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FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS
NACIONAIS
O Estado Absolutista
Com a crise do sistema feudal, as
guerras dinásticas se intensificaram na
Europa Ocidental. Os camponeses
revoltavam-se em diferentes regiões
docontinente. A nobreza sentia o seu poder
ameaçado.
Contudo, a burguesia estava em
processo de ascensão,obtendo lucros com
a crise produtiva do século XIV. Possuir um
Estado disposto a apoiar seus
empreendimentos comerciais parecia uma
grande ideia. Foi assim que a burguesia
apoiou-se no poder dos reis para submeter
à nobreza feudal em crise. Ela começou a
se fortalecer e formar exércitos, melhorar
estradas e quando precisou do rei para
todas as suas necessidades, ofereceram
sua ajuda para haver um poder absoluto.
A burguesia podia oferecer
recursos humanos e capital para a
formação do aparato burocrático, das
forças armadas e da economia.
Desta forma, por uma série de
guerras dinásticas, diferentes estados, os
Estados Nacionais Modernos, surgiram
naEuropa: pela Revolução de Avis (1383-5),
Portugal; pela Guerra de Reconquista
(1492), a Espanha; pela Guerra dos Cem
Anos (1337-1453), a França; e pela Guerra
das Duas Rosas (1455-85), a Inglaterra.
O Clero e a Nobreza, inicialmente
opostos ao Estado Centralizado, logo
veriam que seriam beneficiados por ele.
Pois, na prática, o Estado Absolutista,
concentrava os poderes na mão do rei, mas
representava os interesses do Clero e da
Nobreza, recolocando-os no poder, de certa
forma, visto que, se dependesse dos rumos
da Baixa Idade Média, poderiam tersido
despojados do poder.
A burguesia financiava o Estado a
partir dos lucros obtidos com a Expansão
Marítima e o Mercantilismo, e os
camponeses seguiam submetidos aos seus
senhores. Política e juridicamente, o Estado
Absolutista era dividido em três estados:
I Estado era o Clero (Alto e Baixo Clero);
II Estado, a nobreza (Cortesã ou de Espada
e a Togada ou noblesse de robe);
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III Estado era composto pelo restante da
população.
Para organizá-lo, os reis formaram
um exército nacional, criaram um sistema
judiciário e impostos “reais”, compuseram
um extensoaparato burocrático, unificaram
a língua da nação e estabeleceram o
sistema de pesos e medidas; tudo com o
objetivo de centralização política nas mãos
do rei.
ABSOLUTISMO E
MERCANTILISMO
Os teóricos do Absolutismo
A Idade moderna estava
conhecendo um processo singular: a
formação do Estado. O período adquire
assim um estatuto grandioso na medida
em que representa o momento de
consolidação da estrutura político
administrativa do estado, e, exatamente por
isto, alguns autores vão pensar que
processo é esse. É o nascimento da ciência
política. Onde os pensadores se
perguntarão: donde vem o poder? Até onde
vai o poder do soberano? Como se
conquista o poder? Qual a relação entre
ética e política? O que é legitimo aos
cidadãos? Quem é cidadão? Cada autor
dará suas diferentes respostas de acordo
com o quadro político que está inserido.
Itália
Nicolau Maquiavel – O Príncipe
Na Itália do Renascimento impera a
descentralização política. Enquanto em
outras plagas da Europa, desde a crise do
sistema feudal, diferentes dinastias
assumem a dianteira em suas regiões e
assumem o poder, na península, após o
esplendor comercial e político da Baixa
Idade Média, a fragmentação política é
evidente. Veneza, Ferrara, Módena, Mântua,
Savóia, Milão, Siena, Córsega, Nápoles,
Piombino, Sardenha, Ístria e Florença estão
todas dispersas entre si, sendo, cada uma,
administrada por diferentes governos e
sistemas políticos.
Diante de tal situação, sucessivas
guerras são travadas – desde conflitos com
regiões vizinhas até invasões estrangeiras,
sobretudo da França e da Espanha -,
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desestabilizando a região, assustando
governos e povos e exigindo a ação militar
dos condottieri. Foi o tempo que Maquiavel
viveu e que se refletiria claramente em
suas ideias.
