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Retrospectiva Retrospectiva 2012 2012 Foto: Drawlio Joca

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Retrospectiva Retrospectiva 20122012

Foto: Drawlio Joca

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. 2 BANCOS PÚBLICOS

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Presidente: Carlos Eduardo Bezerra – Diretor de Imprensa: Marcos Saraiva – Jornalista Resp: Lucia Estrela CE00580JP – Repórter: Sandra Jacinto CE01683JPEstagiária: Cinara Sá – Diagramação: Normando Ribeiro CE00043DG – Impressão: Expressão Gráfi ca – Tiragem: 11.500 exemplares

Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

SORTEIOS

COMUNICAÇÃO

Na luta permanente por mais contratações, o Sindicato dos Bancários do Ceará vem acompa-nhando de perto todas as convocações feitas pelos bancos públicos – Banco do Brasil, Cai-xa Econômica Federal e Banco do Nordeste do Brasil. O objetivo principal dessa luta é melhorar o atendimen-to à população como também as condições de trabalho dentro das agências.

Em 2012, a Caixa Econômica Federal foi a que mais empossou empregados em todo o País. O quadro de pessoal da Caixa atingiu no dia 30/11 o total de 93.114 empregados. No Acordo Coletivo de Trabalho 2011-2012, o banco havia se compro-metido a alcançar 92 mil postos de trabalho até 31 de dezembro de 2012. Desta forma, o número foi superado com um mês de ante-cedência. Já o acordo 2012-2013 prevê que o banco deve gerar mais 7 mil empregos até 31 de dezembro de 2013, o que irá totalizar 99 mil

Sindicato prestigia convocação de novos bancários

protestos do movimento sindical. Diante da pressão, o banco reto-mou a posse de aprovados que já estavam qualifi cados e com data de posse agendada.

“Com isso, o BB corrige uma injustiça que afetou muitos con-cursados. Nós sempre lutamos por mais contratações e não podemos admitir que hajam concursados para tomar posse e o banco não encaminhe esse processo. O BB precisa de novos bancários para atender com dignidade à popula-ção, assim como para melhorar as condições de trabalho dos bancários que estão sobrecarre-gados com a demanda”, afi rma o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra.

BNB – Após dois anos de es-pera, 80 aprovados no concurso realizado em 2010 para cadastro de reserva finalmente puderam tomar posse no Banco do Nor-deste. A cerimônia aconteceu no último dia 7/12 e empossou 42 novos bancários para o Ceará e os demais distribuídos entre Per-nambuco, Bahia, Alagoas e Piauí.

A expectativa do Sindicato é que as convocações continuem já que o Banco anunciou a contratação de 252 novos bancários. “Nós vemos essa convocação como uma importante vitória, mas esse número ainda é insuficiente para suprir a demanda”, analisa Tomaz de Aquino, diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Na-cional dos Funcionários do BNB, ressaltando que o BNB prorrogou a validade do concurso até 2014.

“É importante essa convo-cação, principalmente porque é uma reivindicação histórica do Sindicato, garantindo assim o crescimento da Instituição. E esse crescimento passa pelo trabalho que o Sindicato vem desenvolvendo, para aumen-tar a capilaridade do Banco, para que atenda melhor, com maior infraestrutura, com mais bancários”, disse a diretora do SEEB/CE, Carmen Araújo. Ela lembra ainda que esses novos bancários do BNB não tem iso-nomia de direitos. “Essa isono-mia é uma luta do Sindicato e é fundamental para nós”, concluiu.

trabalhadores na Caixa.“Essa é uma vitória importante

do movimento sindical na luta pela ampliação do emprego, embora saibamos que há uma demanda crescente nas agências da Caixa, agravada pela inauguração de muitas novas agências. A nossa expectativa e a nossa luta constante é para que a Caixa continue com esse processo de convocação para melhorar a situação nas agências”, afi rma Marcos Saraiva, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará.

As posses realizadas no Ceará dão conta de empregados lotados no Estado, além de Piauí e Maranhão e neste ano totalizaram um total de 455 novos bancários, sendo 256 somente para o Ceará.

BB – No Ceará, o Banco do Bra-sil empossou em 2012 um total de 97 novos funcionários distri-buídos em estados do Nordeste e, even-tualmente, do Norte. Lotados no Estado foram 85 novos bancários. Entretanto, após o término da cam-panha salarial deste ano, o Banco do Brasil decidiu por suspender as contratações em todo o País até janeiro de 2013, gerando fortes

Posse na Caixa Econômica Federal

Posse no Banco do Brasil

Posse no Banco do Nordeste do Brasil

No decorrer do ano, o Sindicato realizou diversas ações promocionais entre os bancários e aposentados associados. Relembre algumas:

Livro A Privataria Tucana: no dia 5/3 foram sorteados três exemplares do livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que fala sobre as falcatruas das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso. A obra já chegou às livrarias como campeão de vendas e foi lançada em Fortaleza no dia 15/3, na Faculdade de Direito da UFC, com as presenças do autor e do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB/SP), líder do processo de instalação da CPI da Privataria, em Brasília.

Passeio Guaramiranga / Pacatuba: no sábado de Aleluia, dia 7/4, o Sindicato promoveu um passeio cultural e religioso pelo maciço de Baturité, passando por Guaramiranga e terminando em Pacatuba, para assistir a tradicional encenação da Paixão de Cristo. O passeio foi aberto à participação de bancários sindicalizados, com direito a acompanhante, com todas as despesas pagas pela entidade. Participaram do passeio cerca de 300 pessoas, que se inscreveram através do site do Sindicato.

Prêmios: durante a Festa do Trabalhador Bancário, que aconteceu no dia 30/4, foram sorteados uma TV Smart 42”, um Iphone 4S e um Ipad2. Todos os prêmios foram ganhos por empregados da Caixa Econômica Federal.

Terceirização Bancária: no dia 15/5, foram sorteados, através do site, sete exemplares do livro “A Terceirização Bancária no Brasil – Direitos Humanos Violados pelo Banco Central”, do juiz do trabalho Grijalbo Coutinho. O livro fala do uso do instrumento da terceirização, além de uma análise sobre a atuação do Banco Central diante da questão.

O Sindicato dos Bancários do Ceará intensifi cou a comunicação com os seus fi liados em 2012. As mudanças podem ser percebidas pela reformulação do site, feita com o objetivo de torná-lo mais atrativo e funcional. A entidade investiu também nas mídias sociais.

Além do Twitter (que agora pode ser acessado pelo nome @bancariosce), o Sindicato dispõe de uma fanpage no Facebook e perfi s específi cos no Flickr e Youtube. A intenção é ampliar os canais de comunicação e estreitar a relação com os bancários.

No Facebook, estão disponíveis informações sobre a entidade, mobilizações, negociações, notícias sobre o trabalho bancário e demais assuntos de interesse da categoria. A página serve ainda como espaço de debates e expressão de opiniões. No Flickr, um site de compartilhamento de fotos, os bancários podem ver os registros de eventos, manifestações, assembleias e demais atividades promovidas pela entidade.

Em toda sua história, o Sindicato sempre reconheceu o poder da comunicação em unir e fortalecer a categoria. A presença da entidade em diversos tipos de meios de comunicação é uma prova disso: Rádio Bancários, Tribuna Bancária, Twitter e TV Bancários. Com essas ferramentas de comunicação os bancários podem acompanhar de perto a ação do Sindicato e se atualizar sobre as lutas e conquistas da categoria.

Para acessar a fanpage do Sindicato no Facebook e receber as atualizações é preciso ter uma conta na rede social, entrar em www.facebook.com/SEEBCE e curtir a página. No Flickr, basta acessar www.fl ickr.com/seebce.

Sindicato investe em mídias sociais para intensifi car relação com

os bancários

SEEB/CE distribui prêmios e realiza passeio para bancários

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. 3VIOLÊNCIA CONVÊNIOS

Foram 117 ataques contra bancos em 2012, mais que o dobro do ano an-terior que registrou 50 ações. O aumento desses números e a extrema violência das ações que envolvem sequestros, explosões com dinamite e casos de cidades totalmente sitiadas, resultaram em ações efetivas do Sindicato dos Bancários do Ceará para tentar barrar essa onda de violência e preservar a vida de clientes e usuários de bancos, tais como a lei municipal nº 9.910/2012 (Estatuto de Segurança Bancária de For-taleza), concebida através de iniciativa da entidade.

