Fotographos nº 12

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Revista Fotographos nº 12

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Notícias - Mundo fotográficoo que acontece nas empresas, livros, exposições e serviços.

Making Df - TesouroCapitão Rousseaux abre o baú e resolve fazer still life

com poucas tochas e muitos macetes para rebater a luz.

5 Galeria - Imagens que inspiramMostre suas fotografias nas páginas da Fotógraphos.

9 Entrevista - Luiz MaximianoVeja as fotos e distraia-se com as histórias de um fotógrafo

brasileiro que conseguiu fazer seu nome bem longe de casa.

36

34Canon EOS 10

Mark 111

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Análises

pÁG.60

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28 Portfólio - Renan CepedaConheça o trabalho e as originais pichações queo fotógrafo carioca faz utilizando o light painting.

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Fotolab - CoresVárias formas de tratar as cores de suas fotos.

Ensaio - Máscaras da Bahia

Aristides Alves esbanja cultura e mostra uma

curiosa faceta das festas populares baianas.

Por Dentro da Luz - Campos do JordãoA Fotógraphos invadiu a Serra da Mantiqueira para

trazer os encantos de uma charmosa cidade alpina.

Artigo - Sobre o hábito de flanarDo escritor alemão Johann Wolfgang Goethe a um simples senhor

da periferia francesa, José Roberto Comodo Filho fala sobre flanar.

Cartas - A opinião dos leitoresMensagens recebidas pela redação da Fotógraphos.

Artigo - Por que a fotografia?o fotógrafo e articulista Armando Vernaglia Jr. inicia uma

discussão com amigos e colegas e chega a um dos grandes

mistérios da fotografia. Aliás, por que você, leitor, fotografa?

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fOTÓGRAPHOS

Novos horizontes

Entre outros tantos motivos, gosto da fotografia porqueela ajuda a desenvolver uma espécie de sexto sentido.O descondicionamento do olhar é uma lição que tem apli­cações práticas em muitas atividades cotidianas. Na ver­dade, deveríamos praticar essa forma de desprendimentodas nossas percepções visuais também nos outros sentidose precisaríamos estar abertos a conhecer novos sons. Novossabores. Novas sensações. Possibilidades não faltam, certo?

FotographosExpediente

Dir. Editorial: Rodrigo Torres Costa

rod [email protected]

FOTO DA CAPARán Magnúsdóttir

Isso não significa descartar o antigo, pelo contrário.Conciliando novas experiências às anteriores, podemos

desenvolver habilidades que nos levem ao aprimoramento pessoal e tambémprofissional, seja na fotografia, seja em qualquer outra atividade.

No entanto, também é verdade que às vezes as possibilidades realmente se esgotam.Quando ficamos com a sensação de que nos resta pouco para explorar ou extrairde determinado assunto ou condição, é hora de fazer uma reflexão. E é nessa horaque podemos enxergar novos horizontes, que, em um primeiro momento, podemparecer assustadores, mas que também podem significar boas oportunidades.

Projetando essas divagações no mercado fotográfico, acredito que ele ainda tenhamuitas oportunidades para nos oferecer. Tanto como fonte de negócios quantocomo atividade artística. Ainda há muito que explorar. Mas as coisas não aconte­cem por acaso. É preciso cultivar a fotografia em nosso país. E, nesse sentido, in­felizmente é notória a falta de apoio das grandes empresas ao setor fotográfico.

Vejo muito pouco a presença (para não dizer nenhuma) de marcas importantesnas publicações, nas exposições e nas iniciativas que são criadas a cada dia porinúmeros entusiastas, hobbystas e profissionais da área. Durante esses quase trêsanos à frente da edição da Fotógraphos, tenho visto empresas despendendo mui­tos recursos financeiros e energia em soluções - algumas mirabolantes - paraexplorar as possibilidades criadas pelo sistema digital. Sinto, porém, que estãodeixando de fazer o básico, que é estimular quem realmente faz movimentar essemercado: nós, os fotógrafos. Que adianta ter avançados laboratórios de impres­são digital e quiosques de auto-atendimento se não houver pessoas interessadasem fotografar e em imprimir os seus registros?

É importante pensar sobre este momento. Fazer uma reflexão a respeito do queestamos fazendo ou podemos fazer para contribuir para a atividade fotográficabrasileira. Cobrar das empresas que ofereçam ao menos um pouco de apoio e aju­dem a cultivar aquilo que têm de mais valioso: os seus clientes. Caso contrário,nossos horizontes ficarão cada vez mais restritos. Continuaremos desperdiçandotalentos e oportunidades oferecidas pelas abençoadas iniciativas individuais. Oudependendo delas. E aí, não nos restará alternativa senão buscar novos horizon­tes, como, aliás, muitas pessoas e empresas têm feito ultimamente.

No mais, vamos aproveitar a épo.ca do outono e do inverno para fotografar. Con­tinuar fazendo a nossa parte no processo, até porque está no nosso sangue e nãohá como pensar em outra saída, não é mesmo? Espero que esta edição sirva deinspiração e lhe desejo boas fotos. Até a próxima.

Rodrigo Torres Costa

[email protected]

fOTÓGRAPHOS • 04

Dir. Administrativo: Eduardo Aniceto Portella

[email protected]

REDAÇÃO

Jornalista Resp.: Heitor Augusto

Colaboraram nesta edição:

Armando Vernaglia Jr.,

Eduardo Oliveira, José Roberto Comodo,

Sandra Mastrogiacomo e Silvana de Carvalho

PRODUÇÃO

Direção de Arte: Rodrigo Torres Costa

Projeto Gráfico: Art&Cia Propaganda e Mkt

Redação: Eduardo Oliveira

Revisão: Renata Consoli

PUBLICIDADE

Daniel Santos

[email protected]

DISTRIBUiÇÃO EXCLUSIVA EM BANCAS

Fernando Chinaglia Distribuidora S/A(21) 2195-3200

PLANEJAMENTO DE CIRCULAÇÃO

Edicase Soluções para Editoreswww.edicase.com.br

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IMPRESSÃO

Prol Gráfica

ART&CIA PROPAGANDA

Av. Brig. Faria Lima, 1.768 - cj. 7B

CEP01452-001 - Jd. Paulistano

São Paulo - SP- Brasil

Tel.: (11) 3815-7472 Fax: r. 201

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IMAGENS QUE INSPIRAM

FOTÓGRAPHOS • 06

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Rafa8l'Vilela capturou a fXJntraluz no Parque

Nacional de Superagüi (PR). ~gem,

entitulada "Sem Jyno'; 4jgarotas fXJrrml nIJ

direção às aves qu~ repousam em um banfXJde

areia que só emerge durante algumas horas.

Exposição de j!4 e 11400s no ISO 100.

IMAGENS QUE INSPIRAM

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lUIZ MAXIMIANO

Fotógraphos - Que mais o estimulou asair do Brasil?

Luiz Maximiano - Queria investir minha ju­ventudeem algo que realmente fosseimportan­te. Na época, em 2003, tinha 25 anos e petcebique, se não fosse naquele momento, não serianunca. Nem pensava em fotografia. Queriamesmo era ser missionário, ajudar as pessoas.

Como a fotografia entrou nessa história?Maximiano - Da forma mais improvável.Comprei minha primeira câmera na Euro­pa, pouco tempo após minha chegada, umaCanon AE-l dos anos 80. Quando fui paraAmsterdã, já tinha deixado minha carreirade publicitário para trás e pensei que seriatambém a hora de me dedicar a coisas novas,

como a fotografia. Mas só queria fazer umasfotos, sem a menor pretensão, mas fui gostan­do, gostando e virou quase uma obsessão.

Como foi seu aprendizado fotográfico?Maximiano - Durante o curso universitário

de publicidade, tive um primeiro contato coma fotografia, mas sem muita profundidade. Foisó em 2003 que comecei a levar a coisa a sérioe fui tendo acesso a livros importantes, comoa obra de Ansel Adams. Participei também deum curso intensivo de três meses nos Estados

Unidos, que me abriu as portas para a foto­grafia digital. Até então, eu só fotografava emfilme. Participei ainda de alguns workshops.

Teve alguma influência na fotografia?Maximiano - Comecei a fotografar vendoSebastião Salgado e Henri Cartier-Bresson.Depois fui conhecendo outros fotógrafos queme influenciaram bastante, como Josef Kou­delka, Larry Towel, Christopher Anderson,David Alan Harvey e Alex Webb (principal­mente em cor), Alex Majoli e Paolo Pellegrin.

Quais são as principais barreiras paraum início de carreira no Exterior?Maximiano - As barreiras ainda estão lá. É a

língua, falo muito bem o inglês e isso nuncafoi problema, mas falar o holandês é muitodifícil e é ainda uma barreira. É rambém o alto

nível de fotografia praticado na Holanda, umpaís rico, porém pequeno, o que facilita a for­mação de fotógrafos. Pois há muitas escolas.Em contrapartida, é um mercado pequenopara tantos profissionais. A relação entre oeditor de uma publicação e o fotógrafo é mui­to estreita, contudo é difícil entrar nesse clube.

Tem muita gente boa, o nível é muito alto.Então, tem de ralar para chegar ao mesmo ní­vel e começar a ser notado. Tenho Ü1naagên­cia que representa o meu trabalho, a WorldPicture News, de Nova York, o que é bacana.Mesmo assim, o mercado é muito saturado.

Como é enfrentar essa situação?Maximiano - É um processo muito lento etem que ter paciência e metas de trabalho alongo prazo. Mas é mais fácil comprar equi­pamentos lá fora, os juros são quase inexis-

tentes para quem está iniciando e precisa seequipar e estudar. No Brasil, tudo é muitomais difícil. Minha estratégia tem sido amesma desde o início: estudo um determi­

nado lugar, vou lá, fotografo e depois ofere­ço para publicações que tenham o perfil daminha matéria.

Você emplaca muitas pautas?Maximiano - No Brasil, já publiquei váriaspautas na revista Terra, também enviei mate­rial para o jornal Folha de S.Paulo e as revistasTrip e Marie Claire. Fora do Brasil, publiqueimais através da agência que me representa.

Como surgiu essa parceria com a agência?Maximiano - Mosrrei o meu portfólio, elesgostaram e passaram a me representar. Tudoo que fotografo coloco lá e, caso eles vendam,é 50% para cada um. De vez em quando,eles encontram um trabalho para mim, masisso é raro, depende de onde eu esteja. Masjá venderem muitas fotografias para publica­ções que jamais sonharia em aparecer, comoas revisras Le Figaro, Internazionale, L'Espressoe jornais da Europa.

Você tem conseguido viver de sua fo­tografia?Maximiano - Sim, e o que ganho invisto emfotografia. Poderia ganhar mais dinheiro fa­zendo casamentos, o que até gosto, mas que­ro mesmo investir no fotojornalismo até serconhecido pelos editores e ter meu trabalhoreconhecido. Sei que tenho muito rrabalhopela freme até chegar aonde quero.

Já viveu em outros países?Maximiano - Não, apenas em Amsterdã.Mas viajo bastante, já estive em 30 países des­de que saí do Brasil e, em dez deles, as razõesforam puramente fotográficas.

Pensa em ir para outro lugar?Maximiano - Sim, para aÁsia Central. Contu­do, são só planos, sem muira consistência. Mi­nha esposa, que conheci no Brasil, é holandesae ainda está estudando, por isso ainda vamos terde passar um rempo na Holanda. Penso ram­bém em um dia voltar para o Brasil, porém nãosei quando. Gosto demais de Amsrerdã, ape­sar de o trabalho ser muito difícil. A fotografiaaqui não é valorizada da maneira que merece. Anão ser que você trabalhe na área de publicida­de ou moda, aí é outra história, mas essa não é

a minha ptaia, pelo menos, não agota.

Conhece outros fotógrafos que tam­bém vivem essa experiência?Maximiano - Conheço, mas não são brasilei­ros. Existe um grupo exatamente com o meuperfil, todos apaixonados pelo fotojornalismoe tentando conquistar um lugar ao sol, talan­do POt aí.

o acesso à cultura fotográfica é maiorvivendo onde você está?

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Maximiano - Sim, muito maior. Há dois

ótimos museus só dedicados à fotogtafia emAmsterdã e muitas galetias. Nas tevistas, aindaexiste um editor de fotografia e não um diretotde arte, como é costume no Brasil. Existe um

respeito muito grande pela fotografia e pelofotógrafo, que visto como alguém com umaopinião a dar, e não apenas como um operadorde câmera, como às vezes me sinto no Brasil.

Viveu alguma experiência que o levou apensar assim?Maxirniano - Acho que muita gente vê o fo­tógrafo como uma pessoa técnica e não comoum jornalista, que é o que ele é. Essa relaçãose discute muito fora do Brasil também. Não

digo que todo o mundo pensa assim ... Masacho que no Brasil, por exemplo, um diretorde arte de uma revista que precisa de uma fotoleva mais em conta fatores mais pragmáticos,como o pteço cobrado e a localização do fotó­grafo, do que o talento do profissional ou a fo­tografia praticada por ele, que pode ter relaçãocom a pauta a ser fotografada. Vejo que issofica claro também na relação entre o repór­ter de texto e o fotográfico, que cobrem umapauta. Aquela coisa do tipo uah, esse é o meufotógrafo", nossa, só aí fica clara a diferença depesos e medidas entre esses dois profissionais.É como se o repórter de texto fosse o repórterde verdade e o fotógrafo, o número dois. Tal­vez nas grandes redações isso não seja assim,porém nas publicações e nos jornais medianosespalhados pelo Brasil, isso fica mais claro. Ésó ver a péssima qualidade da fotografia emjornais menores. Enfim, é uma impressão quetenho, de alguém que entrou no mundo dafotografia por um caminho muito diferentedo que a maioria dos fotojornalistas.

Você acompanha a fotografia brasileira?Maximiano - Sim, sempre que posso. Fiqueimuito feliz pelo João Kehl, o primeiro bra­sileiro a vencer uma categoria de história daWorld Press Photo, e curti muito o trabalho

do Anderson Schneider apresentado em Per­pignan, no ano passado. Eles são os fotógrafosjovens do Brasil de maior promessa, de nívelinternacional, são inspirações para mim. Gos­to também do Thiago Santana e do ChristianCravo, além da fotografia da Folha de S.Paulo,principalmente do Lalo de Almeida.

