GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SMA/CPLA

208
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SMA/CPLA SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................. 2 1. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA BACIA DO GUARAPIRANGA.................................................. 5 1.1. ASPECTOS FÍSICOS ............................................................................................................................. 5 1.2. USO DO SOLO..................................................................................................................................... 7 1.3. DEMOGRAFIA E CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS ............................................................................... 21 1.4. INFRA-ESTRUTURA SANITÁRIA: ABASTECIMENTO DE ÁGUA, ESGOTAMENTO SANITÁRIO, COLETA E DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS ............................................................................................ 28 1.4.1. Abastecimento de água ............................................................................................................. 28 1.4.2. Esgotamento sanitário ............................................................................................................... 31 1.4.3. Coleta e disposição de resíduos sólidos domésticos ................................................................ 38 1.5. ÁREAS CONTAMINADAS POR EFLUENTES LÍQUIDOS E RESÍDUOS SÓLIDOS DE ORIGEM INDUSTRIAL.......... 40 1.6. TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS................................................................................................ 42 1.7. INDICADORES AMBIENTAIS E DE SAÚDE............................................................................................... 44 1.8. QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RESERVATÓRIO E TRIBUTÁRIOS................................................................. 49 1.8.1. Principais fontes poluidoras ....................................................................................................... 50 1.8.2. A rede de drenagem e a qualidade das águas .......................................................................... 51 2.8.3. Qualidade da água nos tributários ............................................................................................. 59 2.8.3. Qualidade da água no reservatório ........................................................................................... 67 2. PLANO EMERGENCIAL DE RECUPERAÇÃO DA BACIA DO GUARAPIRANGA ............................ 84 3. MAPA DA APRM-G.............................................................................................................................. 106 4. ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O ZONEAMENTO AMBIENTAL DA LEI ESPECÍFICA DO GUARAPIRANGA E IMAGENS DE SATÉLITE ........................................................................................... 112 4.1. METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DA ANÁLISE COMPARATIVA .............................................................. 112 4.2. RESULTADOS DA ANÁLISE COMPARATIVA.......................................................................................... 113 5. PROJEÇÕES DE TENDÊNCIAS FUTURAS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DA BACIA DO GUARAPIRANGA ......................................................................................................................................... 125 5.1. ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO OCORRIDAS NO PERÍODO 1994-2002........ 125 5.2. PROJEÇÃO DAS TENDÊNCIAS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DA BACIA DO GUARAPIRANGA................. 129 5.2.1. Projeção populacional .............................................................................................................. 131 5.2.2. Projeção dos índices de atendimento do sistema de esgotamento sanitário ......................... 132 5.2.3. Delimitação das sub-bacias de contribuição ........................................................................... 132 6. METAS PARA OBTENÇÃO DE PADRÕES DE QUALIDADE AMBIENTAL ..................................... 136 6.1. CÔMPUTO DAS CARGAS AFLUENTES AO RESERVATÓRIO O MODELO MQUAL .................................. 136 6.1.1. Histórico ................................................................................................................................... 136 6.1.2. MQUAL 1.0 .......................................................................................................................... 138 6.1.3. MQUAL 2.0 .......................................................................................................................... 139 6.1.4. Diferenças entre os resultados obtidos através do MQUAL 1.0 e do MQUAL 2.0 ............. 140 6.1.5. A reversão do braço Taquacetuba do reservatório Billings ................................................ 143 6.1.6. A abordagem utilizada ......................................................................................................... 144 6.1.7. Recomendações .................................................................................................................. 144 6.2. AVALIAÇÃO DAS CARGAS POLUIDORAS NO CENÁRIO ATUAL 2006 ................................................... 145 6.3. ESTIMATIVA DAS CARGAS DE FÓSFORO GERADAS E AFLUENTES EM CENÁRIOS FUTUROS.................... 147 6.4. DISCUSSÃO E RECOMENDAÇÕES ..................................................................................................... 149 7. DIRETRIZES PARA O ESTABELECIMENTO DE POLÍTICAS SETORIAIS ...................................... 152 7.1. DIRETRIZES SETORIAIS.................................................................................................................... 152 7.1.1. Habitação ................................................................................................................................. 152 7.1.2. Atividade industrial ................................................................................................................... 156

Transcript of GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SMA/CPLA

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    SUMRIO

    APRESENTAO ............................................................................................................................................. 2

    1. CARACTERIZAO AMBIENTAL DA BACIA DO GUARAPIRANGA .................................................. 5

    1.1. ASPECTOS FSICOS ............................................................................................................................. 5 1.2. USO DO SOLO ..................................................................................................................................... 7 1.3. DEMOGRAFIA E CONDIES SCIO-ECONMICAS ............................................................................... 21 1.4. INFRA-ESTRUTURA SANITRIA: ABASTECIMENTO DE GUA, ESGOTAMENTO SANITRIO, COLETA E DISPOSIO DE RESDUOS SLIDOS DOMSTICOS ............................................................................................ 28

    1.4.1. Abastecimento de gua ............................................................................................................. 28 1.4.2. Esgotamento sanitrio ............................................................................................................... 31 1.4.3. Coleta e disposio de resduos slidos domsticos ................................................................ 38

    1.5. REAS CONTAMINADAS POR EFLUENTES LQUIDOS E RESDUOS SLIDOS DE ORIGEM INDUSTRIAL .......... 40 1.6. TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS ................................................................................................ 42 1.7. INDICADORES AMBIENTAIS E DE SADE............................................................................................... 44 1.8. QUALIDADE DAS GUAS DO RESERVATRIO E TRIBUTRIOS ................................................................. 49

    1.8.1. Principais fontes poluidoras ....................................................................................................... 50 1.8.2. A rede de drenagem e a qualidade das guas .......................................................................... 51 2.8.3. Qualidade da gua nos tributrios ............................................................................................. 59 2.8.3. Qualidade da gua no reservatrio ........................................................................................... 67

    2. PLANO EMERGENCIAL DE RECUPERAO DA BACIA DO GUARAPIRANGA ............................ 84

    3. MAPA DA APRM-G .............................................................................................................................. 106

    4. ANLISE COMPARATIVA ENTRE O ZONEAMENTO AMBIENTAL DA LEI ESPECFICA DO GUARAPIRANGA E IMAGENS DE SATLITE ........................................................................................... 112

    4.1. METODOLOGIA DE ELABORAO DA ANLISE COMPARATIVA .............................................................. 112 4.2. RESULTADOS DA ANLISE COMPARATIVA .......................................................................................... 113

    5. PROJEES DE TENDNCIAS FUTURAS DE USO E OCUPAO DO SOLO DA BACIA DO GUARAPIRANGA ......................................................................................................................................... 125

    5.1. ANLISE DAS ALTERAES DO USO E OCUPAO DO SOLO OCORRIDAS NO PERODO 1994-2002 ........ 125 5.2. PROJEO DAS TENDNCIAS DE USO E OCUPAO DO SOLO DA BACIA DO GUARAPIRANGA ................. 129

    5.2.1. Projeo populacional .............................................................................................................. 131 5.2.2. Projeo dos ndices de atendimento do sistema de esgotamento sanitrio ......................... 132 5.2.3. Delimitao das sub-bacias de contribuio ........................................................................... 132

    6. METAS PARA OBTENO DE PADRES DE QUALIDADE AMBIENTAL ..................................... 136

    6.1. CMPUTO DAS CARGAS AFLUENTES AO RESERVATRIO O MODELO MQUAL .................................. 136 6.1.1. Histrico ................................................................................................................................... 136 6.1.2. MQUAL 1.0 .......................................................................................................................... 138 6.1.3. MQUAL 2.0 .......................................................................................................................... 139 6.1.4. Diferenas entre os resultados obtidos atravs do MQUAL 1.0 e do MQUAL 2.0 ............. 140 6.1.5. A reverso do brao Taquacetuba do reservatrio Billings ................................................ 143 6.1.6. A abordagem utilizada ......................................................................................................... 144 6.1.7. Recomendaes .................................................................................................................. 144

    6.2. AVALIAO DAS CARGAS POLUIDORAS NO CENRIO ATUAL 2006 ................................................... 145 6.3. ESTIMATIVA DAS CARGAS DE FSFORO GERADAS E AFLUENTES EM CENRIOS FUTUROS .................... 147 6.4. DISCUSSO E RECOMENDAES ..................................................................................................... 149

    7. DIRETRIZES PARA O ESTABELECIMENTO DE POLTICAS SETORIAIS ...................................... 152

    7.1. DIRETRIZES SETORIAIS .................................................................................................................... 152 7.1.1. Habitao ................................................................................................................................. 152 7.1.2. Atividade industrial ................................................................................................................... 156

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    2

    7.1.3. Atividade agropecuria ............................................................................................................ 158 7.1.4. Turismo e lazer ........................................................................................................................ 160 7.1.5. Manejo de parques e reas verdes ......................................................................................... 162 7.1.6. Sistema virio e de transporte ................................................................................................. 164 7.1.7. Infra-estrutura sanitria ............................................................................................................ 175

    7.2. ESTRATGIA PARA A ATRAO DE EMPREENDIMENTOS COMPATVEIS COM A PROTEO AMBIENTAL DA BACIA DO GUARAPIRANGA ............................................................................................................................ 178

    8. PROPOSIO DE INSTRUMENTOS PARA A GESTO DA APRM-G ............................................. 181

    8.1. PROGRAMA DE EDUCAO AMBIENTAL ............................................................................................ 181 8.2. PROGRAMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL .................................................................................. 183

    8.2.1. Monitoramento da Qualidade da gua .................................................................................... 183 8.2.2. Monitoramento do Uso e Ocupao do Solo ........................................................................... 185 8.2.3. Monitoramento da eficcia dos Projetos e Programas ............................................................ 187 8.2.4. rgos Responsveis pelo Programa de Monitoramento Ambiental...................................... 187

    8.3. SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTO DA APRM-G ........................................................................ 187

    9. PROGRAMA DE INVESTIMENTOS PARA A BACIA DO GUARAPIRANGA ................................... 193

    9.1. RECURSOS ASSEGURADOS PARA A BACIA DO GUARAPIRANGA .......................................................... 193 9.1.1. Programa de Recuperao de Mananciais ............................................................................. 193 9.1.2. Programa Crrego Limpo ........................................................................................................ 195 9.1.3. Operao Defesa das guas ................................................................................................... 197 9.1.4. Rodoanel Mrio Covas Trecho Sul ....................................................................................... 200 9.1.5. Prefeituras Municipais .............................................................................................................. 202

    10. DESAFIOS PARA A PRESERVAO DA BACIA DO GUARAPIRANGA ................................... 205

    10.1. DESAFIOS GLOBAIS ........................................................................................................................ 205 10.2. DESAFIOS ESPECFICOS .................................................................................................................. 205

    ANEXO I. BASE DE DADOS E INSTRUES PARA VISUALIZAO E IMPRESSO DE ARQUIVOS DE LAYOUT DOS MAPAS DA APRM-G............................................................................................................I.01

    ANEXO II. MQUAL PLANILHAS DOS DADOS DE ENTRADA E RESULTADOS.............................................................................................................................................II.01

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    APRESENTAO

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    2

    APRESENTAO

    Este documento constitui o Relatrio Final do projeto denominado Atualizao do Plano de

    Desenvolvimento e Proteo Ambiental da Bacia Hidrogrfica do Guarapiranga, conforme

    estabelecido no Contrato n 03/06, celebrado entre a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de

    So Paulo, atravs da CPLEA Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratgico e

    Educao Ambiental e a Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos COBRAPE.

