Fornecedores Hospitalares - Ed. 171

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A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOSPITALAR HOSPITALARES FORNECEDORES Ano 18 • Edição • 171 • Janeiro de 2010 Saiba quais são as tendências, os desafios e as oportunidades para o setor neste ano PERSPECTIVAS PARA A EM 2010 SAÚDE

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A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOSPITALAR - Ano 17 • Edição • 171 • Janeiro de 2010 PERSPECTIVAS PARA SAÚDE EM 2010: Saiba quais as tendências, os desafios e as oportunidades para o setor este ano.

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A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOSPITALARHOSPITALARESF O R N E C E D O R E S

Ano 18 • Edição • 171 • Janeiro de 2010

Saiba quais são as tendências, os desafios e as oportunidades para o setor neste ano

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Índice

� revista Fornecedores Hospitalares

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Janeiro 2010 - Número 171

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12 I EntrevistaPaulo Marcos Senra Souza, da Amil, fala sobre as operações da operadora depois da aquisição da Medial

14 I .ComConfira o que foi destaque no portal Saúde Business Web

22 I Raio XEm transição

26 I PanoramaOtimismo controlado

34 I ArtigoO desafio de gestão do SUS

35 I Saúde Business SchoolConfira as dicas de nossos consultores sobre Gestão de Qualidade

44 I Espaço JurídicoRecuperação judicial na UTI

46 I De olho na indústria Parceria estratégica

50 I TecnologiaProjeto de melhoria

54 I After Hours

56 I Livros

58 I Carreiras

74 I Hot Spot

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Ana Paula Martins • [email protected]

Thaia Duo • [email protected]

Bruno Cavini • [email protected]

Alfredo Cardoso • Diretor de normas e habilitações da ANSEdson Santos • Presidente do Grupo Vita e vice-presidente do International Hospital GroupLuiz de Luca • Diretor - superintendente do Hospital 9 de JulhoMarília Ehl Barbosa • Presidente da CapesespPedro Fazio • Diretor da Fazio Consultoria

Gaby Loayza • [email protected]

Ana Luísa Luna • [email protected] Vicari • [email protected]

Luciana Macedo • [email protected] • (11) 3823-6633

Tania Machado • [email protected] • (11) 3823-6651

Fabio Leite Angelozi • [email protected] • (11) 3823-6706Gabriela Marcondes • [email protected] • (11) 3823-6629Jucilene Marques • [email protected] • (11) 3823-6604

rio de Janeiro: Sidney Lobato • [email protected]: (21) 2275.0207 Cel: (21) 8838-2648

rio Grande do Sul: Alexandre Stodolni • [email protected]: (51) 3024-8798 Cel: (51) 9623-7253

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DIRETOR-EXECUTIVO E PUBLISHER Alberto Leite • [email protected]

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Adelson de Sousa • [email protected]

Miguel Petrilli • [email protected]

João Paulo Colombo • [email protected]

Guilherme Montoro • [email protected]

Stela Lachtermacher • [email protected]

Marketing – Emerson Moraes • [email protected]

Gerente – Marcos Toledo • [email protected]

Analista – Andreia Marchione – [email protected]

Gerente – Marcos Lopes • [email protected]

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EU FIZ A DIFERENÇA.

Buscamos a NIAHOSM por acreditarmos que a Norma tem foco intenso na segurança e no resultado

da assistência prestada ao paciente, que por sua vez dependem do gerenciamento efi ciente

de toda a cadeia de processos hospitalares, com grande ênfase na gestão de riscos. Sabemos

o quanto é importante para os pacientes, que buscam uma instituição de saúde, seja com a

fi nalidade de prevenção, diagnóstico ou tratamento, ter confi ança nos serviços prestados.

Estamos convictos que, seguindo os padrões preconizados pela NIAHOSM, estamos efetivamente

obtendo melhores resultados nos campos assistencial, tecnológico, fi nanceiro, de mercado e

imagem, recursos humanos, processos e de qualidade para os diversos clientes do Mater Dei.

Dra. Márcia Salvador Géo, Diretora Operacional, Hospital Mater Dei

São Paulo/SPAv. Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100Bloco D – 3º andar – Vila CruzeiroCEP 04726-100Telefone:+55 11 3305 3305Fax.: +55 11 3305 [email protected]

DNV no BrasilSalvador/BARua Dr. José Peroba, 149, Sala 1101Ed. Centro Empresarial Eldorado – StiepCEP 41770-790Telefone: +55 71 3273 3700Fax: +55 71 3272 [email protected]

Belo Horizonte/MGAv. do Contorno, 5351,Sala 310 – Funcionários CEP 30110-923Telefone: 31 3281 9098Fax: +55 31 3281 [email protected]

Rio de Janeiro/RJRua Sete de Setembro, 11111º andar – CentroCEP 20050-006Telefone: +55 21 3722 7235Fax: +55 21 3722 [email protected]

Caxias do Sul/RSAv. Rio Branco, 7,Sala 906 – Bairro São Pelegrino CEP 95010-060Telefone: +55 54 3223 4326Fax: +55 54 3214 [email protected]

A DNV - DET NORSKE VERITAS parabeniza o HOSPITAL MATER DEI pela vitória da Melhoria Contínua da Assistência, pela Excelência

na Gestão do Risco Assistencial e pela conquista da Acreditação Internacional NIAHOSM

Da esquerda para a direita: Diretor Clínico - Henrique Moraes Salvador; Diretora Operacional - Márcia Salvador Géo; Diretor Administrativo - Dr. José Helvécio de Souza; Diretora Financeira - Maria Norma Salvador Ligório; Presidente - José Salvador Silva.

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CANAL ABERTO

8 REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES

EU LEIO AFORNECEDORES HOSPITALARES

Para anunciar ligue: (11) 3823-6633 • E-mail: [email protected]

PRÓ XI MA EDI ÇÃO

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DENISE SANTOS, presidente do Hospital São Luiz

PELAS PÁGINAS DA FORNECEDORES HOSPITALARES ACOMPANHAMOS AS MUDANÇAS QUE OCORREM NA ÁREA, DESDE AS INOVAÇÕES, OS AVANÇOS DA CIÊNCIA MÉDICA, A PROMOÇÃO E A PREVENÇÃO DA SAÚDE ÀS TRANSFORMAÇÕES DOS MODELOS DE GESTÃO. A CADA EDIÇÃO O LEITOR PODE ENXERGAR COMO OS ACONTECIMENTOS ATUAIS PODERÃO DEFINIR O FUTURO DESSE SETOR

O MELHOR DA ÚLTIMA EDIÇÃO

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A equipe da Unidade de Saúde da IT Mídia elegeu o anúncio da Mercedes Imec, publicado na página 09, como o mais bonito da edição de Dezembro. A peça foi criada pela agência Lepera, e aprovado por Maria Alice da Mercedes Imec.

MAIS VALORSaiba como criar valor para os serviços hospitalares e obter melhores condições de negociação com

as fontes pagadoras

SAÚDE BUSINESS SCHOOL No segundo capítulo, nossos consultores abordam o conceito de Gestão de Hospitalidade

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EU FIZ A DIFERENÇA.

Um aspecto importante da metodologia NIAHOSM é a utilização da premissa básica de

conformidade com a norma ISO 9001, que já está implementada no Biocor Instituto desde

1995, o que foi decisivo para este reconhecimento internacional, especialmente no que

se refere à gestão estruturada de processos, resultados e busca contínua da melhoria do

sistema, resultando em maior segurança dos pacientes e do desempenho operacional.

Contudo, o modelo da NIAHOSM efetivamente agrega valor às instituições de saúde e foi este

diferencial bem conduzido pelo DNV que cativou o Biocor Instituto neste novo desafi o.

Dr. Mário Vrandecic, Diretor Geral do BIOCOR INSTITUTO

São Paulo/SPAv. Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100Bloco D – 3º andar – Vila CruzeiroCEP 04726-100Telefone:+55 11 3305 3305Fax.: +55 11 3305 [email protected]

DNV no BrasilSalvador/BARua Dr. José Peroba, 149, Sala 1101Ed. Centro Empresarial Eldorado – StiepCEP 41770-790Telefone: +55 71 3273 3700Fax: +55 71 3272 [email protected]

Belo Horizonte/MGAv. do Contorno, 5351,Sala 310 – Funcionários CEP 30110-923Telefone: 31 3281 9098Fax: +55 31 3281 [email protected]

Rio de Janeiro/RJRua Sete de Setembro, 11111º andar – CentroCEP 20050-006Telefone: +55 21 3722 7235Fax: +55 21 3722 [email protected]

Caxias do Sul/RSAv. Rio Branco, 7,Sala 906 – Bairro São Pelegrino CEP 95010-060Telefone: +55 54 3223 4326Fax: +55 54 3214 [email protected]

A DNV - DET NORSKE VERITAS parabeniza o BIOCOR INSTITUTO pela vitória da Melhoria Contínua da Assistência, pela excelência

na Gestão do Risco Assistencial e pela conquista da Acreditação Internacional NIAHOSM

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EDITORIAL

10 REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES

BEM-VINDOS A 2010Fo

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ANA PAULA MARTINS É EDITORA DA UNIDADE DE SAÚDE DA IT MÍDIA S.A

Ano novo, vida nova. Será mesmo? Pelo menos é com otimismo que ini-ciamos 2010, não só esperando que seja um bom ano, mas nos plane-jando e organizando para que tudo seja melhor: relações, informações,

projetos, entrega. Aqui na redação da Fornecedores Hospitalares, começamos o ano traçando um cenário para o setor em 2010, com uma grande reportagem analisando aspectos econômicos, sociais e políticos e seus impactos para os diferentes players. As tendências são positivas e mostram um panorama com importan-tes desafi os. As eleições também prometem agitar o setor. A saúde sempre aparece como prioridade nos discursos dos candidatos, resta saber o quanto de inovação será trazido em termos de gestão, ou se as promessas fi carão focadas em construção de novos hospitais e novas unidades de saúde. E como melhorias devem ser perseguidas sempre, também trouxemos algumas novidades para a revista. A indústria voltou ter o seu espaço na publicação. Como estamos focados em gestão hospitalar e integração da cadeia, a seção De Olho na Indústria retorna trazendo novidades sobre ofertas e inovações dos fornecedores para os hospitais.Outra novidade é a segunda edição do projeto Saúde Business School. Depois de falar sobre planejamento, o foco agora é gestão hospitalar. Realizado em parceria com instituições de ensino e consultorias especializadas, cada módulo falará sobre a administração de uma área específi ca do hospital. Estreamos fa-lando sobre Gestão da Qualidade. E como apresentação é tão importante quanto conteúdo, o projeto gráfi co tam-bém vem com algumas novidades, para deixar a leitura ainda mais agradável.Enfi m, começamos o ano ratifi cando o nosso compromisso de trazer informa-ções relevantes, que contribuam com o desenvolvimento do setor, e desejando que esse relacionamento seja cada vez mais próspero. Um ano de sucesso para todos nós!

Boa leitura!

Ana Paula MartinsAna Paula Martins

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EntrEvista

12 rEvista FornEcEdorEs HospitalarEs

estratégiasDepois da aquisição milionária do controle da Medial, e de alcançar uma carteira com 4,2 milhões de vidas, a Amil tem o desafio de alinhar as operações das empresas. Em entrevista à FH, o médico e assessor da presidência da Amil, Paulo Marcos Senra Souza, conta como ficará a operação e relata as estratégias da empresa para o segmento de alto padrão

Ana Paula Martins – [email protected]

Fornecedores Hospitalares: O ano de 2010 começa com um de-safio para a Amil: alinhar as operações da Medial com os negó-cios da operadora. Quais serão as etapas desse processo e qual o prazo para que elas estejam operando de forma uniforme?Paulo Marcos Senra Souza: A Medial é uma empresa de capital aberto com quase 50% do seu capital pulverizado na bolsa. A Amilpar irá colaborar com pessoas, métodos e pro-cessos na gestão da Medial de forma a obter uma performance similar a da Amil, o que é absolutamente possível .

FH: A Amil já tem uma vasta experiência em aquisições, seja de hospitais, de centros de medicina diagnóstica e até mesmo a aquisição de operadoras como a Dix e a Blue Life, mas nenhuma se compara a magnitude dessa operação, que trouxe quase 1,5 milhão de vidas para a carteira da Amil. Quais são os desafios de assumir uma operação como essa?Souza: Os desafios, independente do volume de vidas, são: preservar e ampliar a carteira de clientes, tanto empresas quanto consumidores finais, preservar e ampliar a rede de prestadores e fidelizar e desenvolver talentos em todas as áreas como a técnica, a comercial, a operacional e nos serviços assis-tências como hospitais e centros de diagnóstico e tratamento.

FH: Do ponto de vista organizacional, como ficarão os car-gos executivos das operações. Os executivos da Amil absor-verão as atividades? Souza: A Medial manterá o conselho e executivos nas fun-ções clássicas de uma operadora, alguns poucos executivos da Amilpar colaborarão com experiências específicas em projetos de melhoria de performance desta nova Medial.

FH: Uma preocupação grande dos hospitais com a aquisi-ção da Medial pela Amil é a questão da verticalização. A Amilpar desenvolve um modelo altamente verticalizado, concentrando hospitais próprios e tendo os hospitais par-ceiros que compõem o grupo Esho, e agora incorporou mais 10 hospitais, sendo um em construção. Como ficará a rela-ção com a rede credenciada?

Souza: Mais de 60 % das internações do grupo são feitas na rede de mercado e na Medial que atua em todo o Brasil, não será diferente. Dependemos da rede aberta para seguirmos crescendo num país de mais de 5 mil municípios é impossí-vel atuar pensando em verticalização como solução tanto para custos quanto qualidade, como pretendemos seguir crescendo a rede credenciada é fundamental na nossa estratégia. A verti-calização tem sido muito útil na atenção ao modelo de medici-na de grupo clássica, que é um dos segmentos em que atuamos, como na atenção a clientes de carteiras, como a da Amesp, adquirida em anos anteriores pela Medial. Os segmentos de rede referenciada e de livre escolha sempre serão internados na rede de hospitais de mercado. Muitos dos hospitais parcei-ros e com participação acionária do grupo Amil atendem aos concorrentes e ao mercado em geral. A verticalização tem sido uma fatalidade na nossa história, uma vez que o grupo Amil iniciou sua atuação administrando hospitais.

FH: Outra questão importante é o modelo diferenciado na gestão dos hospitais da Amil e da Medial. Os hospitais do grupo relacionado à Amil têm um estilo diferenciado de gestão, mostrando-se altamente eficientes e profissionali-zados. Isso será levado para os hospitais adquiridos?Souza: Sim, uma das vantagens da aquisição do controle da Medial pela Amil é poder transferir o máximo de conheci-mento e sinergias às operações da Medial, e isso não implica em incorporação e é muito bem visto pelo mercado, investido-res e clientes.

FH: Com uma estratégia agressiva de aquisições e com uma atuação no mercado baseado no conceito de assis-tência integral, qual o grande objetivo da Amil no cená-rio de saúde?Souza: O objetivo da Amil esta em seu DNA: oferecer acesso ao melhor da medicina para uma parcela cada vez maior de clientes, a um preço justo e atenção de qualidade de acordo com as exigências dos segmentos de população que fazem par-te de nossos diversos planos e operadoras.

