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Novidade do Folha PUC em 2014, o Folha Ciência irá reve- lar os caminhos da pesquisa na universidade. Nesta edição, o doutor Ro- gério Borges (foto) apresenta projeto que irá destrinchar o papel das crôni- cas no jornalis- mo. A pesquisa começa ainda neste semestre. Página 9 Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás Goiânia, 1ª quinzena de fevereiro de 2014 - Ano XXIII N. 550 Pesquisa irá analisar papel das crônicas no jornalismo Calouros são recebidos na PUC Mais de 5 mil alunos foram recebidos na universidade, no começo de fevereiro, para a tradicional programação da Calourada (foto). Nos dias 3 e 4 de fevereiro, os novos alunos conheceram os diretores de de- partamento e coordenadores de Pessoas com deficiência ainda são minoria no ensino superior brasileiro. Apenas 7% concluem algum curso universitário, segundo dados divulgados pela Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Mas o cenário, ainda excludente, vive mudanças importantes. Na PUC Goiás, de um lado estudantes com deficiência lutam pela conquista do diploma e pela transposição de barreiras físicas e culturais, do outro, a universidade implementa mudanças significativas para tor- nar a acessibilidade um marco em todos os câmpus. Esta é a primeira reportagem da série Inclusão do Folha PUC. Páginas 6 e 7 Acessibilidade é desafio no ensino superior Clínica Escola é habilitada pelo Ministério da Saúde. Página 4 Planejamento é marca da excelência. Página 5 Pró-reitora integra conselho do MEC. Página 8 Aluna tem projeto exposto em São Paulo. Página 12 Josiane segue na rampa o sonho de ser advogada Especial cursos, o corpo docente, a Rei- toria e os membros do Diretório Central dos Estudantes. Além de conhecer a estrutura física e pedagógica dos seus cursos, eles também revelaram sonhos e projetos para a nova etapa da vida. Página 3

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Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás

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Novidade do Folha PUC em 2014, o Folha Ciência irá reve-lar os caminhos da pesquisa na universidade. Nesta edição, o doutor Ro-gério Borges (foto) apresenta projeto que irá destrinchar o papel das crôni-cas no jornalis-mo. A pesquisa começa ainda neste semestre. Página 9

Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás Goiânia, 1ª quinzena de fevereiro de 2014 - Ano XXIII N. 550

Pesquisa irá analisar papel das crônicas no jornalismo

Calouros são recebidos na PUC

Mais de 5 mil alunos foram recebidos na universidade, no começo de fevereiro, para a tradicional programação da Calourada (foto). Nos dias 3 e 4 de fevereiro, os novos alunos conheceram os diretores de de-partamento e coordenadores de

Pessoas com deficiência ainda são minoria no ensino superior brasileiro. Apenas 7% concluem algum curso universitário, segundo dados divulgados pela Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Mas o cenário, ainda excludente, vive mudanças importantes. Na PUC Goiás, de um lado estudantes com deficiência lutam pela conquista do diploma e pela transposição de barreiras físicas e culturais, do outro, a universidade implementa mudanças significativas para tor-nar a acessibilidade um marco em todos os câmpus. Esta é a primeira reportagem da série Inclusão do Folha PUC. Páginas 6 e 7

Acessibilidade é desafio no ensino superior

Clínica Escola é habilitada pelo Ministério da Saúde. Página 4

Planejamentoé marca daexcelência. Página 5

Pró-reitoraintegra conselhodo MEC. Página 8

Aluna tem projeto exposto em São Paulo. Página 12

Josiane segue na rampa o sonho de ser advogada

Especial

cursos, o corpo docente, a Rei-toria e os membros do Diretório Central dos Estudantes. Além de conhecer a estrutura física e pedagógica dos seus cursos, eles também revelaram sonhos e projetos para a nova etapa da vida. Página 3

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A base do cristianismo é um mundo justo e fraterno, onde homens e mulheres convivam em pé de igualdade e possam ter, em seus caminhos, oportunidades equivalentes de crescer e viver a plenitu-de. Mas para tanto é preciso que várias pontes sejam construídas e que os seme-lhantes percebam-se em suas diferenças e tornem possível a convivência e o usu-fruto pacífico das maravilhas desta exis-tência.

Uma instituição de ensino católico é um espaço importan-te nesta construção. Entendemos que não só fisicamente, mas também intelectualmente, a escola deve contribuir para a cons-trução de um mundo mais inclusivo e acessível para todos. No ensino superior, do aluno cadeirante ao estudante africano vindo de outra realidade, temos a responsabilidade de pensar nos espaços da sala de aula e de convivência comum como o encontro de diferentes realidades e soma das mais diversas ex-periências, pautados sempre pelo respeito e pelo acolhimento à diversidade.

Começamos, nesta edição do Folha PUC, uma importante discussão sobre a temática na realidade da PUC Goiás pelo viés da acessibilidade. Hoje a instituição tem matriculados mais de 150 pessoas com algum tipo de deficiência. Desde de 2004, criamos o Programa de Acessibilidade para garantir a inclusão real de todos os alunos na comunidade universitá-ria. Acreditamos que esta é uma oportunidade única para a instituição aprender, sob um novo olhar, a construção de um mundo novo, que seja mais equânime em seus caminhos e suas proposições.

Temos ainda um longo caminho a seguir, que reforce não somente as portas abertas e o fim das barreiras físicas, impos-tas àqueles cuja mobilidade é comprometida, culturais e so-ciais, mas também que permita a cada um de nós refletirmos sobre as diferenças e sobre nossas condutas diante delas. Esta-mos prontos para a colaborar nesta discussão, que deve trans-cender os corredores da universidade e transformar atitudes e políticas públicas em prol do acolhimento de todos.