De acordo com dados do primeiro semestre de 2012, os ataques a bancos no País cresceram 50,48% e atingiram 1.261 ocorrências, uma média assusta-dora de 6,92 por dia. Desses casos, 377 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consuma-dos ou não, e 884 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. No mesmo período do ano passado, foram registrados 838 casos, sendo 301 assaltos e 537 arrombamentos.

Os dados são da 3ª Pesquisa Nacio-nal de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Contraf-CUT, com apoio téc-nico do Dieese, a partir de notícias da imprensa, estatísticas de Secretarias de Segurança Pública (SSP) e os levanta-mentos de sindicatos e federações de vigilantes e bancários. A pesquisa foi lançada no dia 20/8, em Curitiba. Os números também superam os dados do segundo semestre de 2011, quando foram verifi cados 753 ataques, dos quais 331 assaltos e 422 arrombamentos.

Ceará terceiro no ranking – De acordo com a mesma pesquisa, o Ceará ocupa o terceiro lugar no ranking de assaltos a bancos no Brasil no primeiro semestre deste ano. Segundo a Pesquisa Nacional de Ataques a Banco, em termos percentuais, o Ceará foi o que apresentou o maior crescimento neste tipo de crime no último ano. Comparado ao mesmo período de 2011, a alta no número de assalto foi de 420%.

Importância das portas giratórias – Além de lutar por mais segurança, o Sindicato teve que se manifestar contra o descaso dos banqueiros em relação aos itens de segurança. Com o pretexto nada convincente de “evitar constrangimen-tos”, o Itaú retirou as portas giratórias detectoras de metais, seguindo o mau exemplo do Bradesco e implantando um modelo de agência que facilita a ação de assaltantes.

De acordo com o plano de segu-rança bancária (Lei Federal 7.102/83), para funcionar, uma agência deve apresentar pelo menos três itens de segurança: a presença de vigilantes armados, alarme efi ciente e mais um desses itens – equipamentos elétricos, eletrônicos e de fi lmagens; artefatos que retardem a ação dos criminosos, como: portas giratórias detectoras de metais e equipamento de retardo instalado na fechadura do cofre ou cabina blindada com vigilante. Acontece que, ao optar pela não colocação de portas giratórias, esses bancos expõem seus clientes, usuários e trabalhadores à insegurança.

O argumento dos bancos gira em torno de que, apesar da queda nas ocorrências, as portas giratórias estão sendo retiradas devido ao grande número de processos judiciais.

Luta por mais segurança foi um dos destaques das ações do

Sindicato em 2012

Diante da pressão do movimento sindical, em reunião ocorrida dia 2/6 com a Contraf-CUT, o diretor de segurança do Itaú anunciou que o banco suspendeu a retirada da porta de segurança das agências. Todas as unidades do Itaú que passarem por reforma terão mantidas as portas de segurança. Ele também assumiu o compromisso de reavaliar a situação dos estabelecimentos que tiveram o equipamento retirado.

Projeto nacional – Em negociação ocorrida dia 7/11 com o Comando Na-cional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, em São Paulo, a Fenaban apresentou uma proposta de projeto-pi-loto de segurança bancária com avanços para trabalhadores e clientes. A iniciativa, a ser implantada nas cidades de Recife, Olinda e Jaboatão, conforme indicação feita anteriormente pelos bancos, foi uma das conquistas da Campanha Nacional dos Bancários 2012.

A proposta foi chamada pela Fe-naban de “Programa de Melhorias de Segurança Bancária no Recife”. Dentre os equipamentos previstos estão portas de segurança com detectores de metais, biombos ou divisórias em frente aos caixas e câmeras internas e externas nas agências. Os bancos também propuseram a redução das tarifas de transferência (DOC e TED) nos caixas para o mesmo valor cobrado via internet, bem como a diminuição do limite do TED, hoje em R$ 3 mil, para R$ 2 mil e depois de alguns meses para R$ 1 mil.

De acordo com o coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Ban-cária, Ademir Wiederkehr, é possível avançar mais. “O monitoramento das câmeras tem que ser feito em tempo real, fora do local controlado, e com

imagens de boa resolução para auxiliar a polícia a identifi car suspeitos”, frisou.

Bancos não cumprem leis – O Estatuto de Segurança Bancária do Município de Fortaleza virou lei no dia 25 de junho, com a sanção da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins. A partir de então, os bancos tiveram um prazo de 120 dias para se adequarem às deter-minações da lei que prevê que todas as agências bancárias deverão dispor de portas eletrônicas, vidros resistentes a impactos e a disparos de armas de fogo de grosso calibre, sistema de monito-ração e gravação eletrônica em tempo real, divisórias e biombos nos caixas das agências e no auto-atendimento, coletes à prova de bala (Nível 3) para os vigilantes que também deverão portar arma de fogo e arma não letal autorizada, além da instalação de assento apropriado para os profi ssionais e escudo de proteção.

O Estatuto também prevê vigilantes na área de auto-atendimento e veda ainda o uso de capacetes e outros acessórios (óculos escuros, bonés, toucas, dentre outros) que atrapalhem a identifi cação das pessoas dentro das agências. A proposta proíbe também o uso de aparelhos celulares no interior das unidades, obrigando-as a instalarem bloqueadores de celular para evitar os crimes de “saidinhas bancárias”.

Mesmo prevendo punições severas àqueles que desrespeitarem a lei, que vão desde advertência, passando por aplica-ção de multa e chegando à cassação do alvará, os bancos vêm deliberadamente ignorando as exigências do Estatuto o que provocou a convocação de várias reuniões, tendo os órgãos do consumidor (Decon e Procon) como mediadores que, sem sucesso, decidiram por aplicar as multas.

Saiba como foram os encaminhamentos do Estatuto até virar lei

• 17/08/11 – Sindicato entrega projeto de lei sobre segurança bancária na Câmara Municipal de Fortaleza;

• 22/03/12 – Sindicato propõe em reunião na Câmara a consolidação das leis municipais já existentes em um só documento;

• 27/03/12 – Reunião na Procuradoria Geral do Município (PGM), com a presença do Sindicato e do presidente da Câmara, Acrísio Sena, para debater o PL;

• 24/04/12 – Sindicato debate PL com vereadores e Acrísio assume compromisso de pôr o PL em votação ainda no 1º semestre;

• 14/05/12 – Audiência Pública convocada pela Câmara para debater PL com a sociedade. O evento aconteceu no auditório da Adufc;

• 06/06/12 – Câmara Municipal aprova projeto de lei do Estatuto por unanimidade;

• 14/06/12 – Entrega do PL no gabinete da prefeita Luizianne Lins, para sanção;

• 25/06/12 – Projeto é sancionado pela prefeita;• 26/06/12 – Lei é publicada no Diário Ofi cial do Município, sob o nº

9.910/2012.

Durante todo o ano de 2012, o Sindicato dos Bancários se empenhou em fi rmar parcerias com diversas empresas no intuito de oferecer facilidades aos bancários e seus dependentes em diversos tipos de serviços. Muitos convênios foram realizados pensando, principalmente, na qualifi cação profi ssional e no lazer da categoria. A seguir, as principais parcerias:

Wpós: concede aos associados e aos dependentes bolsas de estudo de até R$ 2.811,00 nos mais de 170 cursos de pós-graduação à distância. As bolsas incidem sobre o valor integral dos cursos, que são de administração pública, Direito, MBA, Licitações e Contratos, Língua Portuguesa, Tecnologia da Informação, entre outros. A Wpós está localizada na Rua Senador Pompeu, nº 3272, José Bonifácio. Os telefones para contato são (85) 3252.1447 e 3088.7400.

Master Concursos: através do convênio, o Sindicato promoveu dois cursos preparatórios para concursos. O primeiro para a reta fi nal da Caixa Econômica Federal e o segundo para o Banco do Brasil. Para a Caixa, foram ofertadas 80 vagas e descontos no pagamento. As aulas aconteceram entre 9 e 21/4, na sede da entidade. Já as aulas preparatórias para o BB estão acontecendo desde o dia 15/10 e encerram em janeiro, quando acontecerá a prova. Para este curso, foram inscritas 70 pessoas, que tiveram acesso a descontos superiores a 60% do valor total do curso, que custa R$ 990,00.

SESC: a parceria foi renovada para permitir o acesso dos bancários às dependências do Sesc e a participação nas atividades das fi liais em todo o Estado. Na hospedagem, por exemplo, os sindicalizados têm direito ao acesso em todo o País, mediante a confi rmação com o Sesc Fortaleza. O Sesc desenvolve serviços nas áreas de Assistência, Cultura, Educação, Esporte, Lazer e Saúde. Sesc Unidade Fortaleza: Av Duque de Caxias, 1701, Centro. Telefone: 0800 275 5250

Os bancários também tiveram acesso a descontos especiais em diversos cursos oferecidos pelo Cetrede e pelo Instituto FA7.