FH: Hoje vocês detêm uma cartei-ra de 4,2 milhões, o que represen-ta quase 10% do mercado de saú-de suplementar nacional. Tirando o aspecto do negócio/lucro, essa grande representatividade também traz um peso para a operadora: a diferença que vocês podem fazer no cenário de saúde brasileiro, contri-buindo para o seu desenvolvimento. Como vocês avaliam o desempenho de vocês nessa questão? Souza: A diferença será sempre ser-virmos de exemplo na formação de gestores e na inovação na área ge-rencial e assistencial, como o Amil-resgate e o Totalcare. Logramos esta posição de forma independente, pois não fazemos parte de grupo econô-mico e temos a saúde como nosso ne-gócio central. Estes resultados foram obtidos com uma forte parceria com nossa rede de mais de 30 mil creden-ciados, que sempre foram nossa prin-cipal referência, com a fidelidade de nossos clientes, muitos deles conosco desde a fundação do grupo, e com a dedicação de o talento de colabora-dores a grande maioria formados pela Universidade Corporativa Amil. FH: E olhando o cenário, as mudan-ças no mercado ao longo desse perí-odo, a criação do SUS nesse meio tempo e da ANS. Houve grandes e importantes mudanças no cenário. Na visão do principal player priva-do do setor de saúde no País, quais

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estratégiasAna Paula Martins – [email protected]

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Uma das vantagens da aquisição do controle da Medial pela Amil é poder transferir o máximo de

conhecimento e sinergias às operações da Medial

serão os rumos do setor num espaço de 10 anos?Souza: Hoje a assistência suplementar atende a cerca de 20% da população, sendo que nos estados do Sudeste esta participação chega a 40%, na nossa vi-são é que a penetração no Nordeste, Norte e Centro-Oeste crescerá sig-nificativamente a medida que houver crescimento da renda disponível das famílias e incorporação de trabalha-dores à formalidade. Acreditamos que a assistência odontológica seguirá am-pliando e que haverá uma solução para a assistência farmacêutica que ainda não é coberta na cadeia da medicina complementar. O mercado continuará consolidando no sentido de oferecer reservas e garantias ao risco em saúde. A solidez e a confiança são fundamen-tais para o enfrentamento de situações como as ocorridas na dengue a na gri-pe H1N1.

FH: Já há algumas mudanças impor-tantes acontecendo na Amill, com a criação da One Health, que será foca-da em serviços de alto padrão, e com a mudança da Esho para Lifecare. Quais serão as novidades e as metas da operadora em 2010? Souza: A grande novidade para 2010 será o lançamento do One Health, que era o segmento que faltava ao por-tfólio do grupo no sentido de atender ao topo da hierarquia das empresas e de classes de renda que até recente-mente buscavam a medicina privada. Para que todos compreendam as sin-gularidades e diferenciais deste novo segmento do grupo dependemos de uma entrevista no próximo número da revista.

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14 revista Fornecedores Hospitalares

As 10 mAis clicAdAs

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Webcast Entrevista

Assista outras entrevistas no

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Hospital Unimed-BH é inaUgUradoa cooperativa investiu r$ 80 milhões no novo empreendimento. nos últimos quatro anos, foram investidos cerca de r$ 100 milhões em serviços. Foco é formatar o sistema e investir na qualificação da rede

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Pedro FazioÚltimo post: Um novo tempo para a saúde suplementarpedro Fazio é economista e diretor da Fazio Consultoria

Roberto Latini Último post: o Custo de regularroberto latini é diretor da lati-ni & associados e irá abordar as regulações do setor de Vigilância sanitária

BlogsLeia e discuta com nossos blogueiros os assuntos mais quentes do mês:www.saudebusinessweb.com.br/blogs

SP: hoSPitaiS municiPaiS

terão metAs de Atendimentoos hospitais municipais arthur ribeiro saboya (Ja-baquara); Carmino Caricchio (tatuapé); prof. dr. alípio Correa neto (ermelino matarazzo) e dr. Fer-nando mauro pires da rocha (Campo limpo) passa-rão por avaliações mensais e trimestrais. a ação faz parte de um acordo assinado entre as instituições e a secretaria municipal da saúde de são paulo. as avaliações serão baseadas em indicadores estabe-lecidos entre as partes, por meio de uma consultoria especializada e pelos próprios gestores das unidades. os estabelecimentos que alcançarem 100% das metas receberão, a cada três meses, r$ 300 mil.

Leia mais:www.saudebusinessweb.com.br – Seção Gestão

Grupo Amil inauguraunidade avançada do Tatuapé

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Receita aperta o cerco aos profissionais de saúde

Médicos não precisam mais preencher o CID

Amil desiste de fechar o capital da Medial

Compra da Medial pelaAmil é aprovada pela ANS

IPO do Fleury deveacontecer no dia 17

Operadoras de planosde saúde serão investigadas

Unimed-BH apostana formatação do sistema

Deputados querem carreirade Estado para médicos

Foto: Glowimages

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Fornecedores Hospitalares revista 15

a aquisição da medial pela amil deu o que falar! a agência nacional de saúde suplementar aprovou a com-pra milionária da amil e, a partir de agora, a aquisição deverá passar pelo Conselho administrativo de defesa econômica (Cade). após a aprovação, a amil participa-ções informou ter desistido de fechar o capital da medial saúde, conforme havia sido anunciado. de acordo com a operadora, será realizada somente oferta pública obrigatória de aquisi-ção de ações de emissão da medial em decorrência da alienação de con-trole da companhia - adquirida em novembro passado por pouco mais de r$ 600 milhões. grande parte dos hospitais e da con-corrência aposta que a aquisição pode afetar o segmento de várias maneiras, conforme mostra a pesquisa realiza-da pelo portal saúde Business Web: 54,97% dos leitores acreditam no prejuízo do setor; enquanto 26,49% acreditam, sim, que a aquisição deve-rá fortalecer o segmento.

No aRparticipe da nossa enquete! Vote emwww.saudebusinessweb.com.br/enquete

O orçamento de 2010 da saúde teve um reajuste de 5,9%. O total de R$ 62,4 bi será suficiente para o setor?

m sim. Boa parte deste montante deverá beneficiar o sUs

m não. é preciso mais verba para a saúde não enfrentar uma situação dramática

m o valor atribuído a pasta da saúde ain-da deve sofrer alterações

Resultadoda enquete

2010: ano de eleição. pelas regras da Justiça elei-toral, os ocupantes de cargos no governo, em qual-quer um dos níveis, devem deixar o posto até 3 de abril, seis meses antes do pleito. mas a proximi-dade da data em que os brasileiros devem definir quais serão os novos deputados estaduais e fede-rais, senadores, governadores e presidente da repú-blica não preocupa os players da saúde. o fato do governo não poder publicar novos edi-tais a partir do segundo trimestre do ano alivia os choques nas empresas do setor. “isso é lei. então você tem entendimento legal de estar trabalhando sem novos editais e os impactos em projetos que já estão em andamento serão mínimos”, comenta o diretor de administração e saúde da indra, mar-cello palha, ao lembrar que há 10 anos até mesmo as eleições estaduais e federais impactavam bas-tante nas vendas e trabalhos da empresa por que-bra de contratos. para garantir a continuidade dos seus projetos e evitar os maus resultados de um ano eleitoral, a in-dra tem dedicado uma atenção maior às cidades em que desenvolve trabalhos de ação de venda. “parte de nossas soluções mantém o mesmo foco dos anos anteriores no governo eletrônico, segu-rança pública e saúde, entretanto o nosso cliente alvo muda, passando a ser os governos municipais em detrimento dos governos estaduais, porque com esses não teremos muito o que oferecer e fazer a partir de abril ”, explica palha. a estratégia da in-dra é dar atenção aos estados apenas nos primeiros meses de 2010 para tentar consolidar o processo até a data em que os ocupantes de cargos no gover-no deixem o posto. neste ano, a indra busca atender com prioridade as regiões sudeste e sul do país, devido ao número maior do piB. Um exemplo é o contrato assinado com o município de Belo Horizonte, em minas gerais. “temos tudo muito bem definido para que o ano eleitoral, independente da esfera, não impac-te no nosso trabalho”, afirma. é com a mesma estratégia e confiança na conti-nuidade dos projetos que a intersystems planeja as

vendas de novos contratos em 2010. a política na saúde é vista pela empresa numa esfera municipal e as eleições desse ano devem afetar de forma mi-noritária os seus trabalhos, segundo o diretor ge-ral da intersystems para a américa latina, Carlos eduardo Kulh nogueira. “na área pública temos projeto no distrito Federal que é o gdF, e ele vai continuar normal. nosso foco é seguir trabalhando, dificilmente vai ter rup-tura em qualquer projeto”, conta nogueira.

ElEiçõES 2010 não dEvEm afEtar

As vendAs do setorThaia Duó - [email protected]

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Foto: Divulgação

Carlos Nogueira, da Intersystems: Eleições não prejudicam o cronograma da empresa

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16 revista Fornecedores Hospitalares

OpiniõesConfira os quatro artigos mais lidos do mês

Setor de equipamentos médicos deve superar a marca de 100 mil empregos em 2010Em artigo, o diretor da Abimed, Reynaldo Goto, comenta os fatores que colaboraram para o crescimento do setor

O difícil repensar da saúde no Brasil“OPAS recomenda que os países apliquem pelo menos 6% do PIB nos diferentes pro-gramas voltados à saúde”, relata Carlos Stempniewski

Considerações sobre as exigências para empresas fornecedoras de pro-dutos para saúdeO advogado Evaristo Braga de Araújo Júnior comenta as regras da Anvisa para a Certifi-cação de Boas Práticas de Fabricação

São Paulo caminhapara a desospitalizaçãoGeorge Schain, presidente do Hospital San-ta Paula, relata os dados apresentados pela ANS: 1.800 novos leitos até 2012

DeputaDos querem carreira de estadO para médicOs

Os deputados Ronaldo Caiado (DEM/GO) e Eleuses Paiva (DEM/SP) criaram uma Proposta de Emenda à Constituição Federal, a PEC 454/2009, que visa estabelecer diretrizes para a organização da car-reira de médico de Estado. A proposta prevê a equiparação dos salá-rios dos médicos aos subsídios de juízes e promotores. Um dos destaques da emenda é a ascensão funcional do médico de Estado, de acordo com critérios de merecimento e antiguidade e re-muneração inicial da carreira de médico de Estado em R$ 15,1 mil, com reajustes anuais.

acOrdO rende mais de Us$ 200 milhões para a saúde

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, assinou um acordo de empréstimo com o Banco Mundial (Bird) para a melhoria do sistema de saúde brasileiro. O documento prevê investimentos de US$ 235 milhões para a aquisição de equipamentos, ampliação e reformas de hospitais, além de capacitar os profissionais de saúde e contratar consultorias para modernizar a gestão da rede de saúde pública.

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Deputado Eleuses Paiva: Projeto para que médico de Estado ganhe R$ 15,1 mil

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Fornecedores Hospitalares revista 17

Muitas instituições de saúde encerraram o ano de 2009 com chave de ouro. Diferentes modelos e níveis de acreditação foram concedidos no mês de dezembro. O Centro de Nefrologia da Santa Casa de Minas Ge-rais, por exemplo, foi certificado em nível II pela Orga-nização Nacional de Acreditação (ONA). As unidades de diálise da instituição foram auditadas e aprovadas pelo órgão, que analisou desde aspectos documentais, qualificação do pessoal e segurança até indicadores clínicos. Em contrapartida, o Hospital e Maternidade São Camilo Santana e a Home Doctor conquistaram a certificação de Excelência, também da ONA. Ambas as unidades foram auditadas pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG).

Já o serviço de Radioterapia do Hospital A.C.Camargo, de São Paulo, foi acreditado em nível máximo pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão das Nações Unidas (ONU). No primeiro se-mestre de 2009, o hospital representou o país em dois estudos voltados ao tratamento do câncer de colo do útero: um sobre a braquiterapia conduzida por imagem e o outro sobre a utilização do IMRT (radioterapia de intensidade modulada) no pós-operatório. Assim como os hospitais, a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica também encerrou com o ano com a conquista da certificação ISO 9001: 2008, conferida pela DNV (Det Norske Veritas) ao Sistema de Quali-dade da Sociedade.

acreDitação a vista:institUições fecham 2009 cOm chave de OUrOThaia Duó - [email protected]

GestãO da santa casa recebe apOiO dO mãe de deUs O Sistema de Saúde Mãe de Deus (SSMD), de Porto Alegre (RS), vai apoiar a gestão da Santa Casa de Livramento, que está fechada por problemas administrativos. O acordo, firmado em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, prevê a reorganização dos serviços, a busca da autossustentabilidade da instituição, além da implementação do modelo de gestão proposto pelo Programa de Qualificação da Gestão Hospitalar (PQGH). Os projetos do Mãe de Deus em 2009 contabilizaram mais de R$ 5 milhões em apoio à rede pública de saúde

sUs pOde ter biOprótese de válvUla aórtica

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) desenvolveu uma bioprótese de válvula aórtica nacional para implantes cardíacos por cateterismo. O material é resultado de um estudo realizado pela instituição, em parceria com a empresa Braile Biomédica, de São José do Rio Preto (SP), e apoio da Fapesp (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo).

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LuLa quer investir r$ 103 miLhões

nO hOspital de sãO bernardO dO campO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse durante a inauguração de uma Unidade de Pronto-Atendi-mento (UPA) em São Bernardo do Campo (SP), que até o fim de seu mandato quer inaugurar mais dez dessas unidades. “Vamos investir R$ 103 milhões no Hospital de São Bernardo do Campo. Não é fazer fa-vor, é devolver parte da riqueza que São Bernardo já pagou em impostos ao país.”

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Foto: Divulgação

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18 revista Fornecedores Hospitalares

Unimed BH aposta

na formatação do sistemaThaia Duó - [email protected]

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CresCe o uso de apliCativos do iphone para radiologia Cylene Souza - [email protected]

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Há três anos, a Unimed Belo Horizonte elaborou um projeto de expansão focado na demanda de urgência e emergência. Com R$ 80 milhões, provindos de recursos próprios, a cooperativa partiu para as obras de um novo hospital, inaugurado no início de janeiro.O empreendimento é o segundo hospital próprio da Uni-med BH, que contará com 250 leitos e capacidade para rea-lizar 18 mil atendimentos/mês no pronto-socorro. Inicial-mente, a unidade vai operar os leitos de Terapia Intensiva e uma sala do bloco cirúrgico, estando o funcionamento total estimado a partir de maio. “O processo é gradual para que tudo seja validado e à medi-da que comprovar qualidade e segurança, vamos amplian-do a parte operacional”, conta o diretor de Provimento de Saúde, Luiz Otávio de Andrade. Um dos diferenciais do novo hospital é a estrutura de TI. A unidade já abre as portas com o sistema de Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) e o Protocolo de Manches-ter, garantindo um repositório único das informações e o atendimento classificado de acordo com a necessidade e urgência de cada paciente. Já no centro de Radiologia e Exames do Hospital Unimed foi implantado o sistema de captura e transmissão de ima-gem (PACS), visando interligar as unidades assistenciais

dos serviços próprios da cooperativa. “Existe um grande desafio na área da tecnologia da infor-mação aqui neste hospital. Estamos integrando diferentes sistemas de back office e front office, além do sistema pró-prio da operadora de saúde. Todas as unidades vão funcio-nar juntas, especialmente a questão do prontuário eletrô-nico que é de fato um grande diferencial para um hospital que opera urgência e emergência. Todos os nossos serviços terão um prontuário único nos permitindo uma noção me-lhor do percurso assistencial do cliente Unimed na nossa rede”, explica o diretor-presidente da Unimed BH, Helton Freitas. A partir deste novo hospital, a Unimed BH consolida mais de R$ 100 milhões de investimentos em novos serviços de saúde nos últimos quatro anos. Em junho de 2009, a co-operativa destinou R$ 18 milhões para a inauguração da Unidade de Contagem, na grande Belo Horizonte, e no Núcleo de Atenção à Saúde Contorno. Em 2007, a Uni-med lançou o Centro de Promoção da Saúde. “Estamos pensando na formatação do sistema e para isto não bastava apenas fazer serviços de excelência, mas tam-bém investir na qualificação da rede. Essa ação permite um caráter mais equilibrado para a nossa rede, mostrando que temos desempenho diferenciado”, afirma Freitas.