Maquiavel, em seu livro O príncipe,
tem dois pontos centrais: a) uma filosofia
da História, no caso, uma concepção de que
os fatos podem se repetir e que, por isso,
os acontecimentos do passado podem
servir-nos de lição para a atuação no
presente; e b) uma psicologia, na medida
em que propõe uma concepção do homem
como alguém egoísta e ambicioso,
temeroso somente do castigo possível da
lei ou da força. Sendo assim, governar os
homens torna-se tarefa extremamente
delicada exigindo do governante absoluta
habilidade, não interessando se, na busca
da execução de suas atribuições – qual
seja, a manutenção do poder e de sua
centralização -, meios condenáveis
moralmente forem efetuados. No entanto, a
grande habilidade do governante reside no
usufruto de sua habilidade (virtú), na
situação (occasione) adequada em busca
de superar os infortúnios da fortuna (a
sorte, no sentido daquilo que pode dar
certo ou errado).
Maquiavel efetua na sua obra,
caracterizada como um manual de
governo, um grande ponto de inflexão na
história do pensamento político, porque,
anteriormente ao autor, pensava-se como
os governos deveriam ser – ou seja,
privilegiando-se a questão moral da política
-, enquanto, a partir de O príncipe, a
questão é a separação entre o ser e o dever
ser.
Isto significa que Maquiavel está
interessado em investigar e explanar sobre
como a política realmente acontece e não
como ela deveria funcionar. Desta feita, o
autor inclui-se perfeitamente no espírito do
Renascimento, preocupado com a
experiência e não com a mera atividade
especulativa, de forma que os exemplos
históricos surgem proeminentemente
como as estratégias de apresentação das
idéias: “Caminham os homens, em geral,
por estradas já trilhadas” (Cap. VI).
França
Luís XIV – O Rei-Sol
A França foi governada pelo maior
rei absolutista da Idade Moderna, Luís XIV,
o rei-sol. Os pensadores franceses não
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sentiram-se premidos a buscar a
legitimidade ou não do rei, mas sim
procurar explicações sobre donde vinha
tanto poder. A resposta: de Deus. A teoria
conhecida como Direito Divino dos Reis foi
defendida por dois autores, Jacques
Bossuet (Política Extraída da Sagrada
Escritura) e Jean Bodin (A República), que
defendiam que o poder do rei era dom
divino e, portanto, incontestável. O povo
devia-lhe obediência cega e o rei só devia
prestar contas a Deus.
Inglaterra
Ao longo do século XVII, a Inglaterra
passou por sucessivos distúrbios políticos:
as revoluções inglesas atravessaram o
século deixando marcas também nos
pensadores britânicos.
Thomas Hobbes - Leviatã
Thomas Hobbes, o absolutista
inglês do século XVII, assistiu aos quase
dez anos de guerra civil que passou o reino
e esta experiência lhe daria algumas ideias
sobre o que acontece quando o povo se
rebela contra o rei.
O sistema filosófico hobbesiano
parte de uma premissa que todos os
homens são iguais - cuide-se, em
capacidade – e, como derivada dela, a
consequência de que todos nos julgamos
capazes de atingirmos nossos fins. A
conclusão que Hobbes chega é que, desta
forma, a guerra entre os sujeitos instala-se
a partir do momento em que o outro se
apresenta como um rival na busca da
realização de meus desejos. O estado
natural dos homens seria então o estado de
guerra de todos contra todos, onde não há
lei. E se não há lei, não há injustiças. Há
somente o império das disposições
naturais do homem: a desconfiança de
cada homem em relação ao outro: o
homem é o lobo do homem (homo homini
lupus).
O Estado de guerra coloca à
disposição de todos os homens, como
direito, as mesmas condições de disporem
de qualquer objeto ou ate dos corpos dos
outros. O que fazer então, pergunta-se
Hobbes?
É exatamente aí que Hobbes situa a
função do estado: a causa e também o
objetivo da criação desta instituição reside
na restrição que exercemos sob nosso
direito de natureza em nome da
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conservação da vida. Este estado, com
tanto poder, é comparado por Hobbes ao
Leviatã, monstro citado no livro de Jó da
Bíblia identificado como o maior dos
animais marinhos, incapaz de ser
derrotado por qualquer humano.