Wolmir Therezio AmadoReitor da Pontíficia Universidade Católica de Goiás

Presidente do Conselho de Reitores das Universidades BrasileirasPresidente do Conselho Superior da Associação

Nacional da Educação Católica

Carta do Reitor Extensão

Para todos

Expediente Instituição juridicamente mantidapela Sociedade Goiana de Cultura - SGC

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁS

Folha PUC - Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, produzido pela Divisão de Comunicação Social - Dicom/GR - Tel.: 3946-1010Diretora: Carla de Oliveira (GO n. 1076 JP)Redação: Belisa Monteiro (GO n. 2343 JP), Carla de Oliveira (GO n. 1076 JP), Diene Batista, Luisa Dias (GO n.01181 JP) e Roldão Barros.Diagramação: Adriano AbreuFotografias: Ana Paula Abrão, Wagmar Alves e Weslley Cruz Impressão: Gráfica da PUC Goiás

GRÃO-CHANCELER:Dom Washington Cruz, CP

REITORProf. Wolmir Therezio AmadoVICE-REITORAProfa. Olga Izilda RonchiPRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃOProfa. Sônia Margarida Gomes SousaPRÓ-REITORA DE EXTENSÃO E APOIO ESTUDANTILProfa. Márcia de Alencar Santana

PRÓ-REITORA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISAProfa. Milca Severino PereiraPRÓ-REITORA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONALProfa. Helenisa Maria Gomes de Oliveira NetoPRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃOProf. Daniel Rodrigues BarbosaPRÓ-REITOR DE COMUNICAÇÃO Prof. Eduardo Rodrigues da SilvaCHEFE DE GABINETEProf. Lorenzo Lago

cAssociação Brasileira das

Universidades Comunitárias

Evento da EFJ reúne profissionais da infância e juventude

PUC Goiás prestigia assinatura do Bolsa Universitária

Resultado de demanda identi-ficada na região, o I Seminário de Capacitação para Profissionais da Área Infanto-Juvenil da Região Leste de Goiânia, promovido no dia 7 de fevereiro, pela Escola de Formação da Juventude (EFJ) da PUC Goiás, reuniu mais de 70 pro-fissionais, ligados aos programas de extensão da universidade e à Prefeitura de Goiânia, que atuam diariamente no atendimento de crianças e adolescentes.

Entre os temas, os palestrantes abordaram as novas especifici-dades de linguagem e comporta-mentos dos jovens e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que completa 24 anos em 2014. “Se

O reitor da PUC Goiás, prof. Wolmir Amado, prestigiou no dia 6 de fevereiro, no Ginásio Goiânia Arena, a solenidade de assinatura dos contratos para a concessão dos benefícios do Programa Bolsa Uni-versitária. Mais de 11 mil univer-sitários de todo o estado de Goiás participaram do evento, sendo que, desse total, 10.360 foram con-templados com bolsas parciais e os outros mil com bolsas integrais, destinadas aos estudantes que te-nham renda bruta familiar mensal de até três salários mínimos.

A universidade é parceira do Programa e, no último semestre,

não contextualizarmos o ECA, ele vira uma lei sem razão. Quando foi criado, em 1990, estávamos sain-do de uma ditatura e a realidade do país era diferente”, comentou o coordenador do Centro de Edu-cação Comunitária de Meninas e Meninos (Cecom), ligado à Pró--Reitoria de Extensão e Apoio Es-tudantil (Proex), Edson Lucas Via-na, palestrante no evento. Além das palestras, o evento, que durou todo o dia, contou com debates. O seminário surgiu após reuniões onde os profissionais apresenta-ram a vontade de discutir questões relacionadas aos jovens, por senti-rem dificuldade na abordagem de crianças e adolescentes.

2.305 alunos da PUC Goiás foram beneficiados com bolsas da Orga-nização das Voluntárias de Goiás (OVG). “É uma experiência origi-nal e inédita no país que inspirou a existência do Prouni e milhares de estudantes que se formaram na universidade hoje têm uma gran-de liderança social. São dezenas de milhares beneficiados em Goi-ás e é importante darmos a essa geração condições, alternativas e possibilidades para que tenham uma boa formação e uma base para enfrentar os desafios da pro-fissão e da vida”, ressaltou o reitor Wolmir.

Seminário foi criado para abordar os desafios da área

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A terra natal de Paulino Hen-jengo fica a um oceano das fron-teiras do Brasil: natural de Angola, África, ele entrou em con-tato com amigos conterrâneos que estudam em Goiânia e, por meio dessa pesquisa informal, escolheu a PUC Goiás para estu-dar. Calouro do curso de Jornalis-mo, ele pretende seguir a carreira de produtor de TV e fazer um es-tágio na área, ten-do em vista que a universidade possui a emissora PUC TV. Tam-bém bolsista do Vestibular Social, Paulino pretende tentar a seleção na Casa de Estudantes Univer-sitários (CEU II), fato que ajudará, e muito, sua permanência na universidade.

Graduação

A vida universitária é um tempo de es-colhas e decisões, de revisão de projetos, de amadurecimento intelectual, cultural e políti-co. É a fase que o indivíduo desenvolve sua autonomia pessoal e produz conhecimento. Tendo em vista esse contexto, a PUC Goiás preparou uma programação especial de aco-lhida aos 5 mil calouros que ingressaram na instituição neste semestre. Nos dias 3 e 4 de fevereiro, os novos alunos conheceram os di-retores de departamento e coordenadores de cursos, o corpo docente, a Reitoria e os mem-bros do Diretório Central dos Estudantes.

“Este é um momento especial para todos nós, pois a universidade se renova ao acolher cada estudante. Que os anos na PUC Goiás se-jam os mais felizes de suas vidas. Que tenham saúde e determinação para construir esse ca-minho com clareza e altruísmo”, declarou o reitor Wolmir Amado, que também demons-trou um cuidado institucional de acompanha-mento ao aluno. “Não olhamos para vocês como pessoas que estão chegando, mas para onde estarão partindo, aonde vão chegar na vida”, incentivou.

Apoio ao alunoAtualmente, a universidade possui 25 mil

acadêmicos matriculados nos cursos de gra-duação. Desse total, 12.504 são bolsistas, a maioria oriunda do Vestibular Social e Bolsa Universitária. “Mais da metade dos nossos alunos com algum tipo de bolsa ou financia-mento. O intuito é criar condições para que o estudante ingresse e tenha uma permanência na universidade, que possa estudar e se gra-duar”, pontuou o coordenador de Assuntos

Acolhida marca Calourada da PUC Goiás

Estudantis, Valterci Vieira. Todas as bolsas e financiamentos da uni-

versidade são coordenados pela Coordenação de Assuntos Estudantis (CAE/Proex), locali-zada na Área 4, Setor Universitário. Os pro-gramas contemplam diferentes perfis, mas todos exigem um bom desempenho acadêmi-co. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones: 3946-1303/1062/1063.

Realizando sonhosA caloura Sabrina de Oliveira, 19, é mora-

dora de Bela Vista de Goiás e desde criança so-nha em ser pedagoga. Como foi criada em uma fazenda, ela se recorda com carinho das pre-missas iniciais do passado que motivaram a es-colha no presente. “Lembro que os animais da fazenda eram meus alunos. Eu era a professora deles”, contou, aos risos. A jornada diária da jovem inicia às 4h30, horário que acorda para pegar o ônibus e chegar a tempo para assistir as aulas do curso de Pedagogia. Ela foi uma das contempladas com a bolsa do Vestibular Social e reitera a importância do benefício. “Sem dú-vida é fundamental, pois eu não teria condições de estudar sem essa oportunidade”, enfatiza.