    Articulado ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hdricos SIGRH e vinculado

    aos Sistemas de Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, o Plano de Desenvolvimento e

    Proteo Ambiental da Bacia Hidrogrfica do Guarapiranga PDPA-Guarapiranga estabelece

    polticas pblicas e programas ambientais que devem ser implantados na rea de Proteo e

    Recuperao dos Mananciais da Bacia do Guarapiranga APRM-G.

    O PDPA compor o Plano de Bacia da UGRHI Unidade de Gerenciamento de Recursos

    Hdricos e integrar o Plano Estadual de Recursos Hdricos que ser atualizado a cada quatro

    anos e aprovado pelo Governador do Estado na forma do Artigo 47, inciso III, da Constituio

    Estadual.

    Em 16 de janeiro de 2006, foi sancionada a Lei Estadual n 12.233 que define a rea de Proteo

    e Recuperao dos Mananciais da Bacia Hidrogrfica do Guarapiranga Lei Especfica da

    APRM-G. Esta lei cria condies de gesto mais efetiva e descentralizada da bacia, atravs de

    diretrizes, regras e instrumentos indispensveis para a recuperao e manejo da rea, vinculando

    sua gesto ao SIGRH Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hdricos.

    A atualizao do PDPA, inicialmente elaborado no ano 2000, durante a execuo do Programa de

    Saneamento Ambiental da Bacia do Guarapiranga Programa Guarapiranga, objetiva rever os

    instrumentos tcnicos necessrios gesto da bacia e compatibilizar as leis municipais de uso e

    ocupao do solo com a Lei Especfica da APRM-G.

    No presente relatrio esto includos os principais temas desenvolvidos nos relatrios parciais 2 e

    3, entre os quais:

    Caracterizao Ambiental da Bacia do Guarapiranga: anlise dos aspectos relacionados ao

    uso do solo, demografia e socioeconomia, identificao da rea de cobertura da infra-estrutura

    sanitria existente e projetada e das reas contaminadas por resduos de origem industrial,

    legislao incidente sobre o transporte de cargas perigosas, indicadores ambientais e de

    sade, qualidade das guas e quantificao do aporte das cargas poluidoras nos tributrios e

    reservatrio;

    Plano Emergencial de Recuperao da Bacia do Guarapiranga: levantamento da situao

    atual das intervenes propostas pelo Plano Emergencial de Recuperao da Bacia

    Hidrogrfica do Guarapiranga, realizado a partir da regulamentao do Artigo 47 da Lei

    Estadual 9.866/97 pelo Decreto 43.022/98;

    Mapa da APRM-G: descrio da elaborao dos mapas da APRM-G e APRM-G + Raster SCM

    80/81, em escala 1:10.000, com a delimitao das sub-reas de ocupao dirigida definida

    pela Lei Especfica da APRM-G, corrigida por critrios estabelecidos pela CPLEA;

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    3

    Anlise Comparativa entre o Zoneamento Ambiental da Lei do Guarapiranga e Imagens do

    Satlite Quickbird: anlise foi necessria devido ao longo perodo decorrido entre a elaborao

    do Mapa da APRM-G (1998/1999) e aprovao da Lei Especfica (2006).

    Projees de Tendncias Futuras de Uso e Ocupao do Solo da Bacia do Guarapiranga:

    descrio dos cenrios de projeo adotados Tendencial, Programa Mananciais e

    Referencial;

    Metas para Obteno de Padres de Qualidade Ambiental: discusso dos objetivos da

    utilizao e as diferenas entre as verses existentes do Modelo de Correlao Uso do

    Solo/Qualidade da gua MQUAL, apresentao e discusso dos resultados das cargas

    geradas e afluentes ao reservatrio nos anos de 2006 (situao atual), 2011 e 2015, de

    acordo com os trs cenrios de intervenes estabelecidos;

    Diretrizes para o Estabelecimento de Polticas Setoriais: reviso das diretrizes setoriais para

    habitao, atividades industrial e agropecuria, turismo e lazer, virio, transportes,

    saneamento e manejo de recursos naturais e proposio de novas diretrizes para programas

    de induo implementao de usos e atividades compatveis para a proteo e a

    recuperao ambiental da APRM Guarapiranga;

    Proposio de Programas Integrados para a Gesto da APRM-G: identificao e proposio

    de programas integrados de Educao Ambiental, Monitoramento de Qualidade e Quantidade

    de gua e do Uso e Ocupao do Solo / Controle e Fiscalizao e proposta de aes

    necessrias implementao do Sistema de Gesto e melhoria da qualidade ambiental da

    APRM-G no perodo 2007-2010.

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    1. CARACTERIZAO AMBIENTAL DA BACIA DO

    GUARAPIRANGA

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    5

    1. CARACTERIZAO AMBIENTAL DA BACIA DO GUARAPIRANGA

    1.1. Aspectos fsicos

    A Bacia do Reservatrio Guarapiranga insere-se na poro sudoeste da Regio Metropolitana de

    So Paulo, abrangendo parcelas territoriais dos municpios de Cotia, Embu, Itapecerica da Serra,

    Juquitiba, So Loureno da Serra e So Paulo e a rea total do municpio de Embu Guau

    (Quadro 1-01). Possui rea de drenagem de 638 km2(1) (8% da rea total da Regio Metropolitana

    de So Paulo), e tem como principal corpo dgua, o reservatrio formado pelo represamento do

    rio Guarapiranga, sendo os rios Parelheiros, Embu Mirim, Embu Guau e seu afluente, o Ribeiro

    Santa Rita, seus principais tributrios. Aproximadamente 1 e 1,5 m3/s das guas do rio Capivari,

    pertencente bacia hidrogrfica da Baixada Santista, so revertidos para o rio Embu Guau e,

    desde 2000, o rio Parelheiros recebe entre 2 e 4 m3/s das guas do Brao Taquacetuba do

    Reservatrio Billings. No perodo 1995-2005, a vazo natural mdia do reservatrio foi estimada

    em 12,3 m3/s.

    O Reservatrio Guarapiranga foi construdo entre 1906 e 1909, destinado regularizao da

    vazo do Rio Tiet e conseqente garantia da gerao de energia eltrica na Usina de Santana

    de Parnaba. Possui permetro de 85 km, rea de espelho dgua de 26,6 km2, volume de 180 hm3

    e profundidades mdia e mxima de 5,7 m e 13 m, respectivamente. Localiza-se a 2343 Latitude

    Sul, 4632 Longitude Oeste de Greenwich e em altitude de 740 m. Em 1928 passou a ser

    utilizado como manancial para abastecimento pblico da cidade de So Paulo e atualmente

    responsvel pelo abastecimento de aproximadamente 20% da RMSP, ou seja, 3,7 milhes de

    pessoas residentes nos bairros de Butant, Campo Limpo, Morumbi e Santo Amaro na capital e

    no municpio de Taboo da Serra, atravs do fornecimento de 14 m3/s para o Sistema Produtor

    Guarapiranga, constitudo pela estao de tratamento de gua Alto da Boa Vista, operada pela

    SABESP.

    A bacia do reservatrio abriga uma regio de transio entre a mancha urbana da metrpole e as

    escarpas da Serra do Mar, ainda recobertas de remanescentes da Mata Atlntica. Incorpora, ao

    norte, territrios densamente urbanizados, concentrados, principalmente, em torno do lago; e, ao

    sul, territrios ainda relativamente preservados, compreendendo as cabeceiras dos rios Embu

    Guau e Santa Rita (seu afluente), j prximos vertente martima da Serra do Mar. A leste

    confronta-se com a bacia do Reservatrio Billings, tambm bastante urbanizada no trecho prximo

    barragem, e a sudeste, com a bacia do Capivari-Monos, ainda pouco ocupada. A oeste,

    confronta-se com a bacia do rio Cotia.

    1 Atualizao PDPA Guarapiranga. COBRAPE, 2006.

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    6

    Quadro 1-01 Municpios localizados na bacia do Guarapiranga

    Municpio rea total do

    municpio (km2)(1)

    rea do municpio

    na bacia (km2)

    Percentual da rea do municpio na bacia em relao rea

    total do municpio (%)

    Percentual da rea do municpio na bacia em relao rea total da

    bacia (%)

    rea do reservatrio no

    municpio (km

    2)(2)

    Percentual da rea total do

    reservatrio no municpio (%)

    Cotia 325,89 22,28 6,8 3,5 0 0

    Embu 70,08 40,71 58,1 6,4 0 0

    Embu Guau 155,04 155,04 100,0 24,3 0,97 3,6

    Itapecerica da Serra

    151,80 145,88 96,1 22,9 0,79 3,0

    Juquitiba 521,60 7,81 1,5 1,2 0 0

    So Loureno da Serra

    186,71 33,07 17,7 5,2 0 0

    So Paulo 1.522,99 233,02 15,3 36,5 24,87 93,4

    Total 2.934,11 637,80 - 100,0 26,63 100,0

    Fonte: (1) IBGE; (2) A delimitao do reservatrio Guarapiranga, realizada neste estudo, foi executada pelo traado do nvel dgua registrado no Raster SCM 80/81, ou seja, 736 m.

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    7

    Compreende terrenos cujas altitudes variam entre 730 e 930 m, apresentando um relevo bastante

    acidentado em quase toda sua extenso. De maneira geral, a bacia pode ser caracterizada pela

    presena marcante de vertentes escarpadas, mais frgeis ocupao urbana. So evidentes

    grandes pores de reas com declividades superiores a 30%, principalmente na regio ao longo

    da rodovia Rgis Bittencourt, onde a suscetibilidade aos processos degradacionais mais forte.

    marcante, ainda, a presena de plancies aluviais, tambm de maior fragilidade natural face

    ocupao urbana, reas estas concentradas principalmente na sub-bacia do rio Embu Guau.

    Predomina, na bacia, o clima tipicamente mido, com temperaturas mdias entre 16 e 23C,

    ndices pluviomtricos entre 1.600 e 2.500 mm anuais e elevados teores de umidade relativa do

    ar, tendendo a menor umidade mdia conforme se aproxima da mancha urbana. A direo

    predominante dos ventos de SW-NE que, no entanto, no consegue dissipar os constantes

    nevoeiros que se formam, principalmente na poro centro-sul.

    1.2. Uso do solo

    O mapeamento do uso do solo realizado durante a elaborao do PDPA da Bacia do

    Guarapiranga, concludo em 2000, foi revisto no mbito dos estudos de Atualizao de Dados e

    Ajustes no MQUAL da Bacia do Guarapiranga (SERHS/PRIME, 2006), atravs da utilizao do

    mapeamento da RMSP elaborado pela EMPLASA em 2002 e ajustes nas classes de uso de

    diversas reas para adequao s categorias estabelecidas no modelo de correlao uso do solo

    / qualidade da gua.

    Na concepo do MQUAL, as 52 categorias do mapeamento do uso e ocupao do solo da bacia,

    identificadas pela interpretao de foto area de maro/1994 na escala 1:25.000 e de fotografias

    areas das reas urbanizadas do municpio de So Paulo de 1995 na escala 1:5.000, foram

    agregadas em 8 categorias, considerando a potencialidade da gerao de cargas poluidoras e a

    deteriorao da qualidade da gua, conforme definies a seguir:

    Usos rurais:

    atividade agrcola: inclui as culturas temporrias e perenes, a horticultura, a criao de

    animais e as chcaras isoladas e de subsistncia;

    reflorestamento: reas de manejo agro-florestal, predominantemente representadas por

    remanescentes de plantaes florestais;

    mata e capoeiro: formaes vegetais arbreas de grande porte, em grande parte

    constitudas por vegetao nativa;

    capoeira e campo: categoria que agrega a vegetao de baixo porte e a vegetao de

    porte arbreo no incio do processo de regenerao (capoeira inicial);

    chcaras e movimento de terra: agrega as reas de lazer em rea rural (clubes, marinas,

    etc) e a movimentao de terra ou rocha, minerao ativa e desativada e as olarias.