Como foi a conquista no Canonprijs?Maximiano - O Prêmio Canon é ofereci­

do dentro da premiação Câmera de Prata, amais importante do fotojornalismo holandês.É uma espécie de World Press Photo, mas sópara fotógtafos que vivem na Holanda. Dentroda Câmera de Prata, existe um prêmio especialpara o fotojornalista do ano e para o fotojor­nalista do ano que tenha até 30 anos de idade(o Prêmio Canon). São prêmios de avaliaçãode porrfólios. É necessário enviar de 25 a 70fotos, de preferência, histórias. Enviei 50 fotosdivididas em quatro histórias: Zimbábue, Pres­tes Maia, Romênia e Bulgária e sobre um casal

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LUIZ MAXIMIANO

no Missouri. Não são muitos concorrentes,

pois não há muita gente tão jovem produzin­do trabalhos com caráter de reportagens. Fazerfotos individuais é mais fácil, mas um prêmiode portfólio, onde tem que ser mais autoral, émais complicado e são poucos.

Qual ensaio obteve mais destaque?Maximiano - Foi o que retrata a ocupaçãodo edifício Prestes Maia, no Centro de São

Paulo. Foi a série que os jurados gostarammais, acharam mais madura, também é a mi­

nha preferida. Nunca cheguei tão perto comofotógrafo daquilo que quero ser na fotografia.Tive mais liberdade para fazer esse trabalho,apesar do pouco tempo, foram apenas doisdias. Nos outros lugares retratados, as con­dições de trabalho foram mais complicadas,a dificuldade da língua, acesso. No PrestesMaia, foi bem mais tranqüilo. O pessoalqueria ser fotografado; então, o acesso, quesempre é o elemento mais difícil numa repor­tagem, foi total. Isso fez grande diferença.

Já ganhou outros concursos?Maximiano - Não, mas já tive meu portfó­lio selecionado para participar de workshopsonde só entra se for selecionado, como o

Eddie Adams Workshop, em Nova York, e oMissouri Photo Workshop, pela faculdade dejornalismo da Universidade de Missouri, nosEstados Unidos.

Que equipamento utiliza?Maximiano - Canon 5D e objetivas Canon,principalmente a 16-35 mm/f2.S. Essa é alente que mais uso. Também gosto muito degrande-angular e quase não uso tele. Só foto­grafo em digital.

Fotografa mais em P&B?Maximiano - Sempre gostei mais de P&B,é mais fácil fotografar, mas o mercado pedecor. Fotografo das duas formas e tenho ten­tado trabalhar mais e melhor em cor. De­

pende do local e do que estou fotografando,não tento ser tão rígido e dogmárico quandoa isso mas, ultimamente, tenho fotografadomais em cor.

o que você diria para um jovemfotógrafo que tem como projetotentar a carreira no exterior?

Maximiano - Infelizmente, diria que é umsonho quase impossível... Dá pra chegarlá, mas é muito difícil, rem de estar muitofocado e determinado. Está cada vez mais

difícil se estabelecer em algum lugar. Ficarnum lugar em situação legal fora do Brasilestá cada vez mais complicado. E o merca­do é sempre implacável. O portfólio tem deser mesmo muito bom para um editor pre­ferir o seu trabalho ao de um fotógrafo lo­cal. Não é preconceito, não. É apenas maisempatia e facilidade na relação profissional.

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Quais são suas metas de trabalho hoje?Maximiano - Conquistar meu espaço, fazerum nome no fotojornalismo de nível inter­nacional. Fazer reportagens com profundida­de, documenrários. Não creio que vou ficarrico fazendo isso, quero apenas pagar minhascontas e continuar a fotografar. Quero serreconhecido no exterior, onde há um inte­

resse maior, mas é claro que gostaria de serreconhecido no Brasil também, apesar de omercado ser complicado. Existe uma geraçãoque poderia estar produzindo coisas fantásti­cas, mas tem de fazer as pautas do jornalismodiário para sobreviver.

Como se preparar para uma experiên­cia como essa?

Maximiano - Tem de querer muito, estarmuito focado e determinado. A melhor ma­

neira é vencer pela insistência. E fotografar,fotografar e fotografar.

De que mais sente falta do Brasil?Maximiano - Família, amigos e de acompa­nhar os jogos do Flamengo! •

Conheça os trabalho de Luiz Maximiano no site

www.luizmaximiano.com e veja imagens do ensaio

sobre o ediflcio Prestes Maia (Vertigo Dreams) nosite da Fotógraphos - www.fotographos.com.br.

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Daniela Cristina

Batista posa para aslentes de Primo Tacca

Neto com a carcaça de

um jacaré nas mãos.Nikon D50 com

objetiva 18-55 mm.

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PRETO·E·BRANCO

Apesar da sua aparente simplicidade,a fotografia em P&B é capaz de produzir resultados

memoráveis. Objetiva 24 mm com filtro poLarizador, fiLme

Ilford HP5 ISO 400, exposição de 1/250s e abertura j!8.

sária para produzir wna imagem o mais fiel

possível à cena preconcebida. Assim, quamo

melhor for a capacidade de visualização e

o conhecimemo da linguagem fotográfica,maior também será a chance de sucesso em

suas fotos.

A visualização é uma prática muito

importame e que deve ser cominuamen­

te aplicada no ato fotográfico, indepen­

dentemente do suporte (filme ou digital)

utilizado para produzir os seus registros.

Portanto, não tenha medo de exerci­

tar o seu olhar e aprender com seus erros

e acertos. Tire muitas fotos e compare o

resultado com aquilo que você imagina­

va obter na hora do dique, permitindo,

assim, que a prática o leve à evolução.

Certamente, uma das considerações

mais importantes a fazer na hora de foto­

grafar é ter em mente que qualquer emo­

ção causada pelas cores em uma cena se

tornará supérflua em P&B.

Os filmesemP&B

estão ficandocada vez mais

escassos no mercado. As meLhores opções,atuaLmente, recaem sobre o Tri-X da

Kodak, e os fiLmes da Ilford, que podem

ser encontrados em Laborat6rios e Lojas

especializadas do ramo.

FOTÓGRAPHOS • 15

Page 16: Fotographos nº 12

PRETO-E·BRANCO

CORES EM P&B

A foto acima foi convertida para P&B através da simples mudança do

sistema de cor de RGB para tons de cinza (grayscale). Após a conversão,

foram realizados apenas alguns ajustes de contraste e de níveis de tons.

Ainda que em muitos casos as cores

ajudem a cativar o olhar, em algumas si­

tuações elas podem distrair a nossa aten­

ção. Como nem sempre podemos antever

precisamente os resultados que obteremos

utilizando filmes ou regulagens em P&B,

muitos fotógrafos atualmente preferem

realizar a captura em cores e, depois, fazer

a conversão para tons monocromáticos,

lançando mão de programas de edição de

imagens, como o Photoshop.

Independentemente de você ter cap­

turado suas imagens com uma câmera

digital ou através do escaneamento de

cromos ou negativos, há várias fotmas de

transformar suas imagens coloridas para

P&B, cada qual com seus prós e contras.

Modificar O sistema de cor, de RGB

para tons de cinza (grayscale), talvez seja a

forma mais direta de conversão, mas, para

obter uma boa qualidade com esse proce­

dimento, alguns ajustes de curvas e "níveis"

ou "levels" de tons na imagem podem ser

necessários. Outra opção bastante prática é

utilizar o comando que elimina a saturação

de cores (no Photoshop: "image"> "adjust­

ments" > "desaturare"), mas não espere re­

sultados excepcionais nesse caso.

Se você deseja obter um controle mais

preciso sobre as suas conversões, o ideal é

partir para o comando de mistura de ca­

nais ("image"> "adjustments"> "channelmixer"), selecionando o box no canto in­

ferior esquerdo do menu ("monochrome")

FOTÓGRAPHOS • 16

e ajustando cada canal- vermelho, verde e

azul (RGB) - separadamente. Como pon­

to de partida, você pode utilizar os valores

R=6ü, G=4ü e B=ü e fazer experimenta­

ções a partir dessa configuração.

A nova versão do Photoshop, a CS3,

possui uma opção de conversão para

P&B em que é possível fazer os ajustes

de forma mais direta e precisa, além de

oferecer a possibilidade de simular a uti­

lização de filtros coloridos e até mesmo

de filmes e filtros infravermelhos (confira

análise do novo software na pág. 62).

Por questão de segurança, anres de fa­

zer a conversão, salve o arquivo originalcom um nome diferente e tenha muito

cuidado para não exagerar na aplicação de

efeitos nas suas imagens. Afinal, os pro­

gramas de tratamento de imagem estão aí

para servir à fotografia, e não o contrário.

A conversão de cor para P&B pode

serfeita de muitas maneiras, mas uma das que

oferecem maior controle sobre o resultado é através

do comando "channel mixer'; no Photoshop,

conforme ilustraM no

exemplo ao lado.

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PRETO·E·BRANCO

Page 18: Fotographos nº 12

PRETO·E·BRANCO

FILTROSEm filmes ou regulagens em P&B, al­

gumas cores totalmente diferentes, comoo azul e o vermelho, podem reproduzir se­melhantes (ou até iguais) matizes de cinza,resultando em falta de interesse visual.

Para solucionar essa questão, pode-setecorrer a filtros que permitam controlaro contraste em imagens monocromá­ticas, admitindo a passagem de luz damesma cor que a sua e bloqueando a luzde cores complementares. Ou seja, umfiltro vermelho transmite a luz vermelha,

fazendo os objetos dessa cor se tornaremmais claros, ao passo que retém as luzesverdes e azuis, tornando os objetos dessascores maIs escuros.

Filmes em P&B cosrumam ser mais

sensíveis ao azul, daí a necessidade de uti­

lizar filtros de outras cores para acentuar ocontraste em alguns registros. Em termospráticos, se você quiser evitar que o céufique claro demais em suas fotos, basta re­correr a um filtro amarelo, laranja ou, atémesmo, um vermelho, caso deseje obterum resultado bastante dramático. Por ou­

tro lado, para fotos de plantas e paisagensque contenham muito verde, basta usarum filtro da mesma cor para clarear ostons esverdeados contidos na cena.

Por sua capacidade de reter raios de luz,os @tros coloridos normalmente geramperda de um ou mais pontos na exposiçãofinal, variando conforme a sua densidade.

Portanto, esteja atento a esse fato no casode fazer regulagens manuais de exposição.

Os exemplos desta página são uma pe­quena amostra do resultado que pode serobtido com a utilização de .filtros nas fotosem P&B. Um ponto de partida para vocêfazer as suas próprias experiências.

Sem filtro. A foto abaixo foi produzida

sem filtro e apresenta contraste "normal':

Filtro azul. Note que o carro vermelho

ficou mais escuro e o céu, mais claro.

FOTÓGRAPHOS • 18

Filtro vermelho. Agora, o carro em primeiro

plano ficou mais claro e o céu, mais escuro.

Page 19: Fotographos nº 12

COMPOSICÃO,Sem o impacto visual que as cores

podem proporcionar, o forógrafo que

prerende avenrurar-se pelo universo em

P&B deve explorar ao máximo suas ha­bilidades arrísricas e récnicas; caso con­

trário, o máximo que obrerá serão fotosrazoavelmente interessantes.

Como ocorre na fotografia em cores,

em P&B a escolha de objetivas depen­

de basicamenre do objeto ou da cena a

serem fotografados. Assim, da mesma

forma uma grande-angular pode ser ide­

al para registros de paisagens com céudramático, uma meia-tele é uma ótima

pedida para fazer retratos, por exemplo.

Explorar formas, texturas e o conrras­

te causado pela difetença enrre as áreas

de luz e de sombra nas cenas é um recur­

sos eficiente para transmitir mensagensem suas fotos. Em muitos casos, a sim­

plicidade pode surpreender e produzir os

resultados mais inrrigantes e dramáticos.

Voltando à questão da visualização,

é muito imporranre analisar a cena e

questionar quais elementos podem con­tribuir com o resultado ou distrair des­

necessariamente o olhar.

Silhuetas e molduras também são

dois recursos que costumam funcionar

muito bem em P&B, porranro não te­nha medo de abusar da sua criatividade.

Lembre-se de que regras são imporrantes,

mas é apenas ousando (com critério) queo seu trabalho se destacará dos outros.

..•. A textura dos telhados, em

Ouro Preto (MG), foi enquadrada com uma

teleobjetiva de distância focal 135 mm.

Exposição de 1/250s, abertura fl8 e ISO 100.

T O contraste entre as áreas de luz e de

sombra nesta foto foi registrado com uma objetiva

grande-angular (distância focal de 24 mm) e

filtro polarizador. Exposição de 1/125s com

abertura de diafragma fl11 e ISO 200.

Explore formas, texturas e o contraste causado pela diferença entre as áreas de luz e de sombra.

FOTÓGRAPHOS • 19

Page 20: Fotographos nº 12

EXPOSICÃO,Certamente, a exposição é um dos

fatores que possuem maior influência so­bre suas imagens. Você pode estar usandoum bom equipamento e ter, à sua dispo­sição, um ótimo objeto para fotografar,mas de nada adiantará se não souber fa­

zer uso adequado da técnica.Em primeiro lugar, é importante

analisar a luz presente na cena do regis­tro. A direção, a intensidade, o tamanhoda sua fonte, tudo isso deve ser levado

em consideração não apenas na hota defazer as suas composições, máS tambémquando você tiver de definir a velocidadedo obturador e a abertura de diafragmanecessários para fazer a exposição que lhegaranta os resultados pretendidos, sejameles quais forem.

Os princípios de exposição para re­gistros feito em P&B são os mesmos dosaplicados para filmes e regulagens de fo­tos coloridas, porém compreender a1gu-

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PRETO·E·BRANCO

Embora os fotômetros das câmeras

atuais apresentem um ótimo grau de pre­

cisão, em algumas situações de luz crítica é

necessário fazer ajustes e compensações.

