GÊNESE, MORFOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DO SOLO · Apresentação..... 05 2. O que vamos estudar...
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Leonardo
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GÊNESE, MORFOLOGIA E
CLASSIFICAÇÃO DO SOLO
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AULA 0
3
sumário pg.
INTRODUÇÃO........................................................................... 04
1. Apresentação....................................................................... 05
2. O que vamos estudar neste curso?........................................ 06
3. Introdução a ciência dos solos............................................... 36
4. Introdução as propriedades do núcleo.................................. 37
5. Minerologia e a petrografia ................................................. 40
6. Propriedades físicas dos minerais......................................... 30
7 . Constituição minerológica da litosfera................................. 40
8. composição das rochas......................................................... 42
9 . Estrutura dos silicatos ........................................................ 43
6. Questões comentadas......................................................... 53
7. Lista de questões................................................................ 66
8. Gabarito.............................................................................. 72
9. Bibiografia.......................................................................... 73
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Olá, meus amigos e amigas!
Estamos inaugurando este novo espaço para concursos e é muito bom tê-los
aqui. Teremos aulas focadas para concursos nas áreas agrícolas, como
FISCAL AGROPECUÁRIO, PERÍTO POLÍCIA FEDERAL, POLÍCIA
CIENTÍFICA, INCRA E MUITOS OUTROS CONCURSOS. Estaremos
fazendo aulas focadas nos editais, com muitos exercícios, para que possamos
gabaritar estas provas. Queremos abordar várias áreas como Engenharia
agrícola, flrorestal, ambiental, engenharia civil, engenharia elétrica,
Arquitetura, e muitas outras áreas.
ENTÃO, NÃO SE ESQUEÇA: ESTE É O NOSSO ESPAÇO
Este curso será composto de 6 aulas em pdf totalmente explicadas e com
muitos exercícios, o suficiente para seu concurso. Então, não precisará de
livros, apostilas ou qualquer outro material. Em caso de dúvidas teremos um
FÓRUM diretamente ligados aos professores, onde você pode entrar em
contato quando julgar necessário, para esclarecimento de pontos da aula que
não ficaram tão claros, ou precisa de um aprofundamente. De sua opinião, o
site foi feito pensando em vocês, para que alcance seus sonhos, passar em
um bom concurso e se realizar profissionalmente, para isso precisamos de
excelentes materiais que é uma raridade nas áreas específicas.
Assim, este curso foi formulado para ser seu único material de estudo,
com tudo o que é pedido no edital, de forma clara e objetiva. Assim, você
economiza tempo e recurso, organizando seu cronograma de estudo conforme
a sua disponibilidade de tempo. Tendo um computador em mãos, tablet ou
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celular, vocês poderão acessar as aulas e estudar onde vocês estiverem. A
grande vantagem destes cursos em pds é que conseguimos estudar as
matérias de agronomia focadas nos concursos sem perder muito tempo na
busca de materiais, teses ou livros que não focam no que é pedido nos
concursos. E o mais importante é que resolveremos muitas questões, todas
comentadas, facilitando o estudo e sem perda de tempo na busca de questões
em provas anteriores. Digo-lhes que não temos livros de extensão rural que
abordem estes temas voltados exclusivamente para concurso. Estes materiais
são inovadores. Queremos trazer as matérias da agronomia, engenharia
florestal, engenharia ambiental para o mundo dos concurso.
Acompanhe nossa página no facebook.
Agronomia concursos
APRESENTAÇÃO
Meu nome é Leonardo, sou Engenheiro Agrônomo formado na
Universidade Federal de Lavras. Trabalho há 10 anos na Emater-MG (Empresa
de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais). Tenho
pós-graduação Lato Sensu em Extensão Ambiental para o Desenvolvimento
Sustentável e em gestão de agronegócio. Iniciei o mestrado em Agricultura
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Tropical, na área de conservação de solos. Fui professor do curso técnico
agrícola Pronatec, ministrei aulas de nutrição e forragicultura, fertilidade do
solo e culturas anuais e olericultura. Sou professor de matemática e física do
ensino médio. Ministro vários cursos para agricultura familiar, entre eles
fertilidade do solo, culturas anuais, olericultura, mecanização agrícola,
cafeicultura e manejo da bovinocultura de leite. Trabalho com crédito rural
(custeio e investimento), elaborando projeto e prestando orientação aos
agricultores há 10 anos. Sou responsável pela elaboração da Declaração de
Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP)
e correspondente bancário pelo sistema COPAN.
Já fiz vários concursos, como Adagro-Pe (agência de fiscalização
agropecuária de Pernambuco), Perito da Policia Federal área 4 – agronomia,
Ministério Público, Ibama. Logrei êxitos em alguns e fui reprovado em outros,
mas assim é a vida do concurseiro. Passei na Emater-MG, onde estou até hoje.
O AGRONOMIA CONCURSOS tornou-se o nosso ponto de encontro, nosso
espaço de estudo para gabaritar todas as provas de agronomia. Aproveite
todas as oportunidades. Solicitamos que os alunos que adquirirem nossos
cursos avaliem-nos no final, para que possamos melhorar a escrita e temas
que não ficaram tão claros. Espero que vocês também aprovem e gostem do
nosso material, e que ele possa ajudar na sua aprovação!
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O QUE VAMOS ESTUDAR NESTE CURSO?
ANÁLISE DO EDITAL
Analisemos agora a nossa parte de IRRIGAÇÃO E DRENAGEM conforme
edital abaixo.
Código de ética profissional. Boas práticas agropecuárias. Fontes de energia do
meio rural. Recomposição florestal. Manejo da água: irrigação e drenagem.
Solo: gênese, classificação, capacidade de uso, práticas de conservação,
erosão e seu controle. Noções de fotografia aérea, sensoriamento remoto e
uso de GPS. Climatologia agrícola e Hidrologia. Mecanização agrícola.
Fertilidade do solo e nutrição vegetal. Extensão Rural. Economia rural: Manual
de Crédito Rural (MCR) - http://www3.bcb.gov.br/mcr; Fundo de Expansão do
Agronegócio Paulista – O Banco do Agronegócio Familiar (FEAP/BANAGRO) -
http://www.agricultura.sp.gov.br/quem-somos/feap-credito-e-seguro-rural/.
Produção Vegetal: conhecimentos básicos sobre práticas culturais, pragas,
doenças e tratamento fitossanitário das seguintes explorações: café, algodão,
cana-de-açúcar, seringueira, eucalipto, citrus, fruticultura tropical e
temperada, arroz, milho, trigo, feijão, amendoim, soja, batata, mandioca,
pastagens cultivadas e plantas olerícolas. Métodos de controle de pragas,
doenças e plantas invasoras. Certificação de produtos de origem vegetal.
Sistema de produção: convencional, plantio direto e orgânico. Certificação de
produtos de origem animal. Bovinocultura de corte e de leite. Caprinocultura.
Ovinocultura. Piscicultura. Avicultura. Suinocultura. Produção, Preparo e
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Conservação de Sementes. Legislação ambiental (florestal, solo e água):
Código florestal - LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012. Resolução SMA n°
32, de 03 de abril de 2014. Resolução SMA n° 07, 18 de janeiro de 2017. Lei
n° 7.802, de 11 de julho de 1989 (Lei do Agrotóxico). Lei Estadual n° 4.002,
de 05 de janeiro de 1984 sobre a distribuição e comercialização de produtos
agrotóxicos e outros biocidas no território do Estado de São Paulo). Lei
Estadual n° 5.032, de 15 de abril de 1986 (Altera a Lei n. 4.002, de 5 de janeiro
de 1984, que dispõe sobre a distribuição e comercialização de produtos
agrotóxicos e outros biocidas no território do Estado de São Paulo). Lei
Estadual n° 6.171, de 04 de julho de 1988 (Dispõe sobre o uso, conservação
e preservação do solo agrícola).
Assim, vamos montar nosso cronograma.
Cronograma das aulas
AULA PROGRAMA DATA
00 CONCEITOS E COMPOSIÇÃO DO SOLO, ROCHAS E MINERAIS
24/11/2017
01 INTEMPERISMO, GÊNESE DO SOLO E MORFOLOGIA DO
SOLO 01/12/2017
02 FÍSICA DO SOLO
08/12/2017
03 CAPACIDADE DE USO, PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO,
EROSÃO E SEU CONTROLE
15/12/2017
04 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS 22/12/2017
05 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS 29/12/2017
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INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DO SOLO
A ciência do solo possui subdivisões ou especializações, com várias
especialidades relacionadas com os estudos dos solos, a maior parte visando
soluções de problemas práticos. A ciência do solo estuda os aspectos de
formação, as funções, os componentes do solo, relacionando com os demais
componentes dos ecossistemas. Desde forma, a Ciência do Solo
desenvolveuse através da contribuição de profissionais das mais diversas
áreas entre elas a Química, Física, Geologia, Biologia, Geografia, Agronomia e
outras. Assim, o termo edafologia derivado do grego edaphos = terra ou
terreno é algumas vezes usado como sinônimo de pedologia aplicada ao
estudo do solo, pode ser visto como o meio onde se cultivam as plantas,
portanto, mais ligado à Agronomia. Desta forma, a Edafologia estuda o solo
do ponto de vista de sua utilização pelas plantas, ou seja, estuda a relação
solo-planta. No Brasil, a ciência do solo subdividiu-se em várias outras sub-
áreas do conhecimento denominadas Fertilidade, Química, Física,
Microbiologia, Manejo Agrícola do Solo, etc. A Fertilidade do Solo que está
inserida na edafologia tem preocupação com a capacidade da camada mais
superficial, onde se concentra a maior parte das raízes das plantas cultivadas,
para suprimento de nutrientes essenciais, para constatação desta necessidade
de nutriente utilizamos os "testes de análise química do solo", desenvolvidos
para dar indicações relacionadas às necessidades de correção da acidez e
fertilização do solo que serão cultivado.
A pedologia também faz parte da Ciência do Solo, o nome vem do grego
e do latim ped ou pedon (terra onde se pisa) e logos (estudo). Trata-se de um
termo erudito, criado para designar o ramo do conhecimento das Ciências
Naturais que estuda os solos, seu objeto de estudo, o qual apresenta
características próprias que o distingue dos outros elementos da paisagem,
assim pedologia trata dos estudos relacionados com a identificação, a
formação, a classificação e o mapeamento dos solos. Desta forma, o pedólogo
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interessa-se tanto pela camada superficial como também pelas demais e
procura entender a sua formação através da pedogênese. Ele considera o solo
como um objeto em si próprio, não se preocupando de imediato com
aplicações práticas, desta forma, o solo é algo dinâmico que teve sua formação
iniciada a partir de uma rocha que se desagregou mecanicamente e se
decompôs quimicamente, até formar um material solto que, com o passar do
tempo, se espessou, modificando-se e individualizando-se. Desta forma, o
conceito de solo, nome que origina-se do Latim solum significa suporte,
superfície, base. A concepção de solo depende do conhecimento adquirido a
seu respeito, de acordo com o modelo conceitual que ele representa nas
diferentes atividades humanas seja na área de engenharia civil na construção
de uma casa ou prédio, para o engenheiro de minas, analisando um detrito
que recobre as rochas e os minerais; para os agrônomos, a camada superficial
da litosfera que sustenta as plantas. O solo tem sido estudado e interpretado
de diferentes maneiras a medida que os conhecimentos do homem evoluem.
