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Precariedade. A Santa Casa da Mi- sericórdia de Paris organizou um debate sobre Precariedade na Comunidade por- tuguesa de França. 06 S. João. A Associação Os Campone- ses Minhotos de Clermont-Ferrand vai organizar mais uma edição da Festa do S. João na Praça do 1° de Maio. 17 PSD. A Secção de Paris do PSD reuniu no sábado passado para fazer uma aná- lise a análise da situação política portu- guesa antes das férias de verão. 04 Esgrima. Gael Santos acaba de aceder ao estatuto de “Atleta de Alto Rendimento” e vai ter melhores condições para preparar os Jogos Olímpicos. 21 GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Edition nº 224 | Série II, du 24 juin 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais Lusa / António Cotrim Artistas lusófonos vão invadir o Grand Rex em Paris Claude Bartolone recebeu uma delegação portuguesa Mariza, Carlos do Carmo e muito mais no Folisboa 11 Vinhos: A França é o terceiro cliente de Portugal em volume e o quinto em valor, por José de Paiva. 15 03 PUB PUB Salão do Imobiliário e do Turismo Português em Lyon 3, 4 e 5 de julho Lyon Centre de Congrès

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Precariedade. A Santa Casa da Mi-sericórdia de Paris organizou um debatesobre Precariedade na Comunidade por-tuguesa de França.

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S. João. A Associação Os Campone-ses Minhotos de Clermont-Ferrand vaiorganizar mais uma edição da Festa doS. João na Praça do 1° de Maio.

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PSD. A Secção de Paris do PSD reuniuno sábado passado para fazer uma aná-lise a análise da situação política portu-guesa antes das férias de verão.

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Esgrima. Gael Santos acaba de acederao estatuto de “Atleta de Alto Rendimento”e vai ter melhores condições para prepararos Jogos Olímpicos.

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G R A T U I T

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Edition nº 224 | Série II, du 24 juin 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais

Lusa / António Cotrim

Artistas lusófonos vão invadir o Grand Rex em Paris

Claude Bartolone recebeuuma delegação portuguesa

Mariza, Carlos do Carmoe muito mais no Folisboa

11Vinhos: A França é o terceiro clientede Portugal em volume e o quintoem valor, por José de Paiva.

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Salão do Imobiliário e do Turismo Português em Lyon3, 4 e 5 de julho

Lyon Centre de Congrès

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02 Opinião

O LusoJornal Bélgica tem 10 anos

No dia 19de junhode 2005,há preci-samente10 anos,nascia aedição daBé l g i c ado Luso-Jornal.Foi umparto na-

tural. O Conselheiro das Comuni-dades eleito na Bélgica, naquelaaltura, Francisco Barradas, achouque a experiência de um semaná-rio em França podia ser alargada àBélgica.Mas nós defendemos a informa-ção local, a informação de proximi-dade. É isso que faz a nossa forçaem França. É isso que faz comque os leitores prefiram ler o Luso-Jornal - porque nós falamos deles!Francisco Barradas apresentou-nos os fundadores - Paulo Carva-lho e Sérgio Amaro - de um portalinternet português na Bélgica - oPortugalnet - e em poucas sema-nas, o jornal nasceu fruto de umacolaboração entre as duas estrutu-ras.A primeira edição do LusoJornal foiapresentada na Festa do 10 deJunho de 2005, na altura ainda or-ganizada pela Embaixada de Por-tugal no Reino da Bélgica (agora éorganizada pela Federação das As-sociações Portuguesas na Bél-gica).Foi há 10 anos. Numa tarde de sol.Para além do Embaixador de Por-tugal na Bélgica, estava lá a entãoDeputada Maria Carrilho, eleitapelo círculo eleitoral da Europa.Foi uma surpresa para toda agente.Ano após ano, a edição do Luso-Jornal na Bélgica ainda persiste.Tal como acontece com o LusoJor-nal França.É um grande orgulho para mim, terlevado estes dois projetos a bomporto, pelo menos durante estesprimeiros 10 anos de existência.Boa leitura.

Carlos Pereira, Diretor do LusoJornal

le 24 juin 2015

As vagas de imigração portuguesa e a sua rede associativa

Adelino de SousaProfessor de Português na Essonne (91)

[email protected]

Crónica de opinião

A Comunidade portuguesa em Françacriou ao longo da sua presença umagrande diversidade associativa. Nos úl-timos cinquenta anos podemos global-mente distinguir cinco tipos deassociações cujas características forammarcadas pela história da imigraçãoportuguesa neste país.Nos anos sessenta, com a primeiragrande vaga de imigração, foram cria-das as associações denominadas porClaude Munõz (2002) de associaçõesdos 3 “F”: Futebol, Folclore e Festaspopulares e religiosas, exprimindo aorigem rural desta população. Umagrande parte destas associações pro-cura reproduzir a cultura e as tradiçõesportuguesas, fazendo festas tradicio-nais ou convidando artistas portugue-ses.Como afirma Muñoz (2002), esta pri-meira geração consagra grandes esfor-ços para manter viva a cultura e astradições portuguesas: “Elle garde desliens affectifs forts avec le passé. Elleexprime sa culture rurale dans un mi-lieu associatif où se pratique une so-ciabilité ‘à la portugaise’, autour dessignifiants de l’identité que sont lalangue, la cuisine, le folklore, etc.”Nos anos setenta o contexto de luta ede organização dos imigrantes marcoua criação de um outro tipo de associa-ções. Ainda segundo Munõz: “Le théâ-tre d’intervention va se développer avec

la première grande manifestation dethéâtre populaire des travailleurs immi-grés. La presse militante et la littératurevont faire de même, en lien avec lalutte des déserteurs et des insoumiscontre les guerres coloniales portu-gaises et avec les luttes ouvrières enFrance. On est passé aux pratiques cul-turelles engagées”.Nos anos oitenta houve uma estabili-zação na imigração e no desenvolvi-mento do meio associativo. Em 1981com a promulgação do direito à criaçãode associações de estrangeiros assisti-mos a uma grande diversidade de cria-ção não só na área do teatro, mastambém do cinema, das artes plásti-cas, na literatura e nas rádios livres.Nos anos noventa, a geração dos luso-descendentes, já nascidos em França,crescidos no meio urbano e rodeadospor uma cultura francesa, não se reco-

nheciam nas associações existentesfundadas pelos pais e criaram outrotipo de associações onde a história, aherança cultural e a língua se revela-vam importantes. Munoz salienta quenestas associações, a expressão bilin-gue (o francês e o português) ou uni-camente o francês se tornou umanecessidade para abranger um públicomais lato abrindo-se à participação defranceses.“Pour la plupart d’entre eux, la langueportugaise occupe une place impor-tante. Néanmoins, c’est l’expressionbilingue qui est le plus souvent privilé-giée en vertu d’un principe de réalité -le constat de la dominance de l’expres-sion en français chez les jeunes - etd’un souci d’ouverture. C’est dans l’es-pace public, fréquenté et partagé avecles Français et les autres nationaux,que les descendants des immigrés por-

tugais veulent présenter leurs créationset/ou faire connaître la culture portu-gaise, en montrant des productionsculturelles prestigieuses. Cette re-cherche de visibilité vient en contre-point de ‘l’invisibilité’ (stratégie quipermet d’échapper à la domination etde préserver son identité et son inté-grité) des parents, qui célébraient la‘portugalité’ dans des espaces clos.Elle vise une reconnaissance symbo-lique”.A recente vaga de imigração de jovenslicenciados (enfermeiras, professores,cientistas, quadros de empresas...)criou um outro perfil de associaçõesmarcadas por uma vontade de coope-ração entre a Comunidade portuguesalicenciada a residir em França, com omeio académico e empresarial francêse português. Um exemplo deste novotipo de associações é a AGRAFr, “As-sociation des Diplômés Portugais enFrance” criada em janeiro de 2013.Esta organização visa não só projetaruma imagem positiva de Portugal emFrança apoiando a integração de licen-ciados portugueses e lusodescenden-tes na sociedade francesa, mastambém apoiar o seu potencial re-gresso a Portugal.Atualmente estes diferentes tipos deassociações coexistem constituindouma grande diversidade na rede asso-ciativa da Comunidade portuguesa.

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret:52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Alfredo Lima, Ana Catarina Alberto, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Aurélio Pinto, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Duarte Pereira (Cyclisme), Eric Mendes, Henri de Carvalho, InêsVaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos, José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel do Nascimento,Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Natércia Gonçalves (Clermont-Ferrand), Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Patricia Valette Bas, RicardoVieira (Musique Classique), Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos:Alfredo Lima, António Borga, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de la porte deVanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Publicidade em Portugal: AJBB Network, Arnado Business Center, rua João de Ruão, nº12-1º Escrt 49. 3000-229 Coimbra. Tel.: (+351)239.716.396 / [email protected] | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: juin 2015 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

editorial

Des questions à la mère de DieuHenri de CarvalhoÉcrivain à L’Isle Jourdain

[email protected]

Chronique d’opinion

En ce début de mois de mai, près deCernache, au Portugal, cinq jeunesmembres d’un groupe de pèlerins versFátima sont morts et trois autres griè-vement blessés, au bord de la route,par un taré de chauffard alcoolisé, in-capable de contrôler sa conduite.L’émotion a été immense et à justetitre, noyant au passage la questionsubliminale qui trottait dans tous lesesprits: pourquoi la Sainte Dame n’apas protégé ses ouailles?Et c’est à ce sujet que je me suisrendu à Cova da Íria, mais seulementaprès la grande messe du 13, de lalevée de tous les décors et du départde tous les commerçants. C’était lemoment de l’aube, où après une veil-lée préparatoire, notre esprit devientplus sensible aux messages de l’au-delà des apparences. Je sentaisqu’Elle était là, qu’Elle me regardait etm’écoutait, avec sa bienveillance dedéesse du peuple laborieux.Alors Sainte Marie? Où étiez-vous

quand ce drame s’est passé?Mon pauvre, ne m’en parle pas, j’ensuis très affligée. Mais je ne peux pasêtre partout à la fois. On m’imploredésespéramment dans toutes lescontrées malheureuses de la planète.Il y a trop de misère et de désespoirdans ce monde. J’ai déjà déléguébeaucoup de me mes pouvoirs mira-culeux à la médecine, à la chirurgie etaux organisations humanitaires, maisil en reste toujours trop à faire, jour etnuit.Mais ils venaient vous rendre visite!Non, ils ne venaient pas à un lieu sidésiré que ça. Ils fuiraient, ne serait-ce que pour quelques jours, leur in-quiétude personnelle, leur mal-être,leur peur du vide. Moi aussi un jour,avec mon bébé Jésus dans les bras,j’ai du prendre la route et fuir les dé-mons qui me pourchassaient et vou-laient m’enlever ce que je tenais leplus au monde. C’était une dureépreuve, mais tous les chemins que

l’on parcourt sont des épreuves et per-sonne n’y échappe. Et une épreuvesans dangers n’est plus une épreuve.Peut-être qu’ils venaient vous remer-cier de quelque chose, tenir une pro-messe?Mais moi je n’ai jamais rien demandéde tout cela! Il m’est arrivé bien sou-vent d’avoir apaisée des souffrances etmême concédé quelques centaines demiracles…Et aussi pas mal de morts au bord dela route!...Arrête ton cirque et écoute-moi. Je n’aijamais demandé quelque rétributionque ce soit; je n’ai jamais concédéquelque chose à condition que l’on meremercie, et à fortiori par des peines,des sacrifices financiers, de la fatigue,des pieds et genoux abîmés, etc. Jen’ai jamais rien demandé de sembla-ble. Seulement tu comprends, lesgens croient davantage au pouvoir derétribution. En agissant de la sorte ilsm’achètent par avance une interven-

tion future, on ne sait jamais. Et puisil y a tant de troncs à oboles et de pa-niers tendus dans tous les coins… carla misère des uns enrichit les riches,c’est bien connu. Je ne comprendspas, on m’affuble de bonté, de géné-rosité, d’amour, de grand cœur et detant d’autres belles choses, et puis unefois ici, tout le monde cherche à mepayer. Tu ne trouves pas ça bizarre?Est-ce que j’ai vraiment besoin de cetriste spectacle de tant de peines etsouffrances pour m’implorer une aideou me remercier? Alors qu’une penséepositive et chaleureuse envers moi mesuffisait largement.Qu’avez-vous à dire aux familles despèlerins décédés?Ils ont subi leur Destin. Leur heureétait arrivée, là, ce jour là.Mais alors qui est ce Destin qui estplus puissant que la Mère de Dieu,comme on vous appelle?Je te le dirai quand ton jour viendra.La Vérité enfin, donc!...

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03Política

emsíntese

Passos Coelhorepete que nãoconvidou os jovens a emigrar

O Primeiro Ministro Pedro PassosCoelho, insistiu na semana pas-sada que “não há” frases suas nopassado a convidar os jovens aemigrar, declarando que é preciso“imaginação” para manter essaideia.No debate quinzenal no Parla-mento, e em resposta à Deputadado Partido ecologista “Os Verdes”Heloísa Apolónia, Passos Coelhosublinhou que “ainda ninguém”encontrou uma frase sua “em quetivesse convidado os jovens a emi-grar”.“Não há”, prosseguiu o gover-nante, declarando que o “melhor”que se descobriu até ver foram de-clarações sobre uma situação es-pecífica em torno dos professores,e “é preciso uma grande boa von-tade e imaginação para ver nistoum convite ao país para emigrar”.Heloísa Apolónia, por seu turno,retorquiu: “Toda a gente se lembraque o Governo fez esse convite àemigração. E olhe, deu resultado”,declarou a parlamentar, trazendopara debate declarações tambémdo ex-Ministro Miguel Relvas e doex-Secretário de Estado AlexandreMestre. A ecologista pediu ainda aPassos Coelho que fale “com rea-lismo e verdade”, devendo “assu-mir as consequências práticas dasua política”. O atual Executivo, in-sistiu, criou “mais condições parahaver maiores dificuldades daque-les que empobreceram”, e o Pri-meiro-Ministro devia apresentar noParlamento um “verdadeiro pro-grama de combate à pobreza emPortugal”.

le 24 juin 2015

Portugueses de Romainville recebidos naAssembleia Nacional por Claude Bartolone

Na passada segunda-feira, dia 22 dejunho, um grupo de cidadãos de Ro-mainville foi convidado a fazer umavisita guiada à Assembleia Nacionale ao Hôtel de Lassay, em Paris, ondeforam recebidos pelo atual Presi-dente deste hemiciclo, Claude Bar-tolone.Esta delegação reunia cidadãos comdois pontos em comum: a lusofoniae o facto de serem de Romainville,cidade da circunscrição de Seine-Saint Denis por onde Claude Barto-lone é eleito Deputado. FernandoOliveira Lourenço, Conselheiro muni-cipal de Romainville, explicou ao Lu-soJornal que este foi “um encontrofranco-português simbólico com umadelegação portuguesa exemplificativada diversidade económica que a Co-munidade representa”.Entre os convidados estava o realiza-dor Amílcar Mathias, Delmar Fernan-des, Diretor da agência da CaixaGeral de Depósitos de Romainville,Alcino e Maria Afonso, promotores deum projeto imobiliário na zona Estede Paris, Stéphanie, Jorge e Luísa

Costa, proprietários da padaria L’Ate-lier des Artistes, Humberto Alves,criador dos sapatos Toranja, JorgeCosta, Campeão de Boxe Thai e diri-gente do clube KB em Romainville,José Gaspar da Primland, entre ou-tros. Esteve também presente o Côn-sul-Geral de Portugal em Paris, PedroLourtie, o Deputado eleito pelo cír-culo eleitoral da Europa, Paulo Piscoe o Conselheiro municipal de Go-nesse Julien dos Santos.

Depois da visita dos vários salões daAssembleia Nacional, da sala dassessões do Hemiciclo, da biblioteca edos espaços do Hôtel de Lassay, resi-dência oficial do Presidente da Assem-bleia Nacional, a manhã terminoucom um breve discurso de Claude Bar-tolone sobre o sucesso da integraçãoda Comunidade portuguesa na socie-dade francesa. “Os filhos desta emi-gração são uma mensagem tambémde sucesso dos valores da República

francesa, por poderem abraçar essariqueza de ter diferentes culturas”.Contudo é inegável que a integraçãopassa também pelo direito de voto nopaís onde residem e, questionadosobre o facto de os Portugueses resi-dentes em França não terem direitode voto em todas eleições locais,Claude Bartonole explica que “a Leieuropeia prevê o voto de cidadãosportugueses residentes em Françanas eleições municipais e nas euro-peias. Contudo, com a evolução doideal europeu poderemos imaginarque este direito possa vir a ser alar-gado a outras eleições, nomeada-mente nas Regionais. De qualquerforma não poderá ser apenas aFrança, ou qualquer outro país so-zinho, a fazer essa proposta de mo-dificação da lei. Ainda assim, esteé um assunto que me parece extre-mamente importante, fiquei atémuito desiludido quando não con-seguimos aprovar a lei que permitiao voto de todos os estrangeiros naseleições locais devido ao envolvi-mento destes cidadãos na vidalocal, muitas vezes crucial para avida das cidades”.

