Giliany da Silva Roube REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE ...
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Giliany da Silva Roube
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE PRÁTICAS PARA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Trabalho de Conclusão de Curso
submetido à Universidade Federal de
Santa Catarina como parte dos
requisitos necessários para a obtenção
do Grau de Licenciado em Ciências
Biológicas.
Orientador: Prof. Dr. Arno
Blankensteyn
Florianópolis
2016
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor
através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária
da UFSC. Roube, Giliany da Silva
Revisão bibliográfica sobre práticas para Educação Ambiental /
Giliany da Silva Roube. - - 2016
37 f. : il. ; 30 cm
Orientador: Arno Blankensteyn
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências
Biológicas)
– Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências
Biológicas, Florianópolis, 2016.
1. Educação Ambiental. 2. Práticas. 3. Revisão bibliográfica I.
Revisão bibliográfica sobre práticas para Educação Ambiental.
Giliany da Silva Roube
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE PRÁTICAS PARA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para
obtenção do Título de “Licenciado em Ciências Biológicas”, e aprovado
em sua forma final no Curso de Graduação em Ciências Biológicas.
Florianópolis, 12 de dezembro de 2016.
________________________
Prof.ª Maria Risoleta Freire Marques, Dr.
Coordenadora do Curso
Banca Examinadora: ________________________
Prof. Arno Blankensteyn , Dr.
Dep. Ecologia e Zoologia/CCB
Orientador
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Prof. Leandro Belinaso Guimarães
Dr. Dep. Metodologia de Ensino/CED
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Prof. Larissa Zancan Rodrigues
MSc. Dep. Metodologia de Ensino/CED.
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Prof. Orlando Ednei Ferretti
Dr. Dep. Metodologia de Ensino/CED.
Universidade Federal de Santa Catarina
Este trabalho é dedicado a minha filha
e aos meus queridos pais.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha mãe Jurema que sempre disse que eu iria
conseguir.
Agradeço a minha filha Helena que apesar de todos os meus
afazeres maternos, foi o meu maior incentivo para concluir o curso.
Agradeço ao meu marido Luiz que me apoiou sempre, cuidando
de nossa filha com muito amor para que eu pudesse estudar.
Agradeço ao meu orientador e professor Arno Blankensteyn que
colaborou de forma especial na elaboração do trabalho.
Agradeço a minha banca examinadora Larissa e Leandro, que
coincidentemente são meus queridos professores.
A mente que se abre a uma nova ideia jamais
voltará ao seu tamanho original
(Albert Einstein)
RESUMO
Através de pesquisa de levantamento bibliográfico, esse estudo
objetivou analisar práticas de educação ambiental, desenvolvidas junto
ao ensino formal e não formal publicadas em diversos periódicos. A
análise foi realizada através de preenchimento de fichas padronizadas,
que continham questões como os temas da educação ambiental
envolvidos, os grupos etários, os locais onde as práticas foram
realizadas. Foram analisados um total de 65 artigos, que demonstram a
grande diversidade de práticas e temas de EA desenvolvidas atualmente.
Os resultados mostram 13 registros de atividades do ensino formal, ou
seja, dentro de sala da aula. Outro resultado encontrado é de atividades
não formais, trabalhos com estudantes de ensino básico e EJA, fora da
sala de aula, e grupos de pessoas de associações de agricultores, de
associações de bairro e comunidade em geral, com 43 registros. Apenas
as atividades feitas por Creches, Associações de Classe e APAE/idosos
não envolveram estudantes do ensino formal, com 9 registros. Durante
os anos do ensino fundamental, há maior atividade de educação
ambiental, com 24 ocorrências e estudantes de ensino médio, com 10
ocorrências. Considerando as temáticas da educação ambiental, as
atividades de “trilhas ecológicas” foram aquelas com mais publicações.
O tema da “reciclagem” vem em segundo lugar, seguido do tema “hortas
escolares”. Devido às múltiplas práticas e temas utilizados, percebe-se
que a EA tem sido realizada no âmbito não formal e formal de maneira
interdisciplinar e transversal. Da mesma forma, não se percebe
detalhamento de seleção de conteúdos, conectados com os diferentes
níveis da escolaridade básica.
Palavras – chave: revisão bibliográfica. educação ambiental. práticas.
ABSTRACT
Through a bibliographic review, this study aimed at analyzing practices
of environmental education, developed through formal and non-formal
education, published in several paper. The analysis was accomplished
by filling standard forms, which contained matters, such as: issues
regarding the environmental education, levels of formal education,
location where practices were carried out. A total of 65 articles were
analyzed, demonstrating the great diversity of practices and themes of
AE developed today. The results show 13 records of formal education
activities, i.e., within the classroom. Another result found was non-
formal activities, work with students of elementary education and EJA,
outside the classroom, and groups of people from farmers' associations,
local associations and the community in general, with 43 records. Only
activities conducted by Kindergartens, Class Associations and APAE /
seniors did not involve formal education students with 9 records. During
the elementary school years, there are more activities of environmental
education, with 24 occurrences and high school students, with 10
occurrences. Considering the themes of environmental education, the
activities of "ecological trails" were those with more publications. The
theme of "recycling" comes in second place, followed by the theme
"school gardens". Due to the multiple practices and themes used, it was
noticed that the AE has been carried out in the non-formal and formal
scope in an interdisciplinary and transversal way. By the same token, we
did not perceive details on the content selection, connected with the
different levels of formal education.