Para a Ciência do Solo o importante ir além de uma conceituação
simplista, definindo o que vem a ser um solo ou o solo. As definições são as
mais variedades, e no primeiro momento não parece surgir duvidas quando
ao conceito, mas a tarefa de defini-lo tem se mostrado árdua, baseando na
grande variedade de definições sugeridas ao longo da história da referida
ciência. Tomando por base Marcos (1982), não é possível conseguir uma
definição universalmente aceita, ou que satisfaça a todos não existindo uma
definição totalmente verdadeira ou falsa, apropriada ou não, no entanto
algumas definições são mais aceitas devido a sua apresentação em
congressos, ou por ser mais utilizadas por cientistas renomados. Assim,
podemos conceituar o solo como sendo “Uma coleção de corpos naturais que
ocupam porções da superfície da Terra, que sustentam plantas e que têm
propriedades definidas ao efeito integrado do clima e organismos, atuando
sobre o material de origem; este efeito é condicionado pelo relevo durante
períodos de tempo” (SOIL SURVEY STAFF, 1951), esta outra definição de
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VIERA (1975) “Solo é a superfície inconsolidada que recobre as rochas e
mantêm a vida animal e vegetal da Terra. É constituído de camadas que
diferem pela natureza física, química, mineralógica e biológica, que se
desenvolvem com o tempo sob a influência do clima e da própria atividade
biológica”. A EMBRAPA (1999), não poderia deixar de dar a sua contribuição
dizendo que solo “É uma coleção de corpos naturais, constituído de partes
sólidas, líquidas e gasosas, tridimensionais, dinâmicos, formados por
materiais minerais e orgânicos, que ocupam a maior parte do manto
superficial das extensões continentais do nosso planeta, contém matéria viva
e podem ser vegetados na natureza, onde ocorrem. Ocasionalmente podem
ter sido modificados por atividades humanas...”.
“Assim, sendo difícil formular uma definição que seja universalmente aceita,
o problema da definição do solo permanecerá sem solução, acrescenta United
States Department (1975)”:
“Uma vez que não se pode se distinguir com precisão, em todas as
situações, entre o que é e o que não é parte do solo, uma definição breve,
precisa e geral é, talvez, impossível.”
Na Pedologia, o solo tem sido estudado, interpretado e definido
diferentemente, “à medida que os conhecimentos sobre a sua complexidade
evoluíram”, por isso uma tentativa de definição hoje é muito mais difícil que
no passado. Contudo, podem ser destacadas, através da observação das
definições ou conceituações sugeridas ao longo da referida ciência,
características importantes e propriedades que contribuíram de forma
significativa para a compreensão do solo, sendo o solo assim caracterizado:
a) Como meio para o desenvolvimento das plantas
b) Corpos naturais organizados e sendo produto da alteração de
materiais orgânicos e minerais.
c) Com capacidade de armazenar e transformar resíduos.
Também podemos notar diversas definições de solo, ao longo da
trajetória da Pedologia. Assim, Beck et al. (2000) define o solo como “corpo
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natural da superfície terrestre, constituído de materiais minerais e orgânicos
resultantes das interações dos fatores de formação (clima, organismos vivos,
material de origem e relevo) através do tempo, contendo matéria viva e em
parte modificado pela ação humana, capaz de sustentar as plantas, de reter
água, de armazenar e transformar resíduos e suportar as edificações.”
Através deste conceito TZAPINCO, 1994, nos diz que podemos medir o nosso
nível de responsabilidade com a natureza e com os nossos semelhantes,
cuidando e cultivando com mais responsabilidade o nosso solo, preservando
o ambiente e a fonte de nosso sustento.
Deste modo, vemos que solo e estudado e utilizado como base para
cultivo de plantas a muito tempo, tendo isso ocorrido nos primórdios da
humanidade, sendo isso comprovado por meio de escritos que datam o ano
2500 a.C. que menciona sobre a fertilidade da terra, Heródoto 2000 a.C. e
Teofrasto 3000 a.C. também deixaram registros sobre fertilidade do solo.
Entre os romanos vários escritos foram deixados sobre o tema sendo
condensado por Petrus Crescentuis, em 1240, em um livro intitulado "De
Agriculture Vulgare". No século XVIII apareceu a teoria fisiológica de
Mitscherlich dizendo que o solo era um mero reservatório passivo de nutriente
as plantas, considerando o solo como um objeto estático, só como
sustentáculo das raízes.
No início do século XIX esse conceito foi rejeitado com o aparecimento
da teoria Húmica de A. Von Thaer que dizia serem apenas as substâncias
orgânicas responsáveis pela fertilidade do solo, esta teoria foi abandonada,
mais hoje se sabe que em parte é verdadeira. Com o surgimento da teoria
mineral de Justus Von Liebig, em 1840, foi determinado que as substâncias
minerais do solo é que fazem a alimentação das plantas através da entrada
no metabolismo vegetal. Logo em seguida Humphreey Davy apoiou a teoria
de Liebig reconhecendo a importância da rocha matriz para a fertilidade do
solo, não sabendo explicar como uma rocha poderia formar tipo de solo
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diferentes. Com Carl Sprengel de 1830-1840 apareceram os conceitos de que
o solo é função da influência do clima e dos seres vivos.
Vasilí V. Dokuchaev, em 1887, após observações de solos na Rússia nas
diversas latitudes estabeleceu relação entre o clima e a genesis e a evolução
do solo, falhando no fator clima, onde deu mais ênfase a ele em detrimentos
dos demais fatores, estabelecendo a primeira classificação de solo
denominada de classificação climática, sendo essa definição modificada por
Nikolai M. Sibirtizev, discípulo de Dokuchaev, onde propôs a classificação dos
solos dividida em três zonas climáticas sendo: solos zonais, intrazonais e
azonais. Agora, são estabelecidos o estudo do solo a partir do conhecimento
do perfil. Em 1917, Wiegner definiu o solo como um sistema disperso
obedecendo as leis químicas de dispersão considerando o solo como um corpo
ativo e não mais estático. Marbut estabeleceu em três metros a profundidade
do perfil de um solo, o que determinou contestação por ser a profundidade
variável em diferentes solos. G. Milne, em 1935, efetuando pesquisas nas
colônias inglesas mostrou existir agentes erosivos que atacaram a rocha
produzindo depósitos de materiais estabelecendo também a importância do
relevo na formação do solo.
Assim, a pedologia notabilizou-se como ciência por volta da segunda
metade do século XIX, estudando o solo como um verdadeiro e peculiar corpo
vivo da natureza, e o pedólogo passa a ver o solo como um objeto completo
de estudos básico-aplicados, usando método cientifico de induções e deduções
sucessivas, sendo o solo uma coleção de corpos naturais dinâmicos, que
contem matéria viva, resultante da ação do clima e da biosfera sobre a rocha,
cuja transformações se realiza durante certo tempo e é influenciada pelo tipo
de relevo.
A consideração da pedogênese como sendo o desenvolvimento do solo
permitiu uma tipologia e uma cartografia de solos mais racionais do que
aquela baseada sobre uma razão experimental. Assim, o solo não é mais visto
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como um material, resíduo da transformação de rochas, mas como uma
entidade natural, passando a ser considerado um corpo da natureza,
independente e variável, evoluindo ao longo do tempo sofrendo influência dos
fatores de diferenciação: as rochas, os climas, a topografia, os seres vivos, a
idade do solo. O solo é dotado de historicidade e de geograficidade
(BOULAINE, 1989, p. 5).
Conforme Boulaine (1989), no decênio 1980–1990 a ciência do solo se
depara com um duplo problema onde há a vulgarizar dos conhecimentos
adquiridos em colocar à disposição a todas as possibilidades que existem, de
melhorar consideravelmente o funcionamento dos solos e, em consequência,
a produção agrícola e o controle dos casos, ainda numerosos, onde a
fragilidade do solo como um recurso não renovável, manifestando por meio
de técnicas ancestrais que necessitam ser corrigidas como a erosão,
salinidade, fertilidade, dentre outras por meio de técnicas modernas ainda
mal dominadas.
Assim, a organização da informação sobre solos permitiu a elaboração
de sistemas classificatórios agrupando segundo suas semelhanças,
reconhecendo suas características e suas limitações e servindo de base para
o planejamento de uso da terra, surgindo aqui no Brasil, o Sistema Brasileiro
de Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999, p. 1).
Agora, devido à grande ênfase dada ao estudo do solo para a produção
de alimentos, ela passa quase que integralmente ao âmbito das instituições
de ensino e pesquisa ligadas ao desenvolvimento agrícola. Assim dentre os
diversos conceitos de solo destacamos os seguintes:
1 - O SOLO COMO MEIO PARA O DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS
O conceito vulgar, do solo ser a capa mais superficial do Globo terrestre,
é tão antiga como a própria humanidade. As múltiplas guerras existentes,
desde os tempos idos, sempre visaram à suas conquistas sendo que dele que
retiramos a nossa subsistência e onde construímos nossos lares. Assim,
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podemos ver os diversos conceitos de solo começando por ser um meio para
o desenvolvimento das plantas sendo este conceito o mais antigo de solo,
provavelmente desenvolvido a partir do momento em que a humanidade
passou a cultivar plantas para sua subsistência, marcados por evidências
arqueológicas indicam o início da agricultura há cerca de 7000 anos antes de
Cristo na Mesopotâmia e há 6500 anos depois de Cristo no México, com o
objetivo de produção e alimento alimentos e fibras.
Também podemos conceituar o solo como regolito, compreendendo
como sendo a porção superior da crosta terrestre a litosfera, mais
precisamente a porção superior do regolito (Figura 1). O regolito é o material
solto, constituído de rocha alterada e solo, que ocorre acima da rocha
consolidada. A rocha alterada constitui o material de origem do solo, surgindo
daí a designação do solo conforme a rocha que lhe deu origem como exemplo
temos o solo de granito, solo de basalto, solo de arenito, etc. O solo é
visualizado como sinônimo de regolito ou rocha alterada pela maioria dos
geólogos e engenheiros civis, sendo caracterizado de acordo com sua
adequação ou não para mineração, material de construção ou suporte para
edificações.;
2 - O SOLO COMO REGOLITO
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3 - O SOLO COMO CORPO NATURAL ORGANIZADO
Nesta visão temos o solo como um corpo natural, organizado de tal forma
que o clima e os organismos são fatores ativos que atuam durante
determinando tempo e em certas condições de relevo sobre o material de
origem, que é o fator de resistência, sendo essas características visualizadas
no perfil de solo, que consiste numa seção vertical que se estende da superfície
até uma determinada profundidade do solo. O reconhecimento de que o solo
não é apenas o resultado da alteração das rochas, mas sim o produto das
interações entre a Litosfera, atmosfera, hidrosfera e a biosfera, surgiu no final
do século XIX, através dos estudos do geólogo russo V.V.
Dokuchaev (1846-1903), e pode ser resumido na seguinte equação:
S = f (mo, cl, r, o, t )
Onde podemos definir o solo (S) como sendo a função das interações
entre os fatores ambientais material de origem (mo), clima (cl), relevo (r),
organismos vivos (o), atuando ao longo do tempo (t)" (fig 1 e 2).
Fig 1: fatores de formação do solo
Dentre destes fatores ambientais naturais (mo, cl, r, o) inclui-se a ação
humana como fator antropogênico atuando na alteração, degradação e
construção do solo. Isto significa que qualquer material natural ou artificial,
depositado pela ação humana, como exemplo um aterro, que seja capaz de
suportar o desenvolvimento de plantas, também é considerado como solo.
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Fig 2. solos e os fatores de formação
Assim, a probabilidade de combinação destes fatores ambientais (mo, cl,
r, o) implicam numa grande diversidade de tipos de solos, surgindo a
necessidade de um sistema de classificação, que possibilite sua identificação
no terreno e o mapeamento da sua distribuição geográfica.
Assim, a formação ou gênese do solo é chamada de pedogênese e os
processos de formação do solo são processos pedogenéticos.
O solo sendo considerado como um sistema aberto, coloidal e frágil nos
ajuda a entender os processos que ali ocorrem, compreendendo a
continuidade dos fenômenos, da possibilidade de ganhos e perdas, tanto de
matéria como de energia, da necessidade de atuação com cautela na adição
de insumos e dos ciclos dos elementos químicos num ciclo contínuo
atmosferasolo-hidrosfera. O termo coloidal induz o pensamento da reatividade
físicoquímica dos íons ou moléculas com os coloides orgânicos e inorgânicos
do solo, gerando diferentes possibilidades de formas de nutrientes em se
misturar no solo e sua capacidade para lixiviação, relaciona-se com sua
disponibilidade e fitotoxicidade as plantas.
Assim, considerando o solo como frágil isto se relaciona com a vida do
solo, envolvendo a biociclagem de nutrientes, a síntese de compostos
4 - O SOLO COMO SISTEMA ABERTO
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orgânicos com capacidade de solubilização-quelação de nutrientes, a fixação
biológica de nitrogênio, o armazenamento de nutrientes na biomassa, etc.
