FLUXOS DE NUTRIENTES EM SOLO DE PASTAGEM ......ADUBAÇÂO ORGÂNICA E MINERAL NA AMAZÔNIA CENTRAL....
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UNIVERSIDADE DO AMAZONAS - UAINSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA - INPA
FLUXOS DE NUTRIENTES EM SOLO DE PASTAGEM ABANDONADA SOBADUBAÇÂO ORGÂNICA E MINERAL NA AMAZÔNIA CENTRAL.
LUCERINA TRUJILLO CABRERA
Dissertação apresentada ao programa dePós-graduação em Biologia Tropical eRecursos Naturais do convênio INPA/UA,como parte dos requisitos para obtençãodo título de Mestre em Ciências Biológicas,área de concentração em Ecologia.
MANAUS-AM, BRASIL2002
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UNIVERSIDADE DO AMAZONAS - UA
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA - INPA
FLUXOS DE NUTRIENTES EM SOLO DE PASTAGEM ABANDONADA SOBADUBAÇÃO ORGÂNICA E MINERAL NA AMAZÔNIA CENTRAL.
LUCERINA TRUJILLO CABRERA
Orientador: Dr. FLAVIO J. LUIZÂO.
Co-orlentador: Dr. JOHANNES LEHMANN.
Dissertação apresentada ao programa dePós-graduação em Biologia Tropical eRecursos Naturais do convênio INPA/UA,como parte dos requisitos para obtençãodo título de Mestre em Ciências Biológicas,área de concentração em Ecologia.
MANAUS-AM, BRASIL2002
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Trujíllo-Cabrera, Lucerina
Fluxos de nutrientes em solo de pastagens abandonadas sob adubação
orgânica e mineral na Amazônia Central / Lucerina Trujillo Cabrera - Manaus:
INPA/UA, 2002.
81 p.
Dissertação de Mestrado.
1. Adubos orgânicos 2. Matéria orgânica do solo 3. Lixiviaçâo de nutrientes
4. Biomassa microbiana 5. Pastagens abandonadas 6. Manejo do solo.
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Sinopse:
Os nutrientes disponíveis no solo e lixiviados através do perfil do solo,
a biomassa e a atividade microbianas, e o desenvolvimento das plantas-teste,
em solos de pastagens abandonadas, sob adubação orgânica e mineral, foram
estudados na Amazônia Central.
Em diferentes tratamentos estabelecidos - controle (sem adubação);
adubação orgânica; adubação química; e a combinação de adubo orgânico +
químico - foram investigadas as diferenças destas práticas de manejo,
identificando aquela que mais contribui para a recuperação e conservação da
produtividade de solos de pastagens abandonadas.
Palavras-chave: Adubos orgânicos. Matéria orgânica do solo, lixiviaçâo de
nutrientes, nutrientes disponíveis, pastagens abandonadas. Manejo do solo.
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Mercede^ Luiy, E^e<jvUd/, "RoOfoLeJU e/ Mario-,
VEVICO
AGRADECIMENTOS
A Deus, por guiar a minha vida e por ter-me permitido a realização deste
curso.
% Ao governo brasileiro, através da sua embaixada na Colômbia, pela
^ bolsa concedida do programa PEC-PG/CAPES, do convênio Pacto Amazônico,
sem a qual a realização do trabalho não teria sido possível.%^ Ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e à% Coordenação de Pesquisas em Ecologia (CPEC), pela oportunidade da
% realização do curso de pós-graduação em Ecologia.
À Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/CPAA), pelo
apoio técnico, disponibilidade do laboratório onde foram realizadas parte das
análises e a doação do papel para a impressão da dissertação.
Ao projeto LBA - Embrapa/Cornell University ND-04 "Estoques de
Carbono e Nutrientes e Dinâmica da Água em Pastagens Abandonadas e
Sistemas Agrofiorestais na Amazônia Central", pelo apoio financeiro e logístico
para o desenvolvimento do trabalho.
^ A meu orientador, Dr. FIávio J. Luizão, pelas idéias, confiança, apoio,
^ correções e valiosas sugestões.
^ Ao Dr. Johannes Lehmann (Comell University), pelas suas idéias,
^ correções, valiosas sugestões, e por ter confiado em mim e no meu trabalhodesde um começo.
A todos os pesquisadores professores do curso de Pós-graduação em
Ecologia, especialmente aos Drs. Regina C. Luizão e Dr. Luis Antônio de
Oliveira, pelos valiosos ensinamentos e colaboração.
A Dr. William Magnusson e Dra. FIávia Costa pela colaboração nas
análises estatísticas.
Às pessoas que fazem parte do projeto LBA/ ND-04, Erick Fernandes,
Marcos Rondón, Elisa Wandelli, Use, Carol, Cristy, Juliete, Rosana, Iván, Jorge,
Guilherme, Ted e Steve, pela sua amizade e colaboração.
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Ao pessoal do laboratório de solos e plantas da Embrapa, especialmente
a Emanuel, Edilsa, Onéiia, Concita, Márcia e Rosângela pela sua amizade,
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^ ensino e colaboração nas análises.
%: Ao pessoal da Estação Experimental da Embrapa do km 54,
especialmente a Iracino, Mario, Sabino e Rubenildo, pela sua amizade e
colaboração durante o período de coletas.
Ao pessoal do laboratório de bioquímica de solo do IN PA, especialmente
^ à Cilene Palheta, pelo seu ensino e colaboração.
% Ao pessoal do laboratório de solos do INPA, especialmente a Edivaldo,
^ Karime, Jonas e Orlando pela sua amizade e colaboração.Ao setor de tecnologia de alimentos, especialmente a Dr. Lessi,
^ Sebastião e Ribamar, pela colaboração e disponibilidade do laboratório.