Por Belisa Monteiro

“Não olhamos para vocês como pessoas que

estão chegando, mas para onde estarão partindo, aonde vão chegar na vida”.

Reitor Wolmir Amado

Reitor dá boas-vindas aos alunos no Auditório da Área 4

Oportunidades oferecidas: Prouni, Fundo Educacional, Incentivo à Cultura (BIC/CAC), Doação Empresa, OVG, CEI/Fundaplub/ Graduação, Mestrado, Fies, Bolsa Vestibular Social

Total: 12.504

Bolsas e financiamentos

Sabrina sonha em ser pedagoga

Paulo Henjengo é calouro na faculdade e no Brasil

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Novos serviços serão oferecidos com programa federal

Cepsi funciona na Área 5 da PUC

Saúde

Clínica Escola é habilitada pelo Programa Saúde sem Limite

A Clínica Escola Vida da PUC Goiás, localizada no Câm-pus III, no Jardim Novo Mundo, foi habilitada pelo Ministério da Saúde para realizar atendi-mentos por meio do Programa Saúde Sem Limite, do gover-no federal. Com a habilitação, a clínica poderá, por meio de convênio a ser assinado com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, oferecer serviços de reabilitação física e psicológica pelo Programa. Atualmente, a unidade, inaugurada em 2003, oferece atendimento nas áreas de Fisioterapia, Psicologia e Nu-trição à comunidade em geral. Com a habilitação pelo Minis-tério da Saúde, a Clínica Escola Vida será referência neste tipo de serviço.

Acervo é reconhecido na capital

A PUC Goiás abriu novo ser-viço para a comunidade. A partir de fevereiro será oferecida psico-terapia individual gratuita para 15 mulheres de 35 a 60 anos, que sejam obesas, no Centro de Estu-dos, Prática e Pesquisa Psicológica (Cepsi), na Área 5.

O atendimento tem o objetivo de testar a psicoterapia comporta-mental como modelo de tratamen-to para obesidade e compulsão ali-mentar, sendo que a terapia visa a redução do peso das participantes,

PUC oferece psicoterapia para mulheres com obesidade

A Biblioteca Central da PUC Goiás, localizada na Área 1 da universidade, foi apontada pela Escola Superior da Magistratu-ra de Goiás (Esmeg) como uma das dez melhores da capital para quem deseja se preparar para con-cursos públicos. O levantamento foi publicado no site da entidade e levou em consideração critérios como o conforto do ambiente e o acervo disponível.

Aberta de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 22 horas, e no sábado, das 8h às 12 horas, a Biblioteca Central integra o Siste-ma de Bibliotecas (Sibi) da PUC, que conta, também, com as uni-

A pró-reitora de Pós-Graduação e Pes-quisa da PUC Goiás, profa. Milca Severino (foto), foi homenage-ada no dia 12 de fe-vereiro pela Revista Acadêmica do Insti-tuto de Ciências da Saúde (ICS) da Fa-culdade Alfredo Nasser. “Esse reconhecimento é algo que fica para sempre em nossas vidas”, agradeceu. “Homenagear a profa. Milca é uma forma de agradecê-la por tudo que ela

Biblioteca Central entre as 10 melhores de Goiânia

Pró-reitora recebe importante homenagem

diminuição dos índices de com-pulsão alimentar e melhora da au-toestima.

Os atendimentos fazem parte de um projeto de pesquisa do Mes-trado de Psicologia, da mestranda Giselle Lobo, que será responsável pela triagem e atendimento das se-lecionadas. O tema do trabalho é A análise funcional como modelo de tra-tamento de obesos com transtorno da compulsão alimentar periódica. Toda a pesquisa é coordenada pela pro-fessora dra. Sônia Mello.

dades do Câmpus II, no Jardim Mariliza, e do Câmpus V, no Jar-dim Goiás. Para mais informa-ções sobre acervo, empréstimo e doações, acesso o site: sites.pu-cgoias.edu.br/home/sibi.

fez e faz pela Saúde e Educação”, avaliou o diretor-presidente da Faculdade Alfredo Nasser, prof. Alcides Ribeiro Filho.

Professores, mem-bros do Conselho Editorial da Revista Acadêmica do ICS,

bem como os alunos dos cursos de Biomedicina, Farmácia, Fi-sioterapia e Enfermagem, mar-caram presença no evento, que contou também com apresenta-ções de trabalhos publicados.

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Docência

Docentes se reúnem com Reitoria durante a Siap Professores de Medicina durante oficina: incentivo à pesquisa Reitor Wolmir Amado, durante a Siap 2014

Planejamento garante excelência

O ano letivo na PUC Goiás começou em ritmo de confraternização e de debates so-bre as ações que serão realizadas ao longo de 2014 na universidade. No centro das discussões: a pesquisa em sala de aula. A intensa programação da XXXIV Semana de Integração Acadêmica e Planejamento (Siap) da PUC Goiás, realizada de 28 de ja-neiro a 1º de fevereiro, incluiu a elaboração dos planos de ensino na plataforma on-line, das atividades nas unidades do Programa de Orientação Acadêmica ao Aluno (Proa) e da análise dos resultados da Avaliação In-terdisciplinar (AI).

“Os professores estão retornando de suas férias, é um momento de encontro, alegria, confraternização e também de planejamento do semestre”, ressaltou o reitor da PUC Goi-ás, prof. Wolmir Amado, durante a abertu-

ra da Siap. “A excelência é, sobretudo, uma construção processual e coletiva. É preciso estabelecer cronogramas, metas e ações con-sequentes. Ela supõe ações focadas conjun-tamente numa mesma direção”, definiu.

Para a pró-reitora de Graduação, profa. Sônia Margarida, a aula universitária é fruto de um processo que é construído antes, du-rante e depois do seu início, propriamente dito. “Sempre elegemos uma temática do ensino superior brasileiro para atualizar nossos professores e, ao mesmo tempo, or-ganizar toda a estrutura física e pedagógica para receber nossos calouros e veteranos”, frisa.

Oficinas e colegiados Durante a Siap, professores, coordenado-

res de cursos e diretores de departamentos

Qual seria o cerne principal da pesquisa na graduação? Por que discutir essa temá-tica com os professores da PUC Goiás?

A palavra-chave é a aprendizagem: nós somos uma casa do conhecimento. Seja atuando como pesquisador, professor no ensino ou extensionista, o centro do nosso lugar é facilitar a aprendizagem. Para isso, temos que voltar a aprender como profes-sores, pois são novos tempos. A univer-sidade que nos formou não forma nossos alunos. Precisamos de nos reorganizar para formar esses novos estudantes que chegam à nossa universidade. São desafios que pre-cisamos assumir para ampliar o processo de aprendizagem. Essa é a nossa tarefa e a nossa missão.

