Folhetim do Estudante Núm. XIV

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1 do estudante Num XIV 1ª quinzena - Dezembro/2012 Folhetim do estudante é uma publicação de cunho cultural e educacional com artigos e textos exclusivos de Professores, alunos e membros da comunidade da “E.E. Miguel Maluhy”. Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br Sugestões e textos para: [email protected] “Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos?” Eduardo Galeano Para justificar-se, o terrorismo de estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe pretextos. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, acabará por multiplicá-los. Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu tudo. Nem sequer têm direito a eleger seus governantes. Quando votam em quem não devem votar são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se em uma armadilha sem saída, desde que o Hamas ganhou limpamente as eleições em 2006. Algo parecido havia ocorrido em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições de El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e, desde então, viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem. São filhos da impotência os foguetes caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com desajeitada pontaria sobre as terras que foram palestinas e que a ocupação israelense usurpou. E o desespero, à margem da loucura suicida, é a mãe das bravatas que negam o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto a muito eficaz guerra de extermínio está negando, há muitos anos, o direito à existência da Palestina. Já resta pouca Palestina. Passo a passo, Israel está apagando-a do mapa. Os colonos invadem, e atrás deles os soldados vão corrigindo a fronteira. As balas sacralizam a pilhagem, em legítima defesa. Não há guerra agressiva que não diga ser guerra defensiva. Hitler invadiu a Polônia para evitar que a Polônia invadisse a Alemanha. Bush invadiu o Iraque para evitar que o Iraque invadisse o mundo. Em cada uma de suas guerras defensivas, Israel devorou outro pedaço da Palestina, e os almoços seguem. O apetite devorador se justifica pelos títulos de propriedade que a Bíblia outorgou, pelos dois mil anos de perseguição que o povo judeu sofreu, e pelo pânico que geram os palestinos à espreita. Israel é o país que jamais cumpre as recomendações nem as resoluções das Nações Unidas, que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que burla as leis internacionais, e é também o único país que legalizou a tortura de prisioneiros. Quem lhe deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com que Israel está executando a matança de Gaza? O governo espanhol não conseguiu bombardear impunemente o País Basco para acabar com o ETA, nem o governo britânico pôde arrasar a Irlanda para liquidar o IRA. Por acaso a tragédia do Holocausto implica uma apólice de eterna impunidade? Ou essa luz verde provém da potência manda chuva que tem em Israel o mais incondicional de seus vassalos? O exército israelense, o mais moderno e sofisticado mundo, sabe a quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de “danos colaterais”, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez “danos colaterais”, três são crianças. E somam aos milhares os mutilados, vítimas da tecnologia do esquartejamento humano, que a indústria militar está ensaiando com êxito nesta operação de limpeza étnica. E como sempre, sempre o mesmo: em Gaza, cem a um. Para cada cem palestinos mortos, um israelense. Gente perigosa, adverte outro bombardeio, a cargo dos meios massivos de manipulação, que nos convidam a crer que uma vida israelense vale tanto quanto 100 vidas palestinas. E esses meios também nos convidam a acreditar que são humanitárias as 200 bombas atômicas de Israel, e que uma potência nuclear chamada Irã foi a que aniquilou Hiroshima e Nagasaki. A chamada “comunidade internacional” existe? É algo mais que um clube de mercadores, banqueiros e guerreiros? É algo mais que o nome artístico que os Estados Unidos adotam quando fazem teatro? Diante da tragédia de Gaza, a hipocrisia mundial se ilumina uma vez mais. Como sempre, a indiferença, os discursos vazios, as declarações ocas, as declamações altissonantes, as posturas ambíguas, rendem tributo à sagrada impunidade. Diante da tragédia de Gaza, os países árabes lavam as mãos. Como sempre. E como sempre, os países europeus esfregam as mãos. A velha Europa, tão capaz de beleza e de perversidade, derrama alguma que outra lágrima, enquanto secretamente celebra esta jogada de mestre. Porque a caçada de judeus foi sempre um costume europeu, mas há meio século essa dívida histórica está sendo cobrada dos palestinos, que também são semitas e que nunca foram, nem são, antissemitas. Eles estão pagando, com sangue constante e sonoro, uma conta alheia. Artigo traduzido e publicado no VIOMUNDO Folhetim

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1

do estudanteNum XIV

1ª quinzena - Dezembro/2012

Folhetim do estudante é uma

publicação de cunho cultural e

educacional com artigos e textos

exclusivos de Professores, alunos

e membros da comunidade da

“E.E. Miguel Maluhy”.

Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br

Sugestões e textos para:

[email protected]

“Quem deu a Israel o

direito de negar

todos os direitos?”

Eduardo Galeano

Para justificar-se, o terrorismo de estado

fabrica terroristas: semeia ódio e colhe

pretextos. Tudo indica que esta

carnificina de Gaza, que segundo seus

autores quer acabar com os terroristas,

acabará por multiplicá-los.

Desde 1948, os palestinos vivem

condenados à humilhação perpétua. Não

podem nem respirar sem permissão.

Perderam sua pátria, suas terras, sua

água, sua liberdade, seu tudo. Nem

sequer têm direito a eleger seus

governantes. Quando votam em quem

não devem votar são castigados. Gaza

está sendo castigada. Converteu-se em

uma armadilha sem saída, desde que o

Hamas ganhou limpamente as eleições

em 2006. Algo parecido havia ocorrido

em 1932, quando o Partido Comunista

triunfou nas eleições de El Salvador.

Banhados em sangue, os salvadorenhos

expiaram sua má conduta e, desde então,

viveram submetidos a ditaduras militares.

A democracia é um luxo que nem todos

merecem.

São filhos da impotência os foguetes

caseiros que os militantes do Hamas,

encurralados em Gaza, disparam com

desajeitada pontaria sobre as terras que

foram palestinas e que a ocupação

israelense usurpou. E o desespero, à

margem da loucura suicida, é a mãe das

bravatas que negam o direito à existência

de Israel, gritos sem nenhuma eficácia,

enquanto a muito eficaz guerra de

extermínio está negando, há muitos anos,

o direito à existência da Palestina.

Já resta pouca Palestina. Passo a passo,

Israel está apagando-a do mapa. Os

colonos invadem, e atrás deles os

soldados vão corrigindo a fronteira. As

balas sacralizam a pilhagem, em legítima

defesa.

Não há guerra agressiva que não diga ser

guerra defensiva. Hitler invadiu a

Polônia para evitar que a Polônia

invadisse a Alemanha. Bush invadiu o

Iraque para evitar que o Iraque invadisse

o mundo. Em cada uma de suas guerras

defensivas, Israel devorou outro pedaço

da Palestina, e os almoços seguem. O

apetite devorador se justifica pelos

títulos de propriedade que a Bíblia

outorgou, pelos dois mil anos de

perseguição que o povo judeu sofreu, e

pelo pânico que geram os palestinos à

espreita.

Israel é o país que jamais cumpre as

recomendações nem as resoluções das

Nações Unidas, que nunca acata as

sentenças dos tribunais internacionais,

que burla as leis internacionais, e é

também o único país que legalizou a

tortura de prisioneiros.

Quem lhe deu o direito de negar todos os

direitos? De onde vem a impunidade

com que Israel está executando a

matança de Gaza? O governo espanhol

não conseguiu bombardear impunemente

o País Basco para acabar com o ETA,

nem o governo britânico pôde arrasar a

Irlanda para liquidar o IRA. Por acaso a

tragédia do Holocausto implica uma

apólice de eterna impunidade? Ou essa

luz verde provém da potência manda

chuva que tem em Israel o mais

incondicional de seus vassalos?

O exército israelense, o mais moderno e

sofisticado mundo, sabe a quem mata.

Não mata por engano. Mata por horror.

As vítimas civis são chamadas de “danos

colaterais”, segundo o dicionário de

outras guerras imperiais. Em Gaza, de

cada dez “danos colaterais”, três são

crianças. E somam aos milhares os

mutilados, vítimas da tecnologia do

esquartejamento humano, que a indústria

militar está ensaiando com êxito nesta

operação de limpeza étnica.

E como sempre, sempre o mesmo: em

Gaza, cem a um. Para cada cem

palestinos mortos, um israelense. Gente

perigosa, adverte outro bombardeio, a

cargo dos meios massivos de

manipulação, que nos convidam a crer

que uma vida israelense vale tanto

quanto 100 vidas palestinas. E esses

meios também nos convidam a acreditar

que são humanitárias as 200 bombas

atômicas de Israel, e que uma potência

nuclear chamada Irã foi a que aniquilou

Hiroshima e Nagasaki.

