Glossário agrícola

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Page 1: Glossário agrícola

A Acidez do solo: fenômeno causado pelo excesso de hidrogênio e alumínio no solo. Agroquímicos, agrotóxicos: produtos químicos destinados ao uso em setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas nativas ou implantadas e de outros ecossistemas, e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, com o propósito de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores do crescimento. Amostra: porção representativa de água, ar, qualquer tipo de efluentes ou emissão atmosférica ou qualquer substância ou produto, tomada para fins de análise de seus componentes e suas propriedades. Amostra do solo: é a quantidade de solo coletada na área destinada ao plantio, que será utilizada na análise do solo. Análise do solo: exame laboratorial do solo com a finalidade de determinar o teor dos nutrientes (análise química) fundamentais ao desenvolvimento das plantas, sendo a base para a definição da recomendação dos tipos e quantidades de adubos a serem aplicados. É um procedimento de avaliação da fertilidade do solo, considerado um dos melhores parâmetros disponíveis para diagnóstico dos níveis de nutrientes antes do plantio, por possibilitar a correção da limitação nutricional naquela safra. Apotécio: órgão de frutificação em forma de taça, no qual se abrigam os esporos. Aração: prática agrícola que consiste em revolver a camada superficial do solo com um implemento chamado arado. Arado: implemento agrícola que corta, eleva e inverte o solo para melhorar a aeração e a infiltração de água. Pode ser do tipo aiveca, fixo ou reversível e composto de disco ou grades. Ascósporos: esporos que se formam no interior de ascos. Aspersão: aplicação de água ou outro líquido, em forma de pequenas gotas aplicadas simultaneamente em várias direções.

B Bactérias: organismos microscópicos unicelulares que podem parasitar vegetais. Biótico: relativo ou pertencente à vida ou aos seres vivos. Criado, provocado ou induzido pela ação de organismos vivos. C Calagem: método que consiste em adicionar substâncias cálcicas (cal, calcário) à terra para corrigir a acidez. Calda: solução composta por água e agrotóxico. Capacidade de troca de cátions (CTC): (1) capacidade que tem um solo de reter ou liberar nutrientes para serem absorvidos e aproveitados pelas plantas. (2) quantidade de cátions (alumínio, hidrogênio, cálcio, magnésio e potássio) que o solo é capaz de reter. Citoplasma: fluido de aparência gelatinosa, rico em moléculas orgânicas e organelas, presente no interior das células e que circunda o núcleo. Clamidósporo: (1) esporo de resistência, de parede celular espessa e contendo substâncias de reserva, produzido por alguns fungos basidiomicetos. (2) célula hifal, fechada por uma grossa parede celular, que finalmente se separa da hifa mãe e comporta-se como esporo de resistência. Coeficientes técnicos: quantidades de fatores de produção - entre outros, insumos, mão-de-obra, horas máquina - necessários e produtos a serem obtidos pelo sistema de produção. Conídio: esporo de origem assexual. Conservação: o conceito de conservação aplica-se à utilização racional de um recurso qualquer, de modo a se obter um rendimento considerado bom, garantindo-se, entretanto, sua renovação ou sua auto-sustentação. Assim, a conservação do solo é compreendida como a sua exploração agrícola, adotando-se técnicas de proteção contra erosão e redução de fertilidade. Analogamente, a conservação

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ambiental quer dizer o uso apropriado do meio ambiente, dentro dos limites capazes de manter sua qualidade e seu equilíbrio, em níveis aceitáveis. Consórcio: exploração, simultânea ou não, de duas ou mais culturas na mesma área. Contaminação: (1) introdução, em um determinado meio ou local, de elementos nocivos à saúde humana, das plantas e dos animais, tais como organismos patógenos, substâncias tóxicas ou radioativas. (2) a ação ou efeito de corromper ou infectar por contato. Termo usado, muitas vezes, como sinônimo de poluição, porém quase sempre empregado, em português, em relação direta a efeitos sobre a saúde do homem. Convencional (plantio): tecnologia de plantio que é realizada após um período de pausa ou de uma safra, geralmente para o plantio do mesmo tipo de cultura, envolvendo os métodos de preparo convencional do solo como limpar, arar, gradear, corrigir, fertilizar, semear, etc. Para tanto, são utilizados máquinas, equipamentos e implementos, sementes modificadas ou melhoradas e produtos químicos. Corretivo do solo: qualquer substância ou material usado para corrigir uma ou mais característica do solo que seja desfavorável ao seu cultivo. Cotilédones: (1) folha seminal ou embrionária, a primeira que surge quando da germinação da semente, e cuja função é nutrir a jovem planta nas primeiras fases de seu crescimento. (2) folha ou cada uma das folhas que se forma no embrião das angiospermas e gimnospermas e que, em algumas espécies, pode ser um órgão de reserva para o desenvolvimento da plântula.

D Déficit hídrico: resultado (negativo) do balanço hídrico em que o total de água que entra no sistema via precipitação é menor que a quantidade total de água perdida pela evaporação e pela transpiração pelas plantas.

E Encarquilhamento: ato ou efeito de encarquilhar, de criar carquilhas ou rugas. Epidemiologia: estudo dos diferentes fatores que intervêm na difusão e propagação de doenças, sua freqüência, seu modo de distribuição, sua evolução e a colocação dos meios necessários a sua prevenção. Época de semeadura: o período do ano recomendado para se instalar determinada espécie vegetal econômica. Erosão: desgaste progressivo do solo decorrente do arraste de partículas de tamanho variável que o compõe, normalmente provocado pela ação da água, do vento, do homem ou dos animais. Escleródio, esclerócio: (1) estrutura formada por hifas fortemente entrelaçadas e rica em substâncias de reserva, capaz de desprender-se do corpo do fungo e originar um novo indivíduo em condições ambientais favoráveis. (2) corpo perdurante duro, resistente às condições desfavoráveis, que pode permanecer latente por longo período de tempo e germinar quando se apresentam condições favoráveis. Espécie: (1) unidade básica de classificação dos seres vivos. (2) conjunto de indivíduos originários de um mesmo tronco, de aparência e estrutura semelhantes e que podem se reproduzir ilimitadamente entre si. (3) conjunto de indivíduos que guardam grande semelhança entre si e com seus ancestrais, e estão aptos a produzir descendência fértil. Várias espécies constituem um gênero. Esporo: pequena unidade de propagação que funciona como semente, mas que se diferencia dessa porque não tem embrião pré-formado. Estômatos: estrutura microscópica existente na epiderme de órgãos aéreos, especialmente de folhas, constituída basicamente de duas células com reforço especial da parede, entre as quais fica uma abertura pela qual se efetuam trocas gasosas entre a planta e o meio. Estresse hídrico: condição de limitação ao desenvolvimento da planta pela ausência ou fornecimento inadequado de água.