Foto: Divulgação

Helton Freitas, da Unimed-BH: Não bastava apenas ter serviço de excelência

Embora percentualmente o número de aplicativos do iPhone para a área de saúde seja pequeno (300 em um universo de 100 mil), a expectativa dos radiologistas presentes no RSNA (Sociedade Norte-Americana de Radiologia) é que o aparelho seja cada vez mais usado em diagnóstico por imagem. O radiologista Trushar Patel, da Common Wealth Orthopaedics, avalia que o número de aplicativos está crescendo exponencialmente. “Acho que, até agora, os aplicativos só usaram superficialmente a capacidade do aparelho. O desenvolvimento de novas ferramentas tende a crescer.”

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Fornecedores Hospitalares revista 19

Hospital evangélicofeCha as portas do pronto-soCorro O pronto-socorro do Hospital Evangélico (HE) de Londrina, no Paraná, fechou as portas por falta de profissionais médicos. A atividade já havia sido pa-ralisada em novembro passado sob argumento de in-definição de contrato com o município em relação ao pagamento dos incentivos que atendem pelo SUS.

De acordo com o hospital, a prefeitura estava em atra-so com os pagamentos de junho a outubro de 2009, mas um acordo firmado entre as partes está sendo cumprido. A parcela referente a agosto foi depositada no início de dezembro, faltando ainda os pagamentos de setembro e outubro, no valor de R$ 603,7 mil.

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estado deve garantirestoque de remédios em hospitais A Câmara analisa o Projeto de Lei 5842/09, que ins-titui o Programa Nacional de Prevenção, Diagnós-tico e Tratamento da Hipertermia Maligna (HM). Um dos objetivos é garantir o estoque necessário de remédios em hospitais e em outras instituições, para proteger os cidadãos contra a enfermidade.

Entre as diretrizes do programa estão: apoio à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecno-lógico voltados à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento da doença e dos problemas a ela rela-cionados; e implantação de um sistema de coleta de dados sobre os portadores da síndrome.

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meridional lança projeto de mais de r$ 20 milhões

Neste ano, o Hospital Meridional, em Cariacica (ES), planeja investir R$ 20 milhões na construção do prédio de Serviço Auxiliar Diagnóstico Terapêutico (SADT). Com as obras previstas para começar no final do primeiro semestre de 2010, o espaço deve abrigar os serviços de radioterapia, quimioterapia, hemodinâmica, medicina nuclear, medicina hiperbárica, radiologia, exames cardiológicos e neurológicos, endoscopia e fisioterapia. A expectativa é que o faturamento mensal do hospital também aumente em cerca de R$ 1,2 milhão.

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senado norte-ameriCano aprova reforma da saúde O Senado norte-americano aprovou o projeto de lei de reforma no sistema de saúde dos Estados Unidos. Com 60 votos a favor e 39 contra, o projeto agora

precisa ser unificado com o aprovado no dia 7 de no-vembro pela Câmara dos Representantes para que a reforma possa entrar em vigor.

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hospitais Cortam Custo Com Bi Dois provedores de saúdes nos Estados Unidos melhoraram desempenho financeiro com implementação de Business Intelligence de diferentes fornecedores. A Watson Clinic, na Flórida, está implementando um software de business analytics da Dimensional Insight, enquanto o Community Hospital of the Monterey Peninsula (CHOMP) colhe os benefícios de uma implementação de McKesson feita há sete anos.

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20 REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES

ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL NA ÁREA DA SAÚDE 1 de fevereiro de 2010Local: São Paulo/SPwww.prosaude.org.br/cursos

CURSO DE ULTRASSOM EM EMERGÊNCIAS

1 a 3 de fevereiro de 2010 Local: Rua Casemiro de Abreu, nº 660, Ribeirão Preto (SP)www.cna-cap.org.br

FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 1 a 4 de fevereiro de 2010Local: Hospital Ophir Loyola - Avenida Magalhães Barata,992 – Belém (PA) ww.cna-cap.org.br

MANUTENÇÃO HOSPITALAR 3 de fevereiro de 2010 Local: São Paulo/SP www.prosaude.org.br/cursos

SEMINÁRIO HEALTH INEQUALITIES 23 de fevereiro de 2010Local: Londreswww.westminsterforumprojects.co.uk

TELEMEDICINA E AS NOVAS TECNOLOGIAS

24 de fevereiro de 2010Local: Londreswww.westminsterforumprojects.co.uk

SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EM CARDIOLOGIA-ACLS 27 a 28 de fevereiro de 2010 Local: Rua Ovidio Pires de Campos 471, SPwww.amb.org.br

Calendário Mês | FevereiroSaiba mais:www.saudebusinessweb.com.br /agenda

* Datas sujeitas a alterações

2010

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TRANSIÇÃO

raio x

22 revista Fornecedores Hospitalares

TRANSIÇÃOEM

� aia Duó – [email protected]

Kenji Nakiri, do Santa Cruz: Reestruturação passa sobretudo por gestão de pessoas

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Foco em reorganizar a administração e preparar as pessoas para as mudanças que ocorrem no mercado, sobretudo na própria medicina. Essa é a estratégia de crescimento traçada pelo Hospital Santa Cruz, de São Paulo. Com 70 anos com-pletados, a instituição sem fi ns lucrativos busca respostas para as rápidas transfor-mações que têm ocorrido no segmento e modifi cado, por exemplo, o perfi l das doenças de maior incidência. Para isso, o hospital procura fortalecer e mostrar a necessidade de ser ter uma visão em-presarial, pois embora seja fi lantrópico também é uma instituição privada que precisa concorrer no mercado. “Estamos mudando o hospital. Tivemos muitos altos e baixos e estamos agora, de certa forma, numa profi ssionalização, elabo-rando programas de treinamento e edu-cação continuada. Precisamos ser úteis à comunidade sem perder a visão empre-sarial”, relata o presidente do Hospital Santa Cruz, Kenji Nakiri.No Santa Cruz, a diretoria é eleita a cada três anos, e desempenha o cargo volunta-riamente. Mas como a profi ssionalização da gestão tornou-se ponto crucial para garantir o bom posicionamento da insti-tuição no mercado, o primeiro passo para o projeto de reorganização do hospital é o alto investimento nos recursos humanos. “Queremos ter administradores altamen-te capacitados, que tragam inovação e pre-parem o hospital para o mercado”, enfati-za o presidente. Um exemplo disso, foi a contratação, no ano passado, de sete novos gestores do total de 11 áreas da instituição, selecio-nados com a ajuda de uma consultoria es-pecializada. O último deles vindo da in-dústria para criar novos processos para a instituição. “Isso é essencial para termos suporte para esse conceito de qualidade que queremos ter aqui dentro do hospi-tal”, conta. Outro passo importante no envolvimen-to de gestão de pessoas é o investimento em treinamentos e educação continuada, visando o grande objetivo do hospital, que é garantir a satisfação do cliente. “Em nosso entendimento, qualidade só pode ser mensurada do ponto de vista do cliente, e queremos enraizar essa cultura entre nossos funcionários”. Com isso em mente, o hospital fortaleceu também a área de comunicação da instituição, que tem trabalhado tanto no posicionamento

TRANSIÇÃOFornecedores Hospitalares revista

TRANSIÇÃOHospital Santa Cruz projeta forte investimento em treinamento de pessoas. Satisfação do cliente e aperfeiçoamento profissional são os objetivos da nova gestão

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raio x

24 revista Fornecedores Hospitalares

Hospital santa cruz

serviços números

Faturamento anual ou repasse anual

Data de inauguração

número de leitos

número de Leitos de UTi

número de salas cirúrgicas

número de Funcionários

número de médicos

Atendimentos no Pronto-socorro / mês

Cirurgias / mês

exames de diagnóstico / mês

internações / mês

Para não perder competitividade, o Santa Cruz passa por um processo de reorganização. Foco principal é a satisfação do cliente.

Fonte: Hospital Santa Cruz

R$ 150 milhões

29 de abril de 1939

166

42

14

1050

2000 cadastrados e 400 atuantes

média de 70 mil

média de 1200

70.000 (sendo 46.000 de análises clínicas)

1450 (internações cirurgicas)

da marca da instituição no mercado, como também internamen-te, fazendo com que os colaboradores familiarizem-se com essa cultura. Nakiri acredita que esse entendimento tem que partir do corpo diretivo para que a satisfação do cliente seja alcança-da. “Em todos hospitais isso deve ser comum em menor e maior grau. É nesse sentido que devemos treinar as pessoas, não ape-nas tecnicamente”, ressalta o executivo. Sendo um hospital geral de média complexidade, o Santa Cruz já olha para o mercado pensando num modelo assistencial mais integrado, que envolva a medicina preventiva, e futuramente, fo-car em áreas estratégicas para a instituição. “Não dá para ser o melhor em tudo, mas queremos ser muito bons nos serviços que prestamos”, assinala. TECNOLOGIA E ACREDITAÇÃODentro do projeto de reorganização, o Hospital Santa Cruz também tem investido em ferramentas que tornem os proces-sos da instituição mais fluidos. No ano passado, a instituição conclui a implantação do sistema de gestão Tasy em todas as áreas do hospital. Com investimento na ordem de mais de R$ 2 milhões, a implementação gradativa da solução teve início em 2008 e foi concluído em dezembro último. “Isso permitirá melhorar nossos processos e ter mais eficiência em nossas ope-rações”, afirma Nakiri. Atacar os custos também faz parte da estratégia de reorgani-zação do hospital. Com os processos implantados nas diferen-

tes áreas, a direção do hospital espera encontrar em cada uma das áreas oportunidades de utilizar os recursos de uma forma mais produtiva. “Isso vem por meio de inovação. Não quere-mos cortar por cortar, mas sim, aplicar de uma forma mais inteligente”, pontua o presidente. Com a visão de que os hospitais precisam se diferenciar pela qua-lidade dos serviços que prestam e pelo pessoal, o hospital tam-bém aposta em ações para fidelizar os médicos. “Equipamentos e tecnologia todo mundo tem, o que diferencia uma instituição da outra é a forma de entregar esses serviços”, destaca. Uma dessas ações é a melhoria do conforto médico da ala cirúr-gica e dos vestiários, que recebeu investimento de R$ 500 mil. O hospital também investiu em novos equipamentos para a ala, como equipamentos para neurocirurgia, mesa radiotransparen-tes, e vídeo, e já estuda modernizar os aparelhos de anestesio-logia. “Nossa função é garantir uma boa estrutura para que os médicos possam vir aqui e atender seus pacientes”. A instituição também tem buscado melhorar a sua hotelaria, e já prevê obras de melhoria para o primeiro semestre.Apostando em qualidade e em melhorias de processos, o Santa Cruz, que já tem o CQH, pretende conquistar esse ano o selo da Organziação Nacional de Acreditação (ONA). O projeto já teve início e a previsão é que até o meio do ano a instituição seja avaliada. “Queremos ainda buscar os selos internacionais”, vislumbra o médico. “Esperamos conseguir esse selo ainda em 2010”, almeja.

Equipamentos e tecnologia todo hospital tem. O que diferencia uma instituição da outra é a forma de entregar esses serviços

Kenji Nakiri, do Santa Cruz

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Os indicadores macroeconômicos e os números da Saúde em 2009 apontam para o crescimento de investimentos, produtividade e comercialização de bens e serviços em 2010, mas fatores como desequilíbrio fiscal e def lação em mercados internacionais mais maduros ainda exigem cautela. Veja estas e outras tendências para o setor em 2010

OtimismO panorama

26 revista Fornecedores Hospitalares

controlado

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Este é o ano da primeira Copa do Mun-do a ser realizada na África, de eleições para governadores, senadores, deputa-dos e presidente, corrida liderada, por enquanto, por José Serra, governador de São Paulo e ex-ministro da Saúde, e Dilma Roussef, ministra da Casa Civil e apelidada de “Mãe do PAC” pelo presi-dente Lula. Também em 2010, de acordo com o Ins-tituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE), a população ultrapassará os 193 milhões de habitantes, com taxa mé-dia geométrica de crescimento anual de 0,921%, quase 3 milhões de nascimentos, 1,2 milhão óbitos, taxa bruta de morta-lidade de 6,27/mil habitantes, expectati-va de vida de 69,98 anos para homens e 77,26 para mulheres e taxa de fecundida-de de 1,76.No que tange a economia, a última pes-quisa Focus divulgada pelo Banco Cen-tral em 2009 previa um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,2% em 2010, alta de 8% no resultado final da produção industrial, taxa básica de juros (Selic) de 10,75% no final do ano, estima-tiva para o Índice de Preços ao Consumi-dor Amplo (IPCA) de 4,5%, no centro da meta da inflação, também prevista em 4,5%, câmbio médio do dólar no decor-rer de 2010 de R$ 1,74 e saldo positivo da balança comercial de US$ 11,3 bilhões.

controlado

Fornecedores Hospitalares revista 27

Cylene Souza, com colaboração deAna Paula Martins – [email protected]

O quadro é bom, mas inspira cuidados, já que as intervenções do governo para diminuir o impacto da crise tendem a causar um desequilíbrio fiscal em 2010 e, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), há risco de deflação e protecionismo em países como Estados Unidos, Japão, China e parte da União Europeia.Na esfera governamental, o Orçamento Geral da União será de R$ 151,9 bilhões, sendo R$ 62,47 bilhões para a Saúde. O va-lor para a pasta foi considerado, por mais um ano, insuficiente para manter o custeio de todos os programas em andamento. De acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), o montante precisaria de um aporte de mais R$ 8 bi-lhões para ser adequado às necessidades do País.Apesar do valor considerado inadequado para o custeio e novos investimentos do setor, o Ministério anunciou novos programas e fez um balanço de 2009 na publicação “Mais Saúde: direito de todos – Resultados e Conquistas de 2009”. Na área de Transplantes, a soma de investimentos de 2009 e 2010 totalizará R$ 24,1 milhões. A remuneração agora inclui consultas de acompanhamento pré-transplante, avaliação de possíveis doadores, cirurgia para obtenção de tecidos humanos e processamento de pele. Além disso, o valor para captação de órgãos foi dobrado.A reestruturação dos hospitais federais do Rio de Janeiro consumirá R$ 400 milhões no período de junho de 2009 a dezembro de 2010, montante destinado a contratação e capacitação de funcionários, qualificação da infraestrutu-ra, aquisição de equipamentos e reforma de protocolos de gestão. As melhorias serão desenvolvidas com o apoio do convênio firmado com os chamados hospitais de excelência, definidos pelo Ministério da Saúde: Sírio-Libanês, HCor, Oswaldo Cruz, Samaritano e Albert Einstein, em São Pau-lo, e Moinhos de Vento, em Porto Alegre.