Surge assim, o geoecossistema sendo o compartimento terrestre onde
se dão as interações entre o solo, os organismos que nele vivem, o relevo, a
atmosfera, a hidrosfera e a litosfera, não se esquecendo que, um sistema
consiste num todo organizado, formado por um conjunto de componentes
interdependentes que atuam integradamente, de maneira que a alteração de
um componente afeta os demais. Desta forma, os geoecossistemas e solos
são sistemas abertos, sendo o solo um sistema dinâmico, constantemente
perturbado por forças internas e externas (fig. 4).
Fig. 4 - solo como sistema aberto
A geologia, do grego geo, terra e logos, estudo é a ciência que estuda a
crosta terrestre, seus processos internos e externos e sua evolução através do
estudo das rochas, seu mecanismo de formação, as alterações que está
experimentando desde sua origem.É objeto da Geologia são o estudo dos
agentes de formação e transformação das rochas, seja químico, físico e
biológico da composição e disposição das rochas na crosta terrestre. Sobre a
crosta terrestre, visualizando a terra do espaço e um globo azulado e branco
de aspectos variados, dependendo de sua cobertura de nuvens. A importância
de seu conhecimento reside ao interno da Terra possibilitando conhecer melhor
a origem das rochas. Sendo a Terra a um esferoide achatado nos polos e
GEOLOGIA
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dilatado no equador devido ao movimento de rotação, possuem
aproximadamente 6400 km de raio.
A maior parte dos conhecimentos que se tem sobre o interior da Terra
vem da utilização dos meios indiretos (Figura 5), assim, dos 6300 km que
separam a superfície terrestre do seu núcleo, conseguiu-se perfurar pouco
mais que 0,1%, ou seja cerca de 7 km, desta forma as rochas mais profundas
que conhecemos provem de erupções vulcânicas, sem que, no entanto, se
possa afirmar sua exata profundidade. Os bolsões magmáticos donde se
originam as lavas não se encontram a profundidades superiores a 30 km.
Tendo em vista que o estudo do interior da Terra é complexo, devido ao
aumento da temperatura e da pressão com a profundidade, os dados que
permitem conhecer o interior da Terra podem ser obtidos de forma direta,
através de métodos diretos, ou de forma indireta, através de métodos
indiretos. Sobre os estudos, realizados através de método diretos, embora
importantes, fornecem-nos informações que abrangem apenas uma zona
superficial do interior da Terra de uma forma direta, sendo esses métodos os
afloramentos rochosos que existem no interior da Terra surgindo também à
superfície. Os furos E sondagens, sendo um recurso dispendioso que pode
chegar a nos dar informações até aos 12km de profundidade a atingindo vários
quilômetros de profundidade, permitem obter dados de zonas mais profundas
da crosta terrestre, os materiais expelidos pelos vulcões apesar de ocorrer
alterações no magma na sua ascensão, ainda é possível tirar conclusões sobre
a composição químico-mineralógica dos materiais que constituem o interior da
Terra, pode conhecer o interior da Terra até aproximadamente os 200km.
Embora o magma, material que lhe dá origem, existente na astenosfera não
corresponda exatamente ao que se observa nos materiais vulcânicos, os
vulcanólogos podem aferir o que se passa no interior. Por vezes, o material ao
ascender na chaminé vulcânica arrasta consigo porções de rocha arrancadas
na sua passagem que resistiram à fusão, são os xenólitos que nos dão
informações preciosas dos materiais existentes no interior e por ultimo as
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grutas e minas fornecendo dados até aos 4km de profundidade. Em
Driefontein, na África do Sul temos uma mina de ouro com 3300 metros de
profundidade
Fig. 5: métodos diretos
Agora veremos os métodos indiretos de estudo que se afere o que se
passa no interior da Terra. Confinados à observação direta até aos 12km de
profundidade, o restante do interior é conhecido através da Geofísica (ondas
sísmicas, gravimetria, geotermia, geomagnetismo) e da Astronomia (fig. 6).
Fig. 6 – métodos indiretos
Astronomia - partindo-se do princípio que o sistema solar se formou todo ao
mesmo tempo e que teve a sua origem na nébula, é de esperar que todos os
astros do sistema têm composição semelhante. Quando um meteorito embate
na superfície terrestre é analisado a sua composição. Se o material que
constitui o meteorito difere muito da composição da superfície, deduz-se que
o material presente no meteorito vem de uma parte mais interna de um astro
que se fragmentou. Desta forma podemos aferir a composição do interior da
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Terra pela observação de meteoritos. Com o avanço da astronomia, novas
tecnologias estão a dispor do homem. Através dos satélites, sabemos
exatamente a forma da Terra, podemos calcular o perímetro, o volume, etc.
Ondas Sísmicas - A propagação das ondas sísmicas e a sua velocidade
refletem diferentes estados físicos e composição diferente no interior da Terra.
Através da sismologia, determinamos profundidades a que se encontram as
camadas, e o estado físico dos materiais que elas atravessam.
Gravimetria - Qualquer corpo na superfície terrestre é atraído pela força e
atração do interior da Terra. Como a superfície da Terra é irregular a força
gravítica é variável de local para local. Existem anomalias gravimétricas que
nos indicam materiais mais ou menos densos no interior da crosta. Densidade
- A densidade é uma medida que se calcula a partir da relação massa e do
volume. A massa volúmica da Terra é aproximadamente 5,5g/cm3. As rochas
da superfície são menos densas, apresentam uma massa volúmica cerca de
2,8g/cm3. Ora este facto permite-nos aferir que as rochas do interior da Terra
serão muito mais densas no interior.
Geomagnetismo (Paleomagnetismo) - A Terra apresenta um campo
magnético que é da responsabilidade do núcleo (ferro e níquel). As lavas
basálticas que são ricas em ferro (magnetite) quando consolidam os seus
minerais magnéticos cristalizam com a orientação do campo magnético da
Terra na altura da sua formação. Com o estudo do paleomagnetismo têm-se
verificado que o campo magnético da Terra se tem alterado. Atualmente o
campo magnético da Terra está próximo do Polo Norte Geográfico a que se
chama polaridade normal, mas, no passado, já esteve próximo do polo sul
geográfico - polaridade inversa.
Geotermia - Através e métodos diretos conclui-se que há medida que
caminhamos para o interior da Terra de 33 a 34 metros a temperatura
aumenta 1ºC (GRAU GEOTÉRMICO) o que implica que existe um GRADIENTE
GEOTÉRMICO, ou seja, uma variação de temperatura com a profundidade.
22
NATUREZA E PROPRIEDADES DO NÚCLEO
Como sabemos o planeta Terra é subdividido em três principais
camadas a crosta terrestre, o manto e o núcleo (fig. 7). Vamos compreender
cada estrutura desta.
Fig. 7 - Estrutura interna da Terra
O NÚCLEO
O núcleo da Terra e formado por materiais submetidos a elevadas
pressões até pouco tempo, os cientistas acreditavam que a temperatura do
centro da Terra era de 5.000ºC, mas, em 2013, descobriu-se que essa
temperatura é, na verdade, de 6.000ºC, mil a mais do que o estimado. A
análise das ondas sísmicas permite reconhecer no núcleo duas partes com
propriedades distintas sendo a primeira o núcleo interno de composição sólida,
e com raio de cerca de 1.250 km o fato de o núcleo ser sólido deve-se ao fato
de a pressão ser extremamente elevada, algo em torno de três milhões de
vezes maior do que a pressão atmosférica no nível do mar. Alguns
argumentam que o núcleo interno pode estar na forma de um único cristal de
ferro. Já o núcleo líquido deve ser composto de ferro líquido e níquel líquido
(a combinação é chamada NIFE), com traços de outros elementos.
Estima-se que realmente seja líquido, pois não tem capacidade de
transmitir certas ondas sísmicas e que são captadas por um aparelho chamado
de sismógrafo, o mesmo que mede a intensidade dos terremotos. A convecção
23
desse núcleo líquido, associada a agitação causada pelo movimento de rotação
da Terra, seria responsável por fazer aparecer o campo magnético terrestre,
através de um processo conhecido como teoria do dínamo. Evidências
recentes sugerem que o núcleo interno da Terra pode girar mais rápido do que
o restante do planeta, a cerca de 2 graus por ano. Tanto entre a crosta e o
manto como entre o manto e o núcleo existem zonas intermediárias de
separação, as chamadas descontinuidades conhecidas respectivamente de
Mohorovicic e a de Gutenberg (fig 8).
Fig 8 – Camadas da terra e suas descontinuidade
1 - Petrobras - Técnico de Exploração - Geologia-CESGRANRIO - 2011
Informações geofísicas demonstram que existem algumas descontinuidades no
interior da Terra, identificadas por anomalias na velocidade de propagação das
ondas sísmicas, sendo a primeira descontinuidade denominada
Descontinuidade de Mohorovicic, mais comumente chamada de Moho. Essa
descontinuidade está localizada entre o (a) A. núcleo interno e o núcleo
externo.
B. núcleo externo e o manto inferior.
C. manto inferior e o manto transicional.
D. crosta e o manto superior.
E. crosta oceânica e a crosta terrestre.
24
SOLUÇÃO
Conforme falado acima, a descontinuidade de Mohorovicic ocorre entre a
crosta e o manto
Manto ou envoltório intermediário
O manto envolve o núcleo sob a forma de camadas de densidade cada
vez menores em direção a superfície. Situado entre o núcleo e a crosta
terrestre, inicia-se em média, a 35 km de profundidade e estende-se até 2.900
km. A estrutura do manto tem sido igualmente estudada através da
interpretação das ondas derivadas dos abalos sísmicos. O manto compreende
duas partes cujo limite de separação encontra-se a 1000 km de profundidade.
Com o aumento da pressão, o manto superior apresenta grandes mudanças
na composição e na natureza mineralógica. O Manto inferior, por outro lado,
torna-se gradualmente mais denso com a profundidade. O manto superior tem
influência direta e importante sobre a dinâmica da crosta terrestre.
Supostamente nele estão localizadas as células de correntes de convecção,
que fazem com que materiais quentes das grandes profundidades subam em
direção a superfície, espalhando-se lateralmente e retornando,
posteriormente, as profundidades do manto.
No manto superior, entre as profundidades de 50 e 250 km, situa-se
uma região muito quente, onde as rochas se encontram próximas do ponto
de Fusão. Esta região e fraca do ponto de vista mecânico, e constitui a fonte
dos magmas (rochas fundidas moveis) que penetram na crosta terrestre, nas
intrusões, ou extravasam na superfície terrestre através dos vulcões. O manto
superior e formado de rochas densas de coloração escura.
RESPOSTA D
25
A CROSTA
A crosta terrestre e uma camada relativamente fina, com 20 a 30 km de
espessura, em média. Existem dois tipos fundamentais de crosta: continental
e oceânica. Trinta por cento (30%) da crosta terrestre e formada por terras
emersas. A parte emersa e constituída principalmente pela crosta continental,
enquanto que, nos 70% restantes, predomina a crosta oceânica. A crosta
continental e mais espessa do que a oceânica. Sua espessura, em média, e
de 35 a 40 km, podendo, entretanto, atingir de 60 a 70 km debaixo das
grandes cadeias de montanhas. A crosta oceânica possui espessura média de
6 km. Esta, em comparação com a continental, e bem mais simples,
apresentando composição mais uniforme e estrutura disposta em camadas,
enquanto que a composição química - mineralógica da crosta continental e
muito variada e de estrutura complexa.
A camada superior, menos densa, constitui a camada granítico
metamórfica, com abundância de sílica e alumina, donde sua denominação de
crosta siálica ou, simplesmente, referida pela sigla SIAL caracteriza os
continentes. E formada por 92% de rochas ígneas e metamórficas e 8% de
rochas sedimentares. Na região central existe uma zona de fusão. A parte
inferior da crosta terrestre e formada por rochas mais densas ricas em silício
e magnésio, sendo conhecida pela sigla SIMA representando os fundos
oceânicos. A composição exata da camada inferior da crosta e desconhecida.
Supõem-se ser composta de anfibolito, gabro e eclogito (fig 9).
Fig. 9 - divisões da camada da terra (sial e sima)
26
Fig. 10- composição da estrutura da terra
Desta forma, a crosta terrestre e composta de várias partes ou placas
que sobrenadam o manto, Nessa movimentação, existem zonas onde as
placas estão se afastando umas das outras e que são preenchidas por novo
material proveniente do interior do manto. Em determinadas zonas, as placas
colidem produzindo deformações, resultando formação de fossas tectônicas,
dobramento de espessas camadas de sedimentos, falhamentos, formação de
cordilheiras etc. São os denominados movimentos tectônicos.