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Expurgo: operação que visa a eliminação dos insetos que se encontram nos produtos armazenados em suas diversas fases de desenvolvimento. Para o expurgo utilizam-se defensivos conhecidos como fumigantes, sendo a fosfina (fosfato de alumínio) o mais utilizado atualmente.

F Fertilidade (do solo): capacidade do solo em fornecer os nutrientes essenciais, em quantidade e proporção adequadas, para o crescimento da planta. Muitas vezes, a palavra fertilidade é confundida com produtividade do solo, mas produtividade é a capacidade do solo de produzir sob determinadas condições de manejo. Fertilizante: substância natural ou artificial que contém elementos químicos e propriedades físicas que aumentam o crescimento e a produtividade das plantas, melhorando a natural fertilidade do solo ou devolvendo os elementos retirados do solo pela erosão ou por culturas anteriores. Fosfina: hidreto de fósforo, gasoso, incolor e inflamável, cuja fórmula é PH3. Fungicida: produto destinado à prevenção ou ao combate de fungos; agrotóxico. Fungo: (1) qualquer organismo pertencente ao reino Fungi, destituído de clorofila, folhas, caule verdadeiro ou raízes, que se reproduzem por esporos e que pode existir como célula única ou formar um corpo multicelular dito micélio, que consiste em filamentos denominados hifas. São encontrados, geralmente, em condições terrestres úmidas e, devido à ausência de clorofila, são ou parasíticos, ou saprofíticos, em relação a outros organismos. (2) grupo de organismos que se caracterizam por serem eucarióticos e aclorofilados; são considerados vegetais inferiores.

G Germinação: (1) nas sementes, consiste numa série de processos que culminam na emissão da raiz. (2) início do desenvolvimento do embrião de um vegetal, momento em que há a ruptura do envoltório da semente e começam a aparecer pequenas raízes e folhas. Gradagem: (1) método que consiste em aplainar o solo por meio de grades puxadas por trator; também pode ser utilizada no combate às plantas daninhas. (2) técnica de limpeza de uma área efetuada após a aração com um implemento agrícola chamado grade que consiste em cortar e enterrar a vegetação e promover ligeira mobilização do solo. Obtém-se bons resultados em quase todos os tipos de solos, com exceção dos oriundos de areias ou com elevada porcentagem de afloramentos rochosos. Grade: implemento agrícola usado para o destorroamento, nivelamento e limpeza do solo já lavrado, constituído de uma armação com dentes rígidos ou flexíveis, de formas diferentes e feito de madeira ou metal.

H Herbicida: substância química ou biológica utilizada para destruir ou controlar o crescimento de plantas indesejáveis (plantas daninhas ou infestantes). Hifa: (1) unidade estrutural vegetativa da maioria dos fungos, que possui aparência filamentosa, podendo ser ou não dividida por septos transversais. Hipocótilo: parte da plântula situada abaixo dos cotilédones e que se estende até a inserção da raiz. Hospedeiro: (1) vegetal que hospeda insetos e microorganismos, patogênicos ou não. (2) organismo vivo que hospeda, serve de substrato e/ou de fonte de energia para outro denominado de parasita, tornando-se o local onde o outro organismo (parasita) vive.

I Infecção: (1) ataque agressivo por agente patogênico a um ser vivo. É o princípio ou origem de uma doença. (2) penetração em um organismo vivo de micróbios que perturbam seu equilíbrio. Infestação: (1) ataque violento por um organismo de forma ampla e mais ou menos uniforme sobre uma área ou indivíduo. (2) penetração em um organismo de parasitas não-microbianos.

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Infiltração: é o fenômeno de penetração de água em camadas de solo próximo à superfície, movendo-se para baixo, por ação da gravidade, através dos espaços vazios do solo, até atingir uma camada que a retém, formando, então, os lençóis d'água. Inoculação: introdução artificial de microorganismos específicos, geralmente um patógeno, em um organismo vivo, tal como a semente, ou em um meio de cultura, visando a sua disseminação. Inóculo: estruturas reprodutivas de um fungo, unidades bacterianas e partículas de vírus que, ao penetrar em uma planta, são capazes de induzir doença. Instar: o crescimento do corpo do inseto é mais ou menos cíclico, com alternância de períodos de descanso e de atividade. Assim, o inseto cresce em sucessivas mudas, e o intervalo entre uma muda e outra é chamado de instar. Insumos: (1) conjunto de material utilizado na produção, tais como: fertilizantes, mudas, sementes, embalagens, combustível etc. (2) produto intermediário ou bem que deve sofrer transformação antes de ser consumido e que é indispensável à produção de outros, normalmente de maior valor agregado.