^ Ao pessoal da secretaria da CPEC, especialmente a Walmira, Carlos,
% Lourival e João, pela amizade e colaboração.
Aos meus amigos Erika, Geize, Cláudio, Eva, Joane e Socorro, pela sua
amizade e colaboração.
^ Aos meus colegas do curso. Vivi, Paty, Nivia, Fabiana, Fabíola, Adriana,
^ Thiago, Fernando, Cris, Rodrigo e Álvaro, pela amizade, companheirismo ecolaboração durante o curso.
A todos aqueles que, direta ou indiretamente, colaboraram e
contribuíram na realização e conclusão deste trabalho.
Fonte financiadora: Projeto LBA - Embrapa/ Cornell University ND-04
"Estoques de Carbono e Nutrientes e Dinâmica da Água em PastagensAbandonadas e Sistemas Agrofiorestais na Amazônia Central".
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% III. LISTA DE APÊNDICES XI
SUMARIO
LISTA DE FIGURAS IX
LISTA DE TABELAS X
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^ IV RESUMO XIII
^ V ABSTRACT XIII%
% 1. INTRODUÇÃO 1
2. OBJETIVOS E HIPÓTESES 10
% 3. MATERIAIS E MÉTODOS 11
3.1. Área de estudo 11
3.2. Delineamento experimental 13
% 3.2.1. Preparação do adubo orgânico (parte 1) 13
^ 3.2.2 Experimento de comparação de adubos:
^ orgânico X mineral 18
^ 3.3. Preparação dos canteiros 19
3.4. Coleta de amostras e umidade do solo 21
3.5. Análises bioquímicas e químicas do solo 22
3.5.1. Nutrientes da biomassa microbiana 23
3.5.2. Atividade microbiana 24
3.5.3. Análises químicas 25
3.5.3.1. Carbono orgânico 25
3.5.3.2. N e P disponíveis 25
3.5.3.3. Nutrientes na solução do solo 26
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3.7. Análises estatísticas 28
4. RESULTADOS 29
^ 4.1. Processo de compostagem orgânica 29
3.6. Desenvolvimento vegetal e produção das plantas-teste . 27
^>1
4.2. Experimento com adição de adubos orgânico e mineral. 33
^ 4.1.2. Carbono orgânico e nutrientes 29
^ 4.2.1. Carbono orgânico e nutrientes disponíveis no
^ solo 33
4.3. Nutrientes lixiviados no solo 39
^ 4.4. Biomassa e atividade microbiana 43
4.5. Desenvolvimento vegetal (plantas- teste) , 47
^ 4.5.1. Altura das plantas-teste e biomassa vegetal 47
4.5.2. Nutrientes nas folhas 51
4.6. Produção do pimentão 52
5. DISCUSSÃO 54
^ 5.1. Evolução de carbono orgânico e nutrientes no processo decompostagem 54
^ 5.2. Carbono orgânico e nutrientes disponíveis no solo na> aplicação de adubos orgânicos e minerais 56
5.3. Perdas comparativas de nutrientes: adubo orgânico Vs.Adubo mineral 58
5.4. Estoques de nutrientes na biomassa microbiana naaplicação de adubo orgânico e mineral 60
5.5. Desenvolvimento vegetal (plantas-teste) 61
5.5.1. Altura das plantas 61
5.5.2. Biomassa vegetal 61
5.5.3. Nutrientes nas folhas 63
5.6. Produção de pimentão 64
1
■i5.7. Benefícios gerais da adubação orgânica 65
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2 6. CONCLUSÕES 687. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 69
8. APÊNDICES 77
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Ciclagem de nutrientes no solo.
Figura 2 Fases de acúmulo, equilíbrio e destruição da matéria orgânica.
Figura 3 Localização geográfica da área de estudo.
Figura 4 Delineamento experimental do experimento 1 (compostagem).
Figura 5 Foto da preparação da compostagem de resíduos orgânicos.
Figura 6 Delineamento experimental com cinco repetições de blocos aoacaso, e detalhes da instalação dos canteiros e coletores deágua do solo.
Figura? Foto do experimento de comparação dos adubos orgânico emineral, usando pimentão (Capsicum sp.) como plantas-teste.
Figura 8 Evolução da relação C/N, e as concentrações nutrientes duranteo processo de compostagem de 150 dias.
Figura 9 Evolução das concentrações de carbono e nutrientes numLatossolo amarelo, após fertilização, durante 92 dias deexperimento.
Figura 10 Gráfico de regressão linear simples, para a concentração de deN-total do solo (g/kg) em função do teor de carbono orgânico nosolo (g/kg), a os 92 dias após à fertilização.
Figura 11 Quantidades acumuladas de nutrientes lixiviados em kg ha~\durante os 90 dias do experimento.
Figura 12 Quantidades de carbono estocado na biomassa microbiana(pg/g) solo, após 17,47 e 90 dias do início do experimento.
Figura 13 Quantidades de nitrogênio estocado na biomassa microbiana(pg/g solo), em quatro períodos específicos ao longo dos 90 diasdo experimento.
Figura 14 Quantidades de fósforo estocado na biomassa microbiana(pg/g'^ solo), em quatro períodos ao longo dos 92 dias doexperimento.
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Figura 15 Evolução da atividade microbiana durante os 92 dias doexperimento.
Figura 16 Gráficos de regressão linear simples, representando adependência do atividade microbiana (ug C-C02/g solo) emfunção da quantidade de carbono orgânico no solo e do teor decarbono microbiano.
