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Gestão de reputação e crise

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2Gestão de reputação e crise

Gestão de reputação e crise

Copyright @ 2019 Cortex Intelligence

Redação

Arlan Aguiar

Bianca Cardoso

Leila Cardoso

Nathalia Curvelo

Revisão

Maria Alice Medeiros

Edição

Leandro Jardim

Capa e Diagramação

Amanda Pedrosa

Produção editorial

Marketing Cortex

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Conteúdo

Introdução

Como a gestão de reputação gera valor para

o negócio

Como medir a reputação da marca?

Gerenciamento de crise como estratégia vital

para a marca

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4Gestão de reputação e crise

Introdução

Não importa o tamanho nem a natureza do negócio. Se existe uma empresa, existe a

necessidade de gerenciar reputação. Do microempreendedor às grandes companhias,

todos dependem de uma percepção positiva do público para se manterem de pé.

Especialmente nos últimos anos, quando o surgimento das redes sociais promoveu a

rápida viralização de notícias. Qualquer informação desencontrada ou mal entendido

acerca de uma marca pode se tornar uma crise institucional em poucos minutos.

Em outras palavras, a reputação corporativa se tornou muito mais frágil. Uma imagem

construída em décadas pode ser destruída rapidamente. E as consequências disso

para um negócio são avassaladoras.

Ao lado disso, há o fato de que pautas como responsabilidade socioambiental e

consumo consciente ganharam mais visibilidade e relevância. Assim, o sucesso de

uma marca está diretamente relacionado a forma com a qual ela se posiciona e,

principalmente, como as pessoas enxergam esse posicionamento.

Afinal, ao contrário do que acontecia no passado, a reputação influencia na

decisão de compra do consumidor. Não é por acaso que, para 56% dos CCOs (Chief

Communications Officer) a imagem corporativa tem impacto nos resultados

financeiros da companhia, como revelou uma pesquisa da Reputation Institute.

Para as áreas de comunicação - responsáveis pelo gerenciamento da imagem

corporativa - esse cenário trouxe, ao mesmo tempo, uma grande oportunidade e um

notável desafio.

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5Gestão de reputação e crise

Por um lado, espera-se que a comunicação empresarial seja capaz de responder com

eficiência a eventuais crises de imagem, partindo de estratégias já pré-definidas, que

permitam ações rápidas para evitar danos maiores à companhia.

Da mesma forma, as áreas de Relações Públicas são cobradas para identificar

e aproveitar oportunidades de expor a marca de forma positiva junto aos

seus públicos de interesse. Cabe dizer que hoje, todo esse trabalho passa,

necessariamente, pela análise de dados, que se tornou uma competência

fundamental para profissionais da área.

Apesar de desafiador, esse novo contexto joga os holofotes sobre os times de RP,

que têm à sua frente a possibilidade de comprovar todo seu impacto e relevância

para o negócio. Trata-se de uma oportunidade única de mostrar que a comunicação

corporativa é estratégica e pode gerar resultados concretos - como aumento de

vendas e de receita.

Graças às tecnologias baseadas em dados, hoje os profissionais da área têm

conseguido demonstrar o valor do seu trabalho e o retorno gerado para a empresa.

Por isso, nesse eBook vamos abordar como você pode se apoiar nos dados para:

Boa leitura!

Comprovar o valor da reputação para o negócio;

Usar métricas precisas e modernas de mensuração da reputação;

Tomar decisões e dar respostas rápidas diante de crises de imagem.

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Como a gestão de reputação gera valor para o negócio

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7Gestão de reputação e crise

A área de comunicação da maior parte das empresas se acostumou a lidar com

processos e indicadores de eficiência mais táticos do que estratégicos.

Com isso, existe uma dificuldade de mensurar o impacto das suas ações em outras

áreas internas ou no resultado do negócio como um todo. Mas esse é um modo

antigo, e ultrapassado, de enxergar o trabalho de relações públicas.

No mundo de hoje não há mais razão para que seja assim. Existe uma correlação

entre comunicação e vendas, e isso tem sido cada vez mais percebido por meio da

análise de dados.

Há dois exemplos muito claros dessa associação:

Ao longo do capítulo, traremos alguns exemplos práticos para analisarmos esses

dois aspectos.

Como a gestão de reputação gera valor para o negócio

Existe uma forte ligação entre a melhora da reputação de marca na mídia e o aumento nas vendas.