“Somos uma casa do conhecimento”

se reuniram para discutir assuntos direta-mente ligados à realidade vivida em sala de aula e também para participar de oficinas de atualização. Os cursos de Farmácia e Biome-dicina, por exemplo, debateram os desafios da acessibilidade. Em toda a universidade, mais de 130 alunos precisam contar com orientações educacionais especificas.

Na Psicologia, as reflexões se voltaram para a integração entre os diferentes perío-dos do curso. Já na Medicina, os docentes fo-ram estimulados a mostrar aos seus alunos as possibilidades do campo da investigação científica. Na Ciências Biológicas, os profes-sores foram apresentados à campanha Puxe o 5 para o seu curso, desenvolvida pela PUC Goiás, para incentivar a participação de alu-nos no Exame Nacional de Avaliação do De-sempenho dos Estudantes (Enade).

A universidade se fundamenta no tripé ensi-no, pesquisa e extensão. Qual seria o desafio para que a aprendizagem seja efetiva e para que o aluno tenha uma formação integral?

Penso que é necessário colocar cada elemento desse tripé a serviço do outro. A pergunta, por exemplo, é a questão central da pesquisa e devido à pressa e ao excesso de conteúdo, a pergunta deixou de ser uma questão central no ensino, porque o profes-sor tem muita coisa para fazer. No entanto, a pergunta é a “mola” do descobrimento e da solução dos problemas. Então, como faço a interface dessa pesquisa e com o ensino? O contexto social é a questão central da exten-são, mas como trazer isso para o ensino?! É essa articulação entre os elementos do tripé,

Por Belisa Monteiro

Ex-reitor da Universidade Católica de Brasília (UCB) e assessor da Pró-Reitoria de Gradução (Prograd) da PUC Goiás, o prof. Ri-cardo Mariz (foto) abriu a Semana de Integração Acadêmica e Pla-nejamento da universidade. Para ele, a aprendizagem é a palavra--chave da pesquisa na graduação. “Precisamos de nos reorganizar para formar esses novos estudantes que chegam à nossa universida-de”, pontua. Confira a entrevista concedida ao FolhaPUC logo após a conferência de abertura do evento.

que faz da universidade uma universidade. Não é necessariamente a existência do tri-pé, mas como ela se articula para gerar uma aprendizagem mais qualificada.

E você acha que interdisciplinaridade é um caminho para alcançar esse objetivo?

Ela é um caminho. Se eu tenho um pro-blema, seja ele qual for, necessariamente, eu tenho que fazer uso da interdisciplinarida-de, das nossas “gavetas” e disciplinas. Mas eu não vou fazer a interdisciplinaridade com uma decisão a priori. Vou fazer, porque quero enfrentar um problema e, para isso, tenho que convocar mais de uma disciplina para solucio-ná-lo. Ela não é um fim, mas um meio para alcançar o fim que é a aprendizagem.

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Goiânia, 1ª quinzena de fevereiro de 2014 Folha PUC 550 - 6Especial

Acessibilidade

Quebrando barreiras

Por Roldão Barros

Mesmo sendo 24% da

população brasileira e

estando cada vez mais

presentes nas instituições de

ensino superior, as pessoas

com deficiência ainda enfrentam

dificuldades.Professora Lílian busca quebrar barreiras dentro da universidade

Eles são mais de 45 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas o país ainda não parece preparado. As pessoas com deficiência enfrentam, diaria-mente, barreiras físicas, sociais e culturais nos espaços públi-cos e privados que frequentam. “As arquitetônicas são mais fá-ceis de romper que as de atitu-de”, garante a coordenadora do Programa de Acessibilidade da PUC Goiás, professora Lílian

ObjetivosProporciona condições ao alcance dos

estudantes com necessidades específicas, acesso aos espaços, mobiliário, equipa-mentos, instalações e ao sistema procu-rando desenvolver sua autonomia en-quanto profissional e cidadão.

Corpo docenteA cada semestre, os professores que

têm em suas turmas alunos com necessi-dades específicas recebem uma carta in-formando que receberão em suas turmas alunos com necessidades educacionais específicas e são orientados. A orientação não se limita a uma atitude de observação,

Moura Borges Cintra.Nas instituições de ensino

superior eles ainda são minoria – do número total, apenas 18% frequentaram alguma Institui-ção de Ensino Superior (IES) e somente 7% concluíram algum curso superior – mas a realida-de deve mudar nas próximas décadas, indica a Secretaria Na-cional de Promoção dos Direi-tos da Pessoa com Deficiência. “O cenário já tem mudado. Há cinco anos tínhamos 15 estu-dantes com algum tipo de de-ficiência ou necessidade edu-

cacional específica, hoje temos mais de 150”, afirmou o reitor Wolmir Amado, da PUC Goiás, na abertura da exposição Para Todos, instalada na institui-ção no ano passado. A univer-sidade possui mais de 25 mil alunos de graduação e, desde 2004, tem pensado as questões de inclusão e acesso com mais intensidade por meio do Pro-grama de Acessibilidade. “Te-mos prédios antigos, que estão sendo readequados aos poucos, junto com as reformas semes-trais. Nossos alunos entendem

isso. As coisas já funcionam de uma forma diferente, mas ainda estamos engatinhando”, lembra a coordenadora.

A cada ano, a PUC investe na criação de rampas, cápsu-las de transporte, elevadores, mas, principalmente, na orien-tação de professores e alunos. “Enfrentamos muitas barreiras, mas eu diria que as barreiras de atitudes são as mais difíceis de transpor, pois confrontamos com a diferença cultural, edu-cação e valores que as pessoas trazem consigo”, constata.

Programa de Acessibilidade da PUCmas amplia-se para a redefinição de obje-tivos da disciplina e do processo avaliati-vo, adaptando as provas ou até mesmo do Projeto de curso, em função das especifi-cidades inerentes às necessidades desses alunos.

EquipeEstá vinculado à Pró-Reitoria de Gra-

duação, e conta com um quadro de profes-sores representantes dos departamentos e comprometidos com a acessibilidade. Dis-põe também de dez intérpretes de Libras que acompanham individualmente alu-nos surdos durante as aulas.

SeleçãoO candidato portador de necessidades

especiais já recebe acompanhamento pesso-al e material adaptado para a realização da prova (tradutor de Libras para surdos, ledor para os deficientes visuais e salas individuais para a realização das provas, entre outros re-cursos pessoais e materiais).

ParceriasCoordenação de Admissão Discente, Co-

ordenação de Assuntos Estudantis (CAE), Centro de Estudos, Pesquisas e Práticas Psi-cológicas (Cepsi), Clínica Escola Vida, Clíni-ca de Fonoaudiologia, além dos centros aca-dêmicos.

