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GESTAR II – PROGRAMA GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR
LÍNGUA PORTUGUESA
Projeto todos pela aprendizagem
TP1 – Linguagem e Cultura – unidade 04 (A intertextualidade)
Avançando na prática página 144
TP2 - Análise lingüística e Análise literária – unidade 08 (Linguagem figurada)
Avançando na prática página 128
Beatriz Aparecida Miranda Ferreira
Wanda Morais Oliveira Drumond
Escola Municipal Padre Cícero de Castro
Sequência didática: Intertextualidade
Objetivo: reconhecer a intertextualidade em diversos tipos de produções.
Conteúdos: leitura/produção de texto
Tempo estimado: três aulas
Material necessário: dicionário, fábulas, poema, fotos de algumas obras de artes.
Desenvolvimento:
1ª etapa:
Sondagem com os alunos sobre o que é fábula e suas características.
Explicação sobre as características de uma fábula de Esopo.
Leitura da fábula de esopo “A raposa e as uvas” (ver anexo01).
Listar as palavras desconhecidas e procurar no dicionário seu significado, anotando
em ficha para organização do banco de palavras.
Iniciar uma interpretação oral da fábula fazendo questionamentos aos alunos acerca
do comportamento da raposa.
2ª etapa:
Apresentar aos alunos o texto de Millor Fernandes “a raposa e as uvas” (ver anexo
02).
Listar as palavras desconhecidas e procurar no dicionário o seu significado,
anotando em ficha para a organização do banco de palavras.
Explorar com os alunos a semelhança e a diferença dos textos, abordando a
questão da intertextualidade entre os dois textos.
3ª etapa:
Rever o conceito de intertextualidade analisando o poema “Quadrilha” de Carlos
Drummond de Andrade com o poema “Quadrilha de sujeira” de Ricardo Azevedo. E
análise das obras de arte (a escultura de O Pensador de August Rodin, o quadro de
Monalisa de Leonardo da Vinci, o quadro Rosa e Azul de Renoir) com a turma da
Mônica de Maurício de Souza. (ver anexo 03).
4 ª etapa:
Leitura da fábula de esopo “A lebre e a tartaruga”, e propor aos alunos que criem
outra versão para a história.
Em dupla os alunos irão planejar as mudanças que gostariam de promover na
situação da história. E depois darão início ao desenvolvimento da produção de texto.
6 ª etapa:
Revisão do texto pelo professor marcando os pontos que necessitam de alterações
e correção da produção por meio de dicionário e auxílio dos colegas.
7ª etapa:
Leitura da Produção de texto para o grupo, comparando se as suas produções têm
relações claras com o texto original.
Avaliação: será através da participação e desempenho nas atividades orais e
escritas de forma contínua.
Fonte de pesquisa:
Programa Gestão da Aprendizagem Escolar: Gestar II. Língua Portuguesa: Caderno de Teoria e Prática 1 – TP1: Linguagem e cultura. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
WWW.neaud.uncrt.br O texto e a intertextualidade – Professor Gilves.
WWW.uol.com.br Intertextualidade Português. UOL educação.
Relato sobre a importância da atividade para a aprendizagem de português
A intertextualidade é um recurso valioso para o estudo de textos.
Um texto cita outro com diversos fins.
Partindo deste pressuposto trabalhar com este conteúdo com os
alunos do sétimo ano é uma possibilidade de oferecer a eles uma melhor
compreensão dos textos, o contato com diversos portadores textuais além de
estimular o gosto pela leitura.
A intertextualidade é “um fenômeno constitutivo da produção do
sentido e pode-se dar entre textos expressos por diferentes linguagens” (Silva,
2002).
Uma vez que a intertextualidade está ligada ao “conhecimento de
mundo”, que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor de
textos, em que o diálogo pode ocorrer em diversas áreas de conhecimento, não se
restringindo única e exclusivamente a textos literários, estando presente nas mais
diversas expressões artísticas como na pintura, escultura, na música e etc.
Contribuindo de forma significativa para a produção de textos de
forma criativa e com senso crítico.
Relato dos fatos ocorridos em sala de aula
Durante a atividade desenvolvida observei que os alunos do sétimo
ano possuíam alguns conhecimentos sobre fábula.