O Estado Absolutista na França
Quando morreu Carlo IV, último rei
capetíngio, não havia herdeiros diretos,
somente Felipe, da família dos Valois. O rei
assumiu como Felipe VI e sua primeira
medida foi o confisco do ducado da
Aquitânia, pertencente à Inglaterra. Foi
então que o rei da Inglaterra, Eduardo III
tentou destronar o rei da França. Era 1337
e iniciava a Guerra dos Cem Anos. Os
ingleses obtiveram maciças vitórias nos
períodos iniciais da Guerra e aceitaram a
paz (Paz de Brétigny), em troca dos
territórios de Calais e outros ao sul da
França. Alguns anos mais tarde, os
franceses tentaram recuperar os territórios
perdidos, sendo novamente derrotados.
Com o agravamento da crise feudal,
o rei inglês Henrique V desembarcou em
1415 na Normandia, no norte da França e a
guerra reiniciou, com nova vitória inglesa. O
rei francês Carlos VII foi destronado e,
através de uma política de casamentos, o
rei da Inglaterra tornou-se rei da França.
Logo depois, o rei morreu e dois regentes
assumiram os tronos respectivos. Mas, no
vale do Loire, o destronado Carlos VII
liderava a resistência francesa: neste
ínterim, desponta a camponesa libertadora,
Joana D'Arc, convocando o povo francês e
seu nacionalismo. O exército de Joana
D'Arc continha 5000 mil homens e venceu
os ingleses arduamente. Apesar da vitória,
Joana D'Arc foi capturada e condenada à
morte na fogueira. Motivados pelo martírio
da líder, o povo francês derrotou
definitivamente os ingleses em 1453.
Assim, a dinastia Valois ascendeu
ao trono com Luís XI. Estava consolidado o
Estado Absolutista Francês. A primeira
medida de Luís XI foi a organização estatal:
para tal, instituiu os parlements,
instituições compostas de aristocratas
responsáveis pela administração das
unidades do reino. Após este rei, Henrique
II criou os rentiers, burocratas
responsáveis pela arrecadação de
impostos. Novas turbulências abalariam a
França à época da Reforma Religiosa.
O calvinismo ganhou corpo no
reino, e os calvinistas franceses (chamados
huguenotes) começaram a enfrentar-se
com os católicos, gerando as Guerras
Huguenóticas (1562-1598). Milhares de
massacres foram cometidos, cujo mais
famoso é o da Noite de São Bartolomeu
(1572) quando milhares de huguenotes
tiveram suas casas invadidas, queimadas e
foram assassinados. A agitação religiosa
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virou problema dinástico quando da morte
do rei Henrique II: a herdeira legítima ao
trono era sua filha a princesa Margot, que
era casada com Henrique de Navarra que
era protestante. Assim, o reino francês
católico teria um rei calvinista.
Desencadeou-se uma guerra contra a
posse de Henrique, a Guerra dos Três
Henriques (1584-9). Outros dois herdeiros,
Henrique de Guise e Henrique III tomaram
posição: o primeiro aliou-se à Espanha
para impedir a posse, e o segundo aliou-se
à provável rainha tramando planos futuros.
No entanto, Henrique III assassinou
Henrique de Guise e depois foi morto por
um fanático católico. Henrique de Navarra
assumiu como Henrique IV e
imediatamente se converteu ao
catolicismo. Ao mesmo tempo, promulgou
o Édito de Nantes (1598), concedendo
liberdade de culto para os huguenotes.
Com esta medida conciliava os problemas
dinásticos e as querelas religiosas, dando
fim à guerra no reino. Ascendia ao trono
francês, a dinastia dos Bourbons. Luís XII
(1601-43) organizou a maquina
administrativa do Estado frances, auxiliado
pelo cardeal Richelieu, oferecendo títulos
da nobreza para a burguesia ascendente
(paulette) e recentralizou o poder criando o
cargo dos intendants. Estes tinham por
função fiscalizar os parlements,
restringindo suas possibilidades de
administração. Além disto, o
rei venceu a Guerra dos Trinta Anos (1618-
48).
Quando Luís XIV assumiu, a França
era a grande potencia do continente. Luís
XIV intitulou-se o rei-sol, disse O Estado
sou Eu, criou o Palácio de Versalhes (o
maior construído até então na Europa),
onde vivia com mais cinco mil nobres
cultuando-o como rei absoluto e viveu
cercado de luxo e riqueza. Obviamente, a
nobreza revoltou-se contra sua
magnanimidade e os efeitos da
recentralização do poder efetuada por Luís
XIII: a rebelião das Frondas (1648-53)
foram duramente reprimidas pelo rei-sol.