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Goiânia, 1ª quinzena de fevereiro de 2014 Folha PUC 550 - 7Especial

Acessibilidade

Realização de um sonho

Vida nova pessoal e profissional

A acadêmica de Direito, Josilene Alves Fer-reira, 43, sonha ser advogada desde criança. Nem mesmo as limitações do espaço urbano

e as dificuldades que enfrenta diariamente a desanimam. “Direito é um sonho que tenho desde quando era pequena. Sou apaixona-da por isso e quero fazer especialização em Direito Esportivo quando concluir”, garan-te. A escolha pela ligação entre as ciências

jurídicas e o esporte vem da outra paixão da estudante: o halterofilismo. Por conta de poliomielite sofrida aos 8 meses de vida, Jo-

silene é cadeirante. Em 2002, como forma de reabilitação, a acadêmica começou a praticar o esporte. Poucos anos depois já estava par-ticipando, com destaque, das Paralimpíadas de Pequim e Londres. “E vou para as Para-limpíadas do Rio de Janeiro!”, exclama.

Muito independente, a acadêmica trabalha 6 horas por dia, treina diariamente e estuda à noite. Josilene admite, porém, que o seu dia-a--dia seria mais fácil se as pessoas ao redor en-tendessem melhor suas especificidades. “Eu pego ônibus e faço tudo sozinha, mas se chego após a aula ter começado, tenho que pedir para abrirem caminho para que eu possa passar com a cadeira de rodas. Os colegas se esquecem de mim ali. Eu não tenho vergonha de pedir espa-ço, mas se as pessoas lembrassem seria mais fá-cil”, conta. Hoje, graças ao contato direto com o Programa de Acessibilidade, a estudante tem todas as suas aulas em salas do mesmo andar. “Antes era mais difícil. Pegar elevador é sempre uma luta. As pessoas não respeitam. Eu não te-nho a opção de subir as escadas, então espero, né?”, lembra.

Estudante de Direito, Josilene acredita que a compreensão dos outros é a maior barreira enfrentada

Flávio buscou outra graduação para adaptar-se à nova condição

A deficiência mais presente no Brasil é a visual, com 18,8%, mas nem todos que lidam hoje com essa realidade nasceram com ela. É o caso do acadêmico de Ciências da Compu-tação, Flávio Feldhaus, 50. Depois se gradu-ar em Engenharia Química na Universidade Federal do Paraná, se tornar mestre em Enge-nharia de Produção pela Universidade Fede-ral de Santa Catarina e ter uma carreira bem sucedida como empresário, Flávio descobriu uma doença degenerativa na retina. O acadê-mico, que é natural do Rio de Janeiro e se mu-dou com a esposa e a filha para Goiânia em 1998, passou a contar, recentemente, com ape-nas 1% da visão. “Pelo diagnóstico que rece-bi, eu tenho mais 10 ou 15 anos de visão pelo menos. Sei que posso contribuir muito mais se não precisar me locomover tanto como antes, por isso escolhi o curso. É uma opção para re-alinhar a minha vida”, garante.

Além do lado profissional, as adequações feitas pela universidade contaram para o su-cesso de Flávio. “No curso de computação os professores têm o costume de disponibilizar as aulas na internet para todos os alunos, o que me permite estudar melhor. Eu subo es-cadas, mas as aulas são todas no mesmo pré-dio e eu consigo pegar menos aulas, todas en-caixadas, para que eu aproveite ao máximo o meu tempo na universidade”, explica. Com o bom desempenho no curso, o acadêmico foi convidado para ser monitor. “Minha menor média foi 8,1. Os professores me convidaram para a monitoria e pensei ‘será que dou con-ta?’. Eles me apoiaram e não me deixaram dú-vidas de que eu conseguiria”, relata.

OrientaçãoMais que o acompanhamento dos alu-

nos, a orientação aos professores também é fator decisivo para garantir a qualidade do ensino. A inclusão tem sido constantemen-te debatida nos eventos de planejamento acadêmico da instituição e o Programa de Acessibilidade mantém contato direto com os professores de todos os cursos. “Muitos professores nunca tiveram um aluno com deficiência ou com necessidades educacio-nais específicas e, quando se deparam com essa realidade, não sabem o que fazer. Por isso, é importante que estejamos juntos”, diz a coordenadora do Programa, professora Lí-lian Moura.

Os esforços estão dando certo. O número de alunos com deficiência é cada vez maior na instituição e o modelo tem sido apresen-tado para outras IES. Em junho de 2013, a coordenadora apresentou o Programa no Study of the inclusion of disable students at Catholic Universities (Estudo da inclusão de alunos com deficiência em universida-des católicas), na França. A PUC Goiás foi a única universidade brasileira a partici-par do evento. “Eu venho de duas ins-tituições públicas e recentemente visitei outra e vi que elas ainda não possuem esse tipo de serviço”, constata o aca-dêmico Flávio Feldhaus. “O problema maior não é relacionado diretamente à dificuldade, mas às consequências dela. A gente tem mais dificuldade de iniciar as coisas. O trabalho do Programa me auxiliou muito, foi acima da expectativa”, relata.

Além de auxiliar alunos com deficiên-cia, o programa também atende gestantes, idosos e alunos com outras necessidades educacionais específicas. O Programa de Acessibilidade da PUC Goiás está ligado à Coordenação de Apoio Pedagó-gico da Pró--Reitoria de Graduação. Telefone: (62) 3946-1027.

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Aconteceu, virou notícia! E crô-nica também! Inspirada em fatos do dia a dia – dos considerados corri-queiros aos que mobilizam a opi-nião pública – esse gênero literário divide espaço com as notícias no jornal impresso. Os textos podem se transformar, também, em objeto de estudo, como o coordenado pelo prof. dr. Rogério Borges (foto), do curso de Jornalismo da PUC Goiás.

Neste semestre, ele inicia os tra-balhos de seu projeto de pesquisa O aspecto jornalístico em crônicas do jornal O Popular em 2013. No tra-balho, explica, serão analisados os textos publicados na seção Crôni-cas & Outras Histórias do periódi-co, onde ele atua como repórter da área cultural.

A previsão é que a pesquisa, vinculada ao Núcleo de Pesqui-sa em Comunicação e Cidadania (NPCC), dure três semestres. O projeto está entre os 18 que serão iniciados na PUC Goiás em 2014/1 (veja lista no quadro), segundo da-dos do sistema de buscas da Pró--Reitoria de Pós-Graduação e Pes-quisa (Prope), até o fechamento desta edição.