    Usos urbanos:

    rea urbana de padro superior: categoria de uso residencial de alto e mdio padro; de

    baixa, mdia e alta intensidade de ocupao nos loteamentos; presena de equipamentos

    pblicos (escolas e creches, delegacia de polcia, etc), de equipamentos de lazer,

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    8

    considerados de caractersticas mais urbanas, atividades econmicas urbanas e rea vaga

    em rea urbana;

    rea urbana de padro inferior: categoria de uso residencial de baixo padro e habitao

    sub-normal; de alta, mdia e baixa intensidade de ocupao dos loteamentos; presena de

    equipamentos sociais (hospitais, cemitrios, rea de disposio de resduos, etc); carncia

    de infra-estrutura urbana, de saneamento e de servios urbanos, instalados e operantes

    (incluindo fiscalizao) ou com baixa eficincia da infra-estrutura instalada;

    rea industrial e comercial: categoria identificada no mapeamento de uso e ocupao do

    solo, que requer tratamento individualizado, pois, mesmo quando situada em reas bem

    atendidas pelos servios urbanos, induz maior movimentao de pessoas e veculos e o

    manuseio de cargas de substncias diversas, apresentando comportamento distinto das

    reas predominantemente residenciais.

    No estudo SERHS/PRIME (2006), os ajustes nas classes de uso do solo mapeadas pela

    EMPLASA foram realizados com o apoio da imagem do satlite Ikonos de 2002, sendo as

    principais alteraes descritas a seguir:

    Limite da bacia: pequenos ajustes na delimitao utilizada no mapeamento de 1994;

    rea urbanizada: reclassificao de algumas reas como industrial e equipamentos urbanos,

    com a incorporao de algumas reas de chcaras devido a presena de loteamentos de alto

    padro; desagregao em quatro classes: (1) rea urbana padro superior, (2) rea urbana

    padro inferior, (3) expanso urbana padro superior e (4) expanso urbana padro

    inferior;

    Aterro sanitrio: classe reenquadrada como movimento de terra e solo exposto;

    Hortifrutigranjeiro: foi renomeada como atividade agrcola e ela foram agregados outros usos

    rurais como as culturas agrcolas e a criao de animais;

    Campo: foi parcialmente reclassificada em atividade agrcola e loteamentos desocupados;

    Capoeira: diversas reas desta classe foram transferidas para as atividades agrcolas e

    loteamentos desocupados. Engloba as reas com vegetao arbustiva em estgio inicial a

    mdio de regenerao, identificadas similarmente aos critrios utilizados no mapeamento de

    1994;

    Chcara: diversas reas foram reclassificadas em rea urbanizada e atividade agrcola;

    Equipamento urbano: foi parcialmente reclassificada em indstria e comrcio, sendo a parcela

    remanescente desagregada em trs novas classes: (1) equipamento urbano padro

    superior, (2) equipamento urbano padro inferior e (3) clubes e marinas;

    Espelho dgua: enquadra culturas, piscicultura, minerao, chcaras e lagos naturais;

    Reservatrio: foi mantido o limite do reservatrio mapeado em 1994, correspondente

    extenso mxima a ser atingida antes do incio do transbordamento de gua da barragem;

    Favela: rea mantida conforme mapeamento da EMPLASA;

    Indstria: esta classe integrou os principais corredores comerciais e passou a se chamar

    indstria e comrcio. Diversas pequenas reas industriais e comerciais, como por exemplo, as

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    9

    garagens de nibus, identificadas no mapeamento de 1994, foram reenquadradas nesta

    classe;

    Lixo: foram incorporadas as reas que pertenciam a indstrias e de disposio de resduos j

    mapeadas em 1994;

    Loteamento desocupado: inclui rea de campo, capoeira e mata, identificadas no mapeamento

    de 1994 e que ainda esto em fase inicial de ocupao;

    Mata: diversas reas foram reclassificadas em capoeira, loteamentos desocupados e

    vegetao de vrzea;

    Minerao: rea mantida conforme mapeamento da EMPLASA;

    Movimento de terra e solo exposto: inclui a classe aterro sanitrio. Algumas reas foram

    reclassificadas em atividade agrcola e indstria e comrcio;

    Outros usos: diversas reas foram reclassificadas em rea urbanizada, equipamentos urbanos

    e indstria e comrcio. As demais so compatveis com os usos rurais e no se viu a

    necessidade em reclassificar cada uma das reas que compem esta classe;

    Reflorestamento: mantida praticamente conforme o mapeamento da EMPLASA;

    Rodovia: mantida conforme mapeamento da EMPLASA;

    Vegetao de vrzea: algumas reas foram reclassificadas em atividade agrcola e nelas

    foram agregadas outras que estavam enquadradas como matas;

    Clube e marina: esta classe no existe no mapeamento original da EMPLASA, e foi criada

    para identificar este tipo de equipamento urbano com potencial de poluio muito baixo,

    semelhante ao das chcaras.

    No Quadro 1-02 so relacionadas as reas identificadas nas classes de uso da EMPLASA,

    ajustadas no estudo de Atualizao do MQUAL da Bacia do Guarapiranga e a correspondncia

    entre as categorias do MQUAL, mapeadas na Figura 1-01.

    Quadro 1-02 Compatibilizao entre as classes de uso da EMPLASA (2002)

    e as categorias do MQUAL (2006)

    Classe de uso ajustadas

    (EMPLASA, 2002)

    rea

    2002 (km2)

    Percentual da rea total da

    bacia (%)

    Categorias do MQUAL (SERHS/PRIME, 2006)

    rea

    2002 (km

    2)

    Percentual da rea total da

    bacia (%)

    rea urbanizada padro superior

    26,34 4,30

    rea urbanizada padro superior

    40,68

    6,60

    Expanso urbana padro superior

    10,52 1,70

    Equipamento urbano padro superior

    2,86 0,50

    Rodovia 0,97 0,20

    rea urbanizada padro inferior

    22,12 3,60

    rea urbanizada padro inferior

    34,14

    5,70

    Expanso urbana padro inferior

    8,1 1,40

    Favela 3,15 0,50

    Equipamento urbano 0,5 0,10

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    10

    Classe de uso ajustadas

    (EMPLASA, 2002)

    rea

    2002 (km2)

    Percentual da rea total da

    bacia (%)

    Categorias do MQUAL (SERHS/PRIME, 2006)

    rea

    2002 (km

    2)

    Percentual da rea total da

    bacia (%)

    padro inferior

    Lixo 0,26 0,04

    Indstria e comrcio 14,42 2,30 rea comercial e industrial 14,42 2,30

    Atividade agrcola 39,09 6,40 Atividade agrcola 39,09 6,40

    Chcara 66,62 10,90

    Chcaras e movimento de terra

    100,13

    16,40

    Clube e marina 2,74 0,40

    Espelho dgua 2,19 0,40

    Loteamento desocupado 21,95 3,60

    Minerao 2,83 0,50

    Movimento de terra e solo exposto

    3,65 0,60

    Outros 0,14 0,02

    Reflorestamento 28,56 4,70 Reflorestamento 28,56 4,70

    Mata 191,07 31,10 Mata 191,07 31,10

    Capoeira 97,34 15,90

    Capoeira / campo 165,46

    27,00 Campo 50,13 8,20

    Vegetao de vrzea 18 2,90

    Total 613,55 100,00 Total 613,55 100,00

    Fonte: Atualizao de Dados e Ajustes no MQUAL da Bacia do Guarapiranga, Relatrio Final Prime Engenharia, junho/2006.

  • !"# !!$"%'"#"!

    (!)*!+,!-./01223

    -

    "

    45

    /

    /.-

    '

    622222

    622222

    627222

    627222

    682222

    682222

    687222

    687222

    612222

    612222

    617222

    617222

    662222

    662222

    96:7

    222 96:7222

    9672

    222 9672222

    9677

    222 9677222

    9632

    222 9632222

    9637

    222 9637222

    9692

    222 9692222

    9697

    222 9697222

    96;2

    222 96;2222

    96;7

    222 96;7222

    -'>

    -'>+

    -'>+

    -'-

    -'-

    -'-+

    -'-+

    -'A

    -'A

    -'A+

    -'A+

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    28

    1.4. Infra-estrutura sanitria: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, coleta e

    disposio de resduos slidos domsticos

    1.4.1. Abastecimento de gua

    Conforme Censo IBGE 2000, 88% dos domiclios particulares permanentes da bacia do

    Guarapiranga so atendidos pelo sistema pblico de abastecimento de gua operado pela

    SABESP. Os municpios de So Paulo, Embu e Itapecerica da Serra apresentam os maiores

    ndices: 92, 89 e 84% respectivamente.

    Os municpios de Cotia, Embu, Itapecerica da Serra e a sede de Embu Guau so abastecidos

    pelo Sistema Produtor Alto Cotia e os bairros de So Paulo, localizados na rea da bacia, pelo

    Sistema Produtor Guarapiranga. O distrito de Cip em Embu Guau, e os municpios de Juquitiba

    e So Loureno da Serra possuem sistemas isolados de produo e distribuio de gua.

    Aproximadamente 35% dos domiclios do municpio de Embu Guau so abastecidos por poos

    particulares, caracterstica observada em reas de ocupao urbana esparsa ou rural. Na parcela

    do municpio de Cotia localizada na rea da bacia, 96% dos domiclios so atendidos por sistemas

    particulares de abastecimento. O Quadro a seguir apresenta o percentual dos domiclios

    atendidos por abastecimento de gua, distribudo de acordo com as tipologias definidas pelo

    IBGE.

    Quadro 1-08 Domiclios particulares permanentes atendidos por abastecimento de gua

    Municpio

    Domiclios particulares permanentes atendidos por abastecimento de gua (%)

    Rede geral Poo ou nascente

    (1) Outra forma(1,3)

    2000

    (1) 2007

    (2)

    Cotia 3,4 ND 88,5 6,8

    Embu 88,9 94,4 4,9 2,7

    Embu Guau 60,4 77,5 35,0 1,2

    Itapecerica da Serra 84,4 95,5 12,6 1,7

    Juquitiba ND ND ND ND

    So Loureno ND ND ND ND

    So Paulo 92,4 99,6 5,4 1,4

    Total Bacia Guarapiranga 88,1 95,7 9,1 1,6

    Fonte: (1) Censo IBGE, 2000; (2) SABESP Sistema SIGNOS (Dez/2007); Obs.: (3) Domiclio abastecido por reservatrio acumulador de gua de chuvas, carro pipa, ou ainda, poo ou nascente, localizado fora do terreno ou da propriedade onde est construdo.

    Na Figura 1-07 so ilustradas as unidades de distribuio de gua pertencentes ao Sistema

    Adutor Metropolitano SAM e que abastecem a parcela dos municpios localizada na bacia do

    Guarapiranga.

  • !"#$%"%&'()*&+,

    $)-)-./01-2

    $*$31

    451 4$#6 7$

    1)$%$

    4$#6$

    '187

    4/%///

    0)*7

    9

    9

    9.

    9.

    9-

    9-

    9-.

    9-.

    9

    9

    9.

    9.

    99

    99

    29.

    29.

    29.

    29.

    29..

    29..

    29+

    29+

    29+.

    29+.

    292

    292

    292.

    292.

    29:

    29:

    29:.

    29:.