O contrato de transferência de tecnologia firmado com a Glaxo Smith Kline permitirá a produção da vacina pneumocócica con-jugada no laboratório Biomanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em 2008, a GSK já havia assinado contrato de transferência de tecnologia para a vacina contra o rotavírus, o que poderá trazer uma economia de US$ 100 milhões nos primeiros cinco anos a partir da incorporação definitiva da tecnologia de produção. A área farmacêutica, aliás, deve manter-se líder entre as parcerias público-privadas do Ministério da Saúde: em 2009, sete laboratórios oficiais formalizaram parceria com 10 farma-cêuticas privadas para a produção de 24 fármacos, o que pode ge-rar uma economia média de R$ 160 milhões aos cofres públicos.Até o final deste ano, a pasta também deve arrecadar entre R$ 120 milhões e R$ 140 milhões com o ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) pelas operadoras e, entre 2009 e 2011, serão contratados mais 8,9 mil servidores. Também está em es-tudo pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul) a criação de uma escola de governo em saúde pública, para formar os diri-gentes para a área no continente. MercadO eM creSciMentOA publicação “Contas Nacionais: Conta-Satélite de Saúde – Brasil 2005/2007”, divulgada em dezembro pelo IBGE, mostra que o consumo de bens e serviços de saúde representou 8,4% do PIB em 2007, sendo que as despesas familiares chegaram a R$ 128,9 bilhões (R$ 69 bilhões com serviços e R$ 45 bilhões com medicamentos). A participação no total da economia brasileira passou de 5,5%, em 2005, para 6% em 2007, sendo que R$ 48 bilhões corresponderam à saúde pública, incluindo hospitais universitários federais e militares.As atividades do setor também responderam por 4,2 milhões de postos de trabalho, cujos profissionais tiveram rendimento médio anual de R$ 20,5 mil.

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A geração de renda das atividades de saú-de foi de R$ 137,9 bilhões em 2007, ante R$ 119 bilhões em 2006.Entre os entes governamentais das três esferas (federal, estadual e municipal), a saúde pública foi a principal despesa de consumo final e totalizou R$ 76,5 bi-lhões em 2007. Deste total, 63,1% foram gastos com serviços de saúde próprios da administração pública, 13% com servi-ços de saúde mercantis adquiridos pela administração pública e distribuídos gratuitamente às famílias e 5,1% com a distribuição gratuita de medicamentos.As importações continuaram crescendo em ritmo maior que o das exportações, totalizando R$ 11,6 bilhões: R$5,7 bi-lhões em medicamentos para uso huma-no, R$ 2,7 bilhões em aparelhos e ins-trumentos para uso médico-hospitalar e odontológico e R$ 2,1 bilhões em pro-dutos farmoquímicos. As importações do setor representaram 3,7% do total das importações brasileiras, que chegaram a R$ 315,3 bilhões em 2007.As exportações do setor corresponderam a menos de um quinto do valor das im-portações, totalizando R$ 2,2 bilhões, lideradas pelas exportações de medica-mentos de uso humano, que totalizaram R$ 817 milhões. Em relação ao total das exportações do país, bens e serviços de saúde representaram 0,6%. IndústrIa Com dados mais recentes, o boletim eco-nômico com informações consolidadas da Associação Brasileira da Indústria Im-portadora de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abi-med), Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), e Associação Bra-sileira de Importadores e Distribuidores de Implantes (Abraidi) mostra que, de janeiro a setembro de 2008 e comparado ao mesmo período de 2009, houve queda de 11% na produção doméstica dos artigos fabricados pelas empresas que compõem estas três entidades, mas com recuperação de agosto para setembro e incremento de 12,5% nas atividades do segmento.No ramo comercial, as empresas que compõem este grupo foram responsáveis por importações de materiais, suprimen-tos e equipamentos da ordem de US$ 5,2 bilhões em 2008, mas com queda de 4,5% nas importações totais entre janeiro e outubro de 2009, com relação ao mes-

PRoDUção DE BENS E SERvIçoS EM SAúDE

AtividadeProdução (em R$ 1.000.000,00 correntes)

2005 2006 2007

Total 3 783 386 4 118 765 4 624 957

Atividades relacionadas à saúde 184 579 212 811 238 770

Fabricação de produtos farmacêuticos 27 436 30 204 31 677

Fabricação de aparelhos para usos médicos, hospitalares e odontológicos 5 543 6 198 6 748

Produção de gases medicinais 2 234 2 559 2 681

Comércio de produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e odontológicos 15 706 19 205 24 366

Assistência médica suplementar 8 417 9 684 11 398

Saúde pública 55 502 64 431 74 180

Saúde pública (educação e defesa) 3 833 4 398 4 783

Atividades de atendimento hospitalar 26 498 29 068 31 439

outras atividades relacionadas com atenção à saúde 34 834 41 581 45 516

Serviços sociais privados 4 576 5 483 5 982

outras atividades 3 598 807 3 905 954 4 386 187

* valor da Produção, segundo as atividades (Brasil: 2005-2007) - IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais

Valor adIcIonado bruto da saúde

AtividadeProdução (em R$ 1.000.000,00 correntes)

2005 2006 2007

Atividades relacionadas à saúde 100 979 119 047 137 852

Fabricação de produtos farmacêuticos 12 973 15 148 15 594

Fabricação de aparelhos para usos médicos,hospitalares e odontológicos

3 722 4 284 4 680

Produção de gases medicinais 820 1 176 1 193

Comércio de produtos farmacêuticos, médicos,ortopédicos e odontológicos

10 929 13 841 17 683

Assistência médica suplementar 4 215 5 072 6 089

Saúde pública 32 466 36 607 44 816

Saúde pública (educação e defesa) 2 579 2 930 3 134

Atividades de atendimento hospitalar 10 928 12 283 14 367

outras atividades relacionadas com atenção à saúde 19 920 24 823 27 118

Serviços sociais privados 2 427 2 883 3 178

* valor Adicionado Bruto da Saúde, segundo as atividades (Brasil: 2005-2007) - IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais

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mo período de 2008. Apesar disso, foi observado um crescimento de 12% nas vendas de janeiro a setembro.Para o diretor secretário da Abimed, Reynaldo Makoto Goto, 2010 será um ano promissor. “o número de empregos deve continuar a subir e se manterá acima dos 100 mil postos formais de trabalho, marca recorde atingida no final do ano de 2009 pelas associadas da Abimed, CBDL e Abraidi. Devemos aproveitar o ano de eleições para uma discussão ampla sobre nosso setor, uma vez que “saúde”, pelo menos no discurso, será prioridade de todos os candidatos”, analisa.No que diz respeito à pirataria, Goto também acredita que 2010 será o ano em que a Agência Nacional de vigilân-cia Sanitária (Anvisa) atuará mais forte-mente para coibir a prática. “No final de 2009, a Agência apreendeu uma tonela-da de material cirúrgico ilegal, o que traz boas perspectivas para a Abimed, que vem combatendo a pirataria e o mercado ilegal de equipamentos usados.”Representando a indústria nacional, o presidente da Associação Brasileira de Artigos e Equipamentos Médicos, odontológicos, Hospitalares e de La-boratórios (Abimo), Franco Pallamolla, também tem uma perspectiva otimista para o setor. “vislumbramos para 2010 um crescimento de 10% no faturamento da cadeia e conquistas de novos merca-dos, além da consolidação da marca bra-sileira na América do Sul. Pretendemos ainda intensificar algumas frentes de trabalho: reforçar a articulação entre go-verno e setor privado para criar parcerias público-privadas de incentivo à competi-tividade da indústria nacional, atuar pela desoneração tributária e uso do poder de compra do Estado para fortalecer a produção interna, fomentar o consumo de marcas brasileiras, buscar alternativas para agilizar a aprovação e certificação de

Devemos aproveitar o ano de eleições para uma discussão ampla sobre nosso setor, uma vez que “saúde”, pelo menos no discurso , será prioridade dos candidatos

Reynaldo Goto, da Abimed

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Participação das atividades no valor adicionado bruto da saúde

Fabricação de produtos farmacêuticosProdução de gases medicinais Assistência Médica Suplementar Saúde Pública (educação e defesa) Outras atividades relacionadas com a atenção à saúdeFabricação de aparelhos para usos médicos, hospitalares e odontológicosComércio de produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e odontológicosSaúde Pública Atividades de atendimento hospitalar Serviços Sociais Privados

11.300.90

4.402.30

19.70

3.40

12.80

32.50

10.402.30

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produtos e desburocratizar o acesso ao crédito. Temos ainda pela frente um ano eleito-ral e a tarefa de acompanhar o cenário político e suas implicações no setor.”Para o presidente do Sindicato da Indústria de Artigos e Equipamentos Odonto-lógicos, Médicos e Hospitalares do Estado de São Paulo (Sinaemo), Ruy Baumer, as eleições também ocuparão lugar de destaque nas definições do setor em 2010. “O setor saúde aparece como principal preocupação da população nas pesquisas nacionais. Por isso temos a expectativa de receber investimentos financeiros por parte dos governos estaduais e federal. Vamos continuar trabalhando no sentido de solucionar os problemas existentes, como a desoneração, os altos impostos, os pagamentos atrasados da área pública e ainda algumas dificuldades de inovação e de incentivo à indústria nacional.” As perspectivas não são tão boas para a indústria farmacêutica. De acordo com análise da revista The Economist, drogas cujas vendas globais somam US$ 133 bilhões per-derão a patente entre 2010 e 2012. As grandes farmacêuticas verão o crescimento do mercado de genéricos, que crescerá 5,1% em 2010. Esta conjuntura pode levar às fusões ou aquisições de empresas fabricantes de genéricos por grandes indústrias farmacêuti-cas, bem como à expansão do conceito “genérico de marca”, já adotado por multinacio-nais que passaram a dividir suas linhas entre medicamentos patenteados e genéricos. HospitaisEntre os hospitais, o ano começou com o anúncio da compra do Hospital Samaritano do Rio de Janeiro pela Rede D’Or, por um valor estimado em R$140 milhões. Com a aquisição, a Rede D’Or, que já atua no Rio e em Recife, passará a contar com 15 hospi-tais próprios ou sob sua administração, além de suas 46 unidades laboratoriais.Outros hospitais também prometem investimentos. O Hospital Samaritano de São Paulo manterá os investimentos para a construção do novo prédio hospitalar, que tem conclusão prevista para janeiro de 2010, irá investir na reposição e aquisição de equipamentos médico-hospitalares e implantará o Instituto do Conhecimento, Ensino e Pesquisa (ICEP), que é considerado uma evolução do anti-go Centro de Estudos. “O orçamento de investimentos para 2010 é de R$ 87 milhões”, conta o superintendente geral de operações, Sérgio Lopez Bento. No Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, estão previstos investimentos na área assistencial da ordem de R$ 4,3 milhões, focados principalmente nas áreas de UTI e Centro Cirúrgico. Em TI, serão investidos R$ 400 mil na substituição de ativos de

rede e aquisição de servidores. “Os inves-timentos em reformas e modernização das instalações do hospital deverão ficar na ordem de 2,2 milhões”, complementa o diretor executivo, Eduardo Blanski.O Instituto do Câncer do Ceará (ICC) se prepara para receber a acreditação nível 1 da Organização Nacional de Acreditação (ONA), concluirá a implantação de seus sistemas de gestão e de custos e deverá também investir em obras. “Planejamos a reforma e ampliação do Pronto-Aten-dimento, o início das obras de construção do novo prédio hospitalar, de 15 andares, anexo à estrutura atual, ampliação da ca-pacidade instalada dos serviços, ampliação do Centro de Pesquisa, estruturação do serviço de Telemedicina e ampliação do Banco de Tumores”, conta o diretor cor-porativo de negócios, Pedro Meneleu. O ICC também deve ampliar suas operações no Estado, com bases fora de Fortaleza.No Hospital São Marcos, em Recife, o número de apartamentos e enfermarias terá um aumento de 20%, os leitos de CTI serão ampliados em 30% e haverá um novo serviço de hemodinâmica. “A visão do cenário é positiva. Acredito que o setor continuará crescendo gradativa-mente, aumentando o número de usuá-rios do sistema de saúde suplementar e com uma maior disponibilidade de re-cursos para os investimentos nesta área”, analisa o diretor, Julio Cesar da Fonseca.

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Vislumbramos para 2010 um crescimento de 10% no faturamento da cadeia, conquistas de novos mercados

e maior articulação entre governo e o setor privado

Franco Pallamolla, da Abimo

O setor de saúde aparece como principal preocupação da população. Por isso, acredito

que os governos irão investir mais

Ruy Baumer, do Sinaemo

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Temos um orçamento de R$ 87 milhões para investimentos em 2010, que será destinado à compra de equipamentos e criação do ICESP

Sérgio Lopez Bento, do Samaritano

Na Medicina Cooperativa Assistencial de Limeira (Medical), no interior de São Paulo, estão previstas as instalações do servi-ço de hemodiálise e da UTI neonatal, para atender os usuários do plano de saúde próprio e outras operadoras da região. “Tam-bém lançaremos planos odontológicos individuais e empresa-riais”, conta o presidente, João Carlos Almeida.O Hospital Amaral Carvalho, em Bauru, também no interior de São Paulo, contará com um PET/CT em 2010 e deverá re-tomar as obras do centro cirúrgico, além de investir em tec-nologia e capacitação de Recursos Humanos. Para o diretor superintendente, Antônio Luís de Navarro, “a tendência é de manutenção dos investimentos públicos em infraestrutura e crescimento econômico.”Para o superintendente do Hospital Mário Covas, de Santo An-dré (SP), Geraldo Reple Sobrinho, o ano será de crescimento no setor, mais fusões, seja de hospitais ou de operadoras, e cresci-mento de novos serviços e atividades na área pública. “Faremos uma unidade de Cuidados Intermediários, com 15 leitos semi-intensivos, e vamos adquirir equipamentos e móveis hospitala-res.”, enfatiza. operadorasEntre as operadoras, a retomada dos níveis de emprego, que já atingiram o patamar pré-crise, e o aumento de renda de 6,5% entre outubro de 2008 e outubro de 2009 levaram ao cresci-mento do número de beneficiários.De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as operadoras de planos de saúde cresceram 1,6% no terceiro trimestre de 2009, sendo que as filantropias tiveram o melhor desempenho (crescimento de 2,4%) e as autogestões, o pior (redução de 0,2%). Neste período, a ANS cancelou 90 re-gistros e autorizou 29.A melhora no número de beneficiários não se refletiu apenas em vantagens para estas empresas, já que a sinistralidade sofreu aumento de 4,3 pontos percentuais entre o primeiro e o terceiro trimestre de 2009. Na análise do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS), a crise econômica pode ter aumentado o uso dos serviços, já que a população se tornou mais vulnerável às doenças e busca usar os serviços ou antecipar os procedimentos eletivos por conta do temor de desemprego e consequente perda do plano de saúde. O aumento da utilização dos serviços também fez com que as despesas das operadoras crescessem mais rápido que o PIB e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH) de 2009, calculada pelo IESS, foi de 14,2% comparada a 2008, ante variação de 10,75% em 2008, com relação a 2007.