MINEROLOGIA E A PETROLOGIA
Como víamos acima a terra tem a forma arredondada e é formada de
camadas, a mais externa, chamada litosfera, é a mais importante, porque é
a sede da maior parte dos fenômenos que interessam ao homem. Ela tem
60100 km de espessura e é constituída de 3 tipos de rochas as magmáticas,
sedimentares e metamórficas. A quase totalidade destas rochas são
constituídas de espécies minerais. Como exemplo os granitos que são rochas
magmáticas formados por quartzo, argilas, Magnesita, zirconita, etc. O
mármore que são rochas metamórficas são formados por calcita, dolomita,
etc. Desta forma, a litosfera é formada quase inteiramente de espécies
minerais. Agora, veremos a importância da mineralogia podendo conceituá-la
como sendo uma ciência que estuda as espécies minerais sendo de suma
importância para o estudo da Petrologia, geologia e solos.
27
Os MINERAIS são as unidades constituintes das rochas e são definidos
como sendo sólidos homogêneos, naturais, que apresentam arranjo atômico
ordenado e com composição química definida. Assim, cada espécie mineral se
caracteriza por apresentar quantidades definidas e proporcionais de
determinados elementos químicos. Estes elementos, por sua vez, se arranjam
no espaço de uma maneira organizada e regular, que se constitui no chamado
arranjo cristalino.
O arranjo atômico ordenado e a composição química definida conferem
a um mineral a sua homogeneidade, ou seja, física e quimicamente ele se
constitui em uma única fase, possuindo um conjunto diagnóstico de
propriedades. Assim, a forma, a clivagem e a absorção seletiva da luz, entre
outras, são propriedades físicas dos minerais e refletem a sua estrutura
interna regular, enquanto a dissolução em ácidos reflete a composição química
dos minerais.
As espécies minerais são substâncias naturais provenientes de
processos inorgânicos definidos e apresentando composição da qual participa
um ou mais elementos químicos. As rochas se constituem de um ou da reunião
de dois ou mais minerais apresentando arranjo atômico ordenado e
composição química definida (fig. 11). O número de minerais conhecidos é
muito grande, contudo, poucas são as espécies presentes na maioria das
rochas, particularmente nas rochas ígneas. Os minerais de rochas e aqueles
constituindo o material de formação de solos podem ser divididos em dois
grupos: primários e secundários. Não obstante, é necessário dar ênfase ao
número relativamente pequeno de minerais primários constituintes das rochas
ígneas, através dos quais se originam grupos numerosos de minerais
secundários.
Assim, podemos definir os Mineral primário como sendo o mineral
presente nas rochas magmáticas ou metamórficas, que permanece no perfil
do solo bem desenvolvido por ser resistente ao intemperismo. Estes minerais
28
são, portanto, formados a altas temperaturas e/ou pressão. O Mineral
secundário é o Mineral resultante da decomposição parcial de um outro
mineral, tendo estrutura essencialmente herdada ou formado a partir da
solubilização de outros minerais. Os minerais secundários podem ser
formados a partir da solubilização dos minerais primários, durante o processo
do intemperismo destes, as mais baixas temperaturas. Entre os minerais
primários deve ser ressaltada a importância dos silicatos, por constituírem o
maior número das espécies presentes em rochas ígneas e na maioria dos
solos.
Fig 11: uma rocha e sua composição
Esta parte deve ser estudada e revisada, nada deve ser
negligenciada pelo concursando, observe uma questão
cobrada pela CESPE UNB, no edital da FUB aplicada em
2016. O estudo dos minerais e intemperismo deve ser
profundo, caso contrário corre se o risco de perder uma
questão na hora da prova.
Vamos exercitar!!!
2 - Engenheiro Agrônomo – FUB – CESPE - 2016
Julgue os itens a seguir, relativos à gênese, à morfologia e à classificação dos solos.
A reação de hidrólise no intemperismo químico auxilia a transformação de
minerais primários em secundários, sendo a densidade dos secundários maior que a dos primários.
29
CERTO
ERRADO
SOLUÇÃO
Essa questão tem o intuito de alertar o estudante a não desprezar nem
uma parte do edital, veremos intemperismo na aula 01, como foi dito acima os
minerais mostram resistências diferentes intemperismo. Uns se transformam
mais rapidamente, outros são mais resistentes. Os minerais que sofrem
intemperismo químico dão origem a novos minerais que são os minerais
secundários que são mais estáveis ao novo ambiente ou dão origem a solutos
que podem ser precipitados no local ou distante da área fonte. Já os minerais
primários que sofrem mais a ação do intemperismo físico e resistem ao
intemperismo químico, dão origem a partículas de vários tamanhos conhecidos
como resistatos. Assim a reação de hidratação que é a adição de moléculas
de água na rocha ou no mineral através da atração entre os dipolos das
moléculas de água e as cargas elétricas não neutralizadas das superfícies
transforma em um novo mineral. Assim, o nome correto do processo e
hidratação e não hidrolise.
QUESTÃO ERRADA
PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS
Densidade (d): É o número que expressa a razão entre o peso do mineral e
o peso de um mesmo volume de água, indicando quantas vezes um certo
volume do mineral é mais pesado que o mesmo volume de água. A densidade
depende principalmente da composição química do mineral em questão.
Dureza (D): é a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao risco
feito com uma ponta aguda, caso o mineral tenha baixa dureza o sulco do
30
risco poderá ser profundo e bem nítido, caso a dureza seja maior a ponta
aguda, o sulco será fino e pouco profundo.
Essa Propriedade está diretamente ligada à estrutura do cristal,
aumentando com a densidade de empacotamento dos íons como exemplo
temos o diamante, ou aumenta com a diminuição do tamanho dos íons –
calcita (3) e magnesita (4,5). A dureza é uma propriedade física muito útil na
identificação de minerais. A determinação da dureza é feita qualitativamente
utilizando instrumentos simples como um canivete ou um prego, ou usando-
se a Escala de Mohs, sendo essa uma coleção de dez minerais de referência,
comuns, constituindo em uma escala numérica arbitrária para a comparação
da dureza relativa entre os minerais (fig. 12).
DUREZA
Talco 1
Gipsita 2
Calcita 3
Fluorita 4
Apatita 5
Ortoclásio ( K feldspato) 6
Quartzo 7
Topázio, berilo, turmalina 8
Coríndon (rubi,safira) 9
diamante 10
(a D real é 42.4)
Fig 12: Escala de Mohs
A lâmina de aço de um canivete e o vidro riscam minerais com dureza
até 5, inclusive. A unha risca minerais de du
reza ≤ 2.
Vamos exercitar!
31
3 - Geólogo - IBGE – CESGRANRIO - 2010
De acordo com a Escala de Mohs, qual o mineral de maior dureza?
(A) Gipsita
(B) Talco
(C) Fluorita
(D) Calcita
(E) Ortoclásio
SOLUÇÃO
Utilizando a escala de Mohs temos assim a dureza dos minerais em ordem
crescente
Talco D – 1
Gipsita D - 2
Calcita D – 3
Fluorita D - 4
Ortoclásio D – 6
32
RESPOSTA E
HÁBITO: O formato com que o mineral é encontrado pode ser útil na sua
identificação e algumas vezes até diagnóstico. Está relacionado ao sistema de
cristalização ou ausência de cristalização em materiais amorfos é a
configuração externa do mineral (forma) ou do conjunto de indivíduos da
mesma espécie mineral (agregado). Alguns minerais apresentam formas e
agregados muito característicos tais como as micas (lâminas), a pirita (cubos),
os asbestos (forma capilar, agregado fibroso), etc.
Para que um mineral desenvolva faces, são necessárias algumas condições,
como por exemplo, tempo e espaço para crescer. Isso explica porque os
minerais nas rochas normalmente apresentem formas irregulares e raras faces
planas.
Clivagem: Quando um mineral se rompe ao longo de planos de fraqueza
quando aplicada uma força adequada. Pode ocorrer segundo uma ou várias
direções e gerar superfícies de qualidade variável (mais, ou menos lisas).
Destacam-se a clivagem excelente em uma direção da muscovita (mica
branca), a clivagem perfeita em três direções não ortogonais da calcita, a
clivagem boa em duas direções e má em uma direção dos feldspatos.
Denomina-se fratura é a maneira de como o mineral se quebra quando
não apresenta planos de clivagem. Vidros e substâncias amorfas apresentam
fraturas. Alguns minerais têm fraturas muito características, como é o caso
da fratura conchoidal do quartzo. Assim, podemos dividir fratura em:
Fratura irregular: muitos minerais apresentam, não sendo uma propriedade
diagnóstica. Ex. turmalina.
Fratura conchoidal: consiste em superfícies lisas e côncavas, semelhantes ao
interior de uma concha. Ex. quartzo, opala, calcedônia, obsidiana.
Fratura denteada ou serrilhada: metais nativos (ouro, prata, cobre).
33
Faces de clivagem são diferenciadas de faces de crescimento por se
repetirem várias vezes no espécime mineral, e por se apresentarem em geral
mais lisas e brilhantes.
Cor e Brilho: Estas duas propriedades estão relacionadas à absorção e/ou
reflexão da luz pelos minerais. A cor resulta da absorção seletiva de
comprimentos de onda da luz branca pelos minerais. Normalmente a cor é
variável para uma mesma espécie mineral. A cor variável, em alguns casos,
dá origem a variedades do mineral, tais como as variedades azul (azurita) e
amarelo (pirita) do crocoida (vermelha) (fig. 13 )
Azurita
Pirita
Crocoita
Fig 13 –cor dos minerais
O brilho está relacionado com a quantidade de luz que o mineral reflete.
O brilho é determinado de forma descritiva, caracterizando-se dois grupos
principais: os minerais que apresentam brilho metálico, e aqueles que não o
apresentam brilho, considerados como não metálico, sendo que neste
segundo grupo, que engloba a maior parte dos minerais, o brilho é descrito
34
por analogia a substâncias comuns: vítreo (do vidro), adamantino (do
diamante), resinoso, sedoso, gorduroso ou graxo, nacarado (da pérola),
ceroso, terroso, etc.
Agora podemos identificar também a cor do traço, sendo a cor do pó do
mineral quando riscado numa placa de porcelana (fig. 14).
Fig 14 –mineral sendo riscado em pedaço de porcelana
Desta forma, é muito característico em algumas espécies minerais, por
exemplo os óxidos hematita (avermelhado), goethita (amarelado) e magnetita
(preto). O traço é determinado utilizando-se a parte fosca de uma placa de
porcelana branca, sobre a qual fricciona-se o mineral e observa-se a cor do
pó que representa o traço na porcelena. É importante observar que a
porcelana tem dureza 6, assim, não se determina os traços de minerais com
dureza acima de 6.3
VAMOS EXERCITAR!!!
3
As propriedades físicas dos minerais resultam da sua composição química e
das suas características estruturais. Associe as propriedades físicas dos
minerais apresentadas na 1a coluna com a respectiva característica indicada
na 2a coluna.
35
I - Cor
II - Clivagem
III - Fratura
IV - Dureza
V - Densidade
P - Mais diretamente relacionada à proximidade de átomos em um mineral
Q - Relacionada à presença de íons metálicos, fenômenos de transferência
de carga e aos efeitos da radiação ionizante
R - Relacionada à resistência dos minerais à abrasão
S - Relacionada a planos de fraqueza entre átomos em um mineral
Estão corretas as associações
(A) I – P , II – R , III – Q , IV – S.
(B) I – P , II – Q , III – S , IV – R.
(C) I – Q , II – S , IV – R , V – P.
(D) II – S , III – Q , IV – R , V – P.
(E) II – R , III – P , IV – S , V – Q.
SOLUÇÃO
Vamos ver qual e o significa cada propriedade destas e fazer sua correlação:
Cor – Esta propriedade estão relacionadas à absorção e/ou reflexão da luz
pelos minerais. A maior parte dos mecanismos que produzem cor são produtos
da interação de ondas luminosas com elétrons. ( Q - Relacionada à presença
de íons metálicos, fenômenos de transferência de carga e aos efeitos da
radiação ionizante )
Clivagem - é a propriedade que alguns minerais apresentam de se partir
segundo superfícies planas e paralelas. (Relacionada a planos de fraqueza
entre átomos em um mineral)
Fratura - à maneira irregular de um mineral se quebrar.