M Macronutrientes: os nutrientes essenciais para o desenvolvimento da planta e os consumidos por elas em maior quantidade. Dividem-se em: primários, nitrogênio, fósforo e potássio; e secundários, cálcio, magnésio e enxofre. Matéria orgânica: (1) matéria de origem vegetal, animal ou microbiana, viva ou morta, em qualquer estado de conservação, passível de decomposição. (2) porções não-minerais sólidas do solo originadas dos resíduos dos animais e das plantas. As principais fontes de matéria orgânica utilizadas para a nutrição dos vegetais são os adubos verdes, os resíduos vegetais, palhas, serragens, cascas de madeira, restos de culturas, restos industriais, turfa natural, vinhaça, estercos e restos de aves e peixes. Micélio: (1) corpo vegetativo da maioria das espécies de fungos, composto de hifas agrupadas ou emaranhadas. (2) massa de hifas, de aspecto cotonoso, que constitui o corpo do fungo. Micotoxina: qualquer substância tóxica produzida por um fungo. Micronutrientes: elementos de grande importância não só pelo papel que representam na nutrição, mas também no aumento das defesas e resistência das plantas; nutrientes que as plantas consomem em menor quantidade, mas são de suma importância para o seu desenvolvimento. Os principais micronutrientes são: boro, molibdênio, zinco, ferro e cobre. As fontes de micronutrientes mais importantes são as algas, o basalto, o granito e os sais. Microorganismo: forma de vida de dimensões microscópicas, tais como os fungos, bactérias, vírus e micoplasmas. Para atividade agropecuária, recebem atenção especial os que habitam os solos e convivem com as plantas e animais, de modo benéfico ou prejudicial para serem combatidos. Monitoramento: (1) acompanhamento, avaliação e controle das condições ou de fenômenos, naturais ou artificiais, com o objetivo de obter dados quantitativos e qualitativos que possibilitem maior conhecimento sobre eles, identificando, assim, possíveis riscos ou oportunidades que possam ser controlados ou aproveitados e minimizar eventos indesejáveis. (2) coleta, para um propósito predeterminado, de medições ou observações sistemáticas e intercomparáveis, em uma série espaço-temporal, de qualquer variável ou atributo ambiental, que forneça uma visão sinóptica ou uma amostra representativa do meio ambiente.

N Necrose: degeneração e morte de células associadas com a descoloração ou desidratação dos tecidos de um ser vivo resultante da ação de agentes bióticos ou abióticos. Nematóide: organismo parasita de forma cilíndrica que ataca as raízes das plantas, especialmente as folhosas. Ninfa: forma intermediária entre a larva e o inseto adulto.

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Nutriente: qualquer substância do meio ambiente, seja ela orgânica ou inorgânica, indispensável ao desenvolvimento de uma planta, animal ou de qualquer outra espécie de organismo vivo.

P Partículas: (1) pequenos pedaços ou fragmentos de qualquer material que se aglutinam para formar um corpo. (2) partículas sólidas ou líquidas finamente divididas no ar ou em uma fonte de emissão. Os particulados incluem poeira, fumo, nevoeiro, aspersão e cerração. Patógeno: organismo capaz de atacar outros organismos vivos (plantas e animais) e causar doenças. São, geralmente, bactérias, fungos ou vírus. Pecíolo: haste que sustenta a folha e que a une à bainha ou diretamente ao ramo. pH: abreviação de "potencial hidrogeniônico", que é uma escala usada para medir a acidez ou a alcalinidade de soluções evitando o uso de expoentes, através da medida de concentração do íon hidrogênio em solução. É dado matematicamente como o logaritmo negativo da concentração de H+. O pH abaixo de 7 é ácido; acima de 7, alcalino; e 7 é considerado neutro. Pivô central: sistema de irrigação por aspersão que consiste em uma linha de aspersores montada sobre uma armação metálica com rodas, tendo uma extremidade fixada em uma estrutura, o pivô, e a outra movendo-se continuamente em torno dele durante a aplicação da água. Plantas daninhas: o mesmo que ervas invasoras; qualquer espécie vegetal, nativa ou introduzida, que cresce em local e momento inadequados, e que compete por água, luz e nutrientes com a cultura principal. Plantio direto: tecnologia de plantio que consiste em plantar as espécies sem fazer o revolvimento ou preparo do solo com utilização de máquinas pesadas, efetuando rotação de culturas e mantendo cobertura morta ou palha para proteção do solo contra erosão e perda de nutrientes. Os sistemas de plantio direto e cultivo mínimo constituem hoje uma tendência geral para todas as áreas agrícolas, agropecuárias e florestais, uma vez que representam uma substancial redução de custos e uma alternativa benéfica no que se refere à preservação e recuperação de ambientes. Plântula: estádio inicial do desenvolvimento do embrião, em decorrência da germinação da semente, até a formação das primeiras folhas. População: conjunto de indivíduos da mesma espécie que vive em uma mesma área geográfica no mesmo espaço de tempo, mantendo entre si certa independência. Pragas: qualquer forma de vida vegetal ou animal, ou qualquer agente patogênico daninho ou potencialmente daninho para os vegetais e produtos vegetais. Precipitação pluvial: fenômeno pelo qual a nebulosidade atmosférica se transforma em água formando a chuva. Preparo do solo: ato de escarificar a superfície do solo, com o objetivo de propiciar condições satisfatórias para o plantio, germinação das sementes, emergência das plântulas, desenvolvimento e produção das plantas, e também eliminar as plantas daninhas, controlar a erosão e descompactar o solo. PRNT (Poder Relativo de Neutralização Total): elemento de suma importância na escolha de um calcário, é expresso em porcentagem, e quanto maior, melhor. Propágulo: qualquer parte de um vegetal capaz de multiplicá-lo ou propagá-lo vegetativamente, como, por exemplo, fragmentos de talo ou ramo ou estruturas especiais. Pureza física: caracterizada pela proporção de componentes físicos presentes no lote de sementes, como sementes puras, sementes silvestres, outras sementes cultivadas e substâncias inertes. A condição física é distinguida pelo teor de umidade, tamanho, cor, densidade, injúrias mecânicas e causadas por insetos, e uniformidade quanto a essas características.

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Qualidade fisiológica: todos os atributos que indicam a capacidade da semente de desempenhar funções vitais, sendo caracterizada pelo poder germinativo, pelo vigor e pela longevidade. Qualidade sanitária: a condição da semente quanto à presença e grau de ocorrência de fungos, bactérias, vírus, nematóides e insetos que causam doenças ou danificações à semente, ou que são transmitidos pela semente, e que são capazes de causar enfermidades e reduções na qualidade e produtividade das culturas.

R Regiões tropicais: regiões onde não ocorre inverno e as temperaturas médias são sempre superiores a 20°C.  Resíduo: substância ou mistura de substâncias remanescentes ou existentes em alimentos ou no meio ambiente, decorrentes do uso ou não de agrotóxicos ou afins, inclusive qualquer derivado específico, tais como produtos de conversão e de degradação, metabólitos, produtos de reação e impurezas, considerados toxicológica e ambientalmente importantes. Rizóbio: bactéria heterotrófica com capacidade de formar nódulos simbióticos nas raízes de plantas, principalmente das da família leguminosa, fixando nitrogênio atmosférico, que é utilizado pela planta. Roguing: a prática de examinar cuidadosa e sistematicamente o campo de produção de sementes com o objetivo de remover as plantas indesejáveis. É uma operação de fundamental importância para a obtenção de sementes de elevado grau de pureza varietal, genética e física, pois prevê a eliminação de todas as plantas contamináveis (atípicas). Rotação de culturas: (1) técnica que utiliza o mesmo espaço físico para cultivar espécies diferentes de plantas em período de tempo alternado, observado um período mínimo sem o cultivo desta espécie na mesma área. (2) alteração da espécie a ser cultivada no ciclo seguinte ao da lavoura atual.