O primeiro, tem a ver com a reputação da marca, ou seja, como ela é

vista pelo ambiente externo – fundamental para seu valor de mercado.

O segundo diz respeito à importância da comunicação para que a

empresa avalie estratégias de produto e de oferta, tornando-os cada

vez mais orientados às necessidades e demandas do seu público.

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1. A reputação cada vez mais decisiva para o valor de mercado Função primordial da área de comunicação, a gestão de reputação pode impulsionar

ganhos financeiros significativos, especialmente quando baseada em dados.

No caso das empresas de capital aberto é possível entender claramente o peso que

o valor da imagem corporativa tem nos resultados concretos dos negócios. Marcas

com ações na bolsa têm sua reputação diretamente ligada ao que os investidores

entendem como ameaça para os negócios.

Por exemplo: é comum que empresas investigadas pela Operação Lava-

Jato tenham que se posicionar a todo momento em relação às delações ou

investigações do MP e da Polícia Federal.

Esses posicionamentos muitas vezes fazem com que os analistas do mercado

financeiro os encarem como fato relevante, com impacto positivo na bolsa.

Em certos casos, a própria assessoria de imprensa e a área de relações públicas, em

um trabalho de gestão de reputação, decidem se antecipar a um possível escândalo

e proativamente divulgam para a imprensa acordos de leniência ou delações de seus

executivos.

É um exemplo flagrante de como a reação antecipada a uma potencial crise

pode reverter seus efeitos e trazer ganhos em reputação. E note que todos esses

fatos só ganham repercussão por conta da imprensa e do trabalho da área de

comunicação.

Outro exemplo curioso: recentemente, no dia em que uma empresa divulgou seu acordo de leniência, as suas ações na bolsa subiram 8%, registrando o

maior ganho no Ibovespa.

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9Gestão de reputação e crise

Tendo em vista a associação entre a imagem corporativa e o valor de mercado

de uma marca, não é de surpreender que as grandes companhias estejam

modernizando seus processos de comunicação para torná-los data driven.

2. A comunicação como direcionador de produtos ou serviços

A percepção de um jornalista ao avaliar um produto ou serviço afeta as vendas.

Vamos ao caso do setor automobilístico. Nessa indústria, a cobertura da imprensa é

muito pulverizada e com foco enorme nos reviews e avaliações dos produtos.

Independentemente dos releases que a assessoria produz junto à área de

comunicação, o jornalista, após realizar seu test drive, faz comparações com os

modelos dos concorrentes ou até mesmo escreve sobre as percepções dele como

expert no setor.

Há seis anos, a revista Exame repercutiu uma pesquisa realizada pela Draft FCB que

apontava os brasileiros como os que mais verificavam informações disponíveis sobre

uma marca antes de decidir pela compra de um produto ou serviço. E mais:

49% dos entrevistados entendem a reputação como o item de maior

peso para a tomada de decisão;

36% se enquadram no perfil passivo (aqueles que apenas reagem às

informações que recebem ou optam por marcas conhecidas);

Em comparação, 35% dos americanos e 22% dos alemães colocaram

a reputação em primeiro lugar;

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10Gestão de reputação e crise

Se retomamos os exemplos da indústria automobilística, esses consumidores vão

buscar as informações nos portais especializados, jornais, revistas e influenciadores

dedicados ao assunto.

Além disso, há o fato de que as pessoas acreditam mais no que os outros falam de

determinado produto do que na fala da própria marca. Isso reforça a tese de que

uma divulgação espontânea na imprensa tende a ter maior impacto na decisão de

compra do que uma ação de marketing.

Num estudo realizado internamente pela Cortex, observou-se que as três maiores

montadoras brasileiras também lideraram a reputação na mídia. Ou seja, há uma

correlação entre os dados de comunicação e resultados financeiros que pouco é

percebida pelas diferentes áreas da empresa.

Se detalharmos algumas ações realizadas pela comunicação, podemos destacar a

capacidade de dar feedback à áreas de produto. Indicando, por exemplo, quais

são os aspectos do produto que tiveram melhor aceitação e quais os que contêm

“falhas”, na percepção dos influenciadores da marca.

Vamos aos exemplos

Vamos supor que os jornalistas critiquem o motor ou design de um carro. Esta

informação pode servir de input para a área de produto rever aqueles aspectos do

modelo em questão.