Quando estiver utilizando filme em

P&B, evite subexpor seus registros. Seja cau­

teloso e faça a medição de luz nas tegiões de

sombra, garantindo que os detalhes nessas

áreas não se percam na hora de ampliar ou

imprimir as suas fotos. Se estiver fotografan-

do uma paisagem com o céu muito claro,

por exemplo, faça a medição nas montanhas

e depois recomponha a cena, incluindo o

céu e mantendo as regulagens de velocidade

e abertura previamente definidas.

Se tiver dúvidas, faça mais de um regis­

tro com diferentes regulagens de exposição.

Esse recurso, de fotografar uma mesma

cena mais de uma vez fazendo compen­

sações (bracketing, em inglês), é muito

utilizado por profissionais para garantir

que pelo menos um dos registros seja feito

com a exposição adequada.

Em muitas situações fotográficas, é pre­

ciso se concentrar mais na composição ou,então, na escolha do momento decisiv~.

Mas a exposição é um fator fundamental e

que não deve nunca ser negligenciado, sob

pena de perdermos momentos fotográficos

únicos e especiais.

FOTÓGRAPHOS • 21

Page 22: Fotographos nº 12

PRETO·E·BRANCO

FOTÓGRAPHOS • 22

CENASURBANAS

A partir de agora, falaremos um pouco

sobre alguns temas especiais para explorar

em preto-e-branco.

Para começar, abordaremos um dosmais estimulantes e ricos assuntos em

oportunidades visuais para representar emtons monocromáticos: as cenas urbanas.

Cidades estão repletas de possibilidades

fotográficas e comportam diversos subte­

mas: pessoas, arquItetura, transporte, entre

outros. Você pode explorar esses assuntos

separadamente ou, então, agregá-Ios a um

ensaio que ajude a revelar os traços da vida,da cultura e da história locais.

Quando se trata de registrar cenas ur­

banas, o P&B é capaz de transmitir um

charme especial e uma dramaticidade

maior às suas fotos. Os contrastes arqui­tetônicos, sociais e culturais dos centros

urbanos possibilitam uma experiência

sem igual para quem procura novas pers­

pectivas fotográficas. Para quem gosta de

fotografar pessoas, nada melhor do quecidades com vida intensa.

Cidades, pequenas ou grandes,sãoftntes inesgotáveisde assuntos

fttográficos. A ftto da esquerda, abaixo,

fti tirada em Buenos Aires com uma

câmera Olympus OMi, objetiva 24 mm

efilme ISO 400. Exposição

de i /500s e abertura de diafragma flii.

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PRETO·E·BRANCO

FOTÓGRAPHOS • 24

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PRETO-E-BRANCO

FOTÓGRAPHOS • 25

ARQUITETURAAs formas geométncas e as textu­

ras, presentes em detalhes ou no todode obras arquitetõnicas, fazem destetema um prato cheio para fotografarem P&B.

Utilizando ângulos inusitados, o fo­tógrafo pode explorar o elevado contras­te de algumas cenas e a interação da luzcom os variados materiais e elementos

arquitetõnicos, para construir imagensde forte impacto visual.

i8-

I~

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PRETO-E-BRANCO

FOTÓGRAPHOS • 26

PAISAGENSSem a ajuda das cores que se espa­

lham pelos mais belos cenários naturais,para fotografar paisagens em P&B, abusca por lugares e condições de luz es­peciais se faz ainda mais necessária.

Nuvens e água são elementos queajudam a equilibrar as fotos, contrastan­do com as áreas mais escuras das cenas.

No campo, linhas curvas e suavesfuncionam particularmente bem e,para evitar que o céu fique sem graçaem suas imagens, é melhor fazer uso defiltros coloridos, polarizadores ou gra­duados com densidade neutra. Esses

filtros podem ser utilizados separada­mente ou em conjunto para gerar efei­tos mais dramáticos em suas fotos de

paisagens em P&B.Além de cenas panorâmicas, há mui­

tos detalhes na natureza (em pedras eplantas, por exemplo) que possibilitamuma infinidade de texturas e formas paraexplorar em tons mono cromáticos.

MUNDOEMP&Bo P&B representa um mundo à parte

e um grande desafio ao aprendizado e àprática dos princípios técnicos e artísticosfotográficos. Um desafio em que é precisosaber definir e explorar as nuanças exis­tentes entre o branco e o preto, entre a luze a sombra. Entretanto, a fotografia empreto-e-branco não se limita a isso.

Ansel Adams criou o famoso Sistema

de Zonas para facilitar a compreensãodo comportamento das cores e dos tonsquando reproduzidos através de matizescinzentos, mas ele próprio afirmava nãohaver uma forma definitivamente precisa econcreta de visualização prévia em P&B.

Aliar o conceito à prática é o melhormétodo de desenvolver a técnica e, mais

ainda, uma intuição visual capaz de con­duzir o olhar do fotógrafo de modo queconsiga chegar o mais próximo possíveldo que pretende com suas fotos.

Se você ainda não se rendeu à fotogra­fia em P&B apenas porque não conseguiaobter bons resultados, a partir de agora jásabe alguns princípios que podem levá-Ioao sucesso. Agora é com você. •

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PRETO·E·BRANCO

Paraty, jótograjàda numa manhã enso/arada com uma objetiva 24 mm,

fi/me ISO 125, exposição de 1/500s e abertura de diafragma flll.

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RENAN CEPEDA

Renan

CepedaA anatomiada cor na arteexperimental.

por Silvana de Carvalho

Num primeiro momento, a contem­plação. Instantes de atenção que oolhar dedica à belezadas imagens sur­

reais, de efeitos de luzes e cores que atraem.Momentos depois, a curiosidade impulsio­nada pelo desejo de desvendar o caminhopercorrido pelo fotógrafo na obtenção doresultado artístico que surpreende.

Mergulhar no universo das imagensdo carioca Renan Cepeda é garantiade surpresas que nascem pela procuraconstante do artista por uma fotografianova, feita de maneira incomum, como

ele próprio define. ''Acho que o mundocontemporâneo está muito saturado deimagens, principalmente por snapshot(fotografia instantânea), ainda mais de­pois da integração entre a câmera e otelefone celular. Por outro lado, somos

bombardeados com imagens de publici­dade que são invariavelmente muito ma­nipuladas. Tento fazer o meio-de-campoda fotografia não manipulada, mas quetambém não seja um registro descritivode uma cena apenas", diz.

De acordo com esse princípio, elevem realizando trabalhos que surgem depesquisas artÍsticas sobre técnicas foto­gráficas que passam longe do Photoshop- fruto da busca pela fotografia suposta­mente pura, resultado do olhar fotográfi­co associado ao absoluto controle da luz

e da composição.

o ensaio Pichação de Luz, tema do

Portfólio apresentado nesta edição da Fo­

tógraphos, é um exemplo do caminho ar­tístico perseguido pelo fotógrafo.

As imagens obtidas com as câmerasRolleiAex, formato 6 x 6 cm, e Linhoff

Technika, formato 4 x 5 polegadas, ambasfabricadas nos anos 50, são resultado da

técnica fotográfica conhecida como lightpainting, que consiste em fotografar, comlongas exposições, assuntos em total escu­ridão, utilizando fontes de luz à mão.

Para realizar as pichações de luz, oobturador da câmera fica aberto por cer­ca de 20 minutos, enquanto Cepeda ilu­mina pontos da paisagem com lanternas,formando desenhos no escuro. "Todos

os efeitos são criados no ato fotográfico,sem nenhum tipo de manipulação pos­terior", ensina o fotógrafo. Filtros colo­ridos são colocados na frente das tochas

para ajudar na composição de cores dafotografia, aproximando sua pesquisa dalinguagem da pintura.

A inspiração para essa série de picha­ções - já que o trabalho nasceu quandoo artista "pichava" prédios antigos doCentro do Rio de Janeiro - surgiu apósuma viagem ao interior da França, queo colocou diante de uma casa rural de

pedra, abandonada desde a 2a GuerraMundial. Esse fato o estimulou a dirigiro foco fotográfico para pequenas e sim-

11 O termo pichação se

justifica ainda mais por

estar sendo aplicado

em construções

abandonadas que, muitas

vezes, são também alvo

de pichadores. Mas

optei por esse apelido,

dado à técnica light

painting, em virtude do

resultado visual que é

bem parecido com o que

conhecemos em grafite ",

ressalta o fotógrafo.

FOTÓGRAPHOS • 28

Page 29: Fotographos nº 12

6Z•SOHd\1l:l8910~

Page 30: Fotographos nº 12

RENAN CEPEDA

pies casas rurais desabiradas nos Esradosde Pernambuco, da Bahia, de Goiás,

de São Paulo, do Rio de Janeiro, enrre

ourros. "Reromei esre projero motivado

pela figura da casa, como algo que reme­

re a um sonho - da propriedade, da segu­

rança, do conforro -, e por compreender

que uma casa abandonada, em qualquer

circunsrância, é algo que deve ser investi­

gado e denunciado", jusrifica.

Sua proposra, porranro, é permirir

um diálogo enrre as imagens surreaisresulranres da récnica e os referenciais

afetivos do assunro. Enquanro ponrua

aspecros singelos de casas, moinhos, cur­

rais e ourras consrruções sempre marca­

das por suas hisrórias, quase sempre pro­

saicas, ele revela um pouco da melancolia

Impressa nas cenas.

Já a opção pelo lighr painring ocor­

reu em vinude do resulrado que buscava,

baseado na experiência de rrabalho com

a récnica que conhece desde 1991, quan­

do realizou sua primeira forograha com

esse recurso ao iniciar as pesquisas de

iluminação para grandes assunros. "Esra

récnica é geralmenre urilizada para foro­

grafar pequenos objeros, muiro aplicada

em forografia comercial, mas mesmo

assim oprei por desenvolver um projero

em que ela seria urilizada para forografar

casarões abandonados no cenrro anrigoda cidade", relembra.

Em plena esrrada pelo Brasil, as foro­

grafias de Pichaçhão de Luz esrão cum­

prindo inrenso calendário de exposições.Já estiveram em Pernambuco, BrasÍlia e

Salvador e esrão sendo programadas para

chegar a São Paulo, ao Rio de Janeiro, aCuririba e a Belo Horizonre.

Por onde andam, obrêm sucesso. "O

público é bem curioso em relação ao

processo que urilizo. Pergunram como

as imagens foram feiras, que me leva a

orienrar os monirores dos espaços culru­

rais quanro a isso, principalmenre por­

que o senso comum, resulrado daquela

imagérica da sociedade de consumo de

imagens exrremamenre seduroras e di­

giralmenre hipermanipuladas, acha que

as forografias são resulrado de proces­

samenro em Phoroshop. Quando ficam

sabendo como foram feiras, passam a

admirar ainda mais o rrabalho, o que me

faz senrir muiro recompensado", confes­

sa o forógrafo.

Esse rrabalho, que não rem prazo

para acabar, vem conquisrando não ape­

nas o público, como a crítica. Prêmios

e disrinções como o Inrernarional AgfaPhoro Award, na Alemanha (2004); a

Bolsa-Prêmio da Fundação do Parrimô­nio Hisrórico e ArrÍsrico de Pernambuco

(2005) e o Prêmio-Aquisição do Salãode Sanro André, em São Paulo (2005),

consram no currículo, além de parricipa­ções em diversos salões.

OLHAR FOTOGRÁFICOCOM ASSINATURA

Apaixonado pelo aro forográfico e

suas variáveis consrrurivas, Cepeda é

mesrre em crtar Imagens que remeram a

um mundo norurno próprio, conformedescreveu Markus Hohn-Mladen, do In­

rernarional Agfa Phoro Award, uma das

premiações conquisradas pelo forógrafo.

"A conrraposição do objero 'narural' oca­sionalmenre exisrenre e da cena anificial­

menre criada com luz nos faz perceber a

volúpia criadora do auror, que resisre à

renração de manipular em excesso, per­

manecendo fiel à composição gráfica e

susrenrando, desra forma, a posrura soli­

rária de sua concepção incomum", aresraHohn-Mladen.

Segundo Cepeda, uma das principais

morivações para investir em uma forogra­

fia como essa, que nasce de experimenros,

é o desejo de rer um rrabalho com iden­

tidade e assinarura próprias. "Sempre de­

sejei fazer uma forograha que, ao ser con­

remplada, fosse reconhecida por quem

a observa, assim como uma pineura. Sei

que isso é muiro difícil em forograha e

demanda rempo, consisrência e fé naqui­

lo que se faz. Espero esrar no caminho

cerro para aringir esre objerivo", diz.

De acordo com Cepeda, o mercado

de ane da forografia no Brasil esrá au­

meneando, mas o aprendizado é paneconsranre do caminho. "Ter mercado

para isso é sempre bom, mas as pessoasrêm de levar esse rrabalho mais a sério.

Há muiros amadores, arrisras e galerisras

querendo vender rrabalhos forográficos

Cepeda é mestre em criar imagens que remetam a um mundo noturno próprio (00')

FDTÓGRAPHDS • 30

Page 31: Fotographos nº 12

a preços elevadíssimos, sem se imporra­

rem, por exemplo, com a qualidade dos

mareriais empregados. Costumo dizer

que a fotografia nunca esteve tão valori­

zada, enquanto ocorre o contrário com o

fotógrafo. A fotografia virou suporre para

arristas que não são fotógrafos se expres­sarem. E, como está cada vez mais fácil

fotografar, o mercado está abarrotado de

imagens. Mas isso tem hora para acabar,

as pessoas que apreciam arre vão separar

o que é bom do que é 'mais ou menos' e

acredito que o olhar fotográfico vá preva-

lecer, independentemente de ser de um

fotógrafo profissional ou não", conclui.

DAS QUADRAS PARA A REDAÇÃOCom 20 anos de carreira, Cepeda

iniciou o treino de seu olhar fotogra­

fando campeonatos cariocas de voleibol

de categorias de base e vendendo, nos

próprios treinos, as ampliações em P&B

que fazia varando madrugadas em casa.

Esses foram os primeiros desafios profis­

sionais após a descoberra da fotografia,

que ocorreu aos 11 anos de idade.