Engenhoca Parque: bancários têm descontos de 15% nos pacotes que dão acesso às atrações do parque ecológico, que fi ca na Rua Raimundo Coelho, 200, em Aquiraz. O Engenhoca possui atividades para toda a família, como a escalada, o arvorismo, tirolesas, trilhas, pula-pula, passeio de pedalinho e caiaque. Telefone: (85) 3361 1010.

iPark: o convênio oferece desconto de 30% nos valores de ingressos de entrada e pacote com passeios no complexo turístico localizado em Maranguape (30 km de Fortaleza). O parque possui diversas atrações como o Museu da Cachaça e o Campo de Aventura (onde é possível praticar arvorismo, trilhas ecológicas, muro de escalada e caiaque). Há ainda passeios de charrete, jardineira e pedalinho, além de uma minifazenda e um restaurante regional. Telefone: (85) 3341-0407

Para mais informações sobre os convênios, falar com Girlane Guabiraba, pelo telefone (85) 3252.4266.

Diversas parcerias oferecem descontos aos bancários

Entre os dias 3 e 5/7, aconteceram as eleições para o mandato 2012-2015 do Sindicato dos Bancários do Ceará. A Chapa 1 – Vamos!, apoiada pela CUT e CTB, venceu com 3.265 votos (55,75%), enquanto a Chapa 2, apoiada pelo Conlutas, teve 2.591 votos, representando uma diferença de 11,5%, ou seja, 674 votos. Foram computados 56 votos em branco e 91 votos nulos. De um total de 8.661 associados aptos a votar, 5.856 compareceram às urnas. Foram 59 urnas fi xas e itinerantes na capital e interior do Estado. Dessas, 40 urnas tiveram a vitória da Chapa 1.

Reeleita, a diretoria renovou parte de seus integrantes para iniciar uma nova geração de sindicalistas. O presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, acredita que essa renovação aliada à experiência dos diretores mais antigos será importante para oxigenar a luta da categoria.

Posse – A nova diretoria do Sindicato foi empossada no dia 29/8. A solenidade aconteceu na sede da entidade, acompanhada de um café da manhã. Segundo a nova diretoria, o desafi o da gestão nos próximos anos é fortalecer a categoria e avançar ainda mais nas conquistas, principalmente em relação à saúde do trabalhador e segurança.

Festa – A vitória da diretoria também foi comemorada durante a festa de homenagem ao Dia do Bancário, que aconteceu no dia 1º de setembro, no Clube da Caixa. A festa teve como atração a dupla Ítalo e Renno e contou com a presença de fi liados e convidados.

Chapa 1 – Vamos! vence eleição do Sindicato dos Bancários

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. 4 BANCO DO BRASIL EMPREGO

Os funcionários do Banco do Brasil tiveram de enfrentar inúmeros problemas no seu cotidiano de traba-lho. Assédio moral, metas abusivas, pressão, desrespeito à jornada de 6 horas, práticas antissindicais, descomissionamentos irregulares e problemas na implantação da PSO foram algumas das adversidades encontradas em 2012. O Sindicato esteve fi rme na luta em defesa dos bancários do BB, discutindo com representantes do banco nos fóruns sindicais e realizando diversas ma-nifestações ao longo do ano para denunciar os problemas junto à população.

Descomissionamento – O banco descumpriu claramente, por diversas vezes, o Acordo Coletivo de Trabalho 2012/2013. De acordo com a Cláusula 44ª do ACT, que trata sobre comissão, é preciso que o banco observe “três ciclos avaliatórios consecutivos de GDP com desempenhos insatisfatórios, como requisito para descomissio-namento de funcionário”. Vários gerentes ignoraram o acordo e geraram inúmeras denúncias feitas pelo Sindicato. Mesmo após reu-niões para tratar sobre o assunto, o banco continuou praticando os descomissionamentos irregulares.

PSO – Desde a sua implanta-ção, a plataforma só tem causado problemas para quem trabalha na área de atendimento e também para clientes. No Ceará, o BB diminuiu a quantidade de trabalhadores no caixa e precarizou o atendimento gerando sobrecarga de trabalho e quebrando várias garantias que os trabalhadores do setor tinham. Já chegaram várias denúncias ao Sindicato citando casos de funcionários que trocam de local de trabalho durante o ex-pediente. A Plataforma atinge 61 subordinados, todos em Fortaleza, sendo 37 agências e 24 PABS.

Metas – A cobrança por metas abusivas já é prática disseminada no BB, mas uma denúncia que che-gou ao Sindicato em maio chamou a atenção pelo grau de absurdo:

Muitos problemas, mas também conquistas importantes

cobranças feitas por mensagem de celular, fora do horário de expediente e com ameaças. As mensagens, segundo apurações do Sindicato, são enviadas pela Superintendência Regional e chegam a qualquer hora do dia e em qualquer dia da semana. Houve casos de funcionários que receberam mensagens cobrando metas, mesmo estando de licença saúde ou em fi nais de semanas. A orientação do Sindicato é que o funcionário que receber esse tipo de cobrança abusiva não apague a mensagem e procure a entidade.

Bom Pra Poucos – Em refe-rência à campanha publicitária do BB, os bancários de todo o País denunciaram um banco “bom pra poucos”. A campanha foi motivada ainda pela suspensão das posses de dezenas de concursados (que após pressão do movimento sindical foram retomadas) e a discriminação aos grevistas após a campanha salarial (que viram alteradas suas férias e demais licenças pré-agendadas, sob a pressão de compensar as horas não trabalhadas).

“O Bom Pra Todos na verdade é bom pra poucos, pois tem adoecido cada vez mais os funcionários desse banco e muitos já estão usando até remédio tarja preta. E se não fosse a postura do movimento sindical, que tem se reunido com as instâncias de gestão do banco para denunciar os desmandos do BB, a situação seria muito pior”, afi rma o presidente do Sindicato e funcionário do BB, Carlos Eduardo Bezerra.

Campanha Salarial – Depois de um intenso e longo debate que durou toda a madrugada do dia 26/9, o Comando Nacional dos Bancá-rios, assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, conseguiu arrancar novos avanços na proposta para as reivindicações específi cas do funcionalismo. Os bancários do Ceará aprovaram a proposta em assembleia realizada no dia 27/9.

Entre outros itens, o BB concor-dou em aderir à cláusula de combate ao assédio moral da Convenção Co-letiva assinada com a Fenaban, que tem a participação dos sindicatos na intermediação da denúncia e do processo de apuração; os bancários conseguiram incluir a gratifi cação de caixa na carreira de mérito, retroativa a 2006; estabelece como novo piso após estágio probatório (90 dias) o valor de R$ 1.948,00 (A2); unifi ca-ção dos atendentes das CABB com um novo Valor de Referência (VR) de R$ 2.554,00.

Anuênio – No dia 7/12, o Sin-dicato começou a ajuizar as ações de execução do Anuênio. Sob determinação judicial, o Sindicato está ajuizando ações autônomas por grupos menores, e quase ao mesmo tempo, para uma liquidação mais acelerada. No dia 14/12, o juiz da 1ª Vara do Trabalho de Fortaleza de-terminou ao Banco do Brasil efetuar depósito referente aos cálculos do primeiro lote de ações. O depósito, porém, não implica em pagamento imediato, já que o banco deverá entrar com recurso.

Entre janeiro e setembro deste ano, os bancos desligaram 32.073 trabalhadores e contrataram 34.949, o que resulta na criação das 2.876 vagas. No mesmo período do ano passado, no entanto, o saldo positivo de empregos nos bancos foi de 18.167 postos. Foi uma queda brusca de 84,2%. Os bancos foram responsáveis por apenas 0,6% do 1,25 milhão de novos empregos gerados pela economia brasileira nos primeiros nove meses de 2012.

Essas são as principais conclusões extraídas do cruzamento das demonstrações fi nanceiras dos bancos de janeiro a setembro com os resultados da 15ª edição da Pesquisa de Emprego Bancário, realizada trimestralmente pela Contraf-CUT e pelo Dieese, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.

Embora pequeno, o saldo positivo deve-se às contratações dos bancos públicos. Nas instituições privadas, houve fechamento de 7.286 postos de trabalho nos primeiros nove meses do ano, não contabilizadas aí as mais de duas mil demissões efetuadas pelo Santander em dezembro.

