Fundamentação teórica: Abortamento
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Fundamentação teórica:Abortamento
Patr íc ia Prates
AbortamentoInterrupção da gravidez antes de atingida a viabilidade fetal.
A Organização Mundial da Saúde estabelece como limite para caracterizá-lo a perda de
conceptos de até 22 semanas ou 500 gramas.
Os termos “abortamento” e “aborto” algumas vezes são empregados como sinônimos, porém
“abortamento” refere-se ao processo e “aborto”, ao produto eliminado.
Abortamento legal O Código Penal Brasileiro só permite o aborto no Brasil nas seguintes situações:
I. Se não há outro meio de salvar a vida da gestante; II. Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido do consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu responsável legal.
III. Anencefalia
Fatores de riscoIdade
Antecedente de aborto espontâneo
Tabagismo
Consumo de álcool e drogas
Uso de anti-inflamatórios não hormonais
Cafeína
Extremos de peso
Etiologia
* SAAF - Síndrome de Anticorpos Antifosfolípideos
Apresentações clínicaPouca dor em cólica, dor lombar.
Os níveis de ß-hCG podem estar elevados por até duas semanas após a perda do embrião.
Sangramentos vaginal (manchas escurecida, progredindo para o sangramento fraco, à medida
que o embrião se separa do útero).
Tipos de abortamentoEspontâneo: perda involuntária nas 1ªs 20 semanas.
Espontâneo precoce: espontâneo que ocorre até 12 ª semana.
Ameaça de aborto: sangramento uterino na 1ª metade . colo fechado s/ eliminação de tecidos
ovulares.
Abortamento incompleto: condição na qual parte do conteúdo uterino foi eliminado.
Abortamento inevitável: colo está dilatado, mas não ocorreu saída de tecidos ovulares.
Aspirador manual a vácuoChamado de MVA é usado no aborto de crianças de 6 a 12 semanas. Trabalha através de sucção. Como o processo de vácuo feito por ele, é bem fraco, ele acaba rasgando a criança lentamente enquanto aspirado.
Seringa com agulha espinhal: Comumente usada para injetar água salgada no útero. O bebê engole, respira a solução, ocasionando assim congestão, hemorragia, choque. A mãe entra em trabalho de parto cerca de uma dia depois, tendo por final uma criança morta. Usada também para se injetar produtos químicos (digoxina, cloreto de potássio, etc..) no coração do bebê. Nesses casos, estes produtos químicos tornam mais fácil a remoção do corpo da criança do útero.
Aborto provocado
Sangramento VaginalDor AbdominalExame especularToque Vaginal
Dosagem da Gonadotrofina Coriônica
Detecção de restos; Confirmação da vitalidade;Tamanho do concepto;Mal-formação uterina.
Exame Clínico Exame Laboratorial Ultrassonografia
Diagnóstico
Métodos para esvaziamento uterinoAMIU – aspiração manual intrauterina
Aspiração a vácuo:
Curetagem uterina tradicional
Tratamento medicamentoso
ComplicaçõesTétano
Lesões Vaginais
Perfuração uterina
Intoxicação
Óbito
Hemorragia
Infecção uterina
Evolução históricaNo século XX, movimentos feministas surgidos, principalmente os que atuaram na Inglaterra e na França, que propunham a anticoncepção e o direito da mulher abortar.
Na Rússia, com a Revolução de 1917, o aborto deixou de ser considerado um ato criminoso, bem como na Suécia e na Dinamarca, apesar de algumas restrições.
A década de 60 possibilitou que mulheres tivessem, em países do Ocidente, uma participação maior no seio social, bem como desempenhassem lutas por seus direitos, dentre eles o controle sobre seu próprio corpo e sobre a realização do aborto.
Atualmente, são poucos os países que proíbem as práticas abortivas. As legislações passam a se adequar aos anseios sociais e às mutações características das sociedades.
IncidênciaAté 20% das gestações evoluem para aborto antes de 20 semanas, sendo que, destas, 80% são
interrompidas até a 12ª semana.
A perda de gestações subclínicas ou não diagnosticadas é ainda maior, podendo chegar a 30%.
A frequência diminui com o avançar da idade gestacional, sendo que o risco geral de abortar
depois da 15ª semana é baixo (0,6%).
Considerações finais O abortamento é a mais frequente intercorrência obstétrica. Apesar disso, costuma ser
acontecimento isolado. As mulheres devem receber orientações e apoio psicológico para
superar a dor da perda e partir para nova tentativa. Não há consenso entre o período de tempo
ideal recomendado entre o abortamento e a nova gravidez. De modo geral, sugere-se um
intervalo de três meses, ou dois a três ciclos menstruais normais.
Referências BORGES, Jerry C. Aborto no Brasil: mortes em silêncio. Instituto Ciência Hoje. 2010. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/por-dentro-das-celulas/aborto-no-brasil-mortes-em-silencio.
FILHO, Manuel A. Aborto espontâneo tem alteraçõesimunológicas como principal fator. Jornal da UNICAMP. Disponível em : https://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/dezembro2006/ju348pag08.html
GONCALVES, Rozana Oliveira et al. Alterações cromossômicas em casais com aborto recorrente de primeiro trimestre. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. [online]. 2014, vol.36, n.3, pp. 113-117. ISSN 0100-7203. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032014000300004.
NOLASCO, Lincoln. Aborto: aspectos polêmicos, anencefalia e descriminalização. Portal do Processo Eletrônico do TJRS. Disponível em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11874.
SOCORRO, Maria do. Fundamentação teórica: Abortamento. UNIFESP. Disponível em: http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/casos_complexos/Maria_Socorro/Complexo_04_Maria_do_Socorro_Abortamento.pdf.