Sua corte foi copiada em toda a Europa, a
língua francesa era falada por diferentes
nações, o luxo francês era buscado por
todas as cortes.
Auxiliado pelo cardeal Mazzarino e
pelo ministro das finanças Colbert, Luís XIV
desenvolveu as manufaturas de luxo
francesas, e comercializou seus artigos,
sobretudo para a Espanha, numa prática
mercantilista que ficou conhecida como
Colbertismo. Mas a era francesa do
absolutismo não ultrapassaria o século
XVIII.
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Não esqueça!!!
Mercantilismo
Na política econômica da Idade
média, cada Estado Absolutista tinha sua
fórmula para a nação ser rica.
Portugal dizia que para uma nação
ser rica tinha que ter colônias. Portugal
dominou os cinco continentes.
Espanha, como encontrou muito
ouro e prata na América Central, dizia que
uma nação para ser rica tem que ter muito
metal precioso, daí Metalismo ou
Bulionismo – Bulio do Inglês Metal.
Inglaterra defendia o comércio
como fonte e riqueza – “balança comercial
favorável” – “vender sempre, trocar talvez,
comprar nunca”.
França, Colbertismo, Colbert, nome
do primeiro ministro francês. Ele defendia
que uma nação para ser rica tem que
produzir produtos de luxo.
RENASCIMENTO CULTURAL
O Renascimento
Como reflexo da derrocada da Idade Média,
a mentalidade europeia passou a pensar de
forma diferenciada: os valores teológicos, o
teocentrismo e a crença cega na fé, eram
renegados em nome do antropocentrismo
e da racionalidade. Como estes valores já
haviam sido cultuados na Antiguidade
Clássica, os autores chamaram o período
de Renascimento, na medida em que há
um resgate dos valores clássicos como
fundamento para se pensar a condição
humana e sua visão de mundo. Os
renascentistas que chamarão a Idade
Média de “tempos obscuros” ou “Idade das
Trevas”.
O Renascimento, segundo a visão
mais tradicional (como a do autor Jacob
Burckhardt, no século XIX) caracteriza-se
como um movimento eminentemente
italiano, da alta intelectualidade e de
extrema ruptura com a Idade Média. No
entanto, na visão mais atual, o
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Renascimento é tomado como um
movimento coletivo e não somente da alta
intelectualidade,
majoritariamente europeu e com traços
suficientemente medievais.
Apesar das querelas teóricas, o
Renascimento caracteriza-se como uma
transformação na visão de mundo dos
europeus na transição da medievalidade
para a Idade
Moderna, que inicia na Itália e
dissemina-se pela Europa. Nesta visão de
mundo, imperava o racionalismo (a ideia
de que a razão pode explicar o mundo), o
antropocentrismo (o homem é a medida de
todas as coisas), o humanismo (a
valorização do ser humano em virtudes e
fraquezas) e o individualismo (a concepção
de que é o sujeito que faz sua história).
Estes valores estavam em oposição à
escolástica medieval, à arquitetura gótica e
à latinidade bárbara. No resgate das obras
clássicas, podemos ver na Literatura, o
Épico, a Comédia, a Ode; na língua, o
resgate do Latim e do Grego Clássico, da
Gramática e da Retórica; na Arquitetura, os
ornamentos e plantas baixas circulares; na
escultura, os bustos, a perfectibilidade, a
preocupação com o corpo; e na poesia, os
motivos clássicos.
O Renascimento ocorreu na Itália,
primeiro, por que a Itália era o berço da
cultura clássica; segundo porque muitos
sábios bizantinos refugiaram-se lá das
invasões turco-otomanas; e terceiro,
porque as cidades italianas haviam
enriquecido com as cruzadas, possuindo
uma classe de ricos que poderiam ser
mecenas da arte renascentista. Os
mecenas eram papas, bispos, nobres e
burgueses, como Lourenço de Médicis, que
financiavam os artistas pagando-lhes
vultuosas quantias em troca de obras
artísticas.
O período do Renascimento se
divide em três partes: o trecento (principio
do renascimento), o quattrocento (dos
grandes artistas italianos) e o cinquecentto
(expansão para outras regiões da Europa).