Retornando ao primeiro aspecto citado – a gestão de reputação – imaginemos que

haja necessidade de recall de um produto. Se a área de comunicação tem uma

ação proativa, enviando um comunicado para as diferentes mídias, pode gerar um

impacto positivo na reputação. Logo, um ganho no valor da marca.

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11Gestão de reputação e crise

Esses dois casos explicitam o potencial que a área de relações públicas tem para

alavancar resultados concretos para as empresas. Em ambas as situações, há um

fator fundamental para que esse trabalho seja eficaz e essa relação positiva: o uso

de análise de dados para medir e gerenciar ações nas mídias espontâneas.

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TakeawaysA área de comunicação pode alavancar de forma concreta os resultados das

empresas e utilizar dados é a maneira moderna de mensurar esse impacto;

A gestão de reputação é uma função-chave da comunicação e tem potencial

para aumentar o valor de mercado da marca. Quando bem trabalhada, pode

evitar crises, melhorar o relacionamento com o público e até mesmo ajudar no

aumento das vendas;

Sem o trabalho da comunicação, uma importante parcela de percepção

do consumidor em relação ao produto não chegaria às áreas internas

responsáveis pela oferta. Essa lacuna poderia causar uma queda nas vendas

ou perda de clientes para eventuais concorrentes. Ciência de dados e big

data podem ser instrumentos poderosos para captar de forma mais eficiente

essas impressões do público.

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Como medir a reputação da marca?

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14Gestão de reputação e crise

A utilização de dados para sustentar o trabalho de Relações Públicas – o que passa

por medir a reputação da marca – tem sido um grande desafio para a área.

Mas, na era dos dados, empresas que não conseguirem responder a essa questão

tendem a perder espaço para os concorrentes.

Não é por acaso que 60% dos gestores de RP entendem que a complexidade do

mundo é o principal desafio que enfrentam no dia a dia de trabalho, como revelou

uma pesquisa recente da Aberje.

E uma das perguntas que precisam responder frequentemente é: “Afinal, como

tangibilizar, em números, algo tão abstrato quanto a reputação?”

Evolução da Mensuração

Esse questionamento surge e ganha uma nova relevância em função das mudanças

na comunicação nos últimos anos.

Com a chegada do digital, e a emergência de novos canais e mídias, a modernização

das métricas se tornou fundamental para fazer uma análise correta e precisa de

reputação.

Como medir a reputação da marca?

Era dos dados tornou ainda mais desafiador mensurar a reputação das marcas.

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15Gestão de reputação e crise

Atualmente no mercado são usados alguns métodos tradicionais. Como:

A grande questão com esses métodos mais tradicionais é que eles possuem alguns

problemas conceituais. Isso porque utilizam parâmetros de avaliação de notícia que

são fundamentados em critérios como, por exemplo, notas pré-definidas.

Assim, o conteúdo, independentemente do nível de maturidade de cada área de

comunicação ou da sua estratégia, tem que ser adaptado a esses critérios.

Há também outros métodos mais avançados, baseados em:

Inteligência de dados na mensuração

Atualmente algumas áreas de comunicação mais modernas utilizam inteligência de

dados para embasar suas métricas.

Dessa forma, é possível medir a reputação da marca a partir da análise do impacto

de cada matéria que repercute a empresa, considerando o alcance de um ou mais

veículos, independentemente da plataforma de mídia.

Percentual de sentimento das matérias e posts;

Equivalência comercial;

Pontuação de matérias.

Alcance de matérias;

Modelagem e regressão de indicadores financeiros;

Correlação de indicadores financeiros versus indicadores de reputação;

Opinião de stakeholders.

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16Gestão de reputação e crise

A classificação de publicações identifica o que foi falado a respeito da marca na

matéria, de que forma, e o que destacaram.

Outra métrica moderna é o Índice de Promoção da Marca, que vai além de medir

a visibilidade da marca na mídia, pois analisa o percentual de exposição positiva,

negativa ou neutra. Seria equivalente ao Net Promoter Score (NPS) utilizado

pela publicidade.

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Equívocos da mensuração

Apesar de já existirem métricas modernas à disposição das áreas de RP, tangibilizar o

desempenho da gestão de reputação no cenário atual permanece sendo um desafio

para as empresas que ainda não estão atualizadas ao uso de dados na comunicação.

