos
que contribuam para uma maior compreensão diante do texto. Esse processo de
construção de sentido, apoiado na bagagem cultural e com acesso permanente a língua
inglesa, são fundamentais para a prática social do cidadão e interpretação dos discursos
de sua comunidade.
329
Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o
uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Serão selecionados a partir
dos erros resultantes das atividades e da dificuldade dos alunos.
Ao a Lei nº 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira e Africana será
trabalhada através de ações que propiciem o contato com a cultura africana e
afrodescendente, dentro da Língua Inglesa, culminando em exposições de obras literárias
de escritores negros, documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e preconceito,
costumes e hábitos, procurando destacar a contribuição da cultura dos povos negros,
falantes da língua inglesa. A Lei 11645/08 - História e Cultura dos povos indígenas;
valorizando a história e cultura de seus povos será trabalhada através de atividades que
resgatem a sua história e cultura com pesquisas na Internet, apresentações de danças e
outras. A Lei 9795/99 _ Política Nacional de Educação Ambiental; e Temáticas referentes
ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos(Educação Fiscal e
Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao uso indevido de
Drogas e |Educação Ambiental (já citada-Lei); e a Diversidade: Relações Étnicos-Raciais
e Afro-descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade
Sexual e Educação do Campo serão trabalhadas por meios de palestras para
conscientização devido à importância dos temas que serão abordados. Serão utilizados
para o desenvolvimento desses trabalhos os recursos tecnológicos como televisão, rádio,
notebook, data show, computador e outros. trabalhar com as diferentes culturas, é
importante que o aluno, ao contrastar a sua cultura com a do outro, perceba-se como
sujeito histórico-crítico e socialmente constituído e, assim, elabore a consciência da
própria identidade. Em relação à escrita, não podemos esquecer que ela deve ser vista
como uma atividade interacional e significativa.
Os tipos de textos publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de
opinião, etc serão abordados pelo professor, visando não só a compreensão linguística,
mas a prática discursiva. Aprendemos a moldar nossa fala às formas textuais. Os textos
literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem reflexão e façam com
que os percebam como uma prática social de um determinado contexto sociocultural
particular.
Se não existissem as múltiplas linguagens e se não as dominássemos,
tendo que criá-los pela primeira vez no processo da fala, a comunicação verbal seria
quase impossível (Bakhtin, 1998).
330
O objetivo da Língua Inglesa será o de proporcionar ao aluno a
possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas
práticas sociais. O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais
disciplinas do currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa
obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com
que o aluno perceba que conteúdos com disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar
relacionados entre si.
Essa proposta metodológica apoia-se no uso de livros didáticos
escolhidos pelo corpo docente de Língua Inglesa tais como: Let's Speak English, Steps,
Read, Read Practical English, Take your time, Insights Into Englisk e outros. Além desse
material, serão utilizados dicionários, textos variados (de revistas e jornais, visuais e não
visuais), uso da tecnologia como: DVDs, CD-ROM, Internet, TV multimídia, Data show e
outros materiais pedagógicos.
O professor engajado nessa proposta metodológica pode promover uma
reflexão, juntamente com o aluno, de forma a desvendar os valores subjacentes,
abordando criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo tempo, levá-lo a contemplar
a diversidade regional e cultural.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e,
portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um
elemento de reflexão contínua do professor sobre sua prática educativa e revela aos
alunos suas dificuldades, progressos e possibilidades.
A avaliação deve fornecer dados sobre o desenvolvimento das
capacidades do educando e o grau de desenvolvimento intelectual, aplicabilidade dos
objetivos de conhecimentos ensinados que orientarão os ajustes e intervenções
pedagógicas visando à aprendizagem da forma mais adequada para o aluno.
A relevância e a adequação dos conteúdos está atrelada, ainda, às
características psicossociais dos alunos, capacidade para estabelecer relações entre os
conteúdos, às necessidades de seu dia-a-dia e com o contexto cultural.
331
Além disso, é importante nesse processo o feedback das avaliações aos
alunos com os devidos comentários, para que eles possam entender o processo de
aprendizagem e, assim, buscar a superação das suas dificuldades.
As informações obtidas através da avaliação devem revelar os resultados
da aprendizagem para que essa possa fluir em bases consistentes, apoiando-se em
conhecimentos teóricos que necessitam ser solidificados.
