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GA Geometria Analitica 2

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  • CLCULO VETORIAL E GEOMETRIA ANALTICA Luiz Francisco da Cruz Departamento de Matemtica Unesp/Bauru

    CAPTULO 2

    VETORES NO PLANO E NO ESPAO

    1 Vetores no plano

    O plano geomtrico, tambm chamado de 2, simbolicamente escrevemos:

    }yex),y,x{(x2 == , o conjunto de todos os pares ordenados de

    nmeros reais. Ele representado atravs do sistema de coordenadas cartesianas,

    o qual constitudo por dois eixos perpendiculares entre si, cuja interseo o par

    ordenado O(0,0), chamado de origem do sistema. Esses eixos so denotados por

    Ox (eixo das abscissas) e Oy (eixo das ordenadas) e ambos chamados de eixos

    coordenados, orientados como mostra a figura abaixo.

    Todo ponto P do plano representado como na figura acima, onde x e y so

    as suas coordenadas, respectivamente em relao aos eixos Ox e Oy. Na

    representao de um ponto do plano, dentro do par ordenado a coordenada x

    sempre a primeira e y a segunda coordenada, assim, P(x,y). Note que os eixos

    coordenados dividem o plano em 4 regies iguais (I, II, III e IV), cada uma delas

    chamadas de quadrante. O que distingue um quadrante do outro so os sinais das

    coordenadas (x,y) de um ponto qualquer do 2 . Assim:

    - Se (x,y) pertence ao I quadrante, ento x>0 e y>0. Simbolicamente: (+,+);

    - Se (x,y) pertence ao II quadrante, ento x0. Simbolicamente: (-,+);

    - Se (x,y) pertence ao III quadrante, ento x

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    respectivamente, como mostra a figura abaixo. Futuramente o conjunto dos

    versores { }j,i rr ser chamado de uma base do 2.

    Pela figura acima, podemos ver que jyixvrrr

    += , ou seja, o vetor vr

    escrito

    em funo da base { }j,i rr . A expresso jyixv rrr += chamada de expresso cartesiana de um vetor do 2 e seu mdulo determinado por 22 yx|v| +=

    r.

    Todo vetor do plano ser representado a partir da origem do sistema, ou seja,

    a origem do vetor coincide com a origem do sistema e sua extremidade coincide

    com algum ponto P(x,y), do mesmo plano. Assim podemos identificar um vetor

    com um ponto do plano e simplesmente escrever que )y,x(v =r

    .

    Por exemplo: Para o vetor ji3vrrr

    = podemos escrever )1,3(v =r

    e

    represent-lo no 2, marcando o ponto P(3,-1) e unindo este ponto origem do

    sistema, sempre fazendo coincidir a origem do vetor com a origem do sistema e a

    extremidade do vetor com o ponto P(3,-1), como mostra a figura abaixo:

    1.1 Operaes com vetores do 2 na forma cartesiana

    Sejam jyixvejyixv 222111rrrrrr

    +=+= dois vetores quaisquer do 2 e um

    escalar qualquer . Ento:

    - Adio: j)yy(i)xx(vv 212121rrrr

    +++=+

    - Subtrao: j)yy(i)xx(vv 212121rrrr

    +=

    - Multiplicao por escalar: j)y(i)x(v 111rrr

    +=

    Exemplo (1): Sejam iweji3v,j4i2urrrrrrr

    =+=+= . Determine o mdulo do vetor

    w2v3u21

    Rrrr

    += .

    vr

    -1

    3

    P(3,-1)

    y

    x

    O

    jr

    jyr

    ir

    ixr

    vr

    y

    x

    P(x,y)

    Oy

    Ox

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    Soluo: Considerando as coordenadas dos vetores para simplificar a notao

    vem: )0,1(we)1,3(v,)4,2(u ===rrr

    . Vamos primeiro determinar o vetor R .