A rotatividade de mão-de-obra continua sendo utilizada pelos bancos para reduzir os salários. Nos primeiros três trimestres de 2012, o salário médio dos trabalhadores contratados foi 38,65% inferior ao dos desligados. Além disso, as mulheres continuam ganhando menos que os homens nas instituições fi nanceiras: o salário médio delas, no ingresso, é de R$ 2.322,88 e o dos homens de R$ 3.031,86 – uma diferença de 23,4%.

“Essa é uma política extremamente prejudicial à categoria, porque além de rebaixar a média salarial deixa os bancários permanentemente em tensão por medo de demissões. Isso é uma violência, porque o sistema fi nanceiro não enfrenta nenhuma difi culdade. Pelo contrário, só os cinco maiores bancos registraram um lucro líquido de R$ 36 bilhões nos primeiros nove meses do ano”, critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Presente à mesa que discutiu o tema Emprego, na 14ª Conferência Nacional dos Bancários, em julho, o ministro do Trabalho Brizola Neto criticou a rotatividade nos bancos e prometeu combatê-la. Segundo ele, as maiores taxas de rotatividade da economia brasileira são as do setor fi nanceiro e construção civil. Ele ressaltou, porém, que enquanto o problema na construção civil tem explicações na sazonalidade própria do setor, no sistema fi nanceiro ele não se justifi ca.

“É inadmissível que o setor fi nanceiro, particularmente o que mais lucra nesse País, esteja entre os que menos gera emprego e renda, contrariando a postura do governo federal de promover o desenvolvimento social”, analisa o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra. “É justamente por isso que uma de nossas principais bandeiras de luta é a proteção ao emprego bancário, com condições dignas de trabalho”, complementa.

Convenção 158 – A ratifi cação da Convenção 158 da OIT é uma das principais bandeiras do movimento sindical brasileiro. A medida obriga as empresas a justifi car a necessidade das demissões. Isso signifi ca que o empregador deve provar, com dados do balanço da empresa, a impossibilidade de manter os postos de trabalho.

A ratifi cação da Convenção 158 da OIT foi enviada como mensagem do Executivo ao Legislativo em 2008, no governo do presidente Lula. A Mensagem nº 59/2008 tramita na Câmara dos Deputados. Ela foi rejeitada pelos parlamentares nas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e na de Trabalho, de Administração e Serviços Público e tramita agora na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), onde recebeu parecer favorável do relator, deputado Ricardo Berzoini (PT/SP). O parecer ainda não foi votado pelos demais deputados que compõem a CCJC.

Alta rotatividade é marco negativo no setor fi nanceiro

EVOLUÇÃO DO EMPREGO BANCÁRIO

Bancos dez/11 mar/12 jun/12 set/12 Saldo dez/11 - set/12

Banco do Brasil 113.810 113.404 113.996 114.480 670

Caixa Econômica 85.633 86.983 89.085 89.737 4.104

Bradesco 104.684 105.102 104.531 104.100 -584

Itaú 98.258 96.294 92.517 90.427 -7.831

Santander 54.602 55.053 54.918 55.120 518

HSBC Bank* 21.776 ---- 23.052 ---- 1.276

Citibank** 6.767 6.133 6.124 6.102 -665

Total 440.530 484.745 484.223 483.018 -2.512

Fonte: Demonstrações Financeiras dos Bancos | Elaboração: Dieese - Rede Bancários* O HSBC publica apenas relatórios semestrais ** O Citbank não fornece o número de empregados em seu Relatório de Administração. O dado utilizado foi retirado do Ranking dos 50 maiores bancos publicado pelo Banco Central do Brasil.

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Foto: Arquivo

Más condições de trabalho, extrapolação de jornada, agências superlotadas e problemas no ser-viço de penhor foram as principais reclamações dos funcionários da Caixa Econômica Federal neste ano. O Sindicato esteve à frente de diversos protestos e denunciou os problemas à clientes e usuários, pressionando o banco por soluções concretas.

Mais convocações – Em março, a Caixa anunciou que pretende abrir 91 agências no Ceará até 2015. Para os inscritos no concurso da Caixa e os já aprovados, a notícia veio em boa hora já que a expansão é acompanhada por mais contratações. O Sindicato já vinha cobrando há algum tempo mais convocações para o Estado já que a demanda por mais funcionários nas agências é crescente.

Plano de Expansão – O banco anunciou um plano agressivo de ex-pansão. A empresa pediu autorização do Banco Central para constituir um banco de investimento e divulgou que, até o fi m de 2013, abrirá 500 novas agências e mais mil casas lotéricas, com o propósito de chegar a todos os 5.563 municípios do País.

“A proposta da Caixa de expandir sua rede de atendimento e ampliar sua participação no mercado é po-sitiva, pois o aumento dos negócios irá refl etir nos resultados fi nanceiros da empresa, dando sustentação ao atendimento social, sua razão de existir. Porém é necessário que esse crescimento seja acompanhado de uma melhor estruturação, contratação de mais empregados e a eliminação de correspondentes bancários”, afi r-ma Plínio Pavão, diretor executivo da Contraf-CUT.

Extrapolação – O Sindicato pro-moveu, no dia 4/4, uma manifestação em frente ao Edifício Sede e à agência da Praça do Ferreira da Caixa, durante o Dia Nacional de Luta, contra a extrapo-lação da jornada e pelo fi m do trabalho gratuito. “Os bancários têm perdido a saúde em função das jornadas longas, das pressões, virando uma categoria de risco”, diz o empregado do banco

Más condições de trabalho e superlotação marcaram o ano

dos funcionários

e diretor do Sindicato, Áureo Júnior, acrescentando que o problema refl ete ainda na qualidade do atendimento.

Condições de trabalho – Em várias ocasiões o Sindicato denunciou as péssimas condições de trabalho no Edifício Sede do banco, na rua Sena Madureira. As falhas no sistema de refrigeração, os problemas nos eleva-dores, a falta de água, as infi ltrações e maus odores nos banheiros deixaram o ambiente caótico.

Em maio, dois procuradores da Procuradoria Regional do Trabalho, dois engenheiros de Segurança da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, um engenheiro contra-tado pelo Sindicato dos Bancários, representantes da CIPA e diretores do SEEB/CE e da Apcef/CE fi zeram uma inspeção no prédio devido às inúmeras denúncias.

“Nosso papel como representante dos trabalhadores é sempre defender a categoria, exigindo um ambiente com segurança e condições de trabalho fa-voráveis. As situações drásticas como falta de climatização e os problemas graves decorrentes da ausência total do sistema de combate a incêndio, são questões que iremos continuar fi scali-zando e exigindo condições dignas e de segurança para os empregados da Caixa”, afi rma Marcos Saraiva, diretor do Sindicato e funcionário da Caixa.

Horário estendido – Entre abril e maio, a Caixa ampliou o horário de atendimento das suas agências em uma hora, justifi cando com o aumento da demanda por conta das medidas adotadas pela empresa para baixar os juros e implementar novos programas de renegociação de dívidas – comu-nicando ainda que haveria expediente aos sábados.

O Sindicato dos Bancários do Ceará fez manifestação de protesto, conquistou uma liminar na Justiça do Trabalho para impedir a abertura das agências no sábado, mas viu a liminar cair numa demonstração do poder coercitivo da Caixa. “Essa foi uma agressão ao direito de descanso dos trabalhadores do banco. A jornada legal dos bancários é de seis horas,

de segunda a sexta-feira, conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Essa jogada de marketing da Caixa contraria os direitos dos empregados. A Caixa deveria, sim, abrir novas agências, contratar mais empregados e não violar a Convenção Coletiva dos Bancários”, denunciou Marcos Saraiva.

Superlotação – Filas gigantes, falta de estrutura para comportar os clientes, desorganização, número de funcionários insufi cientes e falta de senhas. Bastaram esses ingredientes para formar um caos nas agências da Caixa em diversas cidades do Ceará. O Sindicato denunciou diversas vezes a situação e questionou o modelo de abertura de novas agências divulgado pelo banco, que prevê inauguração de agências de pequeno porte, com contingente reduzido de funcionários. Para constatar as denúncias, o Sindi-cato esteve nas agências de Caucaia e Quixeramobim, onde encontrou as situações mais graves.

Campanha Salarial – Em as-sembleias realizadas no dia 27/9, em todo o País, a maioria dos empre-gados da Caixa aprovou a proposta específica do banco, inclusive o Ceará. A proposta contém avanços importantes, entre eles a PLR social de 4% do lucro líquido distribuído linearmente, contratação de mais 7 mil trabalhadores até 2013, melhoria nas condições de trabalho dos te-soureiros, a ampliação da concessão de bolsas de estudos, concessão de 6 horas por mês para estudar na Universidade Caixa dentro da jornada de trabalho e apresentação de estudo para critérios de descomissionamen-to até 31 de março de 2013.