O papel da avaliação é diagnosticar o avanço do conhecimento,
caracterizando-se como um processo contínuo de comprometimento com o saber
científico, cultural e social.
Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de conjunto
no processo de avaliação levando em conta que:
Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar
a avaliação contínua, cumulativa e processual;
O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve contemplar o
acompanhamento metodológico e avaliativo;
Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos analisem
quanto e como conseguiram aproximar-se dos objetivos propostos;
O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser feitos pelo
professor de forma contínua e reflexiva;
A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre
professor e aluno, o que favorece a prática de auto-avaliação entre ambos;
As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como parâmetros
para realimentação dos encaminhamentos adotados.
Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social e
discursiva. A avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnóstica deve ser
privilegiada, a fim de promover a análise e reflexão no encaminhamento das intervenções
pedagógicas.
A avaliação de determinado dado de produção em língua estrangeira
considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, o vê como resultado do processo
de aquisição de uma nova língua. Portanto, na avaliação o erro precisa ser visto como um
passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo. É preciso
lembrar que o processo de aprendizagem não é linear, não acontece da mesma forma e,
332
ao mesmo tempo, para diferentes pessoas. Cabe ao professor, avaliar, priorizar o
processo de crescimento do aluno e não apenas mensurar o conhecimento por ele
alcançado.
A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer com
que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as
necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível perceber quais são os
conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas –
leitura, escrita, oralidade e compreensão auditiva – que ainda não foram suficientemente
trabalhadas e que precisam ser abordadas mais exaustivamente para garantir a efetiva
interação do aluno com os discursos em língua estrangeira.
A avaliação deve ser compreendida como um instrumento de
compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conteúdos estudados.
Ação que necessita ser contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o
conhecimento global do aluno, pois o processo de construção de conhecimentos dará
muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e,
assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações se for preciso. É a avaliação
diagnóstica.
O critério de avaliação adotado pelo Estabelecimento é trimestral e será
composto pela somatória da nota 5,0 (cinco vírgula zero) referente a atividades
diversificadas especificadas no Art. 107 do Regimento Escolar, mais a nota 5,0 (cinco
vírgula zero) proveniente à prova escrita, totalizando nota final 10,0 (dez vírgula zero).
Assim, para a avaliação serão utilizadas as provas objetivas e
discursivas; leitura de textos de diversos gêneros textuais; debates, seminários e
interpretações de textos; seminários; diálogos orais e escritos; elaboração de narrações,
dissertações, resumos, poesias; trabalhos individuais e em grupos; músicas; teatros;
filmes, jogos, dentre outros instrumentos.
Para que essa avaliação aconteça com êxito, faz-se necessário que a
mesma deixe de ser utilizada, segundo Luckesi (2005, p. 166) como “recurso de
autoridade e assuma papel de auxiliadora do crescimento”.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Ela ocorrerá de duas formas:
a) Com retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos
instrumentos de avaliação;
333
b) com a reavaliação do conteúdo já “re-explicado” em sala de aula.
O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional às avaliações
como um todo, ou seja, equivalerá de zero a cem, apreensão de retomadas dos
conteúdos.
REFERÊNCIAS
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em Formação. Ed. Campinas, S.P:Pontes.2ª Edição.2005.
AUN, Eliana [et. al.]. English for all. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
BRASIL. Lei- n° 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de
_____. Educação. Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-brasileira e Africana.
_____. Ministério da Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004.
CASSELA, Figueiredo L. , Let's Speak English. Ed. Ática, 1995
KELLER, Vitória. Steps. Ibep, 1997.
LEFFA.Vilson J. A Interação na Aprendizagem das Línguas. Ed.Pelotas: Educat 2006.
_____. Professor de Línguas Estrangeiras: construindo a profissão. Ed. EDUCAT.
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MARQUES, Amadeu; Read, Read Practical English. Ed. Ática, 1997
MÜLLER, Simone Sargento Vera (Orgs.). O Ensino do Inglês como Língua
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PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação
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Pr., 2008.
PARANÁ, Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Antonio Racanello Sampaio-
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PARANÁ, Regimento Escolar . Colégio Estadual Antonio Racanello Sampaio-
Arapongas, 2011.
334
ROCHA, Ana Luiza; Take your time. Rocha, Ed.Moderna, 1996.
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