Eles participaram dos momentos de leitura com interesse, lendo os
textos com uma boa entonação. Alguns alunos ao procurarem o significado das
palavras desconhecidas no dicionário apresentaram dificuldade em relação a ordem
alfabética das palavras precisando de interferência da professora e dos colegas.
A turma relatou com senso crítico as opiniões dos textos
trabalhados, e demonstraram interesse com a intertextualidade de escultura e obras
de arte, acharam interessante, e percebi que foi um recurso atrativo para a aula,
aguçando a curiosidade dos alunos.
Ao executarem a produção de texto os alunos demonstraram uma
certa insegurança, mas com diálogo e motivação elas conseguiram criar suas
produções com criatividade e inovação.
No desenvolvimento da produção de texto observei que os alunos
tiveram dificuldade para redigir o texto, pois durante a correção constatei erros
ortográficos, de pontuação, diferenciação entre letras minúsculas e maiúsculas,
coerência e coesão. Desta forma falei da importância de rever o texto, corrigindo-o.
Assim eles reescreveram suas produções fazendo as correções cabíveis.
Apesar das dificuldades encontradas durante a execução da
atividade foi um momento muito produtivo, em que os alunos conseguiram superar
as suas inseguranças participando da aula com entusiasmo e envolvimento. Sendo
assim os objetivos da atividade foram alcançados contribuindo para a aprendizagem
de forma significativa.
Anexo 01
Fábula
A raposa e as uvas
Uma Raposa, morta de fome, viu, ao passar diante de um pomar, penduradas nas ramas de uma viçosa videira, alguns cachos de exuberantes Uvas negras, e mais importante, maduras. Não pensou duas vezes, e depois de certificar-se que o caminho estava livre de intrusos, resolveu colher seu alimento. Ela então usou de todos os seus dotes, conhecimentos e artifícios para pegá-las, mas como estavam fora do seu alcance, acabou se cansando em vão,e nada conseguiu Desolada, cansada, faminta, frustrada com o insucesso de sua empreitada, suspirando, deu de ombros, e se deu por vencida. Por fim deu meia volta e foi embora. Saiu consolando a si mesma, desapontada,dizendo: "Na verdade, olhando com mais atenção, percebo agora que as Uvas estão todas estragadas, e não maduras como eu imaginei a princípio..."
Moral da história:Ao não reconhecer e aceitar as próprias limitações, o vaidoso abre assim o caminho para sua infelicidade.
Anexo 02
A raposa e as uvas
Millôr Fernandes
De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos os tempos, saiu do areal do deserto e caiu da sombra deliciosa do parreiral que descia por um precipício a perder de vista. Olhou e viu, além de tudo, saltou, o focinho passou a um palmo de uvas. Caiu, tentou de novo, não conseguiu nem roçar as uvas gordas e redondas. Desistiu, dizendo entre dentes, com raiva: ”Ah, também não tem importância. Estão muitos verdes.” E foi descendo com cuidado quando viu a sua frente uma pedra enorme. Com esforço empurrou a pedra ate o local em que estavam os cachos de uva, trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia o risco de despencar, esticou a pata e...consegui! Com avidez colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes.
Moral: A frustração é uma forma de julgamento tão boa como qualquer outra.
Anexo 03
Poemas
Quadrilha
Carlos Drummond de Andrade
João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim
que amava Lili que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de
desastre, Maria ficou para tia, Joaquim se suicidou-se e Lili casou-se com J. Pinto
Fernandes que não tinha entrado na história.
Quadrilha da sujeira
Ricardo Azevedo
João joga um palitinho de sorvete na rua de Teresa que joga uma latinha de
refrigerante na rua de Raimundo que joga um saquinho plástico na rua de Joaquim
que joga uma garrafinha velha na rua de Lili.
Lili joga um pedacinho de isopor na rua de João que joga uma embalagenzinha de
não sei o quê na rua de Teresa que joga um lencinho de papel na rua de Raimundo
que joga uma tampinha de refrigerante na rua de Joaquim que joga um papelzinho
de bala na rua de J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.
Intertextualidade – obras de artes
Sequência didática: Onomatopéias
Objetivo: identificar figuras do nível sonoro (onomatopéias) no texto.