36
Dureza - é a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao risco feito
com uma ponta aguda.(R - Relacionada à resistência dos minerais à abrasão)
Densidade - é a relação entre o peso do mineral e o peso de um mesmo
volume de água destilada à 4°C A densidade relativa é característica para cada
mineral, e depende basicamente de dois fatores: os elementos químicos que
constituem o mineral e a maneira como estes elementos estão arranjados
dentro da estrutura cristalina.. (P - Mais diretamente relacionada à
proximidade de átomos em um mineral).
Nossa resposta e a letra:
RESPOSTA C
Relação da estrutura mineral com o intemperismo e
Índice de intemperismo
É sabido que a susceptibilidade de um mineral ao intemperismo, em
igualdade de condições físicas, é função de sua estrutura atômica. Assim, os
minerais do solo podem ser agrupados em ordem de estabilidade ou de
susceptibilidade à intemperização. Dessa maneira, é proposto um modelo para
determinar o grau de intemperização de um solo, para prever a reserva
natural de nutrientes dos solos, para obter informações generalizadas a
respeito das propriedades do solo (tais como, propriedades físicas e químicas,
em função do tipo de argilo-minerais), para avaliar os efeitos das diversas
condições ambientais na formação do solo e prever o efeito e contribuição dos
minerais presentes no material inicial do solo. Como há uma grande diferença
na superfície específica e consequente reatividade dos minerais separa-se as
partículas minerais do solo em duas classes de tamanho: a) areia-silte e b)
argila. A sequência de estabilidade para fração argila será tratada no assunto
referente à argila. Goldich (1938) ordenou vários minerais em ordem
decrescente de suas velocidades de intemperização, (figura 2.3). Esse arranjo
de estabilidade de Goldich indica que os minerais das rochas ígneas formadas
37
por último, são mais estáveis nas temperaturas ordinárias do que os minerais
formados em estágio precoce de cristalização. A sequência de GOLDICH é a
mesma encontrada nas séries de reações de BOWEN.
Na série descontínua ou ferro magnesiana (Figura 2.3.), que vai desde
a olivina até as micas biotita e muscovita, verifica-se um aumento de ligação
dos tetraedros de silício dos minerais, com um consequente aumento da
estabilidade (de cima para baixo). Assim, temos o grupo da olivina
(Mg,Fe)2SiO4, menos estável, por ser formado de tetraedros isolados
(nesossilicatos). No quartzo (SiO2), todos os átomos de oxigênios são
compartilhados com mais de um silício, formando uma ligação tetraédrica
complexa (tectossilicatos), sendo, portanto o mineral mais estável. Verificase
também uma diminuição no conteúdo de bases facilmente hidrolisáveis do
topo à base.
Na série contínua ou dos plagioclásios (Fig. 15) que vai desde os
plagioclásios cálcicos até os plagioclásios sódicos e potássicos, a diminuição
da estabilidade dos minerais se deve a um decréscimo no número de
tetraedros de alumina, do topo à base. Por isso, o ortoclásio ou feldspato-K
(KAlSi3O8) é mais estável que o plagioclásio (CaAl2Si2O8).
Fig. 15 – sequência de intemperização dos minerais, serie de
Bowen
38
Outros fatores, além do grau de união e o número de
tetraedros de alumina, que parecem afetar a estabilidade dos
minerais são os seguintes: 1º - A presença de ferro ferroso
ou outros cátions que podem se oxidar durante o
intemperismo, reduz muito a estabilidade estrutural, pois ao
oxidarse, algum cátion deve abandonar a estrutura para
manter a neutralidade eletrostática do arranjo cristalino. Na
realidade, a presença de Fe2+ nos minerais é um dos fatores
mais importantes que contribuem para a sua instabilidade
frente ao intemperismo.
2º - Quanto mais intimamente estão agrupados os oxigênios ao redor do
cátion, em posições que não sejam as tetraedrais, isto é, quanto menor for o
volume ocupado pelos íons, mais estável é o mineral.
O contraste de resistência entre a olivina e a zirconita é um exemplo
mais surpreendente do efeito de compacto da agrupação. Assim, a olivina, um
dos minerais menos resistentes, tem uma cela unitária com um volume de
291 Å, ao passo que a zirconita, um dos minerais mais resistentes, tem uma
cela unitária que contém o mesmo número de oxigênio que a olivina, mas
ocupa um volume de somente 231 Å.
3º - O fato de que há espaços vazios em certas partes da estrutura está
intimamente relacionado com o compacto de agrupação. Os espaços vazios
não somente reduzem as forças eletrostáticas que mantêm a estrutura unida,
como também servem de ponto de entrada e saída ao interior de uma
partícula de cristal, portanto, servem para acelerar as reações. De acordo com
HURT (1971), a alterabilidade dos minerais pode sintetizar-se nos seguintes
grupos:
a) ultraestáveis: rutilo, zirconita, turmalina;
b) estáveis: leucoxeno, muscovita, clorita, hematita (não estável em
condições de redução);
c) semiestáveis: apatita, monazita, estaurolita, silimanita, cianita, grupo de
epidoto;
39
d) não estáveis: biotita, magnetita, (instável em baixas condições oxidantes),
ilmenita, hornblenda, augita, olivina. Barshad (1959) utiliza minerais
específicos na avaliação do grau intempérico de um solo em relação com
sua gênese.
Os minerais também são classificados em essenciais e acessórios. Os
essenciais, dispostos na Série de Bowen (Figura 15), são aqueles cuja
presença e teor são importantes para a classificação das rochas. Os acessórios
são aqueles que, ocasionalmente, podem estar presentes nas rochas. Os
minerais primários presentes nos solos são habitualmente estudados pela
Série de Bowen.
CONSTITUIÇÃO MINERALÓGICA DA LITOSFERA
A análise química das principais rochas existentes na litosfera e o
cálculo aproximado das proporções em que elas ocorrem, permitem o
conhecimento da sua composição química média (tabela 1).
Assim, estes oito elementos (O, Si, Al, Fe, Ca, Na, k e Mg) combinamse
entre si, formando os minerais das rochas mais comuns, e o mais importante
deles e a do silício com o oxigênio dando origem ao grupo dos silicatos. O
mais abundante deles e o feldspato, formando 60% dos minerais da crosta.
Quando a combinação e feita com Al e K, tem o nome de ortoclasio mineral
característico dos granitos. Quando Na, Ca e Al se combinam com o radical
40
SiO2, o mineral e denominado plagioclásio, ocorrendo principalmente nos
basaltos. Não havendo elemento algum se combinar com SiO2, este e
cristalizado com o quartzo, mineral mais frequente nas rochas sedimentares,
ocorrendo na proporção de 12% na crosta terrestre. Juntamente com o
ortoclasio mais uma pequena porcentagem de mica, o quartzo forma as rochas
graníticas, as mais abundantes do SIAL. Os minerais citados ricos em silício e
alumínio são denominados sálicos.
Se a combinação der com o magnésio e ferro, as vezes acompanhado
de cálcio, tais silicatos recebem a designação de máficos, ocorrendo mais
comumente nas rochas basálticas, associados aos plagioclasios. Constitui o
grupo dos anfibólios e piroxênios, formando 16% dos minerais. A variedade
preta de mica, a biotita, enquadra-se entre as maficos por sua riqueza em Fe
e Mg, responsaveis pela coloração; a mica clara, chamada moscovita (silicato
de alumínio e potássio), e um mineral sálico.
VAMOS EXERCITAR!!!
4 - Técnico em Exploração– Geologia - PETROBRAS - CESGRANRIO - 2010
A maioria dos minerais de minério pertencem aos grupos dos:
(A) silicatos e carbonatos.
(B) sulfatos e elementos.
(C) elementos e óxidos.
(D) sulfatos e carbonatos.
(E) sulfetos e óxidos.
SOLUÇÃO
Os oito elementos principais (O, Si, Al, Fe..) combinam-se entre si,
formando os minerais das rochas mais comuns, sendo que a combinação mais
importante e a do silício com o oxigênio que dá origem ao grupo dos silicatos.
41
Sendo o mais abundante é o feldspato, que forma 60% dos minerais da
crosta. Existem dois grupos de minerais que possuem grande importância no
contexto agronômico como constituintes de rochas e de solos: grupos dos
silicatos e grupo dos óxidos e hidróxidos. Os minerais mais importantes
encontrados na natureza são os óxidos de ferro e titânio. Os principais
minerais constituintes de rochas e, portanto, significativos como material de
origem de solos, pertencem ao grupo dos silicatos, Rochas comuns,
extremamente abundantes e disseminadas, como granitos, diabásios,
basaltos, arenitos, quartzitos, gnaisses e outras são quase inteiramente
constituídos de silicatos.
RESPOSTA C
COMPOSIÇÃO DA ROCHA
A rocha pode ser definida simplesmente como um agregado de um ou
mais minerais. O termo agregado significa que os minerais se apresentam
misturados mas mantendo as suas propriedades individuais.
As rochas podem ser identificadas pelo tipo de mineral que as integra:
Mineral essencial: o mineral caracteriza um tipo de rocha, como por
exemplo, o granito que é constituído pelo quartzo, micas e feldspatos;
Minerais acessórios: revelam condições especiais de cristalização;
Minerais secundários: aparecem na rocha depois de sua formação, ou
seja, são formados da alteração de outros minerais
Assim, existem dois grupos de minerais que possuem grande
importância no contexto agronômico como constituintes de rochas e de solos:
grupos dos silicatos, grupo dos óxidos e hidróxidos.Desta forma, os minerais
divide-se em dois grandes grupos sendo os minerais silicatados e os não-
silicatados. Os minerais silicatados, representado pelo elemento silício, está
42
presente em 93% dos minerais que constituem as rochas. Os minerais não
silicatados não têm o silício como seu constituinte, representando
aproximadamente, 7% dos minerais da crosta terrestre, uma presença
bastante reduzida, sendo pouca a sua relevância no grupo dos silicatos na
constituição das rochas
Minerais mais Comuns das Rochas:
1. Quartzo 6. Zircão 11. Topázio 16. Amianto
2. Feldspatos 7. Magnetita 12. Calcita 17. Talco
3. Micas 8. Hematita 13. Dolomita 18. Zeólitas
4. Anfibólios 9. Pirita 14. Caolim 19. Fluorita
5. Piroxênios 10. Turmalina 15. Clorita
ESTRUTURA DOS SILICATOS
Veremos agora, alguns minerais de importância no estudo dos solos,
tanto sob o ponto de vista da gênese quanto do seu emprego como
fertilizantes e corretivos; os quais denominaremos o grupo dos silicatos e
aluminossilicatos de Fe, MG, Ca, Na e K, que pela ação do intemperismo dão
origem aos solos, tornando-se assim elementos importantes ao nosso estudo.
Na realidade, todos os cátions que aparecem na Tabela 1, e muitos outros
cátions presentes em quantidades menores na crosta terrestre, existem
ROCHA
MINERAIS PRIMÁRIOS
Minerais que formam as rochas, grupo dos silicatos
Grupo dos Feldspatos - 60 % Grupo do Quartzo - 12 %
Grupo dos Piroxênios e Anfibólios 17 %
Grupo das Micas 4%
MINERAIS ACESSORIOS
São os não silicatos pouca predominância na constituição
das rochas
representam apenas 7%
43
também em algumas espécies de silicatos. Os cátions que se encontram em
um determinado silicato dependem em grande parte da estrutura atômica do
mineral. Similarmente, a susceptibilidade do mineral à intemperização serão
também em função da estrutura atômica. Desta forma a base de sustentação
dos silicatos é o tetraedro de silício – (SiO4)-4 (fig. 2).