Presidente da Assembleia da República é eleito da Seine-Saint Denis

Por Ana Catarina Alberto

PS quer fim da proibição de Deputados daemigração terem dupla nacionalidadeO PS defendeu na semana passada aeliminação da norma que proíbe umcidadão português com outra nacio-nalidade se candidatar a Deputadopelos círculos eleitorais fora do terri-tório nacional, considerando que seimpõe a valorização da Diáspora por-tuguesa.Esta medida foi apresentada em con-ferência de imprensa pelo dirigentesocialista Jorge Lacão e está integradano diploma do PS que pretende en-curtar os prazos das eleições para aAssembleia da República.Jorge Lacão classificou como “injus-tificada” a inelegibilidade de cidadãos

com dupla nacionalidade por círculosfora do território nacional, frisandoque esses mesmos círculos da emi-gração apenas elegem quatro numtotal de 230 Deputados e que, porisso, em caso algum, esses cidadãoscom dupla nacionalidade poderiamcolocar em causa a autonomia da so-berania nacional. “Esta restrição exis-tente na nossa lei eleitoral não tempor isso qualquer razão de ser”, sus-tentou o ex-Ministro dos Assuntos Par-lamentares do segundo executivoliderado por José Sócrates.Segundo Jorge Lacão, na lei eleitoraltem de se eliminar a restrição “levan-

tada a cidadãos portugueses” que, porserem portadores de uma outra nacio-nalidade - e essa outra nacionalidadecorresponder a alguns dos países queintegrem o círculo eleitoral exterior -“ficam logo inibidos de se candidatarcomo Deputados à Assembleia da Re-pública”.“Num momento em que se está aalargar as condições de obtenção danacionalidade portuguesa, não fazhoje em dia qualquer sentido que, porum lado, se facilite a aquisição da na-cionalidade, e, por outro lado, se pos-sam manter na lei soluções altamenterestritivas para a possibilidade de par-

ticipação política de cidadãos que re-sidem no exterior. Para mais, esses ci-dadãos podem ser precisamenteaqueles que apresentam maior enrai-zamento nesses círculos eleitorais,dispondo de uma maior ligação àspróprias Comunidades portuguesas”,alegou ainda Jorge Lacão.Neste ponto, o Deputado socialistaacrescentou ainda o argumento de severificar uma necessidade no sistemapolítico português de se conceder“melhores condições de participaçãopolítica por parte da Diáspora portu-guesa, aumentando por essa via a re-presentatividade dos emigrantes”.

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Pedro Lourtie, Paulo Pisco e Claude Bartolone com delegaçãoLusoJornal / Ana Catarina Alberto

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04 Política

lusojornal.com

emsíntese

Monique Delessard (PS)reeleita Maire dePontault-Combault

A cidade de Pontault-Combault,com uma forte comunidade portu-guesa, voltou a votos no fim de se-mana passado, para eleiçõesmunicipais intercalares já que o atoeleitoral do ano passado tinha sidoanulado pelo Conselho de Estado.Monique Delessard (PS) voltou aser eleita (36,76%) com mais 711votos do que o seu principal rival,precisamente o seu ex-número 2,Cédric Pommot (DVG).A segunda volta das eleições erauma quadrangular onde participa-ram ainda Stéphane Finance (UDI)e Jean-Pierre Martin (FN).

Conferênciasobre os desafiosda COP21

A Embaixada de França em Portu-gal organiza uma Conferência-de-bate sobre “Como Portugal vê osdesafios da COP21”, esta quarta-feira, 24 de junho, às 15h00, noPalácio da Ajuda, no âmbito daConferência Paris-Clima 2015(COP21), que a França irá acolherde 30 de novembro a 11 de de-zembro.A introdução será feita pelo Em-baixador de França Jean-FrançoisBlarel e a abertura por Jorge Mo-reira da Silva, Ministro do Am-biente, Ordenamento do Territórioe Energia. O moderador vai serJosé Pedro Frazão, jornalista daRádio Renascença.Estão previstas intervenções de vá-rios investigadores, ambientalistase autarcas.

Portugal com 85mil emigrantestemporários em2014

Em 2014 saíram de Portugal cercade 85 mil pessoas para ocupaçõestemporárias no estrangeiro, mais 10mil do que em 2013, revelamdados do Instituto Nacional de Es-tatística (INE).O número de emigrantes temporá-rios em 2014 cifrou-se em 85.052,o maior de sempre, mais 10.730 doque em 2013 e mais 28.072 doque o registado em 2011, o pri-meiro ano em que o INE disponibi-liza registos. Já o número deemigrantes portugueses permanen-tes cifrou-se em 49.572 em 2014,contrariando, pela primeira vez, atendência de crescimento que sevinha registando desde 2009.

PSD Paris contente com as sondagensque dão vitória à coligação PSD-CDS/PP

A Secção do Partido Social Demo-crata (PSD) de Paris reuniu no sábadopassado, dia 20 de junho, à tarde, naPermanência da UMP em Aulnay-sous-Bois (93), naquela que foi a úl-tima reunião do ano antes das fériasde verão. “Com o Vice-Presidente damesa, decidimos deliberadamente terum tema bastante alargado em cimada mesa” disse ao LusoJornal CarlosGonçalves, Presidente da Comissãopolítica do PSD Paris.A reunião aconteceu dois dias depoisde terem sido apresentados em Por-tugal os resultados das primeiras son-dagens para as eleições Legislativasque davam a coligação do PSD-CDS/PP à frente do Partido Socialista.“Não lhe escondo que foram notíciasque tiveram um acolhimento muitoreconfortante junto dos militantes debase”.Carlos Gonçalves explicou ao LusoJor-

nal que “os últimos 4 anos forammuito difíceis. Foram pedidos muitosesforços aos Portugueses, mas esta-mos a começar a ver resultados. Sóque, para os militantes de base, aque-les que estão todos os dias no terrenoa defender as nossas políticas, paraeles estas sondagens vieram dargrande ânimo”.Os militantes do PSD Paris conside-ram que “nunca, em nenhum pe-ríodo, os Emigrantes contribuíramtanto para o país”. Carlos Gonçalvesexplica que “os emigrantes são soli-dários para com o país, mas se nãosentissem que o Governo estava nobom caminho não enviariam tantasremessas, não fariam tantos investi-mentos, não estariam tão preocupa-dos na promoção imobiliária, nãoajudariam a enviar tantos turistas paraPortugal” disse ao LusoJornal.Outros assuntos abordados foram osda língua portuguesa, dos serviçosconsulares e da cidadania política.

“Os militantes querem que o PSDcontinue a defender propostas rela-cionadas com a maior participação cí-vica dos Portugueses” e CarlosGonçalves diz que “são assuntos quelevantaremos quando compreender-mos que haverá consenso político naAssembleia da República para seremaprovados. Até agora não houve”.Quanto às eleições que se aproxi-mam, os militantes do PSD Paris“sentem-se confortados. Sabem quea opinião das Comunidades é tida emconsideração na sede do Partido.Sabem que nada se fará sem a im-plicação dos militantes” diz CarlosGonçalves que é Secretário nacionaldo PSD para as questões relaciona-das com as Comunidades. Faz partedo “Governo” do Partido. “Nós fun-cionamos como um todo e as Comu-nidades estão representadas nasestruturas máximas do Partido”.Carlos Gonçalves não confirma aindaa sua candidatura às próximas Legis-

lativas mas tudo deixa prever se voltea ser o cabeça de lista pelo círculoeleitoral da Europa.Antes de participar na reunião doPSD Paris, visitou comércios devenda de produtos portugueses emBondy e em Aulnay-sous-Bois, pas-sou pela Festa dos Santos Popularesorganizada pela Associação Portu-guesa de Longjumeau, no domingovisitou o Salão do Livro organizadopela Sociedade dos Autores Lusófo-nos de França, foi à Festa da Músicaorganizada pela Associação Portu-guesa de Drancy, à Festa Franco Por-tuguesa organizada pela AssociaçãoFranco-Portuguesa Desportiva e Cul-tural de Villeneuve-le-Roi e acabou odia nas Comemorações do Dia dePortugal, de Camões e das Comuni-dades Portuguesas organizadas pelaAssociação Musical Franco Portu-guesa de Maisons-Alfort.É quase uma agenda de campanhaeleitoral!

Secção do PSD em Paris reuniu no sábado passado

Por Carlos Pereira

Bordeaux: Valdemar Félix e Carlos Cunhacandidatos ao CCPValdemar Félix e Carlos Cunha anun-ciaram na semana passada a suacandidatura às eleições para o Con-selho das Comunidades Portuguesas(CCP) na área consular de Bordeaux.“Não queremos deixar expressas pro-messas irrealizáveis, ou ‘politiquei-ras’, nem prometer mundos e fundos,mas com honestidade e transparên-cia, defender os interesses da nossaComunidade, através de uma políticade defesa da nossa cultura e tradi-ções. O Ensino do Português, a situa-

ção dos novos emigrantes, o Movi-mento associativo, são alguns dospontos importantes que vão merecerda nossa parte uma atenção muitoespecial” escrevem.Os dois candidatos referem que o an-tigo Conselheiro eleito naquela áreaconsular, Álvaro Pimenta, “durantetrês mandatos e com os meios (mo-destos) de que dispunha, desempe-nhou positivamente as suas funções...Todavia, hoje mais do que nunca, énecessário injetar sangue novo no

Conselho, com novas ideias e proje-tos viáveis, ganhar a confiança daComunidade portuguesa e a credibi-lidade das instâncias francesas”.Valdemar Félix é animador dos pro-gramas em português da rádio La Clédes Ondes, em Bordeaux, e CarlosCunha é animador dos programasem português da rádio O2, emCenon. Os dois apelam para o recen-seamento eleitoral nos próximos diaspara poder votar nas eleições de 6 desetembro.

Comunicado do Bloco de Esquerda FrançaO Bloco de Esquerda França reiteraa sua inteira solidariedade paracom a luta dos emigrantes portu-gueses lesados do BES e a mani-festação por eles convocada para opróximo dia 27 de junho.Os emigrantes não são responsá-veis do colapso do BES nem daburla de que foram objeto e/ou doassalto de que estão a ser vítimas.Os emigrantes não adquiriram pro-dutos de capital-risco, apenas con-

fiaram ao banco as suas economiassob a forma de depósitos a prazo.Que lhe sejam devolvidas as somasdepositadas é da mais elementarjustiça e constitui a mais legítimadas reivindicações.O Governo português é um ator es-sencial na resolução deste pro-blema, razão pela qual o Bloco deEsquerda apela à sua intervençãourgente para que sejam devolvidasaos emigrantes as poupanças de

vidas inteiras de trabalho e sacrifí-cio, poupanças de que muitos e,nomeadamente, os reformados, de-pendem para viver e cuja privaçãocoloca em situações de desespero.Não podemos continuar a deixarque os vampiros da finança su-guem as economias de vidas intei-ras de trabalho e sacrifício econtinuem impunes, a vender osmesmos produtos e a usar as mes-mas práticas.

Basta de roubo, de assalto, de es-poliação dos emigrantes!O Bloco de Esquerda França saúdaa luta dos emigrantes portugueseslesados do BES e apela à popula-ção portuguesa de França para quese junte à manifestação do dia 27de junho na qual participará, e quepartirá do 45 avenue Georges Man-del no XVI bairro de Paris, pelas10h00, em direção à Embaixadade Portugal em França.

le 24 juin 2015

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06 Comunidade

lusojornal.com

Encontro de Reflexão sobre a Precariedade

As atividades da Santa Casa da Mi-sericórdia de Paris vão no sentido defazer chegar junto da Comunidadeportuguesa a informação das possi-bilidades de apoio que a Santa Casapode prestar e, também, no sentidode angariar fundos que permitam aesta instituição ajudar quem precisa.As iniciativas têm contado com a co-laboração e apoio de várias associa-ções da região parisiense, e demuitas empresas da Comunidade,que de uma forma solidária se jun-tam à Santa Casa para maior eficá-cia.De há cinco anos para cá, sempre noConsulado Geral de Portugal emParis, a Santa Casa tem organizadoas “Jornadas Sociais” para debatersobre um tema específico. Este anoo tema do debate foi a “Precarie-dade”, que é um tema preocupante.A Santa Casa quer alargar esta refle-xão para organizar, em 2016, um Co-lóquio sobre o tema, com estatísticase matéria mais refletida e atualizada.A reflexão deste encontro dividiu-seem duas partes: a primeira com duasintervenções para introduzir o tema:uma sob um ponto de vista socioló-gico assegurada pelo sociólogo VítorRosa; a outra sob as práticas deapoio assegurada por Aníbal de Al-meida, ex-Provedor da Santa Casa.Na segunda parte foi feita uma apro-ximação Psico-Clínica pelo psicana-lista Manuel dos Santos Jorge.Durante o encontro foi apresentado ofuncionamento das permanênciassociais e sua organização assegura-das por telefone todos os dias, por vo-luntários, e permanências presen-ciais às quintas-feiras. Além dos vo-luntários que intervêm de forma re-

gular, a Santa Casa pode tambémcontar com uma voluntária advogada,inscrita no “Barreau de Paris”, Gra-cinda Maranhão, e que ajuda em ma-téria jurídica quando é necessário.Abordaram a tipologia dos pedidosde ajuda e ilustraram com algunscasos. Falaram depois da pertinênciadas Permanências e a este propósito,sublinharam, mesmo quando os ser-viços sociais, franceses e portugue-ses, asseguravam várias perma-nências, ainda assim, tantas vezes,as associações mantinham perma-nências sociais para colmatar as in-suficiências. Agora que a Françaconsidera que os Portugueses são eu-ropeus, constata-se também queestes não têm necessidades especí-ficas porque podem beneficiar do“direito comum”.Portugal demorou um pouco maisa compreender isto, mas depois in-

tegrou a mesma lógica e agora ageda mesma forma: os Portuguesespodem beneficiar dos direitos quea França assegura aos cidadãos eu-ropeus sem distinção.Claro que no papel parece mesmo serassim, disseram, mas na prática nãoo é. Sobretudo para estes novos flu-xos de emigrantes portugueses quechegam aqui desamparados e cujasnecessidades de acolhimento au-mentam enquanto os serviços dimi-nuem ou são suprimidos.Os Portugueses chegam aqui despro-vidos de tudo e muitos, como ou-trora, desconhecem a língua. Acresceque, contrariamente aos anos 60,não há empregos para empregar comaquela facilidade de então esta mão-de-obra que chega, e as misérias queenfrentam são indescritíveis. Não hápalavras para exprimir angústias in-dividuais. Até porque o pudor não au-

toriza.As permanências são organizadastodos os dias por telefone e presen-ciais na quinta-feira à tarde. O volun-tário de permanência, no seuatendimento por telefone, resolvemuitas vezes a dificuldade prestandoinformações. Estas permanênciassão asseguradas por voluntário ecada voluntário guarda a linha que étransferida para o seu telemóvel du-rante aproximadamente um mês.Há por vezes dificuldades alimenta-res urgentes e é proposto um cabazde produtos alimentícios; pagam-sepor vezes noites de hotel e às vezes oprimeiro aluguer de um quarto.É graças à solidariedade que se ex-prime durante o ano que a SantaCasa pode constituir esta corrente so-lidária e vencer aqui e ali algumas si-tuações de pauperismo flagrante.“Não sei se é verdade estarmos

numa crise tão aguda como aquelaque nos apresentam para ser neces-sário atirar com milhões de pessoaspara a margem e submetê-las àfome” disse o moderador, “porque éde notoriedade pública que aomesmo tempo que estes milhões decidadãos são atirados para a miséria,meia dúzia de outros cidadãos enri-quecem ao ponto de açambarcaremriquezas para viverem dez, cem, milvidas, quando no fundo só poderãoviver uma, e permitem tanta misériaespalhada”.Neste sistema de austeridade, a filo-sofia da Santa Casa deve ser a deajudar aqueles que estão à margeme esta forma de ajuda deve tambémtomar uma forma de denúncia por-que se o não fazemos podemos cairno “deixa andar que tudo vai bem” esermos até cúmplices do que sepassa.Ainda bem que há foros de solidarie-dade que se ativam. Ainda bem quehá homens e mulheres diferentesmas iguais neste objetivo de ajuda enesta forma de ajuda. Dentro e forada Santa Casa.E verificamos que há empreendedo-res da nossa Comunidade, que vivem“desafogados”, e que com muita ge-nerosidade vêm apoiar, com dinheiro,e sem qualquer contrapartida, estasolidariedade que a Santa Casa pra-tica.Aquela forma de solidariedade dis-creta, aquele contributo para a SantaCasa, tem permitido levar uma ajudaeficaz a dezenas de cidadãos queacabam por se levantar do fundo daangústia onde se encontravam e se-guir de rosto erguido.

(*) Vítor Rosa é Coordenador daSCMP

Santa Casa da Misericórdia de Paris

Por Vítor Rosa (*)

Emigrantes portugueses em França contra venda da TAP

Um grupo de Portugueses residentesem França entregou ao Embaixadorde Portugal, na sexta-feira da semanapassada, um manifesto contra a pri-vatização da TAP.Intitulado “O Manifesto dos 60”, odocumento conta com a assinatura de60 personalidades da Comunidadeportuguesa em França, de sociólogosa escritores, professores, artistas e di-rigentes associativos, entre outros.A iniciativa subscreve o Manifestocontra a privatização da TAP - “NãoTAP os olhos” - lançado em dezembropelo cineasta António-Pedro Vascon-celos e que já tinha sido subscritopelo cantor Tony Carreira ou pelo rea-lizador franco-português Ruben Alves.“Temos toda a legitimidade para rei-vindicar a não privatização da TAP namedida em que Portugal também énosso”, disse à Lusa Cristina Sem-blano, copromotora do manifesto,acrescentando que “as empresas es-tratégicas da economia portuguesafazem parte do património português”e que os emigrantes não estão “satis-feitos que as empresas sejam vendi-das ao desbarato”.

A economista e autarca na região pa-risiense, que vive em França há 43anos, apontou o dedo à forma como oGoverno se está a desfazer da TAP:“Se vender a minha casa e se disserque a minha casa é má, que está malsituada, que tem manchas de humi-dade e vizinhos que fazem barulho,

quem é que a vai comprar e porquanto?”, questionou.Manuel dos Santos, Presidente daCasa do Benfica em Paris, também écopromotor do manifesto e afirmou tersempre utilizado a TAP, alertando quea privatização poderá levar os emi-grantes portugueses a “ir para a con-

corrência”.“Portugal só tem uma companhiaaérea. Penso que é o mínimo defen-der a TAP. Somos um país de traba-lhadores, se fôssemos um bocadinhomais unidos, esta situação não tinhaacontecido porque é simplesmentemá gestão. É fácil dizer ‘vamos priva-

tizar isto e aquilo’. Só que poucas pri-vatizações tiveram melhores resulta-dos que o público. É um erro privatizara TAP”, afirmou à Lusa o portuguêsque reside em França há 47 anos.Para Lurdes Rodrigues, funcionáriaconsular a viver há 26 anos emFrança, a privatização da TAP é maisum sinal de que “o património e a ri-queza que o país possa ter estão asair” de Portugal, à imagem dos Por-tugueses que emigram. “Como portu-guesa tenho o sentimento que há umacerta vontade de espoliar o nosso paísdo património que tem”, resumiu,acrescentando que se a companhiafor privatizada deixará de “defender osinteresses do que é Portugal e os Por-tugueses”.O grupo de emigrantes foi recebidopelo Embaixador de Portugal emFrança, José Filipe Moraes Cabral, du-rante cerca de vinte minutos, maseste preferiu não prestar declaraçõesno final do encontro.O Ministro da Economia, AntónioPires de Lima, anunciou na semanapassada que o contrato entre o Estadoe o consórcio vencedor da privatizaçãoda TAP será assinado no dia 24 dejunho.