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As despesas com consultas representaram 10% do total e as internações, 60%.O valor médio das consultas ficou em R$ 50 e as internações variaram de R$ 4 mil, para a faixa etária de 24 a 33 anos, a R$ 11 mil, para os pacientes acima de 59 anos.Quanto à concentração de mercado, num ano marcado por fusões e aquisições, a exemplo da compra da Medial Saúde pela Amil no final de 2009, os índices ainda são baixos e não devem comprometer a competitividade, de acordo com a análise do IESS. Os movimentos de consolidação devem se manter em 2010, assim como a tendência de aumento da cobertura.O instituto aponta que a média de benefi-ciários por operadora é de 35 mil, ante 196 mil nos Estados Unidos. Por isso, a con-solidação ainda aparece como uma vanta-gem, já que permite a diluição dos riscos de sinistro e das despesas administrativas. O levantamento mostra que operadoras com menos de 30 mil vidas tendem a ter resultados operacionais negativos.Embora na média brasileira a concen-tração de mercado não seja considerada preocupante pelo IESS, alguns Estados já apresentam níveis acima dos desejados, como Acre, Amapá e Ceará. Em contra-partida, São Paulo é o Estado mais com-petitivo do País.Nas previsões do IESS, deverá haver uma redução do número de operadoras em nível nacional, mas aumento em nível estadual, por causa da ampliação da área de cobertu-ra das empresas que atuam neste mercado.Entre as decisões que deverão ter mais impacto entre as operadoras de planos de saúde em 2010 estão o novo rol de proce-dimentos, que entra em vigor em abril, e a Resolução Normativa 204, que distingue os planos coletivos entre empresariais, que respondem por 60,2% do total desta mo-dalidade, e por adesão, que representam 39,6%. A RN determina que os planos empresariais com mais de 30 vidas esta-rão isentos de carência e cobertura parcial,

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Investimentos em reformas e modernização das instalações do hospital deverão ficar na ordem de R$ 2,2 milhões

Eduardo Blanski, do Nossa Senhora das Graças

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Com a queda das taxas de natalidade ao nível de reposição populacional (2,1), o Brasil atingiu a situação de bônus de-mográfico, em que a população economicamente ativa supera significativamente a de dependentes.A partir deste ano, a proporção total da população brasileira será de 32,4% de idosos e crianças e 67,6% de adultos. O auge ocorre-rá em 2020, com 70,4% da população formada por adultos.A medida poderá trazer aspectos positivos não só ao que se refere à produtividade, expansão da economia e previdência social, mas também aos setores público e privado de saúde, que notadamente têm gastos maiores com a cobertura assistencial aos idosos, se comparados aos adultos.Para aproveitar esta onda, que começa a decair em 2030 e se en-cerra em 2050, quando a taxa de dependentes será de 59%, se-rão necessários investimentos e planejamento. Na área da saúde, atenção especial deverá ser dada à promoção da saúde e gerencia-mento das doenças crônicas.Uma análise feita pelo IESS mostra que, entre 2000 e 2009, a participação de beneficiários de planos de saúde na faixa etária de 0 a 18 anos caiu 5,3 pontos percentuais, enquanto a faixa etária de pessoas em idade ativa cresceu 4,8 % e a participação de idosos cresceu 0,6 %, resultado que tende a crescer, dado o aumento da expectativa de vida da popula-ção. Para se ter uma ideia, a tábua de mortalidade do próxi-mo Censo Demográfico, que antes ia até 80 anos ou mais, passará a ser estendida até os 100 anos ou mais. O envelhecimento, contudo, não tem vindo com qualidade de vida. De acordo com pesquisas do IPEA, a probabilidade de morrer antes dos 65 anos de idade no Brasil é alta e a expecta-tiva de vida saudável é inferior à expectativa de vida total devido a doenças crônicas, principalmente as cardiovasculares. Embora a expectativa de vida para mulheres no Brasil ultrapasse os 76 anos, apenas 62 serão saudáveis. Entre os homens, ante uma ex-pectativa de 68 anos, apenas 57 serão saudáveis.De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), houve uma transição epidemiológica, em que, no início dos anos 1900, 50% dos óbitos eram causados por do-

enças infecciosas, e hoje, com as melhorias das condições so-cioeconômicas e culturais, a mortalidade é causada, em 62% dos casos, por Doenças Crônicas Não-Transmissíveis, princi-palmente nas regiões Sul e Sudeste. O ranking das doenças de maior impacto para a saúde pública coloca os problemas cardiovasculares em primeiro lugar, seguidos pelo câncer, dia-betes e doenças respiratórias crônicas.De acordo com o IBGE, as doenças crônicas atingem 75,5% dos idosos (69,3% entre os homens e 80,2% entre as mulheres) e a po-pulação acima de 65 anos poderá ser 18% superior à população de até 14 anos e, em 2050, a relação de idosos por crianças poderá ser de 172,7 para 100. O Nordeste é a região em que o percentual de idosos com incapacidade funcional em mobilidade é maior, enquanto São Paulo tem a menor prevalência, o que mostra a de-sigualdade sociodemográfica, acompanhada da desigualdade no acesso às informações e atendimento médico.No SUS, as hospitalizações de idosos custam R$ 94 na faixa etá-ria dos 60 aos 69 anos e R$ 179 para as pessoas com 80 anos ou mais. O percentual de idosos com planos de saúde é de 29,4%.O cenário do IBGE para a área de saúde também mostra que as cesarianas já representam 43% dos partos realizados no Brasil nos setores público e privado, contra recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 15%. No sistema privado, o índice chega a 80%.A mortalidade infantil apresenta tendência de queda, atribuída ao aumento do atendimento pré-natal.Quanto à oferta de equipamentos, embora tenha crescido mais intensamente no setor público entre 2000 e 2005, chegando a 93% no caso das ressonâncias magnéticas e 71% nos mamógra-fos, a desigualdade entre o setor público e privado e entre as re-giões ainda é grande. Na oferta do SUS, só não haveria carência em mamografia, enquanto no setor privado todas as modalida-des trabalham com folga.Entre as regiões, Norte e Nordeste contam com oferta menor do que a preconizada pela OMS, se comparadas ao Sudeste, Sul e Centro Oeste. Os mamógrafos são os equipamentos com a dis-tribuição mai igualitária do País.

Novas estatísticas sociodemográficas

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que seja feito apenas um reajuste a cada 12 meses e que sejam extintos os planos por adesão que não tiverem caráter pro-fissional, classista ou setorial. aspectos regulatóriosA Anvisa encerrou 2009 com uma nova re-solução que começará a ter impacto em 2010: as mudanças nos rótulos de medicamentos. Agora, as farmacêuticas são obrigadas a apresentar o nome do medicamento em braile nas caixas e usar tinta colorida para destacar informações como número do lote, data de validade e data de fabricação. A impressão apenas em baixo ou alto re-levo, como é feita atualmente por algumas empresas, fica proibida. Os rótulos tam-bém devem trazer alertas sobre cuidados de conservação após o preparado do me-dicamento ou tempo de validade reduzi-do após sua abertura. Figuras só poderão ser utilizadas se tiverem a finalidade de auxiliar no uso do medicamento e deve-rão ser incluídos mecanismos de iden-tificação e segurança que possibilitem o rastreamento do produto desde a fabri-cação até o momento da dispensação nas embalagens de medicamentos, conforme a RDC 59/09, que determinou a adoção do código de barras bidimensional para a captura e transmissão dos dados de rastreamento. A partir do momento em que este mecanismo for inserido na em-balagem, a inclusão do código de barras GTIN e da tinta reativa (raspadinha) passará a ser facultativa.Também estão abertas, desde dezembro de 2009, três novas consultas públicas, sobre notificação de eventos adversos, funciona-mento dos centros de tecnologia celular e classificação de produtos de diagnósticos.Pela primeira proposta, a notificação de eventos adversos pelas empresas detento-

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Fornecedores Hospitalares revista 33

o dia muNdialde saúde em 2010

Atenta ao crescimento da po-pulação das áreas urbanas, contra retração nas zonas ru-rais, a OMS elegeu para o pró-ximo 7 de abril o tema “Urba-nização e Saúde”.A campanha “1000 cidades, 1000 vidas” terá como meta abrir espaços públicos em mil cidades para estimular a prática de atividades físicas e coletar histórias de mil “cam-peões urbanos de saúde”, que tiveram iniciativas que produ-ziram impacto significativo na saúde de suas cidades.De acordo com a OMS, 3 bi-lhões de pessoas já vivem nas ci-dades, ou seja, mais de 50% da população do mundo. Em 2050, a proporção será de 70%.A organização alerta para a disparidade entre este cres-cimento e a capacidade dos governos de construir infra-estrutura essencial para esta população, o que terá conse-quências na área de saúde.Entre os maiores problemas de saúde da população mais carente que vive em áreas ur-banas estão a violência, per-turbações mentais, doenças crônicas, como diabetes e pro-blemas cardíacos, e transmis-síveis, entre elas, a tuberculo-se e a Aids.As ações propostas para pro-mover o comportamento sau-dável incluem investimentos em transporte, definição de áreas para promoção de ativi-dades físicas e regulação mais rígida para controle do taba-co e segurança dos alimentos, bem como saneamento básico e adaptação das áreas de cir-culação para a população com deficiência física.

O ano será de crescimento no setor, com mais fusões, seja de hospitais ou de operadoras, e

crescimento de novos serviços na área pública

Geraldo Reple Sobrinho, do Mário Covas

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ras do registro de produtos para saúde exi-girá a organização, por parte das empresas, de um sistema próprio de detecção, avalia-ção e prevenção de problemas relacionados aos eventos adversos de produtos para saú-de. Estas companhias terão, por exemplo, um prazo de 72 horas após o recebimento da informação para notificar casos de óbito e falsificação de produtos.A segunda resolução busca regulamentar o funcionamento do centros de pesquisa e terapia com células-tronco e a terceira consulta pública propõe que a Agência siga padrões internacionais para classifi-car o risco dos produtos para diagnósti-co de uso in vitro, baseada em 13 regras, entre elas que todos os calibradores, pa-drões e controles devem seguir a mesma classificação de seu reagente principal.Em seu blog no portal Saúde Business Web, o especialista Roberto Latini, dire-tor da Latini & Associados, enumera me-didas que exigirão que as empresas vejam o cenário regulatório de uma perspectiva diferente. “Um simples exemplo é a rea-lização das Inspeções Extra-Zona em fabricantes do exterior. Uma medida que exigirá um planejamento de investimentos totalmente novo e que poderá ter como impacto, a saída dos players com menos poder de investimento. Enfim, nem todas as medidas adotadas redundam em efei-tos positivos. Do lado positivo, passamos a contar com o Cadastramento de produ-tos com grau de risco mais baixo, reduzin-do o prazo de aprovação”, analisa.Por fim, um acordo assinado entre Brasil e China prevê a inspeção nas fábricas de fár-macos a partir deste ano. Cerca de 70% do volume de importações brasileiras da Chi-na no segmento de saúde, que totalizam U$ 750 milhões, são de insumos farmacêuticos e o país é o quinto com o maior número de indústrias com registro na Anvisa.

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34 REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES

DESAFIO DA GESTÃO DO SUSFo

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GENÉSIO KÖRBES É ADMINISTRADOR HOSPITALAR, COM MBA EM GESTÃO

EMPRESARIAL PELA UNIVERSIDADE VALE DOS SINOS (UNISINOS) E É DIRETOR DO

HOSPITAL BANDEIRANTES (SP)

A implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), através da Cons-tituição Federal de 1988, trouxe muitos avanços para o setor, em especial nos últimos anos, após a criação da Emenda Constitucional

29, em 13 de setembro de 2000, e sua regulamentação, em outubro de 2007. Ainda mais se levarmos em conta que o fi nanciamento é uma das principais difi culdades enfrentadas pelo SUS nestes pouco mais de 20 anos.Com a Emenda 29, foi possível uma maior clareza na defi nição dos recur-sos fi nanceiros para o setor da saúde, estabelecendo percentuais mínimos de aplicação em ações e serviços públicos de saúde (15% da receita líquida municipal, 12% da estadual e um percentual do PIB na esfera federal). En-tretanto, ainda há desafi os, como: a defi nição do que efetivamente pode ser considerado gasto público com saúde; a distribuição desses recursos; e a re-gionalização, uma vez que é preciso garantir condições de atendimento mes-mo em pequenos municípios onde uma parte da arrecadação não é sufi ciente para atender às necessidades básicas de sua população.Ainda assim, pode-se dizer que o SUS é um dos planos de saúde mais per-feitos. Sua concepção e seu conceito são excepcionais. O Sistema Único de Saúde tem como escopo a promoção da saúde, a prevenção da doença com imunização e até mesmo o atendimento quaternário com cobertura de trans-plantes. O que atrapalha seu funcionamento é – apesar dos avanços obtidos por meio da Emenda 29 – a falta de recursos necessários para atender à de-manda da população e praticar de fato o princípio da universalidade. Mesmo com a defi nição, em 2007, da destinação de R$ 24 bilhões para a saúde nos quatro anos seguintes – R$ 4 bi em 2008, R$ 5 bi em 2009, R$ 6 bi em 2010 e R$ 9 bi em 2011 – os recursos são insufi cientes.Certamente, o SUS trouxe uma importante contribuição para o setor no que diz respeito ao desenvolvimento dos protocolos, os chamados pacotes, por exemplo. Afi nal, o SUS foi o primeiro “plano” a remunerar os hospitais por procedimento. Contudo, outra defi ciência relevante do Sistema é o modelo de gestão adotado. E, para sanar ao menos em parte esta fraqueza, merece destaque no cenário de saúde o envolvimento, através do Ministério da Saú-de, de hospitais de primeira linha na administração de hospitais, formação de gestores e outros serviços de saúde públicos.Nesse sentido, observa-se uma nova tendência na gestão da saúde, que, aos poucos, deixa de ser responsabilidade única e exclusiva do governo, seguindo estritamente as regras da administração pública. No Estado de São Paulo, em especial, um número crescente de instituições hospitalares públicas é gerida por empresas de saúde do setor privado. Já em alguns Estados do Nordeste, fundações estatais, com maior f lexibilidade e auto-nomia, passam a gerir os serviços de saúde. Sem contar as parcerias pú-blico-privadas (PPP), praticadas há mais de 10 anos em São Paulo, onde já se considera a possibilidade de estender a modalidade para os serviços de transplantes do SUS.O Estado de São Paulo, precursor da criação das OS – Organizações Sociais repassou a gestão de inúmeros hospitais públicos a entidades fi lantrópicas com excelentes desempenhos de resolutividade, bem como ótimos resultados sociais e fi nanceiros. Este sem dúvida é um marco de sucesso na introdução de um novo modelo de gestão.O SUS sofre de dois males intimamente interligados entre si. Primeiro os escassos recursos frente à demanda e de outra parte a falta de gestão do sis-tema, de quem o fi nancia e de quem o executa.Precisamos ainda de muitos avanços!