Keywords: bibliographic review. environmental education. practices.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 -.............................................................................................18
Tabela 2 -................................................................................................19
Tabela 3 -...............................................................................................20
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................... 11 1.1 Objetivo Geral ...................................................................... 15 1.2 Objetivos Específicos ........................................................... 15 2 METODOLOGIA ................................................................. 16 3 RESULTADOS ................................................................... 17 4 DISCUSSÃO ....................................................................... 22 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................. 29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................. 30 ANEXO 1 – ......................................................................... 31 ANEXO 2 – ........................................................................ 32
11
INTRODUÇÃO
Segundo o autor Milani (2008) a discussão sobre meio ambiente
iniciou-se no final dos anos 60: Os primeiros debates mais politizados e críticos
sobre meio ambiente, na agenda internacional,
datam do final dos anos 1960 e início dos anos
1970, culminando com o marco histórico que
representou a celebração da Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano
em Estocolmo, 1972. (Milani, 2008, p.289)
Outras datas importantes foram em 1975, com o Encontro
Internacional de Educação Ambiental, criando o Programa Internacional
de Educação Ambiental – PIEA, promovido pela Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO, em
Belgrado, Iugoslávia e dois anos após, em 1977 com a Primeira
Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental, em Tbilisi,
Rússia, também organizada pela UNESCO com a colaboração do
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA. Em
ambos os encontros foram criados documentos que carregam normas,
princípios e recomendações para promover a Educação Ambiental (EA).
A estratégia Internacional de ação em matéria de educação e formação
ambiental foi um documento final do Congresso Internacional sobre
Educação e Formação Relativas ao Meio-ambiente, realizado em 1987
em Moscou, Rússia, promovido pela UNESCO. Esse documento
ressalta a importância da formação de recursos humanos nas áreas
formais e não formais da EA e na inclusão da dimensão ambiental nos
currículos de todos os níveis. Em 1988, a Constituição da República
Federativa do Brasil dedicou o Capítulo VI ao Meio Ambiente e no Art.
225, Inciso VI, determina ao “... Poder Público, promover a Educação
Ambiental em todos os níveis de ensino...”. A Portaria 678/91 do MEC,
em 1991, determinou que a educação escolar devesse contemplar a
Educação Ambiental permeando todo o currículo dos diferentes níveis e
modalidades de ensino. Outro fato histórico ocorreu no Brasil com a
Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a
RIO-92, realizada no Rio de Janeiro em 1992. O MEC promoveu em
Jacarepaguá um workshop com o objetivo de socializar os resultados das experiências nacionais e internacionais de EA, discutir metodologias
e currículos. O encontro resultou em três documentos que são referência
para a prática de educação ambiental: a Carta Brasileira para a Educação
12
Ambiental, a Criação da Agenda 21 e o Tratado de Educação Ambiental
para Sociedades Sustentáveis (Portal MEC, 2016, internet).
No período situado entre Estocolmo, 1972, e a Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento do Rio de
Janeiro, 1992, firmou-se o consenso, de que as intervenções humanas
sobre a natureza têm sido de tal dimensão, que provocam modificações
irreversíveis para a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas (desde
o nível do organismo, populacional, das comunidades, paisagens, até o
nível da biosfera), necessitando-se com caráter de urgência política, de
uma ação preventiva fundamentada no princípio ético e político da
precaução (MILANI, 2008).
Os princípios e objetivos da Educação Ambiental se relacionam
com os princípios gerais da Educação contidos na Lei 9.394, de
20/12/1996 (LDB - Lei de Diretrizes e Bases) que, em seu artigo 32,
assevera que o ensino fundamental terá por objetivo a formação básica
do cidadão mediante: (...) II – a compreensão do ambiente natural e
social do sistema político, da tecnologia das artes e dos valores em que
se fundamenta a sociedade.
A conquista educacional do nosso país, assegurada pela Lei 9.394,
de 20/12/1996 (LDB - Lei de Diretrizes e Bases) garante aos professores
e unidades de ensino a autonomia para decisões referentes às escolhas
curriculares e metodológicas através da elaboração de projeto político
pedagógico e planejamentos anuais de ensino, como consta no Art. 14,
“Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do
ensino público na educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos
profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola;”.
Também a nível governamental brasileiro, os documentos oficiais
do MEC sobre educação de ciências, reunido nos Parâmetros
Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) tratam do tema Meio Ambiente
como tema transversal, no entanto, deixando abertas várias questões
para opções das instituições de ensino. Outro exemplo, é que não há
obrigatoriedade de haver uma disciplina de EA. Na Lei N° 9.795, de 27
de Abril de 1999 do PNEA também consta esta norma no Art. 10 § 1°
“A educação ambiental não deve ser implantada como disciplina
específica no currículo de ensino” (BRASIL, 1999). A maioria dos
autores em EA defende que esta não deve constituir uma disciplina,
exatamente porque deve transpassar todas as disciplinas do currículo. É
nesse sentido a seguinte citação: “Uma educação que não for ambiental,
não poderá ser considerada educação de jeito nenhum” (GRÜN, 1996).
13
De acordo com o que foi instituído na Política Nacional de
Educação Ambiental-PNEA Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999 que
dispõe sobre Educação Ambiental, consta o seguinte: Art. 1°. Entende-se por educação ambiental os
processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do
meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade.
Art. 2°. A educação ambiental é um componente
essencial e permanente da educação nacional,
devendo estar presente, de forma articulada, em
todos os níveis e modalidades do processo
educativo, em caráter formal e não formal.
(BRASIL, 1999)
Sabendo-se dessa liberdade de articulação em todos os níveis, a
legalidade, as múltiplas possibilidades pedagógicas de construir valores
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências para
conservar o meio ambiente e fazer educação ambiental formalmente
dentro da escola, transcorrendo por todas as disciplinas e fora dela de
maneira não formal, busca-se um caminho que exija alternativas
radicais como é tratado por Reigota (2011): “A Educação Ambiental na escola ou fora dela,
continuará a ser uma concepção radical de
educação, não porque prefere ser a tendência
rebelde do pensamento educacional
contemporâneo, mas sim porque nossa época e
herança histórica e ecológica exigem alternativas
radicais, justas e pacíficas” (Reigota, 2011, p.91).
Desde então, nessas últimas duas décadas nos deparamos com uma
multiplicidade de ênfases de educação ambiental, conceitos, estratégias
e práticas que se ramificam de diversas formas e ideais. A EA vem
sendo debatida, planejada e executada de diversas formas e abordagens,
com diferentes focos tanto específicos como gerais, na maneira de
construir os projetos pedagógicos e a seleção de conteúdos. Hoje temos
uma ampla variedade literária na área de EA, com muitas publicações
de pesquisas, estudos de caso, avaliações e experiências da área.