S Saprófita, saprófito: (1) vegetal, inferior ou superior, desprovido de clorofila,que se nutrem de matéria orgânica morta ou em decomposição. (2) microorganismo que obtém os elementos nutritivos de tecidos orgânicos mortos ou de matérias inorgânicas. Saturação por bases: índice de acidez do solo definido como a proporção da capacidade de troca de cátions (CTC) ocupada por bases trocáveis, que são K+, Ca2+, Mg2+ e Na+. Secagem: operação de grande importância para a conservação e manuseio de produtos que consiste na retirada da umidade, de forma natural ou artificial, evitando o fenômeno da fermentação. Simbiose: associação entre seres vivos na qual ambos são beneficiados. Sistema de produção: conjunto de práticas e procedimentos inerentes à implantação e condução de uma lavoura. Sistema radicular: parte da planta responsável pela sua sustentação e nutrição. Sistêmico: (1) o que diz respeito a um sistema biológico, físico ou social que atinge vários componentes de uma determinada estrutura. (2) diz-se do produto que é absorvido pela planta e que se transloca a outros órgãos. Subsolador: implemento agrícola que mobiliza o solo em profundidade, através de hastes retas curvas, ou parabólicas, rompendo camadas compactadas que dificultam a penetração das raízes e a infiltração de água. Sulcos (irrigação por): (1) sistema de irrigação em que a distribuição da água é feita através de pequenos canais ou sulcos paralelos às fileiras das plantas. (2) método de irrigação superficial, no qual se faz passar água nos sulcos entre as linhas de culturas. Suscetibilidade: tendência ou predisposição de um organismo em sofrer os efeitos de um patógeno ou condições adversas.

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Tegumento: (1) invólucro ou estrutura que envolve, reveste e protege um órgão vegetal ou parte dele. (2) camada ou conjunto de camadas externas de tecido que envolve a semente. Tratamento de sementes: aplicação de produtos com o propósito de proteger a semente do ataque de pragas e patógenos ou melhorar a sua capacidade de produzir uma planta normal.

U Umidade relativa do ar: (1) a razão, expressa em porcentagem, entre o conteúdo do vapor de água no ar e a pressão máxima do vapor de água à mesma temperatura. (2) quantidade de vapor de água contido no ar, medido em porcentagem, em relação ao máximo de vapor que aquele ambiente pode conter (saturação). Uréia: composto químico orgânico, nitrogenado, cristalino, produto final da decomposição da proteína no corpo, que constitui o principal componente sólido da urina do homem e de outros mamíferos.

V Várzeas: áreas constituídas de solos originários de decomposição de materiais transportados por cursos d'agua ou trazidos das encostas pelo efeito erosivo das chuvas. Constituem áreas geralmente planas de baixadas às margens de córregos e rios, condicionadas a um regime de excesso de umidade e a processos químicos de redução, em conseqüência da elevação do lençol freático, sujeitas ou não a inundações periódicas. Vetor: (1) ser vivo capaz de transmitir de forma ativa ou passiva um agente infeccioso. (2) meio biótico ou abiótico que serve de condução de um agente danoso ou não de um sistema para outro. Vigor: característica genética que pode ser modificada fenotipicamente e que revela a capacidade de um organismo gerar produtos mais rapidamente e suportar significativas interferências do meio ambiente. Vírus: cada um de um grupo de agentes infecciosos diminutos, de 10 nm a 250 nm de diâmetro, caracterizados pela falta de metabolismo independente e pela habilidade de se replicarem somente no interior de células vivas hospedeiras.

Z Zoneamento: definição de setores ou de zonas em uma unidade de conservação, com objetivo de manejo e normas específicas.

AÁcrico: condição química de um solo extremamente intemperizado, e que possui no horizonte B

baixos valores de retenção de cátions RC (menor ou igual a 1,5 e delta pH positivo ou nulo, ou RC menor ou igual a 1,5 e pH KCl maior que 5.0 ).

No Brasil esses solos ocorrem predominantemente nas regiões de Goiás, Minas Gerais (Triângulo Mineiro), Mato Grosso do Sul e nordeste do Estado de São Paulo na superfície Sul Americana, que é das mais antigas do Brasil.

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No manejo os solos ácricos são muito ressecados devido a forte microagregação da argila que é responsável pelo movimento de água muito rápido no perfil de solo. Na textura de campo apresentam grande evidência da "sensação areia", no início desse teste parece que a textura é média, mas à medida que se comprime a massa do solo molhado sente-se que é argiloso ou muito argiloso.

Abaixo da camada arável possuem baixo potencial nutricional, pois são baixos os valores da capacidade de troca de cátions e soma de bases (cálcio, magnésio, potássio), mas por outro lado não apresentam alta saturação por alumínio (m< 50%).

Quando o delta pH é positivo abaixo da camada arável são quase desprovidos de cálcio, magnésio, potássio e sódio, e esses solos retêm mais ânions (sulfato, cloreto, nitrato) do que cátions (cálcio, magnésio, potássio e sódio).

De acordo com LANDELL do Centro de Cana do IAC, a produtividade média de cinco cortes de cana-de-açúcar varia de 76-80 t ha-1 quando os Latossolos ácricos ocorrem na região de Ribeirão Preto, e abaixo de 68t/ha quando ocorre numa região bem mais seca como é o caso de Goianésia (GO).

Plantas de ciclo mais curto do que a cana-de-açúcar (anuais como milho, soja, etc) podem apresentar altas produtividades nesses solos, desde que seja aplicado médio a alto nível de manejo.