FOTÓGRAPHOS • 31

Page 32: Fotographos nº 12

RENAN CEPEOA

Estimulado pelo pai, um fotoclubistaavançado, ele ctesceu tendo a companhiade algumas Pentax e muitas histórias. Emuma destas, ele se relembra do pai interdi­tando o banheiro de casa para ampliar fo­tografias de nus em P&B, em um pequenoampliador. Em outra, ele recebe, tambémdas mãos do pai, o presente que desenha­ria sua trajetória profissional: uma câmeraOlympus Trip 35, "que era uma coquelu­che nos anos 70", afirma. Com ela, Cepe­da fez os primeiros filmes em P&B, cujoscontatos são guardados até hoje.

Dez anos após ganhar a OlympusTrip e vivendo o dilema do rumo profis­sional que tomaria - ele já era formadoem mecânica industrial e tinha vivencia­

do diferentes experiências como jogadorde vôlei, músico amador, com passagempelo mercado de capitais, além -de cursara faculdade de comunicação -, ele optoupor acrescentar mais um curso ao currícu­lo. "Quando cheguei em casa e anuncieipara o meu pai que queria ser fotógrafo,ele disse três coisas: que não ia me em­prestar suas Pentax; que, se eu quisesseestudar fotografia, tratasse de ganhar paraisso, e que eu estava escolhendo uma pro-

fissão que logo entraria em extinção. In­trigado, perguntei por que a profissão nãoteria futuro, e ele respondeu: por causado computador." O primeiro problemaCepeda resolveu comprando uma câmerasem fotômetro de um amigo. O segundo,fotografando voleibol. "O terceiro é o quevenho enfrentando neste momento", diz,

referindo-se ao uso da tecnologia digital.Sua escolha por câmeras de médio e

grande formato e pelos filmes se dá, prio­ritariamente, pelo fato de a captação digi­tal ainda não ter evoluído tecnicamente

de forma que possa substituir por com­pleto os grandes filmes, diferentemente daavaliação que faz do 35 mm. "Esse já foicompletamente ultrapassado, a não ser osinfravermelhos, que são ainda necessáriospara meu trabalho, pois a foto digital nãoé capaz de produzir os mesmos efeitos.Mas tenho a minha Nikon digital, queuso para trabalhos encomendados."

O início da carreira profissional to­mou forma mesmo dentro do fotojor­nalismo. Ao retomar para casa no diaem que adquiriu o direito de ficar coma Pentax do pai que seria leiloada, elepresenciou uma confusão que envolvia

FOTÓGRAPHOS • 32

moradores e fiscais do Detran. Acom­

panhando a cena, ele sacou a câmera epassou a fotografar o embate. "Fui regis­trando mais com o olhar de um morador

indignado do que com o de um repórter.Tanto que corri e telefonei para a redaçãodo Jornal do Brasil', relembra. Quando aequipe do JB chegou, já havia terminadoa batalha. Cepeda ofereceu o rolo de fil­me para o fotógrafo Carlos Hungria, quesugeriu que ele também fosse para a re­dação. "Chegando lá, pude sentar e con­versar com alguns dos fotógrafos que sóconhecia de crédito, que acompanhavadesde a infância, como Evandro Teixeira,Ari Gomes, Ronaldo Theobald, Geraldo

Viola, Carlos Mesquita, entre outros.De repente, o então editor de fotografia,Orlando Britto, entrou no departamen­to e gritou: sua foto vai para a primeirapágina! Foi como se eu tivesse ganhadoo maior prêmio de fotografia do mun­do! Além disso, eles me ofereceram um

estágio, que aproveitei ao máximo, e fuiefetivado meses depois", relembra.

A experiência como fotojornalistano JB foi sua grande escola de fotogra­fia. "O jornal era repleto de talentos, fizduplas de reportagem com João Salda­nha, Artur Dapieve, Artur Xexéo, Ta­rik de Souza, Zuenir Ventura, Ricardo

Kotscho, entre outros. Tranquei a fa­culdade de jornalismo, pois o JB foi auniversidade e o serviço militar que nãohavia cumprido."

A saída do fotojornalismo, apóstambém ter colaborado com outras pu­blicações de circulação nacional, ocor­reu aos poucos, conforme ele ampliavaa atuação no mercado de fine an. "Meuscolegas jornalistas passaram a achar queeu havia virado uma grife, um fotógra­fo caro - o que não é verdade - e deixa­ram de me chamar. Mas gosto muito defotografia editorial em geral. Gostariade continuar no fotojornalismo, porémnão naquele diário, que é muito desgas­tante, e sim no de projetos realizados amédio e longo prazos", afirma.

Hoje, além de sua atuação ar­tÍstica, que pode ser conferida emtrabalhos como o projeto As TrêsChapadas e a série Invisíveis, entreoutros que podem ser vistos no sitewww.renancepeda.com. resultado depesquisas realizadas com filmes in-

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Cepeda trabalha com filmes Fuji NPL, que corrigem o amarelo das lâmpadas, e faz as

ampliações das imagens de pichação manualmente, em ampliador de negativos.

fravermelhos, o artista realiza projetosem vídeo-arte, ainda inéditos, nascidos

pelo gosto por documentários e pelainfluência da formação em fotojorna­lismo. Seu trabalho também recebe a

atenção do mercado de publicidade:"Quando a procura é pela fotografiadiferente que realizo", comenta.

É com essa fotografia diferenciadaque ele vem reforçando seu nome no

circuito artístico, resultado do empenhoque tanto prega àqueles que têm essamesma aspiração. "Recomendo paciênciapara quem quer se aventurar. Desenvolvaum trabalho ou um conjunto de fotogra­fias que tenham uma linha estética ou deidéias contínua, que formem um con­junto. Com isso em mãos, participe desalões de arte contemporânea, concursos,editais. Esses eventos costumam abrir es-

FOTÓGRAPHOS • 33

paço para novos artistas e dão bastantevisibilidade. Até quando não é seleciona­do, muitas vezes um trabalho pode cha­mar a atenção de algum jurado que, namaioria das vezes, é curado r ou crítico de

arte", ensina, com a habilidade de quemencontrou o próprio espaço e enxergouna fotografia a parceria perfeita para ascriações de imagens de um mundo à par­te, só revelado pelo seu talento. •

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O esta vez não é só mais uma balelalendária ecoando pelos sete mares.Capitão Rousseaux, colaborador

da revista Fotógraphos desde a nona edi­ção, realmente chegou ao tesouro. Ondeestá a prova? Bom, para compensar a faltade credibilidade da palavra de um pirata,ele abriu o baú e resolveu fazer fotografiapublicitária de produtos com um relógioque enche de brilho os olhos e os dentesde ouro de qualquer lobo do mar.

Até mesmo para os piratas mais ousa­dos, stilllife de jóias e relógios possui umacomplexidade específica. O caminho daspedras preciosas é longo, cheio de testes esem nenhum mapa confiável. Ver como aluz de outra imagem foi montada ajuda,aumenta a bagagem fotográfica, mas,aquele esquema serve para poucos casos.Usando o relógio da abertura desta maté­ria como exemplo, se o fotógrafo mexesseum pouco mais para a esquerda, teria dereposicionar alguma das tochas ou colo­car mais rebatedores ao redor.

Cada peça tem os seus segredos. Oessencial, em qualquer plano de viagem,é entender profundamente o objeto aser fotografado. A ordem do capitão éobservar. Segundo ele, a peça acaba lhecontando o que ela precisa. ''Aqui temuma superfície lisa, se vier uma luz dofundo, vai brilhar suave. Já ali, apareceum metal fosco que suporta uma luz maisdura", declara Rousseaux.

Duas horas olhando para uma peçanão é tempo perdido. Para ele, é isso, po­rém, ao contrário. Caso não estude aten­

tamente as características de cada peça,o profissional pode perder dias tentandoiluminar e, ainda assim, não encontrar

uma imagem que funcione.Gosto é um capítulo à parte. Há

pessoas que se maravilham com reflexosfortes, outras odeiam. Nem sempre aspessoas possuem as mesmas inclinações.O que motiva o fotógrafo, pode não sero que emociona o cliente. Na foto destamatéria deu certo. Após apresentá-Ia aoartista e relojoeiro Matteo Fummagalli(www.matteojumagalli.com.br). surgiu opedido de algumas alterações, mas nadaque não pudesse ser refeito e repensado.Até porque não dá para fazer corpo molediante de um produto de prata, comdesign personalizado e todo montadoartesanalmente.

Page 35: Fotographos nº 12

STILL LIFE Making Df

Facetas da foto

Ent~ndendo o que cada peça precisa,

a montagem da iluminação torna-se fácil.

Nesse caso, o objeto pediu uma luz decima, outra lateral do lado diteito, onde

aparece a maior parte da pulseira, e uma

terceira para explodir em uma parede

branca e voltar difusa até a peça.Para iluminar a cena, Rousseaux usou

uma tocha no fundo e outras duas com

hazys circulares. O primeiro ficou em

cima do relógio, compondo um ângulo de

90° com a peça e a câmera. Já a luz lateral,

mirou o relógio há 45° para estibordo.

Para o apoio, o fotógrafo pode usar

uma gama de superfícies. Só para citar

algumas, Rousseaux fala em acrílico

branco, aço escovado ou fosco. Para ele,

qualquer coisa que reflita dá conta do

recado. Nesse caso, ele colocou o relógio

sobre uma fórmica preta.

Em um dos testes, o capitão utilizou

um filtro polarizador na frente de sua

objetiva e fez duas imagens. O filtro ageem todas as luzes secundárias, mas não

influi nas luzes que tocam o metal. Na

ótica de Rousseaux, o relógio muda um

pouco, pois o polarizador diminui o bri­lho do vidro e da fórmica. No entanto,

as variações são sutis. A grande diferença

mesmo fica na tonalidade da placa e na

nitidez do reflexo do relógio.

Com a luz projetada, o fotógrafo tem

que se concentrar nas pequenas áreas de

luz e sombra na face de cada objeto. Essecontrole é feito com rebatedores. Como

jóias e relógios são objetos pequenos, esses

Paquera de tabernaPara fazer boas fotos, é preciso se

apaixonar pelo que está fotografando.

Essa é uma doutrina que transcende a

técnica. Além da paixão e da obsessão

por fotografia, os melhores ensaios saem

dos locais onde o fotógrafo sonhava estar.

Das modelos que ele sempre admirou e

imaginou como enquadrar, ou mesmo das

peças que era louco para ter. Obviamente,conhecer a câmera e todas as demais fer­

ramentas para chegar àquela foto ajuda.

Mas, antes de qualquer outra coisa, não se

pode esquecer de sentir. Olhar para algo e,

por mais que aquilo pareça absurdamente

horroroso, encontrar um ponto interes­

sante a ser explorado e fotografado.

rebatedores podem ser construídos artesa­

nalmente com papéis brancos, prateados,

dourados e pretos. Nessa aventura, o capitão

utilizou quatro. Um prateado, mais distante

e de frente para a peça; dois brancos, à es­

querda e dentro da pulseira, e um pequeno

pedaço de papel preto do lado direito.

Para Rousseaux, é importante ex­

perimentar todos. Os brancos, cinza e

dourados servem para levantar a luz, mas

proporcionam resultados diferentes. Já o

preto age como cortador de luz. Ele ajuda

a marcar as texturas e jogar sombra sobreos reflexos.

Quanto mais facetas ou detalhes

tiver uma jóia, maior será o trabalho eo número de rebatedores. O recorde de

Rousseaux é de 10 rebatedores em um

anel de esmeralda.

Contudo, antes de usar as dicas

deste Making Of para fotografar alguns

tesouros, é importante tomar certos cui­

dados para não ter trabalho demais notratamento via software. Aconselha-se

a manipular as peças sempre com luvas

flanelas anti-estáticas. Quanto à poeira e

às penugens que grudam nesses objetos,

resolve-se com pinças e bombinhas de ar

utilizadas na limpeza de lentes.

Em todo caso, iluminar jóias é sempre

uma negociação. Ganha-se e perde-se na

escolha de cada luz. Segundo Rousseaux,

o fotógrafo precisa saber escolher e traba­

lhar em cima daquilo. No caso específico

de jóias, o segredo é ficar atento à lapida­

ção. Mostrar qual é o corte da pedra e os

detalhes mais preciosos da jóia .•

Na ótica de Rousseaux, é como flertar

com uma dama das tabernas dos portos. Se

o pirata fizer pose e já chegar com tudo, pro­

vavelmente voltará ao ponto de início com

um expressivo "não" na memória. Agora,

se ele esperar o instante certo. Se observar

os detalhes, tentar descobrir alguma coisa e

jogar com isso, todo o rum do mundo será

pouco para abastecer a conversa.

No Making Of desta edição, não foi

diferente. O relógio foi cuidadosamente

atrasado para as 10 horas e 10 minutos. Após

abrir a imagem no computador, Rousseaux

reparou que tinha esquecido o pino de ajuste

do horário levantado. Ele voltou, pressionou

a peça e refez as duas imagens novamente.

FOTÓGRAPHOS • 35

da coluna, aparece a variação que

Rousseaux fez nos tons da jórmica apenas

girando o anel do filtro polarizador.

Abaixo, destaque para os três rebatedores

brancos (à esquerda, à frente e dentro da

pulseira) e opreto (à direita) com o seuefeito atípico nas nuanças do metal.

Diego Rousseauxé argentino e trabalha

como fotógrafo hd

mais de 20 anos.

Atualmente, fotograft

para o mercado

publicitdrio brasileiroe ministra aulas sobre

luzes de estúdio na

Escola Riguardare

de Fotografia. Para conhecer mais sobre o

trabalho dele ou ficar por dentro dos cursos

oferecidos pelo profissional, basta visitar os

sites www.diegofoto.com. br, www.riguardare.

com. br ou, então, através do e-mail

[email protected].

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Page 36: Fotographos nº 12

MUNDO FOTOGRÁFICO

I'

NOTICIASDO MUNDO FOTOGRÁFICO

por Sandra Mastrogiacomo

Cursos

Seminário Photoshop CS3

o seminário Phoroshop CS3 - TratamenroAvançado de Imagens é voltado para profissionaisda área de forografia e amanres da arte de forogra­

fur,que querem conhecer os recursos de tratamenroe manipulação de imagens desse software.