    )1,12()032,291()0,2()3,9()2,1()0,1(2)1,3(3)4,2(21

    R =+++=+=+=

    Logo, ji12Rrr

    = . Portanto, 1451144)1(12|R| 22 =+=+=

    1.2 Cossenos diretores de um vetor

    Seja jyixvrrr

    += um vetor qualquer do 2. Ento vr

    forma um ngulo com

    cada eixo coordenado. Sejam e os ngulos que o vetor vr

    forma com os eixos

    Ox e Oy, respectivamente. Pela figura abaixo temos: |v|

    x)cos( r= e

    |v|y

    )cos( r= ,

    chamados cossenos diretores do vetor .vr

    Note que: 1)(cos)(cos 22 =+ , pois:

    1|v|

    y|v|

    x22

    =

    +

    rr e 222 yx|v| +=

    r, ento 22 yx|v| +=

    r.

    Definio: Considere o vetor jyixvrrr

    += . Ento o versor do vetor vr

    , denotado

    por ovr

    , um vetor paralelo, de mesmo sentido de vr

    e unitrio, ou seja, 1vo =r

    ,

    definido por |v|

    vvo r

    rr

    = .

    Como jyixvrrr

    += )y,x(v =r

    ==

    |v|y

    ,|v|

    x)y,x(

    |v|1

    vo rrrr

    )cos,(cosvo =r

    .

    Exemplo (2): Dados os pontos A(2,4) e B(-1,3), determine:

    a) Os cossenos diretores do vetor AB .

    b) Um vetor wr

    de mdulo 40 e paralelo ao vetor AB .

    Soluo: a) )1,3()4,2()3,1(ABAB === , 10)1()3(|AB| 22 =+= . Ento:

    10

    1

    |AB|

    y)cos(e

    10

    3

    |AB|

    x)cos(

    ==

    ==

    b) Seja )y,x(w =r

    . Se wr

    paralelo ao vetor AB , ento existe um escalar m tal

    que: ABmw =r

    . Ento:

    =

    ===

    mym3x

    )1,3(m)y,x( . Por outro lado 40|w| =r

    ,

    O

    vr

    y

    x

    P(x,y) Oy

    Ox

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    ento: 40yx 22 =+ ( )22

    22 40yx =

    + 40yx 22 =+

    40)m()m3( 22 =+ 2m40m10 2 == . Assim, h duas solues: para m = 2

    )2,6(w =r

    ou para m = -2 )2,6(w =r

    o seu oposto. Logo, )2,6(w =r

    ou

    )2,6(w =r

    .

    Exemplo (3): Sejam )1m2,2(we)m,m3(v =+=rr

    . Determine os valores de m

    para que o vetor wvrr

    tenha mdulo igual a 6.

    Soluo: )1m,5m()1m2,2()m,m3(wv ++=+=rr

    626m8m2)1m()5m(|wv| 222 =++=+++=rr

    05m4m626m8m2 222

    2 =+=

    ++

    =

    =

    5m1m

    2

    1

    Logo para

    ===

    ===

    )11,2(we)5,2(v5m)1,2(we)1,4(v1m

    2

    1rr

    rr

    Exemplo (4): Seja )4,3(v =r

    . Ao projetarmos o vetor vr

    sobre o eixo Ox, obtemos

    um vetor ur. Determine o vetor w

    r que a projeo do vetor u

    r na direo do vetor

    vr

    .

    Soluo: Temos que )0,3(u =r

    e wr

    paralelo ao vetor vr

    . Ento vwrr

    = . Seja

    )y,x(w =r

    . Ento:

    =

    ===

    4y3x

    )4,3()y,x(wr

    . Por construo temos:

    53

    |w||v||u|

    |u||w|

    cos ===r

    r

    r

    r

    r

    . Mas +=+= 2222 )4()3(yx|w|r

    259

    59

    2553

    )4()3(|w| 222 ===+=r

    Portanto:

    ===

    2536

    ,2527

    w)4,3(259

    )y,x(wrr

    y

    x

    4

    3 ur

    wr

    vr

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    Exerccios Propostos:

    1) Dados os vetores )3,4(ue)4,2(v ==rr

    , determine os vetores bearr sabendo que

    bavrrr

    += e que br

    o triplo do versor do vetor ur.