Entregaram petição na Embaixada de Portugal

Por Carina Branco, Lusa

Dirigentes da Santa Casa da Misericórdia de ParisDR

Delegação à chegada à Embaixada de PortugalCarina Branco

le 24 juin 2015

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08 Comunidade

lusojornal.com

Dia de Portugal assinalado em Marseille

O dia 18 de junho foi o dia escolhidopelo Consulado Geral de Portugal emMarseille para comemorar o Dia dePortugal, de Camões e das Comunida-des Portuguesas.A iniciativa teve como convidados dehonra Michel Vauzelle, Presidente daRegião Provence-Alpes-Côte d’Azur,Michel Cadot, Préfet de Marseille e Te-resa Ribeiro, Secretária-Geral-Adjuntapara a Energia do Secretariado daUnião para o Mediterrâneo.Michel Vauzelle destacou o momentocom “uma especial visibilidade da Co-munidade portuguesa nesta região dosul da França, no âmbito das suas ati-vidades profissionais, uma realidadeeconómica, social e cultural, e asimensas capacidades e múltiplas po-tencialidades dos Portugueses”, disse.Do programa destacaram-se aindamúltiplas intervenções de várias perso-

nalidades num debate sob o tema“cooperação regional em matéria deenergia e alterações climáticas”, ques-tões e pedidos de esclarecimentos daplateia à presidência da mesa, e umadegustação gastronómica onde os vi-nhos portugueses estiveram em desta-que.As comemorações contaram aindacom a presença de entidades civis e

militares, um coletivo de causídicos deorigem portuguesa com escritórios emMontpellier, Marseille, Aix-en-Provencee Nice, Conselheiros, operadoresbancários, empresários, jornalistas erepresentantes de diferentes entida-des públicas e privadas de origemportuguesa que operam em diversifi-cados setores.Pedro Marinho da Costa, Cônsul Geral

de Portugal em Marseille escolheu aVilla Mediterranée como palco para ascomemorações oficiais, e, a finalizar,fez um balanço como “um marco im-portante, estimulante e inspiradorpara a vida coletiva dos cidadãosportugueses radicados e a traba-lhar nesta região de França, cata-pultando o bom nome de Portugalalém-fronteiras.

Na Villa Mediterranée

Por José Manuel Santos

Passeio de bicicleta em Paris para comemoraros 40 anos da independência de Cabo VerdeNo quadro das comemorações dos 40anos da Independência de CaboVerde, os Caboverdianos de Paris vãosair à rua, no dia 5 de julho, para asegunda edição de um Passeio de bi-cicleta pelas ruas da capital francesae um Encontro cultural no Bois deVincennes.Apesar de se tratar da Festa nacionalde Cabo Verde, os organizadores que-rem associar “os amigos de línguaportuguesa” apelando à participação

de Portugueses, Brasileiros, Angola-nos,... “para que seja uma grandefesta lusófona, uma festa ecuménicaaberta a todos, aos parisienses, aosturistas e outros visitantes de passa-gem” diz ao LusoJornal David Leite,Adido Cultural da Embaixada de CaboVerde em Paris.O passeio e a festa está marcada parao dia 5 de julho, mas em caso de con-dições climatéricas desfavoráveis, oevento terá lugar uma semana depois,

no dia 12 de julho. O ponto de encon-tro vai ser dado às 10h00 da manhãna Place de Fontenoy, em frente dasede da Unesco, em Paris 7.Quem não tiver bicicleta, pode alugaruma na Place de Fontenoy e devolvê-la no Bois de Vincennes por 10-12euros o meio dia, segundo a organi-zação. Outra possibilidade é a doVelib.A organização vai distribuir camisolase bonés a todos os participantes, uma

garrafa de água e até uma prova dagastronomia caboverdiana na che-gada. Garante também música, so-corristas e uma ambulância.Uma primeira pausa vai ter lugarna Place S. Augustin, em frente daEmbaixada de Cabo Verde em Parise outra no Hôtel de Ville. No Boisde Vincennes, para além de mú-sica, está previsto um “piqueniqueritmado”, danças tradicionais, edemais animações.

«La retraite dorée au Portugal» présentéeà Clermont-FerrandLe vendredi 22 mai dernier, s’est dé-roulée à l’agence Banque BCP de Cler-mont-Ferrand (63), située au 121avenue de la République, une réunionthématique sur le sujet sans doute leplus diffusé par les médias ces der-niers mois, «La retraite dorée au Por-tugal».Près de 35 personnes sont allées écou-ter avec intérêt les conseils en succes-sion et fiscalité de Brigitte da Fonseca,Conseillère en gestion patrimoniale del’agence de Clermont-Ferrand, PierreVieira, Directeur de l’agence, et enfinSerafim Costa, Responsable de la ges-tion privée de la Banque BCP. Les

questions étaient nombreuses et lesintervenants y ont apporté des ré-ponses claires et précises.Toute l’équipe commerciale del’agence était présente accompagnéedu Directeur régional, Jorge Cecílio. Laréunion s’est terminée autour d’unchaleureux cocktail dinatoire où leséchanges se sont poursuivis durantune bonne partie de la soirée.Clients et prospects ont fait part deleur «satisfaction quant à cette excel-lente initiative» prise par la BanqueBCP, «qui renforce sa spécificité debanque de proximité» dit une note depresse de cette institution bancaire.

Como posso compraruma casa às Finanças?

Resposta:

As três modalidades de venda deimóveis pela Autoridade Tributáriae Aduaneira são as seguintes:- Leilão eletrónico:Esta modalidade é efetuada dire-tamente no Portal das Finanças,sendo definidos os dias e as horasde abertura e encerramento do lei-lão e aceites apenas propostas devalor igual ou superior ao valor debase;

- Proposta em carta fechada:A proposta pode ser entregue emmão no Serviço Local de Finançasou submetida no Portal. Se o inte-ressado pretender usar o Portaldeve selecionar o imóvel e a opção“entregar proposta”. Após concluiro seu login deve indicar o valor daproposta. As propostas apresenta-das online são encriptadas e noato de abertura são abertas emconjunto com as propostas sub-metidas em papel. Sendo as pro-postas apresentadas em papel, ointeressado deve apresentar umacarta fechada e no envelope deveregistar o número de venda;

- Negociação particular:No caso dos imóveis esta modali-dade só ocorre se no dia des-ignado para a abertura depropostas de venda em carta fe-chada não existirem proponentes,apenas existirem propostas devalor inferior ao valor base ou sefor determinado pelo dirigentemáximo do serviço.

De acordo com a lei, a venda deveser preferencialmente feita atravésde leilão eletrónico ou, sendo im-possível, por propostas em cartafechada (artigo 248º do Código deProcedimento e Processo Tributá-rio).O valor base da venda é diferenteconsoante a modalidade. Quandorealizada por leilão eletrónico cor-responde a 70% do valor patrimo-nial tributário (VPT), por propostaem carta fechada tem um valor debase de 50% e por venda particu-lar não possui um valor de base.

Rita RibeiroJuristaRua Principal, nº 150Granja2425-013 Monte RealInfos: +351.926.300.365Infos: +33 (0)6.12.601.427

Rubrica jurídica

Michael Hamelink novo Presidente da Aigle AzurA Aigle Azur anunciou a nomeaçãode Michael Hamelink para Presi-dente da Comissão Executiva, queterá a missão de levar a cabo a es-tratégia de desenvolvimento delongo prazo da Aigle Azur, a se-gunda companhia aérea francesa,que voa também para Portugal.

Com 47 anos de idade e nacionali-dade holandesa, Michael Hamelinkconta com 15 anos de experiênciade gestão internacional no setor daaviação, tanto na Ásia como emÁfrica. A sua carreira iniciou-se em1992 na companhia KLM RoyalDutch Airlines, no âmbito de um

programa de gestão e, depois, comoAuditor Financeiro da KLM Bélgicae Luxemburgo em Bruxelas. No-meado Conselheiro Principal em in-vestimentos internacionais no grupoHNA Aviation, em Haikou, naChina, Michael Hamelink ingressana Aigle Azur em março de 2015 na

qualidade de Diretor Financeiro.“Congratulo-me com a oportuni-dade que me é dada de participarde forma ativa na história da AigleAzur e espero poder levar a com-panhia para novos desafios com oapoio de todos os colaboradores edos seus acionistas”.

LusoJornal / José Manuel Santos

le 24 juin 2015

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09Ensino

Festa de fim de ano na Section internationale de Chaville

A Secção internacional portuguesa doCollège Jean Moulin de Chaville orga-nizou no sábado passado, dia 20 dejunho, uma manhã de convívio entrepais, alunos e professores. A Associa-ção de pais esteve bastante implicadano evento e também foram associadasas crianças do ensino primário da Es-cola Paul Bert da mesma cidade.Também esteve presente a Coordena-dora do ensino português em França,Adelaide Cristóvão.Durante toda a manhã houve cânticoslusófonos “Uma travessia portuguesa,caboverdiana e brasileira”, recitaçãode poesia - “As dez meninas casadoi-ras”, “Tudo ao contrário”, “Rei, Capi-tão, Soldado, Ladrão”, “A união faz aforça” e outros - e houve mesmo aapresentação de duas peças de teatro“Meninos de todas as cores” e “Autoda Barca do Inferno no século XXI”.Na sala 301 estavam patentes ao pú-blico várias exposições, sobre “Portu-

gal Cultural: gastronomia, fado, mo-numentos”, “Os Azulejos”, “Os Bra-sões”, “A Lenda do rei Artur: lendas emitos”, entre outros trabalhos.“Este evento mostra a vitalidade destaSecção que espero que dentro embreve tenha continuidade também no

Lycée. Mas que para já mostra estaunião entre a Secção do primário, naescola Paul Bert em Chaville e o col-lege Jean Moulin” explicou ao Luso-Jornal a Coordenadora do ensinoportuguês em França. “Estivemos aouvir canções de vários países. É bom

dar esta dimensão às crianças. Mos-trar-lhes que estão a aprender umalíngua que é falada em muitos paí-ses”.Pedro Monteiro, um dos responsáveispela Associação de Pais da Secção In-ternacional mostrou-se muito “orgu-

lhoso” com este evento por ter conse-guido juntar tanta gente. A professoraCristina Martini também falou de“grande orgulho por ver as famílias aapoiar este evento”.Os alunos de 3ème adaptaram o“Auto da Barca do Inferno” de Gil Vi-cente. “O autor era do século XVI,mas o texto foi transposto para a atua-lidade, para o século XXI” disse a pro-fessora portuguesa que enquadra os40 alunos da 6ème à 3ème naquelaSecção internacional.“É importante que os pais consideremque é uma mais valia terem os filhosa estudar numa Secção internacional,completamente bilingue, e que já háesta relação entre o Primário e o Col-lège” diz Adelaide Cristóvão. “Mas onúmero de alunos ainda continua aser reduzido. Estamos a trabalhar paraque haja também continuidade parao Lycée e espero que nessa altura ospais estarão mais motivados. EstaSecção é ainda bastante jovem e ne-cessita de mais alunos”.

Exposições, canções, poesia e teatro no Collège Jean Moulin

Por Mário Cantarinha

Delegação portuguesa visitou o Lycée Marcelin Berthelot

No passado dia 12 de junho, uma co-mitiva portuguesa teve oportunidadede visitar o Lycée Marcelin Berthelot.Esta visita decorreu na sequência doapoio prestado pelo Banco BPI à for-mação no respetivo liceu. Este apoiofoi enquadrado no ensino técnico-pro-fissional com o ensino da língua portu-guesa. Este liceu é um dos que emToulouse leciona a língua portuguesa acentenas de alunos.A delegação portuguesa era compostapor Paulo Santos, Vice-Cônsul de Por-tugal em Toulouse, António Capela,Presidente da Associação de Empresá-rios de Haute-Garonne, Cristina Graça,Professora de língua portuguesa desta-cada pelo Instituto Camões, e Vítor Oli-

veira, responsável do Banco BPI na re-gião de Toulouse.Da parte do liceu a receção foi efe-tuada pelos responsáveis Maurel Du-prat, Corinne Sentous, Mr Cardona, epela responsável pelo ensino da línguaportuguesa na escola, a professora AnaBarroso.No encontro que decorreu posterior-mente a um cocktail oferecido pela es-cola, os intervenientes na reuniãodiscutiram futuras oportunidades quepoderão ser proporcionadas aos alu-nos, uma vez que a escola, sendo téc-nico-profissional, visa a integraçãodos alunos no mercado de trabalho.Foram trocados contactos entre asentidades oficiais presentes, nomea-damente com a associação de empre-sários, o que poderá permitir “futuros

contactos”, por parte da escola como mundo empresarial.

Os responsáveis do Lycée MarcelinBerthelot indicaram que vão fazer a di-

vulgação da presença portuguesa naescola, bem como do apoio à formaçãoda língua portuguesa efetuado peloBanco BPI, tanto junto dos alunoscomo dos encarregados de educação.Este encontro aconteceu numa se-mana muito importante para todas asComunidades portuguesas espalhadaspelo mundo, uma vez que no dia 10de Junho se comemorou o “Dia de Por-tugal, de Camões e das ComunidadesPortuguesas”. Esta data foi tambémreferida no encontro, como sendomarca da presença da delegação por-tuguesa naquela semana em particu-lar.Ficou a nota, já no final da reunião,para que se possam realizar futuros en-contros, de promoção do ensino da lín-gua portuguesa.

Em Toulouse

Por Vítor Oliveira

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LusoJornal / Mário Cantarinha

le 24 juin 2015

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10 Cultura

lusojornal.com

Jovens designers portugueses expõem na Consul’Art em Marseille

Uma seleção de obras artísticas e ar-tesanais, de artistas originários de vá-rios países estrangeiros representadosem Marseille, estão patentes ao pú-blico até ao dia 18 de julho na Maisonde l’Artisanat et des Métiers d’Art.Obras originais e variadas, como pin-turas em mosaicos, esculturas, peçasde artesanato, fotografia, pintura, es-cultura, cerâmica, tapeçaria, fatos tra-dicionais e joias, podem serapreciadas na Consul’Art, uma expo-sição internacional que já vai naquarta edição.Com 71 representações consulares,Marseille está no segundo lugar diplo-mático de França, com envergaduranas relações internacionais e tem-seposicionado como uma plataforma in-contornável sobre o tabuleiro do xa-drez internacional na organização demissões em grande escala a fim de ci-mentar relações privilegiadas.Portugal foi convidado para estar demãos dadas com a cultura nesta ex-posição, e o Consulado Geral de Por-tugal em Marseille irá apresentar na

Consul’Art “duas guitarras portugue-sas da empresa Malabar, criadas peloartista Alexandre Farto, através de mé-todos tradicionais e redecoração comsímbolos e motivos culturais comonovos desafios de jovens designersportugueses”, comentou ao LusoJor-nal o Cônsul Geral, Pedro Marinho daCosta.A inauguração oficial teve lugar nopassado dia 19 de junho, contou com

a presença do Maire de Marseille,Jean-Claude Gaudin, do Presidente daMaison de l’Artisanat et des Métiersd’Art, Jacques Rocca Serra e váriosCônsules de países representados emMarseille, entre os quais o CônsulGeral de Portugal.A empresa Malabar é uma marca por-tuguesa de design de mobiliário e dedecoração que lançou uma coleçãocriada por jovens designers portugue-

ses, intitulada “tudo isto é…” e quepretende levar um símbolo da culturaao convívio e à vida de todos os que,estando ausentes de Portugal, sãotambém por isso os grandes embaixa-dores da cultura, dos costumes e dastradições portuguesas pelo mundo.A entrada na Maison de l’Artisanat etdes Métiers d’Art é livre e os objetosapresentados podem ser vendidos nofinal da exposição.

Para alcançar novos desafios

Por José Manuel Santos

António Zambujo atuou em Toulouse

António Zambujo atuou no passadodia 17 de junho no festival de mú-sica “Rio Loco”, em Toulouse.Este festival que decorreu entre osdias 17 e 21 de junho, no “Prairiedes Filtres”, jardim e parque junto aorio Garonne, contou com artistas devárias nacionalidades, numa mostrada multiculturalidade intercontinen-tal. O festival, que já vai na sua 20ªedição este ano, deu ênfase a cadaum dos vários continentes, nos diver-sos dias do evento. No primeiro diaos espetáculos foram dedicados aocontinente Europeu. Ainda pratica-mente nas horas de abertura atuou oartista português António Zambujo.Natural do Alentejo, António Zam-bujo foi recentemente condecorado

pelo Presidente da República Portu-guesa, no dia 10 de Junho, e foi tam-bém um dos artistas premiados háalgumas semanas nos Globos deOuro.António Zambujo, que canta em por-tuguês contou com um público de di-versas nacionalidades na sua plateia,sendo mais representativa a comuni-dade francesa e portuguesa. A Comu-nidade portuguesa deu aliás um forteapoio ao artista.Em declarações ao LusoJornal, Antó-nio Zambujo “agradeceu o apoio detoda a Comunidade portuguesa pre-sente. Foi espetacular!”.Alguns dos momentos que mais im-pressionaram o público, foram as in-cursões aos fados mais conhecidospor parte das centenas de Portugue-ses presentes no espetáculo.