Apresenrado por Altair Hoppe, o seminário

possui 8 horas de duração e aconrece nos dias 12e 13 de junho (Goiânia), 15 e 16 de junho (Bra­

sília) e nos dias 12 e 13 de julho (Florianópolis).Em Brasília, ainda haverá um workshop sobreforografia de moda, book retraro com o fotógrafoitaliano Danilo Russo.

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Mundo digital

Panasonic DMC-TZ3

------

e••

A nova Lumix DMC-TZ3 oferece

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(associaçãoindependen­te de editores

de imagem,representada por 12 países europeus).

A TZ3 tem 7.2 megapixels, zoomdigital de 4x, tela LCD de 3 polegadas,estabilizado r de imagens e lente Leica DCVario-Elmar (grande-angular de 28 mm).Preço médio: R$ 1.999

Mundo digital

HP Brasil lançacâmeras digitais

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O destaque dos lançamentos fica paraa R837, com resolução de 7.2 megapixels,zoom áptico de 3x e LCD de 3 polegadas.Preço médio: R$ 1.299.

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forografia de culinária e evenros sociais.• Wormaçóes: www.fullframe.com.br ou pelo tele­fone da escola (lI) 3097-9448.

Workshop Oescondicionamento do Olhar

Aconrece, nos dias 2 e 3 de junho, mais umworkshop Descondicionamenro do Olhar, minis­

trado por Claudio Feijó.São exercícios para estimular olhares e criar

novas percepções sem se deixar influenciar por

modelos já existenres. É O desenvolvimenro dacriatividade visual.

• Informações na Foroforma: (lI) 5575- 2917 ou

infô@jótofôrma.com.br.

Cursos em São Paulo

Saída fotográfica em São Paulo

A Escola de Forografia Focus vai promoveruma saída forográfica pelo Cenrro de São Paulo:Praça da República, Teatro Municipal, Praça

Ramos de Azevedo, Viaduro do Chá, ShoppingLight e as galerias da Avenida São João e das RuasBarão de Itapetininga e 24 de Maio, enrre outrosponros históricos.

A saída aconrece no dia 3 de junho e pode

participar qualquer inreressado munido de umacâmera forográfica. São 40 vagas e a taxa de ins­crição é de R$ 10.• Informações: (lI) 3107-2219 ou pelo site www.escolafocus.net.

FOTÓGRAPHOS • 36

Page 37: Fotographos nº 12

MUNDO FOTOGRÁFICO

Mundo digital Concursos

Canon amplia linhas de câmeras digitais Concurso de fotografia em Roraima

Até o dia 31 de maio, é possível se

inscrever para o Prêmio 9 de julho de

Fotografia, promovido pela prefeituta de

Boa Vista em celebração aos 117 anos de

existência do município.

O concurso está dividido nas categotias

Fotógrafo Profissional e Amador. Os 1° e

2° colocados na categotia Profissional re­

cebetão R$ 1.900, respectivamente. Já na

categotia Amadot, a ptemiação setá de R$

900 para o 1° lugar e R$ 600 pata o 2°.

O tema deve abranger as riquezas na­

turais, a cultura indígena, as manifestações

culturais, o folclote, a atquitetura. O ptazo

para entrega dos trabalhos é 13 de junho.

• Infotmações: www.boavista.rr.gov.br.

Fotografe o Centro de São Paulo

O concurso vai premiar as fotografias

que melhor retratem a arquitetura, os via­dutos e os monumentos da cidade de São

Paulo, além de uma categoria social que

abordará situações de pessoas em estado deinclusão ou exclusão social.

O 1° lugar receberáuma câmera digital, um

vale-compra de R$ 500, um celular e outros

prêmios. Inscrições até 31 de maio.

• Informações: www,fotografeocentrosp.

bLogger.com. br.

PowerShot TX1Este modelo ofe­

rece resolução de 7.1

megapixels, zoom óp­

tico de 10x (equivalentea 39-390 mm). A TX1

permite a gravação devídeos com som estéreo

e alta qualidade de definição (640 x 480

pixels). Preço médio: R$ 2.399.

PowerShot Série ELPHA linha ELPH vem com dois novos

modelos: PowerShot SD750 e PowerShot

SDlOOO. Ambas possuem 7.1 megapixels

de resolução e ISO 1.600.A SD750 tem um visor LCD de 3

polegadas e pesa 142 g. Preço médio: R$1.699. Já a SD1000 vem com LCD de

2,5 polegadas, visor óptico e pesa 114 g.

Preço médio: R$ 1.499.

35-140 mm), visor LCD de 2,5 polega­

das e estabilizado r de imagens.

O modelo A570 IS permite a adição de

lentes conversoras - tele, wide ou close-up

- através de um adaptador. Preços médios:R$ 1.199 (A570 IS) e R$ 999 (A560).

g~t~t

I') J~J~

São sete novas câmeras na linha Po­

werShor: A460, A550, A570 IS, A560,

SD750, SD1000 eTX1.

PowerShot Série A

A PowerShot A460 tem 5 megapixels

de resolução, zoom óptico de 4x e LCD de

2 polegadas. Preço médio: R$ 699.

Já o modelo A5 50 vem com 7.1 mega­

pixels, zoom óptico de 4x e visor LCD de

2 polegadas. Preço médio: R$ 899.

Ainda na série A, as digitais Power­

Shot A570 IS e a A560 têm 7.1 mega­

pixels, zoom óptico de 4x (equivalente a

Livro

Livro traz fotos do cotidiano do VaticanoO livro Bento

XVI - O Alvorecerde um Novo Pa­

pado é o resulta­do do trabalho de

Gianni Giansanti,

fotógrafo italiano

que acompanha ocotidiano do Vaticano há 20 anos.

As 130 fotografias mostram o papa

Bento XVI durante várias situações públicas

e confidenciais. O texto é do jornalista Jeff

Israely, da revista Time.O livro foi impresso em papel couché e

capa dura. A edição é da Escrituras Editora

e possui 176 páginas. Preço: R$ 98.

Prêmio Sesc Marc Ferrez 2007

O prêmio é uma iniciativa do Sesc- DF e

este ano o tema é livre. Podem participar fo­

tógrafos amadores e profissionais, residentes

no Brasil. Inscrições até 31 de maio.

• Informações: www.sescdfcom.br/amrlRegu­

LamentoFotografiaMarcFerrez.pdf

Click Saudável

A Rede Oba de Hortifruti comemora o

aniversário de 28 anos com um concurso de

fotografia para estimular a criatividade de

clientes e freqüentadores das lojas espalhadas

por todo o país. O prêmio para os 19 mais

bem colocados é de 1 ano de compras grátisno valor R$ 120 mensais. Os outros classifi­

cados, do 20° ao 28° lugar, serão premiados

com câmeras digitais. As inscrições ocorrematé o dia 31 de maio.

• Informações: www.grupooba.com.br.

FOTÓGRAPHOS • 37

Page 38: Fotographos nº 12

MUNDO FOTOGRÁFICO

Novas câmeras digitais SonyA máquina mais antiga do mundo

A Galeria Wesdich, localizada na Áustria, vaileiloar, no dia 26 de maio, em Viena, a câmera

fotográfica mais anriga do mundo.A galeria assegura rrarar-se da mais antiga máqui­

na fotográfica fabricada comercialmenre no mundoe rem o aval de especialistas: o ano de fabricação é1839, pela empresa parisiense Susse Freres. O preçobase de licitação é de 100 mil euros.

Sigma ganha representante no Brasil

A linha de lenres Sigma passará a ser distribuídapela BMA, empresa que já represenra marcas comoPenrax, Tron e Sunrise no mercado brasileiro.

Leica Gallery expõe Marcia Pilot

A Leica Gallery traz para São Paulo a exposiçãoNude Wotks, do fotógrafo Marcio Pilor. A mostraapresenra 28 imagens no tamanho 40 x 50 cm eaconrece de 20 de junho até 29 de julho de terça asexta, das 10 às 18h. Aos sábados, das 12 às 16h.

A galeria fica na Rua da Marta, 70, Itaim Bibi- São Paulo/SI'

• Informações: (J I) 3079-0300.

A 50ny lançou quatro cómpactas digi­tais, com alta tesolução, no metcado.

Os modelos Cyber5hot DSC-W35 eDSC-S650 têm 7.2 megapixels,wom ópúcode 3x, wom digital de 6x, LCD de 2 pole­gadas e sensibilidadeaté ISO 1.000. A W35vem com lentesCarl Zeiss

Vario-Tessar.Preçomédio:R$ 999 (DSC-W35) e R$799 (5650).

A W55 tem zoom

óptico de 3x, tela LCDde 2,5 polegadas, 7.2

Mundo digital

megapixelse lentesCarl Zeiss.

Preço mé­dio: R$ 1.199.

A última é a DSC-N2, com 10.1 mega­pixels de resolução, zoomóptico de 3x e visor LCDde 3 polegadas. Permiteajuste máximo de ISO1.600 com lentes Carl

Zeiss Vario-Tessar. Preçomédio: R$ 2.099.

Mundo digital

Impressoras fotográficas

Digital ultracompactaA nova Kodak Easyshare V803 tem

8 megapixels, zoom óptico de 3x e visorLCD de 2,5 polegadas, além de estabiliza­dor de imagens. Preço médio: R$ 1.199.

A IP 1700, com sistema de impressãoa jato de tinta, oferece resolução de 4.800

x 1.200 DPI e velocidade de 22

ppm em P&B e 17 ppm emcores.A IP 1700 realizaimpres­sões em tamanhos variados e

em diversos tipos de papéis,inclusive papel fotográficobrilhante ou semibrilhante.

Possui interface USB e pesa3 kg. Preço médio: R$ 179.

Mirage Fusion BVDe olho no

consumidor de

baixa renda, a

Mirage investeem câmeras di­

gitais amadoras e de baixo custo. Um dosmodelos lançados, a Mirage Fusion BVtraz resolução de 5 megapixels, zoom digi­tal de 8x e visor LCD de 2 polegadas.

O modelo grava vídeo com áudio (680x 480 pixels), funciona como gravador devoz e webcam. Preço médio: R$ 399.

A Canon trouxe, para o mercado bra­sileiro, dois novos modelos: a impressotafotográfica Selphy CP 720 e a jato detinta Pixma IP 1700.

A impressora fotográfica 5elphyCP720 realiza impressões emmenos de 1minuto, no tama­nho 10x 15 cm, tem visor

LCD de 1,5 polegada epesa menos de 1kg. Preçomédio: R$ 399.

---A exposição fotográfica Sonho Lúcido, do fotó­grafo RafaelJohann, aconrece até o dia 8 de junho naGaleria de Arte Dmae, em Porto Alegre (RS).

O equipamento fotográfico utilizado foi conce­bido e construído pelo próprio Rafael, e as imagenscaptadas são de paisagens encontradas em algunsponros de POrtOAlegre.• Informações: www.dmae.rs.gov.brou (5 J) 3289­9722.

Pinhole no RS

Exposição World Press Photo

A exposição World Press Photo aconrece atéjunho no Sesc Pompéia, em São Paulo, e rtaz ima­

gens premiadas do fotojornalismo conremporâneono World Press Photo, um dos concursos mais

prestigiados da categoria.A exposição pode ser visitada de terça a sábado,

das 9h30 às 20h30, aos domingos, das 9h30 às19h30. Enrrada gratuita.• Informações: (J J) 3871-7700.

Mi Buenos Aires

A capital argentina é exposta pelo fotógrafoPablo Dario Contreras em Curitiba, a partir do dia20 de junho no restauranre Picanha Brava. Dali, elasegue para outros Estados e cidades.• Informações: [email protected].

Helga Stein em Natal

o Projero Portfólio é voltado para ã pro­dução de jovens fotógrafos e patrocinado peloltaú Cultural.

Até o dia 10 de julho, é possível visitar a expo­sição da fotógrafa Helga Stein no Cenrro CulturalCasa da Ribeira. As 90 fotografias da mostra fazemparte da série inrirulada Andros Hertz, na qual Steinironiza a sedução da imagem no mundo.• Informações: www.casadaribeira.com.br ou (84)3211-7710.

FOTÓGRAPHOS • 38

Page 39: Fotographos nº 12

MUNDO FOTOGRÁFICO

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~~~

Mercado

o livro E~tre1aNova traz 84 fotos do

fotógrafo Ricardo Hantzschel e conta a his­tória do Movimento Comunitário Estrela

Nova, que atende 4 mil pessoas da rona sul

de São Paulo. As imagens mostram o dia-a­

dia dos moradores da região e a importância

do movimento no cotidiano dessas pessoas.A renda obtida com a venda do livro será

revertida para a Estrela Nova.

O livro traz textos de Paula Dip e Inês

Castilho, tem 112 páginas e é editado pela

Editora Terceiro Nome. Preço: R$ 32.

antivibração e modo macro de 15 cm.

Preço médio: R$ 1.590.

Agfa renasce?A Fotoimpex declarou que tem planos

de reintroduzi r alguns ptodutos da Agfa nomercado. Entre eles, estão os filmes APX

(ISO 100,400 e 25) e os papéis MCC/

MCp' que ganharão outros nomes.

A empresa alemã detém o know-how

da Agfa e trabalha com antigos engenhei­

ros da marca para concretizar o projeto

previsto para o início de 2008. Infeliz­

mente, a intenção é produzir em pequenas

escalas para controlar os gastos e se manter

sob possíveis vendas reduzidas.

Foto neoconcreta

Mundo digital

livro

Movimento comunitário em livrode fotografia

O fotógrafo e artista visual Silvio

Zamboni lançou, no dia 10 de maio, seu

último livro de fotografia. O trabalho

chama-se Fotografia Neoconcreta e veio

acompanhado de uma exposição de fotos,

que permanece na Galeria Referência, em

Brasília, até 3 de junho.

Pentax Optio S7A Optio 57 tem resolução de 7 mega­

pixels, room digital de 4x, room óptico de

3x e visor LCD de 2,5 polegadas.