Os primeiros renascentistas foram:
Petrarca, poeta italiano do século XIV,
criador do soneto, que provocou influências
no Barroco; Bocaccio, que escreveu
Decamerão, uma coletânea de cem
novelas, com temática humana, sob um
prisma humano (e não religioso), que trata
da Peste Negra; e o grande Dante Alighieri,
d'A Divina Comédia; e Giotto, pintor d'A
Lamentação de Cristo.
Mas foi no Quattrocento que os
grandes artistas italianos apareceram,
principalmente na cidade de Florença, onde
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o mecenas Lourenço de Médicis financiou
os artistas.
Na Arquitetura, eminentemente
Brunneleschi, que construiu a Basílica de
Santa Maria del Fiore e o Tempietto em
Roma, e Bramante, que reformou a Basílica
de São Pedro.
Basílica de São Pedro
Renascimento Artístico
Leonardo da Vinci foi um
renascentista completo: ao mesmo tempo,
pintor e anatomista, cientista e escultor,
poeta e filósofo, urbanista, arquiteto e
inventor. Suas maiores obras são a
Monalisa e a Última Ceia.
Na escultura, Michelangelo:
preocupadíssimo com a perfectibilidade e
com a técnica, o escultor da Pietá, do Davi,
de Baco e do Tumulo dos Médicis também
foi pintor: reformou o teto da Capela
Sistina, pintando A Criação de Adão.
Ainda houve Rafael Sanzio, com as
obras Madonas e Escola de Atenas; e
Donatello, com a obra Nus perfeitos (Davi),
Gattamelata (estátua equestre), os dois da
Itália. Na espanha teve Velásquez, com as
obras As Fiandeiras, As Meninas, Os
Bêbados; Nos Países Baixos havia
Brueghel, um pintos de costumes e
crenças camponesas, como na obra
Provérbios Neerlandeses; Bosch, o pintor
dos sonhos lírios medievais e sua obra As
tentações de Santo Antão; e por fim
Rembrandt, com suas obras O Bom
Samaritano e A Lição de Anatomia do Dr.
Tulp.
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Renascimento Literário
No cinquecentto, o Renascimento expandiu-
se para outros países na Europa. Torquato
Tasso e Ludovico Ariosto foram os
responsáveis por trazer para a Itália;
Erasmo de Rotterdam, com seu livro Elogio
da Loucura, foi o grande expoente filosófico
na Holanda; Tomás Mórus, na Inglaterra,
autor da Utopia, livro que criticava os atos
de cercamento e sonhava com sociedade
igualitária, conjuntamente com
Shakespeare, obviamente, o teatrólogo e
poeta de O Rei Lear, Hamlet e Romeu e
Julieta; e Montaigne, na França, o inventor
do gênero de ensaio.
Ainda houve Miguel de Cervantes,
na Espanha, com sua grande obra (e
romance mais vendido no mundo) Dom
Quixote de La Mancha. Em Portugal ainda
teve o grande escritor de Autos, Gil Vicente
e o escritor da epopeia Os Lusíadas, Luiz
Vaz de Camões.
Renascimento Científico
Na ciência houve um impacto muito
grande. O pensamento racionalista em
oposição ao misticismo medieval cresceu
fortemente e a medievalidade viu seus
alicerces abalados. Inicialmente, Nicolau
Copérnico, em A Revolução dos Corpos
Celestes, lançou a hipótese que a terra não
era o centro do universo, mas o sol, na tese
conhecida como heliocentrismo. Johannes
Kepler postulou o movimento elíptico dos
corpos celestes e Galileu, em sua obra,
Diálogo sobre os Dois sistemas máximos
de pensamento defendeu a tese
copernicana, tendo sido preso pelo tribunal
do Santo Ofício. Ainda houve Isaac Newton
e Giordano Bruno como granes nomes da
história no Renascimento.
QUESTÕES II
1- Acerca do absolutismo na Inglaterra,
NÃO é possível afirmar que:
a) fortaleceu-se com a criação da Igreja
Anglicana
b) foi iniciado por Henrique VIII, da dinastia
Tudor, e consolidado no longo reinado de
sua filha Elizabeth I;
c) a política mercantilista intervencionista
foi fundamental para a sua solidificação;
d) foi conseqüência da guerra das Duas
Rosas, que eliminou milhares de nobres e
facilitou a consolidação da monarquia
centralizada;
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e) o rei reinava, mas não governava, a
exemplo do que ocorreu durante toda a
modernidade.