Mas afinal de contas, o que é Educação Ambiental? Segundo
Reigota (1994) existem alguns bons conceitos para a educação
ambiental. Esse autor sugere que a EA deva ser organizada e analisada
em torno de quatro grandes áreas: a social, a política, a econômica e a
14
biológica. Uma análise desse modelo de tratamento da EA, do ponto de
vista dos biólogos, logo mostrará que os três primeiros convergem e
relacionam-se direta ou indiretamente com a área da biologia. Esse
argumento ganha respeito na medida em que consideramos a realidade
dos fatos, que a espécie humana é mais uma espécie biológica da
biodiversidade do planeta terra. Admitindo a racionalidade humana no
comando da dominação da biosfera, um dos eixos centrais norteadores
da educação ambiental deve ser o fato da evolução biológica, pois esta
fornece todos os conteúdos para a necessária conscientização da
exclusividade do fenômeno da vida biológica no planeta Terra. E o
argumento é o significado da sustentabilidade ecológica para a nossa
espécie, das gerações presentes e futuras, baseada em conhecimentos
históricos de ecologia, sobre as adaptações anatômicas e fisiológicas dos
seres vivos e o funcionamento das cadeias alimentares (DAWKINS,
2006).
Trajber & Mendonça (2005) organizaram um levantamento
com análises regionais em todo o Brasil sobre as instituições de ensino
que estão fazendo Educação Ambiental. Algumas incoerências foram
registradas e estão indicadas no texto. Estados da região sul, apenas RS
e SC, reuniram informações sobre o histórico e motivação para a
implementação da EA, sobre as modalidades e as temáticas mais
abordadas. O formato “Projetos” é mais importante nesse levantamento
(mas sem especificar se houve execução e se houveram resultados),
depois seguem os critérios “datas e eventos” relacionados ao meio
ambiente e inserção da EA no projeto político pedagógico da Escola.
Desses resultados, a informação relevante é que em pouquíssimos casos
ocorreu disciplina específica de EA. Outra informação que vale mostrar,
embora não seja novidade, é que é nas disciplinas de ciências naturais –
biologia e geografia - que ocorreram as maiores inclusões de conteúdos
transversais.
Um estudo muito importante sobre as práticas de EA no ensino
formal foi recentemente fornecido por Viegas & Nieman, (2015). Nesse
estudo, cuja pesquisa bibliográfica analisou três periódicos que
publicam artigos de EA, foi abrangido o período entre 2007 e 2012. Os
autores analisaram detalhadamente a EA e os principais resultados são
os seguintes: 1) as práticas de EA foram muito pouco desenvolvidas
durante o ensino infantil e maior frequência no ensino fundamental;
quando ocorreram foram dirigidas por colaboradores e apoiadores; 2) a
maioria absoluta foi desenvolvida no sudeste do Brasil; 3) práticas
desenvolvidas fora de disciplinas específicas, sem temas definidos, com
muita interdisciplinaridade, transversalidade e enfoque conteúdo-crítica-
15
ação, busca de significados para o meio ambiente e com técnicas
diversas; 4) trabalham projetos, com estratégias, técnicas e avaliações
diversos. Percebe-se diante desse trabalho que as práticas e técnicas de
se desenvolver a educação ambiental são diversas.
O presente trabalho se justifica pelo fato de que há legislação que
define a obrigatoriedade das instituições de ensino básico de oferecer a
educação ambiental e como o próprio Art. 2° do PNEA-Lei n° 9.795, de
27 de abril de 1999 diz que a EA deve estar presente em todos os níveis
e modalidades de ensino em caráter formal e não formal (BRASIL,
1999), acredita-se que haja uma grande variedade de alternativas
radicais de se fazer EA. A própria revisão de literatura é importante para
a disseminação e produção de conhecimento sobre práticas para
educação ambiental. No entanto, não há definição dos conteúdos
específicos, não há orientação sobre seleção de conteúdos e faixas
etárias, não há sugestão de espaços adequados para práticas de EA.
Nesse contexto, o que está sugerido na legislação é que as escolas
promovam atividades de EA, mas em caráter transversal e
interdisciplinar. O trabalho recente de Viegas & Nieman (2015)
demonstrou que a EA ainda está em um nível de organização difuso,
com inúmeras formas de aplicação, com diversas práticas e técnicas
didáticas sendo utilizadas pelos professores. Diante desse fato,
decidimos por realizar um estudo com referências bibliográficas
diferentes daquelas autoras supracitadas, e mais atualizadas para seguir
contribuindo com o desenvolvimento da educação ambiental.
1.1 OBJETIVO GERAL
Sendo assim, o objetivo principal do presente trabalho foi analisar
as práticas de educação ambiental, baseado em pesquisa de
levantamento bibliográfico. Consideramos aulas de educação ambiental
aquelas práticas educativas aplicadas, relatadas e publicadas, que
descrevem atividades diversas, em sala de aula ou não, ou cursos que
utilizam práticas diferentes de aulas teóricas convencionais.
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Analisar como a educação ambiental tem sido realizada
atualmente, no sentido das práticas utilizadas.
2. Descrever as práticas de EA considerando os grupos sociais,
instituições, faixas etárias e tempo de duração das atividades.
16
3. Analisar os temas da educação ambiental que tem sido mais
abordado atualmente.
2 METODOLOGIA
A base metodológica do presente trabalho consiste em uma
pesquisa bibliográfica de artigos científicos publicados em Revistas
científicas acadêmicas. O critério de busca dos artigos foi priorizar os
artigos que tratavam do tema da Educação Ambiental.
Utilizou-se a análise documental como método de coleta de dados
para reunir informações: “A análise documental pode se constituir numa
técnica valiosa de abordagem de dados
qualitativos, seja complementando as informações
obtidas por outras técnicas, seja desvelando
aspectos novos de um tema ou problema” (Lüdke
e André, 1986, p.38).