Álico: condição química de um solo com muito baixo potencial nutricional abaixo da camada arável (horizonte no B, ou no horizonte C se não existir horizonte B, ou no horizonte A dos Neossolos Litólicos) devido a alta saturação por alumínio (m) (maior ou igual a 50% e ao mesmo tempo com teor de alumínio variando de 0,3 a 4,0 cmol kg-1).Ocorrem em todos estados do Brasil.

No manejo os solos álicos possuem muito baixo potencial nutricional abaixo da camada arável e necessitam de gessagem para melhorar o ambiente químico abaixo da camada arável, onde existe uma alta concentração de alumínio tóxico que limita o crescimento das raízes em direção ao horizonte B. Como conseqüência da alta saturação por alumínio os valores de cálcio, magnésio e potássio (soma de bases) são muito baixos, pois a grande maioria das cargas elétricas da CTC estão ocupadas pelo alumínio e não pelas citadas bases.

Tem-se verificado que quando o solo possui CTC da argila menor que 27 cmol kg -1 de solo no horizonte B a gessagem tem sucesso.

Alteração: processo de degradação das rochas por processos físicos tais como, descompressão causada pela retirada das camadas superiores das rochas, ação de sais, do gelo e das raízes nas fraturas, abrasão por partículas carregadas pelo vento.

Alumínico: condição química de um solo com muito baixo potencial nutricional abaixo da camada arável (geralmente horizonte B) devido a alta saturação por alumínio (m) (maior ou igual a 50% e ao mesmo tempo com teor de alumínio maior que 4,0 cmol kg -1). Difere do álico por apresentar maior teor de alumínio no horizonte B.

Aluviação: processo de transporte pelos rios e riachos de argila, silte, areia, cascalho, e matéria orgânica e posterior deposição formando o perfil de solo no dique marginal dos rios e riachos. Na nova nomenclatura da EMBRAPA enquadra-se como Neossolo Flúvico.

Aluvial: depósito ligado à dinâmica fluvial.

Aluvião: sedimentos clásticos depositados pelos rios na planície fluvial.

Areia: fração granulométrica de 0,002 a 2 mm de diâmetro constituída predominantemente pelo quartzo.

Arenito: rocha sedimentar clástica composta por elementos granulares da fração areia.

Argila: no sentido granulométrico (tamanho) refere-se a partículas com diâmetro menor que 0,002 mm. Também é a denominação de uma classe de minerais silicatos, por exemplo, caulinita, ilita e montmorilonita, entre outros.

Argila de atividade alta (Ta): CTC maior ou igual a 27 cmol kg-1 de argila no horizonte B, sem descontar a contribuição da matéria orgânica. Calcula-se dessa maneira T: CTC (cmol kg-1 de solo) x 100/% de argila.

Argila de atividade baixa (Tb): CTC menor que 27 cmol kg-1 de argila no horizonte B, sem descontar a contribuição da matéria orgânica. Calcula-se dessa maneira T: CTC (cmol kg-1 de solo) x 100/% de argila.

Argilito: rocha sedimentar clástica composta predominantemente por grãos do tamanho das argilas.

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B Bacia hidrográfica: área que contribui com água e sedimentos para um rio.

Basalto: rocha ígnea extrusiva relativamente pobre em sílica e rica em compostos de ferro e magnésio. Face ao intemperismo químico aparecem minerais de argila que fornecem apreciáveis quantidades de cálcio, magnésio, potássio e sódio para o solo.

Banhado: terras inundáveis pelos rios.

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Bauxita: minério constituído essencialmente de hidróxido de alumínio (gibbsita, ou boehmita ou diásporo).

Biotita: mineral de argila de cor preta/esverdeada, do grupo da mica que contem potássio entre suas unidades estruturais.

Brunizém: classe de solo mineral, não hidromórfico, com horizonte A chernozêmico e com horizonte B eutrófico e com CTC > 27 cmol kg-1 de argila (Ta) sem desconto para matéria orgânica no horizonte B textural ou no B incipiente na nomenclatura de Camargo et al (1987), B textural ou B nítico, ou B incipiente da ordem dos Chernossolos na nova nomenclatura da EMBRAPA (1999). No sistema americano (Soil Taxonomy) correlaciona-se com a ordem dos Mollisols.

Bruno não cálcico: classe de solo mineral, não hidromórfico, geralmente com horizonte A fraco e com horizonte B avermelhado eutrófico e com CTC > 27 cmol kg-1 de argila (Ta) sem desconto para matéria orgânica no horizonte B textural na nomenclatura de Camargo et al (1987), B textural da ordem dos Luvissolos na nova nomenclatura da EMBRAPA (1999). No sistema americano (Soil Taxonomy) correlaciona-se com a ordem dos Alfisols.

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C Calcificação: processo de formaçãoo do solo pela concentraçãoo de carbonato de cálcio.

Calcita: mineral de composição química CaCO3, principal constituinte do calcário.

Camada: material do solo de constituição mineral e orgânica que tiveram na sua origem pouca ou nenhuma influência dos fatores de formação do solo (clima, material de origem, relevo, organismos e tempo) e dos processos pedogenéticos.

Capacidade de troca de cátions, CTC : é a capacidade da argila adsorver elementos químicos e trocá-los por outros elementos na solução do solo. Matematicamente refere-se a soma dos elementos de cargas positivas, tais como a soma de bases (SB) + Al + H, (ou seja, cálcio, magnésio, potássio, sódio, alumínio e hidrogênio). Essas cargas positivas, por sua vez são adsorvidas pelas cargas negativas da argila, portanto a CTC refere-se a quantidade de cargas elétricas negativas.

A soma dessas cargas elétricas negativas é representada pela capacidade de troca de cátions (CTC), e nela estão ligados eletricamente os elementos de cargas positivas, que compõem os principais nutrientes do solo, tais como o cálcio, magnésio, potássio, sódio, representados pela soma de bases (SB). Existem ainda outras cargas elétricas negativas ligadas a elementos desfavoráveis tais como o alumínio (Al) e o hidrogênio (H). O conjunto SB + Al + H reflete a CTC do solo a pH 7.

Cascalho: fragmentos de rocha com diâmetro de 0,2 a 2,0 cm.

Clástico: fragmento desagregado de rocha.

Colo: depressão numa linha de cumeada.

Colúvio: depósito de material transportando ao longo das vertentes sob efeito da gravidade.

Conglomerado: depósito consolidado composto por seixos cimentados.