    Resp:

    =

    =

    511

    ,522

    ae59

    ,512

    brr

    2) Determine t para que )t2,t(u =r

    tenha mdulo igual a 53 . Resp: t = 3

    3) O vetor )8,2(v =r

    a soma de um vetor ar que est sobre o eixo Ox com um

    vetor br

    , cujo mdulo 73 . Determine as possibilidades para os vetores ar e b

    r

    .

    Resp:

    ==

    ==

    )8,3(be)0,5(aou)8,3(be)0,1(a

    rr

    rr

    4) Trs pontos do plano A(1,3), B(5,1) e C(2,7), determinam um tringulo ABC.

    a) Mostre que 0BACBAC =++ .

    b) Determine o permetro do tringulo ABC. Resp: 5517p2 +=

    5) Sejam A, B, C e D, vrtices de um paralelogramo ABCD. Sendo A(-1,0) e

    )4,3(BDe)4,7(AC == suas diagonais, determine os outros vrtices B, C e D.

    Resp: B(1,4), C(6,4) e D(4,0)

    2 Vetores no espao

    O espao, tambm chamado de 3 , onde =3 , o conjunto de

    todas as ternas (x,y,z) que, simbolicamente escrevemos { }= z,y,x/)z,y,x(3 .

    Logo, todo ponto P do 3 representado por uma terna de nmeros reais P(x,y,z).

    O 3 representado atravs do sistema de coordenadas cartesianas, o qual

    constitudo por trs eixos perpendiculares entre si, cuja interseo a terna

    O(0,0,0), chamada de origem do sistema. Esses eixos so denotados por Ox (eixo

    das abscissas), Oy (eixo das ordenadas) e Oz (eixo das cotas), ambos chamados de

    eixos coordenados, orientados como mostra a figura abaixo.

    ()

    ()

    ()

    (+)

    (+)

    (+)

    Oy

    Oz

    Ox

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    Note que os eixos coordenados dividem o espao e 8 regies iguais, cada uma

    delas chamadas de octantes. O que distingue um octante do outro so os sinais das

    coordenadas (x,y,z) de um ponto qualquer do 3 . Assim:

    - Se (x,y,z) pertence ao 1 octante, ento x>0, y>0 e z>0. Em smbolos: (+,+,+);

    - Se (x,y,z) pertence ao 2 octante, ento x0 e z>0. Em smbolos: (,+,+);

    - Se (x,y,z) pertence ao 3 octante, ento x0, y0. Em smbolos: (+,,+);

    - Se (x,y,z) pertence ao 5 octante, ento x>0, y>0 e z

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    do desenho geomtrico como noo de profundidade e perspectiva e, nem sempre

    a visualizao do que se pretende representar evidente aos nossos olhos.

    Como estamos interessados em fazer as representaes no 3 atravs de um

    esboo, ou seja, algo simples e no pretendemos realizar construes difceis e

    nem representaes elaboras, o que se adota como conveno representar o

    octante desejado como se fosse sempre o 1 octante. Por exemplo, poderamos

    representar o ponto Q(-3,5,6) da seguinte forma:

    Qualquer vetor do 3 pode ser escrito em funo trs versores kej,irrr

    , cada

    um deles situados sobre os eixos coordenados Ox, Oy e Oz, respectivamente.

    Futuramente o conjunto de versores { }k,j,i rrr ser chamado de uma base do 3.