O modelo grava vídeo com áudio e

possui menu totalmente em português.

A ultracompacta permite, ainda, tra­

tamento de imagem e edição de filmagem

na própria câmera. Possui tecnologia

FOTÓGRAPHOS • 39

Page 40: Fotographos nº 12

~ Rilloo 0401 .•10 Megapixels

-

~ Rilloo 080 .•10.2 Megapixels

~ leica M8 .•10.3 Megapixels

Page 41: Fotographos nº 12

10.2 Megapixel03 anos de garantia

&~y

~ Caooo 10S 300 .•8.2 Megapixels

~ SOMYCvber-shot W55" ~ Fuiifilm FioePix A100 .•7.2 Megapixels 7.3 Megapixels

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Page 42: Fotographos nº 12

que você tenha um álbum digital

~-'""­

CE0t _ J

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.-!1./J)"

@!-

õ;)m~l; ~

~~c;;;Q~/,/ ,Ol_

.•. As três imagens acima mostram

alterações nas setas dos "levels': ou "níveis':

como é chamado na versão em português

do software. Na primeira, de cima para

baixo, a seta referente aos tons claros foi

arrastada para a esquerda. No meio, o

ajuste foi feito apenas com o marcado r

cinza (tons médios). E, por último, a seta

preta, dos tons escuros, foi puxada para a

direita. Repare nos resultados.

Níveis (Ievels)A opção

"levels" ou "ní-

veis" é um pou­co mais com­

plexa, mas seusresultados são

bem melhores.

Ela ajusta separada­mente os tons cla-

ros, médios e escu­

ros da sua imagem

digital. Para usá-Ia,

vá ao menu "image"

ou "imagem") "ad­

jusrmenrs" ou "ajus­

tes" e depois "levels"ou "níveis".

No centro do

box de ajuste exis­

tem três pequenos

triângulos (fig.l). O

triângulo preto re­

gula os tons escu­

ros; o cinza, os tons

médios, e o branco,

os tons claros. Caso

você queira clare­

ar a sua Imagem,

mova o triângulo

branco para a es­

querda. Observe que o triângulo cmza

acompartha esse movimento, para que

seja mantido um certo equilíbrio entre ostrês tons. Isso também acontece caso você

queira ajustar os tons escuros. Você pode

salvar o ajuste feito, bem como usar esse

ajuste em outras imagens. Basta utilizar osbotões situados à direita: "save" ou "sal­

var" e "load" ou "carregar". Isso pode ser

feito em quase todas as opções de ajustes

de cores que o Photoshop apresenta.

maneiras de ajustar as cores

Photoshop oferece diversas

Brilho/contrasteA opção "brighrness/contrast" ou

"brilho/contraste" é uma das opções

mais básicas para ajustar as cores de uma

imagem digital. É uma ferramerua mui­

to limitada, assim como seus resultados.

Ela simplesmente aumenta ou diminui o

brilho e o contraste da imagem.

Para usar essa opção, vá ao menu

"image" ou "imagem", "adjustments" ou

"ajustes" e, então, "brightness/contrast"ou"brilho/contraste" .

CMYK OU RGB?o modo CMYK é usado exclusiva­

mente em imagens que serão impressas em

gráficas que ainda ucilizam os fotolitos em

seu sistema de impressão, e isso ocorre na

maioria das publicações de mídia impressa

Uornais, revistas, panfletos).O modo RGB era conhecido como

o modo de imagem-padrão, usado exclu­

sivamente para a visualização em mídias

eletrônicas (TVs, cinemas, computado­

res). Com o advento das impressões digi­

tais, ou seja, aquelas que não necessitam

de fotolito, o modo RGB passou a ser

usado também para impressões.

de suas imagens. Mostraremos,

com maior qualidade.

nesta edição, algumas opções para

o

FOTÓGRAPHOS • 42

Page 43: Fotographos nº 12

CORES

S4!IUliwCotorOptlons

Mtthod: O Rtlatlu. S Absoll,lll

Method: e Rtlatl"'l C Absolute

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~C§D

-""--~C§:)~

" ePrI\'ltW

" ~P'rtvõtw

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S~tKtM Calor Opllons

8laek:

Yettow:

Maglnt.: 2cfIx

8!l.Ck:

Coton. OVtllows TIl

(Yiln:

mn·oM.lIgent.t:

+20 "

Y.llow:

Colan: OVlllows mCvan 1-20 "

Cor seletivaN~sta opção, você pode acrescentar

ou tirar as cores cyan, magenta, amarelae preta de diversas outras cores separada­

mente. Para usar essa opção, vá ao menu

"image" ou "imagem", "adjustments" ou

"ajustes" e, em seguida, "selective colots"ou "cor seletiva".

Como exemplo, se você quiser que

a cor amatela de sua imagem fique mais

"alaranjada", selecione a cor amarela na

opção "colors" ou "cores", adicione mais

magenta e tire um pouco de cyan (fig.

2). Observe que somente os elementosde cor amarela ou com tons amarela­

dos é que são afetados. Se você mudar a

opção de "absolute" ou "absoluto" pata"reiative" ou "relativo", o efeito tende a

ficar mais brando (fig. 3). •

Maurício Oyama trabalha com retoque de imagens

digitais e atua no mercado publicitdrio hd 13anos.

E-mail: [email protected].

Actions: aplicando o mesmo ajuste em diversas imagens.

~

~I:..J 11>J I Ci

."'.

.-,,,,--- "•. Aulonl

o "

outras imagens, basta acionar a teclaescolhida. Mãos à obra!

"""n,'"'"'"n.m

nF2

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NlIme,rAcllonl I e:~rd:»tl m~

Funetla" Kly:J ~ Non.

Ac.tlonOpllons ...Play~(kOpllons ...

CI •• r AU Actlons

RtStlAcuons

LoadAcllons ...

ReplacIACllons ...<

Commands

Fr.muIm.gtEfftClSProdU(110n

SampltACllonsTtX1Efft(lSTuturuVidtOA(llons

StilrtRlcordlng

RecordAgaln ...InstflM,nulttm ...InstrtStop ...,

de função" (fig. 6).Se prefetir, escolhaum nome para essa

nova ação e clique "record" ou "gra­var". Todas as ações seguintes serãogravadas (fig. 7). Faça os ajustes decores necessários e interrompa a gra­vação na janela "actions" ou "ações"(fig. 8). Para aplicar o ajuste feito nas

FI

'"-I"

.Iel ~I:.J 11>! lli

O Phoroshop facilita muito aaplicação de um ajuste de cores emdiversas imagens. Isso só é possíveldepois de o fotógrafo fazer umaanálise cuidadosa sobre um proble­ma que aparece em várias imagens,como o "avermelhado" que muitascâmeras digitais aplicam sobre as fo­tos tiradas.

Abra todas asimagens que vocêdese­ja tratar.Vá à janela "actions"ou "ações"e selecione "new action" ou "nova ação"o o • (figs. 4 e 5).

Na janela queaparecer, esco­lha uma teclaem "function

key" ou "teclas

FOTÓGRAPHOS • 43

Page 44: Fotographos nº 12
Page 45: Fotographos nº 12
Page 46: Fotographos nº 12
Page 47: Fotographos nº 12
Page 48: Fotographos nº 12
Page 49: Fotographos nº 12
Page 50: Fotographos nº 12

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Page 52: Fotographos nº 12
Page 53: Fotographos nº 12

_CAMPOS DO JORDÃD

O uando o inverno se aproxima, apreguiça vai aumentando e é de

esperar que grande pane das pes­

soas fotografe menos, enquanto outras

parecem entrar em verdadeiro estado de

"hibernação fotográfica".

E você é desses que deixam a câmera

no armário até que a primavera dê as

caras ou prefere aproveitar essa época do

ano, muito propícia para fotografar, pois

é quando a luz e as cores da natureza ad­

quirem tonalidades que podem traduzir-se

em imagens para lá de quentes?

A panir de agora, falaremos de um

lugar muito especial, tanto para quem pro­

cura um pouco de tranqüilidade em meio

à natureza como também para aqueles que

não dispensam o agito ou a comodidade

que uma estância turística bem estrutu­

rada pode oferecer (leia-se: bons hotéis,

restaurantes, bares e lojas).

Campos do Jordão é assim: uma cida­

de muito charmosa, que, além do frio - o

local apresenta temperatura média anual de

13°C-, possui muitos atributos dignos de

registros fotográficos, como arquitetura al­

pina, belas paisagens, centro comercial bem

movimentado, passeios de bonde e

de trem, picos elevados, cachoeiras

e por aí vai.A cerca de 170 km de distância

de São Paulo e a 340 km do Rio

de Janeiro, no caminho a Campos- como a cidade é carinhosamente

chamada pelos visitantes -, já é pos­

sível apreciar e fotografar vistas encan­

tadoras da região a panir de mirantes

estrategicamente posicionados.Localizada na Serra da Mantiqueira,

Campos do Jordão é uma cidade que me­

rece ser conhecida e fotografada durante

todo o ano. Vejamos por quê.

TrarqL.í idade e ooas fotos em uma aco")chega'lte c dade da Serra da V1antlqL.elra

FOTÓGRAPHOS • 53

Page 54: Fotographos nº 12

local remete ao estilo alpino.

Ao fUndo, o Morro do Elefante, uma famosa

atração turfstica de Campos do Jordão. Objetiva

135 mm, filme negativo ISO 200, exposição de

1/500s e abertura j18.

estacionada em um restaurante,

no caminho do Horto Florestal. Câmera Canon

EOS 300, objetiva 28 mm, filme ISO 200,

exposição de 1/250s e abertura fl3.5.

Campos do Jordão oferece muiras

assunras para quem deseja mais do que

apenas passear pelas suas agradáveis e bem

freqüentadas ruas.

A Vila Capivari concentra boa parte

de atrações foragráficas, como o movi­

mentado centro comercial e as fotogênicas

residências que lembram charmosos chalés

suíços, além dos imponentes palacetes emestilo normando.

Lá também se encontram alguns dos

principais pontos turísticos - exaustiva­

mente explorados por olhares vindos de

todos os cantos do país -, como o Morro

do Elefante, que oferece uma interessantevista da cidade.

Entretanto, é nas áreas e nos bairros

mais afastados do agira que encontramos

as oportunidades fotográficas menos

"batidas" e mais estimulantes para o olhar,

tanto para os fotógrafos de natureza como

para aqueles que gostam de fotografar

pessoas e preferem registrar o cotidiano

das cidades por onde passam.

Page 55: Fotographos nº 12

Plll"'oue ertatitAAl

Quem gosta de fotografar em meioà natureza não pode deixar de fazer umavisita ao Horto Florestal, que fica a 13 kmdo Centro de Campos do Jordão.

São cerca de 8,3 mil hectares que con­tam com inúmeras rrilhas (muitas levam a

locais surpreendentes), a maior reserva deconíferas do Estado, cachoeiras, matas dearaucária e vistas encantadoras.

Passear pelo horto é uma arração à par­te. Além de muito ar puro, lá o fotógrafo

de natureza tem, à disposição, o cenárioperfeito para fotos de plantas, insetos,flores e paisagem em geral.

Apesar da extensa área do parque,grande parte dos caminhos é sinalizada,assim como muitas espécies de árvores(Araucária brasiLiensis, Pinus eLliotis, Insu­

lares, Pátula) são devidamente "apresenta­das" aos visitantes por meio de placas, quefacilitam a exploração para aqueles maisligados ao assunto.

Para entrar no horto, é cobrada uma

taxa de 3 reais por pessoa.

fOtografada em uma das diversas

trilhas do parque estadual (horto). Objetiva com

distância fOcal de 24 mm, velocidade de disparo

de 1/8s e abertura do diafragma f/22 em ISO

100. Tripé e cabo disparador utili:z.tiMs para

evitar que o registro ficasse tremido.

o Irt de Campos oferece

muitas oportunidades para quem gosta de

fOtografar a natureza. Nesta fOto, a curta

exposição tornou a dgua escura, destacando as

fOrmas do animal. Velocidade do obturador

de 1/1. OOOse abertura f/16 em ISO 100.

FOTÓGRAPHOS • 55

Page 56: Fotographos nº 12

CAMPOS DO JOROÃO

distância do centro de Capivari, costumareceber muitos turistas durante o dia. POt

isso, se você estiver afim de obter imagens

bucólicas sem a presença de pessoas em

suas cenas, procute chegar cedo.Por causa da altura, o vento e o frio

costumam ser intensos no Pico do Itapeva.

Então, não se esqueça de ir muito bem

agasalhado e de preparar o espírito para a

empreitada, que certamente vale a pena.

t>ko do ltapevaApesar de estar oficialmente situado no

município de Pindamonhangaba, o Pico

do Itapeva é, na prática, considerado um

ponto turístico de Campos do Jordão.Com mais de 2 mil metros de altitude,

esse é um dos picos mais altos do país e, em

dias claros, oferece uma linda vista panorâ­

mica de quase todo o Vale do Paraíba.

O local, que tem fácil acesso por uma

estrada de asfalto e está a apenas 14 km de

FOTÓGRAPHOS • 56

Page 57: Fotographos nº 12

Para todor or!Jo-9torClima frio, bons restaurantes, fon­

dues, chocolate quente e uma charmosaarquitetura inspirada nas cidades alpinas,que já lhe rendeu o apelido de suíçabrasileira, fazem de Campos do Jordão odestino mais disputado do Estado de SãoPaulo durante os meses de inverno.

Mas o melhor é que as qualidades dacidade não param por aí. Um passeio pe­los bairros mais centrais e pelos arredoresde Campos podem surpreender os maisexigentes visitantes e proporcionar ótimasoportunidades fotográficas para aquelesque buscam boas recordações e registrosdos lugares por onde passam.

Na Vila Abernéssia, por exemplo,pode-se focar o dia-a-dia de um movi­mentado e típico centro comercial alpino.No Alto da Boa Vista, o palácio que levao nome do local e serve como residência

de inverno para o Governador do Estado

,i. l\rl\~boa pedida, j:ílque a ~orstrttç~o sec A' .' A • ri I I I Itornou uma relerencla arqultetontCa na

cidade, além de atualmente abrigar ummuseu de arte aberto ao público.

