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GABINETE DE ESTUDOS RELATÓRIO ANUAL DA ATIVIDADE DE CAPITAL DE RISCO 2015

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GABINETE DE ESTUDOS

RELATÓRIO ANUAL DA ATIVIDADE DE

CAPITAL DE RISCO

2015

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1 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Índice

I. INTRODUÇÃO 5

II. A ATIVIDADE DE CAPITAL DE RISCO 6

1. Indicadores do valor do capital de risco nacional 7

1.1 Valor sob Gestão 7

1.2 Ativos sob Gestão 7

1.3 Valor do Setor 7

1.4 Valor do Investimento 8

1.5 Valor Líquido Global dos Fundos 8

2. Quotas de Mercado 8

3. Tipo, Origem e Valor dos Investimentos 10

4. Setores de Atividade e Fases do Investimento do Capital de

Risco 12

5. Investimento Líquido e Rotação das Carteiras 16

6. Detenção de Capital Social nas Empresas Participadas 18

7. Estratégias de Desinvestimento 20

8. Avaliação das Carteiras 22

III. CONCLUSÕES 23

IV. ANEXO – QUADROS 25

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Lista de Gráficos

Gráfico 1 – Valor sob gestão (final de ano) ........................................................................................................................ 7

Gráfico 2 – Ativos sob gestão (final de semestre) ............................................................................................................ 7

Gráfico 3 – Valor investido e disponível para investimento ............................................................................................ 8

Gráfico 4 – Comparação dos indicadores (valores de fim de ano) .............................................................................. 8

Gráfico 5 – Ativos sob gestão (31 dez 2015) ..................................................................................................................... 9

Gráfico 6 – Ativos sob gestão das SCR (31 dez 2015) ................................................................................................... 9

Gráfico 7 – Ativos sob gestão das SCR via FCR (31 dez 2015) ................................................................................. 10

Gráfico 8 – Ativos sob gestão dos FCR (31 dez 2015) ................................................................................................. 10

Gráfico 10 – Valor e número de participações (31 dez 2015) ..................................................................................... 12

Gráfico 11 – Valor investido, por setor de atividade (final de 2015) ........................................................................... 13

Gráfico 12 – Valor investido pelas SCR, por setor de atividade (final de 2015) ..................................................... 13

Gráfico 13 – Valor investido pelos FCR, por setor de atividade (final de 2015) ...................................................... 13

Gráfico 14 – Investimentos, por setor de atividade ........................................................................................................ 14

Gráfico 15 – VAB/trabalhador e valor investido, por setor de atividade (2015) ....................................................... 14

Gráfico 16 – Valor investido, por fase de entrada do capital de risco nas empresas (final de 2015) ................ 15

Gráfico 17 – Investimento, por fase de entrada do capital de risco nas empresas ................................................ 16

Gráfico 18 – Valor das aquisições e alienações das SCR e dos FCR ...................................................................... 17

Gráfico 19 – Investimento líquido em “participações sociais”, transações e rotação das carteiras ................... 17

Gráfico 20 – Investimento líquido em “participações sociais” e número de transações, por fase de investimento

.................................................................................................................................................................................................... 18

Gráfico 21 – Investimento líquido em “participações sociais”, por fase de investimento ...................................... 18

Gráfico 22 – Participação no capital social das empresas (% do número de participações – final de 2015) .. 19

Gráfico 23 – Participação no capital social das empresas (% do valor das participações – final de 2015) ..... 19

Gráfico 24 – Participação no capital social das empresas (% em número e em valor das participações) ....... 20

Gráfico 25 – Valor investido por setores de atividade predominantes nas SCR (período de detenção inferior

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a 2 anos) - final de 2015 ....................................................................................................................................................... 20

Gráfico 26 – Valor investido por setores de atividade predominantes nos FCR (período de detenção inferior a

2 anos) - final de 2015 .......................................................................................................................................................... 20

Gráfico 27 – Valias obtidas no desinvestimento, considerando o valor em carteira (2015) ................................. 21

Gráfico 28 – Valias obtidas no desinvestimento, considerando o valor de aquisição (2015) .............................. 22

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Lista de Quadros

Quadro 1 – SCR e FCR em Atividade (31/12/2015) – Valor sob Gestão ....................................................... 26

Quadro 2 – SCR e FCR em Atividade (31/12/2015) – Ativos sob Gestão ...................................................... 27

Quadro 3 – FCR e SCR em Atividade (31/12/2015) – Valor do Setor ............................................................ 28

Quadro 4 – FCR e SCR em Actividade (31/12/2015) – Valor do Investimento .............................................. 29

Quadro 5 e 5.1 – Ativos sob Gestão e Valor Global dos FCR (31/12/2015) ................................................... 30

Quadro 6 – Quota de Mercado (Ativos sob Gestão) e Dimensão Média dos FCR (31/12/2015) ................... 31

Quadro 6 – Quota de Mercado (Ativos sob Gestão) e Dimensão Média dos FCR (31/12/2015) –

continuação ..................................................................................................................................................... 32

Quadro 7 – Valor das Participações na Atividade de Capital de Risco (31/12/2015) ..................................... 33

Quadro 8 – Ativos sob Gestão por Tipo de Investimento (31/12/2015) .......................................................... 34

Quadro 9 – Número de Investimentos em Capital de Risco Segundo a Tipologia de Instrumento (31/12/2015)

......................................................................................................................................................................... 35

Quadro 10 – Setores de Atividade das Empresas Participadas (31/12/2015) ................................................ 36

Quadro 10 – Setores de Atividade das Empresas Participadas (31/12/2015) – continuação ........................ 37

Quadro 11 – Valor Investido por Fases de Entrada do Capital de Risco nas Empresas (31/12/2015) .......... 38

Quadro 12 – Valor do Investimento Realizado pelas SCR e pelos FCR em 2015 ......................................... 39

Quadro 13 – Transações e Rotação das Carteiras em 2015 .......................................................................... 40

Quadro 14 – Valor das Transações por Fase de Investimento (Ano de 2015) ............................................... 41

Quadro 15 – Percentagem do Capital Social Detido nas Empresas Participadas (31/12/2015) .................... 42

Quadro 16 – Período de Detenção das Participações em Capital Social (31/12/2015) ................................. 43

Quadro 17 – Estratégia de Desinvestimento do Capital de Risco (Ano de 2015) ......................................... 44

Quadro 18 – Desinvestimentos do Capital de Risco por Fase de Investimento Face ao Preço de Aquisição

(Ano de 2015) .................................................................................................................................................. 45

Quadro 19 – Operações a Prazo Sobre Participações Sociais em Capital de Risco (31/12/2015)................ 46

Quadro 20 – Metodologias de Avaliação dos Investimentos (31/12/2015) ..................................................... 47

Quadro 21 – Valias Potenciais em Carteira – SCR e FCR (31/12/2015) ........................................................ 48

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5 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

I. Introdução

O relatório anual sobre a atividade de capital de risco

tem por base a informação reportada à CMVM ao

abrigo da Instrução da CMVM n.º 2/2013 e enviada

até 14-06-2016.

O capital de risco é uma forma de financiamento

particularmente relevante para empresas, com

elevado potencial de crescimento e com modelos de

negócio ainda por testar. Os investidores em capital

de risco facultam às empresas participadas o seu

apoio técnico e capacidade de gestão,

proporcionando as condições necessárias ao

empreendedorismo e à inovação.

Na economia portuguesa, caraterizada por um tecido

empresarial constituído essencialmente por

pequenas e médias empresas e pela recente redução

dos empréstimos concedidos às sociedades não

financeiras, o financiamento obtido através das

sociedades e dos fundos de capital de risco é uma

alternativa às tradicionais fontes de financiamento

empresarial. Através do capital de risco é possível

recapitalizar as empresas participadas, desenvolver

processos de produção e distribuição mais eficientes,

criar emprego e valorizar o setor.

No presente relatório são discutidos os seguintes

tópicos por ordem sequencial: os indicadores do valor

do capital de risco nacional (valores sob gestão do

setor, ativos sob gestão, valor da atividade, valor do

investimento e valor líquido global dos fundos); as

quotas de mercado dos diferentes operadores de

capital de risco nacional; o tipo de investimentos

realizados; os setores de atividade e as fases de

investimento em que os operadores têm alocado os

recursos; o investimento líquido e a rotação de

carteiras dos diferentes instrumentos de capital de

risco; as estratégias de desinvestimento; a detenção

de capital social nas empresas participadas; e a

avaliação das carteiras de investimentos. O relatório

termina com algumas conclusões.

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6 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

II. A Atividade de Capital de Risco

Apresentam-se primeiramente alguns dos conceitos

usados neste relatório.

Valor sob Gestão

O “Valor sob Gestão” é obtido pela soma das rubricas

de participações sociais, outros financiamentos1,

liquidez2, posições sobre derivados (opções) e outros

ativos, a que são subtraídos o endividamento e os

outros passivos.3 Este conceito é semelhante ao

conceito de VLGF dos Fundos de Capital de Risco.

Ativos sob Gestão

Os “Ativos sob Gestão” são calculados através da

soma das rubricas de participações sociais, outros

financiamentos, liquidez, posições sobre derivados

(opções) e outros ativos.4

Valor do Setor

O “Valor do Setor” (ou valor comercial do capital de

risco) resulta da soma das rubricas de participações

sociais, outros financiamentos e posições sobre

derivados (opções), a que se adiciona também o

1 Prestações acessórias, prestações suplementares, suprimentos, obrigações e outros títulos de dívida, empréstimos não titulados e unidades de participação de FCR. 2 Até à adoção da Instrução n.º 2/2013 da CMVM, a informação relativa a liquidez considerava a informação transmitida pelas SCR à CMVM e referida no ponto 1.4 (Outros Ativos de Capital de Risco) do Anexo I do Regulamento da CMVM n.º 1/2008. Ou seja, “os depósitos e outros meios líquidos afetos ao investimento em capital de risco”.

capital não realizado mas subscrito pelos

participantes ou pelos acionistas.

Investimento

O “Investimento” é uma variável stock obtida através

da soma das rubricas de participações sociais e

outros financiamentos (rubricas 1 e 2 do Anexo I da

Instrução da CMVM n.º 2/2013).