    Pela figura acima podemos ver que kzjyixvrrrr

    ++= , ou seja, o vetor vr

    escrito em funo da base { }k,j,i rrr . A expresso kzjyixv rrrr ++= chamada de expresso cartesiana. Note tambm que, o mdulo de um vetor dado por

    222 zyx|v| ++=r

    , pois:

    Do tringulo OQR vem: 222 yxw +=

    Do tringulo POR vem: 222 zw|v| +=r

    Ento: 2222 zyx|v| ++=r

    Portanto: 222 zyx|v| ++=r

    Oz

    -3

    Ox 6

    5

    Q(-3,5,6)

    2 octante

    Oy

    Oy

    x

    kzr

    kr

    Ox

    jr

    jyr

    ir

    ixr

    vr

    z

    y

    P(x,y,z)

    Oz

    jyixrr

    +

    w

    vr

    R Q

    P

    O z

    z

    y

    y

    x

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    Todo vetor do espao ser representado a partir da origem do sistema, ou

    seja, a origem do vetor coincide com a origem do sistema e sua extremidade

    coincide com algum ponto P(x,y,z). Assim, podemos identificar um vetor com um

    ponto do espao e simplesmente escrever que )z,y,x(v =r

    .

    Por exemplo: O vetor k6j5i3vrrrr

    ++= escrito como )6,5,3(v =r

    e represent-

    lo no 3, marcando o ponto P e unindo este ponto origem do sistema, sempre

    fazendo coincidir a origem do vetor com a origem do sistema e a extremidade do

    vetor com o ponto P. Veja a figura abaixo:

    2.1 Operaes com vetores do 3 na forma cartesiana

    Sejam kzjyixvekzjyixv 22221111rrrrrrrr

    ++=++= dois vetores quaisquer do 3 e

    um escalar qualquer . Ento:

    - Adio: k)zz(j)yy(i)xx(vv 21212121rrrrr

    +++++=+

    - Subtrao: k)zz(j)yy(i)xx(vv 21212121rrrrr

    ++=

    - Produto por escalar: k)z(j)y(i)x(v 1111rrrr

    ++=

    Exemplo (5): Sejam jwek2ji3v,j4i2urrrrrrrr

    =++=+= , trs vetores do espao.

    Determine o mdulo do vetor w2v3u21

    Rrrr

    += .

    Soluo: Considerando as coordenadas dos vetores para simplificar a notao,

    escrevemos: )0,1,0(we)2,1,3(v,)0,4,2(u ===rrr

    . Determinando o vetor R vem:

    )0,2,0()6,3,9()0,2,1()0,1,0(2)2,1,3(3)0,4,2(21

    R +=+=

    )6,3,10()060,232,091(R =+++= . Logo, k6j3i10Rrrr

    =

    Portanto, 145369100)6()3(10|R| 222 =++=++= .

    Oz

    3 Ox

    vr

    6

    5

    P(3,5,6)

    Oy

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    2.2 Cossenos diretores de um vetor

    Seja kzjyixvrrrr

    ++= um vetor qualquer do 3. Ento vr

    forma um ngulo com

    cada eixo coordenado. Sejam , e os ngulos que o vetor forma com os eixos

    Ox, Oy e Oz, respectivamente. Pela figura abaixo temos:

    |v|

    x)cos( r= ,

    |v|y

    )cos( r= , |v|

    z)cos( r=

    chamados de co-senos diretores do vetor .vr

    Note que: 1)(cos)(cos)(cos 222 =++

    Definio: Considere o vetor kzjyixvrrrr

    ++= . Ento o versor do vetor vr

    ,

    denotado por ovr

    , um vetor paralelo, de mesmo sentido de vr

    e unitrio, ou seja,

    1vo =r

    , definido por |v|

    vvo r

    rr

    = .

    Como kzjyixvrrrr

    ++= )z,y,x(v =r

    ==

    |v|z

    ,|v|

    y,

    |v|x

    )z,y,x(|v|

    1vo rrrrr

    )cos,cos,(cosvo =r

    .