Cor: é uma propriedade do solo que considera o matiz (proporções das cores vermelha e amarela), valor (proporções das cores preta e branca), e croma (proporções de vermelho, amarelo, preto e branco, ou pureza da cor). A tabela de cores Münsell é a mais utilizada nas comparações das cores dos solos.

Crista: linha estreita ao longo da qual duas vertentes opostas intersectam-se, sendo um local de maior altitude da paisagem.

Croma: componente da cor do solo que indica a pureza da cor e considera as diferentes proporções das cores preta e branca para determinado matiz. Na tabela de cor Munsell no é indicada no sentido horizontal, variando de 0 a 8, e na anotação da cor refere-se ao denominador. No exemplo: 5 YR 4/3, o croma corresponde ao número 3.

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D Desertificação: processo artificial de degradação da capacidade produtiva pelo mau uso do solo

pela ação do homem.

Desertização: processo natural de formação de desertos.

Dique marginal: forma sobre a qual ocorre a acumulação de sedimentos aluviais nas margens dos rios.

Distrófico: condição química do solo abaixo da camada arável (horizonte no B, ou no horizonte C se não existir horizonte B, ou no horizonte A dos Neossolos Litólicos) com baixos valores de soma de bases (SB) e saturação por bases (V). Para PRADO os valores de V oscilam de 30-50% , mas ao mesmo tempo aos valores de bases SB são menores que 1,2 cmol kg-1 de solo. Se o valor V for menor que 30%, a saturação por alumínio (m) deve ser menor que 50% (para eliminar a possibilidade de ser álico) e o valor RC deve ser maior que 1,5 cmol kg -1 (para eliminar a possibilidade de ser ácrico).

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No manejo possuem baixo potencial nutricional abaixo da camada arável, mas a saturação por alumínio não tão alta porque é inferior a 50% .

Dolina: depressão circular de áreas onde existe calcário.

Dolomita: mineral de composição química CaMg(CO3)2, principal constituinte do calcário dolomítico.

Drenagem interna: movimento de água pelo fluxo interno nos poros dos horizontes ou camadas do perfil de solo.Conforme essa velocidade, o solo pode ter drenagem excessiva, forte, boa, moderada, má e muito má.

Drenagem externa: habilidade do solo permitir a remoção de água na sua superfície (enxurrada).

Dreno: conduto enterrado no solo para eliminar o excesso de água.

Dunas: elevações de formas variadas de areia trazidas pelos ventos.

Duripã: horizonte mineral cimentado pela sílica que pode ocorrer na camada subsuperficial do solo.Sua dureza é tão destacada que não se desfaz em água ou ácido clorídrico.

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E Edafologia: ciência que estuda a relação do homem no desenvolvimento das plantas nos

diferentes solos.

Eluvial: perda de material ao longo do perfil do solo.

Escarpa: face de maior inclinação nas bordas dos planaltos.

Estrutura: arranjamento das partículas do solo consideradas em termos do tipo (granular, subangular, angular, primática), classe (tamanho) e grau de desenvolvimento (ângulos dos encaixes dos agregados depois de partidos na mão).

Eutrófico: condição química de um solo com elevado potencial nutricional abaixo da camada arável (horizonte no B, ou no horizonte C se não existir horizonte B, ou no horizonte A dos Neossolos Litólicos).Os valores de soma de bases (SB) são maiores ou iguais a 1,5 cmol kg -1 de solo e os de saturação por bases (V) maiores ou iguais a 50% Esses solos possuem elevadas produtividades, desde que não sejam simultaneamente salinos como pode ocorrer em alguns casos no nordeste do Brasil. Ocorrem em todos estados do Brasil.

Encosta: espaço entre as partes mais altas e mais baixas da paisagem.

Espodossolo: classe de solo mineral, hidromórfico ou não, com horizonte A fraco ou moderado e com horizonte B podzol, na nomenclatura de Camargo et al (1987), B espódico da ordem dos Espodossolos na nova nomenclatura da EMBRAPA (1999).No sistema americano correlaciona-se com a ordem dos Spodosols.

Estereocópio: instrumento ótico que permite visualizar em 3 dimensões as imagens das fotografias aéreas.

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F Família: categoria do sistema de classificação de solo que inclui dados necessários para o

manejo agrícola e não agrícola (textura, mineralogia, grau de acidez,profundidade).

Fatores de formação do solo: agentes de formação dos solos (clima, material de origem, organismos, relevo e tempo).

Feldspato: mineral alumino-silicato que apresenta potássio, sódio e cálcio entre seus constituintes. São comuns em rochas ígneas e metamórficas. Argilas resultam de sua alteração química.

Filossilicato: filo (folha) + silicato (mineral com 1 átomo de silício e 4 átomos de oxigênio num arranjamento de um tetraedro), refere-se, portanto, a um arranjamento do tipo de estrutura dos minerais de argila.

Filito: rocha metamórfica de granulação fina, quanto ao grau de metamorfismo constitui uma fase intermediária entre xisto e filito.

Firme: condição relativamente consistente do solo úmido que esboroa-se (desfaz-se) com pressão moderada entre o polegar e o indicador.

Floculação da argila: precipitação da argila formando agregados.

Fotopedologia: interpretação fotográfica das condições pedológicas na paisagem.

Friável: condição fofa de solo úmido que esboroa-se (desfaz-se) com leve pressão entre o polegar e o indicador.

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Page 11: Glossário agrícola

G Granito: rocha ígnea intrusiva ácida constituída de quartzo, mica, feldspato e minerais

acessórios. Está associada a feições destacadas na paisagem como serras ou áreas de maior declividade. é uma rocha muito resistente ao intemperismo químico e como conseqüência apresenta, normalmente, solos pouco desenvolvidos.

Glei pouco húmico: classe de solo hidromórfico com horizonte A moderado na classificação de Camargo et al (1987), sub ordem Gleisso Háplico na nova nomenclatura da EMBRAPA (1999). No sistema americano (Soil Taxonomy) correlaciona-se com as sub-ordens Aquox, ou Aquept, ou Aqualf, ou Aquult.

Glei húmico: classe de solo hidromórfico com horizonte A proeminente ou a chernozêmico na classificação de Camargo et al (1987), sub ordem Gleissolo Melânico na nova nomenclatura da EMBRAPA (1999). No sistema americano (Soil Taxonomy) correlaciona-se com as sub-ordens Aquox, ou Aquept, ou Aqualf, ou Aquult.