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    30

    Nos quadros a seguir, so relacionadas as unidades de reservao do sistema integrado

    apresentadas na figura anterior, as estaes elevatrias de distribuio e as principais

    caractersticas das unidades que sero implantadas para a ampliao do Centro de Reservao e

    Distribuio Shangri-l, atual setor Graja, e implementao do setor de abastecimento

    Parelheiros no municpio de So Paulo, conforme investimentos previstos na Preparao Tcnica

    do Pedido de Financiamento ao Banco Mundial do Programa de Saneamento Ambiental dos

    Mananciais da Bacia Hidrogrfica do Alto Tiet Programa Mananciais.

    Quadro 1-09 Unidades do SAM existentes na parcela dos municpios

    localizada na bacia do reservatrio Guarapiranga

    Municpio IA (%)(1)

    EEAT(2)

    Reservao(2)

    Cotia 85 - -

    Embu 95 EEAT Embu Centro: 530 L/s

    CR Embu Centro (5.000 m3)

    CR Embu Vista Alegre (500 m3)

    CR Embu Santo Eduardo (10.000 m3)

    Embu Guau 64 -

    CR Embu Guau (2.000 m3)

    CR Cip R1 (300 m3)(3)

    CR Cip R2 (400 m3)(3)

    Itapecerica da Serra 86 EEAT Itapecerica Centro: 15 L/s

    EEAT Itapecerica Campestre: 250 L/s

    CR Itapecerica Centro (5.000 m3)

    CR Itapecerica Campestre (5.000 m3)

    Juquitiba 70 - -

    So Loureno da Serra

    55 - -

    So Paulo 99

    EEAT Interlagos: 450 L/s

    EEAT Interlagos/Graja: 1.350 L/s

    EEAT Jd. So Luis/ngela: 1.100 L/s

    CR Interlagos (40.000 m3)

    CR Graja (10.000 m3)

    CR Jd. ngela (10.000 m3)

    Fonte: (1) SEADE, 2000; (2) Diviso de Operao de gua Sul MSEG/SABESP, 2006; (3) Unidades do Sistema Isolado Cip, no representadas graficamente na Figura 1-05.

    Quadro 1-10 Unidades do SAM previstas no Programa Mananciais para o atendimento da

    parcela do municpio de So Paulo localizada na bacia do reservatrio Guarapiranga

    Municpio

    Populao atendida no

    incio do plano (hab)

    (1)

    EEAT / AAT Reservao

    So Paulo 584.700

    Setor Shangri-l (atual Graja):

    Instalao de dois novos conjuntos moto-bomba e substituio dos rotores dos conjuntos existentes na EEAT Icara. Conjuntos moto-bomba: 05+01; capacidade nominal: 1.800 L/s; altura manomtrica: 40 mca; potncia 250 CV)

    Setor Parelheiros:

    Implantao da EEAT e adutora Shangri-l/Parelheiros. EEAT: conjuntos moto-bomba: 02+01; capacidade nominal: 360 L/s; altura manomtrica: 70,5 mca; potncia: 250 CV;

    Adutora: extenso: 13.308 m; dimetro: 600/800 mm; material: ferro fundido e ao

    Setor Shangri-l:

    R1 (15.000 m3)

    R3 (15.000 m3)

    Fonte: Preparao Tcnica do Pedido de Financiamento ao Banco Mundial do Programa de Saneamento Ambiental dos Mananciais da Bacia Hidrogrfica do Alto Tiet Programa Mananciais Consrcio COBRAPE/CNEC/JNS, 2007. Obs.: (1) A populao atendida no incio do plano (2005) foi estimada a partir das projees realizadas pelos Planos Integrados Regionais PIR para o Setor Shangri-l.

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    31

    1.4.2. Esgotamento sanitrio

    Os dados censitrios de 2000 registram que aproximadamente 53% dos domiclios particulares

    permanentes da bacia do Guarapiranga so servidos pelo sistema pblico de coleta de esgoto. A

    totalidade da vazo coletada na parcela do municpio de So Paulo localizada na bacia, assim

    como, parte da vazo coletada nos municpios de Embu e Itapecerica da Serra, exportada para

    a bacia do Rio Pinheiros. Aps a concluso das obras dos interceptores IPi-6 e IPi-7 e do coletor-

    tronco Pirajussara, includas na 2 etapa do Projeto Tiet, a vazo exportada ser encaminhada

    para a ETE Barueri, que pertence ao sistema integrado metropolitano de esgotos.

    O municpio de Embu Guau possui sistema isolado de coleta e tratamento de esgoto. A ETE

    principal atende a sede do municpio. O efluente do processo de tratamento, realizado em lagoas

    de estabilizao, lanado no Ribeiro Santa Rita, afluente do Rio Embu Guau, tributrio do

    reservatrio Guarapiranga. No distrito de Cip, o processo de tratamento realizado em reator

    anaerbio de fluxo ascendente (RAFA) seguido de lagoa de maturao e infiltrao no solo.

    A Estao de Remoo de Nutrientes ERN localizada na margem esquerda norte do

    reservatrio, no municpio de So Paulo, utiliza o processo de coagulao+floculao para

    remoo de compostos de nitrognio e principalmente de fsforo das guas do Crrego

    Guavirutuba, anterior ao lanamento no reservatrio. Essa unidade foi implantada durante a

    execuo do Programa Guarapiranga e busca reduzir o aporte das cargas poluidoras prximo

    regio da captao de gua bruta para o abastecimento pblico.

    No quadro a seguir so apresentados os percentuais dos domiclios particulares permanentes da

    bacia do Guarapiranga atendidos conforme o sistema de esgotamento sanitrio identificado pelo

    IBGE.

    Quadro 1-11 Domiclios particulares permanentes conforme tipo de esgotamento sanitrio

    Municpio

    Domiclios particulares permanentes conforme

    tipo de esgotamento sanitrio (%)

    Rede geral de esgoto ou

    pluvial Fossa

    sptica(1)

    Fossa rudimentar

    (1) Vala(1) Rio ou

    lago(1)

    Outro escoadouro

    (1,3)

    2000(1)

    2007(2)

    Cotia 0,9 ND 35,7 57,0 1,7 0,9 0,2

    Embu 29,0 27,7 31,2 28,1 1,4 4,5 1,4

    Embu Guau 13,4 31,9 37,2 41,6 1,0 1,8 0,4

    Itapecerica da Serra 4,0 6,6 19,8 47,0 2,1 4,0 0,8

    Juquitiba ND ND ND ND ND ND ND

    So Loureno ND ND ND ND ND ND ND

    So Paulo 67,3 84,7 11,0 13,7 2,8 3,3 0,9

    Total Bacia Guarapiranga 52,6 59,1 16,1 22,8 2,4 3,4 0,9

    Fonte: (1) Censo IBGE, 2000; (2) SABESP Sistema SIGNOS (Dez/2007) Obs.: (3) Categoria no enquadrada em nenhuma das demais.

    Observa-se que alm dos domiclios atendidos pela rede pblica de coleta de esgoto, 16% deles

    possuem fossas spticas. Os demais, aproximadamente 30%, no possuem adequada coleta e

    disposio de esgoto, sendo que a parcela do municpio de Cotia localizada na bacia e o

    municpio de Itapecerica da Serra apresentam os maiores percentuais de domiclios com

    lanamento direto de esgoto nos corpos dgua, ou seja, 60 e 54%, respectivamente.

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    32

    Conforme ndices de atendimento em coleta e tratamento de esgoto fornecidos pela SABESP em

    dezembro/2004, e utilizados na preparao do Programa Mananciais e na Atualizao do MQUAL

    da Bacia do Guarapiranga (SERHS/PRIME, 2007), as margens direita e esquerda norte

    apresentam os maiores ndices em coleta: 75 e 79% respectivamente, seguidas pela sub-bacia do

    rio Parelheiros com 68%. Somente 1% da populao total da bacia atendida por tratamento de

    esgoto, realizado no municpio de Embu Guau, no qual 65% do esgoto coletado tratado.

    Na Figura 1-08 so ilustradas as unidades de coleta e exportao de esgoto existentes e

    previstas pelo Projeto Tiet e Programa Mananciais, pertencentes ao Sistema Integrado

    Metropolitano de Esgoto e que atendem a parcela dos municpios localizada na bacia do

    Guarapiranga.

  • ! " ! # $

    %&'()&)*+,*-.

    (//!01"""2/"3

    ((24

    2

    ()(

    5('6(

    +27

    51)111

    5(

    8"""""

    8"""""

    8"0"""

    8"0"""

    8/""""

    8/""""

    8/0"""

    8/0"""

    8!""""

    8!""""

    8!0"""

    8!0"""

    88""""

    88""""

    98#0""" 98#0"""

    980"""" 980""""

    9800""" 9800"""

    98-"""" 98-""""

    98-0""" 98-0"""

    989"""" 989""""

    9890""" 9890"""

    983"""" 983""""

    9830""" 9830"""

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    34

    Nos quadros a seguir, so relacionadas as unidades do sistema integrado existentes e as

    principais caractersticas das obras previstas no Programa Mananciais, localizadas na figura

    anterior.

    Quadro 1-12 Unidades do Sistema Integrado Metropolitano de Esgoto existentes na

    parcela dos municpios localizada na bacia do Guarapiranga

    Municpio

    IA

    Coleta (%)

    (1)

    IA

    Tratamento (%)

    (1)

    EEE Coletor Tronco,

    Interceptor

    Cotia 33 0 - -

    Embu 41 0

    Bacia de esgotamento GP-00 (Margem Esquerda do Reservatrio Guarapiranga):

    EEE 3A: 20CV, 12 L/s;

    EEE3B: 20 CV, 12 L/s;

    EEE 4: 250 CV, 206 L/s;

    EEE 10A: 150 CV, 153 L/s;

    EEE Jd. Santo Antonio I: 12 L/s;

    EEE Jd. Santo Antonio II: 12 L/s

    Bacia de esgotamento GP-00 (Margem Esquerda do Reservatrio Guarapiranga):

    Coletores-tronco Pinheirinho I e II, Ressaca, Embu Mirim, Morais e Po.

    Embu Guau(3)

    21 100

    Sede:

    EEE 1 Valflor: 40 CV, 18 L/s;

    EEE 2 Jd. Louro: 2 CV, 4 L/s;

    EEE 3 Jd. Brasil: 30 CV, 29 L/s;

    EEE 5 Final: 60 L/s;

    EEE 6 Jd. So Paulo: 7CV,15 L/s;

    EEE 7 Centro: 40 CV, 24 L/s;

    EEE 8: 30 L/s;

    EEE So Carlos: 20 L/s

    Cip:

    EEE Central: 40CV, 25 L/s;

    EEE Vila Shunck: 30 CV, 25 L/s

    -

    Itapecerica da Serra

    3 0 -

    Bacia de esgotamento GP-00 (Margem Esquerda do Reservatrio Guarapiranga):

    Coletores-tronco Marilu, Sampaio, Paraso I e II, Embu Mirim e Pinheirinho II.