Valor Líquido Global do Fundo (VLGF)

O “Valor Líquido Global do Fundo” ou de

compartimento patrimonial autónomo deste é o

montante correspondente ao valor total dos

respetivos ativos, subtraído do valor total dos seus

passivos.

3 Ou seja, corresponde à soma das rubricas 1, 2, 3, 51 e 52, a que se subtraem as rubricas 4 e 53 do Anexo I da Instrução nº 2/2013 da CMVM. 4 Ou seja, corresponde à soma das rubricas 1, 2, 3, 51 e 52 do Anexo I da Instrução nº 2/2013 da CMVM. O artigo 2º (Cálculo dos ativos sob gestão) do Regulamento Delegado (UE) N.º 231/2013 da Comissão, de 19 de Dezembro de 2012, que complementa a Diretiva 2011/61/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, identifica a formulação respeitante ao “valor correspondente dos ativos sob gestão”.

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7 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

1. Indicadores do valor do capital de risco

nacional

1.1 Valor sob Gestão

O valor sob gestão do setor de capital de risco

nacional aumentou 14,6% em 2015, para € 4,0 mil

milhões no final do ano, o que representava cerca de

2,2% do PIB a preços correntes.

Gráfico 1 – Valor sob gestão (final de ano)

Fonte: CMVM

Esta evolução resulta dos fundos de capital de risco

(FCR), com um crescimento de € 523,6 milhões, já

que o valor sob gestão das sociedades de capital de

risco (SCR) prolongou a sua tendência de declínio

com uma diminuição de € 13,5 milhões face a 2014.

As SCR registam uma diminuição do valor sob gestão

de 72,9% desde 2011.

1.2 Ativos sob Gestão

No final do ano os operadores nacionais de capital de

5 Ver detalhe “Quadro 8 – Ativos sob gestão por tipo de investimento”, em anexo.

risco tinham cerca de € 4,2 mil milhões de ativos sob

gestão, um aumento de € 218,4 milhões face ao ano

anterior. À semelhança do valor sob gestão, o

incremento dos ativos sob gestão foi exclusivo dos

FCR, com um crescimento de € 511,4 milhões.5

Gráfico 2 – Ativos sob gestão (final de semestre)

Fonte: CMVM

1.3 Valor do Setor

O valor do setor ascendia a € 4,5 mil milhões, com a

componente de capital não realizado a atingir 19,4%

do total.6 O capital não realizado sinaliza a

disponibilidade dos investidores na colocação de

fundos ao dispor do capital de risco, e que não foram

ainda investidos. Por sua vez, as participações sociais

corresponderam apenas a um em cada quatro euros

do valor disponível para o setor, enquanto os outros

investimentos corresponderam a 58% do valor do

setor.

6 Ver detalhe “Quadro 3 – FCR e SCR em atividade – Valor do setor”, em anexo.

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8 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Gráfico 3 – Valor investido e disponível para investimento

Fonte: CMVM

1.4 Valor do Investimento

O valor do investimento do capital de risco nacional

aumentou 7,3% em 2015, para os € 3,7 mil milhões,

impulsionado pelos FCR (que aumentaram o seu

investimento em 15,6%, ou seja, mais € 486,7

milhões).7 Quando comparado com os demais países

europeus, o peso do investimento em capital de risco

no PIB português (2,1%) é diminuto: na Dinamarca,

por exemplo, atinge 10,9% do PIB.8

1.5 Valor Líquido Global dos Fundos

O valor líquido global dos FCR atingiu € 3.881,0

milhões (+15,2% face ao ano transato). Por sua vez,

o VLGF gerido pelas SCR caiu para os € 203,8

milhões.

7 Ver detalhe “Quadro 4 – FCR e SCR em atividade – Valor do investimento”, em anexo. 8 Fonte: Invest Europe. 9 Em 2015 foram constituídas seis sociedades, a Armilar Venture Partners - SCR, SA, a Busy Angels, SCR, S.A., a Grande Enseada Capital Partners, SCR, SA, a Hovione Capital, SCR, S.A., a

Gráfico 4 – Comparação dos indicadores (valores de fim de ano)

Fonte: CMVM

2. Quotas de Mercado

No final do ano9 operavam no setor de capital de risco

português 41 sociedades (Sociedades de Capital de

Risco, Sociedades Gestoras de Fundos de

Investimento e Bancos). Os fundos de capital de risco

mantiveram um papel dominante face à participação

direta das sociedades de capital de risco. Os ativos

sob gestão alocados pelos FCR concentravam-se

principalmente na participação no capital de 608

empresas e na detenção de unidades de participação

de fundos de capital de risco em 20 empresas.

O investimento direto das SCR foi inferior ao do ano

transato e estava distribuído pela participação no

capital de 94 empresas e pela aquisição de unidades

Montepio - Capital de Risco, SCR, S.A. e a Quadrantis Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A.. Foi cancelado o registo na CMVM de duas sociedades e uma encontra-se em liquidação no final do ano. Adicionalmente, a Dunas Gestão de Activos, SGFIM, S.A. passou a gerir fundos de capital de risco.

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9 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

de participação de fundos de capital de risco em 45

empresas. No entanto, o total de empresas

participadas era de 681, uma vez que existiam 21

empresas participadas simultaneamente via fundos e

via investimento direto das SCR. Idêntica situação

ocorria na detenção de unidades de participação de

fundos de capital de risco em 59 empresas.

Cerca de € 45,6 milhões dos ativos geridos pelas SCR

respeitavam a investimentos diretos desses

operadores. Por sua vez, 70% das SCR realizaram os

seus investimentos atuando simultaneamente de

forma direta e através de FCR (€ 199,5 milhões).

Gráfico 5 – Ativos sob gestão (31 dez 2015)

Fonte: CMVM

A entrada em liquidação da Finpro SCR, SA, que

detinha ativos sob gestão de € 227,4 milhões em

2014, foi a principal responsável pela queda de 54,4%

registada nos ativos sob gestão das sociedades no

ano em análise.

Gráfico 6 – Ativos sob gestão das SCR (31 dez 2015)

Fonte: CMVM

Vinte e seis SCR realizavam os seus investimentos

diretamente e através de 73 FCR. Os € 3,8 mil

milhões sob gestão detidos por esses FCR

representavam 94,9% do valor total do setor, estando

concentrados num reduzido número de operadores

(vd. Gráfico 7). Por sua vez, os operadores que

atuavam exclusivamente através de FCR (Dunas

Gestão de Activos – SGFIM, SA; Patris Gestão de

Activos - SGFIM, SA; LYNX Asset Managers - SGFIM,

SA; e Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL)

geriam na totalidade doze fundos com € 202,9

milhões de ativos sob gestão.

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10 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Gráfico 7 – Ativos sob gestão das SCR via FCR (31 dez 2015)

Fonte: CMVM

O montante médio dos ativos sob gestão dos 85 FCR

em atividade no final do ano situou-se em € 46,7

milhões (€ 48,0 milhões em 2014), sinalizando uma

diminuição do valor médio dos fundos. Apenas 17

FCR detinham ativos com um valor superior a esse

valor médio.

Os sete FCR com VLGF superior a € 100 milhões

(Fundo Recuperação Turismo; Fundo Recuperação;

Fundo de Reestruturação Empresarial; Grupo C.G.D.

– Caixa Capital, FCR; Aquarius; Explorer III; e

Portugal Ventures Valor 2) concentravam cerca de

62,8% do total nacional. A gestão destes sete fundos

está a cargo de cinco operadores (Caixa Capital -

SCR, SA; ECS - SCR, SA; Explorer Investments -

SCR, SA; Oxy Capital - SCR, SA e Portugal Capital

Ventures - SCR, SA).10

10 Ver detalhe, “Quadros 5 e 5.1 – Ativos sob gestão e valor global dos FCR”, em anexo. 11 O índice HHI (Herfindahl-Hirschman Index) é dado por HHI=

Si

2

(em que Si corresponde à quota de mercado de cada

Gráfico 8 – Ativos sob gestão dos FCR (31 dez 2015)

Fonte: CMVM

O índice HHI11 indica que a concentração do setor do

capital de risco é moderada (1598 pontos). Quando

analisadas as quotas de mercado dos FCR, este

índice aumenta de valor (1728 pontos). Em ambos os

casos os valores do HHI são inferiores aos registados

em 2014, ano em que a concentração do setor era

mais pronunciada.

3. Tipo, Origem e Valor dos Investimentos

O capital de risco nacional realizou investimentos em

entidade). Este índice varia entre um mínimo próximo de zero e um máximo de 10.000. Em geral, aceita-se que um valor inferior a 1.000 representa um mercado não concentrado, entre 1.000 e 1.800 um mercado moderadamente concentrado e um valor superior a 1.800 um mercado fortemente concentrado.

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11 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

681 empresas, distribuídos por 1.620 operações.12 O

número de empresas alvo do capital de risco13

aumentou 23,4%, assim como o número de

operações (+15,5% face ao ano anterior). Setenta e

uma das operações efetuadas referem-se ao

investimento de SCR e de FCR em unidades de

participação de fundos de capital de risco, 815 a

“outros investimentos” e 734 a operações sobre

“participações sociais”.14

O valor do investimento em “participações sociais”

(sociedades anónimas e sociedades por quotas) em

empresas não residentes diminuiu 41,5% face ao ano

anterior, contrariamente ao sucedido nas empresas

residentes (+16,5%).15 Por sua vez, o investimento

dos FCR aumentou quer em empresas residentes

quer em empresas não residentes, contrariamente ao

das SCR que diminuiu em ambos os tipos de

empresas.16

Na rubrica ”outros investimentos”, que correspondia

no final do ano a € 2,6 mil milhões (ou seja, 62,0% dos

ativos sob gestão por tipo de investimento17), o

aumento verificou-se especialmente nas empresas

residentes. Tal como em anos anteriores, embora de

forma mais intensa em 2015, a rubrica “prestações

acessórias”18 assumiu um papel determinante.