Por Vítor Oliveira

Lola dos Santos dans «Qui veut épouser mon fils»Le modèle d’origine portugaise Lolados Santos participe le vendredi 26juin, sur la chaîne de télévision TF1,à l’émission «Qui veut épouser monfils 4».Née le 15 octobre 1988, à Paris,Aurore dos Santos est fille de pa-rents immigrés portugais de la ré-gion du Sabugal, d’un village appeléSortelhã, près de Guarda. Elle dé-marre sa carrière par la photo et par-ticipe à de nombreux shooting oùelle se fait connaître sous le nom ar-tistique de Lola dos Santos.Attachée à ses origines lusophones,en 2014 elle intègre la ‘Sirando fa-milia’, de l’ex-chanteur du célèbregroupe «La Harrissa», où elle parti-cipe à l’écran sur plusieurs vidéosclips, mais aussi en tant qu’inter-prète. Un prochain clip est d’ailleurs

prévu pour la fin du mois de juin, oùnous découvrirons cette nouvelle fa-

cette de Lola.Vendredi prochain, vous pourrez

donc la voir sur TF1 sur le pro-gramme «Qui veut épouser monfils», où elle est prétendante dansl’équipe d’Alexandre, qui lui-mêmeest aussi portugais.La presse la décrit déjà comme unefille «qui n’a pas froid aux yeux», na-turelle, certainement liée à ses ori-gines latines!Cette aventure va lui permettre dedémarrer une nouvelle phase de sacarrière et que le grand public la dé-couvre.Vous pouvez suivre ses actualités surles réseaux sociaux, et commenteravec ses fans, les post’s qu’elle par-tage avec eux chaque jour. Une ar-tiste prometteuse, pleine de talentet de vie, qui n’a pas fini d’apparaî-tre dans le paysage médiatique enFrance et peut-être au Portugal…

“Amphithéâtre Manuel Valadares”de l’ancienne ÉcolePolytechnique deParis

Manuel Valadares est né à Lisboa, villeoù il a étudié la Physique à l’Université,devenant un des pionniers dans l’airede la Physique Nucléaire et Atomique.Entre 1929 et 1932 il fût assistant àl’Institut Portugais d’Oncologie.Une bourse lui fut attribuée pour fairede la recherche à Paris dans le do-maine de la radioactivité, au Labora-toire Curie. Sa thèse de doctorat,supervisée par Marie Curie, s’intitulait:«Contribution à la spectrographie pardiffraction cristalline du rayonnementgamma».De retour au Portugal il a orienté sesrecherches vers les domaines de laPhysique Nucléaire et la Spectromé-trie des rayons X, à l’Université de Lis-boa où il a eu un rôle très importantdans le début de la recherche ato-mique et nucléaire. Il fût chargé de lachaire de Physique, Chimie, destinéeaux étudiants de Médecine.En juin 1947, renvoyé de l’Universitéde Lisboa, par le Gouvernement deSalazar, Manuel Valadares est revenuà Paris, invité par Irène Joliot-Curie, ila occupé plusieurs charges acadé-miques avec beaucoup de succès.De Chargé de Recherches (auCNRS), il est passé Maître de Re-cherches en 1948 et Directeur de Re-cherches à partir de 1957.Manuel Valadares fût “Directeur duCentre de Spectrométrie Nucléaire etde Spectrométrie de Masse”, à Orsay,jusqu’en 1968, année de sa démis-sion.Il a aussi publié plus de 70 articles surses recherches et en collaborationavec Cyrillo Soares, Aurélio Marquesda Silva et Telles Antunes, la revue“Portugaliae Physica”.En 1981, à Lisboa, on lui a attribué legrade de Doctor Honoris Causa et il areçu l’Ordre Militaire de Santiago eEspada.Son nom à Paris, est rappelé par“Amphithéâtre Manuel Valadares”,situé de nos jours au Musée de laScience, anciennement dans lesmurs de l’ancienne École Polytech-nique de Paris, auxquels Manuel Va-ladares disait qu’il était lié par plusd’un quart de siècle et tant de souve-nirs inoubliables!

Affinités

Maria FernandaPinto

Historiques

le 24 juin 2015

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Edition nº 1 | Série III, du mercredi 05 Janeiro 2011 Hebdomadaire Franco-Portugais

O Vice-Primeiro-Ministro português, PauloPortas, visitou o stand dos Vinhos de Portu-gal na Vinexpo em Bordeaux, no passado dia16 de junho. A Vinexpo é a feira de referên-cia internacional, que voltou a ser o palco depromoção dos vinhos nacionais. Mais de 40produtores portugueses marcaram presençano stand coletivo Vinhos de Portugal, no Hall1, de 14 a 18 de junho, em Bordeaux.A Vinexpo continua a afirmar-se como umarelevante feira internacional, através da qualos vinhos portugueses tentam reforçar o co-nhecimento e a notoriedade junto dos seusmercados estratégicos e promover a aproxi-mação de novos mercados e de importantesdistribuidores e compradores.

Na edição da Vinexpo de 2015, a ViniPortu-gal criou um espaço de “Free Tasting”, como objetivo de promover os Vinhos Medalha-dos em Concursos Internacionais e no Con-curso Nacional de Vinhos de Portugal.Durante os cinco dias da feira foram organi-zadas diversas conferências para promovero aprofundamento do conhecimento dos vi-nhos portugueses, castas e regiões. Os Te-souros Autóctones de Portugal - uvasbrancas e uvas tintas - foram o foco da apre-sentação de Doug Frost, Master of Wine eMaster Sommelier, consultor de vinhos e es-critor.Nos dias 15 e 16, as conferências foramconduzidas por Robert Joseph, a primeira foi

subordinada ao tema “A conjugação do tra-dicional com o moderno” enquanto na se-gunda palestra o consultor na área dosvinhos e autor do blog The Wine Thinker di-vulgou a sua seleção pessoal de vinhos bran-cos de origem portuguesa.Sofia Salvador, ‘wine educator’ da ViniPor-tugal, focou os seus seminários nos “Vinhosde Portugal - Tesouros que merecem ser des-cobertos”, tendo por base a apresentação eproposta de degustação de vinhos monova-rietais e blends. Foi ainda organizada umapalestra com António Graça, Diretor da Por-vid, que defendeu a importância da susten-tabilidade na produção dos Vinhos nacionaise a manutenção da biodiversidade na vinha.

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LusoJornal le 24 juin 2015 | Caderno especial Este caderno faz parte integrante do LusoJornal Edition nº 224 | Série II

um dossier de José de Paiva

O Luso jornal agradece a amável disponi-bilidade de José de Paiva para a realizaçãodeste dossier especial sobre os Vinhos por-tugueses por ocasião da Vinexpo, a maiorfeira de vinhos do undo, realizada todos osdois anos em Bordeaux.José de Paiva é economista, licenciadopelo ISCEF (Instituto Superior de CiênciasEconómicas e Financeiras) e frequentouigualmente um curso de Marketing pro-posto pela Universidade de Harvard.Trabalhou muitos anos no ICEP, como Di-retor-adjunto e tem por consequência umalarga experiência nesta matéria.Atualmente é Consultor de Empresas eCônsul Honorário de Portugal em Orléans.

Vinexpo em Bordeaux

ViNExPOEM BORDEAux

Vinhos de Portugal mostraram-se na Vinexpo

E S P E C i A L

O consumo de vinho continua a baixar na Eu-ropa mas aumenta, ao contrário, nos EstadosUnidos e na China. Novos países se abrem aovinho, o gosto dos consumidores muda e osmodos de vida evoluem. Nos países onde estápresente desde há milénios, o consumo estagnaou baixa, enquanto que aumenta nos paísesonde a cultura da vinha é recente e uma novacultura do vinho se propaga. A progressão doconsumo do vinho não é conduzida pelos paísestradicionalmente produtores e consumidores,mas pelo desenvolvimento de novos polos deconsumo. O vinho torna-se não somente numproduto de massa, mas também um produtomundializado. Os Estados Unidos tornaram-senos primeiros consumidores mas como a suataxa de consumo por habitante é ainda fraca,este país torna-se um mercado a privilegiar.A França é o primeiro país produtor mundial de

vinho, é o segundo consumidor per capita - ul-trapassado no último ano pela Itália - é o pri-meiro país consumidor de rosé e o primeiro devinhos tintos, é o segundo exportador de vinhoem volume. Ou seja, oferece um potencialenorme sob variados aspetos e é detentora deuma imagem de qualidade reconhecida mun-dialmente e particularmente vantajosa face àconcorrência.Com cerca de 850.000 hectares de vinhas nototal, ou seja, 1/5 da área vinícola da UE e 1/10da mundial, a França detém uma produçãomédia anual próxima de 50 milhões de hecto-litros.Não obstante o seu potencial, a França importa,no entanto, volumes muito apreciáveis de vi-nhos de mesa, em média mais de 5 milhões dehectolitros anuais, mesmo se uma parte mar-cante destas importações (90% do total) são vi-

nhos correntes “a granel” destinados na grandemaioria a misturas, oriundos principalmente daEspanha, a preços desafiando toda a concor-rência.Não podemos ignorar que a França é, apesar detudo, um cliente muitíssimo importante paraPortugal. São vários os fatores que contribuempara este posicionamento: a existência de umaComunidade lusófona importante e tradicional-mente (ainda) ligada às origens, a presença demuitas associações que mantêm uma continui-dade nas tradições e hábitos alimentares, idemrelativamente à frequência de cafés e restau-rantes portugueses e outros pontos de venda,não ignorando a grande distribuição, com focosde desenvolvimento acrescido graças ao traba-lho desenvolvido por alguns importadores dis-tribuidores nacionais estabelecidos no mercadoe que criam novos pontos de venda.

Portugal/França no mercadomundial de vinhos

José PaivaCônsul Honorário de Portugalem Orléans

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Crónica de opinião

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lusojornal.com

A França é o terceiro cliente de Portugal em volume e o quinto em valor

Os vinhos ocupam tradicionalmenteuma posição de relevo nas exporta-ções nacionais. Globalmente (in-cluindo os vinhos do Porto e daMadeira) atingiram, em 2014, um

valor de 728,7 milhões de euros.Neste contexto global, 45% das ex-portações em valor são vinhos doPorto, 2% da Madeira e os restantes55% são vinhos de mesa.Tendo em consideração apenas os vi-nhos de mesa, as suas exportações

foram superiores a 380.696 euros,em 2014. Progrediram muito favora-velmente para três países (EUA, Ale-manha e Reino Unido) e baixaram deforma acentuada para França, espe-cialmente em volume. Todavia, rela-tivamente a França, os preços

médios sofreram uma alteraçãomuito positiva, com uma progressãode 64%, ou seja, se diminuíram for-temente as quantidades, essencial-mente de vinhos correntes e baixo degama, regista-se, no entanto, umasubstituição por vinhos engarrafados

e de qualidade superior, o que se po-derá vir a traduzir por uma melhoriana imagem de qualidade.Em 2014, a França detém a terceiraposição no ranking mundial dosclientes portugueses, em volume, e aquinta posição em valor.

Exportações portuguesas de vinhos de mesa

Vender vinho mais caro é melhor do que vender muitoO preço médio de exportação dos vi-nhos portugueses aumentou e já du-plicou o dos espanhóis, uma apostaque o Presidente da Viniportugal querreforçar, defendendo que os “eurosque entram são mais importantes doque os litros que saem”.Para o Presidente da associação res-ponsável pela promoção externa dosvinhos portugueses, Jorge Monteiro, oque interessa é a valorização do pro-duto. “Não nos interessa exportar maisvolume, interessa-nos exportar maisvalor e Portugal está a gerar mais re-ceita, fazendo crescer o preço médio.Portugal não se deve preocupar com ovolume de produção, deve-se preocu-par com uma maior valorização do pro-duto e colocá-lo nos mercados apreços superiores, no fundo acrescen-tar-lhes valor. Interessa-nos mais oseuros que entram no país do que os li-tros que saem”, declarou à Lusa.A cidade francesa de Bordeaux foi, nasemana passada, mais uma montrapara a promoção dos vinhos nacionaisa partir da Vinexpo, um dos principaiscertames mundiais dedicados ao setore que conta com a presença de cerca

de 90 empresas portuguesas. “É umgrande momento para as empresasportuguesas onde estarão muitos po-tenciais compradores não só deFrança, mas também de outros paísesda Europa. Quem não aparece, es-quece”, disse o responsável da Vini-portugal, destacando a importância demarcar presença neste tipo de even-tos.Jorge Monteiro sublinhou que este é“um negócio muito competitivo” e

que é importante não perder posiçõesde mercado, especialmente face anovos países produtores como a Áfricado Sul, o Chile ou a Argentina que“têm de ser acompanhados muito deperto”, mais até do que produtores tra-dicionais como Espanha ou Itália quevendem também vinhos a granel, apreços mais baixos.O Presidente da Viniportugal explicouque o aumento do preço médio dovinho português reflete o reconheci-

mento internacional do produto, mastambém o facto de serem exportadoscada vez mais vinhos engarrafados naorigem e menos a granel. “Portugal ex-porta apenas 5% de vinho a granel.Espanha exporta muito mais do quenós, a um preço médio de 1,14 eurospor litro, enquanto Portugal exportoua um preço médio de 2,50 euros”, co-mentou.Salientando que Portugal apresentaneste momento “um dos melhores de-sempenhos a nível mundial”, JorgeMonteiro lembrou que, no final de2014, Portugal posicionou-se entre ostrês únicos países do mundo queviram o comércio de vinho crescer edesvalorizou o aumento das importa-ções no primeiro trimestre de 2015(10,6% face a um crescimento de1,3% nas exportações).“É um fenómeno do primeiro trimestreque tem a ver, por um lado, com ofacto de termos tido vindimas curtase, por outro, termos uma capacidadede colocação do produto no mercadoque está acima da nossa capacidadede produção”, justificou o mesmo res-ponsável, assinalando que Portugal

“consome muito” (3º maior consumi-dor ‘per capita’ a nível mundial) e “ex-porta muito” (4º maior exportador emtermos percentuais).Além disso, há uma “nova compo-nente de negócio”, que consiste emreexportar, com valor acrescentado, vi-nhos importados a baixo preço, oriun-dos maioritariamente de Espanha.No que respeita a tendências, JorgeMonteiro apontou o crescimento“acima da média” de categorias comoos espumantes e rosés, a par de “al-guma saturação de vinhos varietais”(com predominância de uma únicacasta), positiva para Portugal que nor-malmente exporta vinhos ‘blend’ (pro-duzidos a partir de diferentesvariedades de uvas).Em termos de mercados, os EstadosUnidos destacam-se como o destinoque tem tido um crescimento maissignificativo.“Vamos para o quarto ano consecutivoa crescer a uma taxa interessante. Bre-vemente, os Estados Unidos poderãovir a ser o primeiro mercado de vinhosportugueses fora da União Europeia”,acredita.

Por José de Paiva

Em volume, as exportações portu-guesas de vinhos de mesa, atingi-ram os 2.101.114 hectolitros. Pormercados, Angola é o nosso princi-pal cliente com 616,8 milhares deHl importados e uma quota demercado de 29,4%, dos quais umaparte muito importante de vinhoscorrentes, de baixo preço. Graças a

uma forte progressão nas nossasvendas, a Alemanha ocupa a se-gunda posição como cliente, emvolume, e uma quota de mercadode 9,1%. A França encontra-se na terceiraposição do ranking, como cliente,com 129,3 mil hectolitros e umaquota de mercado de 6,2%.

Segue-se-lhe os EUA, onde se notauma forte progressão nas quantida-des exportadas, que creditam estepaís na 4ª posição, com uma quotade mercado de 5,9%. Na quintaposição encontra-se o ReinoUnido, com uma quota de mercadode 5%.Em valor, as nossas vendas de vi-

nhos de mesa elevam-se a 380.696milhares de euros e é também Angolaque ocupa a primeira posição comocliente, 86 milhões de euros e umaquota de mercado de 22,6%. No se-gundo lugar, encontram-se os EUA,com uma quota de mercado de7,9%, para 30 milhões importa-dos, enquanto que a Alemanha ab-

sorve 7,7% das nossas vendas. OBrasil situa-se na quarta posição,com 6,4%, antes da França queocupa a quinta posição no ranking,absorvendo 5,9% das nossas ven-das ao exterior. Com contribuiçõesidênticas (5,9%) encontra-se o Ca-nadá, seguido pelo Reino Unido(5,8% de quota).

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Vinexpo

Principais fornecedores de França

A França ocupa uma posição lídercomo produtor mundial de vinhos demesa. Não obstante, importa tam-bém enormes quantidades, cerca deum décimo da sua própria produ-ção, mas em que uma parte muitosignificativa é constituída por vinhosa granel que são utilizados como“vins de coupage”, isto é, a misturascom outros vinhos da UE que, poruma parte significativa, entram nocontingente dos vinhos etiquetadoscomo “provenientes da UE”.

Vinhos de mesa

Por José de Paiva

Portugal quer exportar 900 milhões de euros de vinho por anoO Vice-Primeiro-Ministro Paulo Portasquer ver Portugal a exportar 900 mi-lhões de euros de vinho por ano e des-tacou que as empresas estão a investir100 milhões de euros anuais no setor,em parte para apoiar as exportações.“Há quatro anos, exportávamos poucomais de 600 milhões de euros devinho por ano. Neste momento já es-tamos a exportar 730 milhões deeuros, é um crescimento de 20%”,afirmou Paulo Portas, após uma visitaà Vinexpo, em Bordeaux, na semanapassada.O objetivo é agora chegar aos 900 mi-lhões de euros, aproveitando também,segundo Paulo Portas, o novo quadrocomunitário “para as empresas se in-ternacionalizarem mais e exportaremmais”.

Uma hora e várias provas depois depercorrer o mapa das regiões portu-guesas em vinhos, o Vice-Primeiro-Mi-nistro elogiou as empresas que

“competem de igual para igual” emfeiras internacionais e comentou queo vinho é um dos “pilares das expor-tações” portuguesas. “Temos de ter a

noção que 20% das exportações por-tuguesas são agro, setores agrícolas edentro dos produtos agrícolas o vinhoé o terceiro produto alimentar quePortugal mais e melhor vende no es-trangeiro”, declarou.O governante salientou que “os fun-dos comunitários têm de ser coloca-dos junto do investimento” eacrescentou que os investidores nosetor do vinho investem, por ano,cerca de 100 milhões de euros, partedos quais “para exportar”.Paulo Portas apontou o exemplo deFrança, país líder no mercado devinho e que acolhe a Vinexpo, paraonde Portugal exporta, por ano, 80milhões de euros só em vinhos doPorto e do Douro.Sublinhando que o “vinho não é um

produto ultrapassado” e que “quandoé antigo é bom”, o Vice-Primeiro-Mi-nistro notou que “há muita gente nomundo a querer consumir vinho por-tuguês” e que as empresas têm atual-mente capacidade de fazerempromoção comercial e marketing.Paulo Portas destacou que estiveram80 empresas portuguesas numa dasmaiores feiras do mundo dedicada aosetor e que não pretende ser apenasuma vitrina: “os produtores estão aquipara fazer negócio”.Apelos aos “bons negócios” foramaliás as palavras mais repetidas pelogovernante aos expositores durante avisita, em que aproveitou tambémpara elogiar a qualidade dos vinhosportugueses junto de alguns interes-sados estrangeiros.