Figura 17 Incremento da altura das plantas-teste {Capsicum sp.) em cm,durante 76 dias após o transplantio.
Figura 18 Biomassa vegetal e suas proporções (%) das biomassas defolhas, talos e de raízes nas plantas-teste.
Figura 19 Produção de frutos de pimentão (plantas-teste) em t ha'^ dematéria úmida, no final de 105 dias de coletas após otransplantio.
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Teor de nutrientes do solo (na camada 0-10 cm) próxima à áreade estudo.
Tabela 2 Teores iniciais de nutrientes (g/kg) e de carbono (%) dosdiferentes materiais orgânicos utilizados para a preparação docomposto orgânico.
Tabelas Composição dos três diferentes tratamentos no preparo doadubo orgânico pelo processo de compostagem.
Tabela 4 Umidade (%) e quantidade de materiais (kg de matéria seca),adicionados na preparação do composto orgânico, com as suasrespectivas proporções (%) em cada tratamento.
Tabela 5 Quantidades e formas de adubos, químico e orgânico,adicionados nos diferentes tratamentos.
Tabela 6 Resumo dos resultados das análises de variância quemostraram diferenças significativas entre os tratamentos.
Tabela 7 Caraterísticas químicas dos três compostos orgânicos testados(completo, completo- esterco, completo+minhocas).
Tabela 8 Resumo dos resultados das análises de variância quemostraram diferenças significativas entre os tratamentos, paraas concentrações de 0 e nutrientes no solo.
Tabela 9 Teores de carbono, N (g/kg), P (mg/dm^), }iC*, Mg^^ e Ca^"^(cmolc/dm^) no solo, nos diferentes tratamentos a os 47 diasapós fertilização.
Tabela 10 Médias e desvios-padrâo das quantidades totais de nutrientesinorgânicos lixiviados (kg ha~^) durante 90 dias do experimento.
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Tabela 11 Resumo dos valores das análises de variância dos nutrientestotais lixiviados em 90 dias que mostraram diferençassignificativas entre os tratamentos.
Tabela 12 Resumo dos valores das análises de variância da biomassamicrobiana no solo após 47 dias da fertilização, que mostraramdiferenças significativas entre os tratamentos.
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Tabela 13 Teores de C e nutrientes (N e P) estocados na biomassamicrobiana (/ig/g de solo) e da atividade mícrobiana (/xg C-COa/gde solo) a os 47 dias após fertilização.
Tabela 14 Altura das plantas, e das biomassas aérea, de talos, folhas eraízes (g) das plantas-teste no final do experimento (76 diasapós o transplantio.
Tabela 15 Resumo dos resultados das análises de variâncía dodesenvolvimento vegetal do pimentão, que mostraramdiferenças significativas entre os tratamentos.
Tabela 16 Resumo das análises de variâncía das concentrações denutrientes nas folhas das plantas-teste, na época da floração (30dias após transplantio), que mostraram diferenças significativasentre os tratamentos.
Tabela 17 Teores de nutrientes (g/kg) nas folhas das plantas-teste, no finaldo período de floração.
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RESUMO
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%^ o sistema tradicional de produção na região amazônica, associado ao
manejo inadequado dos solos, provocam a deterioração das propriedades
físicas e perdas progressivas da matéria orgânica e nutrientes do solo em■% pouco tempo. Para investigar os efeitos da adição de matéria orgânica ao solo,
e sua contribuição na recuperação da produtividade dum solo sob pastagem(Qt abandonada, foi desenvolvido um experimento na Estação Experimental da^ Embrapa/CPAA, Manaus. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso
com cinco repetições. Foram utilizados tratamentos com adubação orgânica,adubação química, adubação orgãnica+química e controle (sem adubação),
(| plantando-se mudas de pimentão {Capsicum sp.) como plantas-teste. A curtoprazo (três meses), foram avaliados: o C orgânico do solo, a biomassamicrobiana-C, N e P do solo, as concentrações de nutrientes disponíveis nosolo e lixiviados na solução do solo, bem como o desenvolvimento e a
produção das plantas-teste. A biomassa e a atividade microbiana forammaiores sob adubação orgânica, bem como as quantidades de C, N, e P
^ estocados na biomassa microbiana. As quantidades de nutrientes disponíveisno solo foram maiores na fertilização mineral (1,32 g/kg de N-NOa", 0,025 g/kgde NH4'^ e 0,58 g/dm^ de P2O5) e quando foram combinados o aduboorgânico+químico (1,25 g/kg de N-NOa", 0,012 g/kg de NH4'" e 0,68 g/dm^ deP205)- Porém, as perdas de N-NOa" e N-NH4^ totais por lixiviação, foramtambém maiores com a fertilização mineral (35,2 kg ha"^ de N-NOa" e 58,6 kgha'^ de N-NH4^), diminuindo com a combinação dos adubos orgânico e mineral(25,7 kg ha"^ de N-NOa" e 31,1 kg ha"^ de N-NH4*); e tornando-se mínimasquando foi aplicado somente o composto orgânico (9,3 kg ha"^ de N-NOa" e 7,7kg ha'^ de N-NH4^). A maior produção de pimentão foi verificada no tratamentocom adubação orgãnica+química (10,4 t ha"^), seguido pelo tratamento comadubação orgânica (6,7 t ha"^), que ainda produziu 3,5 vezes mais do que coma fertilização química (1,9 t ha"^). Portanto, sob condições experimentais decampo, o uso do composto orgânico contribuiu para a recuperação daprodutividade do solo de pastagens abandonadas, melhorando suaspropriedades microbiológicas, e disponibilizando nutrientes em quantidades
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suficientes para uma boa nutrição e produção das plantas, ao mesmo tempo
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que diminuiu significativamente as perdas de nutrientes por lixiviação.