12 O número de empresas é menor do que o número das respetivas participações uma vez que o investimento realizado numa empresa poderá resultar de diferentes fontes (SCR e/ou FCR). As participações ocorridas em momentos diferentes do tempo e pela mesma sociedade foram consideradas como uma única participação. 13 Estão incluídas as aquisições de participações em empresas e de unidades de participação de FCR e “outros investimentos” (prestações suplementares, empréstimos titulados e não titulados e ainda suprimentos). 14 Ver detalhe “Quadro 9 – Número de investimentos em capital de risco segundo a tipologia de instrumento”, em anexo.

Os “suprimentos” atingiram os € 857,9 milhões e a

rubrica “empréstimos”19 acentuou o seu crescimento,

passando de € 616,4 milhões em 2014 para € 707,6

milhões em 2015. Em conjunto com a contínua

diminuição dos empréstimos concedidos às

sociedades não financeiras, aqueles números

indiciam que a atuação dos operadores nacionais é,

ainda, muito próxima da atividade bancária

(concessão de crédito); a titularidade de direitos

residuais de controlo e a assunção de riscos

acionistas, que caracterizam a atividade de capital de

risco, ainda não têm a relevância desejável.

Gráfico 9 – Valor das participações (31 dez 2015)

Fonte: CMVM

15 No final de 2015 o valor das participações em capital social representava, respetivamente, 26,3% e 23,3% dos investimentos e dos ativos sob gestão. 16 Ver detalhe, “Quadro 8 – Ativos sob gestão por tipo de investimento”, em anexo. 17 Ver detalhe “Quadro 8 – Ativos sob gestão por tipo de investimento”, em anexo. 18 Ver Anexo 1 da Instrução da CMVM n.º 2/2013, rubrica “outros investimentos” (conta 22). 19 Ver Anexo 1 da Instrução da CMVM n.º 2/2013, rubrica “outros investimentos” (conta 23).

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12 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

O valor das participações em capital social em

sociedades anónimas, em sociedades por quotas e

em unidades de participação de FCR apresenta as

seguintes características: (i) o valor médio das

participações em sociedades por quotas é reduzido,

comparativamente com o relativo a sociedades

anónimas e com o das unidades de participação de

FCR; (ii) 67,5% das participações apresentam um

valor inferior a € 500.000; (iii) nove participações

representam cerca de 30,5% do ativo sob gestão do

capital de risco registado em Portugal (em 2014, as

nove maiores participações representavam 37,5% do

total sob gestão); (iv) as 51 participações com valor

superior a € 5 milhões correspondem a 63,2% do valor

das participações geridas pelo capital de risco

português; (v) não existe nenhuma participação com

valor superior a € 100 milhões.20

A rubrica depósitos e outros meios líquidos afetos ao

capital de risco aumentou € 35,9 milhões face a

2014.21 O aumento de liquidez indicia a falta de

oportunidades de investimento atuais, mas resulta

igualmente do início recente de atividade de alguns

operadores (seis em 2015).

20 Ver detalhe “Quadro 7 – Valor das participações na atividade de capital de risco”, em anexo.

Gráfico 10 – Valor e número de participações (31 dez 2015)

Fonte: CMVM

4. Setores de Atividade e Fases do

Investimento do Capital de Risco

O investimento do capital de risco continuou a ser

dirigido fundamentalmente para sociedades gestoras

de participação social em empresas não financeiras

(Em geral estas empresas são utilizadas como

veículo para realizar investimentos noutras empresas)

e para a indústria transformadora. Assim, o valor do

investimento realizado nestes segmentos aumentou

cerca de € 76,1 milhões.

As atividades financeiras e de seguros e a indústria

transformadora foram os setores onde as SCR

realizaram maiores investimentos. Por sua vez, o

investimento realizado pelos FCR foi canalizado para

sociedades gestoras de participação social em

21 Ver detalhe “Quadro 8 – Ativos sob Gestão por Tipo de Investimento”, em anexo.

Page 14: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

13 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

empresas não financeiras (no final do ano o valor

investido situava-se em € 1.339,4 milhões) e em

menor dimensão para empresas da indústria

transformadora (€ 396,7 milhões) e atividades

imobiliárias (€ 367,9 milhões).22

Gráfico 11 – Valor investido, por setor de atividade (final de 2015)

Fonte: CMVM

Os quatro principais setores de atividade em que o

capital de risco efetuou as suas aplicações

representaram 65,4% da carteira de investimentos.

22 Ver detalhe “Quadro 10 – Setores de atividade das empresas participadas”, em anexo.

Gráfico 12 – Valor investido pelas SCR, por setor de atividade (final de 2015)

Fonte: CMVM

Desde 2009, assistiu-se ao redireccionamento do

investimento para sociedades gestoras de

participações sociais, em detrimento das atividades

de captação, tratamento e distribuição de água,

gestão de resíduos e despoluição; e de transportes e

armazenagem.

Gráfico 13 – Valor investido pelos FCR, por setor de atividade (final de 2015)

Fonte: CMVM

Page 15: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

14 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Gráfico 14 – Investimentos, por setor de atividade

Fonte: CMVM

Excluindo as SGPS em empresas não financeiras

(para as quais não se possui informação desagregada

sobre o Valor Acrescentado Bruto - VAB), o setor das

atividades imobiliárias apresenta o VAB por

trabalhador mais elevado. Contudo, o setor das

atividades imobiliárias apenas concentrou 9,9% do

valor investido.

Nos demais setores, também o segmento das

atividades financeiras e de seguros assinala um VAB

por trabalhador superior ao da média nacional23,

embora a percentagem de capital investido pelo

capital de risco seja reduzida (6,4%). Assim, no final

do ano uma parte significativa dos investimentos do

capital de risco encontrava-se afeta a setores

23 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, dados relativos a 2015 (cálculos CMVM).

geradores de escasso VAB.

Gráfico 15 – VAB/trabalhador e valor investido, por setor de atividade (2015)

Fonte: CMVM e INE; cálculos CMVM.

Na Europa, as atividades das ciências da vida e

ligadas à computação e consumíveis eletrónicos

tiveram maior volume de investimento em 2015

(53,8% do total).24

As fases de incubação e de arranque e

24 Fonte: Invest Europe.

A Agricultura, silvicultura e pesca

B-E Indústria, energia, água e saneamento

C Indústria transformadora

F Construção

G-I Comércio, transportes, alojamento e restauração

J Atividades de informação e de comunicação

K Atividades financeiras e de seguros

L Atividades imobiliárias

M-N Atividades de consultoria; científ icas e técnicas; administrativas e dos serviços de apoio

O-Q Administração Pública e defesa; educação; saúde e segurança social

R-U Atividades artísticas e outras atividades de serviços; atividades de produção das famílias

para uso próprio e de organismos internacionais e outras instituições extra-territoriais

Page 16: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

15 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

desenvolvimento das empresas passaram a

representar 19,3% do montante investido pelo capital

de risco (13,5% em 2014).25 O venture capital

(investimento em empresas a estabelecer ou já

estabelecidas, de pequena dimensão, mas com

potencial de crescimento) e o private equity

(investimento em empresas que já estão

consolidadas e possuem uma atividade económica

mais expressiva) apresentam um peso muito distinto,

respetivamente 19,3% e 80,7%.

Ao nível do private equity é de salientar o papel das

empresas que pretendem reorientar a sua estratégia

(turnaround), que representavam 51,3% (€ 1,9 mil

milhões) do valor investido pelo capital de risco no

final do ano (Gráfico 15), o que revela um aumento

significativo de importância face ao ano anterior

(35,3% em 2014).

É igualmente de salientar o apoio dado ao

desenvolvimento de empresas participadas (ou seja,

a empresas caracterizadas como estando em

"expansão’), cerca de € 840,9 milhões do valor

investido no final de 2015.26 Trata-se de empresas

que necessitam de obter capital para aumentar a

capacidade produtiva e comercial instalada e o

desenvolvimento de novos produtos. A importância

desta rubrica tem vindo a diminuir desde 2009, ano

em que representava 49,2% do total investido nas

diferentes fases de entrada do capital de risco nas

empresas, apesar das conhecidas restrições de

25 Ver detalhe “Quadro 11 – Valor investido por fases de entrada do capital de risco nas empresas”, em anexo.

26 Ver detalhe “Quadro 11 – Valor investido por fases de entrada do capital de risco nas empresas”, em anexo.

acesso ao crédito.

Nos casos em que o capital de risco apoia a gestão

na aquisição do capital da empresa (management buy

out), o valor investido correspondeu a apenas 0,7%

do total27, situação semelhante à verificada em casos

em que uma equipa exterior de gestão (management

buy in) adquire o capital de uma empresa (0,5%).28

Gráfico 16 – Valor investido, por fase de entrada do capital de risco nas empresas (final de 2015)

Fonte: CMVM

Em matéria de venture capital salienta-se o papel das

start-up – empresas com um histórico operacional

limitado, geralmente recém-criadas, em fase de

desenvolvimento e captação de clientes – cujo

montante investido no final do ano se situava na

ordem dos € 393,1 milhões e correspondia a 10,5%

do total investido nas diferentes fases de

investimento.

27 Em 2014 esta fase correspondeu a cerca de 0,8% do total do investimento. 28 Em 2014 esta fase correspondeu a cerca de 1,2% do total do investimento.

Page 17: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

16 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Por fim, apesar de superior ao ano transato, manteve-

se diminuto o peso dos investimentos em ‘seed

capital’, ‘early stage’ e via refinanciamento da dívida

bancária, em todos os casos inferior a 5,0% do

investimento total do capital de risco.

Gráfico 17 – Investimento, por fase de entrada do capital de risco nas empresas

Fonte: CMVM

Tem-se assistido a uma evolução muito distinta do

montante investido por fase de investimento.

Enquanto a estratégia de turnaround passou de 1,1%

em 2007 para 51,3% em 2015, em sentido oposto o

investimento nas fases de expansão e de capital de

substituição perderam cerca de 41% do seu peso

relativo.