Fig. 18 - Um tetraedro isolado
A estrutura real que se forma dependerá da maneira como estas
unidades estão ligadas entre si. Os tetraedros de SiO4 podem existir como
unidades independentes estão unidos por cátions, ou os quatro oxigênios
podem estar ligados com outros íons silício para formar cadeias, anéis ou
estruturas reticulares. Assim, podemos dividir os silicatos conforme a fig. 18
44
Fig. 18
– divisão dos silicatos
NESOSSILICATOS:
Os Nesossilicatos são silicatos formados por simples tetraedros de sílica,
que estão isolados em um empacotamento denso, dependente do tamanho
do(s) cátion(s) intersticiais. A relação de Si:O é de 1:4 e por conta deste
empacotamento denso, os minerais desta classe geralmente obtêm alta
dureza e densidade. Os principais grupos que constituem os nesossilicatos
são: Grupo da Fenaquita, Olivina é o mais comum destes minerais tendo por
fórmula (Mg, Fe)2 SiO4, da Granada, Zircão, Aluminossilicatos e da Humita.
(Klein & Dutrow, 2008 Manual of Mineral Science).
SOROSSILICATOS
SILICATOS
NESOSSILICATOS
SOROSSILICATOS
CICLOSSILICATOS
INOSSILICATOS
FILOSSILICATOS
TECTOSSILICATOS
45
Esta classe caracteriza-se pelos grupos tetraédricos duplos, isolados,
onde dois tetraedros SiO4 são unidos por um dos oxigênio comum a dois
tetraedros. A razão entre silício e oxigênio resultante é de 2:7. São conhecidos
mais de 70 minerais deste grupo, raros na maioria. Há dois grupos principais
dos sorossilicatos, o grupo do epidoto e da vesuvianita.
CICLOSSILICATOS
Nos ciclossilicatos os tetraedros de sílica estão agrupados em forma de
anéis, com uma proporção de silício e oxigênio de 1:3. Os principais minerais
desta classe são berilo, turmalina e cordierita.
INOSSILICATOS
Nos Inossilicatos, os tetraedros de sílica estão agrupados em cadeias, que
podem estar isoladas, com uma relação de Si:O de 1:3, ou unidas lado a lado
com uma relação de Si:O de 4:11. Dois importantes grupos formadores de
rochas dos inossilicatos são os piroxênios de cadeia simples e as anfíbolas de
cadeias duplas. As propriedades físicas, como cor brilho e dureza, são
semelhantes entre esses dois grupos, assim como os cátions presentes são os
mesmos. Além das diferenças estruturais, nas anfíbolas há a presença de
hidroxila em sua estrutura, o que caracteriza esse mineral com uma densidade
e índices de refração menores em relação com os piroxênios. (Klein & Dutrow,
2008 Manual of Mineral Science).
FILOSSILICATO
Os filossilicatos tem como principal características a clivagem bem
evidente, hábito em placa ou lamelar, baixa dureza e densidade, e podem
46
apresentar flexibilidade ou elasticidade nas lamelas clivadas. A estruturação
dos tetraedros de sílica é muito parecida com folhas, que compartilham três
dos quatro átomos de oxigênio (O) com tetraedros vizinhos, por isso o nome
filossilicato, significando silicatos “em folha”. A relação de sílicio:oxigênio (
Si:O) sendo de 2:5, com a incorporação de hidroxilas no retículo cristalino. Os
principais grupos desta classe mineral são: As micas, os Argilominerais, grupo
da Serpentina e da Clorita. (Klein & Dutrow, 2008 Manual of Mineral Science)
TECTOSSILICATOS
Os Tectossilicatos correspondem as espécies minerais mais abundantes
na litosfera da qual constituem cerca de 75%, ocorrendo praticamente todas
as rochas e em todos os solos. Os tetraedros de sílica estão agrupados de
modo a compartilhar todos os quatro oxigênio (O), com tetraedros vizinhos,
com uma relação sílicio:oxigênio (Si:O) de 1:2, formando assim, silicatos em
rede. Os minerais desse grupo são classificados de acordo com a intensidade
de substituição de Si por Al e de acordo com o cátion existente para o equilíbrio
do excesso de carga negativa. Assim são quatro os principais grupos dos
tectossilicatos:, quartzo (SiO2), os Feldspatos, fedspatóides e zeólitas.
Quartzo
O quartzo (SiO2), é a variedade cristalina da sílica, cristalizando-se em
várias formas polimórficas ou seja, a mesma substância química que existe
sob duas ou mais formas fisicamente distintas. O quartzo é um dos minerais
mais abundantes da crosta terrestre, sendo constituinte principal de muitas
rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares. Sua importância agrícola
não se deve a sua qualidade como fornecedor de nutriente as plantas e sim
como constituinte dos solos, resistindo ao intemperismo ou alterações nas
condições normais dos solos, sendo encontrado principalmente nas frações
47
mais grosseiras dos solos. Seus cristais individualmente são prismáticos, sua
dureza é elevada e sua densidade é de 2,65.
Feldspatos
O feldspato originado do alemão feld = campo + spath = pedra
referindo-se a um grupo de minerais de aluminossilicato do tipo AB4O8 ( A=Ca,
Na, K e B=Al, Si), com uma relação de sílicio:oxigênio (Si:Al), variando de 3:
1 a 1 : 1, Os feldspatos apresentam uma boa clivagem e as suas cores são
geralmente é constante, servindo como um bom critério para indicação do tipo
de mineral existente. Quimicamente os feldspatos se dividem em três grupos:
"feldspatos potássios, feldspatos calcossódicos (plagioclásios) e feldspatos
báricos que são de ocorrência rara (fig.19).
fig. 19 - divisão dos feldspatos
Os feldspatos potássicos e os plagioclásios são muito comuns em rochas
magmáticas, sendo também frequente em rochas sedimentares e
metamórficas. São fonte primária de potássio (K) e cálcio (Ca) para plantas e
organismos do solo, por isso e importante considerar sua presença no solo ao
avaliar a fertilidade natural dos solos.
FED
SPA
TOS
POTÁSSICOSOrtoclásio
Microclina AISi3O8
CALCOSSÓDICOS
FELDSPATOS
Albita - NaAISi3O8
Oligoclásio
Andesina
Labradorita
Anortita - CaAI2Si2O8
Bytownita
BÁRICOS
Hialofana -(K, Na, Ba)AI2Si2O8
Celsiana - BaAI2Si2O8
48
A Figura 20 temos uma figura representando os campos de estabilidade
dos diferentes tipos de feldspatos.
Figura 20. Campos de estabilidade dos diferentes tipos de feldspatos. Área em
cinza: não tem presença de feldspato; área em azul: feldspato estável em baixas
temperaturas; área em rósea: feldspato estável em altas temperaturas. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b0/ Feldspar_stability.jpg.
Feldspatóides
Os feldspatóides possuem teor de silício mais baixo que o dos feldspatos
30 a 40 % sendo que a substituição de silício (Si) por alumínio (Al) maior,
formando ambientes pobres em silício e ricos em íons alcalinos. A nefelina é
mais comum nesse grupo, caracterizada pela composição (Na, K)AISiO4. Está
associada normalmente às rochas alcalinas, sendo comum em fonolitos,
sienitos e alguns basaltos. A leucita (KAISi2O6) é um feldspatóide rico em
potássio. A sodalita (Na4(AISiO4)3CI) é rica em sódio e cloro. Geralmente, este
grupo é pouco estável e muito sujeito à alteração por intemperismo.
Zeólitas
49
Constitui uma grande família de alumino-silicatos hidratados de metais
alcalinos e alcalino-terrosos com uma rede de ânions tridimensional
infinitamente alargada e com relação atômica O:Al+Si+2. As espécies
apresentam marcantes semelhanças quanto às composições químicas e modo
de ocorrência, possuem dureza entre 3,5 e 5,5 e densidade relativa entre 2 e
2,4.
Uma outra propriedade importante das zeólitas é a troca de
base ou a troca de cátions, que ocorre quando passa uma solução
aquosa através dos canais; nesse processo os íons em solução podem
ser trocados por íons da estrutura.
VAMOS EXERCITAR!!!
12 PCDF - Geologia - FUNIVERSA - 2012
Feldspatos correspondem a silicatos de alumínio que contêm átomos de
potássio, sódio, cálcio e magnésio. A série de feldspatos pode ser
representada por um diagrama triangular. Com relação a esse mineral,
assinale a alternativa correta.
a) Ortoclásio, albita e anortita são os minerais que ocupam os vértices do
triângulo.
b) Ortoclásio é um exemplo de feldspato cálcico.
c) Anortita é um exemplo de feldspato potássico.
d) Plagioclásios referem-se a uma série de feldspatos sodicopotássicos.
e) Feldspatos cristalizam-se em um sistema único, o monoclínico.
SOLUÇÃO
Podemos ir direto para a resposta que e a letra realmente eles ocupam o
vértice do triangulo, conforme a figura 4, com relação a letra e os fedspatos
não se cristalizam em uma única estrutura por exemplo A sanidina e o
ortoclásio são monoclínicos; o feldspato plagioclásio é triclínico.
RESPOSTA A
50
Agora vamos classificar as rochas, segundo a origem, em três grupos:
Magmáticas
sedimentares
metamórficas
As primeiras são as mais importantes, constituindo 95% do volume de
toda a crosta. No entanto, as sedimentares ocupam maior área, ou sejam,
75% da superfície terrestre. As metamórficas se enquadram entre as
sedimentares, pois, na maior parte, são derivadas de antigos sedimentos. Já
se fez menção da diferença entre a constituição da crosta terrestre nas regiões
continentais e oceânicas. Naquelas, predominam as rochas da família dos
granitos; nos fundos oceânicos, as rochas basálticas.
Das rochas continentais graníticas, a maioria e formada em
profundidade, em corpos denominados batólitos, caracterizados pelas
grandes dimensões (centenas de quilômetros quadrados). São relativamente
raras as rochas de composição graníticas formadas em superfície, sob a forma
de lava. Por outro lado, considerando-se as rochas de composição basáltica,
verifica-se o contrário: são raras as formadas em profundidade, sendo as de
origem vulcânica as mais comuns. Sabendo-se que o sima, de constituição
basáltica, forma o assoalho dos oceanos, e que os blocos continentais sialicos
(graníticos) flutuam nesse substrato, admite-se que as rochas graníticas
tenham origem nas basálticas. Por um processo multimilenário de separação
gravitativa dos minerais ferromagnesianos mais densos, que afundariam,
deixando por cima um resíduo silicoso mais leve, formar-se-iam as rochas
graníticas após a consolidação.
Vamos dar uma pausa aqui, na próxima aula falaremos mais sobre
estes processos e entraremos em intemperismo e gêneses e morfologia do
solo. Àte lá
51
QUESTÕES COMENTADAS
1 - Petrobras - Técnico de Exploração - Geologia-CESGRANRIO - 2011
Informações geofísicas demonstram que existem algumas descontinuidades
no interior da Terra, identificadas por anomalias na velocidade de propagação
das ondas sísmicas, sendo a primeira descontinuidade denominada
Descontinuidade de Mohorovicic, mais comumente chamada de Moho. Essa
descontinuidade está localizada entre o (a) A. núcleo interno e o núcleo
externo.
A - núcleo externo e o manto inferior.
B - manto inferior e o manto transicional.
C - crosta e o manto superior.
D - crosta oceânica e a crosta terrestre.
SOLUÇÃO
Conforme falado acima, a descontinuidade de Mohorovicic ocorre entre a
crosta e o manto
QUESTÃO D
2 - Engenheiro Agrônomo – FUB – CESPE - 2016
Julgue os itens a seguir, relativos à gênese, à morfologia e à classificação dos solos.
A reação de hidrólise no intemperismo químico auxilia a transformação de
minerais primários em secundários, sendo a densidade dos secundários maior que a dos primários.
CERTO
52
ERRADO
SOLUÇÃO
Essa questão tem o intuito de alertar o estudante a não desprezar nem
uma parte do edital, veremos intemperismo na aula 01, como foi dito acima
os minerais mostram resistências diferentes intemperismo. Uns se
transformam mais rapidamente, outros são mais resistentes. Os minerais que
sofrem intemperismo químico dão origem a novos minerais que são os
minerais secundários que são mais estáveis ao novo ambiente ou dão origem
a solutos que podem ser precipitados no local ou distante da área fonte. Já os
minerais primários que sofrem mais a ação do intemperismo físico e resistem
ao intemperismo químico, dão origem a partículas de vários tamanhos
conhecidos como resistatos. Assim a reação de hidratação que é a adição de
moléculas de água na rocha ou no mineral através da atração entre os dipolos
das moléculas de água e as cargas elétricas não neutralizadas das superfícies
transforma em um novo mineral. Assim, o nome correto do processo e
hidratação e não hidrolise.