Em volume, as importações francesasultrapassam ligeiramente os 5,7 mi-lhões de hectolitros, em 2014, dosquais 76,3% a granel e 23,7 % deengarrafados na origem. Este volumesitua-se próximo na média dos últi-mos 20 anos.A Espanha é, com enorme vantagem,o primeiro fornecedor da França, con-tribuindo em 75% das importações

francesas totais de vinhos (4,3 mi-lhões de hl, dos quais 93% a granel e7% engarrafados na origem), compreços médios muito baixos. A Itália,em segundo lugar com 566,7 hl,vende para França 8 vezes menos quea Espanha, sendo cerca de 58% agranel. Relativamente a Portugal, asnossas vendas para este mercado ele-vam-se a 114,7 hl, das quais 70%

são vinhos engarrafados na origem eos restantes 30% a granel.Quanto aos outros fornecedores naamostra, a maior parte dos contributossão de vinhos a granel, a África do Sule os EUA com 95% cada qual e oChile cotado com 75% também a gra-nel.Na verdade, é de reter o enorme po-tencial da Espanha, pelos grossos vo-

lumes vendidos (mais de 76% domercado global), mas em que 93%são vinhos a granel, a preços muitís-simo baixos e fundamentalmente des-tinados, como referido, a misturas.Em valor, e considerando globalmenteo somatório dos engarrafados e a gra-nel, a França importou o equivalentea cerca de 468,9 milhões de euros,em 2014. Nesta medida, Portugal

ocupa a quarta posição como forne-cedor da França, com uma quota demercado de 4,7%, (22 milhões deeuros), depois da Espanha, primeirofornecedor com uma quota de mer-cado de 39,1%, da Itália, com14,6%, e dos EUA com uma quota demercado de 6,7%. Seguem-se Chile,Alemanha e África do Sul, com partespouco significativas.

le 24 juin 2015

Lusa-EPE / Christian Escobar Mora

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Présentation du livre de Rui Vieira Nerysur l’Histoire du Fado

Les Editions de la Différence, delongue date, éditent des pépites dela littérature portugaise traduites enfrançais ou parfois en édition bi-lingue, au premier rang desquellesles œuvres de Fernando Pessoa, Eçade Queirós, Maria Judite de Car-valho, Sophia de Mello Breyner,Mário de Sá Carneiro… Elles vien-nent d’éditer la traduction en fran-çais de la contribution à l’histoire dufado que son auteur, Rui Vieira Nery,vient de présenter à l’Ambassade duPortugal.Claude Morinaud, Colette Lam-brichs, respectivement Président etDirectrice générale de la maisond’édition, ont eu la bonne idée, avecl’aide de leur équipe, de renouvelercette présentation dans leurs locaux,cette fois auprès d’un public davan-tage francophone. Et, autre belleidée, de proposer une illustrationmusicale de la présentation de l’ou-vrage, en conviant Mónica Cunha àchanter quelques fados, accompa-gnée par Filipe de Sousa et Nuno Es-tevens, guitaristes bien connus dansle milieu fadiste parisien et profes-seurs à l’Académie du fado.C’est le traducteur de l’ouvrage,Pierre Léglise-Costa qui s’est chargé,de façon souriante et détendue, deprésenter le livre. Rui Vieira Nery estun universitaire reconnu, musico-logue ayant exercé des responsabili-tés à la Fondation Gulbenkian, untemps Secrétaire d’état à la culture

du Gouvernement portugais, et parailleurs fils de l’un des grands guita-ristes de fado du siècle dernier, RaulNery. Sans entrer dans les détails deson conséquent ouvrage, il a produitle livre sans aucun doute le pluscomplet sur le fado, en abordantpresque tous ses aspects, musicaux,sociaux, politiques, anthropolo-giques. Comme l’a rappelé Pierre Lé-glise-Costa, le livre, à sa sortie en2004, fit grand bruit dans les mi-lieux fadistes, remettant en causequelques mythes sur ses origines.La version portugaise du livre, dontnous avions (bien sur) connaissance,est fortement marquée par les exi-gences de sérieux académiques descritères universitaires, donc un peuaustère mais si de riches illustrationségaient l’ensemble. C’est une œuvre

de chercheur, destinée à un publicdéjà très au fait du sujet. Pour la ver-sion française, ainsi que nous l’ex-pliqua Pierre Léglise-Costa, il futconvenu avec l’auteur d’essayer d’endonner une version davantage acces-sible au grand public, notamment eny ajoutant des notes sur lescontextes historiques ou politiquesqui sont souvent ignorés du lecteurfrançais, et de traduire des complé-ments par rapport à la version de2004. Autre parti pris, celui de tra-duire systématiquement en françaisles textes de fado cités par Rui VieiraNery, en essayant même de retrouverle rythme des mots et des rimes.Rude tache pour les fados anciensoù tournures aujourd’hui désuètes etusage du ‘calão’ de l’époque, sontlégion. De la belle ouvrage, en tout

cas. D’ailleurs, Pierre Léglise-Costan’est pas peu fier de l’appréciationde Rui Vieira Nery, qui lui a dit pré-férer la version française du livre àson original portugais.Quand au fado, on connait la qualitéde la chanteuse et des musiciens,qui ont offert un répertoire spéciale-ment conçu pour reprendre les prin-cipaux chapitres du livre. Sansoublier, car on ne nourrit pas que demots et de notes, un buffet tout àfait portugais qui fit, lui aussi, hon-neur à cette jolie soirée.

«Une histoire du Fado»de Rui Vieira NeryTraduit du portugais par Pierre Léglise-Costa et Ana Côrte-RealEditions de la Différence, 400 pages29,50€

Une jolie soirée organisée par les Editions de la Différence

Par Jean-Luc Gonneau

Sociedade dos Autores Lusófonosorganizou ii edição do Salão do Livro

A Sociedade dos Autores Lusófonosde França (SAF) organizou no fim desemana passado, dias 20 e 21 dejunho, a 2ª edição do Salão do Livro,na Casa de Portugal André de Gou-veia, na Cidade universitária interna-cional de Paris.Com 15 autores presentes, mais 12representados, o certame promoveuuma centena de livros de poesia, ro-mance, história, biografia,...Foi um evento “sempre positivo”disse ao LusoJornal Manuel do Nas-cimento, Presidente da SALF.“Quanto mais não seja pelo convívioentre os autores. Mesmo se muitosdeles já se conheciam desde o anopassado, quando fizemos o primeiroSalão do Livro, outros ainda não, e tra-varam conhecimento agora”.A convidada de honra foi Ana Casa-nova (poesia), que veio de Portugal,apesar de uma semana antes ter apre-sentado um dos seus livros no Consu-lado Geral de Portugal em Paris.Durante os dois dias marcaram pre-sença os autores João Intro Cabi (poe-sia), Altina Ribeiro (biografias), EditeFonseca (biografias), Manuel do Nas-cimento (livros históricos), MariaLemos Vilela (biografias), Eunice Mar-tins (romances e contos), Frankelim

Amaral (poesia), Maria Augusta DiasCardoso (biografias), José Luís Mar-tins (romance), Maria Isabel da SilvaGarcia (poesia), Joaquim Alexandrino(poesia) e Luís Coixão (biografias).Também estavam patente ao públicoduas exposições: uma de fotografiasde Mário Cantarinha e outra de pin-

tura de Odete Domingues Ferreira.Um stand de produtos portugueses daPortugalinbox completava a apresen-tação.No domingo, o Paris Guitar Quartet,dirigido por Quitó de Sousa Antunesapresentou “Fado” de Silvestre Fon-seca.

Manuel do Nascimento diz que emtermos de público “o balanço tambémfoi positivo, com mais público fran-cês”, mas “gostávamos sempre quehouvesse mais gente”. Destacou con-tudo a presença de alguns Presiden-tes de associações portuguesas e dosdois Deputados eleitos pelo círculoeleitoral da Europa: Paulo Pisco (PS)e Carlos Gonçalves (PSD). “Estiverambastante tempo connosco, falaramcom os autores e inteiraram-se do seutrabalho”.No ano passado o evento teve lugarnos salões da Mairie de Paris 14.“Procuramos fazer sempre em espa-ços diferentes. Já há ideias para o pró-ximo ano, mas por enquanto aindanão está nada decidido” diz Manueldo Nascimento ao LusoJornal. “A pas-sagem pela Casa de Portugal impu-nha-se. Esta é uma casa que ficasempre um espaço simbolicamente li-gado aos Portugueses. Era necessáriopassar por aqui e a Dra Ana Paixãoacolheu-nos com muito carinho”disse, referindo-se à Diretora da Casade Portugal André de Gouveia.Manuel do Nascimento disse aindaque que sabe que “é complicado”mas acrescenta que “ainda não perdia esperança de poder ir mais além.Temos vontade de ir mais longe coma SALF”.

Por Carlos Pereira

Cultura le 24 juin 2015

«L’altérité amérindienne dansla fiction contemporaine desAmériques», deRita Olivieri-Godet

Affirmer queles culturesa m é r i n -diennes s’ins-crivent dansla contempo-ranéité desnations amé-ricaines, unecontempora-néité mar-

quée par l’hétérogénéité, est, pourRita Olivieri-Godet, une évidence.Néanmoins, précise-t-elle dans lapréface de cet ouvrage, «il convientégalement de rappeler cette évi-dence en raison de la persistanced’un type de représentation récurrentencore de nos jours, qui enferme lesAmérindiens dans le passé, en lesrejetant dans une autre temporalité,ou en les représentant comme dessujets éphémères aujourd’hui, etvoués à disparaître demain». Partantde ce constat, l’auteure de «L’altéritéamérindienne dans la fictioncontemporaine des Amériques» (éd.Presses de l’Université Laval, Ca-nada, 2015, traduction de l’éditionoriginale parue en 2013, au Brésil),nous propose, à travers 9 chapitres,d’explorer les relations littéraires in-teraméricaines à partir d’une sélec-tion de romans brésiliens, québécoiset argentins publiés depuis 1980.Ainsi, son analyse s’attache notam-ment à examiner les aspects particu-liers mis en œuvre par les récits pourrécupérer la mémoire historique desAmérindiens, «habituellement igno-rés dans les diverses tentatives d’in-terprétation des nations», et àcontribuer à la réflexion sur l’originedes préjugés qui «continuent à mar-ginaliser les cultures des Amérin-diens et à alimenter les conflitsactuels».Rita Olivieri-Godet est professeure delittérature brésilienne à l’Université deRennes 2 et auteure de plusieurs ou-vrages sur le Modernisme au Brésil,sur Jorge Amado, ou encore sur laquestion de l’identité dans la fictionbrésilienne. En 2014, elle a publié«Jorge Amado em letras e cores», encollaboration avec l’artiste-plasticienJuraci Dórea et aussi «Viva o povobrasileiro. A ficção de uma naçãoplural», qui pourra intéresser les étu-diants inscrits au concours de l’Agré-gation en portugais, puisque leroman «Viva o povo brasileiro», de J.Ubaldo Ribeiro, est au programme.

um livro por semana

DominiqueStoenesco

un livre par semaine

Laurent Ricciardi

LusoJornal / Mário Cantarinha

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Cultura 15

Folisboa: un bataillon d’artistes lusophones à Paris

Elle est au cœur de l’événement qui vavoir débarquer à Paris, du 26 au 28juin au Grand Rex, un bataillon destars de la musique lusophone, où lefado fournit un contingent important,et prestigieux. Et c’est Chloé Siganosqui en assure la coordination générale,depuis la conception même de la ma-nifestation jusqu’aux détails d’inten-dance.Elle est française et vit avec le Portugalune histoire faite de départs et de re-trouvailles. Au gré des pérégrinationsde parents enseignants, elle passe laplupart de ses premières années auxAçores puis à Lisboa. Après une paired’années au Japon, elle et sa maman«reviennent à la maison car, précise-t-elle, pour nous, c’était Lisboa la mai-son».Retour en France pour les études su-périeures. Premiers pas professionnelsdans le milieu culturel, tout particuliè-rement le théâtre où elle accumulerales expériences. Mais le Portugal l’ac-cueillera à nouveau en tant qu’Atta-chée culturelle à l’Ambassade deFrance, poste dont elle revient pours’occuper de ce Folisboa, coproduit

par le Grand Rex et l’agence Les Visi-teurs du Soir, celle-ci davantage spé-cialisée dans le cinéma etl’audiovisuel, mais avec quand mêmeà son catalogue des artistes comme le

groupe Madredeus, l’italien PaoloConte, Caetano Veloso et quelques au-tres.«L’idée au départ est de faire connaîtredavantage au public français la réelle

richesse du paysage musical lisboète,qui est, malgré la dureté économiqueet sociale de temps, en pleine renais-sance. C’est vrai pour le fado commepour tous les genres musicaux. Nousvoulions, et c’était un souhait partagépar la Ville de Paris, profiter de l’évé-nement pour animer tout le boulevardautour du Rex, riche en théâtre maisun peu endormi. On envisageait mêmeun grand bal place de la République.Mais il eut fallu pour tout cela desfonds publics qui ne purent être réu-nis. D’où le recentrage du projet sur leseul Rex, un monument de 2.700places».«Dès le départ, nous avions prévu defaire place au fado dans la program-mation, et tout particulièrement à Ma-riza puisque d’une part c’est la fadistela plus connue au niveau internationalet que d’autre part, nous savionsqu’elle ne s’était pas produite à Parisdepuis quelques années. Ce qui a of-fert davantage de place pour le fado aété la possibilité de fêter les cinquanteans de carrière de Carlos do Carmo,qui sera entouré de ses camarades desgénérations suivantes, Camané, AnaMoura et Carminho». Carlos do Carmorecevra d’ailleurs à cette occasion la

Médaille de vermeil de la Ville deParis.Donc, le fado occupera avec Mariza lamajeure partie du premier concert,une première partie étant assurée parRodrigo Leão, qui fonda naguère Ma-dredeus, et la totalité du troisièmeavec et autour de Carlos do Carmo.«Pour la deuxième soirée, nous avonsfait place à la diversité avec quatreconcerts, j’insiste, la soirée est conçuecomme une suite de petits concerts etnon comme un concert avec quatregroupes». Diversité donc, avec la Cap-verdienne Lura, l’angolais Bonga, lebrésilien Lénine, qui jouera en solo, etle groupe brésilo-franco-belge RivièreNoire, né, lui, à Paris.Un programme qui donne très envie deplonger dans ces «folisboas». Pour lesinitiateurs de ce projet, il s’agit d’unepremière édition, ayant vocation à serenouveler chaque année. Chloé Siga-nos sera-t-elle à nouveau de la partie?Le Portugal la rappellera-t-elle? Haus-sement d’épaule «tout cela est encoreloin, ce qui est important aujourd’huic’est de réussir les Folisboas».Ce que LusoJornal lui souhaite (etse souhaite aussi en tant que par-tenaire du projet).

Entretien avec Chloé Siganos, Coordinatrice générale du Festival

Par Jean-Luc Gonneau

Le Fado à Paris vu par une étudiante Lisboète

??Joana Ramos a vingt ans. Etudianteen licence de cinéma à l’école desBeaux Arts de Lisboa, elle passe uneannée universitaire à Paris dans lecadre du programme européen Eras-mus. Elle accomplit un stage au ser-vice communication du Théâtre de laVille. Dans le cadre de ce stage, ellepousse un soir la porte du LusoFolie’sde l’ami João Heitor pour proposer desinformations sur les programmes duthéâtre concernant le Portugal.Comme c’est un soir de fado vadio, etque nous sommes hospitaliers, nousconvions Joana à rester. Et commenous avons à cœur d’informer la jeu-nesse, nous l’informons de la pro-chaine soirée du Coin du fado aux

Affiches. Joana et sa collègue sta-giaire italienne y viennent. Elles y ap-prennent que Paulo Manuel organiseune rencontre fadiste amicale le di-manche matin suivant au marchécouvert Saint Quentin. Elles y seront.D’où l’idée de demander à Joana, lalisboète, son avis sur le fado de Paris,du moins celui qu’elle a pu voir.Ce qui l’a d’abord frappée, c’est laconvivialité très forte autour de ce typede fado et l’ambiance plutôt joyeuse,loin de l’image souvent austère queprésente le fado, même, dit-elle, auPortugal. Le fait que beaucoup defrançais étaient présents lors de cessoirées a retenu son attention. Elle estétonnée aussi de la qualité des musi-ciens et de certains vocalistes et dunombre de ceux-ci.

Et nous, gros malins, lui demandons«et par rapport à Lisboa alors?», en es-pérant une comparaison compatis-sante, du genre «bien sur, à Lisboa, ily a plus de ceci et plus de cela, maisenfin, Paris, ce n’est pas si…». Etnous entendons ceci: «A Lisboa, je nesuis jamais allée dans des lieux defado. Le fado, j’en entends souvent àla radio, à la télévision. Je me sensproche des nouvelles générations dufado, Gisela João, Ana Moura ou Ma-riza, mais aller dans une Maison defado, c’est vrai que je n’en ai jamaiseu l’idée. Mais maintenant, après ceque j’ai vu à Paris, j’ai très envie d’al-ler voir comment c’est à Lisboa, queje vais retrouver dans quelques se-maines».C’est-il pas beau, la vie?!