CCV – Entre 7 de maio e 5 de dezembro deste ano, 186 empregados da Caixa protocolaram pedidos de instauração da Comissão de Conci-liação Voluntária junto ao Sindicato, referentes às 7ª e 8ª horas extras e Auxílio Alimentação. Das demandas apresentadas nesse período, 148 re-sultaram em acordo. O valor conciliado somou exatamente R$ 5.189.580,08.

De acordo com levantamento feito pelo Sindicato, até novembro deste ano, o Itaú era o campeão em demissões: foram 54 dispensas sem justa causa. Somente entre abril e maio, mais de 20 bancários fi caram desempregados por conta da ganância do banco. Em protesto a essa política, o Sindicato esteve à frente de diversas manifestações e paralisações das agências para denunciar à população a realidade vivida pelos bancários do Itaú. No dia 23/5, quatro unidades de Fortaleza cerraram as portas; no dia 12/6, mais duas agências não realizaram atendimento à população.

“Repudiamos essa forma desumana do Itaú de praticar demissões em massa, que são injustifi cáveis haja vista a alta lucratividade do banco. Repudiamos também a precarização das condições de trabalho, pois são poucos funcionários para dar conta de uma demanda crescente de clientes, como também o pouco investimento em segurança bancária”, afi rma o diretor do Sindicato e representante da Fetrafi /NE na COE-Itaú Ribamar Pacheco.

O presidente do SEEB/CE, Carlos Eduardo Bezerra destaca a contradição entre as demissões em massa e o desempenho econômico do Itaú. “Mesmo com o elevado lucro, o Itaú mantém uma política de demissões que atinge principalmente funcionários mais experientes de agências. Em muitos casos há substituição de bancários por outros com salários menores, situação que precariza a categoria e prejudica a população”, diz.

Segurança negligenciada – Em meio ao quadro alarmante de ações criminosas contra bancos, o Itaú esteve na contramão da segurança ao retirar as portas giratórias e colocando em risco a vida de bancários e clientes. “O Itaú tem sido um dos bancos mais visitados pelos assaltantes, fruto da facilidade após a retirada das portas giratórias com detectores de metais”, lembra Ribamar. Durante o ano, foram 15 ataques ao banco Itaú no Ceará.

Horário estendido – No fi m de agosto, o Itaú iniciou a implantação de um horário estendido de atendimento ao público, sobrecarregando os funcionários. A medida ainda causa extrapolação de jornada, fragilizando a organização de trabalho e, principalmente, afetando a qualidade de vida dos trabalhadores e a segurança dos bancários e clientes.

Uma agência do Centro de Fortaleza, por exemplo, teve o horário estendido até as 19h. No local, durante esse horário, não existe mais nenhum movimento de pessoas nem de comércio, tornando o ambiente mais inseguro.

No dia 5/12, foi realizado o Dia Nacional de Luta contra a decisão unilateral do banco de adotar um horário diferenciado em diversos lugares do País. Os bancários do Itaú de Fortaleza aderiram ao movimento e paralisaram três agências na Capital. A intenção foi pressionar o Itaú pra que reveja a medida e busque um novo modelo de organizar o atendimento sem negligenciar a segurança de bancários, clientes e usuários.

Demissões, assédio moral, horário estendido e insegurança

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Denúncias de má gestão, atraso no pagamento da PLR, péssimas condições de trabalho, extrapolação de jornada, luta pela isonomia e por direitos garantidos na Justiça. Em meio a tudo isso, os funcionários do BNB mostraram sua força de mobilização e garantiram a assinatura do acordo coletivo simultaneamente com os demais bancos federais, logo após o término da campanha salarial 2012.

Em defesa do BNB – Tudo come-çou com denúncias investigadas pelo Ministério Público e Polícia Federal e, de repente, o escândalo tomou conta da imprensa local. O Sindicato dos Bancários do Ceará então foi às ruas cobrar a apuração das denúncias de irregularidades e pedir o total afasta-mento dos remanescentes da gestão Roberto Smith, inclusive de seu su-cessor, Jurandir Santiago, já envolvido com desvios referentes à construção de banheiros para a população carente em vários municípios do Interior. Tudo isso em meio às comemorações de 60 anos de existência do BNB.

Sem muito o que comemorar, o Sindicato realizou várias manifes-tações cobrando a apuração das irregularidades, pois a má gestão criou um ambiente de trabalho precário, com agências pequenas e número insufi -cientes de funcionários para atender a demanda do Banco, que cresceu muito devido ao incentivo ao crédito. O resultado fi nal foi boa parte da diretoria do BNB afastada, incluindo o então presidente Jurandir, e uma situação de caos nas agências: funcionários sobrecarregados e superlotação, tanto na Capital quanto no Interior.

Paralelas às denúncias sobre a má gestão do Banco, os funcionários tiveram que intensifi car a mobilização para receberem um benefício garantido para todos os bancários em Conven-ção e Acordo Coletivo: a PLR. Também fruto da má gestão, o lucro do semestre fi cou aquém do esperado e a direção do Banco anunciou que não haveria dinheiro para fazer o pagamento da segunda parcela da PLR.

Os protestos resultaram na ele-

BANCO DO NORDESTE DO BRASIL

Mobilizações em defesa do BNB e por melhores condições de trabalho

vação de 9% para 11% do percentual de lucro líquido auferido pela Empresa no exercício de 2011 a ser distribuído com os trabalhadores a título de PLR. Motivaram também a tomada de algu-mas providências por parte da direção do Banco no sentido de conferir maior transparência nos processos de co-missionamentos que, agora, segundo a área de Desenvolvimento Humano, se darão somente por concorrência, seja qual for o nível de função, isto é, de Superintendente a Caixa Executi-vo. Além disso, após todos os atos de protestos e paralisações parciais realizados, os funcionários garantiram o direito aos 2% do lucro líquido distri-buídos linearmente a título de Adicional de PLR creditado no dia 1º/6/2012.

Caos nas agências – Superlo-tação, extrapolação de jornada, fun-cionários sobrecarregados e clientes esperando até três horas para serem atendidos. Essa é a realidade das agên-cias do BNB em Fortaleza e no Interior. O Sindicato realizou várias manifestações protestando contra a situação crítica do Banco. Na agência Bezerra de Menezes, os clientes chegam a fi car expostos do lado de fora aguardando a vez de entrar na unidade. Entretanto, a situação mais caótica é a da agência Centro. O prédio foi vendido para a Justiça Federal que já

está fazendo a reforma, enquanto que o BNB não soluciona o problema de um novo local para o funcionamento da agência. O resultado é ambiente de trabalho insalubre, com poeira e muito barulho, além da superlotação ocasio-nada pela redução do espaço físico da unidade, hoje limitada a dois andares.

No Interior, a situação não é di-ferente. Responsável por alguns dos programas de crédito mais procurados pela população de baixa renda, como AgroAmigo, CrediAmigo e Pronaf, o BNB tem apresentado um número insufi ciente de agências no Ceará alia-do a uma quantidade de funcionários também insufi ciente para atender a demanda. O Sindicato visitou vários municípios no Estado e constatou de-fi ciências que prejudicam a população e os funcionários como extrapolação de jornada, rede de agências sem capilaridade, poucos funcionários, infraestrutura precária, não pagamento de horas extras e desvio de função.

A entidade vem acompanhando ainda um inquérito civil contra o BNB por extrapolação de jornada instaurado pela Procuradoria Regional do Trabalho da 7ª Região, em Sobral. O inquérito referia-se a situação na agência de Granja onde denúncias apontam várias irregularidades.

Expansão – Um dos caminhos

apontados pelo Sindicato para resolver a questão do atendimento precário e das péssimas condições de trabalho do funcionalismo seria a abertura de novas agências aliada à convocação dos aprovados no concurso realizado para cadastro de reserva em 2010, com validade prorrogada pelo Banco até 2014.

O diretor do Sindicato e coor-denador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, Tomaz de Aqui-no, informou que o BNB já confi rmou a inauguração de 28 novas agências bancárias no Ceará durante o próximo ano. Além disso, o Banco informou que deve convocar mais turmas de aprova-dos no concurso de 2010. “Enquanto o BNB anuncia novas agências e as inaugura com prédios funcionais, o que o Banco está fazendo para melhorar a vida dos bancários e dos clientes das agências antigas que estão sem a mínima condição de funcionamento? O Sindicato dos Bancários vai continuar incansável na sua luta, denunciando essas péssimas condições”. Tomaz informou ainda que o Sindicato já instaurou junto ao Ministério Público do Trabalho um pedido para que sejam tomadas as providências.