29 Em 2014 as SCR desinvestiram € 11,4 milhões e os FCR investiram € 40,6 milhões.

5. Investimento Líquido e Rotação das

Carteiras

A evolução dos fluxos de capital é analisada através

do investimento realizado em cada período e da

rotação das carteiras. O investimento líquido resulta

da diferença entre as aquisições e as alienações de

ações, quotas e unidades de participação de FCR. A

rotação das carteiras é calculada através do

quociente entre a soma das operações de aquisição

e de alienação efetuadas em sociedades anónimas,

sociedades por quotas e em unidades de participação

de FCR ao longo do ano e o valor sob gestão no

período precedente.

O investimento líquido do capital de risco foi de € 54,6

milhões em 2015 (€ 29,1 milhões em 2014). À

semelhança do verificado em anos anteriores, o

investimento líquido das SCR foi negativo (cerca de €

3,2 milhões), contrariamente ao verificado nos FCR

onde atingiu € 57,8 milhões.29

As aquisições perfizeram € 148,2 milhões30 e revelam

alguma dispersão quanto ao número de operações.

As alienações (€ 93,6 milhões) apresentam uma

característica idêntica. À semelhança do ano transato,

o ano de 2015 caracterizou-se por um elevado

número de operações de baixo valor e por um

pequeno número de operações que corresponderam

a uma percentagem muito significativa dos valores

adquiridos e alienados.

30 Ver detalhe no “Quadro 12 – Valor do investimento realizado pelas SCR e pelos FCR”, em anexo.

Page 18: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

17 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Gráfico 18 – Valor das aquisições e alienações das SCR e dos FCR

Fonte: CMVM

A rotação anual das carteiras de investimento

resultantes de operações realizadas quer por SCR

quer por FCR ascendeu a 3,5%.31 Considerando as

operações de aquisição e de alienação realizadas

(relativas a sociedades anónimas, sociedades por

31 Ver detalhe no “Quadro 13 – Transações e rotação das carteiras”, em anexo.

quotas e UP de FCR), o capital de risco efetuou 316

aquisições (totais ou parciais) de participações e

desinvestiu em 156. Uma percentagem significativa

das aquisições (36,1%) e das alienações (57,1%)

apresentam montantes inferiores a € 50.000; as

aquisições (alienações) nesta situação correspondem

a 0,9% (0,2%) do respetivo valor total.

As aquisições com valor superior a € 500.000, num

total de 67, correspondem a cerca de 81,2% (€ 120,4

milhões) do valor total das operações de aquisição

efetuadas em 2015 e as 18 alienações representam

cerca de 89,9% (€ 84,2 milhões) do valor total

alienado.

Gráfico 19 – Investimento líquido em “participações sociais”, transações e rotação das carteiras

Fonte: CMVM

As transações realizadas nas diversas fases de

investimento permitem avaliar o estágio de

desenvolvimento das empresas em que se tem

Page 19: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

18 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

verificado uma maior ou menor preponderância do

investimento líquido do capital de risco.32 O ano ficou

marcado pela concentração do investimento líquido

em start-up, que ascendeu a € 45,9 milhões, e em

menor grau por transações para empresas em

expansão e early-stage. Por seu lado, o

desinvestimento ocorreu sobretudo em capital de

substituição (€ 51,3 milhões).

Gráfico 20 – Investimento líquido em “participações sociais” e número de transações, por fase de investimento

Fonte: CMVM

32 Ver detalhe no “Quadro 14 – Valor das transações por fase de investimento”, em anexo.

Gráfico 21 – Investimento líquido em “participações sociais”, por fase de investimento

Fonte: CMVM

6. Detenção de Capital Social nas Empresas

Participadas

A intervenção do capital de risco nas empresas

participadas pode desempenhar um papel

financiador, de aconselhamento técnico e de

envolvimento na gestão (abordagem designada

habitualmente por ‘hands-on’), ou pode limitar-se à

alocação de fundos às empresas intervencionadas

por parte dos operadores (‘hands-off’).

No final do ano, os operadores de capital de risco

tinham um controlo maioritário em cerca de 20,3% das

participações em capital social (19,8% no final do ano

anterior). Contudo, o domínio acionista do capital de

risco nas empresas participadas perde relevância se

for aferido pelo valor total das participações (13,9%).

Page 20: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

19 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Gráfico 22 – Participação no capital social das empresas (% do número de participações – final de 2015)

Fonte: CMVM

Por sua vez, as 533 participações com uma

percentagem inferior a 30,0% do capital detido

representavam 73,7% (€ 828,5 milhões) do

investimento do capital de risco. Em 107 sociedades

em que os operadores de capital de risco detinham

participações superiores a 80,0% do capital, o

investimento situou-se em € 94,5 milhões e

correspondeu a 8,4% do valor total das participações.

Pode daqui concluir-se que o capital de risco intervém

em muitas empresas de acordo com a perspetiva

‘hands-on’.33

33 Ver detalhe no “Quadro 15 – Percentagem do capital social detido nas empresas participadas”, em anexo.

Gráfico 23 – Participação no capital social das empresas (% do valor das participações – final de 2015)

Fonte: CMVM

Em geral, a detenção de participações pelo capital de

risco está limitada temporalmente, havendo um

número reduzido de casos em que as participações

são excecionalmente detidas por um prazo superior a

10 anos (45 participações, correspondentes a 5,6%

do total e que representam 12,8% do investimento

dos operadores de capital de risco). Pelo contrário, a

detenção de participações por um prazo até quatro

anos sucede em 63,7% dos casos34 (57,1% em 2014),

com o valor destas participações a subir em termos

percentuais de 34,9% em 2014 para 48,6% em 2015.

34 Ver detalhe no “Quadro 16 – Período de detenção das participações em capital social”, em anexo.

Page 21: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

20 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Gráfico 24 – Participação no capital social das empresas (% em número e em valor das participações)

Fonte: CMVM

Nos gráficos seguintes apresentam-se as

participações em capital social detidas até dois anos

nas SCR e nos FCR por setor de investimento. Os

investimentos das SCR concentram-se

fundamentalmente em atividades financeiras e de

seguros (96,4% do total investido pelas SCR) e em

menor grau nas atividades de consultoria, científicas,

técnicas e similares. O investimento encontra-se mais

disperso ao nível dos FCR: atividades financeiras e de

seguros; indústria transformadora e alojamento,

restauração e similares. Estes três segmentos

representam, em conjunto, cerca de 64,1% do valor

total investido.

Gráfico 25 – Valor investido por setores de atividade predominantes nas SCR (período de detenção inferior a 2 anos) - final de 2015

Fonte: CMVM

Gráfico 26 – Valor investido por setores de atividade predominantes nos FCR (período de detenção inferior a 2 anos) - final de 2015

Fonte: CMVM

7. Estratégias de Desinvestimento

Em 2015 foram concretizadas 385 operações de

desinvestimento, resultantes das alienações

Page 22: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

21 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

ocorridas em 205 sociedades diferentes.35 As

referidas alienações foram levadas a cabo por 23

diferentes sociedades e resultaram no

desinvestimento de cerca de € 615,0 milhões.36 O

desinvestimento concentrou-se fundamentalmente

em operações de write-off, venda a terceiros e

recompra (pela equipa de gestão ou acionistas), que

corresponderam a 56,1% do número de operações de

desinvestimento. Estas operações envolveram 25,2%

do montante total desinvestido (ou seja, € 155,4

milhões), com a venda a terceiros a ter um papel

determinante (€ 84,8 milhões).37

O capital de risco continua a não dirigir investimentos

para a introdução de novas empresas no mercado de

capitais, com desinvestimento via oferta pública inicial

(IPO). Cerca de 92 (11,5%) das participações detidas

no final do ano pelos operadores de capital de risco

apresentavam um valor superior a € 2.500.00038, pelo

que, em teoria, existem empresas na esfera do capital

de risco com condições para a realização de IPO.

Cerca de 23,6% das operações de desinvestimento

em capital de risco resultaram em menos-valias face

ao valor em carteira, e 53,0% das operações

registaram mais-valias para os operadores de capital

de risco.

35 Considera rubricas 1 e 2 do Anexo I da Instrução da CMVM n.º 2/2013. 36 Ver detalhe “Quadro 17 – Estratégia de desinvestimento do capital de risco”, em anexo.

Gráfico 27 – Valias obtidas no desinvestimento, considerando o valor em carteira (2015)

Fonte: CMVM

As conclusões alteram-se substancialmente se as

valias forem apuradas com base no valor de

aquisição. Neste caso, apenas 18,4% das operações

registaram mais-valias, num montante de € 155,4

milhões. Já as operações com menos-valias, não só

foram em maior número (58,4% das operações),

como atingiram um montante substancialmente

superior (cerca de € 1.131,4 milhões).

São ainda de assinalar as vendas ao preço de

aquisição, que constituíram 23,1% do número de

operações.

No que respeita às fases de investimento em que se

encontrava o capital de risco aquando da alienação

das participações, e tendo por base o preço de

aquisição, os investimentos das fases start-up e seed

capital resultaram em menos-valias de € 59,9

37A maioria destas operações (142, correspondentes a € 419,5 milhões) não são identificadas pelas sociedades como operações de desinvestimento. 38 Valor mínimo em termos de free float para a realização de um private placement no Alternext.

Page 23: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

22 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

milhões, enquanto as operações com empresas em

expansão resultaram em menos-valias de € 180,4

milhões.39 Por sua vez, as alienações ocorridas na

fase que permite reorientar a sua estratégia

(turnaround) resultaram em menos valias que

ascenderam a € 745,0 milhões.