Par Jean-Luc Gonneau

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le 24 juin 2015

Chloé Siganos, Coordinatrice Générale du FestivalDR

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Dois Prémios Camões na Gulbenkian de Paris

No âmbito do ciclo de conferênciasLes Rencontres de la Lusophonie, doisautores galardoados com o Prémio Ca-mões - o maior prémio literário da lín-gua portuguesa - estiveram presentesna semana passada na Biblioteca daFundação Calouste Gulbenkian deParis: o escritor e biologista moçambi-cano Mia Couto (dia 18) e o ensaístae filósofo português Eduardo Lourenço(dia 19). Ambas as sessões foramcoordenadas por José Carlos Vascon-celos, Diretor do Jornal de Letras.Por entre o numeroso público, princi-palmente estudantes e professores,também notamos a presença de res-ponsáveis das edições Métailié eChandeigne, assim como ElisabethMonteiro Rodrigues, tradutora de vá-rios romances de Mia Couto.Filho de pais portugueses, nascido em1955 na cidade da Beira (Moçambi-que), Mia Couto é o autor de mais devinte livros, uma obra literária que secaracteriza pela mestiçagem linguís-tica e pelos aspetos mágicos, e atravésda qual o autor aborda constante-mente temas ligados à condição hu-mana. Mia Couto, um dos escritoresde língua portuguesa mais traduzidos,recebeu o Prémio Camões em 2013.Quanto a Eduardo Lourenço, que vive

em França há mais de 40 anos, nas-ceu em 1923, em São Pedro do RioSeco, próximo da Guarda. Autor deuma obra plural que se concentra prin-cipalmente em temas ligados à histó-ria, à filosofia e à literatura (estudossobre Fernando Pessoa, Camões,Montaigne), Eduardo Lourenço acom-panha com um olhar atento os proble-mas do mundo atual, nomeadamentenos domínios político, social e cultural.Recebeu o Prémio Camões em 1996.Na sua intervenção, Mia Couto come-çou por evocar “os contadores de his-

tória que escutava quando ainda eramenino”, assim como a cumplicidadecom o pai: “com ele descobri o poetabrasileiro Manoel de Barros”, ou, dizainda Mia Couto, “quando descobri ogranito da aldeia onde meu pai nasceuquase chorei. Foi na cozinha, um uni-verso fantástico, ali cozinhávamos his-tórias”.Respondendo às perguntas sobre oseu processo criativo, Mia Coutoafirma que para ele este processo é“mais uma desconstrução do que umaconstrução”. E confessa: “Sou muito

caótico, vivo mutando coisas. Noto-ase elas vão evoluindo. No caso de Mo-çambique, a linguagem metafóricaestá muito presente”. Quanto à línguaportuguesa, o autor diz: “O que meapaixona na língua portuguesa é oquanto ela pode deixar de ser portu-guesa. A língua portuguesa é de nóstodos. Em Moçambique há 25 lín-guas, a Lusofonia não foi bem enten-dida...”Mia Couto respondeu também a diver-sas questões sobre alguns dos títulosdos seus romances, como “Cada

homem é uma raça”, título que para oautor, paradoxalmente, fundamenta oseu combate contra o racismo. Sobre“Terra sonâmbula”, escrito durante aguerra civil, Mia Couto resume a ideiado livro através desta expressão poé-tica e filosófica: “A terra se movequando os homens sonham”.As intervenções de Eduardo Lourençoconcentraram-se em grande partesobre a questão da identidade, um dostemas mais analisados pelo ensaístaem toda a sua obra. Evocando o Pré-mio Camões, Eduardo Lourenço con-siderou que esta foi sem dúvida amaior das recompensas que recebeu,sublinhando que Luís de Camões,além de ter sido o poeta que o fez virà literatura, foi o que melhor definiu aidentidade portuguesa.Após ter apresentado um breve pano-rama da história recente de Portugal,desde o 25 de Abril, Eduardo Lou-renço concluiu afirmando que “os Por-tugueses ainda não fizeram o luto daperda do império”, e que “é precisoredefinir o que é ser português e cons-truir uma nova identidade”.Eduardo Lourenço também convocouFernando Pessoa nesta tentativa de re-definição da identidade portuguesa.Para o ensaísta, Pessoa teve o méritode ter antecipado o fim do impérioportuguês.

Mia Couto e Eduardo Lourenço

Por Dominique Stoenesco

Cultura

Livres: Des centaines de fans attendaient José Rodrigues dos Santos à ParisLe 10 juin, “Dia de Portugal”, laBanque BCP avait annoncé qu’elleinviterait le célèbre écrivain portu-gais José Rodrigues dos Santos àune séance de dédicace. C’est dés-ormais chose faite. Vendredi dernier,le 19 juin a eu lieu au Lusofolie’s laséance de dédicace du roman «Laclé de Salomon».Dès 15h00, de nombreuses per-sonnes ont afflué au Lusofolie’s, at-tendant patiemment l’ouverture dela séance de dédicace. Aussi, c’estaux environs de 17h30 que les fansde José Rodrigues dos Santos sesont regroupés dans une longue filed’attente, pour être parmi les 50premiers arrivés à gagner le livre of-fert par la Banque. Ils ont été reçussur un magnifique tapis rouge et

guidés par les équipes de la BanqueBCP qui se sont mobilisées pour lebon déroulement de l’événement.Tout sourire, José Rodrigues dosSantos a reçu chaleureusement àtour de rôle ses fans venus faire dé-dicacer l’exemplaire du roman. Cesmoments ont été immortalisés parde jolis clichés pris aux côtés del’écrivain. Cet événement a vu laprésence de près de 300 personnesaccueillies par Jean-Philippe Diehl,Président de la Banque BCP, ac-compagné de Thierry Alvado et LuísCastelo Branco, membres du Direc-toire.Visiblement très «heureux et fier» decet événement, Jean-Philippe Diehln’a pas manqué de préciser qu’«ilest important pour la Banque BCP

de promouvoir la culture portugaiseen France. C’est un honneur pournous de recevoir José Rodrigues dosSantos, grand écrivain de renomméeinternationale».Un cocktail organisé par la banquedans la galerie photos du Lusofolie’ss’est tenu suite à la séance de dédi-cace. Aussi, c’est dans une am-biance détendue riche en échangesque l’ensemble des convives a puprofiter de la présence de José Ro-drigues dos Santos.Le lendemain, José Rodrigues dosSantos a regagné le Portugal pourendosser sa double casquette deprofesseur d’université et de présen-tateur vedette du journal de 20Heures pour les chaines de télévi-sion de la RTP.

Alice Machado au Salon du livre d’OloronPour terminer ce 1er semestre, lemois de juin aura été très actif et dy-namique à Oloron Ste Marie (64). Lesbénévoles de l’association France-Por-tugal-Europe ont assuré un repas de52 convives, dont plus de la moitié dePortugais, dans la salle du Bialé, le 3juin, au profit d’un projet de voyaged’études au Portugal des jeunes Olo-ronais en septembre prochain. 250euros de plus dans leur cagnotte pouragrémenter cette sortie hors deFrance.Puis, à l’occasion du ‘Dia de Camões’,fêté le 14 juin, apéritif et dégustation

pour les adhérents et amis de l’asso-ciation. C’était l’occasion de rappelerle sens de cette journée très fêtée auPortugal.Lors du 9ème Salon du livre organisépar l’association ‘Livres Sans Fron-tières’ d’Oloron Ste Marie, en l’espaceLaulhère, les 13 et 14 juin, Alice Ma-chado, écrivain, poète et essayiste,était invitée sur le stand France-Por-tugal. Ses œuvres en prose et poésieexposées permettaient aux initiés oufidèles lecteurs d’acquérir d’autres ou-vrages manquants à leur bibliothèqueet aux autres de découvrir cette déli-cieuse et charmante femme qui écritaussi bien en français qu’en portu-

gais.Puis, le dimanche 21 juin, grandejournée de la Fête de la musique par-tout en France. Pour ne pas faillir à cerituel, la municipalité de la ville apassé une commande auprès de l’as-sociation de 320 repas pour rassasierles Musiciens lors de cette grande soi-rée. Repas servis sur le parking atte-nant à la salle du Bialé.A la suite de quoi, la Présidente Elsaet son mari Christian Godfrin pren-dront 2 bons petits mois de vacancesbien méritées au Portugal, bien sûr.Rendez-vous le 26 août pour un spec-tacle de danses folkloriques au jardinpublic d’Oloron Ste Marie.

Par Gracianne Bancon

Mia Couto, Eduardo Lourenço e José Carlos VasconcelosLusoJornal / Dominique Stoenesco

Elsa Godfrin, Gracianne Bancon et Alice MachadoDR

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Associações

29ème Fête de la Saint Jean à Clermont-FerrandL’association Os Camponeses Minho-tos va organiser la Fête de la SaintJean, à Clermont-Ferrand (63), les 27et 28 juin prochains.La fête commencera le samedi 27, à17h30, avec le départ du défilé de laPlace de Jaude jusqu’à la Mairie. A18h00 un vin d’honneur sera offertpar le Mairie de la ville. Participerontla Banda 63 de Combronde, leGroupe ethnographique de chants etdanses de Nazaré, du Portugal, laBourrée des Volcans et la Banda OsPeixinhos. La Miss Portugal Auvergneet ses Dauphines défileront égale-ment.A partir de 21h00, le samedi, laPlace du 1er Mai va certainement seremplir de monde comme c’est le caschaque année. La soirée va commen-cer par «Aritmiks», une comédie mu-sicale avec la participation de plus de50 élèves de 4 à 18 ans et va conti-nuer avec la Banda 63 de Com-bronde, le Groupe ethnographique dechants et danses de Nazaré et laBanda Os Peixinhos.Les multiples personnalités présentes

monteront sur scène avant minuit,laissant ensuite place au feu d’artificeet à un bal animé par l’orchestre «Top5».Le dimanche la fête continue avec unnouveau défilé, à partir de 14h00,

entre la Place Dellile et la Place du1er Mai avec la Banda Batala Massif,le Groupe ethnographique de Nazaré,la Banda Alegria Portugais de Girondeet le groupe folklorique organisateur,Os Camponeses Minhotos.

Tout l’après-midi la fête aura lieu surla Place du 1er Mai. D’abord avec laZumba party avec Helena, instructeurzumba, et ses Zumba girls, ensuiteavec les groupes folkloriques qui au-ront défilé auparavant.«Suite à une demande de la Commu-nauté portugaise, nous avons créél’association Os Camponoses Minho-tos en 1980. L’idée principale étantde développer le folklore» expliqueJoão Veloso, Président de l’associa-tion. «La Fête de la Saint Jeanm’avait laissé tellement de bons sou-venirs de jeunesse que nous avonsdécidé d’organiser avec mes col-lègues la Fête de la Saint Jean à Cler-mont-Ferrand. La première édition aeu lieu en 1980, déjà sur la Place du1er Mai».L’année prochaine la fête aura lieupour la 30ème année et João Velosopromet déjà une fête encore plusgrande. «La plupart des membres del’association sont originaires de Gui-marães».La fête terminera avec un bal animépar l’orchestre Top 5.

Le week-end prochain, organisée par Os Camponeses Minhotos

Presidente da Câmara Municipal da Lourinhãem Festival de folclore em Ecully

No domingo, dia 21 de junho, a As-sociação portuguesa de Ecully (69),organizou o seu Festival anual de fol-clore com a presença de três gruposda região de Lyon: As Lavradeiras deSt Symphorien-d’Ozon, as EstrelasDouradas de Lyon 6, e Rio Lima AltoMinho de Caluire.Durante a tarde de domingo, o públicofrancês e português, pode apreciar asdanças e cantares dos três ranchos. OPresidente David Antunes e a Direçãoorganizaram um almoço no qual par-ticiparam o Maire de Ecully, YvesMarie Uhlrich, e o seu primeiro Ad-joint Sébastien Michel. Participoutambém o Presidente da Câmara Mu-nicipal da Lourinhã, João Duarte, queveio de Portugal especialmente paraeste evento. Também Manuel CardiaLima, Presidente da Federação dasAssociações Portuguesas do Rhône-Alpes (FAPRA) e os representantes de

das instituições bancárias Banco BPI,Banque BCP, CGD, e dos segurosCaria, marcaram presença.“Estou aqui a convite do Presidente

David Antunes, e ontem, sábado, ti-vemos um encontro com os autarcasde Ecully. Neste encontro pudemospartilhar informações, e certos proje-

tos para o futuro, no quadro da gemi-nação, porque temos um Protocoloassinado entre Ecully e Lourinhã”disse ao LusoJornal o Presidente JoãoDuarte. “Os dois municípios queremdar um novo impulso à geminação,com novas atividades de intercâmbio,que podem ser comerciais, turísticose também ao nível do ensino”.“Na Câmara Municipal da Lourinhãsempre tivemos a preocupação deajudarmos os nossos conterrâneosque moram fora e tudo é feito paraque os que estejam a viver no estran-geiro tenham o melhor acolhimento eapoio durante o período de férias, paraque possam resolver o mais rapida-mente possível todas as questões ad-ministrativas” explicou o Presidenteda Câmara. “O nosso conselho tam-bém sofreu muito com a última vagade emigração.A Associação portuguesa de Ecully éuma das mais antigas da região deLyon.

Por Jorge Campos

Festival de folclore português em Vaulx-en-Velin

A Associação Estrelas do Minho deVaulx-en-Velin (69) organizou o seu33° Festival de folclore no sábadopassado, dia 20 de junho. No parquesituado em frente da sua sede, naavenida Franklin Roosevelt, e acolheu5 grupos de folclore: Flor do Lima deVilliers-le-Bel, Os Campinos de Mey-zieu, Flores de Portugal de Bron, Sau-dades de Portugal de Longvic eMocidade do Minho de St. Maurice deL’Exil. Os dois grupos da casa - a Fan-farra e o grupo de folclore Estrelas doMinho - completaram o cartaz.No final, o grupo musical “Nova Ima-

gem” animou o baile até altas horasda noite, e o público, muito nume-roso, pode apreciar um ambiente dearraial minhoto.“O folclore é a nossa principal ativi-dade. Temos perto de 70 elementosque participam não só no folclore,mas também na Fanfarra” explica aoLusoJornal, o Presidente José Martins.“Durante a semana, e também aos sá-bados e domingos, temos os ensaiosonde preparamos e ensaiamos os can-tares e as danças da nossa região doMinho” disse ao LusoJornal.José Martins é o responsável pelogrupo de folclore, enquanto José Ma-nuel é o responsável pela Fanfarra.

Por Jorge Campos

João e Filipe umarutura construtiva

Na crónica anterior, Filipe tomaconsciência que tem um problemade insegurança e pede ajuda aoJoão para o ultrapassar.Será a insegurança do Filipe funda-mentada, ou seja, será que o Joãoadota um comportamento de des-comprometido? Terá o Filipe um pro-blema de insegurança afetiva? Serápossível que o Filipe ultrapasse a suafragilidade no seio desta relação outerá de procura ajuda noutrocontexto?

Filipe,Confesso-te que, ultimamente, anossa relação constitui mais umpeso, para mim, do que uma fontede satisfação. Contigo aprendi oquanto posso magoar as pessoasque amo pelo facto de não ser muitoexpressivo emocionalmente. Masesta é a minha maneira de ser.Pedes-me para te ajudar a ganharconfiança mas eu nunca te dei mo-tivos para desconfianças. Afastei-medos meus amigos porque ou nãogostavas de estar com eles ou pre-ferias que estivéssemos só os dois.Penso que nos precipitamos na de-cisão de irmos viver juntos, devía-mos ter esperado um pouco mais, eneste momento sinto vontade de vol-tar a ter o meu espaço só para mim.Vou aceitar a proposta de trabalhona Alemanha e penso que é melhorcada um ficar livre para seguir a suavida. Lamento muito mas não mesinto com energia para suportar umarelação à distância.

João e Filipe começaram a afastar-se emocionalmente. Filipe tomadopelos seus sentimentos de insegu-rança tentou a todo o custo “agar-rar” João, tentando “controlar”, mascomo as relações e as pessoas nãosão passíveis de controlo, estas ati-tudes apenas contribuíram para quea distância entre os dois se insta-lasse. João, por seu lado, fechava-secada vez mais e manifestava cadavez menos as suas emoções, contri-buindo para que Filipe se sentissecada vez mais inseguro e se come-çasse também a retirar da relação.O casal entrou num ciclo vicioso equando ambos se apercebem dissojá se encontravam fora da relação.Para João e Filipe o diálogo de ruturaé também um diálogo de constru-ção.

Se tiver alguma questão que desejecolocar, não hesite em contactar-me.Estou disponível para o ouvir e escla-recer:[email protected].: 06.50.11.04.59

Crónicas para o

Carina da SilvaPsicóloga Clínica

equilíbrio emocional

João Veloso, Presidente de Os Camponeses MinhotosLusoJornal / Carlos Pereira

David Antunes, José Duarte e Cardia LimaLusoJornal / Jorge Campos

LusoJornal / Jorge Campos

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18 Associações

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emsíntese

Festival de folklore à Jassans-Riottier

L’Association Culturelle Portugaisede Jassans-Riottier, dans la régionde Rhône-Alpes, département del’Ain (01), à environ 30 km aunord de Lyon, a organisé son festi-val annuel de folklore sur l’Aire deLoisir de la commune, le di-manche 14 juin dernier.Sous un soleil radieux, environ400 personnes ont répondu pré-sent pour assister a cette journéetypiquement portugaise avec sesgroupes de danses folkloriques,une restauration et buvette portu-gaise mise à disposition par les in-nombrables bénévoles de l’asso-ciation.Diverses personnalités étaient pré-sentes lors de ce Festival commepar exemple Manuel Cardia Lima,Président de la Fédération des as-sociations portugaises du RhôneAlpes.Le thème de cette journée étant depromouvoir la danse culturelle por-tugaise, 9 groupes de folklore de larégion étaient présents, dont no-tamment les associations de Lyon6, Brignais, St Genis Laval, Neu-ville-sur-Saône, Bourgoin-Jallieu,St Maurice l’Exil, Trévoux, et au-tres. Chacune d’entres elles ont puprésenter leurs danses pendant30 minutes et ainsi transmettre unpeu de la culture de leur région duPortugal.Lors de ce festival, la banqueCaixa Geral de Depósitos, parte-naire de l’évènement, été pré-sente. Le Président M. Da Silva,ainsi que son Vice-Président M.Fernandes ont eu l’occasion de re-mercier leur partenaire de les sou-tenir lors de leurs diversévènements.En fin de journée, des prix ont étédistribués aux divers groupes pré-sents.

Par Alfredo do Nascimento

3ème édition du Festival Luso-Landes

La 3ème édition du Festival Luso-Landes, organisé par Association Por-tugal Passion Traditions de SaintMartin-de-Seignanx (40) le 14 juin, aété une réussite, avec plusieursgroupes de folklore rassemblés à l’Es-pace Jean Rameau.Un programme varié et pleins de sur-prises. Le groupe de danses basques«Haurkate» d’Urcuit a fait une dé-monstration rythmée sur des chorégra-phies traditionnelles et modernes. Ungroupe de jeunes danseurs dirigé parFanny Dogna.