Na alta estação, que ocorre nos mesesde junho e julho, as ruas do bairro Ca­pivari são invadidas por gente bonita ebem produzida. Como no inverno muitosartistas e empresários famosos costumamdar as caras em Campos, essa é uma boaocasião para quem quiser exercitar o lado"paparazzo" da fotografia. Mas lembre-sede que respeito e bom senso - além deuma boa teleobjetiva, claro - são regrasessenciais para evitar confusão.

E, para quem prefere fugir do burbu­rinho e fotografar em meio aos encantose à tranqüilidade que só a natureza podeoferecer, Campos do Jordão apresenta suasmaiores qualidades: vistas fascinantes ga­tantidas por mirantes em todos os cantos,cachoeiras, muita área verde e, o melhor

de tudo, muito ar puro para renovar ospulmões e os ânimos .•

Assunto é o que não fizIta para fotogr;a,ffr emCampos do Jordão: natureza, agito, comtruções

I ~ni»stilo lalpino! lJelm pdisagens. E, entre

uma sessãofotogrdfica e outra, nada como um

delicioso chocolate quente para repor as energias.

FOTÓGRAPHOS • 57

Page 58: Fotographos nº 12

SOBRE O HÁBITO OE FLANAR

texto e fotos de Comodo

Em meados da década de 80, enquan­to me preparava para o vestibularde direito, costumava ler clássicos

da litetatura universal. Foi nesse período,

quando nem imaginava que um dia mi­

nha vida teria ligações tão íntimas com a

fotografia, que li Os Sofrimentos do Jovem

Werther, de Goethe, e fiquei particular­

mente impressionado com um trecho:

"É uma coisa bastante uniforme a espécie

humana. Boa parte dela passa seus dias

trabalhando para viver, e o pouquinho de

tempo livre que lhe resta pesa-lhe tanto

que busca todos os meios possíveis para

livrar-se dele." Essas palavras marcarammuito a minha mente adolescente.

Alguns anos mais tarde, já cursando

o terceiro ano da faculdade, tive a opor­

tunidade de fazer uma primeira viagem

internacional. Foi num pequeno bistrô, na

FOTÓGRAPHOS • 58

periferia de Paris, que conheci um senhor

- cujo nome jamais soube - que, olhando

para a minha câmera fotográfica (de filme,

completamente automática), me apresen­

tou a uma palavra nova, que imediata­mente me remeteu ao texto de Goethe. A

palavra era "flanar" e, como me explicou

aquele senhor, foi criada por Baudelaire

para identificar as pessoas que caminhavam

pela metrópole sem destino, parando emcafés, olhando o movimento, observando

descompromissadamente as pessoas. Um

tipo de vagabundear chique, melancólico,intelectual, um observar interessado, uma

contemplação urbana.Imediatamente, lembrando-me do

texto de Goethe, questionei-me sobre os

motivos pelos quais as pessoas não utilizavam

o tempo livre para flanar que, para mim, tra­

duziu-se em "levar os olhos para passear, sem

pressão, sem horários nem comptomissos".

O tempo passou, comecei a minha

história com a fotografia e posso afirmar

que aquele simpático senhor que me apre­

sentou à palavra "flanar" teve importância

decisiva na formação do meu jeito de

fotografar. Sou um "flanador".

Mas, antes que me julguem maluco,

visitem www.theflaneur.co.uke constatema existência da "La Société des Flâneurs

Sans Frontieres". Posso ser louco, porémnão estou sozinho.

Tudo isso para falar sobre um tema

que vou desenvolver com mais tranqüili­

dade nos próximos números desta revisra:

as expedições fotográficas ou, como eu

prefiro chamar, as flanações organizadas.

Na Europa, em tempos atuais, é cada

vez mais comum grupos de fotógrafos

Page 59: Fotographos nº 12

Agradecimentos:• Maria Paula G. Lopes, do Centro de Tu­rismo Alemão - www.visitealemanha.com.

• Giovanni Lenard, da Secret. de Turismo

de Munique - www.muenchen-tourist.de.

No meu caso, encontrei o apoionecessário para realizar uma inesquecívelsessão de "flanação".

Neste artigo, vocês podem observaralgumas imagens que produzi enquantoflanava pelas ruas das principais cidadesda Baviera - Munique, Oberammergau,Murnau, Dachau e Schwangau. Sãoimagens variadas, pois o ato de flanar épuramente sensorial: observo as cenas e,quando algo me chama a atenção, inicioo processo de extrair, daquela cena, aessência segundo o meu repertório.

Na próxima edição, continuarei comeste tema. Até lá, espero que vocês tenhamoportunidade de flanar bastante.

se reunirem para escolher um destinopropício ao ato de flanar. Esses gruposbuscam conhecer novos hábitos culturais,

compreender os símbolos e signos deoutros grupos humanos, permitir queos olhos passeiem sobre cenas e objetoscomuns (mas com uma percepção inco­mum) e registrar, com a ajuda das suasobjetivas, coisas que os não flanadorescostumam Ignorar.

Acredito que, em pouco tempo, oBrasil começará a contar com mais algunsfotógrafos flanadores, que certamenteterão papel decisivo na documentação ena análise crítica do nosso tempo.

Recentemente, tive uma oportu­nidade única de realizar uma expediçãofotográfica cujo único objetivo era flanarde forma responsável. Obviamente, essetipo de trabalho somente é possívelquando temos parceiros que acreditam naimportância desse tipo de atividade.

FOTÓGRAPHOS • 59

Page 60: Fotographos nº 12

CANON EOS 10 MARK III

EQUIPAMENTO - ANÁLISE

CANON EOS 1 O MARK 111

Conheça a novaDSLR da Canon.

Acanon EOS lD Mark m mal inva­diu as prateleiras e gôndolas de lojasde fotografia no Brasil e já provoca

certo frisson em fotógrafos profissionais. Asubstituta da Mark II N é o sonho de con­

sumo de todo canonzeiro legítimo e não épor menos. Ela possui avanços tecnológicosem quase todas as peças. No entanto, umacaracterística em especial funciona quasecomo um slogan para a categoria: é a maisrápida DSLR do planeta.

CARACTERíSTICAS

Para começar, o sensor de 10.1 mega­pixels, desenhado e fabricado pela Canon,está maiot. De 23,5 x 15,5 mm, ele foi para28,1 x 18,7 mm. Detalhe que possibilitoutambém o aumento de cada pixel. Agoraeles estão mais sensíveise re-

ceptivos à luz e se apóiamem um sistema de

microlentes capaz de capturar imagens compouco ruído e alta qualidade até mesmo-emISO elevado.

Os ajustes do ISO também aumenta­ram, vão de 100 a 3.200, com a possibi­lidade de expansão até 50 e 6.400. Assimcomo o tamanho do LCD, que de 2,5

polegadas na Mark II N passou a ter 3polegadas na Mark m.

A Canon desenvolveu um sistema

integrado de limpeza que já é comum emalgumas câmeras compactas. O sensor ficaatrás de vidros que, além de filtrarem osraios infravermelhos, vibram para elimi­nar a poeira assim que a câmera é ligada.

Outras características das compactase prosumers foram adotadas. A novidadefica para o modo de disparo life view.Trata-se de uma ferramenta que dribla oespelho e permite que o fotógrafo enqua­dre um motivo a partir do que visualiza noLCD. A câmeta ainda coloca à disposição

do profissional a possibilidade de ligá-Ia aum computador e fotografar a distância

com cabo USB e acessando o progra­ma EOS Utility 2.0.

Através de um visor maior

e mais claro, a câmeratraz um sistema de foco

aperfeiçoado com 45pontos. Só que agora,ele apatece com 19pontos reais de foco,com configuraçãocross-type, e 26 deassistência contra 7das outras versões dalinha lD.

O número de fotos

seqüenciais subiu p~1ra10 por segundo até umtotal de 110 imagens

no formato JPEG Large'

FOTÓGRAPHOS • 60

Ficha Técnica - EOS 1D Mark 111

• Sensor: tamanho APS-H (28,1 x 18,7 mm)

com 10.7 megapixels totais e CMOS com

filtros de cores primárias RGB e Low-Pass.

• Resolução efetiva: 10.1 megapixels.

• Fator de corte: 1.3x.

• Tamanhos: 3.888 x 2.592, 3.456 x 2.304,

2.816 x 1.880 e 1.936 x 1.288.

• Armazenamento: jPEG, RAWe RAW

com jPEG.

• Sensibilidade: ISO 100 a 3.200. com pos­

sibilidade de expansão até 50 e 6.400.

• Monitor LCD: 3 polegadas e 230 mil pixels.

• Obturador: velocidades de disparo de 30

a 1/8.000s. Modo bulb.

• Sincronismo de flash: 1/300s com flashes

da linha Canon Speedlite.

• Foco: AF de 19 pontos (cross-type) e mais

26 de assistência.

• Objetivas: compatível com lentes das

séries EF,TS-E e MP-E. Com exceção das

peças EF-S.

• Modos de cena: prioridade de abertura,

velocidade, área manual, flash metering,

compensação de exposição, bracketing

automático, entre outros.

• Interface: USB 2.0.

• Seqüência: 10 fps até um total de 110 ima­

gens em jPEG ou 30 no formato RAW.

• Bateria: LP-E4 Lithium-ion.

• Memória: cartão CF (Compact Flash I e

11), SD/SDHC (Secure Digital) e SDHC.

• Peso: 1.155 g.

• Dimensões: 157 x 156 x 80 mm.

• Preço: ainda não divulgado no Brasil.

Page 61: Fotographos nº 12

_ CANON EOS 10 MARK I11

(compressão 8). Em RAW'; a câmera regis­

rra aré 30 exposições em seqüência. A alta

velocidade deve-se a uma evolução no pro­

cessador. O Digic III promete cores mais

naturais, com menor distorção de ruídos e

dois processamentos paralelos.Além dos vários tamanhos de JPEG e

RAW'; presentes em todas as SLRs digitais

da Canon, a Mark III aparece com um

novo formato para os fotógrafos que não

abrem mão de fotografar em RAW'; mas

não pretendem fazer grandes impressões de

certas poses. O formato chama-se SRAW';

rrata-se de um arquivo RAW com metade

de seu tamanho e que ocupa 2,5 MB de es­

paço no cartão, pouco mais que um quartodos 10,1 MB do RAW convencional.

O obturador, que trabalha até a velo­cidade de 1/8.000s, teve sua vida média

elevada em 50%. A durabilidade alcançou

os 300 mil diques e acompanha outrascaracterísticas robustas da câmera, como

uma liga de magnésio revestindo todo o seu

interior e a protegendo de poeira, umidade

e pequenos choques. Quanto à proteção

das imagens, a Mark III surge com um

sistema de segurança contra perda e danosem cartões CF (I e lI) ou SD/SDHC. Se

\

o fot6grafo abrir a tampa para tentar tirar

o cartão durante o processamento das ima­

gens, a Mark III emite apitos e um aviso

no LCD com as gravações das imagens

restantes. Logo que a tampa é fechada, a

cópia das fotos prossegue.

CONCLUSÃOA Canon EOS 1D Mark III é uma

máquina feita sob medida para os fotó­

grafos mais exigentes. Dada a resistência,durabilidade e alta velocidade nas fotos

seqüenciais, adapta-se perfeitamente às

necessidades de fotojornalistas, fotógrafos

de esportes e de natureza. No entanto,diante do sincronismo de flash de 1/300s,

o modelo promete ganhar também o gosto

e os estúdios de profissionais de outrasáreas do mercado.

Um detalhe sutil, que provavelmen­

te conquistará o público feminino, é a

substituição das baterias E3 Ni-MH por

Íon de lítio LC-E4. Mudança que deixou

a câmera mais leve e prática do que suasantecessoras.

Já que a qualidade da imagem coloca

ainda mais em dilema a fotografia de

filme, a única característica que deve ser

pensada na hora da compra é o fator de

corte de 1.3x. Embora menor do que

outros modelos, que trabalham com 1.6x,a característica transforma o senso r ful!

frame da Canon EOS 1Ds Mark II em um

dos grandes diferenciais a pesar contra na

balança entre os dois modelos.

Diante dessa série de evoluções, só nos

resta tentar imaginar do que será feita a

1D Mark IV e preparar nossos olhares e

corações para novas surpresas que, com

todo o perdão da redundância, certamente

serão surpreendentes.

FOTÓGRAPHOS • 61

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Page 62: Fotographos nº 12

ADOBE PHOTOSHOP CS3

SOFTWARE - ANÁLISE

ADOBE PHOTOSHOP CS3

T PhotoMerger, uma ferramentabastante útil adotada nessa versão do

software. Com ela, a tarejà de jàzer

imagens panorâmicas através da junção

de váriasfttos ficou muito mais fácil.

.•. O Photoshop CS3, com seu novo

visual, torna o trabalho mais agradável

eprático para a edição. Na imagem, a

janela dos ''channels'' (canais) fti arrastada

para cima da ftto e o menu com os atalhos

fti comprimido no canto direito.

o trabalho de arrastar e soltar uma janelasempre que uma fotografia com alta reso­lução é redimensionada ou o tratamentoparte para outro quadrante da tela.

A aparência do Ícone também mudou.Se o fotógrafo não ficar atento, perde devista o atalho da área de trabalho em uma

primeira utilização. O programa agora éacessado por meio de uma figura comdesign simples: fundo azul-marinho, sutildégradé e a sigla "Ps" branca.

~",~,..~-~,.,..~-~ç.•~.ç•.....ç~...~-~~"",~•••••••••••••••••••• ~~~+. O_·w.el, Gr_ y OSh>wT'.....,."."'Corb •••• F-J .•...Li I:.. ~ jNova versão,

mais poderosa.