A ideia é verificar nas crônicas menções a eventos que ganharam destaque no último ano, entre eles a manifestações de junho, além dos debates envolvendo corrup-

ção, mobilidade urbana e saúde pública. O papel do jovem no processo de exer-cício de cidadania também será analisado.

A expectativa é que o trabalho coordenado por Borges conte com dois ou três alunos-pesquisadores. “A pesquisa está cada vez mais forte na universidade e nosso colegiado está compro-metido com esse trabalho”, frisa. Informações sobre o processo sele-tivo podem ser obtidas na coorde-nação de Jornalismo, pelos fones 3946-3060 e 3946-3065.

ProjetosDesde 2007, dez projetos de

pesquisa foram aprovados e três deles ainda estão em desenvolvi-mento. São eles: O discurso sobre a boa notícia, coordenado pela pro-fa. Ângela Teixeira de Moraes; Fo-tografia Popular em Goiás: estudo dos percursos sociais da fotografia votiva em Trindade, coordenado pela profa. Déborah Borges; e Jor-nalismo em mídia religiosa, reali-zado sob a coordenação do prof. Luiz Signates. Até o momento, 25 estudantes do curso de Jornalismo já participaram da iniciação cien-tífica como bolsistas e voluntários (leia depoimento).

“Sempre desejei fazer um intercâmbio e percebi que me inscrever em um programa de bolsas de estudos con-taria pontos no meu currículo. Foi quando o projeto da professora Noêmia Félix - Jornalismo e meio ambiente: os discursos sobre as questões socioambientais - surgiu. Com a orientação dela, apresentei, no ano passado, um artigo fruto dessa pesquisa no 2º Encontro Interdiscipli-nar de Comunicação Ambiental, em Aracaju. Depois des-sa experiência, desenvolvi meu próprio projeto, com bol-sa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Sob a orientação da professora Irene Dias, desenvolvo um trabalho na área de mídia, violência e etnicidade. Neste semestre, começarei a produzir artigos. O projeto se encerra em julho deste ano. Por enquanto, meus planos são terminar a graduação e fazer mestrado. Depois de participar dessas pesquisas, o mundo jornalístico se abriu para mim. No es-tágio, ao produzir o material jornalístico, também penso como pesquisadora.”

Sarah Teófilo, 21, estudante do 7º período de Jornalismo da PUC Goiás, esta-giária do Jornal Opção Online

Entre a literatura e o jornalismo

Novos projetos

Eu, pesquisadora Rápidas da pesquisa

Por Diene Batista

Projeto: Amostragem passiva e extração de micropoluentes emergentes em água por membranas de inclusão poliméricas Núcleo/Programa: Núcleo de Pesquisa em Química (NPQ) Coordenadora: Adélia Maria Lima da Silva

Projeto: Novas determinações produtivas, regionais e urbanas na área do cerrado brasileiro: uma avaliação sobre os efeitos das obras de infraestrutura rodoferroviárias na integração regional Núcleo/Programa: Programa de Pós-Graduação em Desenvol-vimento e Planejamento Territorial Coordenador: Arystides Moyses

Projeto: Avaliação quantitativa do frênulo lingual de bebês aten-didos no Centro de Referência em Saúde Auditiva - (Cresa) do Departamento de Fonoaudiologia da PUC Goiás Núcleo/Programa: Núcleo de Pesquisa Comunicação e seus Distúrbios (NPCOMDIS)Coordenadora: Cejana Baiocchi Souza

Novos caminhosA Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (Pro-pe) da PUC Goiás reuniu no dia 13 de fevereiro os diretores, coordenadores de núcleos, centros e institutos, coordenadores de pós-graduação stricto sensu e membros do Comitê Assessor de Pesquisa (Coap), no Auditório da Reitoria. O encontro foi o pontapé inicial para o desenvolvimento de ações para a intensificação da pesquisa na instituição.

66ª SBPCEstão abertas as inscrições para a 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que será realizada de 22 a 27 de julho, na Universidade Federal do Acre (UFAC). Inscrições pelo sbpcnet.org.br. O tema desta edi-ção é Ciência e Tecnologia em uma Amazônia Sem Fronteiras.

Sarah: pesquisa auxilia no dia a dia da profissão

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Goiânia, 1ª quinzena de fevereiro de 2014 Folha PUC 550 - 9

Reconhecimento

Novo desafio na carreira da pró-reitora

Professora Maria José deixa legado na área da pesquisa no serviço social

Pró-reitora Sônia integra Conselho do MEC

Área 3 passa por reformas e adequações

Pesquisa perde grande nome

Fórum reúne reitores de universidades brasileiras

Coordenadora do PGS é nomeada para o Conselho do Idoso

Professor da PUC tem obra retratada em livro

A pró-reitora de Graduação da PUC Goiás, profa. dra. Sônia Margarida Gomes Sousa, foi designada para compor o Conse-lho Consultivo do Programa de Aperfeiçoa-mento dos Processos de Regulação e Super-visão da Educação Superior (CC-PARES), na condição de suplente da representação das instituições de educação superior priva-das comunitárias e confessionais. A nomea-ção ocorreu por meio da Portaria nº 100 do Ministério da Educação, publicada no dia 10 de fevereiro, no Diário Oficial da União.

Instituído por ato do Ministério da Edu-cação, o Conselho tem a finalidade de orien-tar a atuação da Secretaria de Regulação e Supervisão Superior (Seres) na formulação de políticas de regulação e supervisão da Educação Superior no Brasil.

A pesquisa científica no Brasil perdeu um grande nome, a professora doutora Maria José de Faria Viana, que morreu vítima de infarto aos 63 anos, no último dia 11 de fevereiro. A professora Maria José graduou-se em Serviço Social pela PUC Goiás, em 1983, e concluiu mestrado em Educação, pela Universidade Federal de Goiás, em 1999. O doutorado em Política Social foi concluído em 2007, na Universidade de Brasília. Atualmente era coordenadora do Mestrado em Serviço Social da PUC Goiás, cargo que assumiu em agosto do ano passado com a expectativa de aperfeiçoar os proces-sos existentes.

Durante quatro anos, ela foi coordenadora de Pesquisa da PUC Goiás, responsável por importantes projetos da uni-versidade, como a pesquisa Famílias brasileiras em situação de conflitividade: dimensões sócio-históricas, jurídicas, culturais e subjetivas, realizada em parceria com a Fiuc.

Foi realizado nos dias 10 e 11 de fevereiro o II Fórum de Reitores do Conselho de Rei-tores das Universidades Brasileiras (Crub), na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, onde reitores de todo o Brasil debateram a temática Autonomia e Avaliação: o Enade em questão. O evento contou com a participação das instituições de ensino do es-tado de São Paulo e das demais regiões e teve como objetivo debater a importância do papel da entidade no contexto atual da Educação Superior brasileira. O reitor da PUC Goiás e presidente da entidade, prof. Wolmir Amado, coordenou os trabalhos.

