GEOMORFOLOGIA I - geojurista.files.wordpress.com · PROCESSOS ENDÓGENOS DE ELABORAÇÃO RELEVO...
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RELEVO TERRESTRE
• Áreas continentais (29% da Terra): dominam planaltos, colinas e planícies com menos de 2.000 metros de altitude (se prolongam pela plataforma continental recoberta por mares).
• Nas áreas acima de 2.000 metros: cadeias de montanhas, normalmente alongadas (Andes, Himalaia, Rochosas).
RELEVO TERRESTRE
• Bacias oceânicas (71% da Terra): compreendidas entre 3.000 e 6.000 metros (estas planícies abissais formam 58,7% da superfície da Terra).
• Há também as depressões abaixo das bacias oceânicas, como as fossas marinhas, que ultrapassam 7.000 metros de profundidade, sendo também alongadas e arqueadas.
RELEVO TERRESTRE
• Apenas a estrutura superficial das terras emersas é conhecida diretamente.
• Nas zonas profundas, só podemos pesquisar por meios indiretos, utilizando a Geofísica.
• O relevo submarino também é importante pois as mudanças que ocorrem nos continentes está ligada a processos endógenos que envolvem todo o planeta.
Relevo submarino
• Principais unidades do relevo dos oceanos:
• - Plataforma continental: continuação dos continentes, inclinação suave e profundidade varia de 0 até 200m.
• -Talude: passagem entre a plataforma e as bacias oceânicas, com forte ruptura de declive, com desnível entre 2.000 a 3.000m.
Relevo submarino
• - Bacias oceânicas (planícies abissais): localizam-se entre as plataformas continentais e as dorsais oceânicas. Profundidade entre 3.000 a 5.000m. O relevo é plano devido a alta sedimentação de detritos finos e organismos.
• -Cristas ou dorsais oceânicas: cordilheiras, que podem aparecer na forma de ilhas isoladas (Exemplo: Açores, Cabo Verde, Trindade, Fernando de Noronha), sendo ligadas ao vulcanismo.
Relevo submarino
• As cristas oceânicas ocorrem em áreas de tensões e fraturas da crosta.
• No oceano Atlântico, o assoalho está sendo levado para longe das dorsais. A velocidade é da ordem de 2cm por ano no Atlântico Norte. Na medida que o assoalho se afasta, há uma ascensão da crista central.
Relevo submarino
• - Fossas submarinas: longas e estreitas depressões que alcançam entre 7.000 a 10.000m de profundidade, ocorrendo em zonas de falhas e dobras, com estrutura sinclinal, associadas a criação de montanhas no Índico e no Pacífico. Ocorrem em arcos associados a vulcões ativos e terremotos.
Constituição do globo terrestre
• Por métodos indiretos, principalmente de Geofísica, classifica-se o planeta nas seguintes zonas:
• Núcleo interno: com mais de 5km de profundidade, com densidade entre 11 a 18, formado predominantemente por Ferro e Níquel, em estado sólido.
Constituição do globo terrestre
• Núcleo externo: Entre 2.900km a 5.000 km, com Densidade de 9g/cm3 a 11,5g/cm3. Mais fluído que o Núcleo interno, mas também com predominância de Ferro e Níquel. Normalmente são chamados de NIFE.
• Manto: Entre 40 a 60km até 2.900 km, com Densidade entre 3,3g/cm3 a 6,7g/cm3.
Constituição do globo terrestre
• Crosta: vai da superfície até 40 a 60 km de profundidade.
• Ela é dividida em 2 partes.
• A camada mais superficial, sólida, é formada principalmente (volume) por granitos, muitas vezes, servindo de embasamento para as rochas sedimentares (crista granítica ou siálica), com uma Densidade aproximada de 2,7g/cm3. Conhecida como SIAL, pois o magma é rico em silicatos de alumínio.