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ABSTRACT
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The traditional cropping systems used in the Amazon region, assoclated
% with ínadequate soil management, induces a short-term degradation of the
^ physical properties of the soil and progressive losses of its organic matter and^ nutríents. Thus, the need for practices of recovering sol! properties and fertility.
In order to investigate the effect of organic ammendment of the soil, and its
contribution to the recovery of the produotivity of soils from abandoned
pastures, an experiment was established at the Experimental Station of
y Embrapa/CPAA, Manaus. The experiment was carried out under fieldconditions using a randomized block design with five replications. Four
treatments were used: (i) addition of organic fertilizar; (ii) chemical fertilizar; (iii)
organic+chemical fertilizar; and (iv) control (without fertilizar); in ali plots and
treatments, green pepper {Capsicum sp.) seediings were planted as test-plants.
Wlthin a 3-month period, several parameters were evaluated: soil microbial
biomass and its activity, microbial-C, N and P, soil concentrations of C and
available nutrients, concentrations of nutrients leached from the soil, as well
growth and production of the test-plants. Ammendment of soil with the organic
compost increased soil organic carbon, soil microbial biomass and activity, as
well the amount of microbial-N and P. Nutrient availability was greater under the
treatment with mineral fertilizar (1.32 g/kg of NOa^N, 0.025 g/kg of NHAN and
0.58 g/dm^ of P2O5), foilowed by the treatment with the combination of fertilizar
organic+chemical fertilization (1.25 g/kg of NOa^-N, 0.012 g/kg of NH^N and
0.68 g/dm^ of P2O5). The losses of NOa' and NH4^-N leached from the soil were
largar under the treatment with mineral fertilization (35.2 kg ha"^ of NOa'-N and
58.6 kg ha'^ of NH4*-N); losses decreased with the combination of the organic
^ and mineral fertilizers (25.7 kg ha'^ of NOa"-N and 31.1 kg ha"^ of NH4^-N), and
^ were minimum when only organic compost was appiied (9.3 kg ha'^ of NOa"-Nand 7.7 kg ha'^ of NH4^-N). The highest fruit production was measured under
the treatment with combined organic+chemical fertilizers (10.4 t ha"^), foilowed
by the treatment with organic ammendment (6.7 t ha'^), which produced 3.5
times more than the treatment with only mineral fertilization (1.9 t ha"^).
Therefore, under experimental field conditions, the use of the organic compost
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99 contributed to the recovery of productivity of soils from abandoned pastores,
^ improving soil microbiological properties, and providing available nutrients in^ quantities enough for a good nutrition and production of the test-plant and, at
% the same time, decreasing sharply the losses of nutrients by leaching.
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1. INTRODUÇÃO
® A região amazônica, que geralmente exibe uma floresta exuberante sobreW
um dos solos mais pobres e lixiviados da terra (Sioli, 1991), corresponde à maior
Cêextensão floresta tropical contínua do planeta, numa vasta região de
aproximadamente 6 milhões de km^. Desta área, a Amazônia Legal brasileira
0 representa 5,1 milhões de km^, dos quais cerca de 551.000 km^já haviam sido
desmatados até 1998 (INPE, 2001) para a implantação de cultivos anuais e, na
§ sua maior parte (90%), pastagens (Fearnside, 1998). Estas formas de uso da
terra têm sido as principais causadoras de desflorestamento acelerado na região.
^ Atualmente (2000), a taxa anual de desflorestamento é de 19.836 km^ /ano«I
5) (INPE, 2001)
^ A grande maioria das pastagens instaladas tornam-se improdutivas após^ alguns anos de uso (Teixeira et al., 1989), o que geralmente ocorre pela
deterioração das propriedades físicas e químicas dos solos que acontece
rapidamente após a derruba e queima da floresta primária (Desjardins et al.,
2000), pelo uso e manejo inadequado do solo (Costa et al., 2000). Uma
pastagem degradada é caraterizada pela diminuição da sua fitomassa, aumento
das plantas invasoras, baixa fertilidade do solo e diminuição na abundância de
^ macroinvertebrados (Desjardins et al., 2000).
No sistema tradicional de cultivo praticado pelos pequenos produtores na
região, após a derruba manual e queima da floresta segue-se um período
relativamente curto de produção agrícola, seguido por um período prolongado de
abandono ou pousio (Anderson, 1990). A produtividade cai drasticamente a partir
do segundo ou terceiro ano. A fertilidade inicial é obtida pela adição das cinzas
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resultantes da queima da vegetação derrubada, resultando na elevação da
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fertilidade, inclusive com um aumento do pH; porém, simultaneamente, ocorrem
^ a destruição de grande parte da matéria orgânica (Teixeira et al., 1989; Diez et
^ al., 1991), perdas de nitrogênio e outros elementos voláteis e o aquecimento dam
camada superficial do solo, destruindo grande parte dos microrganismos e
Ü animais que nele habitam (VolI, 1987). Com o manejo inadequado do solo, este
® perde sua fertilidade natural pela interrupção dos processos biológicos, que são
essenciais para a ciclagem de nutrientes (Swift, 1985). Consequentemente, há
uma forte queda na produtividade e estas áreas são abandonadas, formando-se
no lugar uma floresta secundária (capoeira), que em um período variável de
tempo (chamado pousio), pode recuperar as propriedades do solo nas áreas
degradadas (Fearnside, 1990).