O propósito da análise documental é de fazer inferências sobre os
valores, sentimentos, as intenções e a ideologia das fontes ou dos
autores dos documentos; esses autores argumentam sobre os
procedimentos metodológicos a serem seguidos na análise de
documentos, decidindo primeiramente a caracterização do tipo de
documento que será selecionado, que no caso do presente trabalho é o
tipo técnico (artigos publicados). “A escolha dos documentos não é
aleatória. Há geralmente alguns propósitos, ideias ou hipóteses guiando
a seleção” (LÜDKE e ANDRÉ, 1986, p.40). A escolha por artigos é
pelo fato de ser um documento com elevado teor verídico compreendido
por uma seleção rigorosa para sua devida publicação. Com relação à
seleção dos artigos desta pesquisa, foram selecionados mais de 150
artigos de EA, utilizando a palavra- chave “educação ambiental” como
principal, nos campos de busca das revistas. Mas os critérios da nossa
pesquisa, que eram analisar práticas efetivamente realizadas de EA,
reduziu o número a um total de 65 artigos publicados. O artigo mais
antigo selecionado data de 2004 e os mais recentes datam de 2016. As
demais palavras chaves utilizadas para busca de artigos foram:
estratégias, práticas, aspectos metodológicos, instrumentos, alternativas,
ferramentas, projetos, técnicas, procedimentos e estratégias didáticas.
Essas palavras foram usadas como um código de pesquisa para afunilar
e selecionar apenas os artigos que se relacionam com a ideia de prática
utilizada.
17
Foram analisados artigos de EA publicados em 12 periódicos. As
revistas pesquisadas foram: Revista Eletrônica de Mestrado em
Educação Ambiental (REMEA); Revista Pesquisa em Educação
Ambiental; Revista Biotemas; Extensio: Revista Eletrônica de Extensão;
Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia; Ambiente &
Educação; Revista Brasileira de Educação Ambiental (Revbea); VIII
EPEA-Encontro Pesquisa em Educação Ambiental 2015; IX Congresso
Nacional de Educação-EDUCERE III Encontro Sul Brasileiro de
Psicopedagogia; I Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e
Tecnologia; XIII Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão (JEPEX);
Periódico da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. . Cada uma
dessas revistas continha pelo menos um artigo de EA referente ao
propósito desta pesquisa. A lista de todos os artigos selecionados para o
presente estudo encontra-se no Anexo 2.
A etapa seguinte da análise foi a forma de registro das informações
que foram anotações feitas em fichários padronizados (ANEXO A).
Após preenchimento das fichas, a próxima etapa foi a construção de
categorias e análise de frequência nas diferentes categorias e temas.
Posteriormente, foram montadas as tabelas para apresentação dos
resultados. Para a separação de atividades de ensino formal e não formal
de EA, podem ter havido dúvidas quanto a alguns artigos que
descreviam ações que se iniciavam na sala de aula e, posteriormente, o
professor concluía esta atividade fora da sala de aula.
3 RESULTADOS
Foram analisados um total de 65 artigos , segundo a Tabela I, que
apresenta a categorização das atividades de educação ambiental
pesquisadas no presente trabalho. A Tabela I também mostra a
diversidade de trabalhos realizados com estudantes do ensino formal,
com 13 registros, ou seja, estudantes regularmente matriculados em
escolas públicas ou privadas, com atividades dentro de sala de aula.
Outro resultado encontrado é de trabalhos com estudantes de ensino
básico e EJA, fora do ambiente formal de sala de aula, e grupos de
pessoas de associações de agricultores, de associações de bairro e
comunidade em geral, com 43 registros (Tabela I). Apenas as atividades
feitas por Creches, Associações de Classe e APAE/idosos não
envolveram estudantes do ensino formal, com 9 registros. Na Tabela I a
categoria “diversas estratégias” inclui trabalhos que descrevem
atividades na dimensão formal e não formal.
18
TABELA I. Distribuição de ocorrências das estratégias de EA,
dentro do sistema de ensino, com atividades formais, e também não
formais, levantadas no presente estudo. CATEGORIA OCORRÊNCIAS OBSERVAÇÕES
Creches 2 Antes do primeiro
ano do ensino
fundamental
Na escola, na sala, como
jogos/ oficinas/teatro
13 A partir do primeiro
ano
do ensino
fundamental
Na escola, fora da sala de aula 9
Fora da escola 7
Associações de classe, assoc.
comunitárias
6
Centros de visitação/ Unidade
de Conservação
2
Centros de visitação 4 Centro de EA
municipal
Co. de saneamento
do Pará. VIVÁRIO
Zoológicos 1
ONG 1
Jardins Botânicos/ Praças
/Parques
2
Propriedades rurais 1 Projetos em
propriedades rurais
Diversas Estratégias “cursos” 15
Barco Escola 1
APAE / Idosos 1
19
TABELA II. Distribuição das estratégias de educação organizadas
pelas faixas etárias e/ou nível de escolaridade.
FAIXAS ETÁRIAS E NÍVEL DE
ESCOLARIDADE
OCORRÊNCIAS OBSERVAÇÃO
CRECHE 2
ENSINO INFANTIL E SÉRIES
INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
4
ENSINO FUNDAMENTAL
ANOS 1° AO 4°
10
ENSINO FUNDAMENTAL
ANOS 5° AO 9°
14
ENSINO MÉDIO 10
EJA 2
ENSINO FUNDAMENTAL E EJA 2
ASILOS DE IDOSOS 1
ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
2
ENSINO INFANTIL, ENSINO
FUNDAMENTAL, ENSINO
MÉDIO e EJA
3 Diversas idades
PÚBLICO EM GERAL (crianças,
estudantes, APAE, terceira idade)
6
Grupos de adolescentes de uma
comunidade/visitantes/ catadores de
lixo
3
Não especificado 7 Alunos
participantes
20
A Tabela II apresenta os resultados de distribuição das faixas etárias
dos estudantes envolvidos nas atividades de EA, registrados no presente
estudo. Os grupos dominantes são formados por estudantes do primeiro
ciclo do ensino fundamental (anos 1° ao 4°) com 10 ocorrências,
estudantes do segundo ciclo do ensino fundamental (anos 5° ao 9°) com
14 ocorrências e estudantes de ensino médio, com 10 ocorrências. As
demais categorias não mostram tendências com ocorrências mais
importantes.