Acordo Coletivo – Uma das gran-des vitórias dos funcionários do BNB

em 2012 foi a assinatura do acordo coletivo simultaneamente aos dos demais bancos federais. Só para com-parar, o acordo coletivo 2011/2012 foi assinado nove meses depois de fi nalizada a campanha salarial 2011, enquanto o atual acordo foi assinado cerca de dez dias após o fi m da greve.

Além de ser assinado em tempo recorde, o acordo 2012/2013 garantiu avanços importantes: ampliação da licença paternidade de cinco para 10 dias; mesa temática de previdência e saúde; assinatura do Protocolo para Prevenção de Confl itos no Ambiente de Trabalho; cumprimento de regras de segurança relacionadas ao transporte de numerário; implantação do ponto eletrônico em 2012; proteção aos clientes e caixas com implantação de biombos; contratação de 300 funcionários e abertura de 32 novas agências no Nordeste; e estabilidades para membros do Conselho de Ética.

Passivos trabalhistas – Enquan-to os benefi ciários da ação das folgas aprovaram o acordo em abril e já viram solucionada a sua questão, os benefi ciários da ação de equiparação completaram em 2012 bodas de prata de espera. A ação, que tramita há 25 anos na Justiça e que está na fase de execução, ainda se arrasta sem qualquer vislumbre de acordo satisfatório.

Buscando solucionar as discre-pâncias existentes entre os direitos de novos e antigos funcionários e tentando trazer para todos a extensão de benefícios reconquistados na jus-tiça, como licença-prêmio e folgas, o Sindicato ajuizou ação de isonomia em junho último. A ação, com pedido liminar, envolve a reivindicação de vários direitos e benefícios para funcio-nários do BNB, principalmente os que ingressaram a partir de 08/01/1997, posterior às resoluções do DEST que retiraram direitos dos trabalhadores. Nessa ação contra o BNB reclama-se benefícios como licença-prêmio, anuênios, folgas, promoções e auxílio material escolar. O processo tramita na 7ª Vara da Justiça do Trabalho.

CULTURA

O Coral do Sindicato dos Bancários do Ceará cantou e encantou em 2012. Criado em agosto de 2008, o Coral do Sindicato, que hoje integra o Coletivo de Cultura da entidade, apresentou-se pelas agências bancárias de Fortaleza em datas especiais como Carnaval e Natal. Com quatro anos de existência, o Coral é considerando um dos maiores do Ceará.

Em clima carnavalesco, em fevereiro o Coral se apresentou em várias agências de Fortaleza levando aos bancários e clientes a alegria das tradicionais marchinhas, como Cabeleira do Zezé, Me Dá Um Dinheiro Aí, Jardineira e Mamãe Eu Quero.

Já o Circuito Natalino teve início no dia 19/11 e durante um mês visitou agências da Capital e Região Metropolitana, além de uma visita ao Instituto de Promoção da Nutrição e do Desenvolvimento Humano (Iprede).

Para o maestro Rogério Jales, regente do Coral do Sindicato, “as festas de fi nal de ano anunciam um fi m de ciclo. Todo mundo vive um momento emocional muito positivo, de refl exão e confraternização. A música é um elemento que pode contribuir para que isso aconteça com mais facilidade, ou seja, para que as pessoas refl itam mais, parem para pensar e se emocionem. E o Coral, feito por pessoas que também estão sentindo a mesma coisa, ajuda nessa função”.

Participação em outros eventos – Além da participação em eventos da entidade,o Coral do Sindicato se apresentou também no Conservatório de Música Alberto Nepomu-ceno. O evento fez parte do projeto Regendo Caminhos do Canto Coral. O grupo fez parte ainda da programação do Natal em Canto, no Teatro da Caixa Cultural.

Quem quiser participar do Coral basta procurar o maestro Rogério nos dias dos ensaios, as terças e quintas, às 19h, na sede do SEEB/CE.

Coral do Sindicato leva música para as agências

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No mês de maio, sindicatos de todo o País denunciaram inúmeros problemas que os funcionários do Bradesco têm enfrentado no atendi-mento médico, laboratorial, hospitalar e odontológico. Falta de atendimento em diversas especialidades, número insufi ciente de médicos na rede cre-denciada (principalmente fora dos grandes centros), manutenção do plano de saúde após a aposentadoria, descredenciamento de profi ssionais do plano odontológico são algumas das principais reclamações. Após negociações, os trabalhadores con-quistaram importantes avanços.

Em reunião de negociação reali-zada no dia 18/7, fi cou estabelecido que o Bradesco Saúde incluiria no atendimento aos usuários, a partir do dia 4/8, especialidades como psicologia, psiquiatria, fonoaudiologia, nutricionista, entre outras, além de procedimentos como vasectomia. “Foi uma grande vitória dos trabalhadores porque essa era um reivindicação antiga”, comemora Carlos Henrique Colares, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará.

Odontoprev – Também houve avanços nas discussões sobre a melhoria do plano odontológico. Os bancários reclamavam de que, com a mudança do Bradesco Dental para o Odontoprev, muitos profi ssionais se descredenciaram. Mas o banco res-saltou que os funcionários passaram a contar também com os 24 mil dentistas

BRADESCO

Bradesco Saúde: problemas no atendimento aos usuários

da rede de atendimento da UNA, atual gestora do plano. Os representantes do banco admitiram que parte dos profi ssionais do Bradesco Dental não estão atendendo pelo Odontoprev, mas anunciaram que a UNA fará visitas a esses dentistas para que se creden-ciem e, assim, continuem atendendo os bancários.

Outra reunião – Apesar dos avanços, os trabalhadores conti-nuaram buscando melhorias. No dia 26/11, os sindicatos dos bancários da base da Fetrafi -NE se reuniram com o Bradesco para discutir diversas questões, mas tendo como foco o atendimento aos benefi ciários do plano de saúde. O Sindicato dos Bancários do Ceará foi representado pelo diretor da entidade e funcionário do Bradesco, Gabriel Motta.

No Ceará, o Sindicato recebeu várias reclamações referentes à ca-rência de profissionais credenciados no Saúde Bradesco em determinadas especialidades, principalmente no Interior – inclusive nas novas espe-cialidades incluídas. O Bradesco se comprometeu a retomar a negocia-ção com os profissionais e melhorar a rede de atendimento, inclusive fazer estudos de cidades-pólo para atender melhor quem mora longe da Capital e Região Metropolitana. “O banco se comprometeu a bus-car soluções para os problemas e ficou estabelecido um prazo, pois retomaremos em março do próximo ano para ver o que foi corrigido e melhorado”, disse Gabriel, acres-centando que também foi firmado compromisso de credenciar mais dentistas no Bradesco Dental.

ASSÉDIO MORAL

Nas proximidades do Natal, o Santander defl agrou uma onda de demissões em todo País. Em Fortaleza, em menos de um mês, foram demitidos 14 bancários. Essa foi a surpresa escolhida pelo banco para presentear os funcionários depois de lucrar R$ 5,694 bilhões de janeiro a setembro deste ano (25% do resultado mundial do banco espanhol).

De janeiro até novembro de 2012, o Santander Brasil demitiu, sem justa causa, 23 funcionários, de acordo com levantamento feito pelo Sindicato baseado nas homologações do Departamento Jurídico da entidade. A situação fi ca ainda mais alarmante diante do número insufi ciente de funcionários nas unidades bancárias, que refl etem negativamente nas condições de trabalho e na qualidade do atendimento. Por isso entre as principais reivindicações do movimento sindical está a realização de novas contratações e o fi m da rotatividade a fi m de gerar mais empregos e garantir melhor atendimento à população.

Em protesto contra as demissões, no dia 7/12, o Sindicato retardou em duas horas o atendimento da agência Aldeota 3193, um dos principais corredores bancários de Fortaleza. Lá, foram demitidos dois bancários, um deles – o gerente – em pleno expediente de trabalho deixando todos os funcionários abalados. Já no dia 18/12, os bancários paralisaram durante todo o dia a agência da Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza, acompanhando o Dia Nacional de Luta no Santander contra as demissões em massa.