Gráfico 28 – Valias obtidas no desinvestimento, considerando o valor de aquisição (2015)

Fonte: CMVM

Relativamente ao valor dos contratos a prazo, a

informação reportada pelas sociedades de capital de

risco40 permite identificar dois grupos de operações

distintas: as realizadas em consonância com as

39 Ver detalhe “Quadro 18 – Desinvestimentos do capital de risco por fase de investimento face ao preço de aquisição”, em anexo. 40 Ver anexo I da Instrução da CMVM nº 2/2013 (contas 51 e 61-64). 41 Ver detalhe “Quadro 19 – Operações a prazo sobre participações sociais em capital de risco”, em anexo. 42 A determinação do justo valor dos investimentos pode ser efetuada por recurso a diferentes metodologias. No caso de participações em empresas cotadas em mercado podem ser utilizadas três abordagens: i) o último preço verificado no momento de referência; ii) o preço de fecho ou preço de referência divulgado pela entidade gestora do mercado em que os valores se encontrem admitidos à negociação. No caso de participações em empresas não cotadas, o justo valor pode ser obtido igualmente pelos seguintes critérios: a) valor de

posições assumidas nas contas de património

(“participações sociais” e “outros”) e as consideradas

como extrapatrimoniais. As operações

extrapatrimoniais, onde se incluem os contratos

futuros e forwards, os swaps e as opções, totalizaram

desvalorizações de € 32,2 milhões. Adicionalmente, a

maioria dos contratos não apresenta valores

atualizados, com cerca de 78,1% dos contratos a

prazo a surgir inscritos nas carteiras com um valor

nulo.41

8. Avaliação das Carteiras

A valorização dos investimentos realizados pelo

capital de risco deve ser realizada ao seu justo valor.42

As participações detidas pelo capital de risco

respeitam na sua maioria a empresas detidas há mais

de um ano, razão pela qual a sua valorização deve

ser efetuada pelo justo valor. A valorização dos fluxos

de caixa atualizados (DCF) foi o critério mais utilizado

para valorizar as participações pelo justo valor.43 Este

método foi utilizado em 51,2% das participações

detidas, que correspondem a 62,5% dos

aquisição; b) transações materialmente relevantes, efetuadas nos últimos doze meses face ao momento da avaliação, assim consideradas as realizadas por entidades independentes do fundo de capital de risco, da sociedade de capital de risco e da sociedade de investimento em capital de risco; c) múltiplos de sociedades comparáveis, nomeadamente, em termos de sector de atividade, dimensão, alavancagem e rendibilidade; d) fluxos de caixa descontados; e) último valor patrimonial divulgado pela entidade responsável pela gestão quanto a participações em organismos de investimento coletivo; f) outros internacionalmente reconhecidos, em situações excecionais. Adicionalmente, o valor de aquisição apenas pode ser usado nos 12 meses seguintes à data de aquisição. 43 Ver detalhe “Quadro 20 – Metodologias de avaliação de investimentos”, em anexo.

Page 24: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

23 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

investimentos realizados pelos operadores de capital

de risco. A utilização de múltiplos e do valor de

transações relevantes de empresas similares

representou 12,7% do número de participações em

carteira e 14,1% do valor dos investimentos.

O critério do valor de aquisição representou 14,1% do

valor dos investimentos e 24,1% do número de

participações.

A utilização das metodologias previstas para o cálculo

do justo valor permite calcular as valias potenciais dos

investimentos em carteira através da diferença entre

os valores inscritos nas carteiras e o valor de

aquisição das participações. O setor do capital de

risco encerrou o ano de 2015 com um potencial de

desvalorização em cerca de 17,2% dos

investimentos. Quer as SCR quer os FCR apresentam

globalmente menos-valias potenciais, de 30,3% no

primeiro caso e de 16,7% no segundo.44 Nos FCR,

esta situação é explicada pelo facto de 323 das 1.499

participações detidas estarem inscritas com um valor

de avaliação nulo.45 Nas SCR, 26 das 121

participações encontravam-se inscritas com um valor

de avaliação nulo.

A maioria das participações detidas tem associados

acordos de saída a prazo onde se definem as

condições de preço para a realização do

desinvestimento. A simples constatação do potencial

de desvalorização não pode desconsiderar esses

acordos de saída, nem a fase em que se encontram

os investimentos (uma vez que, em regra, as mais-

44 Ver detalhe “Quadro 21 – Valias potenciais em carteira – SCR e FCR”, em anexo.

valias, a existirem, são geradas numa fase adiantada

do investimento).

III. Conclusões

Os ativos sob gestão do setor do capital de risco

mantiveram a tendência de crescimento verificada em

anos anteriores, tendo no final do ano atingido € 4,2

mil milhões.

O número de empresas objeto de investimento pelo

capital de risco aumentou face ao ano anterior. Tal

deveu-se especialmente ao crescimento do valor

direcionado para empresas residentes,

contrariamente ao sucedido com empresas não

residentes, cujo valor dos ativos afetos a

participações sociais (sociedades anónimas e por

quotas) diminuiu significativamente.

A rubrica de outros investimentos, em linha com anos

anteriores, apresenta um peso significativo nos ativos

sob gestão dos operadores de capital de risco,

sobretudo devido ao elevado peso das prestações

acessórias e suprimentos. Como tal, a atuação dos

operadores de mercado permanece mais próxima da

atividade bancária (concessão de crédito) do que com

a expetável titularidade de direitos residuais de

controlo e assunção de riscos acionistas, que

caracterizam a atividade de capital de risco.

Em 2015, continuou a assistir-se à concentração da

45 Considera-se que têm valor nulo as participações inferiores a € 4.

Page 25: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

24 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

carteira da maioria dos operadores de capital de risco

num reduzido número de participações,

permanecendo a heterogeneidade do setor em

termos de sociedades, fundos e participações.

O capital de risco apresentava os seus investimentos

fundamentalmente dirigidos para sociedades

gestoras de participações sociais em empresas não

financeiras e para empresas da indústria

transformadora. Os operadores de capital de risco

continuavam a ter um valor significativo dos seus

investimentos em setores menos propensos à

geração de elevado valor acrescentado.

A atividade de venture capital continuou a deter

menor peso relativo face à de private equity. Os

operadores de capital de risco revelam pouca

apetência para investir em projetos inovadores e com

elevado risco. Por outro lado, avaliadas as operações

de desinvestimento com base no valor de aquisição,

apenas uma em cada seis operações produziu mais-

valia e mais de metade registaram menos-valias. O

montante das mais-valias correspondeu a apenas

13,7% das menos-valias, e quer as SCR quer os FCR

apresentam menos-valias potenciais, embora com

menor peso no total do investimento que no ano

transato.

A atividade do capital de risco no futuro próximo

poderá ser influenciada pelo desenvolvimento do

financiamento colaborativo.46 A angariação de fundos,

destinados à atividade empresarial e novos projetos,

através do registo em plataformas eletrónicas a partir

das quais se obtêm investimentos provenientes de um

46 Aprovado pela Lei n.º 102/2015.

ou de vários investidores individuais poderá levar os

operadores em capital de risco a participar de novas

formas no financiamento da economia.

Page 26: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

25 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

IV. Anexo – Quadros

Page 27: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

26 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 1 – SCR e FCR em Atividade (31/12/2015) – Valor sob Gestão

Unidade: 10^6 Euro

N.º Soc.

Gestoras

Valor sob

GestãoQuota

Fundos de Capital de Risco 85 3.806,5 94,9%

Sociedades de Capital de Risco * 37 204,4 5,1%

Total 122 4.010,9 100,0%

Fonte: CMVM

(*) As SCR Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL; Dunas Gestão de Activos - SGFIM, SA ,

LYNX Asset Managers - SGFIM, SA e Patris Gestão de Activos - SGFIM, SA, não são consideradas

nesta rúbrica, uma vez que não atuam diretamente no capital das empresas. As referidas sociedades

atuam exclusivamente via FCR.

Page 28: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

27 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 2 – SCR e FCR em Atividade (31/12/2015) – Ativos sob Gestão

Unidade: 10^6 Euro

N.º Soc.

Gestoras

Ativos sob

GestãoQuota

Fundos de Capital de Risco 85 3.966,1 94,2%

Sociedades de Capital de Risco* 37 245,3 5,8%

Total 122 4.211,4 100,0%

Fonte: CMVM

(*) As SCR Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL; Dunas Gestão de Activos - SGFIM, SA ,

LYNX Asset Managers - SGFIM, SA e Patris Gestão de Activos - SGFIM, SA, não são consideradas

nesta rúbrica, uma vez que não atuam diretamente no capital das empresas. As referidas sociedades

atuam exclusivamente via FCR.

Page 29: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

28 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 3 – FCR e SCR em Atividade (31/12/2015) – Valor do Setor

Unidade: 10^6 Euro

Rúbricas SCR FCRValor do

SetorQuota

Participações Sociais 120,8 1.004,2 1.125,1 25,0%

Outros Investimentos 5,9 2.606,6 2.612,5 58,0%

Intrumentos Derivados -4,3 -100,2 -104,5 -2,3%

Capital Não Realizado 1,2 872,2 873,4 19,4%

Total 123,7 4.382,8 4.506,5 100,0%

Fonte: CMVM

Page 30: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

29 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 4 – FCR e SCR em Actividade (31/12/2015) – Valor do Investimento

Unidade: 10^6 Euro

Rúbricas SCR FCRValor do

InvestimentoQuota

Participações Sociais 343,5 831,7 1.175,2 33,7%

Outros Investimentos 14,6 2.292,4 2.307,0 66,3%

Total 358,0 3.124,1 3.482,1 100,0%

Participações Sociais 120,8 1.004,2 1.125,1 30,1%

Outros Investimentos 5,9 2.606,6 2.612,5 69,9%

Total 126,8 3.610,8 3.737,6 100,0%

Variação do Investimento -64,6% 15,6% 7,3%

Fonte: CMVM

2014

2015

Page 31: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

30 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 5 e 5.1 – Ativos sob Gestão e Valor Global dos FCR (31/12/2015)

Valores em

10^6 EurosNº Obs % Nº FCR

Ativos sob

Gestão

(10^6 Euro)

% Ativos

[0-2[ 12 14,1% 12,3 0,3%

[2-10[ 27 31,8% 120,8 3,0%

[10-20[ 16 18,8% 218,4 5,5%

[20-40[ 11 12,9% 307,7 7,8%

[40-100[ 12 14,1% 825,2 20,8%

[100 - [ 7 8,2% 2.481,8 62,6%

Total 85 100,0% 3.966,1 100,0%

54,3

13,4

Fonte: CMVM

Ativos sob Gestão por Fundo

Média por FCR (10^6 Euros)

Mediana (10^6 Euros)