Durante o fórum, foi realizado um debate sobre as avaliações do Exame Nacional de De-sempenho de Estudantes (Enade) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), e discutidos pontos importantes para a melhoria desses sistemas de avaliações do ensino superior. A programação, promovida pelo Crub, incluiu palestras e oficinas.

A coordenadora do Programa de Geron-tologia Social (PGS) da PUC Goiás, profa. Marli Bueno de Castro, foi designada pri-meira secretária do Conselho Municipal do Idoso. A professora também é conselheira representante da universidade na entidade. Neide Pereira do Nascimento Melo, diretora do Departamento de Atendimento ao Idoso da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), assume a presidência. A nomeação foi divulgada no final de janeiro, por meio da Circular 01/2014, do Conselho.

Lançado no fim de 2013, o livro Mó-vel Brasileiro Contemporâneo, organiza-do por Adélia Borges, Paulo Herke-nhoff e Rafael Cardoso – Fundação Getúlio Vargas Projetos, apresenta, junto a outros importantes nomes, a obra do arquiteto e designer Maurí-cio Azeredo, professor do Curso de Design da PUC Goiás como uma das mais significativas referências no de-sign brasileiro. De acordo com a auto-ra, “nos anos 1980, o processo de rede-mocratização traz novos ares ao país, inclusive ao seu design. Nesse contex-to, surge uma geração de profissionais que trilham o caminho aberto pelos

As reformas e adequações na Área 3 da universidade seguem a todo vapor: as obras civis no Laboratório de Fenômenos de Trans-porte e Hidráulicos na Área 3 estão finaliza-das. A equipe da Divisão de Serviços Gerais da Pró-Reitoria de Administração (DSG/Proad) também fará a instalação da máquina e as adequações necessárias ao laboratório. O serviço de instalação de equipamentos mul-timídia nas salas de aula também está sendo executado neste mês de fevereiro.

ErrataEm 2013, na edição do Folha PUC Espe-

cial Retrospectiva, relativa ao segundo se-mestre de 2012, informamos que a reforma executada no Bloco D, na mesma área, foi feita resgatando o projeto original. Alertados pelo professor e arquiteto Antônio Manuel Fernandes, sobre a informação equivocada, destacamos que as adequações não foram re-alizadas tendo como base o projeto original.

modernistas e recuperam o interesse na produção primorosa e muitas vezes artesanal de móveis de madeira”, a mais importante e tradicional matéria--prima utilizada para esse fim e “que vem da cultura indígena, passa pelos colonizadores portugueses e deságua no móvel moderno. Quem melhor arti-cula o pensamento de retomada dessas tradições é Maurício Azeredo, quando sistematiza pesquisas acadêmicas so-bre o tema e trabalha em conjunto com o então Laboratório de Madeiras Tro-picais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Re-nováveis”, destaca Adélia Borges.

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Estudante relata experiência no Uruguai

Prazo para inscrição em programas de intercâmbio: 3 de março a 23 de maio

Requisito essencial: estar matriculado entre o 3º e o penúltimo período do curso

Mais informações pelo telefone: 3946-1239 (Assessoria de Relações Internacionais), ou pelo email: [email protected]

“Fazer intercâmbio é nascer de novo, abrir os olhos e ver outro lugar totalmente diferente do que estávamos acostu-mados. É aprender outra língua, comer outras coisas, usar roupa diferente, ir a outra faculdade, saber como se adaptar e como aprender a amar de novo”, relata a acadêmica do curso de Psicologia da PUC Goiás, Camila Acipreste, que realizou um intercâmbio na Faculdad de la Republica (Ude-lar), no Uruguai.

A aluna, que hoje está no 7º período do curso, aproveitou disciplinas da grade curricular e se lembra com carinho da experiência que mudou a sua vida no segundo semestre de 2012. “Às vezes temos medo de mudar, mas mudar é cres-cer. Fazer um intercâmbio é ter saudade do nosso país e da nossa família, da comida, da língua portuguesa, enfim, é fa-zer uma vida nova mesmo sabendo que temos que ir embora, cedo ou tarde”, rememora. O intercâmbio foi viabilizado pelo Programa de Mobilidade Mercosul (http://www.universitario-smercosur.org/) juntamente com a PUC Goiás.

Vocêpelomundo

Mais informações sobre os programas de intercâmbio podem ser obtidas no telefone: 3946-1239, ou pelo e-mail: [email protected]. Acompanhe também a fanpage Intercâmbio PUC Goiás.

Por Belisa Monteiro

Crédito Educativo premia sorteados com intercâmbio Estude na Holanda

Intercambistas na rede

O Crédito Educativo Pra Valer lançou a pro-moção Um mês no Canadá, que concederá aos seus clientes o benefício de um intercâmbio, com tudo incluso, para um curso intensivo de Inglês. Os estudantes podem se inscrever até o dia 24 de março, pelo site: www.creditouniversitario.com.br. Por meio do Crédito, o estudante pode parcelar o pagamento das mensalidades e tem o dobro de tempo para pagá-las, sem acumular o pagamento. O sorteio ocorrerá no dia 21 de maio. Mais informa-ções podem ser obtidas no site mencionado.

O Instituto Nuffic Neso Brazil, por meio do Orange Tulip Scholarship, oferece bolsas de estudos exclu-sivas para brasileiros que tenham domínio da língua inglesa. As inscrições terminam no mês de março. Saiba tudo no site: www.nesobrazil.org

Acadêmicos da PUC Goiás, Gabriela Pereira, Ana Carollina e Mateus Fuhr, na Universida-de de Sevilha, Espanha.

Camila Acipreste: recordações para toda a vida

Oportunidade à vista

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Direção: Eduardo CoutinhoClassificação: 14 anosGênero: DocumentárioAno: 1984O mundo perdeu, no primeiro domingo de fevereiro, um dos principais nomes do cinema documental do Brasil: Eduardo Coutinho. Cabra Marcado para Morrer, um de seus filmes mais conhecidos, narra a vida de João Pedro Teixeira, líder cam-ponês da Paraíba assassinado em 1962. Apesar de as gravações terem começado na década de 60, o projeto foi interrompi-do pela ditadura militar. Dezessete anos depois, Coutinho recolheu os depoimen-tos dos camponeses que participaram das

primeiras filmagens. Neste momento, parte da história da vida de João Pedro surge por meio das palavras de sua viúva, Elizabeth Teixeira, que foi perseguida, juntamente com sua família, pelo regime ditatorial. Considerado uma grande obra documental brasileira, o filme foi pre-miado nacional e internacionalmente.