TABELA III. Resumo da distribuição das cargas horárias (CH) das
diversas atividades de EA levantadas no presente estudo.
DURAÇÃO DA
ESTRATÉGIA
OCORRÊNCIAS OBSERVAÇÃO
NÃO ESPECIFICADO 24
1 ANO LETIVO 16
1 SEMESTRE 4 1 artigo relata CH de 6
meses
VÁRIAS CH 21 1 artigo relata CH de 7
meses
A Tabela III mostra a distribuição das cargas horárias descritas nos
artigos analisados. Os dados das categorias “não especificado” e “1 ano
letivo” podem não ser muito precisas por falta de mais informações nos
artigos. A categoria “várias CH” reúne atividades que foram
desenvolvidas desde um período integral (subentende-se CH de 8hs,
pois não há mais detalhes sobre esse tempo da atividade) até atividades
que foram desenvolvidas em um período de 7 meses.
A seguir, apresenta-se uma forma de organizar os grandes temas da
educação ambiental, reunidos com as práticas encontradas na presente
pesquisa bibliográfica. Os temas e conteúdos foram organizados com os
nomes conforme encontrados descritos nos artigos pesquisados, apenas
aquelas que por ventura se repetiram, não foram citados duas vezes; a
proposta de organização dos Temas da Educação Ambiental é nossa de
acordo com os grandes temas já reconhecidos (água, reciclagem,
energia) e as informações levantadas na pesquisa bibliográfica. Os
números entre parênteses após os nomes dos temas significam o número
de ocorrências; mas percebe-se que pode haver sobreposição de temas
ou mesmo falta de clareza na definição de qual tema principal a aula ou
21
prática trataram. Essa forma de organizar demonstra como são amplas
as abordagens e como é ampla a diversidade de técnicas e práticas de
EA. Também mostra que o tema de trilhas ecológicas, ou seja,
realização de percursos com instruções ambientais, com florestas como
tema central foi aquele que mais têm sido desenvolvido. Em seguida, os
temas que mais receberam a atenção foram a reciclagem e o
desenvolvimento de hortas com abordagem de compostagem e educação
alimentar.
GRANDE TEMA – TRILHAS ECOLÓGICAS (13)
Trilhas ecológicas/ trilha interpretativa/ reprodução do bioma na
sala (trilhas interpretativas)/ observação de Aves pantaneiras/ vivências
na natureza/ centros de visitação institucionalizados/ turismo rural
pedagógico/ visita ao parque zoológico/ jardim botânico/ quiosque de
criação de insetos vivos/ aula de campo/ visita ao manguezal/
identificação de rastros de animais.
GRANDE TEMA – RECICLAGEM (11)
Campanha de coleta de vidros/ visita à usina de lixo/ oficinas com
materiais recicláveis/recolhimento de material reciclável e troca por
material esportivo e de limpeza/ criação de materiais e objetos com
materiais recicláveis e reutilizáveis/ produção de brinquedos e utilitários
com garrafas PET/ coleta seletiva/ visita ao aterro sanitário/ oficina de
produção de papel e sabão/ recolher o lixo ao redor da escola/ Visita a
Usina de reciclagem.
GRANDE TEMA – COMPOSTAGEM E HORTA/
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL (10)
Horta escolar/ plantio de mudas/ passeio estudo em uma fazenda
com programa de Educação Alimentar e Ambiental/ oficinas de pintura
e culinária/ coleta botânica/horta medicinal/ mini composteira/
minhocários / horta vertical/ agroecologia.
GRANDE TEMA – USO RACIONAL DE RECURSOS
HÍDRICOS (6)
Práticas de preservação da água (fechar torneira, descarga)/
visitações aos mananciais/ visitas à nascente do riacho/ práticas
laboratoriais (coletas de amostras da água e procedimentos analíticos/
Barco-Escola/ visitação da Estação de tratamento da Água e Esgoto.
22
GRANDE TEMA – ECONOMIA DE ENERGIA (2)
Atividades pedagógicas - uso racional energia elétrica/ Confecção
de forno solar.
VÁRIOS TEMAS/ PRÁTICAS – SOLOS, CLIMA, POLUIÇÃO,
EMPREENDEDO-RISMO AMBIENTAL, VISITAÇÕES.
Trabalho de campo feito nas ruas do bairro e na escola/ visita a uma
região que apresenta erosão/ visitas à empresas/ palestras/ execução e
elaboração de projeto(CTS)/ dinâmicas/ rodas de conversa/ criação de
animais/ feira de meio Ambiente/ Visita ao Museu de Ciências/
entrevista com moradores idosos/aula passeio/ construção de mapas
conceituais/ sala ao ar livre/ contato direto com o local/ vivário/
exposição natural/ Visita a Unidade de Conservação.
VÁRIOS CONTEÚDOS / PRÁTICAS – MATERIAIS VISUAIS E
ARTES CÊNICAS
Vídeos educativos/ imagens/ folhetos informativos/
fotografia/gravações de vídeos/mapa mental/ jogos didáticos/ Oficinas
lúdico pedagógicas baseadas no teatro do Oprimido/ teatro de fantoches/
paródia/ leituras de imagens/ práticas lúdicas: dança, arte e música/
cartazes /desenhos/ /oficina de fotografia / poesias/ Filmes de
Animação/ Confecção de uma revista em quadrinhos.