Valores em

10^6 EurosNº Obs % Nº FCR

VLGF

(10^6 Euro)% VLGF

[0-2[ 14 16,5% 5,5 0,1%

[2-10[ 26 30,6% 128,6 3,3%

[10-20[ 14 16,5% 194,2 5,0%

[20-40[ 12 14,1% 324,3 8,4%

[40-100[ 12 14,1% 790,3 20,4%

[100 - [ 7 8,2% 2.438,1 62,8%

Total 85 100,0% 3.881,0 100,0%

51,2

13,3

VLGF por Fundo

Média por FCR (10^6 Euros)

Mediana (10^6 Euros)

Page 32: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

31 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 6 – Quota de Mercado (Ativos sob Gestão) e Dimensão Média dos FCR (31/12/2015)

continua página seguinte

Entidade Gestora

Quota de

Mercado

Global 2015

Quota de

Mercado

(SCR) 2015

Quota de

Mercado

(FCR) 2015

N.º FCR

Geridos

2015

Dimensão

Média FCR

2015

(10^6 Euro)

N.º FCR

Geridos

2014

Dimensão

Média FCR

2014

(10^6 Euro)

D Dimensão

Média FCR

2015/2014

2BPARTNER - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,1% 0,6% 0,1% 1 3,4 1 2,5 35,3%

Agrocapital - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,3% 0,5% 0,3% 1 13,3 1 14,5 -7,9%

Atena Equity Partners - Sociedade de Capital de Risco, S.A. 0,0% 0,1% 0,0% 1 1,3 1 0,1 864,9%

Azimuth Investments, SCR, SA 0,0% 0,0% 0,0% 0 - 0 - -

Banif Capital - Sociedade de Capital de Risco, SA 1,3% 1,8% 1,2% 3 16,5 3 14,6 13,3%

BCP Capital - Sociedade de Capital de Risco, SA 1,9% 4,3% 1,7% 2 34,7 2 20,7 67,3%

Bem Comum - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,0% 0,1% 0,0% 1 0,9 1 0,9 0,0%

Beta - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,1% 0,8% 0,0% 1 0,8 2 1,3 -38,4%

BIZ Capital - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,1% 0,0% 0,2% 1 6,0 1 4,6 29,4%

Blue Catching - Sociedade de Capital de Risco, Sa 0,0% 0,0% 0,0% 1 1,0 0 - -

BPI Private Equity - Sociedade Capital de Risco, SA 1,0% 17,1% 0,0% 0 - 0 - -

Busy Angels, SCR, S.A 0,1% 0,3% 0,0% 1 1,6 0 - -

Caixa Capital - Sociedade de Capital de Risco, SA 10,8% 10,3% 10,8% 5 86,0 4 114,2 -24,6%

Caixa Central - Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, Crl 0,1% 0,0% 0,1% 1 2,2 1 2,2 -1,1%

Capital Criativo - Sociedade de Capital de Risco, SA 1,8% 0,8% 1,9% 2 36,7 2 21,4 71,6%

Change Partners - SCR, SA 0,6% 2,9% 0,4% 2 8,3 2 7,5 10,9%

Critical Ventures - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,2% 0,1% 0,2% 1 7,4 1 6,5 14,4%

Dunas Capital - Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, SA 2,3% 0,0% 2,5% 1 98,6 0 - -

ECS - Sociedade de Capital de Risco, SA 30,0% 3,8% 31,7% 3 418,5 3 426,4 -1,9%

ERIGO - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,3% 0,0% 0,3% 2 5,5 1 2,6 109,1%

Espirito Santo Ventures - Sociedade de Capital de Risco, SA 4,5% 2,9% 4,6% 6 30,6 6 29,3 4,3%

Explorer Investments - Sociedade de Capital de Risco, SA 8,0% 4,7% 8,2% 4 81,0 4 62,2 30,2%

Famigeste - SCR, SA 0,0% 0,1% 0,0% 0 - 0 - -

Page 33: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

32 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 6 – Quota de Mercado (Ativos sob Gestão) e Dimensão Média dos FCR (31/12/2015) – continuação

Entidade Gestora

Quota de

Mercado

Global 2015

Quota de

Mercado

(SCR) 2015

Quota de

Mercado

(FCR) 2015

N.º FCR

Geridos

2015

Dimensão

Média FCR

2015

(10^6 Euro)

N.º FCR

Geridos

2014

Dimensão

Média FCR

2014

(10^6 Euro)

D Dimensão

Média FCR

2015/2014

Gepasa - SCR, SA 0,0% 0,1% 0,0% 0 - 0 - -

Global Reach Investments - SCR, SA 0,0% 0,1% 0,0% 0 - 0 - -

Grande Enseada Capital Partners, Sociedade de Capital de Risco, SA 0,0% 0,0% 0,0% 0 - 0 - -

Haitong Capital - SCR, S.A. 3,9% 18,6% 2,9% 3 38,9 3 42,2 -8,0%

Hovione Capital, Sociedade de Capital de Risco, S.A. 0,0% 0,3% 0,0% 0 - 0 - -

Inter Risco - Sociedade de Capital de Risco, SA 1,4% 0,6% 1,4% 3 18,5 3 17,3 7,3%

ISQ - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,3% 0,3% 0,3% 4 3,1 4 2,9 8,8%

LYNX Asset Managers - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. 1,7% 0,0% 1,8% 8 8,7 1 2,8 206,4%

Menlo Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. 0,4% 0,6% 0,4% 1 16,8 1 5,3 216,4%

Montepio - Capital de Risco, SCR, S.A 0,3% 0,2% 0,3% 1 12,1 0 - -

Naves - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,0% 0,6% 0,0% 0 - 0 - -

Novabase Capital - Sociedade de Capital de Risco, SA 0,5% 2,8% 0,3% 2 6,4 2 7,0 -8,4%

ONETIER PARTNERS, SCR, SA 0,0% 0,3% 0,0% 0 - 0 - -

OXY CAPITAL - SOCIEDADE DE CAPITAL DE RISCO, S.A. 20,3% 3,8% 21,3% 4 210,9 4 166,5 26,7%

Patris Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, SA 0,8% 0,0% 0,8% 2 16,1 2 16,0 1,0%

Portugal Capital Ventures - Sociedade de Capital de Risco, SA 7,0% 20,5% 6,2% 17 14,4 16 12,8 12,5%

Vallis Capital Partners - SCR, SA 0,0% 0,0% 0,0% 0 - 0 - -

Total 100,0% 100,0% 100,0% 85 46,7 72 48,0 -2,8%

Fonte: CMVM

Page 34: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

33 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 7 – Valor das Participações na Atividade de Capital de Risco (31/12/2015)

Tipo de Participação Nº Obs Valor TotalValor Médio da

Participação

Valor Mediano da

Participação

Participações Sociais (ações) 662 920.317.806,45 € 1.390.208,17 € 50.000,00 €

Participações Sociais (quotas) 70 61.833.765,81 € 883.339,51 € 2.357.682,44 €

UP FCR 71 141.858.610,28 € 1.998.008,60 € 6.300.000,00 €

Total 803 1.124.010.182,54 € 1.345.005,27 € 120.540,25 €

Valor Participação (€) Nº Obs % Total Valor Total % Total

0 201 25,0% - € 0,0%

]0-100.000[ 182 22,7% 5.201.758,60 € 0,5%

[100.000-500.000[ 159 19,8% 42.886.096,06 € 3,8%

[500.000-1.000.000[ 70 8,7% 47.646.934,61 € 4,2%

[1.000.000-5.000.000[ 140 17,4% 317.754.210,64 € 28,3%

[5.000.000-10.000.000[ 32 4,0% 226.074.532,20 € 20,1%

[10.000.000-20.000.000[ 10 1,2% 141.912.827,56 € 12,6%

[20.000.000-100.000.000[ 9 1,1% 342.533.821,63 € 30,5%

> 100.000.000 0 0,0% - € 0,0%

Total 803 100,0% 1.124.010.182,81 € 100,0%

Fonte: CMVM

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34 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 8 – Ativos sob Gestão por Tipo de Investimento (31/12/2015)47

47 Considera as rubricas 1, 2 e 3 acrescidas das contas 51 e 52 do Património, conforme Anexo 1 (rubricas de 2º nível quando a rubrica de 1º nível = A ou C) da Instrução da CMVM nº

2/2013.

Unidade: 10^6 Euro

SCRD

2015/2014FCR

D

2015/2014Total

D

2015/2014

Valor dos Investimentos 126,8 -53,0% 3.610,8 17,2% 3.737,6 11,6%

Participações Sociais (ações e quotas) 30,7 -87,9% 952,5 20,8% 983,2 -5,8%

Em Empresas Residentes 26,8 -44,7% 721,7 21,5% 748,6 16,5%

Em Empresas Não Residentes 3,9 -98,1% 230,7 18,6% 234,6 -41,5%

Outros Investimentos (1) 5,9 -59,1% 2.606,6 13,7% 2.612,5 13,3%

Em Empresas Residentes 5,9 -51,7% 2.603,8 13,8% 2.609,7 13,4%

Em Empresas Não Residentes 0,0 -100,0% 2,8 -21,1% 2,8 -51,9%

Investimento em UP de FCR 90,1 1,9% 51,8 19,0% 141,9 7,5%

Depósitos e Outros Meios Líquidos Afectos a CR 91,7 -28,7% 373,7 24,1% 465,4 8,3%

Outros (2) 26,6 -48,5% -18,4 -162,6% 8,2 -89,9%

Total 245,1 -54,5% 3.966,1 14,8% 4.211,2 5,5%

(1) Prestações Suplementares; Prestações Acessórias; Suprimentos; Obrigações e Outros Títulos de Dívida; Empréstimos.

(2) Outros activos afectos ao investimento em capital de risco.