QUESTÃO ERRADA
3 - Geólogo - IBGE – CESGRANRIO - 2010
De acordo com a Escala de Mohs, qual o mineral de maior dureza?
(A) Gipsita
(B) Talco
(F) Fluorita
(G) Calcita
(H) Ortoclásio
53
SOLUÇÃO
Utilizando a escala de Mohs temos assim a dureza dos minerais em ordem
crescente
Talco D – 1
Gipsita D - 2
Calcita D – 3
Fluorita D - 4
Ortoclásio D – 6
RESPOSTA E
4 - Técnico em Exploração– Geologia - PETROBRAS - CESGRANRIO - 2010
As propriedades físicas dos minerais resultam da sua composição química e
das suas características estruturais. Associe as propriedades físicas dos
minerais apresentadas na 1a coluna com a respectiva característica indicada
na 2a coluna.
VI - Cor
VII - Clivagem
VIII - Fratura
IX - Dureza
54
X - Densidade
P - Mais diretamente relacionada à proximidade de átomos em um mineral
Q - Relacionada à presença de íons metálicos, fenômenos de transferência
de carga e aos efeitos da radiação ionizante
R - Relacionada à resistência dos minerais à abrasão
S - Relacionada a planos de fraqueza entre átomos em um mineral
Estão corretas as associações
(F) I – P , II – R , III – Q , IV – S.
(G) I – P , II – Q , III – S , IV – R.
(H) I – Q , II – S , IV – R , V – P.
(I) II – S , III – Q , IV – R , V – P.
(J) II – R , III – P , IV – S , V – Q.
SOLUÇÃO
Vamos ver qual e o significa cada propriedade destas e fazer sua correlação:
Cor – Esta propriedade estão relacionadas à absorção e/ou reflexão da luz
pelos minerais. A maior parte dos mecanismos que produzem cor são produtos
da interação de ondas luminosas com elétrons. ( Q - Relacionada à presença
de íons metálicos, fenômenos de transferência de carga e aos efeitos da
radiação ionizante )
Clivagem - é a propriedade que alguns minerais apresentam de se partir
segundo superfícies planas e paralelas. (Relacionada a planos de fraqueza
entre átomos em um mineral)
Fratura - à maneira irregular de um mineral se quebrar.
Dureza - é a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao risco feito
com uma ponta aguda.(R - Relacionada à resistência dos minerais à abrasão)
55
Densidade - é a relação entre o peso do mineral e o peso de um mesmo
volume de água destilada à 4°C A densidade relativa é característica para cada
mineral, e depende basicamente de dois fatores: os elementos químicos que
constituem o mineral e a maneira como estes elementos estão arranjados
dentro da estrutura cristalina.. (P - Mais diretamente relacionada à
proximidade de átomos em um mineral).
Nossa resposta é:
RESPOSTA C
5 - Técnico em Exploração– Geologia - PETROBRAS - CESGRANRIO - 2010
A maioria dos minerais de minério pertencem aos grupos dos:
(F) silicatos e carbonatos.
(G) sulfatos e elementos.
(H) elementos e óxidos.
(I) sulfatos e carbonatos.
(J) sulfetos e óxidos.
SOLUÇÃO
Os oito elementos principais (O, Si, Al, Fe..) combinam-se entre si,
formando os minerais das rochas mais comuns, sendo que a combinação mais
importante e a do silício com o oxigênio que dá origem ao grupo dos silicatos.
Sendo o mais abundante é o feldspato, que forma 60% dos minerais da
crosta. Existem dois grupos de minerais que possuem grande importância no
contexto agronômico como constituintes de rochas e de solos: grupos dos
silicatos e grupo dos óxidos e hidróxidos. Os minerais mais importantes
encontrados na natureza são os óxidos de ferro e titânio. Os principais
minerais constituintes de rochas e, portanto, significativos como material de
origem de solos, pertencem ao grupo dos silicatos, Rochas comuns,
extremamente abundantes e disseminadas, como granitos, diabásios,
basaltos, arenitos, quartzitos, gnaisses e outras são quase inteiramente
constituídos de silicatos.
56
RESPOSTA C
Para explicar a gênese de um solo, podemos nos valer tanto do entendimento
da influência de fatores de formação quanto da manifestação de processos
pedogenéticos. Em relação aos processos pedogenéticos, é correto afirmar
que:
A - sua intensidade é determinada por fatores que agem localmente, como
clima e manejo do solo.
B - não são afetados pelos agentes do intemperismo.
C - são específicos para cada tipo de solo e podem ser entendidos como um
conjunto de reações que ocorrem internamente em um perfil do solo.
D - determinam, além da seqüência de horizontes e outras características
morfológicas importantes, a mineralogia de um solo.
E - são pouco afetados pelo clima de uma região.
SOLUÇÃO
O solo, que é um corpo trimensional, forma-se pela ação dos fatores de
formação e dos processos pedogenéticos. O conhecimento pedogênese é
importante para a compreensão do padrão da distribuição dos diversos solos
na paisagem. Enquanto que a dessilicatização como conseqüência do alto grau
de intemperismo é o principal processo pedogenético do horizonte B latossólico
dos Latossolos, a dispersão da argila no horizonte A e posterior acúmulo no
horizonte B textural (migração de argila) é típica dos Argissolos, e dos
Luvissolos com esse tipo de horizonte subsuperficial.
RESPOSTA C
6 - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC - 2006
57
7 - SEE/SP - Professor II - Área Geografia - (VUNESP) - 2012
Considere as descrições a seguir.
I. São elementos ou compostos químicos com composição definida, cristalizados e formados naturalmente por meio de processos geológicos.
II. Esse termo é usado para descrever uma associação de minerais que, por
diferentes motivos geológicos, acabam ficando intimamente unidos.
I e II são, respectivamente,
A. sal e minério.
B. mineral e rocha.
C. sedimento e crosta.
D. magma e aglomerado.
E. solo e montanha.
SOLUÇÃO
minerais são compostos químicos quase sempre inorgânicos e presentes
na forma sólida. Costumam ser homogêneos e subclassificados conforme suas
diferentes propriedades, tais como textura, dureza, opacidade, brilho, cor,
entre outras. Existem rochas que são formadas por um único tipo de mineral.
Essas nada mais são do que um mineral agrupado em grande quantidade,
como é caso do quartzito, que é formado apenas por quartzo.
rocha – corresponde a um agregado de minerais. Portanto, os minerais são
apenas composições que estruturam as rochas. Um exemplo é o granito, em
que uma de suas variações apresenta uma composição
de quartzo, mica e feldspato.
As rochas são classificadas em três diferentes tipos, que variam conforme a
sua gênese: sedimentares, ígneas e metamórficas. As sedimentares formam-
se a partir da cimentação ou junção sob alta pressão de restos de rochas
preexistentes (sedimentos); as ígneas surgem a partir da solidificação do
magma tanto na superfície (extrusivas) quanto no interior da Terra
58
(intrusivas); e as rochas metamórficas surgem do metamorfismo de outras
rochas anteriormente existentes, em que essas se modificam sem antes se
transformarem em magma ou sedimentos.
RESPOSTA B
8 - SEE/SP - Professor II - Área Geografia - (VUNESP) - 2012
Dentre as formas de classificação das rochas que formam a crosta terrestre,
uma das principais é a genética, na qual as rochas são agrupadas de acordo
com o seu modo de formação na natureza. Dessa forma, classificam-se as
rochas como
A. metamórficas aquelas que resultam da transformação de uma rocha
preexistente no estado sólido.
B. sedimentares aquelas formadas pela deposição repentina do magma na
superfície por meio do vulcanismo.
C. magmáticas aquelas formadas pela compactação de fragmentos de rochas
metamórficas e/ou sedimentares.
D. ígneas (quentes) aquelas que ainda se encontram em estado líquido sob a
crosta terrestre.
E. graníticas aquelas formadas pela erosão e lixiviação dos compostos solúveis
presentes nas rochas metamórficas.
As rochas são classificadas em três diferentes tipos, que variam conforme
a sua gênese: sedimentares, ígneas e metamórficas.
As sedimentares formam-se a partir da cimentação ou junção sob alta
pressão de restos de rochas preexistentes (sedimentos);
As ígneas surgem a partir da solidificação do magma tanto na superfície
(extrusivas) quanto no interior da Terra (intrusivas);
59
Vamos analisar cada alternativa
A. metamórficas aquelas que resultam da transformação de uma rocha
preexistente no estado sólido.
As rochas metamórficas surgem do metamorfismo de outras rochas
anteriormente existentes, em que essas se modificam sem antes se
transformarem em magma ou sedimentos. Item certo
B. sedimentares aquelas formadas pela deposição repentina do magma
na superfície por meio do vulcanismo.
As sedimentares formam-se a partir da cimentação ou junção sob alta pressão
de restos de rochas preexistentes (sedimentos);
C. magmáticas aquelas formadas pela compactação de fragmentos de
rochas metamórficas e/ou sedimentares.
Rochas magmáticas, ou ígneas, se originam no interior da Terra, produto
da solidificação do magma pastoso. O magma é composto de uma substância
fluida, de fundição parcial ou total, formada por uma fusão completa
de silicatos, silícios e elementos voláteis, como por exemplo , vapor
d´água, cloretos, hidrogênio, flúor e outros. É uma rocha muito resistente, e
também das mais antigas, matéria prima do embasamento rochoso dos
continentes. Entre as mais abundantes rochas magmáticas temos o granito e
o diabásio. Parte dessas rochas formam-se toda vez que ocorrem erupções
vulcânicas que expelem lava pela superfície, renovando assim a quantidade
das mesmas no ambiente. A alternativa está incorreta. Este tipo de rocha pode
se solidificar tanto quando atinge a superfície ou quando ainda está no interior
da Terra. Por esse mesmo motivo, podemos classificá-las em rochas
intrusivas ou extrusivas.
D. ígneas (quentes) aquelas que ainda se encontram em estado líquido
sob a crosta terrestre.
As ígneas surgem a partir da solidificação do magma tanto na superfície
(extrusivas) quanto no interior da Terra (intrusivas); item incorreto
60
E. graníticas aquelas formadas pela erosão e lixiviação dos compostos
solúveis presentes nas rochas metamórficas.
As rochas graníticas são rochas magmáticas, plutónicas, constituídas
essencialmente por quartzo e feldspato (feldspato alcalino e/ou plagioclase).
Podem ocorrer moscovite, biotite e/ou anfíbola, como minerais
característicos, assim como outros minerais em quantidade acessória
(apatite, zircão, esfena, magnetite, etc.).
As rochas graníticas originam-se por cristalização em profundidade de
um magma rico em sílica (SiO2). Dado o seu enriquecimento em sílica, designa-
se por magma ácido (SiO2 > 66%). Então item errado, pois o processo correto
formação das rochas graníticas e cristalização.
RESPOSTA A
9 - Técnico em mineração – DNPM - MOVENS – 2010
Segundo Dana & Hurlbut (1981), um mineral possui clivagem quando,
aplicando-se uma força adequada, ele se rompe de modo a produzir superfícies
planas definidas, assinale a opção INCORRETA
(A) A clivagem depende da estrutura do cristal e ocorre somente paralelamente
aos planos dos átomos.
(B) A clivagem ocorre a partir do rompimento de um cristal entre planos de
átomos, sendo uma propriedade direcional, e qualquer plano paralelo através
do cristal é um plano de clivagem potencial.
C – A clivagem é uma propriedade que ocorre sempre paralela às faces, ou às
faces possíveis, do cristal, pois tanto as faces como a clivagem refletem a
mesma estrutura cristalina.
D – A clivagem é uma propriedade sempre consistente com a simetria; assim,
quando se desenvolve uma direção de clivagem octaédrica, isto implica que
devem haver três outras direções semelhantes a
61
E - Quando sujeitos a tensão ou pressão, alguns minerais desenvolvem planos
de menor resistência estrutural ao longo dos quais podem se romper,
produzindo a clivagem
Os minerais são sensíveis à pressão/tensão, por acaso se os átomos de
um cristal forem submetidos a pressões muito elevadas, as ligações entre os
átomos podem quebrar-se. Os átomos reorganizam-se em novos minerais que
são estáveis quando submetidos a altas pressões.