A chamada “comunidade internacional”

existe? É algo mais que um clube de

mercadores, banqueiros e guerreiros? É

algo mais que o nome artístico que os

Estados Unidos adotam quando fazem

teatro?

Diante da tragédia de Gaza, a hipocrisia

mundial se ilumina uma vez mais. Como

sempre, a indiferença, os discursos

vazios, as declarações ocas, as

declamações altissonantes, as posturas

ambíguas, rendem tributo à sagrada

impunidade.

Diante da tragédia de Gaza, os países

árabes lavam as mãos. Como sempre. E

como sempre, os países europeus

esfregam as mãos. A velha Europa, tão

capaz de beleza e de perversidade,

derrama alguma que outra lágrima,

enquanto secretamente celebra esta

jogada de mestre. Porque a caçada de

judeus foi sempre um costume europeu,

mas há meio século essa dívida histórica

está sendo cobrada dos palestinos, que

também são semitas e que nunca foram,

nem são, antissemitas. Eles estão

pagando, com sangue constante e sonoro,

uma conta alheia. Artigo traduzido e publicado no VIOMUNDO

Folhetim

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do estudante dezembro/2012

debate

Paz na periferia

São Paulo é um lugar que

até, digamos que, bom para se

viver. São Paulo também é um

lugar onde existem grandes

periferias, mas todos nós usamos

a realidade... Sabemos o que se

passa dentre esses lugares. Aqui é

um lugar meio que dividido,

pobre e preto lá em baixo... Mas

não estou falando de quantidade

de dinheiro no bolso e muito

menos de escala de trabalho. Não,

isso não é nada.

Eu estou falando de uma

coisa chamada cor. É talvez esse o

motivo de tanta violência e

discriminação contra os negros.

Todos os dias eu ligo a TV

procurando algo bom para ver, pra

distrair a mente, mas só têm

mortes, assassinatos...

Homicídios... Porque será que

isso acontece, na maioria das

vezes, com pessoas negras e que

geralmente ou quase sempre vem

de famílias que não concluíram o

ensino escolar ou muitas vezes

nem começaram?

Tudo isso é preconceito

contra pessoas de pele escura, a

explicação, para não só estes, mas

muitos e inúmeros aconteci-

mentos.

Tudo isso por causa da

ignorância e o preconceito

daquelas pessoas que não

entendem que somos todos iguais

independentemente da cor.

Milena Maria Santana – 8ª ________________________________________

O medo de viver

No mundo hoje em dia

vivemos verdadeiros dias de

tormento. Só de pensar que ao sair

de casa e não saber se irá voltar

verdadeiramente nos apavora.

O medo tem tomado

nossas vidas dia a dia, ladrão

matando policia, policia matando

ladrão e os dois matando

inocentes. Já não sabemos com

quem estamos convivendo, pois o

mundo está vivendo momentos de

tristeza, angústia, dores, perdas e

medos.

Onde será que isso vai parar? ou

quando será que essa guerra vaia

acabar?

Charge de Carlos Latuff

Verdadeiramente não

sabemos, só acreditamos que isso

pode passar ou piorar.

Familiares gritam por

justiça, por socorro e não vimos a

justiça e nem a ajuda, nesse

momento a única pessoa que

podemos nos socorrer é só Deus,

acreditando que só ele pode

solucionar.

Karina P. - 1º I

Crítica á matança em

terras paulistanas

Até quando?

Até quando investir em balas para

policiais

será mais importante

Do que investir em uma boa

educação

Para os estudantes das escolas

públicas?

Até quando vamos morrer sem

nem ao menos

sabermos o por que?

A mídia nos diz que tudo está

sobre controle

Mas as pessoas estão morrendo e

o medo toma conta de nós.

Até quando seremos

menosprezados por nossa cor

Ou pelo lugar onde moramos?

Seremos sempre os primeiros

acusados

Quanto tudo for crueldade?

Nós somos gente e pedimos

socorro

Estão tirando nosso direito de ir e

vir

Não podemos nos calar.