Em ecossistemas estabelecidos sobre solos pobres e em condições de
alta pluviosidade, como os situados nos trópicos úmidos, a reciclagem de
nutrientes, ou seja, o processo em que estes são mineralizados através da
decomposição da matéria orgânica, tornando-se novamente disponíveis no
^ sistema, é o processo chave da manutenção do equilíbrio natural do ecossistema
^ (Jordan & Herrera, 1981; Santos & Grisi, 1981) (Fig 1). Para otimizar esse
processo, a floresta possui mecanismos adaptativos que permitem a retenção de
nutrientes, destacando-se entre eles o desenvolvimento de uma camada de
húmus (Jordan & Herrera, 1981; Lavelle, 1987) e uma densa e superficial
camada de raízes, que evita perdas por lixiviação (Jordan & Stark, 1978).
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Restos vegetais
e animais
Atmosfera \oríjánicos
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Nutrientes na solução imobilizaçâo nutrientes orgânicosdo solo ^ — (microrganismos)
húmus
(forma imrgânica) mineralização
iPerdas:
erosão
lixiviaçáo
Perdas (baixas):Denitrificação
Figura 1. Ciclagem de nutrientes no solo (adaptado de Cardoso, 1992; Kiehl, 1985 e
Parton etal., 1987).
A matéria orgânica do solo compreende os resíduos acumulados
provenientes de animais e vegetais, inclusive dos microrganismos, e é
indispensável para a manutenção da micro e mesovida do solo (Primavesi.
1988), representando aproximadamente 5% nos solos minerais e 35% nos solos
orgânicos. A liteira, que corresponde ao conjunto de resíduos orgânicos
principalmente vegetais, provenientes da floresta (Marino et a/., 1980; Vieira,
1988), é a principal fonte de matéria orgânica nestes ecossistemas, sendo
rapidamente decomposta pela ação de macro e microrganismos do solo (Luizão
& Schubart, 1986; Teixeira & Bastos. 1989). A taxa de decomposição da liteira
depende em grande parte da sua qualidade nutricional. que pode ser
representada pela relação C/N do material vegetal (Witkamp, 1985; Paim &
Sanchez, 1991).
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Em solos tropicais e subtropicais altamente intemperizados, a matéria
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% orgânica tem grande importância para o fornecimento de nutrientes, retenção de#
cátions, complexação de elementos tóxicos, manutenção da estabilidade da
® estrutura do solo (Jakobsen, 1996; Andreola, 2000 e Ouédraogo et al., 2001).
% Atua na produção de substâncias antibióticas que protegem as plantas de pragas
e doenças, contribuindo assim com a manutenção da sanidade vegetal (Tibau,
® 1978; Primavesi, 1988). Além disso, a matéria orgânica tem alta capacidade detfíjÇ retenção de água e nutrientes no solo, favorecendo a aeração e a atividade
^ microbiana (Boyer, 1971; Kielh, 1985; Primavesi, 1988; Nyamangara et al.,(f
tf 2001), diminuindo as perdas de nutrientes por lixiviaçâo (Jakobsen, 1996; Boring,
^ 1997), constituindo-se assim, num componente fundamental da capacidade
^ produtiva e sustentável do solo (Santos et al., 1999).
Os microrganismos (algas, bactérias, fungos, microartrópodos, etc.),
^ denominados de "biomassa microbiana" (Alexander, 1961; Brookes et al., 1985),
correspondem à parte viva da matéria orgânica do solo, excluídas as raízes e os
^ animais maiores que 5 x 10 pm. A biomassa microbiana representa 2 - 3% do
carbono orgânico (Cardoso et al., 1992) e compreende 90% da biomassa dos
organismos do solo (Coleman, 1985). Na biomassa microbiana, algumas
bactérias e as algas são autotróficas, utilizando nutrientes inorgânicos
(quimiotróficos) ou luz solar (fototróficos) como fonte de energia, enquanto que
os outros são heterotróficos, utilizando o carbono como fonte de energia. A
biomassa microbiana desempenha um papel importante nos processos de
decomposição da matéria orgânica por servir como fonte e estoque de
nutrientes (Anderson, 1980; Brookes et a/., 1985), sendo deste modo a "força
controladora" da disponibilidade de nutrientes (Coleman ef a/., 1983).
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Durante a decomposição química do substrato ocorrem os processos de
mineralização e imobilização dos nutrientes. A mineralização é a transformação
bioquímica dos nutrientes da forma orgânica (indispensáveis para a biota) para a
forma inorgânica (disponíveis para as plantas). A imobilização é a assimilação
dos nutrientes em forma inorgânica pelos organismos (Alexander, 1961). Vários
estudos têm demonstrado haver uma relação entre a biomassa microbiana e o
teor de matéria orgânica e a fertilidade (Santos et al., 1981; Grisi, 1984; Ocio et
al., 1991), fazendo dela um bom indicador de mudanças na matéria orgânica e
na fertilidade do solo (Brookes etal., 1985; Campei!, et al, 1992).
O equilíbrio no conteúdo de matéria orgânica em vegetações de alta
biomassa, como as florestas, é atingido na idade madura. Com o desmatamento,
para instalação de cultivos anuais ou pastagens, há um desequilíbrio no sistema
devido às perdas contínuas de matéria orgânica pelo manejo inadequado (Kiehl,
1985; Costa et al., 2000). Após algum tempo, o teor de matéria orgânica se
estabilizará num nível baixo, relacionado com as práticas agrícolas aplicadas.
Por outro lado sempre que compostos orgânicos são incorporados, o nível de
matéria orgânica no solo poderá elevar-se (Fig. 2).