Geralmente elas cometem erros que acabam distorcendo resultados da análise de

reputação da marca. Vamos listar alguns desses equívocos:

Não falar uma linguagem de negócios

Quem trabalha com comunicação sabe muito bem os retornos que uma área de

relações públicas bem estruturada pode gerar para a empresa. E sabe, também, o

quão difícil é quando não se consegue demonstrar isso para os outros setores ou

para os altos executivos da companhia.

Afinal, como uma valoração obtida por meio da mensuração em reputação pode ir

para um balanço financeiro?

Se a área não consegue mostrar resultados concretos, está sujeita a ser vista como

menos importante do que outras, ou até mesmo como dispensável.

O pior é quando essa crença sobre o trabalho de comunicação vem à tona em

momentos de crise financeira, e o departamento de relações públicas perde

orçamento ou espaço na empresa.

Por ser fundamentada de forma muito conceitual e trabalhar com valores abstratos,

a grande dificuldade da comunicação nos últimos anos tem sido tornar esses

conceitos palpáveis, e traduzi-los para uma linguagem de negócios. Por isso é tão

importante que as entregas em comunicação sejam de fácil compreensão e uso de

diversos setores.

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Padronização de métricas

Para as agências que prestam serviço de relações públicas, um erro bem comum é

padronizar as métricas de medição para todos os clientes, fazendo-os se encaixar nos seus

métodos já pré-estabelecidos. Nem sempre isso condiz com o que a empresa precisa.

Consequentemente, faz com que a relação entre cliente e agência fique desgastada, pois

as entregas não são eficazes em relatar o status real da reputação da empresa.

Não conhecer os objetivos da empresa

É de suma importância que haja um bom entendimento de onde a empresa quer chegar a

partir das entregas geradas pela comunicação.

Conhecer essas metas e, principalmente, o setor em que a empresa está inserida é

primordial. Nem sempre o objetivo é identificar se a marca está com boa reputação

apenas. Às vezes seu interesse é descobrir como está seu desempenho em determinados

setores. Por exemplo: se ela é referência em inovação, em sustentabilidade, etc.

Outro problema de não entender o objetivo da empresa é desvalorizar os grupos de

comunicadores que interessam para a mesma. Pode ser arriscado usar um método de

avaliação que dê o mesmo peso para veículos com alcances e públicos-alvo diferentes.

Imagine, por exemplo, um portal regional, de uma cidade do interior de São Paulo,

entrando no mesmo método de avaliação que um site de alcance nacional. Ou, ainda,

o perfil em uma rede social de algum influenciador na mesma avaliação de um veículo

especializado.

Parece uma avaliação injusta, certo? Principalmente se tiver em mente que todos esses

veículos alcançarão números e públicos distintos.

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TakeawaysMensurar a reputação deixou de ser diferencial. Na era dos dados, em que há um

enorme volume de informações surgindo a todo momento, a mensuração em tempo

real se tornou algo primordial.

A imagem é o carro-chefe de muitas companhias, mais até que os produtos

oferecidos pela mesma.

A busca pelo gerenciamento e mensuração de reputação aumentou e, com isso, os

métodos também precisam estar atualizados. O processo realmente é complexo,

mas as entregas precisam ser claras e tangíveis.

Além disso, nem todo mundo tem a mesma base de entendimento dos profissionais

de comunicação.

Logo, a informações da área precisam ser compreensíveis para os demais

departamentos da empresa.

Para isso é preciso fundamentá-las em algo que já está intrínseco na linguagem de

negócios (já que é esse setor o seu público-alvo), e o caminho mais seguro é embasá-

las em dados.

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Gerenciamento de crise como estratégia vital para a marca

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21Gestão de reputação e crise

Nunca se deu tanta importância ao gerenciamento de crise de imagem como nos

dias de hoje.

A velocidade na transmissão de informações e o grande poder de influência daquilo

que é veiculado em mídias sociais fizeram com que a reputação das empresas se

tornasse muito mais vulnerável do que era até meados da década de 90.

Para piorar, o século XXI trouxe uma dinâmica de mercado marcada por extrema

competitividade, grande similaridade entre produtos concorrentes (por força do

barateamento da tecnologia) e um público consumidor cada vez mais exigente.