4 DISCUSSÃO
Nos artigos publicados que foram levantados, demonstrou que a
educação ambiental tem sido realizada em várias instituições e não só
em instituições de ensino formal, com vários formatos didáticos e
pedagógicos e em todos os níveis de escolaridade. Essa conclusão
também foi obtida por Viegas & Nieman (2015), um estudo que, apesar
de recente e de tema similar, baseou-se em pesquisa bibliográfica em
periódicos específicos da área da educação ambiental. Durante o
levantamento de publicações em vários periódicos, percebemos que já
havia sido publicado esse importante artigo de Viegas & Nieman
(2015). Precisamos aqui acusar esse fato, para a sequência da discussão
que pretendemos desenvolver. No entanto, na presente pesquisa
bibliográfica, analisamos estudos que não foram contemplados por
Viegas & Nieman (2015) devido ao período de tempo (2007 a 2012) e
às fontes bibliográficas que elas utilizaram. De um total de 65 artigos
analisados no presente trabalho, 61 não foram analisados por aquelas
autoras, ou por terem sido publicados em outros periódicos ou por terem
23
sido publicados posteriormente ao artigo dessas autoras. O critério
básico da presente pesquisa foi a busca de artigos publicados que
descreveram práticas de se fazer educação ambiental, dentro e fora de
sala de aula convencional. Portanto, em certa medida, o presente
trabalho apresenta similaridades com o artigo de Viegas & Nieman
(2015), e devido ao nível de detalhamento desse trabalho,
evidentemente, trata-se da nossa principal referência considerando os
seus resultados.
Um dos resultados mais importantes da presente pesquisa é que
durante os anos de ensino fundamental, há maior atividade de educação
ambiental. Esse resultado, provavelmente, relaciona-se com o fato de
que o período de anos da escolaridade no ensino fundamental é o maior
da vida acadêmica de qualquer estudante. Esse resultado também foi
registrado no trabalho de Viegas & Nieman (2015).
Considerando a comparação de ensino formal e não formal,
registramos um maior número de atividades não formais, ou seja,
predominam ações educativas fora da sala de aula. A categoria de
atividades chamada de “Trilhas ecológicas” são as aquelas mais
desenvolvidas segundo o presente levantamento. Consideramos essa
prática interessante, pois leva ao contato com ambientes naturais, no
sentido de percepção e sensibilização sobre o tema da biodiversidade
das florestas. Nesse caso, nós elegemos o tema “trilhas ecológicas”
devido ao fato de ter sido assim que foi colocado em vários artigos
pesquisados. No entanto, esse tema pode ser considerado uma prática,
quando a atividade usa uma trilha em locais de dunas, por exemplo.
Consideraremos aqui trilhas ecológicas associadas ao tema de
biodiversidade de florestas, por entendermos que esse tipo de formação
natural predomina na nossa região (o bioma da mata atlântica tem vários
ecossistemas florestais) e pela sua disponibilidade, tem sido utilizado
para repasse de instruções ambientais. Também é importante lembrar
que essas aulas ao ar livre podem ser relativamente mais fáceis devido
ao fato de termos alguns espaços físicos disponíveis, geralmente. E
diante do fato da urbanização crescente, é tipo de atividade que sempre
será necessária em qualquer pacote de EA. Caso nós criássemos mais
categorias de práticas para dividir o tema/ prática “trilhas ecológicas”
esse não seria mais o que apresentou mais registros. O tema
“reciclagem” seria o mais importante no presente estudo, que é um
resultado já registrado anteriormente em outros artigos como de Viegas
& Nieman (2015).
Ainda tratando do tema/prática trilhas ecológicas, quando essas
atividades são desenvolvidas sem cuidado de seleção de terminologias
24
podem, em alguns casos, significar apenas “caminhar na floresta”,
“passear no mato”, ou seja, a ocupação do tempo de forma interessante,
mas com pouco repasse de conteúdo educativo. Outra questão envolvida
nas aulas de trilhas é sobre a seleção de conteúdo, ou seja, o respeito
com as faixas etárias. Quando um pacote de informações é o mesmo e
repassado a diversos grupos, desde crianças dos primeiros anos do
ensino fundamental até adultos do EJA, isso pode significar que não há
cuidado com seleção de conteúdos. Ou então, durante o trajeto da trilha,
pode ocorrer muita depredação não intencional, por excesso de
entusiasmo dos estudantes ou por falta de orientação do professor. Se o
professor não planejar locais de parada para esclarecimentos, os
estudantes do fim da fila ficarão sem poder ouvir as explicações do
professor que coordena a aula. Há registros publicados de que as aulas
externas têm influência positiva no aprendizado de determinados
assuntos, do que em sala de aula (MELO et al, 2008).
O resultado do tema “reciclagem” ter sido o segundo mais abordado
nos artigos analisados, mostra o interesse dos professores em realizar
atividades que conscientizem os estudantes com relação ao problema
dos resíduos sólidos. Essa é uma temática extremamente importante, por
que o lixo contamina as paisagens que as pessoas têm nos seus locais de
moradia, contamina os cursos de água e, quando o lixo é incinerado
inadequadamente, também contamina a atmosfera. Esse resultado
também foi registrado como primeiro em frequência de atividades de
educação ambiental, no trabalho de Viegas & Niemann (2015).
Por outro lado, o tema relativo a “Energia” ter recebido tão pouca
atenção nos trabalhos analisados na presente pesquisa bibliográfica,
pode ser discutido segundo duas linhas de pensamento: trata-se de um
tema moderno, também muito importante pelo interesse atual em
tecnologias alternativas, como energia solar e eólica. Mas
aparentemente, sendo o Brasil um país que não tem “tantos problemas”
de geração e fornecimento de energia elétrica, esse tema não ganha
muito espaço nas decisões de quais atividades de EA a escola vai
realizar. Outra hipótese para esse resultado é que as logísticas e
materiais não são fáceis de obter e mesmo a manutenção de técnicos e
estruturas alternativas (placas fotovoltaicas, baterias, geradores e torres
para geração de energia eólica) nas escolas, são custosas.
O tema “conservação da água”, assim como a “reciclagem”, são
debatidos já há algumas décadas, no entanto, não conseguimos perceber
muitos avanços, devido basicamente a falta de políticas públicas. Muito
possivelmente, a sociedade em geral já estaria preparada para colaborar
mais com coleta seletiva e etc. Mas, como a administração pública não
25
tem reagido na mesma velocidade, temos atualmente esse cenário de
desperdício, de mau uso da água em geral. Mais uma vez é bom lembrar
que habitamos em uma região com abundantes fontes de recursos
hídricos, com chuvas regulares, de modo que pode ser um tema que
ainda não sensibiliza as pessoas quanto à necessidade de conservar a
água.