Gleização: processo de formação do solo característico das condições de excesso de água (hidromorfismo). Nessa condições forma-se um horizonte glei típico dos Gleissolos.

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H Horizonte: camadas diferenciadas pela cor, textura, estrutura com originadas no processo de

intemperização e pedogênese do material de origem (geralmente rocha).

Horizonte A: horizonte superfícial (desde que não erodido) de cor mais escura pela grande influência da decomposição das raízes das plantas, e com grande atividade biológica. Esse horizonte é considerado eluvial porque dele partículas muito finas e substâncias em solução podem se mover em profundidade acumulando-se no horizonte B. Considerado o horizonte diagnóstico de superfície, mas não necessariamente corresponde ao epipedon da classificação de solo americana (Soli Taxonomy) porque epipedon pode abranger além do horizonte A, a parte superior escura do horizonte B.

Horizonte AB: horizonte transicional entre A e B, mas com características mais parecidas com A do que B. Anteriormente designado de horizonte A3.

Horizonte BA: horizonte transicional entre A e B, mas com características mais parecidas com B do que A. Anteriormente designado de horizonte B1.

Horizonte B: é o horizonte iluvial por acumular as partículas removidas do horizonte A, e é o horizonte de máxima expressão de cor, textura, estrutura e cerosidade (se existir). Corresponde ao horizonte diagnóstico de sub superfície, ou seja o principal horizonte para se classificar o solo.

Horizonte BC: horizonte transicional entre os horizontes B e C, com características bem mais próximas de C do que B. Anteriormente designado de horizonte B3.

Horizonte C: material de origem intemperizado a partir do qual os horizontes A e B se desenvolveram.

Hematita: óxido de ferro (Fe2O3) que compequena quantidade colore o solo de vermelho.Subir

I Iluvial: acúmulo de minerais de argila, óxidos de ferro e alumínio e material orgânico em

profundidade, ou seja, a partir do horizonte A para o horizonte B.

Intemperismo: processos de alteração das rochas e minerais por meio de reações químicas como hidratação, hidrólise, carbonatação e oxidação.

JJarosita: mineral constituinte do horizonte sulfúrico.

KKi: é o índice de intemperismo do solo, calculado pela relação SiO2/Al 2O3 x 1,7. Quanto menor o

valor significa que o solo é mais intemperizado. Portanto, o índice ki mede o grau de decomposição da fração argila presente no solo. Por exemplo, na sequência de intemperismo os valores de ki são mais altos para a montmorilonita (argila do tipo 2:1), mais baixos para a caulinita (argila do tipo 1:1), e bem mais baixos para gibbsita (óxidos de alumínio).

Krasnozem: classe de solo do sistema Australiano que corresponde ao Nitossolo Vermelho do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos.

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L

Page 12: Glossário agrícola

Laterita: material rico em óxidos de ferro, pobre em matéria orgânica que endurece irreversivelmente em contato com o ar.

Latossolo: classe de solos espessos com baixo gradiente textural entre os horizontes A e B, baixa CTC, baixos ou nulos teores de minerais primários de fácil intemperização, baixo índice ki, critérios segundo Camargo et al (1987) e EMBRAPA (1999). Corresponde a ordem dos Oxisols do sistema americano (Soil Taxonomy).

Latossolização: processo de formação do solo que se caracteriza a intensa remoção de sílica no processo de intemperismo, termo que substitui a designação laterização, o mesmo que ferrilitização.

Lessivagem: migração mecânica de argila do horizonte A para o B textural ou B nítico.

Limo: o mesmo que silte. Subir

M Matéria orgânica: restos vegetais e animais muito decompostos.

Matiz: componente da cor do solo que consta no lado superior direito da tabela Munsell e que considera a contribuição do vermelho (red) e do amarelo (yellow). Varia de 10R a 10Y. No matiz 10R a cor vermelha contribui com 100% e a amarela com 0%, no matiz 5YR a cor vermelha contribui com 50% e a amarela com 50%, no matiz 7,5YR a cor vermelha contribui com 37,5% e a amarela contribui com 62,5%, no matiz 10Y a cor vermelha contribui com 0% e a amarela com 100%. No exemplo 5YR 5/3, o matiz corresponde a 5 YR.

Mica: mineral de argila do tipo 2:1, ou seja apresentam no seu "esqueleto" duas camadas de tetraedro de silício e uma camada de octaedro de alumínio.

Mineral: material inorgânico com composição química e estrutura cristalina definida. São exemplos: quartzo, feldspato.

Mineral félsico: mineral claro geralmente pobre em ferro.

Mineral máfico: mineral escuro geralmente rico em ferro.

Mineralóide: material inorgânico com composição química definida, mas desprovido de estrutura cristalina. Exemplo água em estado líquido.

Mesotrófico: condição química intermediária entre distrófico e eutrófico abaixo da camada arável (horizonte no B, ou no horizonte C se não existir horizonte B, ou no horizonte A dos Neossolos Litólicos). Para PRADO os valores de soma de bases (SB) variam de 1,2 a 1,5 cmol kg-1 de solo e, ao mesmo tempo, a saturação por bases (V) varia de 30-50%; ou ainda pode ser mesotrófico quando a saturação por bases ultrapassa 50%, mas a soma de bases é menor que 1,5 cmol kg-1 de solo.

Morfogênese: conjunto de processos que dão origem as formas do relevo e do modelado. Pode-se, de uma certa maneira, contrapor morfogênese a pedogênese, pois em locais onde os processos morfogenéticos atuam mais intensamente a gênese dos solos é inibida ou retardada como, por exemplo, nas praias e dunas.

Mesoálico: condição química intermediária entre distrófico e álico abaixo da camada arável (horizonte no B, ou no horizonte C se não existir horizonte B, ou no horizonte A dos Neossolos Litólicos). Para PRADO os valores de saturação por alumínio (m) variam de 15 a 50% e ao mesmo tempo o teor de alumínio é maior ou igual a 0,4 cmol kg-1 de solo. Ocorrem em todos estados do Brasil.

Muito friável: condição muito fofa de solo úmido que esboroa-se (desfaz-se) com muito leve pressão entre o polegar e o indicador.