A reunião desses fatores ampliou exponencialmente o poder da imagem sobre os

resultados de uma organização.

Assim, a reputação corporativa passou a ser fundamental no cenário econômico

atual e o gerenciamento de crises de imagem cada vez mais indispensável.

O que é uma crise de imagem?

Ela pode ser qualquer “mácula” disseminada ao grande público que seja capaz de

desconstruir a credibilidade de uma marca ou as virtudes de uma empresa.

Gerenciamento de crise como estratégia vital para a marca

Hoje, a reputação de uma organização é bem menos estática e mais suscetível a sofrer abalos bruscos, repentinos e, em alguns casos, avassaladores.

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Dito isso, um bom gerenciamento de crise deve:

Vejamos esse pontos em mais detalhes a seguir.

Refletir sobre todos possíveis motivos que provocam uma crise –

conhecer esses motivos ajuda a pensar em meios de evitá-los;

Ter ciência de todos os danos que uma crise de imagem pode causar

para uma marca – entender a gravidade de um problema gera senso de

urgência para evitar ou resolvê-lo;

Ruídos de comunicação – se sua empresa tem múltiplas vozes, possíveis

diferenças nas visões sobre os rumos da empresa podem confundir seus

stakeholders e deteriorar a confiança do mercado em sua organização.

Esse ruídos acontecem com frequência quando a comunicação

empresarial não é padronizada;

Difusão de mensagens negativas – divulgações frenéticas de

denúncias e reclamações em texto, fotos e vídeos na web, sem que

medidas adequadas tenham sido tomadas para evitar ou contorná-

los adequadamente. Problemas com gerenciamento de redes sociais

geralmente pioram esse cenário;

Péssimas condições de trabalho/desrespeito aos colaboradores – uma

empresa que trata seu capital intelectual com desprezo gera uma péssima

imagem junto ao seu consumidor (muitas vezes, de forma irreversível);

Descompromisso com questões socioambientais – responsabilidades

social e ambiental agregam valor à imagem da empresa, na mesma

proporção em que a ausência de políticas próprias que tratem desses

temas transmite uma imagem de irresponsabilidade;

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Baixa qualidade dos produtos ou serviços oferecidos – os reiterados

defeitos de um produto ou falhas recorrentes em um serviço podem

afogar qualquer empresa nas águas turvas do descrédito. Quando a má

fama se dissemina, muitos potenciais consumidores passam a evitar a

marca. Não somente pelos prejuízos concretos que possam vir a sofrer,

mas também pela reprovação social de que podem ser vítimas por

terem optado por uma empresa mal vista;

Índice de reclamações – a lealdade dos consumidores pode ser

altamente abalada pelos comentários negativos sobre a marca na

internet. Principalmente quando os comentários são volumosos, o

efeito sobre a marca pode ser devastador. De nada adianta, portanto,

investir muitos recursos em comunicação e marketing, se a empresa

não se preocupar em neutralizar a insatisfação de seus clientes. É

altamente recomendado, então, aderir a ferramentas eletrônicas de

monitoramento para que se esteja sempre a par de tudo que sai nas

mídias tradicionais e sociais, assim como nos sites de reclamação;

Endividamento/má administração financeira – o simples rumor

sobre uma eventual fragilidade na saúde financeira de uma empresa,

principalmente quando ela é de grande porte, pode ser suficiente para

derrubar suas ações na bolsa, causando estragos comprometedores em

suas finanças e, consequentemente, em sua reputação;

Fake news – a livre disseminação de informações anônimas na internet

estimula a propagação de fake news. Propositalmente ou não, qualquer

marca pode se tornar vítima de uma notícia falsa, que pode tomar

proporções impensáveis, se não gerenciados da forma correta;

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24Gestão de reputação e crise

O que um mau gerenciamento pode causar para sua empresa

Além do que já foi dito, a imagem de uma marca também é uma espécie de

representação cognitiva, um símbolo que se associa a determinados valores, e que é

dotado de alto poder de atração ou repulsão.

Especialistas dizem que a reputação de uma marca, por si só, não é um ativo

controlável.

Todavia, os elementos que a compõem podem sim ser gerenciados de forma a se

evitar um desgaste irreversível. E é nesse ponto que os gestores devem ficar de

olhos bem abertos.

Uma situação de crise exige muita atenção, visto que ela pode transmitir ao mercado

várias idéias deturpadas, que não condizem exatamente com os valores promovidos

interna e externamente.