Resposta E
2-O sistema de colonização objetivado pela
política mercantilista tinha em mira:
a) criar condições para a implantação do
absolutismo;
b) permitir à economia metropolitana o
máximo de auto-suficiência e situá-la
vantajosamente no comércio internacional,
pela criação de complementos à economia
nacional;
c) evitar os conflitos internos, resultantes
dos choques entre feudalismo e
capitalismo, que entravavam o
desenvolvimento dos países europeus;
d) ganhar prestígio internacional
e) obter a garantia de acessos às fontes de
matérias-primas e aos mercados
consumidores no ultra-mar.
Resposta B
3- O Renascimento foi um período de
alteração substancial no panorama da
cultura européia. Assinale a alternativa que
apresenta Leonardo da Vinci (1452-1519)
como representante exemplar desse
contexto renascentista.
a) O universo temático que marca a
obra de Leonardo da Vinci revela a sua
principal característica como intelectual: a
vocação para tornar-se especialista de uma
área em detrimento das demais.
b) Há o reconhecimento de que a qualidade
de seu trabalho se deve a sua capacidade
de distanciar-se das questões cotidianas e
refletir sobre as implicações do
conhecimento teórico puro.
c) Leonardo da Vinci possuía aversão em
relação ao traçado do corpo humano, na
medida em que este representava para ele
a imperfeição e os limites da criação divina.
d) O talentoso italiano ganhou notoriedade
ao defender a tese de que o artista deve
afastar-se da reflexão filosófica para dar
vazão a sua criatividade no campo da arte.
e) Leonardo da Vinci articulou o saber
técnico com o conhecimento científico
sobre a natureza das coisas e das artes
humanas.
Resposta E
4- Acerca do Renascimento:
I - As características do homem no
Renascimento são: racionalismo,
individualismo, naturalismo e
antropocentrismo, em oposição aos valores
medievais baseados no teocentrismo.
II - O Renascimento não foi um processo
homogêneo. Seu desenvolvimento foi muito
desigual e as manifestações mais
expressivas se deram nos campos das
artes e das ciências, sendo que no campo
artístico, a literatura e as artes plásticas
ocupavam lugar de destaque.
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III - A arte renascentista tomou-se
predominantemente religiosa, retratando a
vida de santos, de clérigos e o cotidiano
cristão da época.
IV - A Itália foi o centro do Renascimento
porque era o centro do pré-capitalísmo e
do desenvolvimento comercial e urbano,
que gerava os excedentes de capital
mercantil para o investimento em obras de
arte.
V - A ascensão do clero foi fundamental
para que se desenvolvesse nos Estados
italianos um poderoso mecenato,
plenamente identificado com as
concepções terrenas dominantes entre os
eclesiásticos.
É correto apenas o afirmado em:
a) I, II, III.
b) b) I, II, IV.
c) c) I, II, V.
d) d) I, III, V.
e) e) II, IV, V.
Resposta B
5- O Renascimento cultural teve sua
origem nas mudanças políticas,
econômicas e sociais ocorridas a partir da
Baixa Idade Média. Foram transformações
dos padrões de comportamento, das
crenças, das instituições, dos valores
espirituais e materiais transmitidos
coletivamente e que atingiram a alta
burguesia e a nobreza, excluindo os demais
segmentos da sociedade. (Myriam Mota e
Patrícia Braick, História: das cavernas ao
Terceiro Milênio)
Dentre as transformações a que as autoras
se referem, é correto mencionar
a) a afirmação dos Estados liberais,
sob controle da burguesia, a partir da
retomada do estudo do Direito Romano nas
universidades.
b) o desenvolvimento das atividades
mercantis, que fez surgir uma nova
camada social interessada em valorizar no
indivíduo e a razão.
c) o fortalecimento da autoridade dos
doutores da Igreja católica, que defendiam
a fé como meio de compreensão da
realidade material.
d) a ascensão política das camadas
populares, que questionaram a visão de
mundo centrada em Deus e incentivaram a
crítica e a experimentação.
e) a consolidação do sistema fabril,
substituindo as corporações medievais,
devido às novas exigências da economia
autossuficiente.
Resposta B