Os resultados obtidos nesse presente trabalho, sobre os Temas de
Educação Ambiental, demonstraram que esses não fogem muito do que
já foi concluído por Trajber & Mendonça (2005) onde o principal tema
abordado nos projetos é água, seguido pelos temas lixo e reciclagem; e
em terceiro plano poluição e saneamento básico. Estes resultados foram
verificados nas quatro das cinco regiões do País e acredita-se que sejam
os temas de EA mais abordados nas práticas pedagógicas.
Ficou claro nos resultados do presente trabalho que a educação
ambiental tem sido desenvolvida com uma diversidade enorme de
práticas didáticas e pedagógicas de se fazer EA, predominando ações
fora de sala de aula. Ainda dentro dessa questão “onde se faz EA” se
verificarmos na Tabela I, 13 artigos pesquisados, encontram-se como
práticas que foram feitas nas escolas, em salas convencionais, porém,
em muitas atividades que são desenvolvidas com estudantes de nível
básico, enquadram-se atividades não formais, feitas fora da sala de
aula e/ou fora da escola. Isso realmente é um ponto positivo, pois
podemos considerar que muitas escolas estão buscando desenvolver
alternativas de cunho ambiental, seja pela própria escola ou por
pesquisadores e colaboradores. De acordo com o Art. 13º do PNEA Lei
nº 9.795 de 1999, que compreende sobre EA não formal, no parágrafo
único, diz que o Poder Público incentivará: (...) II - a ampla participação
da escola, da universidade e de organizações não governamentais na
formulação e execução de programas e atividades vinculadas à educação
ambiental Não Formal. E também de acordo com o Art.10 da mesma lei
“A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa
integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do
ensino formal”.
Uma questão que também merece mais atenção é sobre os públicos-
alvo que estão recebendo instruções de EA. Na Tabela II, é notável que
a EA vem sendo aplicada em todos os níveis do ensino formal (Ensino
Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA) como também no
âmbito não formal. Nesse caso, abrange um público heterogêneo em
geral, de diversas idades e escolaridades, ou seja, ela é aplicada para
alunos de diversas faixas etárias (crianças, jovens, adultos) e também
para idosos, crianças especiais, catadores de lixo, moradores em geral,
26
membros da associação do bairro, agentes comunitários de saúde,
funcionários, grupo de adolescentes da comunidade e a comunidade em
geral. Um número de 7 artigos, estão na categoria “não especificada” da
Tabela II, que reúne os artigos que não especificaram o nível de ensino
ou faixa etária do público alvo ao qual foram desenvolvidas as práticas,
se referindo apenas como alunos ou participantes.
Outro tipo de estratégia encontrada é o desenvolvimento de
“cursos” onde são promovidas diversas práticas (Tabela I) didáticas e
pedagógicas de se fazer EA. Sendo que cada “curso” tem um tempo
determinado de execução, normalmente período de um ano. Dentro
desses pacotes de estratégias ou “cursos” estão aquelas feitas dentro da
escola, paralelamente aos conteúdos normais, como por exemplo:
palestras, vídeos, jogos, gincanas, debates etc., e também aquelas feitas
fora da escola como horta escolar, plantio de mudas, visitações, etc.
Segundo a presente pesquisa bibliográfica, verificou-se uma maior
ocorrência de publicações de trabalhos de ensino não formal. Entre as
práticas de ensino não formal da Tabela I, 6 artigos entraram na
categoria associações de classes e comunidades. As práticas realizadas
foram: Teatro, identificação de rastros de animais, debate, oficinas de
reciclagem, dança, dinâmicas, oficina de fotografia, coleta seletiva,
mapa mental, trilha interpretativa. Logo em seguida, obtivemos 6
artigos em centros de visitações de UC-Unidades de Conservação como
instituições que fazem Educação Ambiental não formal. Dentre as
demais instituições que promovem a EA, destacam-se os Jardins
Botânicos, Propriedades Rurais que fazem EA, Zoológico, ONG, APAE
e Casa de idosos. Nas Propriedades Rurais destacam-se práticas com
uma visão rural no âmbito agroecológico como: trilha, plantio de
hortaliças, passear de carreta puxada por um trator em paisagens rurais,
segurar ou tocar em animais. Podemos considerar que todas as
estratégias desenvolvidas tanto no modelo formal como no modelo não
formal, entram no padrão mencionado por Reigota (2011) de
alternativas radicais, justas e pacíficas.
A respeito das cargas horárias utilizadas para desenvolver as
atividades, a categoria “não especificado” reúne trabalhos que não
informam o tempo de duração, e é aquela que tem mais ocorrências.
Esse resultado chama a atenção porque a falta dessa informação também
trata da questão da grande diversidade de práticas para desenvolvimento
das atividades de educação ambiental. Nesse sentido, os vários temas e
abordagens da EA, podem ter diversos níveis de aprofundamento
teórico e prático. A categoria “1 ano” não significa que foi CH exclusiva
para educação ambiental durante um ano letivo completo. Nesses casos,
27
não está especificado quanta CH foi efetivamente dedicada para a EA.
A categoria que especifica a CH efetivamente dedicada é a categoria
“várias CH”; mesmo nessa categoria, não ficou claro quanto tempo foi
efetivamente dedicado para desenvolver atividades de educação
ambiental. Se a legislação (PNEA, 1999) sugere que as ações de EA
devem ser processos contínuos, esse tipo de resultado é importante por
que mostra que ainda falta mais acompanhamento dos órgãos
governamentais junto às instituições de ensino. Em outras palavras, isso
pode significar que os professores tem a liberdade para decidirem pelos
projetos e suas CH. Pensamos que deveria haver uma CH mínima
definida como obrigatória, a nível de política pública.
Reigota (2010) sugere que na América Latina a educação ambiental
tem obtido avanços mais expressivos devido a maior liberdade de
expressão, e respeitando mais as questões culturais e sociais. Nesse
contexto, admitimos que a educação ambiental ainda está em processo
de estabelecimento dos seus paradigmas, ou seja, se a EA deve ser um
processo contínuo, como descrito na PNEA, e que consideramos urgente
repassar mais informações ambientais para haver mais respeito pelos
recursos naturais, então porque as legislações não definem melhor como
deverão ser os conteúdos? E quanto tempo será o adequado para essas
atividades? Quais os espaços mais adequados para se fazer EA? Quem
são os profissionais mais adequados? Em qual faixa etária a EA será
mais aconselhável?