As conseqüências mais comuns são perda de valor de mercado, desconfiança por

parte dos stakeholders e, por conseguinte, perda de faturamento e espaço no

segmento.

Em casos mais graves, pode determinar o fechamento de portas de uma empresa.

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TakeawaysA marca de uma empresa é seu bem intangível mais valioso. Mas, apesar de

intangível, os elementos que a compõem podem ser perfeitamente gerenciados de

forma a se evitar que ela seja maculada.

Em casos mais extremos, uma boa gestão de crise pode evitar, inclusive, que uma

empresa encerre suas atividades.

Assim, para resguardar a imagem de uma empresa, é fundamental conhecer:

Os motivos que mais costumam provocar crises de imagem;

As conseqüências que essas crises podem trazer para uma marca.

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7 dicas para preservar a imagem da sua empresa

Se uma crise de imagem já se instaurou na sua empresa, não adianta fugir, nem

fingir que nada está acontecendo.

Aliás, esses são os piores comportamentos que se pode assumir nessas horas.

As providências mais adequadas (e recomendadas), quando se busca minimizar ou

sublimar completamente os efeitos de uma crise de imagem corrente são:

1 - Acompanhar permanentemente o que estão falando sobre sua empresa

Não seria possível falar sobre gestão de crise de imagem, sem mencionar a

importância do monitoramento do que é dito sobre a sua empresa.

Sem saber a opinião de influenciadores e da mídia, fica difícil melhorar sua

reputação, concorda?

Estar a par do que falam sobre a marca que você representa permite, sobretudo,

identificar um possível problema, antes mesmo que ele ocorra.

Assim, diretores e gerentes de comunicação e marketing devem recorrer às

ferramentas de monitoramento integrado de mídias para ter indicações antecipadas

de possíveis crises de imagem.

Essas soluções já são utilizadas pelos grandes players do mercado.

Ao gerar insights que alertam sobre crises, ajudam as equipes de comunicação a

preveni-las ou a agir para minimizar seus efeitos.

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2 - Não se esconder (seja ágil)

Uma vez que boatos ou notícias sobre problemas na empresa já tenham se

espalhado de forma descontrolada pela web, o mais importante é não se calar.

O velho “nada a declarar” transmite uma imagem de consentimento, arrogância e

indiferença em relação ao seu público.

Manifeste-se, não importa o que tenha acontecido. E, sobretudo, seja rápido..

3 - Ser honesto e transparente

A sinceridade é capaz de conquistar (ou “reconquistar”) a confiança do seu público.

Mostre que a empresa está ciente de suas falhas, que compreende a insatisfação

dos clientes e está aberta para solucionar todos os problemas que a envolvem.

Isso mostra humildade e humaniza a marca, aspectos essenciais para aproximá-la

novamente de seu público.

4 - Elaborar um plano de gerenciamento de crise de imagem

Essa poderia perfeitamente ser a primeira das recomendações.

Isso porque um plano de controle da imagem institucional deve ser construído antes

mesmo de haver qualquer foco de incêndio em sua empresa.

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5 - Montar um time de gestão

Essa equipe deve ser multidisciplinar. Dependendo da estrutura interna de cada

empresa, pode ser composta de: gerente de marketing, gerente de comunicação,

CIO’s (diretores da área de tecnologia), representantes comerciais e colaboradores

ligados a CRM.

Essa equipe pode também ser fragmentada em duas partes: uma para solucionar

a crise e outra focada na execução de um plano de comunicação previamente

elaborado.

6 - Comunicar-se individualmente com cada cliente insatisfeito

Muitos clientes, ainda que não tenham seu problema integralmente resolvido, já

acabam por arrefecer a animosidade contra a empresa pela simples atenção dada

por ela ao seu problema.

Procure oferecer, então, alternativas que os contemplem e evite que se tornem

detratores da sua marca.

7- Usar o mesmo canal de comunicação que gerou a crise

A sua crise de imagem nasceu nas redes sociais? Então melhore seu gerenciamento

de redes sociais e capriche na execução de um plano que restabeleça a reputação

da empresa pelos mesmos canais através dos quais ela foi depreciada. Isso é

importante até mesmo para ter garantia de que suas ações atinjam o mesmo

público.

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dados internos da própria empresa.

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