Chega de morte nós somos gente

como vocês.

Beatriz Souza Santos - 2º F

Charge de Carlos Latuff

___________________________

folhetim

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do estudante dezembro/2012

RESENHAS

A história das coisas

Na sociedade atual, por

serem mais ricas e poderosas do que

o próprio governo, as empresas é que

dominam mais que a metade da

economia mundial. Tais empresas

recorrem à exploração de países

subdesenvolvidos causando, assim, a

destruição dos ecossistemas e

levando os habitantes dos países

prejudicados à migrarem em busca

de uma vida melhor, em busca de

empregos.

A verdade é que nós mesmos

somos os responsáveis pela

destruição do nosso planeta, o

marketing das empresas nos leva a

acreditar que necessitamos consumir

cada vez mais, por pura vaidade,

para que possamos alcançar uma

suposta "felicidade" porém, a

realidade é outra, estamos cada vez

mais escravizados pelo capitalismo.

Entre nós capitalistas, não

existe mais consumo consciente,

estamos cada vez mais ocupados

com nossos empregos, servindo a

indústria consumista e gastando tudo

com os produtos inúteis das mesmas

empresas.

Somos uma geração

robotizada e alienada, colocamos em

primeiro lugar nossas "necessidades"

tecnológicas e deixamos de nos

preocupar com o meio ambiente e

com a extração excessiva de matéria

prima dos países subdesenvolvidos,

além disso existe a superlotação dos

lixões e os gases poluentes

produzidos pelo mesmo.

Não podemos continuar

escravos desse capitalismo selvagem

que só aumenta e nos prejudica, até

mesmo na nossa vida social, afinal,

estamos cada vez mais sem tempo

para o lazer e cada vez mais

convencidos de que a nossa

felicidade está nas compras, na

procura pelo o que a propaganda diz

ser novo e exclusivo.

Infelizmente, se nossas

atitudes não mudarem, se não nos

preocuparmos com o nosso meio

ambiente, a Terra, ficará inabitável e

os seres humanos cada vez mais

alienados e ignorantes.

Ana Karoline B. Marques - 3º C

Carta sobre a Felicidade

A carta a Meneceu, escrita por

EPICURO, tem como finalidade

apresentar a maneira de como o homem

deve encarar a vida quando procura a

felicidade e o filme RIO tem como

objetivo mostrar alguns pontos positivos

e críticos, também, sobre a felicidade e a

realidade do mundo.

“Devemos ser feliz e ter conhecimentos

na filosofia, não importa se somos

jovens ou velhos, temos que cuidar do

que nos trás felicidade, praticar e

cultivar ensinamentos que adquirimos e

transmitimos para o bem de como

devemos encarar os problemas quando

procuramos a felicidade...”

Em relação a isso, no filme

observamos a Arara “Blue” tendo

convívio com uma humana, mesmo ela

tendo conhecimento, para animais

silvestres essa convivência não permitiu

elementos fundamentais para uma vida

plena do pássaro que deveria desfrutar da

sua liberdade na natureza. No entanto

quando esse pássaro encontra uma fêmea

da mesma espécie (Jade) e são

sequestrados por contrabandistas, a

fêmea faz de tudo para ficar livre.

“Os deuses de fato existem, mas

a imagem que deles faz a maioria das

pessoas não existe... são falsas.”

Ou seja, entendo que uns tem

bom olhar sobre as coisas e outros não,

um exemplo disso nesse filme que

comento ocorre quando os estrangeiros

chegam ao Rio de Janeiro e acabam

tendo uma visão deturpada do lugar e das

pessoas e que, de fato, não devemos criar

uma falsa opinião de algo sem ter

conhecimento.

“A vida deve ser vivida prazerosamente,

sem medos, muitos até oram para

escaparem da morte como se fosse

algum mal, más sábio é aquele que vive

sem se preocupar com isso, pois o futuro

ao mesmo tempo em que pertence a

pessoa, não é totalmente controlado por

ela, a consciência de que um dia a morte

chegará, faz com que o aproveitamento

seja mais agradável e de grandes

tentativas...” Em uma das cenas, os

animais na floresta, são livres e vivem

intensamente da maneira que acredito

deve ocorrer, porém a Arara “Blue” por

ser domesticada, por passando por essa

situação acaba aprendendo como é de

verdade ser uma Arara, seus hábitos

naturais, sendo um pássaro livre e

enfrentando seus medos.