A área da educação em geral é uma área que se desenvolve ao
mesmo tempo em que as sociedades humanas avançam, e por isso é
complexa e mutável. E atualmente, se reconhece mais firmemente que é
necessário que todas as pessoas tenham acesso às escolas para concluir a
educação e obter a cidadania. Mas a área da educação ambiental de
acordo com as mudanças das sociedades é aquela que mais precisa
apresentar reação devido ao cenário de degradação dos ecossistemas,
quase todos levados a cabo por impactos antrópicos. No Brasil,
seguimos assistindo o debate pelo fim da corrupção, que retira verbas
que poderiam estar patrocinando políticas públicas, que poderiam
melhorar os indicadores de desempenho da educação básica. Nossos
estudantes, em média, conseguem responder menos de 50% de provas
de conhecimentos gerais, quando submetidos aos testes dos indicadores
de desempenho da educação básica nacional – IDEB - e internacionais -
PISA. Considerando esse cenário negativo da educação básica, podemos
imaginar que os professores estejam se desdobrando para fazer alguma
educação ambiental com logísticas tão precárias. Como um professor
poderá educar para cuidarmos do ambiente que nos cerca e nos mantem,
28
se nossos estudantes não têm laboratórios para aulas práticas de física,
química e biologia? Como poderemos educar sem museus de História?
Não há oferta de esportes e nem de artes para manter a estimulação dos
discentes. Acreditamos que a educação formal bem aplicada, com
professores bem estimulados, poderia fazer com que a educação
ambiental se tornasse menos necessária. Ou seja, devido à falta de
educação científica mais abrangente na população, mesmo nas periferias
com pessoas de menor poder aquisitivo, estamos agora sendo obrigados
a fazer a educação ambiental para correr atrás do prejuízo ambiental,
acumulado nas últimas décadas de desenvolvimento e progresso sem
planejamento ou respeito pelos recursos naturais.
No estudo de Viegas & Nieman (2015) um resultado que chama a
atenção é o predomínio de publicações de cunho teórico na área da EA.
O que as autoras discutiram sobre esse resultado é que ele relaciona-se
com a linha editorial do periódico em questão. Alguns mais acadêmicos
reúnem mais trabalhos conceituais. Aqueles periódicos mais flexíveis
apresentaram o predomínio de trabalhos que descrevem essas práticas e
é nesse caso que se observa a grande diversidade de temas e práticas de
educação ambiental. Outro resultado conectado com os periódicos mais
acadêmicos, é que são pesquisadores que mais estão publicando sobre
EA. Também é resultado esperado, pois sabemos que os professores de
ensino básico, em geral, não conseguem retornar para a academia para
fazer uma pós-graduação (PG). Os programas de PG tornaram-se um
sistema injusto, pois não são todos que tem a mesma chance de acesso,
fato que está ligado à produção bibliográfica de grupos de pesquisa, que
representa o maior movimento de interesses nas Instituições de ensino
superior. E a área da educação, no sentido do acompanhamento dos
agentes governamentais, considerando o cotidiano dos estudantes e
professores de ensino básico, está lançada ao segundo ou até terceiro
planos dos interesses sociais. E se acredita que a educação é a única
forma de fazer uma revolução pacífica para gerar justiça social!
Mas o predomínio de temas conceituais na área da educação deve
significar que se pensa muito sobre educação, mas estamos sem
condições politicas de promover melhorias humanas e logísticas para
promover mais práticas. Pois a educação é um tema sempre atual e
sempre com debates polêmicos, a respeito de quais são as pedagogias
mais adequadas, ou quais são as melhores práticas.
29
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar das limitações da pesquisa bibliográfica do presente estudo,
foi possível perceber as tendências atuais sobre as práticas de fazer a
educação ambiental, que são semelhantes a estudos mais abrangentes.
As principais conclusões do presente trabalho são que as ações de
Educação Ambiental estão sendo dirigidas mais para o ensino
fundamental, com ações fora de sala aula predominando. Com isso,
podemos afirmar que é na educação não formal onde mais se observa o
desenvolvimento de temas da EA. As práticas de educação ambiental
mais desenvolvidas são percursos em trilhas ecológicas, seguida do
tema da reciclagem. Devido às múltiplas práticas e temas utilizados,
percebe-se que a EA tem sido realizada no âmbito não formal e formal
de maneira interdisciplinar e transversal. Outra consideração final que
pode ser tratada é que ocorrem múltiplas práticas didáticas e
pedagógicas, mas não se percebe detalhamento de seleção de conteúdos,
conectados com os diferentes níveis da escolaridade básica.
30
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31
ANEXOS
ANEXO 1
FICHA PADRONIZADA
NOME DA ESCOLA OU INSTITUIÇÃO:
CIDADE/ESTADO:
NÍVEL DE ESCOLARIDADE:
N° DE TURMAS ATINGIDAS:
ECOSSISTEMA:
ESPÉCIE EMBLEMÁTICA:
TEMA DE SUSTENTABILIDADE:
TEMPO DA ATIVIDADE:
( )TRILHA- ONDE:
( )TEATRO
( )MÚSICA
( )MODELO ANATÔMICO
( )DISCUSSÃO EM RODA/DEBATE
( )ATIVIDADES DE CAMPO – AR LIVRE
( ) HORTA ESCOLAR
( )CRIAÇÃO DE ANIMAIS
( )JARDINS BOTÂNICOS
( )REDES SOCIAIS, BLOG E SITES
( )PLANETÁRIOS
( )EXPOSIÇÃO NATURAL
( )EXCURSÕES/VISITAS
( ) OUTROS
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
32
ANEXO 2
LISTA DE ARTIGOS REVISADOS
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recursos hídricos por meio de atividade de ensino com pesquisa em uma
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