Conteúdos: leitura/produção de texto
Tempo estimado: três aulas
Material necessário: folha chamex colorida, lápis de cor.
Desenvolvimento:
1ª etapa
Dialogar com os alunos sobre os sons que as crianças ou seus irmãos menores
reproduzem quando elas brincam de herói/bandido, de trenzinho, de corrida de
carros e etc.
Depois explorar um cartaz com sons variados como alguém comendo, alguém
chorando e etc (ver anexo 01).
Em seguida explicar que essas palavras que imitam ou reproduzem os ruídos da
natureza, do ambiente, dos objetos chamam-se onomatopéias.
2ª etapa:
Explorar e apresentar aos alunos que para cada balão utilizado em história em
quadrinhos há um para fala, raiva, medo, etc. (ver anexo 02).
3ª etapa:
Leitura e análise de histórias em quadrinhos que apresente onomatopéias (ver
anexo 03).
4ª etapa:
Propor aos alunos que criem uma história em quadrinhos que apresente
onomatopéias.
5ª etapa:
Trocar as histórias com os colegas para que eles mesmos possam avaliar as
produções.
Avaliação: Observação da participação e desempenho nas atividades orais e
escritas de forma contínua.
Fonte de pesquisa:
Programa Gestão da Aprendizagem Escolar: Gestar II. Língua Portuguesa: Caderno
de Teoria e Prática 1 – TP2 Linguagem e cultura. Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Básica, 2008.
WWW.scribeb. Com/história em quadrinhos na sala de aula.
WWW. monica.com.br/comics./nwelcome.
WWW.balõesdefalaemhistorias em quadrinhos.html
Relato sobre a importância da atividade para a aprendizagem de português
As figuras de linguagem são empregadas para valorizar o texto,
tornando a linguagem mais expressiva. É um recurso lingüístico para expressar
experiências comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade ou
poeticidade ao discurso. Assim trabalhar com os alunos do sexto ano do ensino
fundamental com a figura de linguagem onomatopéia é um recurso metodológico
que visa despertar o interesse e o gosto pela leitura, sendo que os alunos desta
faixa etária demonstram grande interesse pela leitura de gibis e histórias em
quadrinhos, que possuem onomatopéias em seu enredo.
Segundo Rubem Alves, só conservamos na memória e aprendemos aquilo
que nos é significado e possui relações com o nosso universo sócio-cultural. As Histórias em
Quadrinhos como um recurso de apoio didático, nos permitem abordar conteúdos e
conceitos em qualquer área e nível de aprendizagem, por tratar-se de um material
comumente acessado pelos alunos para entretenimento e lazer, não encontrando, portanto,
resistência por parte deles.
Assim esta atividade visa despertar o interesse dos alunos para favorecer
a aprendizagem de forma significativa, imerso em um ambiente agradável para a leitura,
análise e produção de texto.
Relato dos fatos ocorridos em sala de aula
Durante a execução da atividade observei que os alunos do sexto ano do
ensino fundamental demonstraram terem algum conhecimento acerca de onomatopéias e
alguns estilos de balões que são utilizados nas histórias em quadrinhos.
As aulas foram agradáveis, os alunos gostaram muito de fazer a leitura das
histórias em quadrinhos, a todo instante eles questionavam a cerca da interpretação das
mesmas e todos davam as suas opiniões, havendo assim troca de idéias e sugestões
criativas. Foi um momento muito interessante e a participação aconteceu de forma
espontânea.
Durante a produção das histórias em quadrinhos os alunos se dedicaram e
realizaram a atividade com capricho e atenção. Os desenhos produzidos foram bem
definidos, as histórias originais e criativas, e o uso das onomatopéias foram corretamente
utilizadas representando as ações dos personagens dentro de seu contexto sócio-cultural.
Foram produzidas histórias de ficção, de amor e que retratavam o ambiente escolar dos
alunos.
Sendo assim esta atividade realizada no Projeto Todos pela Aprendizagem
contribuiu para a aprendizagem de forma significativa e atrativa, uma vez que foi utilizado
um contexto agradável e interessante para os alunos, que demonstraram prazer e
entusiasmo ao realizar a atividade proposta.
Anexo 01
Anexo 02
TIPOS DE BALÕES
Anexo 03