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S a ú d e B u S i n e S S S c h o o lO s m e l h O r e s c O n c e i t O s e p r á t i c a s d e g e s t ã O , a p l i c a d O s a O s e u h O s p i t a l

m ó d u l O 1

Gestão da qualidade

Este caderno pode ser destacado

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i n t r o d u ç ã odepoiS do SuceSSo do primeiro Saúde BuSineSS School, continuamoS com o projeto. eSte ano falaremoS SoBre geStão hoSpitalar

especializadas, para que cada uma escreva sobre o tema de sua expertise, trazendo assim ao leitor um material abrangente e didático, escrito pela visão de quem ensina e vivencia a realidade da saúde no Brasil.O projeto será desenvolvido em 12 módulos, que serão publicados de janeiro a dezembro de 2010 nas edições da revista Fornecedores hospitalares. cada um deles tratará de tema específico de gestão, detalhado abaixo. O grande objetivo desse projeto é auxiliar os hospitais na gestão de suas instituições trazendo um material que pode ser utilizado como instrumento de apoio para as atividades de cada área. conteúdos complementares poderão ser acessados no site www.revistafh.com.br/businesschool

percebendo um intenso interesse do mercado por assuntos mais aprofundados em gestão, nesta edição do projeto saúde Business school falaremos sobre administração hospitalar. em cada um dos capítulos, falaremos sobre a gestão de cada área do hospital, buscando auxiliar os leitores na organização, planejamento e implantação de processos em cada uma das áreas abordadas.para ter um conteúdo aprofundado e relevante, buscamos a parceria com instituições de ensino e consultorias

o projeto envolve oS SeguinteS temaS:

módulo 1 – gestão da Qualidade

módulo 2 – gestão da hospitalidade

módulo 3 – gestão comercial

módulo 4 – gestão Financeira

módulo 5 – gestão de serviços terceirizados

módulo 6 – gestão de ti

módulo 7 – gestão do corpo clínico

módulo 8 –gestão de tecnologia e infraestrutura

módulo 9 –gestão de suprimentos

módulo 10 – governança corporativa

módulo 11 – gestão de pessoas

módulo 12 – gestão de marketing

m Ó d u l o 1gestão da qualidade:

definição de metas

planejamento

iindicadores

evolução

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por ana lúcia Zanovello

g e S t ã o d a q u a l i d a d e

Qualidade é o ato de atender às necessidades dos clientes internos ou externos e implica atingir sua satisfação imediata. desse modo, no setor de saúde, a qualidade deve fazer parte da prestação de serviços que é conhecida há milênios.

no cenário da saúde, a qualidade é considerada uma das vantagens competitivas quando implementada como estratégia. O processo de administração estratégica inicia-se quando uma empresa define sua missão e, em sua visão de futuro, deve constar a melhoria da qualidade da assistência prestada.

para a implantação da qualidade no setor saúde, é preciso respeitar alguns valores, conforme seguem:

• superar e encantar as expectativas dos clientes;• transmitir confiabilidade;• garantir respeito e integridade em todas as relações;• aprimorar continuamente os processos de trabalho;• estimular o trabalho em equipe por meio de comunicação clara;• ressaltar a responsabilidade e importância de cada profissional no processo estratégico, entre outros.

a ampliação da abrangência da qualidade nas atividades organizacionais é também percebida como qualidade de vida, ética, valores e responsabilidade social. hoje, são imprescindíveis e objeto de regulamentações nacionais e internacionais e de normas diversas, mostrando a crescente conscientização das organizações na importância do cumprimento da legislação e implantação de um sistema de qualidade.

Quanto à origem do conceito de qualidade na empresa moderna, há necessidade de se referir à administração que envolve cinco funções de gestão: planejamento, organização, gestão de pessoas, coordenação e controle.

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definição de metaS

disseminar os conceitos das ferramentas da qualidade, destacando os seguintes aspectos:

• atendimento às necessidades dos clientes;• Foco nos processos;• abordagem sistêmica;• trabalho em equipe;• monitoramento constante do desempenho do processo;• adequação aos padrões nacionais e internacionais de qualidade.

logo, a motivação para a melhoria da qualidade é decorrente da neces-sidade de prover maior valor e satisfação aos clientes. todo membro de uma organização deve se conscientizar de que todos os processos podem ser executados com mais eficiência e eficácia. essa evolução beneficia a sociedade como um todo.

a melhoria contínua da qualidade aumenta a capacidade dos colaborado-res em contribuir, crescer e superar-se. nem sempre a tarefa de atingir e manter tais objetivos é simples, devido à variedade e complexidade dos elementos que estão presentes e devem ser considerados.

exige um compromisso com o aprimoramento constante da competên-cia profissional. torna-se necessário, portanto, sustentar esse esforço com técnicas que possam facilitar a análise e o processo de tomada de decisão. nesse ambiente, enquadram-se as Ferramentas Básicas da Qualidade, como meio de facilitar o trabalho daqueles que são res-ponsáveis pela condução de um processo de planejamento ou análise e solução de problemas, visando à qualidade. segundo a visão moderna, esses responsáveis são todos os integrantes da organização.

É importante ressaltar que as Ferramentas Básicas da Qualidade, a des-peito da simplicidade de algumas, têm os seguintes objetivos: • Facilitar a visualização e entendimento dos problemas;• sintetizar o conhecimento e as conclusões;• desenvolver a criatividade;• permitir o conhecimento e a melhoria dos processos;• Fornecer elementos para o monitoramento.;

exemplificamos a seguir a indicação de algumas das ferramentas da qualidade e sua aplicação.

BrainStorming

para definir as metas, é importante realizar uma reunião de brainstor-ming, a fim de identificar as oportunidades de melhorias e os processos que devem ser adequados e/ ou implantados

≥≥ implantação de Sistema da qualidade: listagem das ativida-des a serem desenvolvidas no processo de implantação; identifica-ção das resistências à mudança na organização; auxílio no desen-volvimento das ferramentas da qualidade.

≥≥ Solucionando problemas: listagem das causas prováveis do problema; e das possíveis soluções

• como aplicar: definir o objetivo e os participantes da reunião; informar antecipadamente os objetivos aos integrantes; definir o coordenador e o secretário; definir o tempo da duração da reunião; iniciar o processo de geração de ideias.

1. O diagrama abaixo tem o objetivo de melhorar e facilitar a aplicação desta ferramenta, com um exemplo do setor de saúde:

Diagrama De causa e efeito

Fonte: adaptação do diagrama de causa e efeito de ishikawa.

geStão da qualidade:

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acompanhamento de proceSSoS

O ciclo pdca é um método de gestão com abordagem organizada para a solução de problemas ou acompanhamento de processos, com o objetivo de orientar de forma simples e segura as etapas de preparação e execução de atividades predeterminadas para atingir o sucesso no aprimoramento ou implantação de um processo qualquer.

exemplificamos abaixo um ciclo voltado ao setor de serviços de saúde:

Fluxograma desenhado com base no fluxograma de deming

a padronização permite a análise crítica do procedimento e processo de trabalho, porém o primeiro passo deve ser a elaboração do fluxo-grama do processo real para ser posteriormente analisado e melhorado, evoluindo para o fluxograma ideal.

para que haja esta validação é preciso aplicar uma das ferramentas de qualidade, como por exemplo, o diagrama de causa e efeito.

2. O fluxograma trata da representação gráfica das diversas etapas que norteiam um determinado processo de trabalho. na gestão de serviços de saúde, a construção dos fluxogramas dos processos administrativos e assistenciais é considerada importante pois, permite evolução do estado real para o ideal. ele deve ser empregado na descrição de um processo existente, na construção de um novo que facilite a identifi-cação de possíveis desvios, permitindo aos profissionais detectarem seu papel, evidenciando as relações clientes/fornecedores, e como seu trabalho impacta no resultado final dos serviços prestados.

a produtividade aumenta com uma maior qualidade, pois o “retraba-lho” é menor ou não há desperdício. para diminuir a variabilidade, é preciso conhecer o processo e seus problemas, mensurá-los e ainda monitorar seu desempenho. para estudar, é preciso envolver as pessoas diretamente ligadas a determinado processo, conhecedoras tanto dos problemas como de suas possíveis soluções. logo, é imprescindível conceituarmos processos e descrevê-los para facilitar sua avaliação e sistematizarmos propostas de melhorias.

O controle de processos corresponde ao desenvolvimento e manuten-ção de métodos operacionais que garantam o bom funcionamento e o alcance das metas de desempenho. para que haja controle efetivo, é preciso que o planejamento tenha sido adequadamente efetuado. a melhoria da qualidade tem por objetivo elevar a performance de um determinado processo. envolve a discussão de meios para aprimorá-lo e implementar novos métodos/processos.

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• preparar a estratégia sobre a comuni-cação do sistema escolhido como, por exemplo, por meio de workshop motiva-cional, envolvendo todos os profissionais inclusive os terceirizados;• realizar o levantamento das con-formidades e não conformidades de acordo com a norma pertinente ao sistema escolhido;• elaborar um check list alocando as “não conformidades” e as conformida-des por área, facilitando a visualização e o estabelecimento do plano de ação;• aplicar as ferramentas da qualidade pertinentes a não conformidades, para resolver as questões;

planejamento

• medir a qualidade por meio de indi-cadores: isso é imprescindível para o planejamento, organização, coordena-ção/direção, avaliação e controle das atividades desenvolvidas, sendo alvo dessa medição os resultados, processos e a estrutura necessária, bem como as influências e repercussões promovidas no meio ambiente.

• sistemas de certificação de qualidade: seja qual for a certificação de qualidade escolhida, contemplando os passos ante-riores, a instituição encontra-se rumo à certificação, pois a base já está consoli-dada em todos os níveis da organização. será uma forma de regulação e compro-vação por terceira parte, assegurando a qualidade da assistência prestada.

• sugerimos uma empresa de consultoria para auxiliar na preparação dos passos anteriores e na implementação da cer-tificação de maneira diferenciada, ou seja, construindo esse processo de forma conjunta. deve-se, ainda, transferir os conhecimentos, e preparar os profis-sionais para elaborarem um sistema de qualidade, com base nos conceitos: fer-ramentas e métodos apresentados nos passos anteriores.

a gestão da qualidade deve fazer parte do dia a dia da organização, porém precisa ser incorporada pela alta administração, disse-minada e defendida por todos os níveis da organização da empresa.

no entanto, devem ser identificados crité-rios de avaliação, comparando-os com os padrões estabelecidos para verificação da eficácia do sistema da qualidade, conforme normatização escolhida.

a qualidade é entendida como facilita-dora da mudança da cultura organiza-cional, envolvendo as pessoas para evo-lução dos processos, contribuindo para atingir as transformações esperadas. assim, o desenvolvimento das pessoas é vital para o sucesso da implantação da gestão da qualidade.

evolução

indicadoreS

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S o B r e o S a u t o r e S / e m p r e S a Sana lucia Zanovelloexecutiva de contas e coordenadora de programas de treinamento nacionais e internacionais para instituições de saúde do senac são paulo, com experiência de 12 anos na área de educação e saúde.

c a S o d e S u c e S S oproceSSo eStratégico

a casa de saúde sãO JOsÉ cOnsidera a gestãO de Qualidade um passO impOrtante para a implementaçãO e acOmpanhamentO de melhOrias internas thaia duó – [email protected]

Qualidade é um assunto fundamental na gestão da casa de saúde são José, do rio de Janeiro. a instituição, acreditada em nível de excelência da Ona, desde 2007, e certificada com o selo da acreditação canadense, o cchsa, mantém um escritório da quali-dade, composto por uma equipe multiprofissional, com duas enfer-meiras, um médico e uma farmacêutica. a área é responsável pelas ações de suporte nas análises dos pro-cessos; acompanhamento das melhorias planejadas e implementa-das nos setores; realização de relatórios de visita, gerenciamento de riscos; controle de documentos da qualidade dos setores, além de acompanhamento dos procedimentos setoriais e institucionais. “a casa de saúde são José considera a gestão da qualidade um processo estratégico, uma vez que é possível implementar e acom-panhar melhorias internas que refletem diretamente na segurança e satisfação do cliente. e tais melhorias, que deverão ser contínuas, auxiliam fortemente no alcance das metas definidas no planeja-mento estratégico”, relata o diretor assistente da casa de saúde, andré gall. para monitorar a evolução dos processos, o hospital utiliza ferra-mentas como o ciclo pdca (em inglês plan, do, check e action). Os indicadores gerados a partir da avaliação dos instrumentos são analisados e validados pelo colegiado de diretoria da instituição. “como exemplo de indicadores, citamos índices de infecção hos-pitalar, glosas, tempo de permanência, ebtida, eVa, liquidez, clima

organizacional, absenteísmo, mapeamento de cirurgias por porte e especialidades, eficácia de profilaxia, entre outros”, salienta.segundo gall, é essencial o apoio dado pela alta direção e o envol-vimento de todos os funcionários para que o projeto possa ser concluído conforme planejado. no caso de imprevistos ocorridos, a ação passa a ser suspensa para possíveis correções. “Às vezes é preciso modificar ou ratificar muitas coisas no processo. não é raro de acontecer, mas também não é frequente. normalmente acontece quando uma área fica de fora do projeto, aliás a unificação e hones-tidade das áreas é um benefício grande da gestão de qualidade.”O executivo garante que aliado a isso está o treinamento contínuo dos funcionários, a realização de encontros, workshops e auditorias internas, os quais validam a eficácia de todos os processos de qua-lidade na cssJ, aprovados pela própria direção do hospital.para o ano de 2010, a casa de saúde lançou um orçamento de mais de r$ 25 milhões em reestruturação de serviços, tais como diag-nóstico por imagem, com a renovação de 100% do parque tecnoló-gico e implantação do pacs, reestruturação do centro cirúrgico da mulher e da unidade semi-intensiva, e a implantação do sistema de energia impa. “há também um forte investimento em pessoas, além de recursos realizados em sistemas de informação interno que facilitem e auxiliem o escritório da qualidade no acompanha-mento e suporte das áreas, novas certificações, como pnQ (prêmio nacional da Qualidade) ”, conclui gall.

Senac São pauloO senac são paulo, uma das mais importantes instituições educacionais do país, oferece por meio do atendimento corporativo, soluções sob medida para as necessidades de treinamento e desenvolvimento das equipes da sua empresa. alinha programas em diversas áreas do conhecimento e diferen-cia-se pelo atendimento ágil em uma ampla rede espalhada por todo o estado de são paulo. conheça mais acessando o site www.sp.senac.br ou no 0800 707 1027.