No interior da Terra, as rochas estão sujeitas a dois tipos de tensão: a tensão
litostática e a tensão não litostática. Então aqui submetido a tensão e pressão
forma novo mineral é não clivagem
RESPOSTA E
10 - Técnico em Exploração I – Geologia - PETROBRAS - CESPE2007
Mineralogia é o ramo da Geologia que estuda a composição, a estrutura, a
aparência, a estabilidade, os tipos de ocorrência e as associações de minerais.
A respeito desse assunto, julgue o item subseqüente. A dureza, uma das
propriedades físicas dos minerais, caracteriza-se pela facilidade com que o
mineral é quebrado.
Certo
Errado
Dureza é a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao risco feito
com uma ponta aguda, caso o mineral tenha baixa dureza o sulco do risco
poderá ser profundo e bem nítido, caso a dureza seja maior a ponta aguda, o
sulco será fino e pouco profundo.
RESPOSTA ERRADO
62
11 - Técnico em Exploração I – Geologia - PETROBRAS - CESPE2007
Mineralogia é o ramo da Geologia que estuda a composição, a estrutura, a
aparência, a estabilidade, os tipos de ocorrência e as associações de minerais.
A respeito desse assunto, julgue o item subseqüente. O quartzo é um mineral
cuja característica principal é a de ser facilmente destruído nos processos de
intemperismo das rochas que o contêm.
Certo
Errado
O intemperismo é o conjunto de alterações físicas (desagregação) e
químicas (decomposição) que as rochas sofrem quando ficam expostas na
superfície da Terra. É um processo importante porque é o início de um processo
maior que continua com a erosão e a deposição do material por ele formado,
com a posterior diagênese, que leva à formação das rochas sedimentares, o
quartzo é muito resistente ao intemperismo, não sendo fácil sua destruição
pelos processos de intemperismo.
RESPOSTA ERRADO
12 - Técnico em Exploração – Geologia - PETROBRAS – CESPE - 2007
Mineralogia é o ramo da Geologia que estuda a composição, a estrutura, a
aparência, a estabilidade, os tipos de ocorrência e as associações de minerais.
A respeito desse assunto, julgue o item subseqüente. Os principais minerais
formadores das rochas são representados por silicatos — os mais abundantes
da crosta terrestre —, carbonatos — de cálcio ou magnésio —, óxidos, sulfetos
e sulfatos.
Certo
Errado
63
Item Certo, os silicatos constituem a mais importante classe mineral,
representando cerca de 25% dos minerais conhecidos e quase 40% dos
minerais comuns. Esses minerais constituem aproximadamente 95% do
volume da crosta terrestre, sendo:
· 59,5% representados por feldspato;
· 16,8% por anfibólios e piroxênios;
· 12% por quartzo;
· 3,8% pelas micas – argilas; e
· Os outros minerais (silicatos e não silicatos) ± 7,9%.
RESPOSTA CERTO
13 - PCDF - Geologia - FUNIVERSA - 2012
Feldspatos correspondem a silicatos de alumínio que contêm átomos de
potássio, sódio, cálcio e magnésio. A série de feldspatos pode ser
representada por um diagrama triangular. Com relação a esse mineral,
assinale a alternativa correta.
A - Ortoclásio, albita e anortita são os minerais que ocupam os vértices do
triângulo.
B - Ortoclásio é um exemplo de feldspato cálcico.
C - Anortita é um exemplo de feldspato potássico.
D - Plagioclásios referem-se a uma série de feldspatos sodicopotássicos.
E - Feldspatos cristalizam-se em um sistema único, o monoclínico.
SOLUÇÃO
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Podemos ir direto para a resposta que é a letra A realmente eles ocupam o
vértice do triangulo, conforme a figura 4, com relação a letra E, os fedspatos
não se cristalizam em uma única estrutura por exemplo A sanidina e o
ortoclásio são monoclínicos; o feldspato plagioclásio é triclínico.
RESPOSTA A
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LISTA DE QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS
1 - Petrobras - Técnico de Exploração - Geologia-CESGRANRIO - 2011
Informações geofísicas demonstram que existem algumas descontinuidades
no interior da Terra, identificadas por anomalias na velocidade de propagação
das ondas sísmicas, sendo a primeira descontinuidade denominada
Descontinuidade de Mohorovicic, mais comumente chamada de Moho. Essa
descontinuidade está localizada entre o (a) A. núcleo interno e o núcleo
externo.
F. núcleo externo e o manto inferior.
G. manto inferior e o manto transicional.
H. crosta e o manto superior.
I. crosta oceânica e a crosta terrestre.
2 - Engenheiro Agrônomo – FUB – CESPE - 2016
Julgue os itens a seguir, relativos à gênese, à morfologia e à classificação dos solos.
A reação de hidrólise no intemperismo químico auxilia a transformação de
minerais primários em secundários, sendo a densidade dos secundários maior
que a dos primários.
CERTO
ERRADO
3 - Geólogo - IBGE – CESGRANRIO - 2010
De acordo com a Escala de Mohs, qual o mineral de maior dureza?
(A) Gipsita
(B) Talco
(I) Fluorita
(J) Calcita
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(K) Ortoclásio
4 - Técnico em Exploração– Geologia - PETROBRAS - CESGRANRIO - 2010
As propriedades físicas dos minerais resultam da sua composição química e
das suas características estruturais. Associe as propriedades físicas dos
minerais apresentadas na 1a coluna com a respectiva característica indicada
na 2a coluna.
XI - Cor
XII - Clivagem
XIII - Fratura
XIV - Dureza
XV - Densidade
P - Mais diretamente relacionada à proximidade de átomos em um mineral
Q - Relacionada à presença de íons metálicos, fenômenos de transferência
de carga e aos efeitos da radiação ionizante
R - Relacionada à resistência dos minerais à abrasão
S - Relacionada a planos de fraqueza entre átomos em um mineral
Estão corretas as associações
(K) I – P , II – R , III – Q , IV – S.
(L) I – P , II – Q , III – S , IV – R.
(M) I – Q , II – S , IV – R , V – P.
(N) II – S , III – Q , IV – R , V – P.
(O) II – R , III – P , IV – S , V – Q.
67
5 - Técnico em Exploração– Geologia - PETROBRAS - CESGRANRIO - 2010
A maioria dos minerais de minério pertencem aos grupos dos:
(K) silicatos e carbonatos.
(L) sulfatos e elementos.
(M) elementos e óxidos.
(N) sulfatos e carbonatos.
(O) sulfetos e óxidos.
6 - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC - 2006
Para explicar a gênese de um solo, podemos nos valer tanto do entendimento
da influência de fatores de formação quanto da manifestação de processos
pedogenéticos. Em relação aos processos pedogenéticos, é correto afirmar
que:
A - sua intensidade é determinada por fatores que agem localmente, como
clima e manejo do solo.
B - não são afetados pelos agentes do intemperismo.
C - são específicos para cada tipo de solo e podem ser entendidos como um
conjunto de reações que ocorrem internamente em um perfil do solo.
D - determinam, além da seqüência de horizontes e outras características
morfológicas importantes, a mineralogia de um solo.
E - são pouco afetados pelo clima de uma região.
7 - SEE/SP - Professor II - Área Geografia - (VUNESP) - 2012
Considere as descrições a seguir.
I. São elementos ou compostos químicos com composição definida,
cristalizados e formados naturalmente por meio de processos geológicos.
II. Esse termo é usado para descrever uma associação de minerais que, por
diferentes motivos geológicos, acabam ficando intimamente unidos.
68
I e II são, respectivamente,
A. sal e minério.
B. mineral e rocha.
C. sedimento e crosta.
D. magma e aglomerado.
E. solo e montanha.
8 - SEE/SP - Professor II - Área Geografia - (VUNESP) - 2012
Dentre as formas de classificação das rochas que formam a crosta terrestre,
uma das principais é a genética, na qual as rochas são agrupadas de acordo
com o seu modo de formação na natureza. Dessa forma, classificam-se as
rochas como
A. metamórficas aquelas que resultam da transformação de uma rocha
preexistente no estado sólido.
B. sedimentares aquelas formadas pela deposição repentina do magma na
superfície por meio do vulcanismo.
C. magmáticas aquelas formadas pela compactação de fragmentos de rochas
metamórficas e/ou sedimentares.
D. ígneas (quentes) aquelas que ainda se encontram em estado líquido sob a
crosta terrestre.
E. graníticas aquelas formadas pela erosão e lixiviação dos compostos solúveis
presentes nas rochas metamórficas.
9 - Técnico em mineração – DNPM - MOVENS – 2010
Segundo Dana & Hurlbut (1981), um mineral possui clivagem quando,
aplicando-se uma força adequada, ele se rompe de modo a produzir superfícies
planas definidas, assinale a opção INCORRETA
(A) A clivagem depende da estrutura do cristal e ocorre somente paralelamente
aos planos dos átomos.
69
(B) A clivagem ocorre a partir do rompimento de um cristal entre planos de
átomos, sendo uma propriedade direcional, e qualquer plano paralelo através
do cristal é um plano de clivagem potencial.
C – A clivagem é uma propriedade que ocorre sempre paralela às faces, ou às
faces possíveis, do cristal, pois tanto as faces como a clivagem refletem a
mesma estrutura cristalina.
D – A clivagem é uma propriedade sempre consistente com a simetria; assim,
quando se desenvolve uma direção de clivagem octaédrica, isto implica que
devem haver três outras direções semelhantes a
E - Quando sujeitos a tensão ou pressão, alguns minerais desenvolvem planos
de menor resistência estrutural ao longo dos quais podem se romper,
produzindo a clivagem
10 - Técnico em Exploração I – Geologia - PETROBRAS - CESPE2007
Mineralogia é o ramo da Geologia que estuda a composição, a estrutura, a
aparência, a estabilidade, os tipos de ocorrência e as associações de minerais.
A respeito desse assunto, julgue o item subseqüente. A dureza, uma das
propriedades físicas dos minerais, caracteriza-se pela facilidade com que o
mineral é quebrado.
Certo
Errado
11 - Técnico em Exploração I – Geologia - PETROBRAS - CESPE2007
Mineralogia é o ramo da Geologia que estuda a composição, a estrutura, a
aparência, a estabilidade, os tipos de ocorrência e as associações de minerais.
A respeito desse assunto, julgue o item subseqüente. O quartzo é um mineral
cuja característica principal é a de ser facilmente destruído nos processos de
intemperismo das rochas que o contêm.
Certo
Errado
70
12 - Técnico em Exploração – Geologia - PETROBRAS – CESPE - 2007
Mineralogia é o ramo da Geologia que estuda a composição, a estrutura, a
aparência, a estabilidade, os tipos de ocorrência e as associações de minerais.
A respeito desse assunto, julgue o item subseqüente. Os principais minerais
formadores das rochas são representados por silicatos — os mais abundantes
da crosta terrestre —, carbonatos — de cálcio ou magnésio —, óxidos, sulfetos
e sulfatos.
Certo
Errado
13 - PCDF - Geologia - FUNIVERSA - 2012
Feldspatos correspondem a silicatos de alumínio que contêm átomos de
potássio, sódio, cálcio e magnésio. A série de feldspatos pode ser
representada por um diagrama triangular. Com relação a esse mineral,
assinale a alternativa correta.
A - Ortoclásio, albita e anortita são os minerais que ocupam os vértices do
triângulo.
B - Ortoclásio é um exemplo de feldspato cálcico.
C - Anortita é um exemplo de feldspato potássico.
D - Plagioclásios referem-se a uma série de feldspatos sodicopotássicos.
E - Feldspatos cristalizam-se em um sistema único, o monoclínico.
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GABARITO
1 - D 2 - ERRADO 3 - E 4 - C 5 - C
6 - C 7 - B 8 - A 9 - E 10 - ERRADO
11 - ERRADO 12 - A 13 - A
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BIBLIOGRAFIA
Junior, José Marques: Nobile, Fabio Olivieri de GEOLOGIA E MINERALOGIA
Bahia, Victor Gonçalves - minerologia e petrologia - coopesal - UFLA
http://geolab7.webnode.com/minerais/silicatos/nesossilicatos/ acessado 23
de fevereiro de 2017
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