Fonte: CMVM

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35 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 9 – Número de Investimentos em Capital de Risco Segundo a Tipologia de Instrumento (31/12/2015)

Unidade: nº de participações e investimentos

Tipo de Investimento SCRD

2015/2014FCR

D

2015/2014Total

D

2015/2014

Participações Sociais (ações e quotas) 51 -29,2% 683 11,4% 734 7,2%

Em Empresas Residentes 40 -27,3% 627 10,8% 667 7,4%

Em Empresas Não Residentes 11 -35,3% 56 19,1% 67 4,7%

Investimento em UP de FCR 48 9,1% 23 15,0% 71 10,9%

Em Empresas Residentes 43 2,4% 20 17,6% 63 6,8%

Em Empresas Não Residentes 5 150,0% 3 0,0% 8 60,0%

Outros Investimentos (1) 22 -31,3% 793 27,7% 815 24,8%

Em Empresas Residentes 22 -29,0% 778 28,2% 800 25,4%

Em Empresas Não Residentes 0 -100,0% 15 7,1% 15 0,0%

Total 121 -18,2% 1.499 19,5% 1.620 15,5%

(1) Prestações Suplementares; Prestações Acessórias; Suprimentos; Obrigações e Outros Títulos de Dívida; Empréstimos.

Fonte: CMVM

Page 37: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

36 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 10 – Setores de Atividade das Empresas Participadas (31/12/2015)

continua página seguinte

Unidade: 10^6 Euro

N.º

Partic. (1)

Valor %N.º

Partic. (1)

Valor %N.º

Partic. (1)

Valor %

Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 0 0,0 0,0 3 65,9 1,8 3 65,9 1,8

Indústria extractiva 0 0,0 0,0 20 60,5 1,7 20 60,5 1,6

Indústria transformadora 17 10,7 8,4 382 396,7 11,0 399 407,4 10,9

Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 0 0,0 0,0 18 126,9 3,5 18 126,9 3,4

Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e

despoluição0 0,0 0,0 7 12,0 0,3 7 12,0 0,3

Construção 1 10,0 7,9 23 125,1 3,5 24 135,1 3,6

Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e

motociclos3 0,0 0,0 89 171,1 4,7 92 171,1 4,6

Transportes e armazenagem 0 0,6 0,4 24 38,1 1,1 24 38,6 1,0

Alojamento, restauração e similares 3 1,6 1,3 79 319,6 8,9 82 321,2 8,6

Atividades de informação e de comunicação 8 0,2 0,1 232 171,6 4,8 240 171,8 4,6

Atividades financeiras e de seguros 55 92,3 72,8 46 145,0 4,0 101 237,3 6,3

SGPS - não financeiras 10 5,9 4,6 229 1.339,4 37,1 239 1.345,2 36,0

Atividades imobiliárias 3 2,4 1,9 54 367,9 10,2 57 370,3 9,9

Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 12 2,2 1,7 219 178,3 4,9 231 180,5 4,8

Atividades administrativas e dos serviços de apoio 4 0,4 0,3 42 44,8 1,2 46 45,2 1,2

Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória 0 0,0 0,0 3 6,0 0,2 3 6,0 0,2

Educação 2 0,3 0,3 2 4,0 0,1 4 4,3 0,1

Atividades de saúde humana e apoio social 2 0,2 0,2 8 9,1 0,3 10 9,3 0,2

Sectores de Actividade

SCR FCR Total

Page 38: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

37 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 10 – Setores de Atividade das Empresas Participadas (31/12/2015) – continuação

Unidade: 10^6 Euro

N.º

Partic. (1)

Valor %N.º

Partic. (1)

Valor %N.º

Partic. (1)

Valor %

Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas 0 0,0 0,0 19 28,7 0,8 19 28,7 0,8

Outras atividades de serviços 1 0,0 0,0 0 0,0 0,0 1 0,0 0,0

Atividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e atividades de

produção das famílias para uso próprio0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0

Atividades dos organismos internacionais e outras instituições extra-territoriais 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0

Total 121 126,8 100,0 1.499 3.610,8 100,0 1.620 3.737,6 100,0

(1) Inclui participações relativas a capital social e outros financiamentos.

Fonte: CMVM

Sectores de Actividade

SCR FCR Total

Page 39: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

38 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 11 – Valor Investido por Fases de Entrada do Capital de Risco nas Empresas (31/12/2015)

N.º

Partic. (1)

Valor %N.º

Partic. (1)

Valor %N.º

Partic. (1)

Valor %

Venture Capital 51 40,9 32,3% 721 679,1 18,8% 772 720,1 19,3%

Seed capital 9 7,2 5,6% 199 170,5 4,7% 208 177,7 4,8%

Start-up 25 32,3 25,5% 405 360,8 10,0% 430 393,1 10,5%

Early-stage 17 1,5 1,1% 117 147,8 4,1% 134 149,3 4,0%

Private Equity 70 85,8 67,7% 778 2.931,7 81,2% 848 3.017,5 80,7%

Expansão 19 17,2 13,5% 425 823,7 22,8% 444 840,9 22,5%

Capital de substituição 3 2,3 1,8% 36 116,6 3,2% 39 118,9 3,2%

Turnaround 6 3,7 2,9% 244 1.914,7 53,0% 250 1.918,4 51,3%

Refinanciamento da dívida bancária 0 0,0 0,0% 35 4,7 0,1% 35 4,7 0,1%

Management buyout 5 2,1 1,6% 18 24,2 0,7% 23 26,3 0,7%

Management buyin 0 0,0 0,0% 4 17,6 0,5% 4 17,6 0,5%

Outros 37 60,6 47,8% 16 30,1 0,8% 53 90,7 2,4%

Total 121 126,8 100% 1.499 3.610,8 100% 1.620 3.737,6 100%

(1) Nº de observações relativas a capital social e outros financiamentos transmitidas à CMVM no âmbito da Instrução Nº 2/2013.

Fonte: CMVM

Unidade: 10^6 Euro

Fases de Investimento

SCR FCR Total

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39 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 12 – Valor do Investimento Realizado pelas SCR e pelos FCR em 2015

Unidade: 10^3 Euro Unidade: 10^3 Euro

Valor das

Aquisições (€)Nº Obs % Tot Valor Total % Tot I

Valor do

Investimento (€)Nº Obs % Tot Valor Total % Tot

[0-50.000] 114 36,1% 1.288,30 € 0,9% [0-50.000] 264 27,0% 3.539,01 € 0,4%

[50.000-200.000] 77 24,4% 8.111,64 € 5,5% [50.000-200.000] 234 23,9% 25.545,14 € 2,6%

[200.000-500.000] 58 18,4% 18.405,66 € 12,4% [200.000-500.000] 212 21,7% 72.902,60 € 7,6%

[500.000-5.000.000] 63 19,9% 77.941,20 € 52,6% [500.000-5.000.000] 239 24,4% 262.154,01 € 27,2%

[>=5.000.000] 4 1,3% 42.489,50 € 28,7% [>=5.000.000] 29 3,0% 601.313,15 € 62,3%

Total 316 100% 148.236,30 € 100,0% Total 978 100% 965.453,92 € 100,0%

Valor das

Alienações (€)Nº Obs % Tot Valor Total % Tot

D

Valor do

Desinvestimento (€)Nº Obs % Tot Valor Total % Tot

[0-50.000] 89 57,1% 181,36 € 0,2% [0-50.000] 168 43,6% 771,12 € 0,1%

[50.000-200.000] 29 18,6% 3.143,32 € 3,4% [50.000-200.000] 67 17,4% 7.034,82 € 1,1%

[200.000-500.000] 20 12,8% 6.138,26 € 6,6% [200.000-500.000] 53 13,8% 17.411,00 € 2,8%

[500.000-5.000.000] 15 9,6% 25.262,72 € 27,0% [500.000-5.000.000] 74 19,2% 113.892,92 € 18,5%

[>=5.000.000] 3 1,9% 58.907,33 € 62,9% [>=5.000.000] 23 6,0% 475.840,29 € 77,4%

Total 156 100% 93.633,00 € 100,0% Total 385 100% 614.950,15 € 100,0%

Total Valor Médio Valor Mediano Valor Máximo Total Valor Médio Valor Mediano Valor Máximo

Aquisições 148.236,30 € 548,29 € 100,00 € 20.000,00 € Investimento 965.453,92 € 1.303,95 € 231,80 € 74.124,28 €

Alienações 93.633,00 € 826,80 € 77,37 € 33.075,00 € Desinvestimento 614.950,15 € 2.910,93 € 306,72 € 61.073,53 €

Fonte: CMVM

Quadro 12 – Valor das aquisições e das alienações das SCR e dos FCR em

Participações Sociais (contas 11, 12 e 26)

Quadro 12.1 – Valor dos investimentos e devinvestimetnos das SCR e dos FCR

(contas 11 a 26)

Page 41: gabinete de estudos relatório anual da atividade de capital de risco ...

40 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 13 – Transações e Rotação das Carteiras em 2015

Unidade: 10^6 Euro

Participações Sociais SCR FCR Total

Aquisições 2,6 145,7 148,2

Alienações 5,8 87,9 93,6

Participações Líquidas -3,2 57,8 54,6

Valor das Transações 8,3 233,5 241,9

Rotação das Carteiras 0,2% 6,9% 3,5%

Fonte: CMVM

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41 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 14 – Valor das Transações por Fase de Investimento (Ano de 2015)

Unidade: 10^3 Euro

Aquisições AlienaçõesInvest.

Líquído

N.º

Trans.Aquisições Alienações

Invest.

Líquído

N.º

Trans.Aquisições Alienações

Invest.

Líquído

N.º

Trans.

Seed capital 419,4 -2.183,2 -1.763,8 0 8.415,2 -1.265,9 7.149,3 67 8.834,6 -3.449,1 5.385,5 67

Start-up 579,7 -3.293,0 -2.713,3 4 51.995,9 -3.431,9 48.563,9 149 52.575,5 -6.724,9 45.850,6 153

Early-stage 0,1 0,0 0,1 1 19.169,4 -497,7 18.671,7 42 19.169,4 -497,7 18.671,8 43

Expansão 30,0 -286,2 -256,2 8 56.816,3 -24.856,6 31.959,7 114 56.846,3 -25.142,8 31.703,6 122

Capital de substituição 0,0 0,0 0,0 0 1.540,3 -52.864,8 -51.324,5 12 1.540,3 -52.864,8 -51.324,5 12

Turnaround 1.540,0 0,0 1.540,0 1 5.393,5 -23,1 5.370,4 28 6.933,5 -23,1 6.910,4 29

Refin. da dívida bancária 0,0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 0,0 0

Management buyout 0,0 0,0 0,0 0 886,7 0,0 886,7 1 886,7 0,0 886,7 1

Management buyin 0,0 0,0 0,0 0 0,0 -1.694,8 -1.694,8 3 0,0 -1.694,8 -1.694,8 3

Outros 0,0 -6,3 -6,3 1 1.449,9 -3.229,5 -1.779,5 29 1.449,9 -3.235,8 -1.785,9 30

Total 2.569,1 -5.768,7 -3.199,6 15 145.667,2 -87.864,3 57.802,9 445 148.236,3 -93.633,0 54.603,3 460

Fonte: CMVM

Fase de Investimento

SCR FCR Total

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42 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 15 – Percentagem do Capital Social Detido nas Empresas Participadas (31/12/2015)

Nota: Inclui as participações em capital social e as unidades de participação de FCR (contas 11, 12 e 26).