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Saúde BuSineSS Schoolsaúde Business school é uma iniciativa da it mídia.

todos os direitos reservados.

aceSSe o material complementar em www.reviStafh.com.Br/BuSineSSSchool

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ESPAÇO JURÍDICO

44 REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES

RECUPERAÇÃO JUDICIAL NA UTIFo

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RODRIGO ALBERTO CORREIA DA SILVA É SÓCIO DO ESCRITÓRIO CORREIA DA SILVA ADVOGADOS, PRESIDENTE DOS COMITÊS

DE SAÚDE DA CÂMARA BRITÂNICA DE COMÉRCIO (BRITCHAM) E DA CÂMARA AMERICANA DE COMÉRCIO (AMCHAM),

ADVOGADO DE DIVERSAS ASSOCIAÇÕES DE CLASSE E EMPRESAS DE PRODUTOS

E SERVIÇOS DE SAÚDE, MESTRE EM DIREITO PELA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE

CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUC-SP) E AUTOR DO LIVRO “REGULAMENTAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDE” – RODRIGO@

CORREIADASILVA.COM.BR

Empresas relevantes na cadeia de distribuição de medicamentos e produtos médicos pedi-ram recuperação judicial no passado recente.São empresas que cresceram com o apoio da indústria, turbinadas por crédito bancário e de

fornecedores incrementando market share com prazos de pagamento cada vez mais longos para seus clientes. Esta lógica criou uma ciranda fi nanceira, em que para sustentar o crédito se fazia necessário aumentar market share, que demandava mais crédito e assim por diante. Muitos anos atrás, na vigência da Lei de Falências e Concordatas já vimos este script no setor de eletro-eletrônicos.A concentração da distribuição, especialmente no mercado de medicamentos, gerou situação em que a indústria se vê hoje ameaçada, caso os planos de recuperação judicial destas empresas não sejam apro-vados ou cumpridos com a consequente decretação de suas falências, levando não só a perda do crédito, mas também a uma maior concentração de poder de mercado nas mãos dos distribuidores sobreviven-tes, que também não têm uma situação fi nanceira confortável.Tal contexto vem induzindo a indústria a aprovar, sem maiores considerações, os pla-nos de recuperação judicial apresentados ou a ser leniente em caso de descumprimento dos planos aprovados. Nenhuma das duas opções nos parece efi caz para sanear tais empresas ou este mercado, pois podem re-sultar em insucesso destes mesmos planos no médio prazo e risco sistêmico tão logo expirem os longos prazos de carência que são embutidos nestes planos.Em nossa atuação em recuperações judiciais, temos visto dois comportamentos que viabilizam este posicionamento complacente dos credores: o entendimento dos agentes fi nanceiros de que “perdido, perdido e meio”, segundo o qual mais vale dar uma chance para o credor tentar pagar alguma coisa do que já assumir a perda total dos créditos e o da indústria, que se satisfaz com o “mea culpa” e promessas de profi ssinalização / responsabilidade fi scal dos fundadores destas empresas.Nenhum destes comportamentos está conforme o racional por trás da Lei 11.101/2005 ou seu objetivo, que é a preservação da empresa saudável e não a mera sobrevida da empresa moribunda. A vivência gerou um aprendizado empírico da antiga concordata cujas lições são: 1) a recuperação da saúde de uma empresa exige, na maioria das vezes, reengenharia fi nanceira ou gerencial ou ambas; 2) que o juiz, salvo exceções com dons de nascença, não é capacitado para implementar reengenharia ge-rencial; 3) muitas vezes a direção da empresa não é capaz de realizar o turn around da empresa sozinha por mais prazo que tenha (convenhamos, nenhuma concordata durava os 2 anos previstos na lei; e 4) os credores, muitas vezes, estão dispostos a assumir parte das perdas em prol de um pagamento parcial e da continuidade de seu cliente (o que era amplamente feito através da compra fraudulenta de créditos com deságio por prepostos do devedor).O pragmatismo levou a absorção destas lições condensadas na sistemática da lei de recuperações judiciais, que reserva para o juiz o papel de fi scal da lei; para a assembleia de credores, a aprovação do plano de recuperação judicial; e, para a direção da empresa, o papel de executor do plano. Do ponto de vista de governança, durante a execução do plano, os acionistas da empresa são os credo-res que nela investiram as perdas que assumiram no próprio plano.Porém, aos credores não está reservado apenas o papel passivo de aprovar o plano apresentado ou de-cretar a quebra da empresa prejudicial para todos. Aos credores, está reservado o papel fundamental de contribuir para que o plano de recuperação, verdadeiro plano de negócios da recuperanda, seja aperfei-çoado de modo a aumentar as chances de uma recuperação bem-sucedida de uma empresa insolvente e, senão sem, com graves difi culdades de crédito.Hoje, infelizmente, muitas vezes nos deparamos com credores que não fazem análise de viabilidade do plano de negócios apresentado pelo devedor e deixam a liderança do processo de recuperação judicial nas mãos do devedor que pode ou não ter a motivação de salvar a empresa e provavelmente não tem as condições de fazê-lo sozinho, por mais tempo que tenha em suas mãos.Não basta tirar as empresas da UTI com a aprovação do plano. Para garantir a sua alta, os cre-dores precisarão pôr a mão na massa para o aperfeiçoamento do plano de recuperação judicial, disponibilizando capacidade de avaliação de cenários, planejamento, criação de metas, etc.

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de olho na indústria

46 revista Fornecedores hospitalares

Aliança entre a Alert e a Diebold, focada no segmento público e privado, deve mexer nos resultados milionários das empresas

Thaia Duó – [email protected]

Parceria estratégica

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Somar para multiplicar. Assim a Alert, empresa especiali-zada em software de gestão clínica, vê a estratégia de firmar parceria com a Diebold, empresa especializada em auto-mação bancária. “Pretendemos processar 500 mil opera-ções por mês. Isso significa um faturamento de cerca de R$ 2 milhões mensais”, afirma o diretor geral da Alert Brasil, Luiz Brescia. Com faturamento mundial de 40 milhões de euros, e no mercado nacional de R$ 30 milhões, a companhia projeta crescimento de 40% a partir da nova parceria. Em 2010, a meta é faturar mais R$ 20 milhões/ano com a aliança estra-tégica, que visa oferecer uma nova modalidade de prestação de serviço para o setor da saúde, ainda não existente no Brasil: a Everything as a Service (EaaS). A solução de gestão clínica para o segmento público e pri-vado será ofertada com uma forma diferenciada de comer-cialização. A modalidade permite que o cliente pague ape-nas por transação realizada. “Os investimentos do cliente são praticamente eliminados. Ele passa a pagar só pelo que é utilizado, não precisa colocar nenhum investimento à frente do processo. Somos nós quem oferecemos todos os investimentos para o cliente”, explica Brescia.O modelo de serviço proposto na parceria se fundamenta no uso da Tecnologia da Informação em projetos comple-xos que podem ser traduzidos em um pacote de serviços baseado em volume de consultas. Considerada uma modalidade diferenciada, o pagamento por demanda deve agregar valores à Alert, que em acordo assinado em dezembro de 2009 vai oferecer o software e o serviço de instalação, além da operação do serviço. Por outro lado, a Diebold ficará responsável pela parte de infraestrutura de hardware, de datacenter, de telecom, e helpdesk. O projeto exigiu a integração entre os produtos da Alert e os de tarifação da Diebold, com o enfoque único da gestão clínica por meio da criação e manutenção de um Prontu-ário Clínico Eletrônico. “Como o software a ser utilizado na modalidade EaaS é o mesmo que utilizamos nos demais projetos, foi descartada a necessidade de alto investimento, embora a parte tecnológica tenha nos consumido cerca de R$ 1 milhão”, conta.Alguns dos benefícios da solução ofertada pelas empresas são o acesso remoto e simultâneo; legibilidade; dados atua-lizados e processados continuamente; entre outros. A certeza destes resultados foi confirmada por meio de es-

tudos mercadológicos, realizados ao longo de 2009. E ain-da, premissas como interoperabilidade em sistemas exis-tentes e fichas clínicas de cadastro também determinam o bom rendimento do projeto.Para entrar em novas modalidades de maneira confiante, como é o caso da EaaS, a Alert destina tradicionalmente a ordem de 20% da sua receita em pesquisas e desenvolvi-mento. De acordo com Brescia, no último ano, a companhia investiu pouco mais que o de costume devido ao lançamen-to de novos produtos, do início de operação na Holanda e por causa do contrato da Unimed Belo Horizonte, que exigiu muito da gestão clínica. “Além do resultado da pesquisa realizada, que é um cami-nho essencial, a Diebold já havia chamado a atenção por ser uma empresa que fatura mundialmente na ordem de US$ 3 bilhões e conta com capacidade de oferecer infraestrutura e alta capilaridade”, salienta Brescia. E mais: “Você nunca pode trabalhar sem ter uma empresa com assistência técni-ca no país inteiro e com alta capacidade de investimento.”O conhecimento sobre os conceitos fundamentais para a área da saúde foi um dos quesitos que também despertaram

o interesse da Alert pela Diebold. “Primeiro a alta dispo-nibilidade, segundo o atendimento com níveis de serviços muito elevados: a Diebold trabalha com SLA (baseada na qualidade e nos Acordos de Nível de Serviço).” A presença da Diebold na área da saúde teve início em 1999, quando forneceu o Sistema do Cartão Nacional da

Saúde ao Ministério da Saúde. Hoje, a empresa acredita que existe uma ten-dência de hospitais de fazer contrata-ção de serviços no modelo EaaS. Mais do que isso, a Diebold aposta em uma demanda muito grande para projetos de integração.“Esse é um mercado que focamos e vamos investir cada vez mais. Identi-ficamos em saúde um forte potencial para os próximos anos e essa parceria com a Alert vai complementar nossos projetos”, relata o diretor comercial da Diebold, Augusto Kuhlman.Presente no mercado brasileiro e mun-dial há muitos anos no processamento de máquinas de autoatendimento ban-cário, com mais de 60% de atuação no Brasil e 50% no exterior, a Diebold juntamente com a Alert, já atraiu a atenção de alguns hospitais. Ainda

neste mês, deve ser anunciado o pri-meiro contrato firmado com cliente por meio da parceria entre as empresas. No âmbito da aliança estratégica, a Diebold espera conquistar nos próxi-mos meses mais cinco novos clientes.

Os investimentos do cliente são praticamente eliminados. ele passa a pagar só pelo que é utilizado, não precisa colocar nenhum investimento à frente do processo

Luiz Brescia, da alert

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Brescia, da Alert: Parceria com a Diebold favorece expansão de mercado

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prêmio

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Confira os finalistas do Top Hospitalar 2009. A votação acontece até o dia 1 de abril. Acesse: www.tophospitalar.com.br

Top HospiTalarHospital PúblicoHospital das Clínicas de São PauloHospital Geral de PedreiraIncor – SP

Hospital FilantrópicoHospital Alemão Oswaldo CruzHospital Israelita Albert EinsteinHospital Sírio-Libanês

Hospital PrivadoHospital 9 de JulhoHospital Copa D’orHospital São Luiz

Medicina de GrupoAmil Golden Cross Intermédica

SeguradoraBradesco SaúdePorto SeguroSulAmérica

CooperativaUnimed- BHUnimed Porto AlegreUnimed – Rio

AutogestãoCabespCassiPetrobras

Medicina DiagnósticaDasaFleuryHermes Pardini

Home CareDal BenHome DoctorPronep

Indústria de EquipamentoGE HealthcarePhilips Siemens

Indústria FarmacêuticaEurofarmaPfizerRoche

Indústria de InfraestruturaAir LiquideLinde HealthcareWhite Martins

Engenharia e ArquiteturaBross Consultoria e ArquiteturaL+M GetsMHA Engenharia

Indústria de TIMVTotvsWPD

Indústria de MateriaisB.BraunBDJohnson & Johnson

Indústria de ServiçosEstaparGRSASodexo

Indústria NacionalEurofarmaFanem Mercedes Imec

ConsultoriaDeloitteIQGPlanisa

Serviços FinanceirosItaúBradescoBanco Santander

Instituições de EnsinoFundação Dom CabralFundação Getúlio VargasInsper

EmpresárioEdson de Godoy Bueno – AmilJorge Moll – Rede Labs D’orPaulo Barbanti – Intermédica

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Top HospiTalarAdministrador HospitalarCharles El Odeh – Hospital 9 de JulhoFábio Sinisgalli – Hospital Nossa Senhora de LourdesGonzalo Vecina Neto – Hospital Sírio-LibanêsSérgio Lopez Bento – Hospital Samaritano

EXecutivo da IndústriaCláudia Goulart – Presidente da GE Healthcare para América LatinaDaurio Speranzini Júnior – Vice-presidente para a área de Cuidados da Saúde para América LatinaPablo Toledo – Presidente da Baxter

Comunicação com o MercadoAmilFleuryHCorHospital São LuizTotvs

SustentabilidadeAssociação Congregação Santa CatarinaBanco RealHospital Israelita Albert Einstein

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Com recomendação do Tribunal de Contas da União para unifi car o modelo de gestão dos hospitais universitários, o Ministério da Educação aposta em um projeto colaborativo para desenvolvimento de um software de gestão. O objetivo: uma administração mais estratégica das instituições

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DE MELHORIAPROJETO Ana Paula Martins – [email protected]

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No mundo moderno, não dá para pensar uma empresa ou uma organização com boa gestão sem ter ferramentas de TI adequa-das. Diante da pressão por transformação no mercado de saúde, a utilização estratégica desses instrumentos tornou-se fato crucial para levar o setor para as inovações que necessita. Com isso em foco, o Ministério da Educação (MEC) coordena o projeto de Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU) a fi m de desenvolver um modelo único de gestão para os 46 hos-pitais universitários pertencentes à rede federal, que passa pela informatização dessas unidades. O projeto foi desenhado depois de uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União nos hospitais, que gerou um do-cumento com uma série de recomendações para a melhoria da administração das organizações. “O grande objetivo é ter uma gestão mais efi ciente das instituições, garantindo uma melhor aplicabilidade dos recursos destinados a eles”, afi rma o coordena-dor geral dos Hospitais Universitários da Secretaria de Educação Superior do MEC, Celso Araújo. A entidade elegeu o Hospital das Clínicas de Porto Alegre, ligado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), como modelo a ser replicado pelas instituições e destinou uma equipe de técnicos para desenvolver os softwares a serem instalados nos hospitais. “A equipe está trabalhando na transformação de um sistema de servidor dependente e proprietário para um sistema baseado em web com código livre, o que facilitará a adição de no-vos aplicativos”, aponta o coordenador. Com a unifi cação dos sistemas, será possível gerar indicadores úni-cos na gestão dos hospitais universitários e padronizar os proces-sos e a compra de insumos. “Assim teremos melhores condições de identifi car as áreas que demandam mais recursos.” O conceito do projeto está bem defi nido, no entanto, colocá-lo em prática é outro desafi o. Isso porque não se trata somente de desenvolver e implantar um software de gestão, mas também de adequar toda a estrutura das instituições para fazer uso estratégico

das ferramentas. “Nesses hospitais a infraestrutura é muito fraca. Será necessário investir em rede, servidores, sala de segurança, e até parte elétrica. Além disso, muitos desses hospitais não contam com uma equipe de TI. Só depois de organizar isso tudo, teremos condições de instalar o sistema”, relata o coordenador do projeto, Marcelo Takatsu.