    Juquitiba 13 100 - -

    So Loureno da Serra

    16 100 - -

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    35

    Municpio

    IA

    Coleta (%)

    (1)

    IA

    Tratamento (%)

    (1)

    EEE Coletor Tronco,

    Interceptor

    So Paulo 92 67

    Bacias de esgotamento GP-00, GP-02 e GP-04 (Margem Direita do Reservatrio Guarapiranga):

    Guarapiranga: 290 CV, 870 L/s;

    So Jos: 90 CV, 18 L/s;

    So Rafael: 30 CV, 11 L/s;

    Herplin: 145 CV, 54 L/s;

    Teotnio I: 60 CV, 46 L/s;

    Teotnio II: 40 CV, 30 L/s;

    Ipor: 150 CV, 570 L/s

    Caulim: 90 CV, 96 L/s;

    Messinica: 22 L/s

    Bacias de esgotamento GP-00 e GP-01 (Margem Esquerda do Reservatrio Guarapiranga):

    Tapera: 50 CV, 31L/s;

    Talamanca: 970 CV, 555 L/s;

    Riviera: 540 CV, 440 L/s;

    Riviera I: 16,5 CV, 18 L/s;

    Riviera II: 16,5 CV, 11 L/s;

    Solange: 150 CV, 290 L/s;

    Jd. dos Reis: 100 CV, 43 L/s;

    Pq. Cerejeiras: 13 L/s;

    Baronesa: 20 CV, 21 L/s;

    Pq. do Lago: 90 CV, 483 L/s;

    Jd. Aracati: 35 CV, 80 L/s;

    Jd. Vera Cruz: 22 L/s

    Jd. Capela: 560 L/s

    Bacias de esgotamento GP-00, GP-02 e GP-04 (Margem Direita do Reservatrio Guarapiranga):

    Coletores-tronco Caulim, Itaim, Tanquinho, So Jos, Rio das Pedras, Rio Bonitos, Cidade Dutra e Guarapiranga.

    Bacias de esgotamento GP-00 e GP-01 (Margem Esquerda do Reservatrio Guarapiranga):

    Coletores-tronco Horizonte Azul, Vera Cruz, Baronesa, Itupu, Jd. Capela e Ponte Baixa.

    Fonte: (1) SEADE, 2000; (2) Relatrio de Diagnstico MS PIR, 2002;

    Obs.: (3) Unidades do Sistema Isolado no representadas graficamente na Figura 1-06

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    36

    Quadro 1-13 Unidades do Sistema Integrado Metropolitano de Esgoto previstas no

    Programa Mananciais para o atendimento da parcela dos municpios localizada

    na bacia do Guarapiranga

    Municpio Populao

    atendida no incio do plano (hab)

    Localizao

    na bacia Unidades do SES previstas

    Cotia - - -

    Embu

    2.600(1)

    Margem esquerda

    Jardim Santa Rita: EEE Jardim Santa Rita (dados no disponveis), linha de recalque da EEE Jd. Santa Rita;

    Vista Alegre: EEE Vista Alegre (dados no disponveis), linha de recalque Vista Alegre.

    Itapecerica da Serra

    Linha de recalque: 870 m

    Coletor-tronco: 4.030 m

    Rede coletora: 10.058 m

    Ligaes prediais: 766 un

    17.365(1)

    Chcara Santa Maria: rede coletora (7.410 m), ligaes prediais (881 un), coletor-tronco Valo Velho (1.950 m)

    Mombaa: rede coletora (13.776 m), ligaes prediais (1.085 un), coletor-tronco Mombaa I (2.572 m), ramal do coletor-tronco Mombaa I (272 m), coletor tronco Itarar (1.225 m), coletor-tronco Vale da Unio (2.607 m), coletor-tronco Mombaa II (609 m), EEE Mombaa (25 L/s em 2005 e 37 L/s em 2015), linha de recalque da EEE Mombaa;

    Jardim Jacira: EEE Jardim Jacira (220 L/s), linha de recalque da EEE Jardim Jacira (1.728 m, dimetro de 400 mm);

    Horizonte Azul: rede coletora (11.218 m), ligaes prediais (853 un); coletor-tronco Horizonte Azul (1.062 m); coletor-tronco Horizonte Azul CT II (370 m), EEE Horizonte Azul (19 L/s);

    Jardim Santa Jlia: rede coletora (25.168 m), ligaes prediais (1.704 un); coletor-tronco Jardim Santa Jlia (2.243 m), EEE 13 (19,4 L/s, 3,9 CV), linha de recalque da EEE 13 (1.079 m, dimetro 200 mm);

    Jardim den: rede coletora (3.278 m), ligaes prediais (234 un);

    Jardim Horacina e Analndia: rede coletora (5.361 m), ligaes prediais (350 un), EEE Analndia (10 L/s);

    Paraso: EEE Paraso II (121 L/s);

    EEE 6: 53 L/s

    EEE 9: dados no disponveis.

    Embu-Guau

    (1)

    Margem esquerda

    Sede:

    Jardim Filipinho: EEE (dados no disponveis);

    Santo Egdio: EEE (dados no disponveis)

    Cip:

    Granja Regina Maria: EEE (dados no disponveis);

    Jardim Silvania: EEE (dados no disponveis);

    Jardim Cristiane: EEE (dados no disponveis)

    Juquitiba - - -

    So Loureno da Serra

    - - -

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    37

    Municpio Populao

    atendida no incio do plano (hab)

    Localizao

    na bacia Unidades do SES previstas

    So Paulo

    336.600

    Margem direita

    EEE Guarapiranga: ampliao para 636 L/s;

    Linha de recalque da EEE Guarapiranga: execuo de projeto executivo para nova linha (640 m);

    Coletor-tronco Robert Kennedy: remanejamento e ampliao (6.000 m)

    1.390(2)

    Jardim Progresso: rede coletora (4.601 m), ligaes prediais (409 un), EEE (8 L/s), linha de recalque (390 m)

    465(2)

    Chcara So Silvestre: rede coletora (2.226 m), ligaes prediais (137 un)

    590(2)

    Jardim Aru: rede coletora (2.113 m), ligaes domiciliares (168 un)

    1.110(2)

    Jardim Almeida: rede coletora (4.074 m), ligaes prediais (327 un), EEE (4 L/s), linha de recalque (275 m)

    336.600

    Implantao e adequao de EEEs:

    Nova EEE Herplin: 211 L/s, 101 CV;

    Substituio da linha de recalque da EEE Herplin: 1.564 m, dimetro 350 mm;

    EEE Teotnio I: substituio dos conjuntos moto-bomba e implantao do sistema de instrumentao e adequaes das instalaes eltricas. Futuramente ser substituda pela Nova EEE Teotnio I: 345 L/s, 122 CV;

    Substituio da linha de recalque da EEE Teotnio I: 575 m, dimetro 350 mm;

    EEE So Rafael: adequao das instalaes eltricas e implantao de sistema de instrumentao;

    Substituio da linha de recalque da EEE So Rafael: 635 m, dimetro 150 mm;

    Ampliao da EEE Teotnio II: substituio dos conjuntos moto-bomba, adequao das instalaes eltricas e implantao de sistema de instrumentao. Futuramente ser substituda pela Nova EEE Teotnio II;

    Substituio da linha de recalque da EEE Teotnio II: 716 m, dimetro 350 mm;

    EEE So Jos: adequao dos sistemas de automao dos conjuntos moto-bomba para atendimento da demanda at 2015. Futuramente recomendada a substituio dos conjuntos moto-bomba: 22,2 L/s, 51 CV

    515(2)

    Margem esquerda

    Rede coletora: 1.396 m

    Ligaes prediais: 151 un

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    38

    Municpio Populao

    atendida no incio do plano (hab)

    Localizao

    na bacia Unidades do SES previstas

    So Paulo 168.500 Margem esquerda

    Implantao e adequao de EEEs:

    Nova EEE Riviera A: 900 L/s, 274 CV;

    Linha de recalque da Nova EEE Riviera A: 454 m, dimetro 800 mm;

    Adequao da EEE Riviera: implantao do terceiro conjunto moto-bomba com vazo de 220 L/s e 182 CV;

    Implantao da Nova EEE Talamanca A: 720 L/s;

    Linha de recalque da Nova EEE Talamanca A: 879 m, dimetro de 800 mm;

    Adequao da EEE Talamanca: implantao do quarto conjunto moto-bomba com vazo de 190 L/s e 253 CV;

    Nova EEE Solange A: 500 L/s, 203 CV;

    Linha de recalque da Nova EEE Solange: 926 m, dimetro 700 mm;

    Adequao da EEE Solange: implantao do terceiro conjunto moto-bomba com vazo de 145 L/s e 162 CV

    Fonte: Preparao Tcnica do Pedido de Financiamento ao Banco Mundial do Programa de Saneamento Ambiental dos Mananciais da Bacia Hidrogrfica do Alto Tiet Programa Mananciais Consrcio COBRAPE/CNEC/JNS, 2007. Obs.: (1) Unidades do Sistema Isolado; (2) Para a estimativa da populao atendida no incio do plano, foram considerados 3,4 habitantes por ligao predial, conforme mdia de habitantes por domiclio urbano do Estado de So Paulo em 2005 (Projeo SEADE), alm da relao economia/ligao igual a 1.

    As unidades em implantao na 2 etapa do Projeto Tiet incluem obras de exportao dos

    esgotos coletados em Itapecerica da Serra e Embu para a bacia do rio Pinheiros. Nas etapas

    futuras, alm da complementao das obras nestes municpios, prevista a implantao de

    estaes elevatrias para o transporte dos esgotos coletados na bacia do rio Parelheiros,

    tributrio do reservatrio Guarapiranga.

    Os estudos de Atualizao de Dados e Ajustes do MQUAL da Bacia do Guarapiranga, realizados

    para a Secretaria de Energia, Recursos Hdricos e Saneamento em 2006, projetaram para os

    anos de 2011 e 2021, o incremento dos ndices de atendimento da populao total da bacia por

    coleta, exportao e tratamento de esgoto, identificados no ano 2000, a partir dos investimentos

    previstos no Projeto Tiet e no Programa Mananciais.

    Alm do atendimento do crescimento vegetativo, projetou-se para o ano de 2011, 18% de

    aumento do ndice de coleta, 16% em exportao e 1% em tratamento. Para o ano de 2021,

    prev-se que os ndices de coleta, exportao e tratamento de esgoto sejam de 85, 69 e 2,7%,

    respectivamente, ou seja, 32, 34 e 1,8% superiores manuteno dos ndices observados em

    2000.

    1.4.3. Coleta e disposio de resduos slidos domsticos

    Conforme dados censitrios do ano 2000, 96% dos domiclios particulares permanentes da bacia

    do Guarapiranga so atendidos pelo servio de coleta de lixo. Porm, no h identificao da

    freqncia da coleta.

    O lixo no coletado queimado ou enterrado na propriedade 1,8 e 0,2% respectivamente ,

    jogado em terreno baldio ou logradouro (0,3%) ou recebe outro destino no enquadrado nos

    anteriores (0,3%). Os resduos dispostos no solo sem as devidas medidas de proteo ao meio

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    39

    ambiente e sade pblica proporcionam a proliferao de vetores de doenas, gerao de

    odores desagradveis e a poluio do solo e das guas superficiais e subterrneas.

    A CETESB publica anualmente o Inventrio Estadual de Resduos Slidos Domiciliares, que traz

    informaes sobre as condies dos sistemas de disposio e tratamento de lixo domstico nos

    645 municpios do Estado, considerando as caractersticas locacionais, estruturais e operacionais

    de cada instalao, alm da populao urbana de cada cidade e a produo de resduos "per

    capita", sem computar os resduos gerados em indstrias, na limpeza de vias pblicas, poda de

    rvores, limpeza de crregos e outros.

    O relatrio expressa ndices de qualidade de cada municpio, dos quais o principal o ndice de

    Qualidade de Aterro de Resduos IQR. Com base em critrios que consideram a vida til dos

    aterros, caractersticas do solo, proximidade de ncleos habitacionais e de corpos d'gua,

    presena de catadores e de animais, cercamento da rea e outras, so conferidos pontos aos

    municpios. Os que alcanam de zero a 6 pontos, so enquadrados no IQR como inadequados, de

    6 a 8 como controlados e mais de 8 como adequados.