í
Formação dosolo e floresta Floresta formada Desmatamento
e culturasCultura Adubações
orgânicas
% M.O.
,,/^úmulo de M.O em M.O em" - Equilíbriofí\j\várias aplicações
/ M.O/
equilíbrio desequilíbrio"
Tempo
Figura 2. Fases de acúmulo, equilíbrio e destruição da matéria orgânica. (Kiehl, 1985).
#
#
# 6
9
® Òevido à complexidade e à fragilidade da floresta amazônica, é clara aw
9 importância de fornecer alternativas para o uso sustentável destes solos,
9^ evitando assim, o desmatamento de novas áreas de floresta primária. Para isto,
® é necessário equilibrar os parâmetros determinantes da fertilidade e a estrutura9(§ ativa do solo, por serem ambos dependentes da atividade biológica, que é
9^ mantida à custa do desgaste da matéria orgânica, sua fonte universal de energia;
9 portanto, é indispensável a reposição da matéria orgânica consumida (Tibau,9
1978; Pieri, 1989). Isto significa, que um elemento chave para o bom
9
9 solo, que deve ser sempre levado em conta ao planejar o manejo racional do
funcionamento do ecossistema é o manejo adequado da camada superficial do
<1^"j
solo na Amazônia (Luizão et al., 1992).
Práticas como reflorestamentos, sistemas agrofiorestais e enriquecimento
das capoeiras, têm-se mostrado ferramentas úteis para a recuperação e
reaproveitamento de áreas degradadas e abandonadas. Da mesma forma.
^ práticas de manejo ecológico com incorporação de matéria orgânica por meio de
adubação verde, cobertura morta e adubação orgânica contribuem na
manutenção da fertilidade do solo a longo prazo (Kiehl, 1985; Primavesi, 1988).
Nos sistemas agrofiorestais, o uso de cercas vivas com leguminosas de rápido
crescimento, como a Glirícidia sepium, que são regularmente podadas e
incorporadas aos sistemas como adubo verde, pode representar uma parte vital
no balanço de matéria orgânica e nutrientes dos mesmos (Gallardo et al., 1999).
Outros estudos mostram aumentos significativos na produção dos plantios,
quando é adubado com compostos orgânicos (Cardoso et al., 1998; Ribeiro et al,
2000; Ouédraogo, 2001).
7
Outras práticas de manejo conservacionlstas importantes, são os sistemas
#
9
9
9
9
9
9 baseados na maior produção e deposição de liteira e uso de espécies vegetais9^ diversificadas. Isto beneficia o funcionamento do sistema biológico duma
^ maneira mais próxima àqueles dos ecossistemas naturais (Luizão et ai., 1999).
(§ Uma forma eficiente de incorporar matéria orgânica é pelo uso de
<9^ compostos orgânicos obtidos através da compostagem de resíduos orgânicos
® (Tibau, 1978; Barretto, 1985). Este processo elimina substâncias e patógenos(§
que podem prejudicar as plantas e acelera a decomposição da matéria orgânica
lábil, de fácil decomposição (Bemal et al., 1998), mantendo o equilíbrio da
atividade microbiana, evitando deste modo o chamado "priming effect", que pode
acontecer quando são adicionados resíduos orgânicos sem ser previamente
tratados, que podem indisponibilizar temporariamente os nutrientes às plantas.
O processo de compostagem consiste na decomposição dos materiais
orgânicos por populações microbianas existentes nos próprios resíduos, sob
condições controladas, produzindo um material parcialmente estabilizado e de
^ decomposição lenta e contínua, quando em condições favoráveis (Lambais,
1992). A incorporação de minhocas após a compostagem dos resíduos
orgânicos resulta no melhoramento da qualidade química destes; neste caso, o
produto final é chamado de vermicomposto (Landgraf et al., 1999; Jeyabal et al.,
2001).
Muitos estudos têm mostrado resultados positivos da incorporação de
compostos orgânicos na produtividade e sustentabilidade de cultivos agrícolas
em pequena escala (Silva, 1991; Vidigal, 1997; Cardoso et al., 1998; Sediyama,
1998; Ribeiro, 2000). Isto resultaria do controle da matéria orgânica na
disponibilidade de nutrientes e da absorção destes pelas plantas (Sediyama, et
<r%
/
al., 1998; Ribeiro, et ai., 2000), permitindo o uso eficiente dos recursos sem
#
9
9
9
9
9
9 diminuir a produção e a qualidade nutricional dos produtos, sem um acúmulo
9^ excessivo de nutrientes, que pode prejudicar a saúde humana. Também ocorrem
^ incrementos significativos nos teores de matéria orgânica e da biomassa9
9 microbiana do solo (Powlson, 1987; Goyal et al., 1992; Masciandaro, 2000).