N.º de

Participações% Part. % Valor

N.º de

Participações

%

Part.

%

Valor

N.º de

Participações

%

Part.% Valor

[0-10[ 47 47,5 36,6 200 28,4 21,9 247 30,7 23,5

[10-20[ 20 20,2 21,0 135 19,1 31,2 155 19,3 30,1

[20-30[ 9 9,1 7,2 122 17,3 21,7 131 16,3 20,1

[30-40[ 12 12,1 9,6 62 8,8 7,8 74 9,2 8,0

[40-50[ 4 4,0 9,7 30 4,3 3,7 34 4,2 4,4

[50-60[ 5 5,1 15,4 15 2,1 1,9 20 2,5 3,3

[60-70[ 1 1,0 0,5 22 3,1 0,9 23 2,9 0,9

[70-80[ 1 1,0 0,0 12 1,7 1,4 13 1,6 1,3

[80-90[ 0 0,0 0,0 12 1,7 2,6 12 1,5 2,3

[90-100] 0 0,0 0,0 95 13,5 6,8 95 11,8 6,1

Total 99 100,0 100,0 705 100,0 100,0 804 100,0 100,0

Total

Fonte: CMVM

% Capital

Detido

SCR FCR

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43 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 16 – Período de Detenção das Participações em Capital Social (31/12/2015)

Nota: Inclui as participações em capital social e as unidades de participação de FCR (contas 11, 12 e 26).

N.º

Participações

%

Part.

%

Valor

N.º

Participações

%

Part.

%

Valor

N.º

Participações

%

Part.

%

Valor

[0-2[ 27 27,3 23,5 316 44,8 25,5 343 42,7 25,2

[2-4[ 17 17,2 18,2 152 21,6 24,0 169 21,0 23,4

[4-6[ 21 21,2 20,1 105 14,9 14,6 126 15,7 15,2

[6-8[ 6 6,1 3,6 59 8,4 9,4 65 8,1 8,8

[8-10[ 8 8,1 9,2 48 6,8 15,2 56 7,0 14,5

>=10 20 20,2 25,3 25 3,5 11,3 45 5,6 12,8

Total 99 100,0 100,0 705 100,0 100,0 804 100,0 100,0

Fonte: CMVM

FCR TotalPeríodo

detenção

(anos)

SCR

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44 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 17 – Estratégia de Desinvestimento do Capital de Risco (Ano de 2015)

N.º

Transações

Preço Venda

(10^3 Euro)%

('1) N.º

Transações

Preço Venda

(10^3 Euro)%

('1) N.º

Transações

Preço Venda

(10^3 Euro)%

('1)

Contrato de venda a prazo 1 1.299,6 4,1 13 14.342,0 44,8 14 15.641,6 2,5

Recompra (pela equipa de

gestão ou acionistas)1 385,0 1,2 35 70.252,5 219,5 36 70.637,5 11,5

Venda a FCR 0 0,0 0,0 12 10.158,3 31,7 12 10.158,3 1,7

Venda a SCR 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0

IPO 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0

Não definido 16 3.451,3 10,8 126 416.025,2 1299,9 142 419.476,5 68,2

Venda a terceiros 20 12.638,6 39,5 54 72.166,9 225,5 74 84.805,5 13,8

Venda a Instituição Financeira 1 14.230,7 44,5 0 0,0 0,0 1 14.230,7 2,3

Write-off 10 0,0 0,0 96 0,0 0,0 106 0,0 0,0

Total 49 32.005,2 100,0 336 582.944,9 1821,4 385 614.950,2 100,0

(1) Percentagem sobre o valor total das alienações reportadas durante o ano de 2015 (SCR+FCR).

Fonte: CMVM 8302,4%

TOTALFCRSCR

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45 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 18 – Desinvestimentos do Capital de Risco por Fase de Investimento Face ao Preço de Aquisição (Ano de 2015)

N.º

Transações

+/- Valia

(10^3 Euro)%

N.º

Transações

+/- Valia

(10^3 Euro)%

N.º

Transações

+/- Valia

(10^3 Euro)%

Seed capital 1 -14.289,8 33,3 38 -6.104,2 0,7 39 -20.394,1 2,1

Start-up 21 -15.859,2 36,9 94 -23.654,2 2,5 115 -39.513,3 4,0

Early-stage 1 0,0 0,0 10 -7.564,1 0,8 11 -7.564,1 0,8

Expansão 16 -12.125,8 28,2 78 -168.838,7 18,1 94 -180.964,4 18,5

Capital de substituição 0 0,0 0,0 26 -8.587,6 0,9 26 -8.587,6 0,9

Turnaround 0 0,0 0,0 46 -744.998,1 79,9 46 -744.998,1 76,3

Refin. da dívida bancária 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0

Management buyout 0 0,0 0,0 1 0,0 0,0 1 0,0 0,0

Management buyin 0 0,0 0,0 6 -1.077,1 0,1 6 -1.077,1 0,1

Outros 10 -701,4 1,6 37 27.828,4 -3,0 47 27.127,0 -2,8

Total 49 -42.976,2 100,0 336 -932.995,6 100,0 385 -975.971,7 100,0

Fonte: CMVM

Fase de Investimento

SCR FCR Total

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46 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 19 – Operações a Prazo Sobre Participações Sociais em Capital de Risco (31/12/2015)

Unidade: 10^3 Euro

N.º de

Operações

Valorização

em Carteira

N.º de

Operações

Valorização

em Carteira

N.º de

Operações

Valorização em

Carteira

Património 2 -4.278,3 21 -100.177,8 23 -104.456,1

Opções 2 -4.278,3 21 -100.177,8 23 -104.456,1

Extrapatrimoniais 3 -890,4 141 -31.290,2 144 -32.180,5

Futuros 0 0,0 1 0,4 1 0,4

Forwards 0 0,0 1 0,0 1 0,0

Swaps 0 0,0 0 0,0 0 0,0

Opções 3 -890,4 139 -31.290,6 142 -32.180,9

Total 5 -5.168,6 162 -131.468,0 167 -136.636,6

Fonte: CMVM

Tipo de Operações a Prazo

SCR FCR Total

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47 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 20 – Metodologias de Avaliação dos Investimentos (31/12/2015)

Unidade: 10^3 Euro

Total do

Investimento% N.º %

Total do

Investimento% N.º %

Total do

Investimento% N.º %

Valor de aquisição 1.155,44 0,9 10 8,3 526.341,54 14,6 381 25,4 527.496,98 14,1 391 24,1

Preço de mercado 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0

Transações relevantes 2,50 0,0 1 0,8 104.861,49 2,9 24 1,6 104.863,99 2,8 25 1,5

Múltiplos 518,57 0,4 3 2,5 290.264,48 8,0 172 11,5 290.783,04 7,8 175 10,8

Fluxos de caixa descontados (DCF) 20.449,16 16,2 55 45,5 2.316.371,71 64,2 774 51,6 2.336.820,87 62,5 829 51,2

NAV 93.182,52 73,8 49 40,5 208.568,50 5,8 95 6,3 301.751,02 8,1 144 8,9

Valor de aquisição (fator de desconto) 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0

Preço de mercado (fator de desconto) 0,00 0,0 0 0,0 710,90 0,0 1 0,1 710,90 0,0 1 0,1

Transações relevantes (fator de desconto) 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0

Múltiplos (fator de desconto) 10.804,28 8,6 2 1,7 120.535,82 3,3 4 0,3 131.340,10 3,5 6 0,4

Fluxos de caixa descontados (DCF) (fator de

desconto)97,00 0,1 1 0,8 42.255,04 1,2 48 3,2 42.352,04 1,1 49 3,0

NAV (fator de desconto) 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0 0,00 0,0 0 0,0

Total 126.209,47 100,0 121 100,0 3.609.909,47 100,0 1.499 100,0 3.736.118,94 100,0 1.620 100,0(1)

inclui participações relativas a capital social e outros financiamentos.

Fonte: CMVM

Metodologia de ValorizaçãoParticipações (

1)

SCR FCR Total

ValorizaçãoValorização Participações (1) Valorização Participações (

1)

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48 | GABINETE DE ESTUDOS | Relatório Anual da Atividade de Capital de Risco | 2015

Quadro 21 – Valias Potenciais em Carteira – SCR e FCR (31/12/2015)

Nota: Ver número de participações por metodologia de avaliação no Quadro 20

Unidade: 10^3 Euro

SCR FCR Total

Valor de aquisição 0,0 0,0 0,0

Preço de mercado 0,0 0,0 0,0

Transações relevantes 0,0 48.256,4 48.256,4

Múltiplos -534,8 -82.382,7 -82.917,5

Fluxos de caixa descontados (DCF) -29.917,6 -524.093,5 -554.011,1

NAV -13.438,7 -76.685,0 -90.123,7

Valor de aquisição (fator de desconto) 0,0 0,0 0,0

Preço de mercado (fator de desconto) 0,0 32,1 32,1

Transações relevantes (fator de desconto) 0,0 0,0 0,0

Múltiplos (fator de desconto) 5.599,3 96.238,2 101.837,5

Fluxos de caixa descontados (DCF) (fator de desconto) 0,0 -63.878,1 -63.878,1

NAV (fator de desconto) 0,0 0,0 0,0

Total -38.291,8 -602.512,6 -640.804,4

Fonte: CMVM

Metodologia de Valorização

Valias Potenciais

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