PRIMEIRAS IMPRESSÕESO CS3 teve a sua interface totalmente

reformulada. Os profissionais que migra­rem de versões anteriores provavelmentelevarão alguns minutos para se acostu­marem. A barra de ferramentas agoraaparece fixa do lado esquerdo e pode serdimensionada em uma ou duas colunas

com um único dique. Assim como asdemais janelas, que surgem no CS3 comlugar certo e espaço ajustável. Claro queessas tedas de acesso rápido podem serpersonalizadas em cima do sistema detrabalho de cada usuário, como acontecenas outras versões. Contudo, no CS3, elas

não se sobrepõem às imagens. Dispensam

AAdobe abriu a caixa do novoPhotoshop CS3 e apresentou àimprensa, no fim de março, as

inovações que marcam a chegada de umsoftware que já caiu na preferência defotógrafos e designers do mundo todo.

A Fot6graphos testou uma versãobeta e traz um review do que entrará noworkflow de profissionais e apaixonadospor fotografia. Confira as mudanças!

FOTÓGRAPHOS • 62

Page 63: Fotographos nº 12

ADOBE PHOTOSHOP CS3

dr won.-"

ExPosu'e: +O,'"C1!LJ.)

~Qff>et:

liIi:iD~

Ga"r'rnaCO'recü:ll"l:

0,91~.) ///

0elMew

CONCLUSÃO

O Photoshop CS3 já está sendo comer­cializado no país pelo preço de 972 dólares.Mesmo com o alto valor, a promessa é deque o software continue sendo a primeiraopção para tratamento de imagens e háquem diga até que ele vale cada centavo.

!Te• 8 •

• Exposure Â

Na lista dos "adjustments" ou "ajus­tes", surge a "exposure", "exposição". Aferramenta, que não aparece no Pho­toshop CS2, auxilia o profissional nacorreção de sub e superexposições em umresultado natural .

IM§ij'MmUle#@'i+unO'IMH'u@@" .íJfã6tt"~L.,..1Mt~&WYslJ~WIrodow~ .tlliC

"'+. O-.solocl, ar""" y O»-TI ••••••. "'~"" .J""";l..•.• J.

tros em fotografias P&B com um simplesclique. Além dos filtros azul, amarelo,vermelho e verde, com contraste normal

ou elevado, o fotógrafo pode reproduziro ND (densidade neutra) e o "infrared"

(infravermelho) em suas fotografias.

• PhotoMergerO PhotoMerger ajuda na junção de

imagens para fotos panorâmicas e acabacom a necessidade de um software adi­

cional. A ferramenta consegue alinhar emisturar as camadas sem emendas mesmo

com exposições e ajustes de white balancediferentes nos registros.

'IflMNu@E§ii'§§@'.'nE;U+9.1"M,*.'6I"'~~~""&wlytII~WJndDwIjllp

"'+. o.~, Gr_ .., OtNwl •••.• "'Corottoh J I, t.:.:. J

o •••

-'""""

!:

português) .Como panode fundo da

=(liiii:J--

• • ClCJ=

0__,1,1,1...

_ ....-­"'/

FERRAMENTASDestacamos cinco melhorias ou no­

vidades que entraram nessa versão e queprometem facilitat a vida do fotógrafo,diminuindo o tempo de tratamento e me­lhorando o resultado final das imagens.

• Curves

A Adobe aperfeiçoou não só a estética,mas também a funcionalidade do "curves"

(ou «curvas")na versão em

• Brightness/contrastHá uma suave mudança no controle

de brilho e contraste. Tão discreta que,em uma primeira utilização, quase passadespercebida. Mas, agora, a ferramentaestá menos nociva, realizando um trabalho

mais inteligente, sem comprometer ospontos mais claros ou escuros. As altas eas baixas luzes - áreas de maior claridade e

de sombras, respectivamente - continuamintactas após o tratamento. A função éfácil de ser usada e perfeita para quem nãodomina técnicas mais avançadas.

VELOCIDADE

A performance do software tambémsofreu um:agrande alteração. Ele se iniciamais rápid-o,característica que elimina umdos maiores desconfortos do Photoshopnas outras versões. O desempenho doCS3 em um computador com 512 MB deRAM e processadot Pentium 4 foi bom, ea estimativa é que melhore em máquinasmais velozes e com mais memória.

caIxa, apare­ce o histogra­ma de cada

fotografia,permitindo que o fotógrafo visualize quaispartes da curva correspondem aos tonsespecíficos no gráfico de cada foto .

• Black & white ~~~

A nova função de preto-e­branco é uma ferramenta direta

para conversão de fotografiascoloridas para monocromáticas.Além de ajustar a carga de pretoque cada cor vai levar, é possível,também, simular efeitos de fil-

FDTÓGRAPHOS • 63

Page 64: Fotographos nº 12

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FOTÓGRAPHOS • 64

Page 65: Fotographos nº 12

DOS LEITORES

CEP 01452-001 - Sio P8uIo - SP.1l....."..

Agradecemos a cada um de vocês pelo carinho e

atenção que temos recebido. Continuem participando,

enviando suas mensagens por carta ou e-mail.

CARTASDOS LEITORES

l~

1JJ1fl1~~.t'f:, ,·/0\1/lf1li Gli' li"0 . ~. :,

~~- 1../1 _I .~r

GOSTARIA de parabe­nizar o pessoal da revistapelo excelenre conreúdoque vem se mantendo emtodas as edições.Informa­ções perrinenres e fotosde excelenre qualidadedemonstram o cuida­

do com que a revista édesenvolvida. Uma pedra preciosa

neste mercado edirorial. Em tempo, adoreia reporragem sobre stilllife. E, apesar de serfotógrafa de paisagem e natureza, fiqueiapaixonada pelas possibilidades artísticasdo still. Agora é segurar a ansiedade paraesperar mais um mês por esta deliciosarevista. Obs.: faço parte da comunida­de da revista no Flickr, mas acreditava

que somenre foros publicadas na revistapoderiam ser exposras lá. Vou rrarar de separaralgumas para inserir no grupo. :-) Beijos!Flávia Barbieri Soares (Recreio/R))

Editor: Di, Fldvia! Muito obrigado pelo seu

carinho e apoio. Também fico admirado com as

possibilidades artísticas que o tema stil! propor­

ciona. Ah, e não se esqueça de enviar suas fOtos

por e-mail ou colocá-Ias no Flicla. Beijos.

SOU LEITOR da Fotógraphos desde o pri­meiro número. Aguardo cada edição, semprecom muita ansiedade, pois a bimestralidade éuma verdadeira torrura para o fielleiror. Aca­bo de lançar um livro de forografias, resultadode quase rrés anos de viagens pelas esrradas earrérias da Paraíba. Do liroral ao serrão. Gos­

taria muiro de ver este meu trabalho divulga­do em sua magnífica revista. Antecipadamen­te, agradeço e passo-lhes algumas informaçõessobre a citada obra. Um grande abraço.Guy Joseph Qoão PessoalPB)

Editor: Di, Guy! Achei o seu trabalho realmente

interessante. Temos recebiM várias propostas de

matérias eprocuro dar espaço a toMs na medida Mpossível Uiu colocar sua obra nas próximas pautas

e, caso seja escolhida para publicação, entrarei em

contato, ok? Fico muito agradeciM pela sua colabo­

ração epelos elogios e aproveito para parabenizá-lo

novamente pelo seu bonito trabalho. Qualquer dú­

vida, entre em contato, estou à disposição.

SOU ALUNA do terceiro ano de jornalismo.Embora eu adore fotografar momenros pessoais,como viagens, passeios com amigos, aniversá­rios, enfim, reconheço que sou amadora nesseassunro e que preciso de conhecimenros técni­cos e específicospara dar autenticidade ao meurrabalho. Gostaria de saber se existe a possibili­dade de visitar a redação da revistae conhecer osmecanismos que envolvem a criação de uma re­vista de forografia. Achei incrível a matéria sobrea cidade de Sanros. Parabéns, ficou linda!

Cássia Nascimento (por e-mail)Editor: Cdssia, envie um e-mail para nós (reda­[email protected])ecombinaremosuma

visita. Agradeço seus elogios e o seu interesse.

SOU MAIS um dos fãs da Fotógraphos. Te­nho todos os exemplares publicados. Quandouma nova revista chega às bancas, saio literal­menre correndo para comprá-Ia com medo deperder algum número. Tomei coragem e agora

estou envian­

do minhas

foros para aGaleria. Souamador ebusco a cada

dia me apri­morar mais.

Um grande abraço.Telémaco Queiroz Júnior (por e-mail)

Editor: D importante é estar em constante

busca de aprimoramento. E, pelo que pudever do seu trabalho, você tem um bom

olhar fOtográfico, parabéns!

PARABENIZO a Fotógraphos pelomagnífico material que rem sido edi­tado ao longo desses dois anos. É umapublicação ímpar, que sabe equilibrar

harmonicamenre a quantidade de informa­ções escrita e visual, e, por sinal, é impressa emum material de elevada qualidade gráfica. Pos­so imaginar as inúmeras dificuldades encon­tradas para editar uma publicação desse porree segmenro em nosso país. No enranro, seriade grande valia se a revista pudesse incorporarmais páginas, realizar promoções e concursose ter uma periodicidade mensal. Aproveiro aoportunidade para sugerir uma reporragemsobre High Dynamic Range (HDR). Vidalonga à Fotógraphos! Abraços.Carlos Marcelo Ribeiro (por e-mail)Editor: Carlos, já temos alguns projetos de concur­

sos epromoções, que inftlizmente não aconteceram

ainda por conta da dificuldade de conseguir o apoio

das empresas que atuam no segmento fOtográfico

em nossopaís, mesmo com todas as qualidades que

perseguimos e que você citou em sua mensagem.

Agradeço o seu apoio e aviso que a sua dica entrará

em uma das próximas pautas. Abraços.

LENDO A EDiÇÃO nO9, uma coisa me chamou a

atenção na matéria "Cenas

Urbanas". Na legenda da foroda Estação da Luz, de FelipeAguilar, vocês informam 10scomo tempo de exposição.Não seria 1II0s? Creio que10s deixariam as pessoas

mais borradas em movimenro!

Espero um dia poder ver minhas foros es­

tampadas na revista!Achei na Fotógraphos rudoo que precisava para estar atualizado e pretendocolaborar sempre que possível. Meus parabéns!Alessandro Tadeu (Birigili/SP)Editor: Uicê tem razão. Realmente as pessoas fi­

cariam mais borradas com o tempo de exposição

de 1Os. Quanto às suas fOtos, estão muito boni­

tas. Caso alguma seja selecionada, entraremos em

contato. Agradeço seu apoio e sua participação!

~.. ".

. ~" ..,;...... "'r, • __~ __ --..,,_~ -t'l':'", ' •.

-....•~'" ..... ':""if'I .~

~,' ".. ~ .• ,., .'-1 li 'íIfJlt' , 1iIt •

I "... . :JI.IJJiI'l..lI~ lJll!I~1IQ !

FOTÓGRAPHOS • 65

Page 66: Fotographos nº 12

POR QUE A FOTOGRAFIA?

Por que a fotografia?por Armando Vernaglia Jr., texto e foto

Afinal, por que você foto­

grafa? A pergunta que dá

título a este artigo nor­

malmente não é cogitada por

muitos daqueles que elegem a

fotografia como seu trabalho

ou hobby, mas talvez seja per­

tlnente perguntar.

Em busca de uma respos­

ta para essa questão, passei a. .

questlonar a mim mesmo e a

meus alunos, amigos, fotógra­

fos profissionais e amadores

sobre os motivos que levaram

cada um a ter, nessas Ima­

gens estáticas e bidimensio­

naIS, impressas em papel ou

apresentadas numa tela, sua

maneira de expressar idéias,

momentos, fatos, angústias,

alegrias e inquietações.

Recebi todo tipo de res­

posta: Uns não escolheram,

na verdade foram escolhidos,

e, quando perceberam, já ha­

viam sido contaminados pelo

vírus fotográfico e não con­

seguiam mais parar. Outros tinham In­

quietações sociais, desejavam mostrar ao

mundo algo que eles viam e que os inco­

modava profundamente. Alguns preten­

diam dividir suas alegrias com pessoas

que não puderam presenciar os mesmos

momentos: o casamento, o nascimento

do primeiro filho, a viagem inesquecível,

a festa com os amigos e por aí vai.

Os motivos formam uma lista infin­

dável de situações pessoais e universais;

afinal, felicidade, angústia, tristeza, sau-

dade e tantos outros sentimentos são

vividos individualmente, mas comparti­

lhados de alguma forma por todos nós.

É nessa relação entre nosso íntimo

e o coletivo que talvez resida o segredo

da fotografia, pois, quando vivemos um

momento único e o registramos, coloca­

mos nosso íntimo numa imagem, algo

que dispensa palavras para ser compre­

endido por qualquer outro ser humano,

não importa a língua falada, o país em

que vivemos ou qualquer outra barreira

FOTÓGRAPHOS • 66

imposta por fronteiras e cos­

tumes. Uma imagem tem po­

der de síntese, de traduzir-se

em qualquer língua e contar

histórias. Assim, passamos

adiante algo que é nosso para

o mundo; podemos expressar

o que vemos e sentimos de

forma absolutamente livre.

Um grande amigo e exce­

lente fotógrafo disse: "Fotogra­

fo porque escrevo muito mal."

Na verdade, ele escreve bem,

porém talvez não tenha notado

que seria impossível escrever

em todas as línguas do mun­

do para poder mostrar a todos

aquilo que pensa, mas, com

suas fotos, ele pode deixar fluir

a criatividade e se expressar sem

precisar de tradutores.

Acredito que o denomi­

nador comum entre todas as. .

respostas que OUVI para mI-

nha pergunta seja o fato de

que fotografamos para contar

histórias, para dizer algo ao

mundo, algo que pensamos, imagina-. .

mos, presenCIamos ou sentlmos, e que,

na fotografia, temos liberdade plena para

tornar tudo visível.

Lembre-se disso em suas próximas

fotos, divida com o mundo aquilo que

só você vê, pensa e sente. •

Armando Vernaglia junior éfotógrafo publi­

citário, palestrante e professor de fotografia na

escola Riguardare, em São Paulo. Seu trabalho

pode ser visto no site: www.spimagens.com.br.

Page 67: Fotographos nº 12

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Page 68: Fotographos nº 12

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