    O quadro a seguir apresenta o enquadramento dos municpios inseridos na Bacia do

    Guarapiranga em relao ao IQR, para o ano de 2007.

    Quadro 1-14 ndice de atendimento em coleta e de qualidade de aterro de resduos domiciliares

    Municpio Resduo gerado (t/dia)

    (1)

    ndice de Cobertura

    (%)(2)

    IQR(1)

    Disposio Final

    Cotia 95,7 97,96 9,8 Adequado Aterro Itapevi

    Embu 155,3 98,46 7,5 Controlado Aterro Embu

    Embu Guau 31,7 89,42 3,4 Inadequado Lixo

    Itapecerica da Serra 88,5 96,18 3,4 Inadequado -

    Juquitiba 8,7 90,02 2,6 Inadequado Lixo

    So Loureno da Serra 6,3 91,44 3,4 Inadequado -

    So Paulo 9.500,0

    99,46 9,6 Adequado Aterro Caieiras

    3.200,0 8,8 Adequado CDR Pedreira

    Fonte: (1) CETESB, 2007; (2) Censo IBGE, 2000.

    De acordo com a avaliao da CETESB, apenas So Paulo e Cotia dispem seus resduos

    slidos domsticos de maneira adequada, em aterros sanitrios particulares. O municpio de Cotia

    tem seu lixo enviado para o aterro de Itapevi, enquanto So Paulo utiliza atualmente os aterros de

    Caieiras e CDR Pedreira.

    Os aterros municipais Bandeirantes e So Joo, para os quais costumavam ser destinados os

    resduos coletados em So Paulo, foram desativados em 2007, devido superao de sua

    capacidade de armazenamento. Como medida emergencial, passou-se a utilizar os aterros

    particulares de Caieiras e Pedreira. Est prevista a construo de um novo aterro, em rea anexa

    ao aterro So Joo: a Central de Tratamento de Resduos Leste, que se encontra em processo de

    licenciamento ambiental.

    O municpio de Embu realizou obras de recuperao em seu antigo lixo, transformando-o no

    aterro municipal de Embu, para o qual destinado o lixo coletado na cidade. O aterro foi

    classificado como controlado pelo IQR, pois, apesar de enquadrar-se s normas ambientais, situa-

    se em rea de proteo aos mananciais, no podendo ser classificado com nota maior que 7,5

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    40

    (ndice-limite para empreendimentos dessa espcie localizados em reas de mananciais). Se no

    fosse por essa limitao, o aterro receberia nota 9,5 e estaria classificado como adequado.

    O municpio de Itapecerica da Serra tambm transformou seu antigo lixo em um aterro sanitrio

    operado pela prefeitura. O aterro municipal de Itapecerica da Serra costumava receber, at junho

    de 2008, cerca de 100 t/dia de resduos coletados nos municpios de Itapecerica e So Loureno

    da Serra. Entretanto, aps 14 multas e o no cumprimento de termos de ajustamento de conduta

    (TACs) assinados entre a prefeitura e a CETESB, o aterro foi interditado por tempo indeterminado.

    Os problemas ambientais mais srios so a ausncia de sistemas de drenagem e armazenamento

    de chorume, de drenagem de gases, de proteo do solo e de estabilidade da massa de lixo

    disposta, com risco de ocorrer um novo escorregamento do macio de lixo, como j ocorrera em

    2007. Os resduos de ambos os municpios esto sendo provisoriamente destinados a aterros

    particulares, at a adequao do aterro municipal.

    J os municpios de Embu Guau e Juquitiba continuam dispondo seus resduos em lixes a cu

    aberto, sem medidas de proteo ao meio ambiente e sade pblica. Os resduos assim

    lanados acarretam uma srie de problemas, como proliferao de vetores de doenas (moscas,

    mosquitos, baratas, ratos, etc.), gerao de maus odores e, principalmente, a poluio do solo e

    das guas superficiais e subterrneas atravs do chorume, comprometendo os recursos hdricos,

    o que se torna um agravante pelo fato de os lixes estarem inseridos em rea de proteo aos

    mananciais.

    Com vistas a minimizar, entre outros, os problemas advindos da disposio inadequada de lixo, as

    prefeituras dos municpios de Embu, Embu Guau, Itapecerica da Serra, Juquitiba e So Loureno

    da Serra, em conjunto com a prefeitura de Taboo da Serra, constituram o Consrcio

    Intermunicipal da Regio Sudoeste da Grande So Paulo (CONISUD). O Consrcio planeja a

    construo de um aterro sanitrio adequado que atenda regio. O projeto encontra-se

    atualmente em fase de discusso.

    Analisando-se o exposto acima, possvel concluir que a Regio Metropolitana de So Paulo vem

    enfrentando srios problemas quanto disposio final dos resduos slidos. Os aterros

    existentes esto tendo sua capacidade esgotada e no h mais reas disponveis para a

    construo de novos aterros. Dessa maneira, preciso buscar novas formas de tratar os resduos

    gerados, como, por exemplo: incinerao do lixo, com transformao em energia; compostagem

    de lixo orgnico, que transforma o lixo em adubo; e coleta seletiva e reciclagem do lixo. Um

    programa efetivo de coleta seletiva e reciclagem de lixo contribui no somente para a diminuio

    da poluio do solo, gua e ar, mas tambm para a formao de conscincia ecolgica.

    1.5. reas contaminadas por efluentes lquidos e resduos slidos de origem industrial

    Conforme dados do relatrio publicado pela CETESB em maio de 2006, foram identificadas 1.664

    reas contaminadas por resduos no domsticos no Estado de So Paulo, sendo 855 na RMSP.

    Na parcela dos municpios localizada na bacia do Guarapiranga, constam 15 reas contaminadas.

    Os postos de combustveis destacam-se como as principais fontes de contaminao, com 1.221

    registros (73% do total), seguidos pelas atividades industriais com 259 (16%), atividades

    comerciais com 100 (6%), instalaes para destinao de resduos com 65 (4%) e dos casos de

    acidentes e fonte de contaminao de origem desconhecida com 19 (1%).

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    41

    O nmero significativo atribudo aos postos de combustveis resultado do programa de

    licenciamento iniciado em 2001 pela CETESB a partir da publicao da Resoluo CONAMA n

    273 de 2000. Em atendimento a esta resoluo, o rgo ambiental desenvolveu e conduz o

    programa em conjunto com a Cmara Ambiental do Comrcio de Derivados de Petrleo, frum

    que congrega tcnicos da CETESB e representantes do setor de combustveis, da indstria de

    equipamentos e das empresas de consultoria ambiental, que entre outras aes, exige a

    realizao de investigao confirmatria com o objetivo de verificar a situao ambiental do

    empreendimento a ser licenciado, bem como a realizao da troca dos equipamentos com mais

    de 15 anos de operao.

    Consequentemente, os contaminantes mais rotineiramente identificados incluem os solventes

    aromticos benzeno, tolueno, etileno e xileno BTEX e os hidrocarbonetos policclicos aromticos

    PAHs. O benzeno e os PAHs naftaleno, antraceno, fenantreno e benzopireno, so

    comprovadamente neurotxicos e cancergenos.

    No quadro a seguir so relacionadas as reas contaminadas identificadas na parcela dos

    municpios localizada na rea da bacia.

    Quadro 1-15 reas contaminadas na bacia do Guarapiranga

    Municpio Quantidade no municpio (un)

    Quantidade na bacia (un)

    Fonte Contaminante

    Cotia 10 0 - -

    Embu 8 2

    Indstria Metais, solventes halogenados e aromticos

    Posto de combustvel

    Combustveis lquidos e solventes aromticos

    Embu Guau 2 2 Posto de combustvel

    Combustveis lquidos, solventes aromticos e PAHs

    Itapecerica da Serra 5 5

    Depsito de sucatas Bifenilas policloradas (PCBs)

    Indstria de cosmticos

    Metais, outros inorgnicos

    Posto de combustvel

    Solventes aromticos e PAHs

    Juquitiba 3 0 - -

    So Loureno da Serra

    1 0 - -

    So Paulo 500 6 Posto de combustvel e indstria

    Combustveis lquidos, PAHs, solventes aromticos e halogenados

    Total 528 15 - -

    Fonte: Relao de reas Contaminadas no Estado de So Paulo, maio/2006.

    Encontra-se em andamento o processo de remediao em quatro reas contaminadas da bacia

    do Guarapiranga, localizadas nos municpios de So Paulo e Itapecerica da Serra. Nas demais,

    realizam-se investigaes confirmatrias e detalhadas da contaminao, sendo que em uma j foi

    elaborada a concepo do projeto de remediao.

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    42

    1.6. Transporte de cargas perigosas

    O transporte por via pblica ou ferrovia do territrio nacional, de produto que seja perigoso ou

    represente risco para a sade das pessoas, para a segurana ou para o meio ambiente, fica

    submetido s regras e procedimentos estabelecidos respectivamente nos decretos federais nos

    96.044/88 e 98.973/90.

    A fiscalizao do transporte rodovirio de produtos perigosos a granel feita pelo INMETRO

    Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial, atravs dos rgos

    integrantes da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade que atuam em conjunto com a

    Polcia Rodoviria Federal.

    A Lista de Grupos de Produtos Perigosos disponibilizada pelo INMETRO no endereo eletrnico

    www.inmetro.gov.br ou na sede do instituto na cidade do Rio de Janeiro.

    O Decreto Federal n 96.044/88, aplicvel somente para o transporte civil de produtos perigosos,

    estabelece regras e procedimentos que visam segurana no transporte rodovirio de produtos

    perigosos, abrangendo os aspectos das condies de transporte (veculos e equipamentos; carga

    e acondicionamento; itinerrio; estacionamento; pessoal envolvido na operao do transporte;

    documentao; servio de acompanhamento especializado); dos procedimentos em caso de

    emergncia, acidente ou avaria; dos deveres, obrigaes e responsabilidades (do fabricante e do

    importador; do contratante, expedidor e destinatrio; e do transportador); da fiscalizao; e das

    infraes e penalidades. Entre outras determinaes esto:

    o veculo que transportar produto perigoso dever evitar o uso de vias em reas densamente

    povoadas ou de proteo de mananciais, reservatrios de gua ou reservas florestais e

    ecolgicas, ou que delas sejam prximas;

    o expedidor dever informar anualmente ao Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

    DNER os fluxos de transporte de produtos perigosos que embarcar com regularidade,

    especificando a classe do produto e quantidades transportadas, os pontos de origem e

    destino, sendo que as informaes ficaro disposio dos rgos e entidades do meio

    ambiente, da defesa civil e das autoridades com jurisdio sobre as vias;

    o itinerrio dever ser programado de forma a evitar a presena de veculo transportando

    produto perigoso em vias de grande fluxo de trnsito, nos horrios de maior intensidade de

    trfego;

    o transporte rodovirio de produto perigoso que, em funo das caractersticas do caso, seja

    considerado como fornecedor de risco por demais elevado, ser tratado como caso especial,

    devendo seu itinerrio e sua execuo serem planejados e programados previamente, com

    participao do expedidor, do contratante do transporte, do transportador, do destinatrio, do

    fabricante ou importador do produto, das autoridades com jurisdio sobre as vias a serem

    utilizadas e do competente rgo do meio ambiente, podendo ser exigido acompanhamento

    tcnico especializado;

    ser aplicada penalidade circulao realizada em vias pblicas nas quais no seja permitido

    o trnsito de veculos transportando produto perigoso.