9A importância do estudo dos compostos orgânicos está na possibilidade
® de recuperação biológica e sustentabilidade dos solos de pequenas áreas
agrícolas sem a necessidade de aplicação de fertilizantes químicos, utilizados
inadequadamente na agricultura convencional. Atualmente, esta tem sido uma
(§ preocupação mundial, pelo impacto e possíveis prejuízos causados à água e à
atmosfera (Smith et al, 1990; Leite, 1993). Com freqüência, estes são aplicados
em altas concentrações, especialmente compostos nitrogenados, com um alto
risco de contaminação dos cursos de água, por serem facilmente lixiviados no
^ serão maiores em áreas com alta pluviosidade, como é o caso da Amazônia.
perfil do solo (Diez et al., 1997; Insam et al., 1995); provavelmente estes efeitos
Ao contrário, a agricultura orgânica apresenta uma tendência de conservar
a fertilidade do solo e menores perdas de nutrientes por lixiviação, mantendo a
estabilidade do sistema (Boring et al., 1997; Rigby et al, 2001). Com a
incorporação de quantidades adequadas de matéria orgânica no solo na forma
de composto orgânico, provavelmente evitar-se-iam muitos abandonos das
^ terras cultivadas e novos desmatamentos da floresta amazônica. Nesta região,
os fertilizantes minerais, além de custosos, são trazidos de longas distâncias, ao
passo que os compostos orgânicos podem ser obtidos a partir de resíduos
animais e vegetais produzidos e/ou descartados localmente. No caso de SAFs,
as cascas de frutos (como cupuaçu), os restos de palmeiras cortadas para
»
t
# 9
#
d^ extração de palmito e as folhas e ramos finos das cercas vivas são exemplos de
# materiais disponíveis para compostagem. A melhoria da fertilidade e o aumento
^ da sustentabilidade do solo vão melhorar a qualidade de vida do produtor, já que
® este poderá ter à disposição grande variedade de hortaliças para seu consumo,9
plantadas com adubação orgânica, além da venda destes e outros produtos que
9geram renda.
® Apesar dos conhecimentos da importância dos compostos orgânicos em%
todo o mundo, assim como de práticas de compostagem antigamente utilizadas
pelos índios nesta região (por exemplo, a "terra preta do índio"), são poucos os(Ç
estudos relacionados com adubação orgânica e sua valiosa contribuição na
^ recuperação e conservação dos solos da Amazônia.%
Neste trabalho, pretendeu-se comparar as quantidades de nutrientes
disponíveis no solo e lixiviados através do perfil do solo, a biomassa microbiana,
atividade microbiana, a eficiência do uso de nutrientes pelas plantas e o
desenvolvimento vegetal, em solos de pastagens abandonadas, sob adubação
orgânica e mineral, para identificar a prática de adubação que mais contribui na
recuperação e conservação da produtividade do solo.
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2. OBJETIVOS
#
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9
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9
99 2.1. Geral
® Comparar os fluxos de nutrientes no solo sob adubação orgânica e mineral,
9 Identificando a prática de adubação que mais contribui na recuperação e9^ conservação da fertilidade de um Latossolo Amarelo de pastagem degradada.
9(§ 2.2. Específicos
9^ • Comparar o efeito da aplicação de adubos orgânico e mineral sobre a
® lixiviação dos nutrientes no solo.
(ft • Comparar os efeitos da adição de fertilizantes orgânicos e mineral sobre
a atividade microbiana e 0, N e P estocados na biomassa microbiana.
• Comparar o efeito da adição do adubo orgânico e mineral sobre o
^ crescimento, nutrição e produtividade de plantas-teste.
Hipóteses
1, As quantidades de C, N e P presentes nos adubos orgânicos aumentam a
atividade microbiana, disponibilizando estes nutrientes no solo para as plantas,
melhorando a nutrição e a produção destas.
2. Os nutrientes potencialmente disponíveis na biomassa microbiana são
estocados no solo, diminuindo as perdas de nutrientes por lixiviação, nos solos
sob adubação orgânica.
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9
9
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9 (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Centro de Pesquisa
(f
9 SUFRAMA, no km 53 da rodovia BR-174, que iiga Manaus a Boa Vista
11
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Área de estudo
O estudo foi desenvolvido na Estação Experimentai da Embrapa/CPAA
Agrofiorestal da Amazônia Ocidental) situada no distrito Agropecuário da
9 (Fig. 1). A estação experimentai está iocalizada entre as coordenadas 2°
® 31' a 2° 32' 8 e 60° 01' a 60° 02' W (Souza, 1995).
t O clima da região é tropical úmido e quente, com precipitação média
^ anual de 2500 mm, temperatura média anual de 24 a 26 °C e umidade
relativa do ar de 80 a 93% (Ribeiro & Adis, 1984). O solo predominante
desta região de terra firme é o Latossolo Amarelo (Oxisol), com alto teor de
^ argila (> 60%), baixos níveis de nutrientes, baixa capacidade de troca de
^ cátions, pH muito ácido (4,0 - 4,5) e alta saturação de alumínio (Sanchez,
1976; Teixeira & Bastos, 1989).
Tabela 1. Teor de nutrientes do solo (na camada 0-10 cm) próxima à áreade estudo.
^N C P cã^
g/kg mg/drí? c.molc/dm^
0,64 20,3 1,0 6,0 0,11 0,02
Fonte: Embrapa /CPAA (2001).
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^Manaus: •"^'1
Imagem MAO (LANSAT 7 BAND 345 RGB) 1984
Figura 3. Localização geográfica da área de estudo.
r^.7
densa de terra firme, foi derrubada e queimada; o preparo da área foi feito
#
«
# 13(B^ As pastagens abandonadas da Estação Experimental (cerca de 300 ha),
# de onde foi coletado o solo para ser utilizado no experimento, foram
#^ implantadas em 1977. A vegetação primária existente, floresta úmida e
(»manualmente, sem o uso de maquinaria agrícola. A espécie de capim
® utilizada foi Brachiaria humidicola (Rendie) Schweikerdt, conhecido comoW
% "capim quicuio-da-Amazônia". Utilizou-se baixa intensidade de pastejo%
durante 5 anos; as pastagens foram diminuindo gradativamente sua
m^ produtividade pela falta de manejo adequado, sendo abandonadas após 10% anos de uso. Na década de 1980, parte desta área também foi cultivada
%^ com coqueiros, e as plantas de ingá eram abundantes. No local de coleta,
após a retirada do gado, a manutenção da pastagem foi feita por meio de
capinagens com podadeira mecânica.