    2.3 Condio de paralelismo entre dois vetores.

    Sejam )z,y,x(ve)z,y,x(u 222111 ==rr

    dois vetores paralelos, ou seja, eles tm

    a mesma direo, ento existe um escalar m tal que vmurr

    = . Logo:

    ==

    ==

    ==

    =

    2

    121

    2

    121

    2

    121

    222111

    zz

    mmzz

    yy

    mmyy

    xx

    mmxx

    )z,y,x(m)z,y,x( 2

    1

    2

    1

    2

    1

    zz

    yy

    xx

    m === ,

    0ze0y,0xcom 222 . Portanto, para que dois vetores sejam paralelos

    necessrio que haja uma proporo entre suas coordenadas, isto , eles so

    mltiplos escalares.

    y

    Ox

    x

    |v|r

    z

    P(x,y,z) Oz

    Oy

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    Por exemplo: considere os vetores )2,4,1(u =r

    , )4,8,2(v =r

    e )4,6,2(w =r

    .

    Temos que ur e v

    rso paralelos, pois u2v

    rr= e 2

    24

    48

    12

    === . Note que ur e w

    r

    no so paralelos, pois 24

    46

    12

    , ou seja, no existe nenhum escalar m tal

    umwrr

    = .

    2.4 Condio de coplanaridade entre trs vetores

    Sejam )z,y,x(u 111=r

    , )z,y,x(v 222=r

    e )z,y,x(w 333=r

    vetores coplanares,

    ou seja, vetores que esto no mesmo plano, ento existem escalares m, n tais

    que wnvmurrr

    += .

    Ento: += )z,y,x(n)z,y,x(m)z,y,x( 333222111

    =+

    =+

    =+

    132

    132

    132

    znzmzynymyxnxmx

    Podemos associar a este sistema linear uma matriz dos coeficientes, cujo

    determinante igual a zero, pois existe uma combinao linear entre suas linhas,

    ou seja, a primeira linha m vezes a segunda mais n vezes a terceira. Portanto, a

    condio para que trs vetores sejam coplanares verificada quando

    0zyxzyxzyx

    333

    222

    111

    = .

    Exemplo (6): Dados os pontos P(2,4,5) e Q(1,2,3) determine um vetor wr

    paralelo

    ao vetor PQ e que tenha mdulo igual a 6.

    Soluo: Sejam )z,y,x(w =r

    . Como wr

    paralelo a PQ , ento PQw =r

    )2,2,1()z,y,x( = . Ento:

    =

    =

    =

    2z2y

    x. O mdulo de )z,y,x(w =

    r igual

    6zyx 222 =++ 2696)2()2()( 2222 ===++ . Portanto,

    )4,4,2(wou)4,4,2(w ==rr

    .

    vmr

    vr

    wr

    wnr

    ur

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    Exemplo (7): Os vetores )0,1,0(ve)2,1,2(v 21 ==rr

    esto aplicados no mesmo

    ponto A. Determine um vetor AB de mdulo 32 , cuja direo a direo da

    bissetriz do ngulo formado pelos vetores 21 vevrr

    .

    Soluo: Para que )z,y,x(AB = esteja sobre a bissetriz do ngulo entre 21 vevrr

    ,

    necessrio que |v||v| 2211rr

    = 22222

    1 12)1(2 =++ 12 3= .

    Pela figura podemos ver que 2211 vvABrr

    += . Para 12 3=

    2111 v3vABrr

    += )v3v(AB 211rr

    += [ ])0,1,0(3)2,1,2()z,y,x( 1 +=

    =

    =

    =

    1

    1

    1

    2z2y2x

    . Como 32zyx32|AB| 222 =++=

    32)2()2()2( 212

    12

    1 =++ 132323212 1121 === .

    Portanto, )2,2,2(ABou)2,2,2(AB == .

    Para 12 3= 2111 v3vABrr

    = )v3v(AB 211rr

    =

    [ ])0,1,0(3)2,1,2()z,y,x( 1 =

    =

    =

    =

    1

    1

    1

    2z4y

    2x.

