Geração 'Orpheu' (folheto)
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O movimento artístico português necessita de inovação. Os
artistas plásticos continuam a satisfazer os gostos de uma
sociedade burguesa. O naturalismo predomina na arte. Os
impressionistas não têm repercussões em Portugal. É um país
limitado.
Em Portugal a modernidade iniciou-se com a queda da
monarquia e a implantação da República - um sinal de
mudança. O primeiro sinal de ruptura surge na exposição de
Arte Livre de 1911 (apesar de apresentar ainda pinturas
naturalistas, já manifesta critica social e politica). Outro
factor importante foi o regresso de um grupo de artistas
vindos de Paris, que foram forçados a sair devido à I Guerra
Mundial que assola a Europa. Estes já tinham convivido com
as vanguardas modernistas e implementaram este novo
conceito de arte em Portugal. Entre eles encontram-se
Amadeo de Sousa Cardoso, Santa-Rita Pintor, Almada
Negreiros, Eduardo Viana e Helena Vieira da Silva.
Em 1915 sai o primeiro número da revista ORPHEU que
provoca algum escândalo.
GERAÇÃO ORPHEU
BIBLIOTECA ESCOLAR
EPADD
Em Dezembro de 1916, Amadeo promoveu, primeiro no Porto
e depois em Lisboa, uma mostra em que reuniu, sob o título
de Abstraccionismo, 114 pinturas. O desfasamento da
cultura estética nacional impediu uma receção favorável das
propostas pictóricas de Amadeo, ganhando os certames uma
aura de escândalo (coroada no limite pela agressão física ao
pintor). Neste contexto importa destacar o protagonismo de
Almada Negreiros e Fernando Pessoa na sua defesa pública.
Ambos o reconheceram como o pintor mais significativo do
seu tempo.