Estão abertas as inscrições para o curso de extensão Desenvol-vendo o Raciocínio Lógico, ministrado pela professora Silmara Epi-fânia de Castro Carvalho. Com aulas sempre aos sábados, o curso ajuda no desenvolvimento do pensamento lógico e da autonomia intelectual, trabalhando com reflexões sobre noções matemáticas. O conteúdo programático, bem como o formulário de inscrição do curso, estão disponíveis no endereço www.pucgoias.edu.br/cursos-deextensao.

A ampliação da iniciação científica da PUC Goiás é uma das prin-cipais preocupações da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa para 2014. A universidade teve 330 acadêmicos de cursos de gradua-ção atuando em pesquisas no ano passado e pretende ter, até o final deste ano, cerca de mil alunos-pesquisadores.

No próximo dia 26 de fevereiro a universidade realiza o workshop Orientação à Iniciação Científica, com os professores da instituição. Já no dia 20 de março, os alunos poderão participar do workshop Iniciação Científica: Como Participar?, onde membros da Reitoria e pesquisadores apresentam os programas e bolsas existen-tes na universidade e quais as exigências. A pesquisa é um dos pila-res da instituição, assim como o ensino e a extensão universitária.

Universidade promove workshop sobre Iniciação Científica

Dicas de filmes

Cabra Marcado para MorrerAutor: Mauro César de Brito e SilvaAno: 2012Leitura técnica, a obra oferece ao leitor, em 316 páginas, um entendimento mínimo necessário para a elaboração dos sistemas estruturais, tanto em aço como em madeira, em projetos de arquitetura. Alunos, professores e funcionários da PUC Goiás têm desconto especial na aquisição do livro na Livra-ria da universidade, locali-zada na Área 1, em frente à Biblioteca Central.

Estrutura e Arquitetura: Aço e Madeira

Programe-seRaciocínio lógico

PUC Idiomas oferece cursos dentro da universidade

A PUC Idiomas está com ma-trículas abertas para diversos cur-sos até o final de fevereiro. Além das aulas ministradas na escola, localizada no Setor Marista, al-gumas turmas também estão em formação na Área 1 (Escola de Negócios), no Setor Universitário, e no Câmpus V, no Jardim Goiás. Entre as opções estão os cursos de Inglês Business (Área 1), Espanhol para iniciantes (Área 1 e Câmpus V), Italiano intermediário (Área 1), Francês para inician-tes (Câmpus V) e Alemão (Câmpus V). Os interessados podem procurar a escola no telefone 3227-1281.

Os acadêmicos de cursos de licenciatura da PUC Goiás podem se inscrever até o dia 21 de fevereiro no processo seletivo interno para bolsa de Iniciação à Docência (Pibid/PUC Goiás) para o período 2014-2016. São oferecidas 368 bolsas para os cursos de Biologia, Edu-cação Física, Geografia, História, Filosofia, Física, Letras, Matemática, Pedagogia e Química.

Para participar, o estudante deve ter disponibilidade de no míni-mo 10 horas semanais para dedicação às atividades do Pibid. Todas as vagas são para instituições públicas de ensino. O edital completo pode ser acessado no endereço www.pucgoias.edu.br, no item “Edi-tais Acadêmicos”.

O mestrado em Ciências Ambientais e Saúde da PUC Goiás está com inscrições abertas para alunos extraordinários e especiais para o primeiro semestre de 2014. Os candidatos podem procurar a secretaria do programa, na Área 5, Setor Universitário, até o dia 7 de março. São oferecidas 25 vagas. São considerados alunos extraordinários aqueles que concluíram curso de graduação e pretendem cursar disciplinas do programa de pós-graduação. Já o aluno especial é o que se encontra regularmente matriculado em outros programas de pós-graduação stricto sensu da universidade e deseja cursar disciplinas optativas ou eletivas do programa.

O evento reúne estudantes para orientações

>> Pibid

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Inteligência artificial nas mãosVida de estudante

Por Luisa Dias

“... quero desenvolver robôs para ajudar, pesquisar sobre

inteligência artificial e aplicá-la na

robótica”.Greicy Kelly

A estudante de Ciências da Computação da PUC Goiás, Greicy Kelly Vieira Oli-veira, 19, não fica sozinha na universidade, nem mesmo nos intervalos das aulas. À tiracolo está sempre Dark Widow, o robô-aranha, desenvolvido por ela no projeto de Iniciação Científica. A pequena máquina faz sucesso entre professores e colegas de curso e já realizou sua primeira viagem interestadual, onde participou da Câmpus Party, em São Paulo.

No 5º período do curso de graduação, ela começou a desenvolver o robô há um ano e, em agosto de 2013, inscreveu seu projeto de robótica em um dos programas de iniciação científica da PUC. Com o projeto e sua repercussão, Greicy alcançou a coordenação do grupo de robótica da universidade. “Sempre gostei da área, mas nunca imaginei criar um robô. Entrei no grupo e me esfor-cei muito para aprender”. Na construção do robô, ela garante que usou na prática o conhecimento teórico das aulas.

Greicy e Dark Widow foram sucesso no evento e ganharam repercussão nacional em vários veículos de comunicação. “Foi muito gratificante ver a repercussão do projeto e o interesse das pessoas em conhecer o robô. Mostrou que o que eu aprendi está valendo a pena”, disse ela, citando a reportagem da revis-ta Época Negócios, publicada no mês de janeiro.

Na Iniciação Científica, o projeto é orientado pelo professor Aníbal Jukemura e, no grupo de robótica, a orientação fica à cargo da profa. dra. Solange Silva. Toda a estrutura do robô é de acrílico. Para os movimentos, usa o servo motor que gira entre 0 a 180 graus, e uma placa microcontroladora chamada Arduino, que é controlada pela estudante. A tradução do nome é Viúva Negra, uma homenagem às aranhas desta espécie.

Até agosto, a estudante ainda irá se dedicar ao ro-bô-aranha, que agora passará pela parte de progra-mação, responsável pela função do projeto: realizar mapeamento. “A IC é o que dá um diferencial na formação acadêmica e profissional”, afirmou ela, elencando ainda que o projeto permite obter mais conhecimento sobre os assuntos escolhi-dos e também uma forma de peparação para um mestrado e um doutorado.

Para o futuro, Greicy imagina que irá trabalhar na área de robótica e preten-de investir também na academia. “Eu desejo trabalhar na área da robótica, desejo ajudar as pessoas usando essa nova área que esta cres-cendo rapidamente e que está nos proporcionando muitas coisas, quero de-senvolver robôs para ajudar, pesquisar sobre inteligên-cia artificial e aplicá-la na robótica”, ex-plica ela.