COLABORAÇÃODiante da difi culdade de se impor um sistema de trabalho de cima para baixo, a equipe do MEC trabalha com o conceito de projeto colaborativo. A ideia é envolver os responsáveis pela TI de cada uma das instituições no desenvolvimento do software. “Como há muitas diferenças na realidade e na demanda de cada uma das instituições, é importante que haja esse envolvimento. A gente entende que um sistema de informação é aderente ao modelo de gestão, espelha o que executam em cada instituição. A nós do MEC caberá o papel de mediar esse desenvolvimen-to e coordenar o cronograma. Nossa função é fazer com que hospitais que tenham demandas similares, encontrem soluções comuns. E como é em código aberto, a melhoria será contínua”, enfatiza. A solução escolhida para servir de referência ao proje-to é a desenvolvida pelo Hospital das Clínicas de Porto Alegre, construído em arquitetura cliente/servidor, na plataforma Ora-cle Forms/Oracle 9i, e será transformada em uma versão em software livre, e os hospitais de Recife e de Curitiba também estão usados como modelos para as normas. Diante de um ano eleitoral, a pressão por concluir o projeto até o fi nal de 2010 é grande, mas depende do envolvimento de cada um dos hospitais. Pelo cronograma projetado, é possível concluir a parte de infraestrutura no primeiro semestre do ano. A primei-ra etapa do projeto, foi a realização de um diagnóstico da situa-ção de cada uma das unidades. Foi elaborado um questionário sobre a estrutura de cada um dos hospitais, que foi encaminhado às instituições. Com as informações em mãos, o MEC dará iní-

Mais informações podem ser obtidas no site: www.aghu.mec.gov.br

cio ao processo licitatório para a compra dos equipamentos necessários. “Faremos o processo para a compra de equipamen-tos de infraestrutura (rede, cabeamento, servidores, etc) centralizado, para ganhar-mos em escala. Compra de estações de trabalho, suítes e seleção de equipe será feito na ponta”, explica Takatsu. A previsão de investimento para essa eta-pa de nivelamento tecnológico é de R$ 147 milhões. A conclusão de todo projeto deve consumir cerca de R$ 200 milhões. Por ser em código aberto, o custo estima-do do desenvolvimento e implantação do software é de R$ 15 milhões a R$ 20 mi-lhões. “Isso torna a solução mais viável e, por ser desenvolvida em um modelo cola-borativo, sempre será atualizada”, pontua o coordenador. Se fossem instalados um software de mercado, cujo preço varia de R$ 1 milhão a R$ 3 milhões dependendo do tamanho do projeto, seria gasto um va-lor aproximado de R$ 90 milhões. Com o projeto implantado, a ideia é não só melhorar a gestão dos hospitais, mas também, criar uma rede de informações relevantes no segmento, para que o MEC possa assim direcionar melhor os recursos destinados às instituições. Como se trata de um projeto do governo, a pergunta que fi ca é se ele sobreviverá às mudanças na gestão. “Por isso é importante o desenvolvimento da rede colaborativa. Dessa forma, o proje-to funcionará sozinho”, conclui.

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Bem viverO presidente do Sindherj e diretor da Pronep, Josier Vilar, tem no tênis um instrumento para viver de forma mais saudável e feliz

Ana Paula Martins – [email protected]

Mudar os hábitos é um dos maiores desafios que o ser humano enfrenta. Na correria do dia a dia, e condicionados aos mes-mos afazeres, encontrar espaço para novas atividades, novos gostos e até mesmo novas obrigações passa a ser uma grande dificuldade – e muitas vezes desculpa para evitar grandes e positivas mudanças. Mas quem não teme e se arrisca na busca do novo, pode ter gratas surpresas, como o médico Josier Vi-lar, presidente do Sindicato dos Hospitais do Município do Rio de Janeiro e diretor da Pronep. Aos 38 anos de idade, ao levar o filho para experimentar aulas de tênis, Vilar descobriu uma nova paixão. “Sempre incenti-vamos, eu e minha esposa, nossos filhos a praticar algum tipo de esporte. E quando levei meu filho para fazer aulas de tênis acabei me encantando com o jogo, e nunca mais parei. No fim, quem permaneceu nas aulas fui eu, pois ele desistiu”, relata. Há 20 anos, a prática do tênis integra a rotina diária do médico, que todas as manhãs joga por duas horas, não im-porta a época, os compromissos ou as condições climáticas. “Virou uma boa rotina”, brinca. Mas não é só pelo aspecto de cuidado com a saúde que o tê-nis atrai a atenção de Vilar. Para o executivo, o esporte traz também outros ganhos para o cotidiano. “O tênis tornou-se importante para me ajudar em pontos como tomada de de-cisão, por exemplo. Também consegui desenvolver melhor a inteligência emocional, além de ter trazido muito bom humor para o meu dia. Quando você faz atividade física regularmente fica mais bem- humorado, mais disposto e mais calmo. Tudo isso ajuda a levar uma vida mais prazerosa”, pontua o médico. Em tanto tempo de prática, o esporte também trouxe bons amigos ao convívio de Josier. Isso por conta da oportunida-de de relacionamento que o tênis proporciona. “No clube, você encontra um ambiente saudável para se relacionar com as pessoas, afinal todos estão lá para fazer algo que gostam de fazer e que proporciona esse convívio prazeroso. É muito interessante como o esporte proporciona isso”, enfatiza.

A oportunidade de relacionamento é tanta, que o diretor tem o tênis como um facilitador para conhecer diferen-tes lugares que visita. “Sempre levo minha raquete para as viagens. É um jeito de conhecer mais pessoas. Já fiz bons amigos assim”, conta.Josier teve a prova disso quando muou-se para o Canadá para estudar, há cerca de oito anos. Saído do verão do Rio de Janei-ro, o médico sentiu muita dificuldade em se adaptar ao novo país, não só pela cultura e pelo clima, mas sobretudo pela so-lidão e por estar distante de seus amigos e familiares. Para re-solver isso, pesquisou na internet locais onde se praticava o es-porte na cidade de Vancouver. Acabou encontrando um clube de tênis e não teve dúvidas, enviou um e-mail perguntando se poderia participar do clube também. “O interessante é que era inverno e tive dificuldades em encontrar um local para jogar, pois a prática do tênis é mais comum no verão, mas foi o que me ajudou na adaptação. A partir dali conheci novas pessoas, me senti mais em casa. É uma forma de levar algo que gosta com você, e isso não tem preço”, pontua. Mas o gosto pelo tênis limita-se à prática. Vilar não tem gran-des ídolos no esporte e não acompanha os campeonatos pela televisão. “Para mim, tênis é bom para jogar. Essa é minha paixão. Acredito que jogo bem, jogo direito, mas sempre por hobby, e esse é o espaço que ele tem na minha vida. Quando tenho tempo livre, gosto de me dedicar a leituras”, explica. Para ter um melhor condicionamento físico para a práti-ca do tênis, Vilar faz musculação três vezes por semana e procura manter uma alimentação saudável. E na família, todo mundo pratica algum tipo de esporte. “Sempre esti-mulamos isso. Acho que é muito saudável, em todos os as-pectos, adotar a prática do esporte. Até porque moramos numa cidade que nos chama para isso, né? Mas nada com sacrifício, e sim, por gosto. Gosto de praticar um esporte, de me cuidar, mas não deixo de tomar minha cervejinha e comer o que o gosto. Eu sei viver bem”, finaliza.

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LIVROS

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O livro Caim e Abel, de Jeff rey Archer, é uma referência em termos de liderança. Motivador, pautado em caminhos reais de muitos emigrantes, é uma verdadeira aula para quem quer fazer mudanças, que é o papel dos grandes líderes

EU RECOMENDOCláudio Luiz Lottenberg, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein

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Caim e AbelAutor: Jeffrey ArcherEditora: SextanteNúmero de páginas: 416Preço: R$ 29,90

Assistência Domiciliar:Uma Proposta Interdisciplinar

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carreiras

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O Hospital Estadual Américo Brasiliense, no interior paulista, tem um novo diretor execu-tivo. O médico sanitarista Carlos Alberto Ma-charelli assumiu o cargo no lugar de Emílio Carlos Curcelli que, a partir de agora, se dedica exclusivamente à superintendência do Hospital das Clínicas da FMB/ Unesp.Macharelli é docente da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu (FMB), entidade responsável pela gestão da instituição. O médico já atuou por quatro anos na direção do Hospital Estadual Bauru, foi diretor do Departamento Regional da Saúde de Bauru e secretário municipal de saúde de Botucatu.

Marco Antonio Espósito entregou a presidência da Fundação do ABC - entidade que mantém a Faculdade de Medicina do ABC e presta serviços na área de Saú-de. Espósito esteve dois anos à frente da fundação. De acordo com o executivo, o período em que esteve no comando da insti-tuição foi marcado pela incorporação de cinco unidades ao quadro de ge-renciamento da entidade, que gerencia o Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André. Os hospitais da Mulher Maria José dos Santos Stein, de Emergências Albert Sa-bin, Municipal Irmã Dulce, Municipal de Bertioga e o AME (Ambulatório de Especialidades Médicas), incorporaram o rol da fundação no mesmo biênio.

Hospital Estadual américo BrasiliEnsE tEm novo dirEtor

FáBio sinisgalli assumE prEsidência do nossa sEnHora dE lourdEs

A presidência do Hospital Nossa Senhora de Lour-des, de São Paulo, está sob o comando de Fábio Sinis-galli. O executivo exercia a função de diretor geral do grupo e passa a assumir o cargo deixado por Cíce-ro Sinisgalli, que a partir de agora irá comandar o Conselho de Administra-ção do hospital. A mudança já era previs-ta e faz parte do processo de amadurecimento da governança corporativa do hospital.

mudança na prEsidência da aBimEd A Associação Brasileira dos Importadores de Equipamentos, Produtos e Su-primentos Médico-Hospitalares (Abimed) será presidida por Abrão Luiz Me-lnik no biênio 2010-2011. Atual executivo da Promedon do Brasil, Melnik terá como vice-presidente Adriana Serrão, da GE Healthcare. A nova diretoria da Abimed será completada por Pedro Stern, diretor Finan-ceiro; Reynaldo Goto, diretor Secretário; e os diretores Mauro Bertolassi, Ta-tiana El Kik e André Fontes. Já a Comissão de Ética será presidida por Luciano Ferreira e integrada também por Sergio Pinto e Christina Montenegro Bezerra.

marco antonio Espósito

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Realização Entidades Promotoras ParceriaMídia Exclusiva

ADH’2010 – Congresso Nacional de Administração Hospitalar

ENFQUALI’2010 – XI Congresso Brasileiro de Qualidade em Enfermagem

CQH’2010 – XIV Congresso Brasileiro de Qualidade em Serviços de Saúde

XX Congresso Brasileiro de Engenharia e Arquitetura Hospitalar e XI Congresso Internacional de Engenharia e Arquitetura Hospitalar

XV Congresso Brasileiro de Gestão Financeira e Custos Hospitalares e XI Congresso Internacional de Gestão Financeira e Custos Hospitalares

XII Congresso Brasileiro de Hotelaria Hospitalar

X Congresso Brasileiro de Auditoria em Saúde

VI Congresso Brasileiro de Gerenciamento de Riscos e Segurança do Paciente

V Congresso Brasileiro de Reabilitação

VIII Jornada Brasileira de Gestão de Pessoas (RH) em Saúde

II Jornada de Gestão Ambiental em Instituições de Saúde

I Jornada de Gestão em Controle de Infecção Hospitalar

I Jornada Brasileira de Gestão Médica

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empresas

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EmprEsas E instituiçõEs citadas nEsta Edição:

Alert(De olho na indústria – Pág. 46 e 47)

Amil(Entrevista – Pág. 12 e 13)

Diebold(De olho na indústria – Pág. 46 e 47)

Fundação Oswaldo Cruz(Panorama – Pág. 26 a 33)

Hospital Amaral Carvalho(Panorama – Pág. 26 a 33)

Hospital de Clínicas de Porto Alegre(Tecnologia – Pág. 50 e 51)

Hospital Estadual Mário Covas(Panorama – Pág. 26 a 33)

Hospital Nossa Senhora das Graças(Panorama – Pág. 26 a 33)

Hospital Samaritano – SP(Panorama – Pág. 26 a 33)

Hospital Samaritano – RJ(Panorama – Pág. 26 a 33)

Hospital Santa Cruz(Panorama – Pág. 26 a 33)

Hospital São Marcos(Panorama – Pág. 26 a 33)

Instituto do Câncer do Ceará(Panorama – Pág. 26 a 33)

Instituto de Estudos da Saúde Suplementar(Panorama – Pág. 26 a 33)

Medical(Panorama – Pág. 26 a 33)

Pronep(After Hours – Pág. 54 e 55)

Rede Labs D’or(Panorama – Pág. 26 a 33)

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74 REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES

2010: O ANO EM QUE FAREMOS CONTRATOS

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ALBERTO LEITE É DIRETOR EXECUTIVO E PUBLISHER DA IT MÍDIA S.A

Em 2010 espero fazermos mais contratos.Contratos de amizade, daqueles que não precisamos de papel, mas de um aperto de mãos sincero, daqueles que um simples olhar basta. Este

vale mais que qualquer assinatura.Contratos de relações, de casamentos a divórcios, muito mais felizes, daqueles que ao assinar entendamos que é menos válido do que o respeito e a amizade.Contratos de relações empresariais, menos importantes do que a história de nossas empresas, nossas próprias histórias e a história da relação, que sempre deve prevalecer. Contratos de novos projetos, daqueles que a gente assina e dá frio na barriga, pois nunca se sabe o fi nal, só o custo do começo.Contratos de trabalho, baseados única e exclusivamente na vontade de tra-balhar com o espaço e a tecnologia disponíveis para as mais loucas criações. Contratos esses que possam ser reconsiderados todos os meses, por excesso de projetos, ou salários de menos.Contratos de amigos, daqueles que são renovados no ano novo com taças de champanhe e todos os anos temos que renovar, senão perde o amigo.Contratos de serviços (internet, empregada, lavanderia, condomínio, etc.), ga-rantindo trabalho a muitos.Contratos de fi nanciamento, de carros novos, casas novas, móveis novos para sua casa, tudo para se sentir novo em folha, afi nal nosso país renasceu.Contratos maiores para sediar Copa, Olimpíadas, e tudo o que reunir um gru-po maior do que 100.000 pessoas em qualquer cidade brasileira.Contratos de seguros de tudo. Precisamos aprender a usar esta importante fer-ramenta do capitalismo. Brasileiro que é brasileiro não gosta disso, mas precisa aprender a gostar.Contratos de uso de direitos autorais, músicas, vídeos, etc., garantindo aos do-nos os direitos de seu trabalho criativo, sem aumentar a pirataria. Contratos de compra de tudo o que for pela internet: músicas, fi lmes, livros, papers, brinquedos, bicicletas, instrumentos musicais, até amigos vale.Contratos de saúde com academias, parques, clubes, times, tudo que deixar as pessoas mais saudáveis para aguentar os anos que virão.Contratos de libertação de cadeias, hospícios, hospitais, spas, centros de ema-grecimento, etc.Contratos entre países, daqueles que garantem mais segurança a qualquer ci-dadão do mundo, a qualquer espécie animal, a qualquer planta, árvore, oceano, lago, rio, montanha. Contratos que garantam que a Terra existirá quando nos-sos bisnetos aqui nascerem.Contratos de produção de novos fi lmes, que fazem qualquer um chorar no cinema, unem famílias, trazem esperanças e ideias para as novas gerações.Contratos de show, daqueles que fazem nossos fios se arrepiarem do iní-cio ao fim.Contratos de livros que nos emocionam e nos fazem ficar melhores do que somos.Contratos de gaveta.Contratos de papel timbrado.Contratos em papel reciclável.Contratos feitos no computador e lidos assim mesmo pra não gastar mais papel e tinta de impressora.Contratos simples, extensos, médios. Contratos que nos deixam de cabelo em pé, e advogados mais ricos do que já são.Contratos que devem simplesmente dizer o que nossas mãos já disseram quan-do se apertaram.

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