“Dentre os desejos, há os que são

naturais e os que são inúteis...” Nesse

filme de animação alguns personagens

humanos que desejam riqueza, e para

isso formam uma quadrilha para traficar

animais silvestres, utilizam crianças

pobres e abandonadas pelos pais como

isca para fazer coisas em troca de

dinheiro. Na carta vemos: “podemos nos

habituar com uma vida sem luxo e

desejos inúteis..” mais vale a pena

conseguir algo com nosso conhecimento

e naturalidade do dia a dia, do que

provocar males ao próximo, como o

filme demonstra.

Bianca Figueiredo Silva – 8ªD

______________________________

folhetim

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do estudante dezembro/2012

OBVIEDADES

IDEOLOGIA E OPRESSÂO

A divisão ideológica na

periferia pode ser definida como a

divisão de pessoas pensantes e

pessoas que não tentam

compreender as razões para os

acontecimentos que, na maioria das

vezes, é o reflexo de um sistema

que individualiza e oprime, todavia

essa constatação nos leva a ver uma

situação muito perigosa.

Como no caso de crimes

como o roubo. O roubo nasce da

vontade ou da necessidade de um

individuo em possuir algo ou

consumir e isso vale desde

alimentos até o famigerado

dinheiro.

A má interpretação das

consequências de um sistema

opressor gera medo, gera um

sentimento de raiva, a partir daí

uma parte da sociedade, na sua

maioria periféricos, que também é

oprimida e sofre com este sistema,

julga o roubo como um crime

hediondo, ficando a favor de uma

ação implacável da polícia, o que

favorece os abusos e o aumento da

opressão para os que moram na

periferia.

A periferia é consequência

do capitalismo que enriquece

poucos e deixa mais pobres a

maioria além de excluir muitos. As

autoridades punem quase que de

maneira exclusiva a classe que já é

oprimida e os excluídos.

A relação de poder

conjugada com o controle do

dinheiro é que faz com que a

“ordem” seja para nós, os pobres,

enquanto eles, os ricos, saboreiam

o progresso.

Ailton da Silva – 3ºF

TECNOLOGIA

X SUSTENTABILIDADE

Tecnologia e sustentabilidade são

conceitos que podemos definir

como inimigos declarados ou os

dois podem caminhar juntos?

O capitalismo somado ao

consumismo que vivenciamos na

atualidade e que se cresce de tal

forma que tornou-se indispensável

para toda a sociedade e para manter

todo um sistema financeiro de pé,

que se alimenta em quase sua

totalidade de matérias-primas

retiradas da natureza, as mesmas que

não retornam para o seu lugar de

origem, criando um grande problema

ecológico, pois esses ambientes

quando são devastados afetam

diversas outras espécies tanto

animais quanto vegetais.

Sendo assim o

desenvolvimento tecnológico só

pode ser inimigo a sustentabilidade e

ao mesmo tempo a sustentabilidade é

oposta à toda essa tecnologia a partir

do momento em que esse

desenvolvimento necessita do espaço

sustentável para o seu crescimento,

gerando uma espécie de guerra. Uma

guerra onde um lado prega o

conforto e o bem a partir do consumo

e o outro prega a qualidade de vida.

O desenvolvimento

tecnológico conseguiu ao longo do

tempo histórico quebrar tantos

paradigmas e limites que fica a

dúvida se ele não conseguirá quebrar

mais essa barreira e se tornar uma

ação sustentável, mais do que isso,

tornando-se um aliado de tudo que

seja sustentável fazendo com que o

consumismo torne-se uma “matéria

prima” nessa redefinição do que

seria um atitude sustentável e que

continue estruturando o capitalismo

e todo seu sistema financeiro.

José Brito Neto – 3ºF

AGENDA

Conselho de classe/série – 06 e

07/12/2012- noite

REUNIÃO DE PAIS – dia

14/12/2012 em todos os períodos

Resultados Finais – 20/12/2012

DICAS Participar: Formatura 2012 –

alunos das 8ªs séries do ensino

fundamental e dos 3ºs anos do

ensino médio, dias 18 e 19/12/2012

respectivamente

folhetim