“Essas demissões são injustas e discriminatórias. Nenhuma empresa pode demitir uma leva tão grande de trabalhadores sem ter uma justifi cativa plausível. Só há um motivo para a empresa demitir tantos trabalhadores: prejuízo. Mas não é o caso. Esse banco não teve prejuízo. Até setembro deste ano, ele havia lucrado quase R$ 5 bilhões, somente no Brasil. Se não fossem as ações dos sindicatos dos bancários do País inteiro seriam mais demissões”, afi rma o Eugênio Silva, diretor do SEEB/CE e funcionário do Santander.

De acordo com levantamento feito pela Contraf/CUT, que recebeu números de vários sindicatos por todo o País, vários desligados são gerentes e, portanto, com maiores salários, mostrando que o objetivo das demissões também é continuar praticando rotatividade. “Os bancários demitidos têm um perfi l: mais de 20 anos de banco, próximos à aposentadoria e até portadores de doenças ocupacionais. Isso é um verdadeiro absurdo. Não é admissível que os trabalhadores do Santander ajudem a produzir um lucro tão exorbitante e de repente o banco, na hora que bem entende, demite sem qualquer justifi cativa”, analisa Eugênio.

No Brasil – Segundo a Contraf-CUT, os dados de outros estados, por onde a onda de dispensas de dezembro também se alastrou, são preocupantes: 40 demissões em São Paulo, 30 em Pernambuco, 23 na Bahia, 14 em Alagoas e 10 na Paraíba. Houve também dispensas no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, dentre outros estados, além de Brasília. De acordo com dados repassados ao movimento sindical, o número de demitidos chegou a quase dois mil bancários.

“Ao invés de demitir, o banco deveria fazer mais contratações, como foi reivindicado pelas entidades sindicais na negociação com o banco no dia 22 de novembro, durante o Comitê de Relações Trabalhistas. Queremos melhores condições de trabalho, frear o adoecimento de trabalhadores e agilizar o atendimento aos clientes e usuários”, ressalta o diretor Eugênio.

“Isso é um absurdo, pois os trabalhadores brasileiros são os principais responsáveis pela maior fatia do resultado global da empresa. O banco não demite na Espanha onde há crise, nem em outros países da América Latina. Não aceitamos que dispensem os funcionários daqui”, afi rma o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra.

Estatística – No levantamento feito pelo Sindicato sobre as demissões em 2012 no Ceará, estão incluídas 20 instituições fi nanceiras. No total, de janeiro a novembro deste ano, foram dispensados sem justa causa 242 trabalhadores. O campeão da estatística é o Itaú, com 54 demissões no período citado. Em segundo lugar, o Bradesco (46), em seguida está a BV Financeira (45) e depois o Santander (23).

SANTANDER DESUMANO

Banco demite 1.280 bancários no País às vésperas do Natal

Em 2012, o trabalho dos bancá-rios continuou marcado pela rotineira pressão para o cumprimento de metas abusivas. O assédio moral, que geralmente acompanha essas cobranças, se mostrou comum entre gestores e foi apontado como um dos mais graves problemas da categoria bancária. Por isso mesmo, o combate a esse tipo de prática continuou sen-do uma das principais bandeiras de luta do movimento sindical.

“O assédio moral é uma mazela que tem afl igido a categoria bancária de forma sorrateira. O movimento sindical, em nenhum momento, pode cessar a luta contra essa práti-ca nociva ao trabalhador. Neste ano, o combate foi intensifi cado através de denúncias, manifestações e reuniões”, lembra Eugênio Silva, diretor do Sindicato.

BB – Em maio, um grupo de aproximadamente 20 gerentes do BB foi convocado a comparecer à Super/CE para serem informados que a direção nacional do banco estava exigindo que os gerentes que não cumprissem um sub item da meta – fi nanciamento de veículos – fossem todos descomissiona-dos por insubordinação, mesmo estando estes gerentes com suas metas de crédito já cumpridas – o que amplia ainda mais a injustiça, pois seriam punidos somente pelo não cumprimento de um sub item de suas metas.

Isso caracterizou não só a

A prática continua assombrando a categoria bancáriaprática nociva do assédio como ev idenc iou o desrespeito com as normas cole-tivas contratadas nacionalmente. O Sindicato dos Bancár ios do Ceará teve reu-nião com a Su-perintendência Estadual do BB, no dia 5/6, para apurar o fato. O Super não confi rmou se iria efetivar os descomissionamentos, mas insistiu que caso quisesse, era possível fazê-lo como ato de gestão.

BNB – Também em maio, os bancários benebeanos denunciaram ao Sindicato a política corriqueira de assédio moral por conta da pequena quantidade de funcionários das agên-cias. Na época, o Sindicato convocou os trabalhadores a não aceitarem telefonemas fora do expediente, alte-rações nas suas rotinas de trabalho e o acúmulo de atribuições fora de suas respectivas funções.

No dia 27/11, a Contraf-CUT renovou, com nove bancos, o acordo de combate ao assédio moral, con-quistado na Campanha Nacional de 2010. O primeiro acordo foi assinado em janeiro de 2011. A novidade deste ano foi a assinatura, pela primeira vez, do Banco do Brasil. Os demais bancos que fi rmaram novamente o documento foram: Itaú, Bradesco, Caixa Econômi-

ca Federal, Santander, HSBC, Safra, BIC, Votorantim e Citibank.

O acordo coletivo de trabalho aditivo – adesão ao Protocolo para Prevenção de Confl itos no Ambiente de Trabalho – também foi assinado por vários sindicatos e federações que decidiram aderir ao instrumento, previsto na cláusula 55ª da conven-ção coletiva, que defi ne um canal específi co para apurar as denúncias de assédio moral dos funcionários, que poderão ser encaminhadas aos bancos sem identifi cação do autor. Os bancos têm prazo de até 60 dias para responder aos sindicatos.

O que diz o acordo – Os bancos se comprometem a declarar expli-citamente condenação a qualquer ato de assédio e reconhecem que o objetivo é alcançar a valorização de todos os empregados, promovendo o respeito à diversidade, à coope-ração e ao trabalho em equipe, em um ambiente saudável.

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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos

Bancários no Estado do Ceará

Rua 24 de Maio, 1289 – Centro

CEP 60.020-001No ano em que a categoria bancária

comemora 20 anos da Convenção Coletiva, a Campanha Nacional conseguiu arrancar dos bancos uma proposta que avança em diversas questões. Depois de nove dias em greve (de 18 a 26/9) e de conseguir paralisar mais de 9 mil agências em todo o Brasil, os bancários conquistaram aumento real nos salários, pisos, verbas e nas parcelas fi xas da PLR e da parcela adicional.

O reajuste salarial foi de 7,5% e 8,5% sobre o piso de ingresso – o que signifi ca um ganho real de 2% e 2,95%, respectivamente. Os ban-cários também conseguiram 8,5% de reajuste sobre os auxílios-refeição e alimentação e 10% de aumento no valor fi xo da PLR.

Assim, o salário inicial do escriturário, por exemplo, passa de R$ 1.400,00 para R$ 1.519,00. O reajuste acaba refl etindo também em férias, 13º salário e Fundo de Garantia. Já a regra básica da PLR passa a ser 90% do salário mais R$ 1.540,00 fi xos, com teto de R$ 8.414,34. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados para 2,2 salários, com teto de R$ 18.511,54.

20ª Convenção Coletiva dos Bancários – No conjunto de 20 anos da Convenção Coletiva, os bancários conquistaram 16,22% de aumento salarial acima da infl ação desde 2004, além de ganho real de 35,57% mo piso e melhorias sucessivas na PLR.

“A Convenção Coletiva deste ano, além de ser histórica por ser a vigésima, é marcante por representar mais uma alcançada após uma intensa mobilização dos bancários em todo o País, mostrando que a força da categoria é a principal responsável por essas conquistas. Temos alcançado conquistas importantes, sem a interferência de terceiros, consolidando nossa estratégia de aumentos reais de salário, valori-zação do piso, melhoria da PLR e de avanços nas questões de saúde, segurança bancária e igualdade de oportunidades”, analisa o pre-sidente do SEEB/CE, Carlos Eduardo Bezerra

O presidente ressalta ainda que, no Brasil, a categoria bancária é a única que possui um acordo nacional com os mesmos direitos em todo o País. “A Convenção é um instrumento fundamental para a unidade nacional e para as conquistas de todos os bancários”, fi naliza.