    Para o transporte ferrovirio de produtos perigosos, o Decreto Federal n 98.973/90 estabelece

    regras e procedimentos que abrangem os aspectos das condies de transporte (veculos e

    http://www.inmetro.gov.br/
  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    43

    equipamentos; formao e circulao do trem; despacho, acondicionamento, carregamento,

    estiva, descarregamento, manuseio e armazenagem; pessoal envolvido na operao do

    transporte; documentao); dos procedimentos em caso de emergncia; dos deveres, obrigaes

    e responsabilidades (do fabricante e do importador; do expedidor e destinatrio; e da ferrovia); e

    da fiscalizao, e determina:

    os vages e equipamentos utilizados no transporte de produtos perigosos portaro rtulos de

    risco e painis de segurana especficos, de acordo com a Norma Brasileira NBR-7500

    (Transporte e Armazenamento de Materiais), enquanto durarem as operaes de

    carregamento, estiva, transporte, descarregamento, baldeao, limpeza e descontaminao;

    a viagem de trem que transporte produtos perigosos ser a mais direta possvel e seguir

    horrio prefixado;

    o transporte de produtos perigosos somente ser realizado por vias cujo estado de

    conservao possibilite segurana compatvel com o risco correspondente ao produto

    transportado;

    nos casos em que os acidentes afetem ou possam afetar mananciais, reas de proteo

    ambiental, reservas e estaes ecolgicas ou aglomerados urbanos, caber ferrovia

    providenciar, junto aos rgos competentes, o isolamento e severa vigilncia da rea, at que

    sejam eliminados todos os riscos sade de pessoas e animais, ao patrimnio e ao meio

    ambiente; dar cincia imediata do ocorrido s autoridades locais, mobilizando todos os

    recursos necessrios, inclusive por intermdio do rgo da defesa civil, do rgo de defesa do

    meio ambiente, das polcias civil e militar, da corporao de bombeiros e hospitais;

    nas rotas pelas quais se efetue transporte regular de produtos perigosos, a ferrovia manter

    contatos com as autoridades locais prefeituras e rgos de policiamento, defesa civil,

    bombeiros, sade pblica, saneamento, meio ambiente e entidades particulares, a fim de

    estabelecer, em conjunto com estas, plano para atendimento de situaes de emergncia que

    necessitem de apoio externo ao mbito da ferrovia.

    O Decreto Federal n 4.097/02 alterou a redao do Artigo 7 do Decreto n 96.044/88 e do Artigo

    19 do Decreto n 98.973/90 que dispem sobre o acondicionamento da carga.

    No Estado de So Paulo, a Portaria SUP/DER 326/00 atribui competncias e institui Comisso

    objetivando aplicao de penalidade por infrao legislao federal de transporte de produtos

    perigosos e atribui competncia Polcia Militar Rodoviria para fiscalizar e autuar os

    responsveis por infraes legislao federal de transporte de produtos perigosos nas rodovias

    sob jurisdio estadual.

    Entre os municpios localizados total ou parcialmente na bacia do Guarapiranga, So Paulo o

    nico que possui legislao especfica de regulamentao do transporte de cargas perigosas.

    A Lei n 11.368/93 que dispe sobre o transporte de produtos perigosos de qualquer natureza por

    veculos de carga no municpio de So Paulo determina que:

    o poder pblico municipal regulamentar as condies e restries circulao,

    estacionamento, parada, carga e descarga de veculos que transportem produtos perigosos

    nas vias do municpio de So Paulo, especialmente no que se refere definio de rotas e

    horrios alternativos para realizao deste tipo de transporte. Os produtos de consumo local

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    44

    (combustveis automotivos, gs engarrafado para uso domstico, gases do ar) tero

    regulamentao especfica implementada pelo Poder Pblico Municipal;

    para o transporte nas vias do municpio de So Paulo dos produtos de alta periculosidade

    intrnseca e de alta freqncia de circulao, o transportador dever estar devidamente

    cadastrado junto ao Poder Pblico Municipal;

    caber ao Poder Pblico Municipal, atravs do DSV Departamento de Operaes do

    Sistema Virio, fiscalizar o transporte de produtos perigosos no municpio de So Paulo,

    contemplando tanto as atribuies previstas no Decreto Federal n 96.044/88, bem como o

    preceituado nesta lei, e em suas regulamentaes complementares, em articulao com o

    comando de policiamento de trnsito, rgos de meio ambiente e outros afins.

    O Decreto Municipal n 36.957/97 regulamenta a Lei n 11.368/93 e determina:

    as condies e restries circulao, estacionamento, parada, carga e descarga de veculos

    que transportem produtos perigosos nas vias do municpio de So Paulo sero objeto de

    Portaria a ser baixada pela Secretaria Municipal de Transportes SMT, atravs do DSV

    Departamento de Operao do Sistema Virio, especialmente no que se refere definio de

    rotas e horrios alternativos para a realizao desse tipo de transporte;

    caber ao Poder Pblico Municipal, atravs do DSV, fiscalizar o transporte de produtos

    perigosos no municpio de So Paulo, contemplando tanto as atribuies previstas no Decreto

    Federal n 96.044/88, como o preceituado neste decreto e em regulamentao complementar,

    em articulao com o Comando de Policiamento de Trnsito, rgos de meio ambiente e

    outros afins.

    No Decreto Municipal n 37.391/98 ocorreram alteraes em alguns dispositivos do Decreto n

    36.957/97 e substituio dos Anexos I (Relao dos Produtos de Alta Periculosidade Intrnseca) e

    IV (Plano de Emergncia para o Atendimento a Acidentes no Transporte de Produtos Perigosos

    no Municpio de So Paulo) e determina-se que:

    caber Secretaria Municipal de Transportes, atravs do Departamento de Operao do

    Sistema Virio DSV, com a participao da Companhia de Engenharia de Trfego CET,

    fiscalizar o transporte de produtos perigosos no municpio de So Paulo, contemplando tanto

    as atribuies previstas no Decreto Federal n 96.044/88, como o preceituado neste decreto e

    em sua regulamentao complementar, em articulao com o Comando de Policiamento de

    Trnsito, rgos de meio ambiente e outros afins;

    os Anexos I e IV do Decreto Municipal n 36.957/97 ficam substitudos respectivamente pelos

    Anexos I e II deste decreto.

    1.7. Indicadores ambientais e de sade

    A Lei n 7.750/92 que dispe sobre a Poltica Estadual de Saneamento define que a Salubridade

    ambiental a qualidade ambiental capaz de prevenir a ocorrncia de doenas veiculadas pelo

    meio ambiente e de promover o aperfeioamento das condies mesolgicas favorveis sade

    da populao urbana e rural.

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    45

    A Poltica Estadual de Saneamento ainda determina que o ambiente salubre, indispensvel

    segurana sanitria e melhoria da qualidade de vida, direito de todos, impondo-se ao Poder

    Pblico e coletividade o dever de assegur-lo.

    Sade parte integrante do bem-estar social. Os indicadores de sade so componentes

    essenciais de indicadores mais complexos de qualidade de vida e cada vez mais intrinsecamente

    associados maneira com que se manejam os recursos naturais.

    Segundo o Ministrio da Sade3, atualmente, o perfil da sade da populao brasileira composto

    por trs cenrios principais, todos eles condicionados por diferentes contextos scio-ambientais. O

    primeiro deles revela, predominantemente, doenas cardiovasculares e neoplsicas

    (respectivamente primeira e terceira causas de bito), cuja tendncia crescente nos ltimos anos

    acompanha o envelhecimento da populao. Esta situao se torna possvel na medida em que

    estas expresses mrbidas so consideradas como efeito de condies genticas, de vida e

    trabalho vivenciadas por estas populaes, principalmente aquelas expostas a determinados

    poluentes ambientais. O segundo cenrio conformado pelas doenas infecto-parasitrias,

    nitidamente determinadas pelas condies scio-ambientais. Por fim, as chamadas causas

    externas compem o terceiro cenrio que englobam os acidentes e violncias.

    A Taxa de Mortalidade Infantil o indicador mais comumente utilizado para a avaliao do estado

    de sade das populaes e se refere ao nmero de crianas nascidas vivas que morrem antes de

    completar um ano de vida, tomando-se 1.000 nascimentos como base. Este indicador expressa

    desde a qualidade e adequao das condies sociais e ambientais de vida at a qualidade do

    pr-natal e parto, passando pelas condies nutricionais e assistenciais de rotina.

    Em comparao mdia nacional (25,8 por mil nascidos vivos)4, a taxa de mortalidade infantil

    paulista (13,4 por mil)5 baixa e em 2005 correspondia a pouco mais da metade da primeira.

    No Estado de So Paulo, a tendncia histrica deste indicador tem sido de queda acentuada e

    contnua, passando de 50,9 bitos por mil nascidos vivos em 1980, para 31,2 em 1990, e

    chegando a 13,4 mortes por mil nascidos vivos, em 2005. Esse declnio deveu-se principalmente

    reduo da mortalidade ps-neonatal bitos ocorridos entre o 28 dia de vida e o momento em

    que a criana completa um ano.

    Diversos fatores contriburam para essa trajetria, como a expanso dos servios bsicos de

    ateno materno-infantil, o acesso a novas tecnologias e medicamentos, a expanso do

    saneamento bsico e o aumento da cobertura vacinal. A adoo da estratgia de sade da famlia

    tambm desempenhou importante papel nesse cenrio.

    No conjunto das doenas infecciosas e parasitrias, associadas, entre outras, s condies de

    saneamento do ambiente, observa-se que estas deixaram de ser a principal causa morte infantil,

    passando, j na dcada de 90, para a quarta posio6. Nos anos seguintes, os riscos de morte por

    3 Ministrio da Sade. Subsdios para Construo da Poltica Nacional de Sade Ambiental, julho/2005. Disponvel em:

    http://www.conasems.org.br/Doc_diversos/politicavers%C3%A3o.pdf. Acesso em 28/03/07. 4 IBGE. Tbua Completa de Mortalidade Ambos os Sexos 2005. Disponvel em:

    http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/tabuadevida/2005/ambossexos.pdf. Acesso em 28/03/07. 5 SEADE. Taxas de Mortalidade Infantil no Estado de So Paulo. Disponvel em:

    http://www.seade.gov.br/produtos/mortinf/tabelas/2005/pdf/mortinf_tabela02_2005.pdf. Acesso em 28/03/07. 6 SEADE. SP Demogrfico. Resenha de Estatsticas Vitais do Estado de So Paulo, Ano 6, n 2, julho/2005. Disponvel

    em http://www.seade.gov.br/produtos/spdemog/PDF/junho_2005.pdf. Acesso em 28/03/07.

    http://www.conasems.org.br/Doc_diversos/politicavers%C3%A3o.pdfhttp://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/tabuadevida/2005/ambossexos.pdfhttp://www.seade.gov.br/produtos/mortinf/tabelas/2005/pdf/mortinf_tabela02_2005.pdfhttp://www.seade.gov.br/produtos/spdemog/PDF/junho_2005.pdf
  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    46

    doenas infecciosas e parasitrias continuaram diminuindo: em 2005, somente 4,8% dos bitos

    infantis no Estado ocorreram por esse motivo.

    Na Regio Metropolitana de So Paulo, o decrscimo da mortalidade infantil entre 1995 e 2005,

    foi de 46,8%, passando de 25,2 para 13,4 mortes por mil nascidos vivos. Entre os municpios

    inseridos na bacia do Guarapiranga, com exceo de Cotia e Juquitiba, os demais apresentaram

    significativas redues neste perodo: 62,0% em So Loureno da Serra, 59,5% em Itapecerica da

    Serra, 56,5% em Embu, 49,4% em Embu Guau e 45,2% em So Paulo. Em 1995, os municpios

    de Cotia e Juquitiba apresentavam as menores taxas de mortalidade infantil entre os municpios

    da bacia. O registro de 2005 posiciona o municpio de Juquitiba como o terceiro menor e de Cotia

    como o de maior taxa de mortalidade infantil.