    Como 32)2()4()2(32zyx32|AB| 212

    12

    1222 =++=++=

    22

    12243224 121

    21 === .

    Portanto, ( ) ( )2,22,2ABou2,22,2AB +==

    Exemplo (8): Dar as expresses das coordenadas do ponto mdio do segmento de

    reta de extremidades )z,y,x(A 111 e )z,y,x(B 222 .

    Soluo: Seja M(x,y,z) o ponto mdio do segmento AB . O ponto M tal que

    MBAM = ou M-A = B-M. Ento:

    +=

    +=

    +=

    =

    =

    =

    =

    21

    21

    21

    21

    21

    21

    222111

    zzz2yyy2xxx2

    zzzzyyyyxxxx

    )zz,yy,xx()zz,yy,xx(

    Portanto: Ponto mdio

    +++

    2zz

    ,2

    yy,

    2xx

    M 212121

    B

    A

    AB

    1vr

    2vr

    11vr

    22vr

  • CLCULO VETORIAL E GEOMETRIA ANALTICA Luiz Francisco da Cruz Departamento de Matemtica Unesp/Bauru

    Exerccios Propostos:

    1) Encontrar os valores a e b tais que ubvawrrr

    += , sendo )14,4,4(w =r

    ,

    )1,2,1(v =r

    e )4,0,2(u =r

    . Resp: a =2 e b = -3

    2) Determine o simtrico do ponto P(3,1,-2) em relao ao ponto A(-1,0,-3).

    Resp: Q(-5,-1,-4)

    3) Um vetor wr

    do 3 forma com os eixos Ox e Oy, ngulos de 60o e 1200,

    respectivamente. Determine wr

    para que ele tenha mdulo igual a 2.

    Resp: )2,1,1(wou)2,1,1(w ==rr

    4) Sejam )0,1,1(be)0,0,1(a ==rr

    . O ngulo entre eles 45o. Calcule o ngulo entre

    os vetores baebarrrr

    + . Resp:

    =

    55

    arccos

    5) Dados os pontos A(1,-1,3) e B(3,1,5) , at que ponto se deve prolongar o

    segmento AB, no sentido de A para B, para que seu comprimento quadruplique de

    valor? Resp:

    (9,7,11)

    COMENTRIOS IMPORTANTES

    1) Como podemos identificar um vetor kzjyixvvrrr

    ++= com um ponto do 3 e, a

    fim de simplificar a notao, escrevermos )z,y,x(v =r

    , muito comum o aluno

    confundir as notaes de um ponto P(x,y,z) com o vetor )z,y,x(v =r

    . s vezes at,

    fazer operaes que so permitidas somente entre vetores, aplicando-as aos

    pontos. Portanto, cuidado com as notaes.

    2) A linguagem matemtica uma linguagem como outra qualquer, com suas

    regras e conectivos lgicos. As prprias lnguas (portugus, ingls, alemo,...)

    possuem suas regras de construo (concordncias, ortografia, conjugao

    verbal,...) as quais devem ser empregadas corretamente para que as frases e os

    pargrafos tenham sentido. Se por exemplo, em uma determinada linguagem

    computacional voc esquecer-se de digitar um ponto ou uma vrgula, seu programa

    no roda e enviar uma mensagem de erro. Veja o que acontece quando nos

    esquecemos de digitar um ponto ou uma letra em um site da internet ou um e-

    mail, no vamos conseguir navegar ou enviar uma mensagem. Assim tambm

    linguagem matemtica. Se voc no escreve corretamente, seu desenvolvimento

    matemtico ficar sem sentido e o professor, provavelmente, vai lhe enviar uma

    mensagem de erro que a sua nota. Portanto, procure usar os smbolos de

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    maneira correta e ordenada, para aqueles que lerem seu desenvolvimento

    matemtico possa entender o seu raciocnio.