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O Ordem: primeiro nível da hierarquia de classificação do solo.

Oxisol: ordem de solos da classificação americana (Soil Taxonomy).

Óxidos: óxidos e hidróxidos de ferro, alumínio, manganês e titânio com o mesmo número de coordenação.

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P Padrão de drenagem paralelo:as linhas de drenagens (riachos) são quase paralelas. Na prática

são típicas das áreas onde ocorrem, predominantemente, Latossolos e Neossolos Quartzarênicos.

Padrão de drenagem dendrítico: as linhas de drenagens (riachos) são irregulares. Na prática são típicas das áreas onde ocorrem, predominantemente, Argissolos, Luvissolos, Cambissolos e Neossolos Litólicos.

Pedogênese: denominação do conjunto de conjunto de processos que dão origem aos solos.

Pedon: solo em 3 dimensões suficientes para o estudo dos horizontes ou das camadas.

Page 13: Glossário agrícola

Pedologia: ciência do solo que aborda sua morfologia (cor, textura, estrutura, consistência, etc) e é básica para um se estabelecer um sistema de classificação.

Perfil: conjunto de horizontes e/ou camadas até o material de origem.

Petroplintita:material endurecido irreversivelmente a partir da plintita.

Permeabilidade: facilidade com que sólidos (raízes), líquidos e gases passam no espaço poroso do solo.

Pirita: mineral constituído de sulfeto de ferro (FeS2).

Planície fluvial: área próxima aos rios e riachos com pequena declividade.

Planossolo: Classe de solo hidromórfico com mudança textural abrupta na classificação de Camargo et al (1987). Sub ordem dos Planossolos Hidromórficos na nova nomenclatura da EMBRAPA (1999). No sistema americano (Soil Taxonomy) correlaciona-se com a sub ordem dos Aqualf ou Aqult.

Podzolização: processo de formação do solo com duplo sentido: migração mecânica de argila do horizonte A para o horizonte B (B textural), ou migração química do horizonte A para o horizonte B (B espódico).

Porosidade: volume de poros do solo ou da rocha ocupados pelo ar e pela água e não por partículas sólidas.Inclui macropos e microporos que após a drenagem natural da água da chuva ou da irrigação são ocupados, respectivamente, pelo ar e pela água.

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Q Quartzito: rocha resultante do metamorfismo do arenito.

Quartzo: é o mineral mais abundante na Terra. Nos solos geralmente concentra-se na fração areia.

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R Rochas ácidas: rochas ígneas com alto teor de sílica (> 65% de SiO2).

Rochas básicas: rochas ígneas que apresentam baixo teor de sílica (52-45% de SiO2).

Rochas intermediárias: rochas ígneas com intermediário teor de sílica (52% a 65% de SiO2).

Rochas sedimentares: rochas originadas pelo transporte pela água ou gelo e posteriormente depositadas.

Rochas ultrabásicas: rochas ígneas que apresentam muito baixo teor de sílica (< 45% de SiO2) .

Relação sílica/alumina: ver ki

Relação silte /argila: serve para discriminar Latossolos e Cambissolos, entre outras características.

Rendzina: classe de solo na classificação de Camargo et al (1987).Ordem dos Chernossolos na nova nomenclatura da Embrapa (1999), correlaciona-se com a ordem dos Mollisols do sistema americano (Soil Taxonomy).

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S SIG: sigla para "Sistema de Informações Geográficas". Trata-se de programas de computador

que tem por objetivo gerir e analisar informações espaciais ou não-espacias (que estejam ligadas a entidades espaciais), visando a tomada de decisão.

Silte: fração granulométrica maior que da argila, mas menor que da areia. (diâmetro de 0,05 a 0,0002mm na escala Americana , ou 0,002 a o,0002mm na escala de Internacional ou de Atterberg).

Salinização: processo de formação do solo caracterizado pela alta concentração de sais, característicos de regiões secas. O Solonchak foi formado nessas condições.

Solo: volume da paisagem que suporta as plantas.

Solo Intermediário: solo que possui algumas de suas características (morfológicas ou químicas ou mineralógicas) que se afastam dos dois solos típicos quanto a classificação no primeiro nível categórico (ordem).

Na hierarquia do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos pertence ao quarto nível categórico (sub grupo). Exemplo Nitossolo Vermelho eutrófico latossólico, Latossolo Vermelho-Amarelo argissólico. No primeiro exemplo a menor nitidez de cerosidade, o menor desenvolvimento de estrutura e a menor friabilidade do B horizonte que ocorre logo abaixo de um horizonte B nítico típico permite adjetivá-lo de latossólico.

Page 14: Glossário agrícola

No segundo exemplo o gradiente textural ligeiramente maior do que o permitido para Latossolo permite adjetivar de argissólico, desde que mantenham-se as características morfológicas de Latossolo.

Solo típico: solo com características morfológicas, químicas e mineralógicas que atendem tipicamente as exigências dos critérios de classificação no primeiro nível categórico (ordem). Exemplo: Nitossolo Vermelho eutrófico típico, Latossolo Vermelho-Amarelo típico.

Na hierarquia do Sistema Brasileiro de classificação de Solos corresponde ao quarto nível categórico (sub grupo).

Solonização: lavagem do excesso de sais provocando a dispersão da argila. O Planossolo Sódico na nova nomenclatura da EMBRAPA (anteriormente Solonetz Solodizado) foi formado nessas condições.

Sólum: conjunto dos horizontes A e B do solo.

Soma de bases, SB: soma de cálcio, magnésio, potássio, e sódio na CTC do solo. Subir

T Textura: proporções de argila, silte e areia.

Terraço fluvial: planície que margeia os rios e riachos.

Trado: equipamento utilizado para coleta de amostras de solo. Subir

V Valor: componente da cor do solo que considera a contribuição de preto e branco. É indicado na

tabela de cor Munsell no sentido vertical, variando de 0 (preto absoluto) a 10 (branco absoluto). Na anotação da cor refere-se ao numerador. No exemplo 5 YR 4/3, o valor corresponde ao número 4, ou seja a cor preta contribui com 60% e a cor branca contribui com 40%.O valor considera a intensidade da cor.

Vertente: forma em três dimensões da paisagem

 

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