Constituição do globo terrestre
• A outra camada da crosta é mais profunda, surgindo por volta de 17km, sólida mas eventualmente maleável, formada por materiais básicos, magmas, diabásios e gabros, com uma Densidade de 3g/cm3. Conhecida como SIMA, pois é rico em silicatos de magnésio.
• Entre 38 a 40 km de profundidade, aproximadamente em média, há a zona de descontinuidade sísmica de Mohorovicic (Moho).
• Ela representa a base da crosta SIAL.
• É daí que surgem vários sismos e é muito bem delimitada devido a variação de comportamento das ondas P e S.
• Sua disposição é irregular e seria o contato do SIAL com o SIMA.
• Os sismos são frequentes ao longo das regiões de orogênese atual, em que o SIMA mergulha rapidamente sob o SIAL, onde também a descontinuidade de Mohorovicic mergulha em inclinação forte.
Dinâmica da Crosta: Isostasia
• Densidade: montanhas < planícies < oceanos.
• Os blocos da crosta emergem mais inversamente proporcional a sua densidade.
• Quanto menos denso é o bloco, mais ele emerge, proporcionalmente ao seu peso, formando um equilíbrio hidrostático nos blocos da crosta.
• Assim, os blocos que formam a crosta não tem a mesma espessura, e o fluído sobre o qual eles estão não é comparável à água, pois é mais viscoso.
• Este equilíbrio não é perfeito. Próximo à profundidade de 60km, a distribuição das massas se regulariza, formando a superfície de compensação isostática. Abaixo desta camada, a distribuição em zonas é concêntrica.
• A descontinuidade de Moho comprova esta hipótese.
• Os blocos estão sujeitos a reajustamentos de tensões e movimentos.
• Assim, a erosão, resultando em diminuição do pelo do SIAL, teria como resposta um soerguimento isostático do SIMA.
• Ou uma sedimentação excessiva, com acúmulo de peso, pode gerar abaixamento da crosta (subsidência).
Rompimento do equilíbrio isostático
• - formação de cadeia de montanhas;
• - um reaquecimento climático faz fundir uma espessa calota de gelo, que recobre um bloco;
• - intensa erosão alivia um bloco montanhoso e o material vai se acumular em outro bloco;
• Ocorrem então reajustes (compensações isostáticas) em grande escala de tempo e espaço, por meio de movimentos verticais (movimentos tectônicos).
• Estes levantamentos são as causas da emersão de terras acima do nível do mar e um dos principais impulsionadores da erosão, porque criam desníveis na crosta (níveis de base locais).
• Existem dois tipos de levantamentos tectônicos:
• - orogenéticos (criadores de montanhas): acompanham falhamentos, dobramentos, flexuras, adernamentos;
• - epirogenéticos: amplos movimentos que não levam a deformação das rochas, sendo mais lentos que os orogenéticos.
Deriva continental
• Desenvolvida por Wegener em 1912, onde os continentes se deslocariam vertical e horizontalmente.
• Há cerca de 200 milhões de anos, os continentes estavam reunidos em uma única massa. Esta foi fragmentada (zonas das dorsais e rift-valeys) e os fragmentos se deslocaram até a posição atual.
Tectônica de placas
• A camada rígida da superfície terrestre (crosta) consiste em um grande número de placas, que deslizam umas em relação às outras, ao longo de falhas.
Formas iniciais e sequenciais
• Iniciais: resultam dos soerguimentos originais da crosta, via forças internas e por erupções vulcânicas.
• Sequenciais: formas esculpidas pelos agentes de desnudação (exógenos).
• Todas paisagens são uma etapa dentro deste processo.
• Montanhas altas: forças internas atuando. • Baixos planaltos e planícies: forças denudacionais
predominam.
Agentes de esculturação (erosão)
• Águas correntes;
• Vagas oceânicas;
• Gelo;
• Vento.
• Estes, auxiliados pelo intemperismo e os movimentos de massa nas vertentes, transformam o relevo.
• Este produto é removido para o fundo das bacias oceânicas.