    Entre os distritos da capital paulista, parcialmente inseridos na bacia do Guarapiranga, Marsilac

    destaca-se como o de maior ndice entre os sete distritos avaliados, os demais apresentam

    valores ligeiramente superiores aos observados no municpio de So Paulo e o distrito de Socorro,

    na maior parte do perodo, apresentou taxas inferiores.

    No Grfico 1-01 ilustrada a evoluo das Taxas de Mortalidade Infantil no perodo 1995-2007,

    registradas nos municpios e distritos da capital paulista, parcialmente inseridos na bacia do

    Guarapiranga.

    Grfico 1-01 Taxa de mortalidade infantil municpios inseridos na APRM-G

    Fonte: SEADE, 2008.

    A Secretaria de Sade do Municpio de So Paulo adota o ndice-Sade como instrumento de

    monitoramento das condies de vida e sade e da situao dos servios de sade em cada uma

    das 31 subprefeituras da capital. Os indicadores utilizados na determinao do ndice-Sade so:

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Cotia: -35,7%

    Embu: -64,9%

    Embu Guau: -60,5%

    Itapecerica: -63,8%

    Juquitiba: -54,3%

    So Loureno: -90,4%

    So Paulo: -46,3%

    Estado de SP: -45,91%

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    47

    coeficiente de mortalidade infantil: idem taxa de mortalidade infantil;

    mortalidade precoce por doenas crnicas no transmissveis: propores de mortes por

    doenas crnicas no transmissveis relacionadas ao diabetes e hipertenso arterial que

    ocorreram antes dos 60 anos de idade;

    coeficiente de incidncia de tuberculose: relao entre o nmero de casos novos de

    tuberculose diagnosticados na populao tomando-se 100.000 habitantes como base;

    coeficiente de mortalidade por causas externas: relao entre o nmero de mortes por

    acidentes e violncia na cidade e a populao residente em cada subprefeitura para uma base

    de 100.000 habitantes.

    As subprefeituras de Capela do Socorro, MBoi Mirim e Parelheiros esto parcialmente inseridas

    na bacia do Guarapiranga. Os distritos de Socorro, Cidade Dutra e Graja so administrados pela

    Subprefeitura de Capela do Socorro. Na rea de atuao da Subprefeitura de MBoi Mirim esto

    localizados os distritos de Jardim ngela e Jardim So Luis e a Subprefeitura de Parelheiros

    abrange a rea dos distritos de Marsilac e Parelheiros.

    No perodo 2001-2005, os valores observados para o ndice-Sade destas trs subprefeituras

    esto entre os menores da capital paulista, ou seja, indicam as piores condies de sade do

    municpio, caracterizadas pelos sub-indicadores adotados.

    Quadro 1-16 ndice-Sade das subprefeituras do municpio de So Paulo

    Subprefeitura Distrito

    2001 2002 2003 2004 2005

    ndice ndice ndice ndice ndice

    Posio no

    ranking

    Posio no

    ranking

    Posio no

    ranking

    Posio no

    ranking

    Posio no

    ranking

    Capela do Socorro

    Socorro 0,413 0,492 0,408 0,349 0,384

    Cidade Dutra 26/31 25/31 25/31 30/31 30/31

    Graja

    MBoi Mirim Jd. ngela 0,330 0,372 0,278 0,403 0,394

    Jd. So Luis 30 29 31 28 28

    Parelheiros Marsilac 0,341 0,321 0,317 0,297 0,337

    Parelheiros 29 30 30 31 31

    Fonte: Secretaria Municipal de Sade Prefeitura do Municpio de So Paulo.

    Os resultados do ndice-Sade, assim como, dos demais indicadores de sade determinados pelo

    IBGE e pela Fundao SEADE, so reflexo das condies socioeconmicas da populao.

    O IPVS ndice Paulista de Vulnerabilidade Social uma das ferramentas de caracterizao

    socioeconmica dos municpios do Estado e distritos da capital paulista. Tal caracterizao

    realizada atravs da definio do grau de vulnerabilidade a que a populao est sujeita, que

    segundo Katzman (1999) corresponde maior ou menor capacidade de controlar as foras que

    afetam seu bem-estar, ou seja, a posse ou controle de ativos que constituem os recursos

    requeridos para o aproveitamento das oportunidades propiciadas pelo Estado, mercado ou

    sociedade.7 Os graus de vulnerabilidade social so classificados em seis grupos.

    7 SEADE. Espaos e Dimenses da Pobreza nos Municpios do Estado de So Paulo, 2000. Disponvel em:

    http://www.seade.gov.br/produtos/ipvs/pdf/oipvs.pdf. Acesso em 28/03/07.

    http://www.seade.gov.br/produtos/ipvs/pdf/oipvs.pdf
  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    48

    Entre as Subprefeituras do municpio de So Paulo localizadas na bacia do Guarapiranga, a

    classificao do IPVS, baseada nos dados dos setores censitrios registrados pelo Censo

    Demogrfico 2000 do IBGE, indicou:

    a) Subprefeitura de Capela do Socorro:

    Na Subprefeitura de Capela do Socorro, h predominncia do Grupo 4 (Vulnerabilidade Mdia),

    ou seja, rea composta por setores censitrios que apresentam nveis mdios na dimenso

    socioeconmica, estando em quarto lugar na escala em termos de renda e escolaridade do

    responsvel pelo domiclio. Nestes setores concentram-se famlias jovens, isto , com forte

    presena de chefes jovens (com menos de 30 anos) e de crianas pequenas.

    Nesse grupo foram includas 216.576 pessoas (38,4% do total). No espao ocupado por esses

    setores censitrios, o rendimento nominal mdio dos responsveis pelo domiclio era de R$ 494 e

    57,7% deles auferiam renda de at trs salrios mnimos. Em termos de escolaridade, os chefes

    de domiclios apresentavam, em mdia, 5,5 anos de estudo, 91,3% deles eram alfabetizados e

    32,3% completaram o ensino fundamental. Com relao aos indicadores demogrficos, a idade

    mdia dos responsveis pelos domiclios era de 40 anos e aqueles com menos de 30 anos

    representavam 23,1%. As mulheres chefes de domiclios correspondiam a 23,3% e a parcela de

    crianas de 0 a 4 anos equivalia a 11,5% do total da populao desse grupo.

    b) Subprefeitura de MBoi Mirim: predominncia do Grupo 4 (Vulnerabilidade Mdia).

    Nesse grupo foram includas 254.319 pessoas (52,5% do total). No espao ocupado por esses

    setores censitrios, o rendimento nominal mdio dos responsveis pelo domiclio era de R$ 508 e

    58,1% deles auferiam renda de at trs salrios mnimos. Em termos de escolaridade, os chefes

    de domiclios apresentavam, em mdia, 5,7 anos de estudo, 91,1% deles eram alfabetizados e

    33,8% completaram o ensino fundamental. Com relao aos indicadores demogrficos, a idade

    mdia dos responsveis pelos domiclios era de 40 anos e aqueles com menos de 30 anos

    representavam 24,0%. As mulheres chefes de domiclios correspondiam a 25,9% e a parcela de

    crianas de 0 a 4 anos equivalia a 11,1% do total da populao desse grupo.

    c) Subprefeitura de Parelheiros: predominncia dos grupos 4 (Vulnerabilidade Mdia) e 6

    (Vulnerabilidade Muito Alta).

    O Grupo 6 corresponde ao segundo dos dois piores grupos em termos da dimenso

    socioeconmica (baixa), com grande concentrao de famlias jovens. A combinao entre chefes

    jovens, com baixos nveis de renda e de escolaridade e presena significativa de crianas

    pequenas permite inferir ser este o grupo de maior vulnerabilidade pobreza.

    Grupo 4: 42.903 pessoas (38,6% do total). No espao ocupado por esses setores censitrios,

    o rendimento nominal mdio dos responsveis pelo domiclio era de R$ 521 e 59,4% deles

    auferiam renda de at trs salrios mnimos. Em termos de escolaridade, os chefes de

    domiclios apresentavam, em mdia, 5,4 anos de estudo, 90,6% deles eram alfabetizados e

    30,7% completaram o ensino fundamental. Com relao aos indicadores demogrficos, a

    idade mdia dos responsveis pelos domiclios era de 39 anos e aqueles com menos de 30

    anos representavam 22,3%. As mulheres chefes de domiclios correspondiam a 21,1% e a

    parcela de crianas de 0 a 4 anos equivalia a 12,0% do total da populao desse grupo.

  • GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    SSMMAA//CCPPLLAA

    49

    Grupo 6: 40.402 pessoas (36,3% do total). No espao ocupado por esses setores censitrios,

    o rendimento nominal mdio dos responsveis pelo domiclio era de R$ 347 e 73,7% deles

    auferiam renda de at trs salrios mnimos. Em termos de escolaridade, os chefes de

    domiclios apresentavam, em mdia, 4,5 anos de estudo, 85,0% deles eram alfabetizados e

    21,3% completaram o ensino fundamental. Com relao aos indicadores demogrficos, a

    idade mdia dos responsveis pelos domiclios era de 40 anos e aqueles com menos de 30

    anos representavam 23,6%. As mulheres chefes de domiclios correspondiam a 21,0% e a

    parcela de crianas de 0 a 4 anos equivalia a 13,7% do total da populao desse grupo.

    Entre os servios de saneamento ambiental, os distritos de Marsilac e Parelheiros (Subprefeitura

    de Parelheiros) apresentam os maiores ndices de formas inadequadas de abastecimento de

    gua, esgotamento sanitrio e coleta de lixo, identificadas pelo Censo Demogrfico 2000 do IBGE.

    Em relao ao abastecimento de gua, 99,2% dos domiclios particulares permanentes do distrito

    de Marsilac so atendidos por formas no recomendveis sanitariamente (rede geral canalizada

    somente na propriedade ou terreno, poo ou nascente, ou outra forma). No distrito de Parelheiros,

    este ndice de 41,9%. Os distritos de Jardim ngela e Graja apresentam entre 5,01 e 17% dos

    domiclios nesta condio e em Cidade Dutra e no Jardim So Luis entre 1,01 e 5%. No distrito de

    Socorro, essa soluo de abastecimento pouco existente: at 1% dos domiclios.

    As formas de esgotamento sanitrio classificadas como nocivas sade e ao meio ambiente

    (descarte do esgoto do domiclio em fossas rudimentares, valas, cursos dgua, ou outros) so

    presentes em mais de 50% dos domiclios dos distritos de Marsilac e Parelheiros, seguidos pelos

    distritos de Jardim ngela e Graja que possuem entre 15,01 e 50%. Em Cidade Dutra e no

    Jardim So Luis, os domiclios que possuem esta soluo de esgotamento representam entre 5,01

    a 15% do total e at 5% no distrito de Socorro.

    O destino inadequado do lixo realizado por aproximadamente 30% dos domiclios de Marsilac,

    entre 2,01 e pouco superior a 5% em Parelheiros e entre 1,01 at 2% no Graja. Nos distritos de

    Cidade Dutra, Jardim ngela, Jardim So Luis e Socorro, at 1% dos domiclios esto

    classificados nesta condio.

    Nos demais municpios da bacia do Guarapiranga, o IPVS indica que a predominante

    classificao do grupo 4 (Vulnerabilidade Mdia) para os municpios de Cotia (40,9%), Embu

    (54,2%) e Itapecerica da Serra (45,6%). Em Embu Guau, as condies so