«Les Bergers du Seignanx» on fait dé-couvrir leur tout nouveau spectacle quivont d’ailleurs présenter tout cet étédans le Seignanx, avec un grouped’enfants qui démarrait pour la pre-mière fois sur des petites échassesfaites sur mesure. Après un entr’actepour consommer des pâtisseriesconfectionnées par les membres del’association, il y a eu un moment plusintimiste avec le groupe Ana Maria Triode Labenne qui a interprété un récitalportugais avec du fado et des chan-sons portugaises plus populaires, ainsi

que quelques titres classiques de lachanson française. Une voix et deuxguitares qui ont enchanté le public!Le groupe Flores de Portugal d’Anglet,avec des très nombreux danseurs,chanteurs et musiciens, et des cos-tumes colorés de la région Viana deCastelo a raconté des petites histoiresde village, par Marie Christine Au-tunes.«Nous tenons à remercier tous ceuxqui ont contribué au déroulement dece spectacle, à Monsieur le Maire etson équipe municipale, les groupes

qui sont venus se produire, tous lesannonceurs publicitaires, en majeurpartie des artisans et commerçants deSaint Martin de Seignanx et bien sûrtous les spectateurs qui se sont dépla-cés pour partager cet après midi avecnous» confie au LusoJornal CarlosAgueda-Rosa, Président de l’Associa-tion Portugal Passion Traditions. «Cefestival annuel doit rester un grandmoment de convivialité et nous vou-lons qu’il reste gratuit car le partagedes cultures reste avant tout la prioritéde notre association».

Organisé par l’association portugaise de Saint Martin-de-Seignanx

18° Festival de folclore português do Mónaco

No fim de semana de 13 e 14 dejunho, a Associação Folclórica dosPortugueses do Monaco (AFPM)realizou o seu já tradicional Festivalinternacional de folclore, junto aomar, em Roquebrune Cap-Martin(06).No sábado à tarde, realizou-se o ha-bitual Torneio de Sueca, tendo anoite sido animada pelo Grupo NovaImagem, vindo da região de Paris.O recinto estava cheio. A noite es-tava agradável, de verão, depois deuma tarde em que a chuva ameaçouaparecer. Cerca de 2.000 pessoasassistiram ao concerto. Era dia deSanto António, mas foi São Pedroquem ajudou com o tempo!No domingo, o dia começou comuma missa portuguesa. Da parte datarde, começou o folclore. Este ano,para além do grupo da própria asso-ciação, estiveram presentes tam-bém, o Groupe Folklorique

Roquebrunoise, de Roquebrune, eos grupos “Alma Lusitana” de Valde Travers (Suíça), Tradições do AltoMinho de Nice, “Os Lusitanos” deSaint Cyr l’Ecole, da região de Paris,e o Rancho Folclórico de S. Paio,

dos Arcos de Valdevez, vindo propo-sitadamente de Portugal.Pretende-se aqui deixar uma pala-vra de apreço a toda a equipa daAFPM pelo esforço e dedicação àorganização e planeamento desta

festa, em especial a José da Costae esposa, principais mentores e Pre-sidentes da Associação. Consegui-ram criar uma festa que uniubastantes Portugueses, como habi-tual, num ambiente fantástico.

Organizado pela Associação Folclórica dos Portugueses

Por Tiago Daniel Ramos

Festa de NS Fátima em Tarrascon-sur-Ariége

O Grupo folclórico português de Taras-con-sur-Ariège e a Associação de NossaSenhora de Fátima da mesma locali-dade, organizaram no passado dia 17de maio as celebrações em honra deNossa Senhora de Fátima, seguido deum Festival de folclore.No sábado teve lugar o “Terço”, se-guido de Procissão das velas. Depoisdas celebrações religiosas de domingo,realizou-se um Festival de folclore quecontou com a presença do Grupo Fol-clórico Português de Tarascon-sur-Ariège e do Grupo Folclórico Tradiçõesdo Minho de Frontignan.

Na cerimónia protocolar estiveram pre-sentes Antoine Specia, Presidente doComité de geminação de Tarascon-sur-Ariége com a vila de Melgaço, BenoitGonzalez, Adjoint au Maire, e aindaJoão Maciel, Presidente do RanchoPortuguês da mesma localidade, etambém Conselheiro Municipal. Emrepresentação de Portugal e a convitede João Maciel, esteve Paulo Santos,Vice-Cônsul de Portugal em Toulouse,e que na foto recebe uma lembrançade Antoine Specia.O Festival de folclore proporcionouuma tarde animada aos presentes atra-vés da atuação dos dois ranchos de ori-gem portuguesa radicados em França.

Por Vítor Oliveira

Paulo Santos recebe uma lembrança de Antoine SpeciaDR

José da Costa com representante local do Banco BPIDR

le 24 juin 2015

O LusoJornal, de mãos dadas com a cultura

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20 Desporto

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Portugal, candidato ao título mundial em França

O Campeonato do mundo de hóqueiem Patins começou no passado sá-bado em La Roche-sur-Yon, no cen-tro-oeste francês até ao dia 27 dejunho. Quatro países lusófonos estãopresentes na prova, Portugal, Brasil,Angola e Moçambique. No grupo Aencontramos Angola, Espanha,França e Holanda, enquanto nogrupo B, temos Moçambique, Argen-tina, Suíça e Inglaterra. Quanto aPortugal e Brasil, estão no grupo Ccom a Alemanha e a Áustria. O grupoD é, quanto a ele, composto peloChile, a Colômbia, a Itália e a Áfricado Sul.O LusoJornal falou com o internacio-nal angolano, André Centeno, queatuou esta temporada na Juventudede Viana e que para o ano integra oplantel do Sporting Clube de Portu-gal.

Como decorreu a preparação para oMundial?A preparação começou no dia 1 dejunho em Viana do Castelo. Depoisde Viana do Castelo, onde ficámosaté ao dia 12 de junho, fomos paraBarcelona. Finalmente chegámos aFrança quatro dias antes do início doMundial, no dia 20 de junho. A Se-leção está preparada para enfrentartodos os jogos apesar do cansaço que

todos os jogadores acumularam du-rante a temporada, mas isso é umfator que é igual para todas as Sele-ções.

Qual é o objetivo de Angola?O objetivo é simplesmente melhorara classificação do último Mundial[ndr: 9° lugar] que decorreu emLuanda em Angola.

Quais são os favoritos para este Mun-dial?

Claramente Espanha e Portugal, etambém a Argentina que apresentauma equipa muito forte com umnível elevado. São os três grandes fa-voritos, e depois temos também aItália que no ano passado ganhou oCampeonato da Europa.

O Hóquei em Patins é uma modali-dade lusófona?É claramente um desporto praticadonos países lusófonos e onde atraibastante adeptos. Por exemplo em

2013 no Mundial em Luanda, houveuma excelente adesão do público aoevento. É um desporto bastante aca-rinhado pelos países lusófonos. Esta-mos na modalidade certa!

Quais são as expectativas em relaçãoa este Mundial em França?Espero que seja um bom Mundial eque se possa desfrutar de bons jogos.Espero também que a modalidadeconsiga ser vista pelos Francesescomo uma modalidade atrativa paraque invistam mais na modalidade.

De referir que no fecho desta edição,já tinham decorrido duas jornadas.Na primeira jornada, Angola venceupor 4-2 a Holanda, Moçambique der-rotou por 6-3 a Inglaterra, Portugalvenceu por 5-2 a Alemanha e o Brasilperdeu frente à Áustria por 3-2.Na segunda jornada, Angola empa-tou frente à Espanha a uma bola masperdeu na marcação das grandes pe-nalidades por 2-0, Moçambique ven-ceu por 3-1 a Suíça, Portugalderrotou a Áustria por 13-0 e o Brasilperdeu frente à Alemanha por 6-2.A final do Campeonato do mundodecorre a 27 de junho. Lembramosque Portugal sagrou-se 15 vezesCampeão do Mundo, enquanto aEspanha venceu 16 vezes (!) Aliása Seleção Espanhola venceu ascinco últimas edições.

Hóquei em Patins

Torneio Sub-11 na Corse acolheu Benfica

A equipa do Benfica participou no1° Torneio internacional de Sub-11na Corse, organizado pelo AC Ajac-cio e pela autarquia de Ajaccio nospassados dias 13 e 14 de junho.Um torneio que acolheu igualmenteoutras equipas de topo como o FCBarcelona, o Paris Saint Germain eo Standard de Liège.De referir que o Torneio teve váriosprémios, entre eles uma camisolaassinada pelo jogador luso-francêsdo AC Ajaccio, Claude Gonçalves, euma bola assinada por toda a equipa

do ACA. O sorteio foi realizado porJosé Maria Leal Nunes, Presidenteda Casa Portuguesa de Mezzavia/As-sociação Convívio, e Nicolas Bonnal,Treinador dos Sub-15 do AC Ajac-cio.De notar que o convite e a organiza-ção da deslocação à ilha da Corse doBenfica foi realizada com a ajuda daassociação Convívio português, dossócios e do AC Ajaccio.Para José Maria Leal Nunes, Presi-dente da Associação e adepto doBenfica, foi “uma honra e umgrande prazer ver o Benfica aqui emAjaccio”, enquanto para NicolasBonnal do ACA, “o Benfica é um

grande clube, a Comunidade portu-guesa é importante na Corse, e eraevidente que tínhamos de convidaro Benfica. Ficámos felizes com aparticipação do clube no Torneio”,concluiu.Pedro Faria, Treinador da equipa Abenjamins do Benfica, David SousaTreinador da equipa B benjamins,Pedro Reis Fisioterapeuta, e VitorBandola Delegado dos benjamins A,presentes no Torneio, mostraram-sesatisfeitos pela qualidade do evento,bem como pela maneira como foramrecebidos pelo AC Ajaccio e pela as-sociação portuguesa.Quanto ao Torneio, o vencedor foi o

FC Barcelona.Por último ficam o nome dos joga-dores do Benfica e do AC Ajaccioque participaram na prova.Jogadores Benfica: Gonçalo Esteves,Cláudio Gonçalves, Iuri Morcira,David Alves, Diogo Mendes, DiogoGomes, Diogo Águas, Edgar Correia,José Pedro Macedo, Diogo Prioste eJoão Neves.Jogadores do AC Ajaccio: Jean-StéAlexandre, Maxence Aresu, LiamBonnal, Nicolas Canetti, Ryan Con-tena, Dylan da Costa, Victor daSilva-Lebas, Mehdi Elkalfhioui,Louis Lucchini, Maeva Ripamonti eo Treinador Pierre Rueda.

Futebol

Por Marco Martins com Ângela Lebas

emsíntese

Ténis de Mesa:Marcos Freitas eliminado nos quartos-de-final nosJogos Europeus

O atleta português, Marcos Freitas, foieliminado da prova de singulares deténis de mesa nos Jogos Europeus quedecorrem em Baku, no Azerbaijão, aoperder frente ao britânico, Paul Drink-hall, por 4-1. O madeirense, número10 do ranking mundial, que atua noclube francês do Cergy-Pontoise, per-deu frente ao número 55 da hierarquiamundial. Quanto ao segundo atletaportuguês presente na prova individual,Tiago Apolónia, 22º do ranking mun-dial, perdeu, igualmente nos quartos-de-final, frente ao bielorrusso VladimirSamsonov, 9° da hierarquia, por 4-0em apenas 26 minutos.Lembramos que na competição porequipas, Portugal, com João Geraldo,Tiago Apolónia e Marcos Freitas, con-quistou a Medalha de ouro.

Ciclismo: DanielaReis integra top-15 nos Jogos Europeus

A portuguesa Daniela Reis, que repre-senta a equipa francesa DN17 Poi-tou-Charentes, terminou em 14º lugarna prova de fundo de ciclismo de es-trada feminino dos Jogos Europeus,que decorrem em Baku, no Azerbai-jão. No primeiro ano em que se de-dica exclusivamente ao ciclismo, acorredora obteve o mais vistoso resul-tado internacional pela Seleção.A portuguesa completou a prova em3h25’53’’, a cinco minutos e dezassetesegundos da bielorrussa Alena Amia-liusik, que venceu a prova diante dapolaca Katarzyna Niewiadoma e daholandesa Anna van der Bregeen. Da-niela Reis, de 22 anos, foi sexta do pe-lotão, com o mesmo tempo da 9ªclassificada.

Jorge Amadoanima torneio emBeausoleil

O XXVI torneio de futebol de S. João, emBeausoleil, que irá decorrer no fim desemana de 27 e 28 de junho, no EstádioAndré Vanco, destaca um concerto docantor vimaranense Jorge Amado.O Torneio tem início às 08h20 de sá-bado, com jogos a decorrerem todas ashoras, conta com 8 equipas francesasconstituidas por empresas locais e umaequipa da rádio Santiago, que vem deGuimarães.O espetáculo ao vivo, com início previstopara as 21h00, encerra o primeiro diado Torneio. O programa fica completocom a dispusta da final, pelas 18h00 dedomingo, e distribuição de prémios.

le 24 juin 2015

Por Marco Martins

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21Desporto

emsíntese

Andebol: JordanPitre reforça oFC Porto

O FC Porto confirmou a contrata-ção do internacional francês Jor-dan Pitre, que jogará nosheptacampeões nacionais na tem-porada de 2015/2016. O jogadorfrancês, de 23 anos, mede 1,89m, pesa 90 quilos e é internacionalpelas equipas jovens do seu país.Proveniente do Valence, da se-gunda divisão francesa, Pitre atuacomo ponta-esquerda, tendo jápassado por clubes como o Ivry eo Tremblay. O francês é a primeiracontratação confirmada dos dra-gões para a próxima temporada.Jordan Pitre vai também represen-tar o FC Porto na Liga dos Cam-peões, visto que o clube portistavai ter entrada direta na próximaedição da Liga dos Campeões, di-vulgou a Federação Europeia deAndebol (EHF), numa reunião quedecorreu em Cracóvia, na Polónia.O FC Porto não terá de disputar aspré-eliminatórias de acesso, en-trando diretamente na fase de gru-pos da principal competiçãoeuropeia. Os resultados obtidospela formação portista nas compe-tições europeias, bem como obom desempenho dos clubes por-tugueses nas últimas três épocas,ajudaram a que Portugal ascen-desse ao 14° lugar do ranking daEHF.

Por Marco Martins

Gael Santos consegue estatuto de “Atleta de Alto Rendimento” em EsgrimaGael Santos, esgrimista do clube pa-risiense La Tour d’Auvergne, conse-guiu no Campeonato da Europa deesgrima de Montreux, na Suíça, umaclassificação que lhe permite ter o es-tatuto de “Atleta de Alto Rendi-mento”, estando agora em melhorescondições para enfrentar o apura-mento Olímpico.Gael Santos partiu para o Campeonatoda Europa de esgrima com o objetivode obter uma boa classificação mora-lizadora para iniciar a caminhada parao apuramento Olímpico do Rio de Ja-neiro 2016 e que lhe permitisse obtero estatuto de “Atleta de Alto Rendi-mento”, estatuto que perdeu apóslesão que o atormentou na época pas-sada.O atleta de Viana do Castelo conse-guiu uma fase de qualificação de ex-celente nível, tendo vencido a suapoule de qualificação com quatro vi-tórias em cinco possíveis, entre asquais se destacam as vitórias sobredois esgrimistas do top 16 mundial, oItaliano Edoardo Luperi, medalha de

bronze neste Europeu e 14º do ran-king mundial e o Françês Erwan Le

Pechoux, 16º do mundial. Com esteresultado, Gael Santos passou ao qua-

dro principal com o número 16º, ter-minando este Europeu no 33º lugar.Para esta boa prestação desportivamuito contribuiu o estágio internacio-nal que o vianense realizou na Poló-nia, estágio que só se tornou umapossibilidade por estar integrado numprojeto da Câmara Municipal de Vianado Castelo, que tem o apoio da Caixade Crédito Agrícola e do seu clube emPortugal, o EDV, projeto que permitiureunir o financiamento necessáriopara esta preparação internacional,apoios esses que atleta procura dia adia para sustentar as suas performan-ces e conseguir o apuramento olím-pico para o jogos do Rio’2016.Com este resultado, Gael Santos con-seguiu um salto de cerca de 100 lu-gares no ranking mundial, ocupandoagora a 181ª posição.Agora Gael Santos vai continuar a suapreparação pois no próximo mês irádisputar o Campeonato do Mundo deSeniores, com mais confiança e coma tranquilidade que o novo estatutolhe transmite.

Nos Europeus da modalidade

Florent Mollet et Guillaume Loriot à Créteil

Après l’officialisation de l’arrivéed’Hugo Konongo en début de mois,puis de Sacha Clémence mi-juin, l’USCréteil/Lusitanos annonce l’arrivée dedeux nouveaux joueurs! En recrutantFlorent Mollet (Dijon) et GuillaumeLoriot (Orléans), le Créteil/Lusitanosavait à cœur de renforcer son milieude terrain!Florent Mollet, 23 ans, milieu offen-sif. Pur produit du Dijon FCO, FlorentMollet disputait sa troisième saisonprofessionnelle en Ligue 2. Aprèsavoir terminé à la quatrième place duChampionnat avec le club bourgui-gnon, le jeune milieu offensif de 23ans pourrait rebondir cette année avecle club francilien. Auteur de 7 buts en

Coupe de France cette saison, FlorentMollet pourrait bien débloquerquelques situations sur le front offen-sif pour Créteil/Lusitanos dansquelques semaines…Guillaume Loriot, 29 ans, milieu dé-fensif. Elément charnière du dispositiforléanais cette saison, Guillaume Lo-riot a disputé 29 rencontres de Cham-pionnat cette saison. Si la fin desaison a été cruelle pour le club duLoiret (relégation lors de l’ultime jour-née), en s’engageant avec Créteil/Lu-sitanos, le milieu défensif originairedu Mans aura l’opportunité de retrou-ver la Ligue 2 la saison prochaine.Avec cinq saisons en Ligue 1 et troisen Ligue 2, Guillaume Loriot devraitapporter une expérience précieuse auclub val-de-marnais!

Nouvelles recrues

Par Corentin Simonot

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le 24 juin 2015

Todas as semanas, estamos ao seu lado

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lusojornal.com

«Não temas!»