Bancários conseguem conquistas importantes na 20ª Convenção Coletiva

2 de junho: BB e Caixa realizam encontro estadual

Cerca de 150 bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal estiveram reunidos no Ponta Mar Hotel, durante Encontro Estadual realizado pelo Sindicato dos Bancários do Ceará. Os bancários elegeram os delegados para o 28º Conecef e 23º Congresso Nacional dos Funcionários do BB e defi niram suas prioridades para o encontro nacional dos dois bancos, que aconteceu nos dias 15, 16 e 17/6, em Guarulhos (SP). Ao fi nal, foram eleitos oito delegados para o 28º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) e dez delegados para o 23º Congresso Nacional dos Funcionários do BB.

13 a 15 de julho: bancários do Nordeste de-fi nem prioridades em Conferência Regional

Em Fortaleza, 140 bancários de todo o Nordeste (sendo 47 delegados do Ceará) estiveram reunidos na I Conferência Regional da Fetrafi /NE. O evento serviu para defi nir a pauta dos bancários da região que foi levada à 14ª Conferência Nacional dos Bancários, de 20 a 22/7, em Curitiba (PR). Na plenária fi nal, realizada na manhã do domingo 15/7, os ban-cários do Nordeste aprovaram 5% de aumento real; PLR de três salários + verbas fi xas de natureza salarial; contratação da remuneração total do trabalhador; piso salarial equivalente ao salário mínimo ideal calculado pelo Dieese (em julho – R$ 2.416,38); melhores condições de trabalho, fi m das metas abusivas, combate ao assédio moral; fi m da terceirização, mais segurança para trabalhadores e clientes, entre outros pontos.

22 de julho: em conferência nacional, bancá-rios defi nem pauta de reivindicações

Os 629 delegados (428 homens e 201 mulheres) e 43 observadores de todo o País que participaram da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em Curitiba, aprovaram na plenária fi nal a pauta de reivindicações da Campanha 2012, que inclui reajuste de 10,25% (infl ação mais 5% de aumento real), piso igual ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,00), PLR equivalente a três salários mais R$ 4.961,25

RELEMBRE OS PRINCIPAIS FATOS:fi xos, além de mais contratações e fi m da ro-tatividade, fi m das metas abusivas e combate ao assédio moral.

A Conferência também decidiu intensifi car a luta pelo cumprimento da jornada de 6 horas para todos, pela contratação da remuneração total do bancário e pela ampliação da campanha pela inclusão bancária, que assegure prestação de todos os serviços fi nanceiros a toda a população, realizada em agências e PABs por profi ssionais bancários, de forma a garantir atendimento de qualidade, respeitando as normas de segurança e protegendo o sigilo bancário.

1º de agosto: Comando Nacional entrega à Fenaban pauta de reivindicações

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, entregou ao presidente da Fenaban, Murilo Portugal, a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2012, em São Paulo. O encontro contou com a parti-cipação do novo presidente da CUT Nacional, o bancário Vagner Freitas.

Entre os principais pontos da pauta de reivindicações estavam o reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5% mais a reposição da infl ação projetada de 4,97% para o período), piso de R$ 2.416,38 (salário mínimo calcula-do pelo Dieese), participação nos lucros ou resultados (PLR) de três salários mais parcela fi xa adicional de R$ 4.961,25, além de vales-refeição, cesta-alimentação e auxílio-creche no valor de R$ 622,00 cada.

9 de agosto: bancários cearenses lançam Campanha Nacional no Centro de Fortaleza

De forma bem humorada, o SEEB/CE fez o lançamento da Campanha Nacional dos Bancários 2012, no Centro de Fortaleza, desenvolvendo o tema “Chega de Truques, banqueiro!”. A manifestação começou com um ato público em frente ao Banco do Nordeste, na Praça Murilo Borges e seguiu em passeata pelas ruas centrais da Capital.

16 de agosto: Sindicato mobiliza a categoria em caminhada pela Aldeota

O Sindicato dos Bancários do Ceará

continua a divulgar a Campanha Salarial 2012 entre bancários e população. Foi realizada uma caminhada pelo corredor bancário da Aldeota para mobilizar a categoria e escla-recer usuários e clientes sobre os “truques dos banqueiros”.

12 de setembro: bancários deliberam por greve a partir do dia 18/9

Reunidos em assembleia no dia 12/9, os bancários do Ceará deliberaram por greve por tempo indeterminado a partir do dia 18/9. Os cerca de 300 bancários presentes à assembleia rejeitaram a proposta da Fenaban. A decisão seguiu orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, que considerou insufi ciente a proposta dos bancos de reajuste de apenas 6% sobre todas as ver-bas salariais, o que representava um aumento real de apenas 0,58%, menor que o índice da quase totalidade dos acordos feitos por outras categorias no primeiro semestre do ano, que obtiveram ganhos superiores a 5% acima da infl ação.Os bancários de todo o País também rejeitaram a proposta da Fenaban e aprovaram a defl agração de greve nacional.

27 de setembro: bancários do Ceará decidem pelo fi m da greve

Reunidos em assembleia, os bancários do Ceará deliberaram pelo fi m da greve nos bancos públicos e privados, depois de 10 dias de paralisação (um a mais do que o movimento grevista nacional).

Banrisul – A greve nacional dos bancários foi encerrada no dia 26/9, mas os funcionários do Banrisul continuaram fi rmes no movimento para reivindicar a implementação do novo pla-no de carreira. Em todo Brasil, 331 agências foram paralisadas, sendo 314 no Rio Grande do Sul e 17 em outros estados. No Ceará, o banco também fi cou de portas fechadas. No dia 3/10, depois de negociação específi ca entre a direção do banco e o Comando dos Banrisulenses, em Porto Alegre, acabou a greve no banco gaúcho. A maioria das bases, incluindo o Ceará, aceitou a proposta.

A Secretaria de Esporte e Lazer do Sindicato realizou, durante todo o ano, vários eventos esportivos no intuito de promover ainda mais a unidade da categoria. “Ficou constatado o poder de mobilização que o esporte e o lazer têm na organização dos trabalhadores. Nós também oportunizamos esses encontros para discutir-mos sobre as questões gerais da categoria”, avaliou o diretor do Sindicato, Ribamar Pacheco.

COPA DOS CAMPEÕES: No dia 28/1, acon-teceu a abertura do VI Copa dos Campeões de Futebol Soçaite dos Bancários, que teve como grande vencedor o time do Bradesco, com o placar de 3 x 1 contra a APCEF. A terceira colocada foi a equipe do Safra, que venceu a equipe da AABB pelo placar 1 x 0. O artilheiro do campeonato foi o atleta Juninho, da equipe da AABB, com 8 gols marcados. O melhor goleiro da competição foi o atleta Ricardinho, do Bradesco. A equipe mais disciplinada foi o Bradesco Polo.

FUTSAL: A 30ª edição do Campeonato de Futsal dos Bancários teve como campeão o Bradesco, que derrotou a equipe da Apcef pelo placar de 9 x 1, no dia 11/8. A terceira colocada da competição foi a equipe Santander, que ven-ceu a AABB pelo placar de 6 x 2. A equipe mais disciplinada foi o Santander. O melhor goleiro foi

o atleta Marcelo da equipe Bradesco e o arti-lheiro do campeonato foi o atleta Jorge Cláudio, também do Bradesco, que assinalou 11 gols na competição. Para comemorar o encerramento do Campeonato, com entrega das medalhas e troféus foi realizada uma confraternização entre os atletas e convidados logo em seguida aos jogos, no Clube da Caixa.

MASTER: No dia 13/9, teve início o II Campeonato Master de Futebol Soçaite dos Bancários. O campeonato conta com a partici-pação de cinco equipes: AABB, Bradesco Pólo, Apcef, Turma do Racha e Combativos. A fi nal do campeonato acontece no dia 12 de janeiro. A intenção do torneio master é incentivar a prática esportiva entre os bancários com mais de 40 anos. O primeiro campeonato desta modalidade aconteceu em 2011, quando o time da Apcef foi o grande campeão.

FUTSOÇAITE DOS BANCÁRIOS: No dia 18/8, começou o XXVI Campeonato de Futebol Soçaite dos Bancários. A modalidade é dispu-tada por 11 equipes – AABB, Bradesco, Apcef, Bradesco Polo, BNB, Santander, Apcef Metro-politano, BNB Calouros 6, Bradesco Empresas, Uniclass e BB Metropolitano. A decisão fi nal do campeonato também acontece no começo do próximo ano.

ESPORTE DOS BANCÁRIOS: MUITOS GOLS E EMOÇÃO

Bradesco campeão da VI Copa dos Campeões

Bradesco campeão do XXX Campeonato de Futsal dos Bancários

Ribamar Pacheco, diretor de Esporte e

Lazer do SEEB/CE, na entrega dos troféus