O Evangelho do próximo domingoconta-nos o drama de um pai, queapressadamente conduzia Jesus àsua casa e, a meio do caminho, re-cebe a pior das notícias: é dema-siado tarde; a sua filha morreu.Diante da dor daquele homem,Jesus comove-Se. Toma uma deci-são, mas sabe que o seu gesto po-derá confundir o povo e, por isso,tenta “esconder” o milagre que estápara realizar. Em primeiro lugar,Jesus consegue que o menor grupopossível de pessoas presencie o pro-dígio: «(...) não deixou que ninguémO acompanhasse». Em seguida,tenta “desarmar” a situação; minimi-zar o episódio: «A menina não mor-reu; está a dormir». Por fim, faz umúltimo pedido: «(...) recomendou-lhes insistentemente que ninguémsoubesse do caso (...)». Como sefosse possível esconder uma ressur-reição! Como se fosse possível contera alegria daquele pai! Mas porquetenta Jesus ocultar um evento tão ex-traordinário?Infelizmente, Ele sabe a facilidadecom que muitos reduzem a própriafé a um “mendigar” milagres. Não éessa a vontade de Deus! Jesus “ver-gou” momentaneamente a ordemnatural da vida, mas inevitavelmente,a jovem ressuscitada voltará a expe-rimentar o abraço da morte, comotodos nós. Então, o que é quemudou? O que é que Jesus ofereceuà humanidade?Amigos, o medo de morrer é maiscruel do que a própria morte: vivercom medo é morrer mil vezes! De-pois do encontro com Jesus; depoisde reconhecermos a presença doDeus vivo, que é Amor e Misericór-dia, nada nos pode assustar. Nem adoença, nem a morte. Sabemos quenão estamos sozinhos. Sabemos quea morte não tem a última palavra.Podemos finalmente sorrir, amar… eViver!

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Paroisse d’EaubonneNotre Dame d’EaubonneCarrefour Charles de Gaulle95600 EaubonneMissa em português todos os domingos às 9h00

boanotícia

22 Desporto

Carlos Secretário: «une belle opportunité»

Arrivé cet été aux commandes des Lu-sitanos de Saint Maur, l’ancien défen-seur international est fier d’être à latête d’une équipe qui aura pour ambi-tion de monter en CFA dès l’an pro-chain. Pour LusoJornal, CarlosSecretário donne ses premières im-pressions sur le club val-de-marnais enexclusivité et n’oublie pas de faire unclin d’œil à la Communauté portugaise.

Vous êtes depuis une semaine le nou-vel entraîneur des Lusitanos. Qu’est-cequi vous a décidé à accepter ce chal-lenge?J’ai accepté de rejoindre un projet am-bitieux. J’ai tout de suite adhéré au dis-cours que l’on m’a fait. Depuis que j’aisigné mon contrat, je travaille au quo-tidien pour préparer mon équipe etcommencer à étudier les options quis’offrent à moi.

Comment avez-vous été approché?C’est par l’intermédiaire d’un agent quim’a parlé du projet et de la volonté desdirigeants de construire une équipecompétitive. Il m’a aussi parlé du clubet de son histoire. J’ai tout de suite puvoir que c’était sérieux et j’ai logique-ment pensé que ce serait une belle op-portunité pour moi. C’est une nouvelleaventure qui commence dans un clubqui est dans une bonne période de sonhistoire. Le plus important reste le club

et si ce dernier rencontre le succès es-péré, ça ne peut qu’être une bonnechose pour toutes les personnes quivont y contribuer. On doit respecter leclub et d’abord penser à le faire avan-cer dans le bon chemin.

Quand on connaît votre carrière dejoueur (FC Porto, Real Madrid,Braga,…), le fait d’entraîner un club deCFA 2 ne vous pose-t-il pas de pro-blème?Je sais où j’arrive. Cela ne me fait paspeur. Au contraire, j’ai déjà pu voir qu’ily a de bonnes conditions de travail. Jesais que le club se reconstruit petit àpetit. Il retrouve un bon niveau. Qu’ils’agisse d’un club de la Ligue 1 ou de

CFA 2, c’est la même chose. J’auraisla même exigence et la même volontéde réussir. Il est évident que n’importequel entraîneur cherche à atteindrele plus haut niveau, mais ce n’estpas déshonorant d’entraîner uneéquipe amateur pour tenter d’attein-dre ses objectifs. Au contraire. LesLusitanos sont à la recherche demonter le plus rapidement possible.Tout le groupe de joueurs, le staff etles gens qui travaillent pour le clubferont en sorte de réussir cet objec-tif. On compte bien lutter matchaprès match pour recueillir les fruitsdu succès à la fin de la saison. Je nedis pas que ce sera facile mais onfera tout pour que le club réussisse

la meilleure des saisons possibles.

Etes-vous pressé de démarrer cette sai-son avec Saint Maur?C’est évident que je suis pressé decommencer cette nouvelle année. Jesais que le soutien de la Communautéportugaise sera important. D’ailleurs, jecompte sur eux pour nous aider à avan-cer et progresser. Je suis fier d’être à latête d’une équipe qui représente di-gnement les Portugais et le Portugal enFrance. C’est une force. C’est un clubportugais dans une région où vivent denombreux Portugais. Son Président estPortugais. Je pense que j’aurais toutesles conditions pour réussir un bon tra-vail aux Lusitanos.

Lusitanos de Saint Maur

Par Eric Mendes

40ème Anniversaire Vimaranense de Roubaix

Le traditionnel Tournoi organisé par leVimaranense de Roubaix en fin de sai-son footballistique a cette année étéle point d’orgue de la commémorationdu 40ème anniversaire de la créationde ce club portugais emblématique dela ville de Roubaix. Ce fut égalementl’occasion de rendre hommage au re-gretté Président Armando Aarão qui apendant longtemps orienté et dirigé leclub. Le Tournoi porte désormais sonnom.Le samedi 20 juin, s’est déroulé auStade Carihem la partie vétérane duTournoi avec 4 équipes, l’AssociationJBR étant l’équipe victorieuse.Le dimanche c’est au tour de 6équipes de s’opposer dans ce Tournoioù le plus important était la convivia-

lité et la bonne humeur. L’équipe desCapverdiens remporta la premièreplace devant les hôtes du jour, le ClubVimaranense.Pour animer musicalement les deux

jours, le club a fait appel au groupeFlash-Back et aux Províncias de Por-tugal de Croix.Le Vimaranense possède trois équipesdans les Championnats du Nord; une

de sub13, une vétérane et une équipesenior.Son siège qui est situé 7 rue du Lieu-tenant Castellan est point de rencon-tre de nombreux portugais, les locauxpouvant être fréquentés toutes lesaprès-midi de la semaine. Le samediet le dimanche on peut s’y rendre dès9h00.Le nom du club est à l’image de l’ori-gine de nombreux Portugais installésdans la région, même si toutefois biend’autres compatriotes le fréquentesoriginaires d’autres régions. RicardoOliveira, son Président actuel, nousrappelle avec une certaine fierté le faitque le club est affilié à Vitória de Gui-marães depuis 10 ans, quelquesjeunes du club allant même faire desstages de détection dans la ville ber-ceau du Portugal.

Challenge Aarão Armando

Par António Marrucho

Le Sporting remporte la Coupe Nationale Futsal

Le samedi 13 juin, à Bourg-de-Péage (26), les Parisiens décro-chaient leur 5ème Coupe Nationaleen l’emportant 2-1 contre Garges.Après avoir perdu son titre de Cham-pion de France il y a trois semaines,les Parisiens se devaient de rempor-ter ce derby afin de sauver la saisonet terminer sur une bonne note.Le vieux dicton qui dit qu’unegrande équipe ne perd jamais deuxfois de suite, a pu se vérifier.

D’entrée de jeu les Parisiens pre-naient comme souvent le jeu à leurcompte face une équipe de Gargesregroupée devant leur but. Malgréles nombreuses tentatives les lionsbutaient sur un excellent portier quisemblait presque imbattable. Inca-pables de trouver la faille les joueursn’hésitaient pas à utiliser le gardienvolant, et il aura fallu un joli gestede Chimel Vita pour débloquer lecompteur. Le match était lancé eton espérait que la rencontre se dé-briderait. Ce n’était malheureuse-

ment pas le cas et l’équipe du Vald’Oise se créait quand même desoccasions en contre. A la mi-tempsle score était de 1-0 pour le Spor-ting.A la reprise la physionomie était lamême avec des Parisiens qui conti-nuaient à faire le jeu avec son Capi-taine Teixeira à la baguette. Il aurafallu attendre une jolie combinaisonentre Chaulet et Pupa sur cornerpour tromper la vigilance de la mu-raille gargeoise. De la maîtrise, maispas assez de réalisme, c’est ce

qu’on retiendra de cette rencontrede la part de la meilleure attaque duChampionnat. En fin de match, lesSportingmen se créeraient mêmequelques frayeurs en encaissant unbut sur une contre-attaque mal né-gociée. Malgré tout, la victoire sem-ble logique sur l’ensemble de larencontre disputée dans un très bonesprit.Au coup de sifflet final, les Parisiensentraient encore un peu plus dansl’histoire avec ce 9ème trophée na-tional sur 12 possibles!

Par Julien Milouse

LusoJornal / Luís Gonçalves

le 24 juin 2015

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23Tempo livre

Dès le 19 juin Exposition «Regards Croisés» de LuísCavaco, a L’autreagence, 65 rue Mont-martre, à Paris 02. Infos: 01.55.34.78.00.

Jusqu’au 28 juin Exposition «A la découverte du Portu-gal» organisée par l’Association Cultu-relle Portugaise de Saint-Etienne etpeinture d’Eugénie Coelho. Château deBoën, Musée des Vignerons du Forez, àBoën (42). Infos: 04.77.24.08.12. De 14h00 à 18h00.

Du 25 au 28 juin Jardin des Arts. Exposition à la ferme.L’artiste peintre Alice da Costa invited’autres artistes. 1 rue de Rumersheim,à Cimbrett (67).

Jusqu’au 30 juin Exposition «Fernão Mendes Pinto et saPérégrination», BD de José Ruy, dansle cadre de la Comédie du Livre, avecCasa Amadis. Au Club de la Presse LR,place du nombre d’or, à Montpellier(34).

Jusqu’au 3 juillet «Lisboa Street Photography» de Phi-lippe Martins. Espace Nuno Júdice,Consulat Général du Portugal à Paris, 6rue Georges Berger, à Paris 17.

Jusqu’au 15 juillet Exposition de Fernando Costa avec pré-sentation de son nouveau livre. GalerieArt Jingle, 31bis et ter, rue des Tour-nelles, à Paris 3. Infos: 01.40.29.40.03.

Du 30 juin au 20 juillet Exposition de Vera Sato. Rétrospectivede l’artiste brésilienne dans le halld’entrée de la Maison du Portugal, 7Pboulevard Jourdan, à Paris 14.

Jusqu’au 26 juillet «Modernités: photographie brésilienne1940-1964» avec des œuvres de Mar-cel Gautherot, José Medeiros, ThomazFarkas et Hans Gunter Flieg. Commis-saires: António Pinto Ribeiro, LudgerDerenthal et Samuel Titan Jr. FondationCalouste Gulbenkian - Délégation enFrance, 39 boulevard de la Tour Mau-bourg, à Paris 7.

Le mercredi 24 juin à 18h30 Valter Hugo Mãe sera présent dans lecadre du festival Rencontres de Litté-rature ibéro-américaine de Paris -‘Conversations Fictives’ qui a lieu entrele 24 mars et le 2 juillet. Un projet créeet organisé par le réalisateur et drama-turge Ignasi Duarte. Centre Gulbenkianà Paris (75).

Le vendredi 26 juin, 20h30 «Temps de la poésie» sur le thème «Lí-rico - Luiz Vaz de Camões», organisépar l’Association Culturelle Portugaisede Strasbourg. Salle Bon Pasteur, 12boulevard Jean Sébastien Bach, àStrasbourg (67).

Le dimanche 28 juin, 16h00 Présentation du livre «Maria, Manuel etles Autres» d’Isabel Mateus, ed. Vaga-mundo, en présence de l’auteure, de latraductrice Cristina Isabel de Melo etde Nathalie de Oliveira, auteure de lapréface. Espace Lusofolie’s, Viaductdes Arts, 57 avenue Daumesnil, à Paris12.

Le dimanche 28 juin, 16h00 Présentation du livre “Política e Cul-tura: As Revoltas” de Eduardo AdilsonCamilo Pereira, par Elisa Andrade. Am-bassade du Cap Vert en France, 3 rueRigny, à Paris 08.

Le vendredi 26 juin, 20h30 «Confession véridique d’un terroriste al-binos», par la Cie. Teatro Griot, mise enscène de Rogério de Carvalho, dans lecadre des Chantiers d'Europe. ThéâtreCarreau du Temple, à Paris.

Le samedi 27 juin, 21h00 Le dimanche 28 juin, à 17h00«Olá!» ‘one man show’ de l’humoristeJosé Cruz au Théâtre en Bord d’O, àThorigny-sur-Marne (77).

Le mercredi 24 juin Soirée Fado Vadio avec Filipe de Sousa(guitarra), Nuno Estevens (viola), avecla participation du Coin du fado, del’Académie de fado et de l’associationGaivota. Au LusoFolies, 57 avenue

Daumesnil, à Paris 12. Infos: 01.53.92.01.00.

Le vendredi 26 juin, 20h30 Concert de Mariza, au Grand Rex, 1boulevard Poissonnière, à Paris 02.

Le dimanche 28 juin, 21h15 Concert de Gisela João dans le cadre duFestival de Marseille, suivi du film LaCage Dorée. Alhambra Cinéma, à Mar-seille (13). Entrée gratuite.

Le dimanche 28 juin, 17h00 Concert de Carlos do Carmo, AnaMoura, Camané et Carminho. GrandRex, 1 boulevard Poissonnière, à Paris02.

Le samedi 11 juillet, 20h30 Le dimanche 12 juillet, 16h00Concerts du Coin du Fado, avec Concei-ção Guadalupe et Jenyfer Rainho, ac-compagnées par Filipe de Sousa(guitarra) et Nuno Estevens (viola). Pré-sentation par Jean-Luc Gonneau. LaCloserie, Théâtre rural, 17 route de Cla-mecy, à Etais-La-Sauvin (89). Infos: 03.86.47.28.16.

Le jeudi 16 juillet, 21h30 Concert de Gisela João au Théâtre An-tique, à Arles (13).

Le samedi 22 juillet, 22h00 Concert d’António Zambujo, dans lecadre du Festival Résurgence, à Lodève(34).

Le 17 août Concert d’António Zambujo au Théâtrede Sevran (93).

Le dimanche 28 juin à 17h00 Fête de la Musique avec Dan Inger &Ramiro Naka et leurs musiciens, orga-nisé par Scène sur Seine en accordavec Gaivota. Péniche «Pourquoi Pas»,10 allée du Bord de l’eau, à Paris 16.Infos: 06.03.48.04.96.

Le mardi 30 juin, 20h00 Concert de guitare d’Antoine Morinière,lauréat du Concours Santa Cecília,Porto. Maison du Portugal, 7P boule-vard Jourdan, à Paris 14.

Le samedi 27 juin Bal animé par Jorge Amado au StadeAndré Vanco, à Beausoleil (06).

Le samedi 27 juin, 20h00 Repas concert organisé par l’Institut deLangue et de Culture Portugaise (ILCP)

de Lyon, avec les chanteurs et musi-ciens Philippe Pastour, Zé Praia et Ger-son Fonseca. Restaurant BrasseriePopulaire, 8 place Lazare-Goujon, àVilleurbanne (69). Infos: 04.78.93.38.88.

Le dimanche 28 juin, 12h00 Concert de Johnny avec ses musiciens,au Centre Culturel, 14-22 avenue Wla-dimir d’Ormesson, à Ormesson-sur-Marne (94). Entrée gratuite.

Le dimanche 6 juillet, 12h00 20ème anniversaire de l’AssociationAlegres do Norte avec Céline, RuthMarlene, Mike da Gaita, La Harissa, etcantares ao desafio avec Cachadinha eIrène de Gaia. Défilé de 4 groupes fol-kloriques et un groupe de bombos. Parcdes Cormailles, avenue Georges Gosnat,à Ivry-sur-Seine (94). Entrée gratuite.

Le dimanche 28 juin, 13h30 Festival de folklore et Festa dos SantosPopulares, organisé par l’AssociationCantares de Noisy-le-Grand avec lesgroupes Cantares de Santiago deNoissy-le-Grand, Souvenir du Portugalde Montataire, Estrelas do Norte deCarrière-sur-Seine, Flores da Madeirad’Ormesson, Os Poveiros de Mantes-la-Jolie, Aldeias do Ribatejo de Levallois-Perret. Terrain de la Grotte, allée de laMairie, à Noisy-le-Grand (93).

Le dimanche 5 juillet, 12h00 8ème Festival de folklore et traditionsdu monde avec les groupes Esperançade Les Ulis-Orsay, Aldeias Perdidas deSt Chéron, Os Pastores da Serra da Es-trela d’Houilles, mais aussi Tuna fémi-nine de l’Université de Covilhã(Portugal), COU Temps’danses (coun-try), Terre et Mer (chants marins), As-sociation Grain de Soleil (zumba),Association Sundance 91 (danses la-tines). Déjeuner sur place. Parc Urbain,Les Ulis (91).

Samedi 27 et dimanche 28 juin Fête de la St Jean, organisée par l’as-sociation Os Camponeses Minhotos enpartenariat avec la ville de Clermont-Ferrand. Place du 1er mai, à ClermontFerrand (63).

Le dimanche 12 juillet, 12h00 Sardinhada / Porco no espeto, organi-sée par l’association Estrelas do Mar deNogent-sur-Marne. Au bord du lac, enface de Le Nautil, RD21, La mare aucoq, à Pontault-Combault (77). Infos: 06.09.65.00.43.

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LJ 224-II

SORTEZ DE CHEZ VOuS emsíntese

Paulo Costa naRádio Enghien

No próximo sábado, dia 27 de junho,o convidado do programa ‘Voz dePortugal’ da rádio Enghien, é PauloCosta, para apresentação do seunovo trabalho.O programa tem lugar aos sábados,das 14h30 às 16h30, e pode ser ou-vido na região norte de Paris em FM98,0 ou por internet em:idfm98.fr.

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