3.2. Delineamento Experimental
Este trabalho foi dividido em duas partes:
PARTE 1. Preparação do adubo orgânico pelo processo de com postagem, com
a seleção da melhor fórmula para aplicação posterior.
PARTE 2. Instalação de experimento em canteiros com a utilização de: adubo
orgânico (preparado na parte 1); fertilizante químico; e combinação de
fertilizantes (orgânico e químico).
3.2.1. FARTEI. Preparação do adubo orgânico
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com três
tratamentos e três repetições, em canteiros cobertos (Fig. 4).
(%
1
i%
(I
1
1
%
1
%
BLOCOS
TI T3 TI
T3 TI T2
T2 T2 _,T3:J
1 2 3
14
Cobertura
'91
I9S,
Figura 4. Delineamento experimental do experimento 1 (compostagem).
Para a preparação do adubo orgânico pelo processo de compostagem,
foram seguidas as recomendações sugeridas por Borges (1959), Tibau (1978) e
Kiehl (1985). Foram feitos três canteiros no solo, de 1 m de largura por 1,75 m
de comprimento e 0,50 m de profundidade abaixo da superfície do solo. Cada
canteiro foi dividido em três partes com tratamentos diferentes, separados por
tábuas de madeira (Fig. 4).
Foram testados três tratamentos diferentes (Tab. 2), com o objetivo de
produzir um adubo orgânico de boa qualidade química (macronutrientes).
Procurou-se utilizar materiais orgânicos que fossem relativamente fáceis de
coletar na região (Tab. 3), econômicos e na composição das misturas
apresentassem todos os macronutrientes, para evitar a deficiência algum destes
elementos durante o experimento. Para isto foram feitos cálculos aproximados
da composição química das misturas e da relação C/N em relação à quantidade
adicionada de cada material (Tab. 4). Entre estes, foram selecionados a
serragem de madeira, folhas e galhos finos de leguminosa (Gíiricidia sepium)
(esta por encontrar-se como cerca viva nos sistemas agrofiorestais da área de
#
# 15(d^ estudo 0 por ser rica em nitrogênio), resíduos de peixe (obtidos em frigoríficos),
# esterco de galinha, casca de cupuaçu triturada e cinzas de madeira.
® Tabela 2. Teores iniciais de nutrientes (g/kg) e de carbono (%) dos diferentes materiaisorgânicos utilizados para a preparação do composto orgânico.
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^ MATERIAL N P Cã"^ Mg^'^ C CTn
m
®
^ com espessura de 15 cm cada uma, exceto a serragem de madeira (10 cm) e
. n/ líTi ______- g/ Kg
Serragem de madeira 0,48 0,15 0,83 2.57 0,45 627 1306
Casca de cupuaçu 5,98 0,60 10,2 1,33 0,69 389 65
Folhas de gliricidia 29,8 1,95 13,7 5,81 2,79 529 17
Cinzas de madeiras 5,04 1,53 4,68 28,8 2,18 219 44
Esterco de galinha 15,5 6.5 10,2 15,0 8,0 310* 20
Resíduo de peixe 40* 50* - - - 295* 7
Os materiais foram dispostos em camadas alternadas de material vegetal
cinza (2 cm), intercaladas por material de origem animal (resíduo de peixe ou
esterco de galinha) com espessura de 5 cm, até alcançar 1 m de altura. Por
último, colocou-se uma cobertura de plástico transparente numa altura de 2 m
f-. sobre os canteiros, com a finalidade de proteger estes da chuva e controlar a
umidade.
Tabela 3. Composição dos três diferentes tratamentos utilizados para o preparo doadubo orgânico pelo processo de compostagem.
Tratamentos Materiais utilizados
TI Serragem de madeira, resíduo de peixe, cinza.leguminosa (Glirícidia), casca de cupuaçu eesterco de galinha (completo).
T2 Completo - esterco de galinha.
T3 Completo + adição de minhocas do tipocaliforniana {Eisenia foetida).
(T)
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n
1
AT-.
Materiais umidade (%) Matéria seca (kg) Proporção (%)
«
® 16
^ Tabela 4. Umidade (%) e a quantidade de materiais (kg de matéria seca), adicionados® na preparação do composto orgânico, com as suas respectivas proporções (%) em
peso, em cada tratamento.
«
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%
m
m
%
%
TI T2 T3 TI T2 T3
Serragem de madeira 14,3 20,2 20,2 20,2 11,6 15,1 11,6
Estéreo de galinha 39,0 70,1 0 70,1 40,4 0 40,4
Cinzas de madeira 3.0 9,7 9,7 9,7 5,6 7,2 5,6
Casca de cupuaçu 13.7 46,2 46,2 46,2 26,6 34,5 26,6
Resíduos de peixe 60,0 20,2 50,6 20,2 11,6 37,7 11,6
Leguminosa (Gliricidia) 67
® A incorporação de minhocas no tratamento 3 (2 kg), aconteceu quando a
^ temperatura dos canteiros (elevada pela fermentação dos materiais orgânicos)
diminuiu para 28 °C (final da com postagem). O uso de minhocas, tem a função
,2 7,2 7,2 7.2 4,2 5.4 4,2
de humificar e disponibilizar ainda mais os nutrientes presentes no material
com postado.
Durante o processo de com postagem foram feitas medições de
temperatura para acompanhar o processo fermentativo e a atividade dos
microrganismos. Uma vez por semana, cada canteiro foi regado com 10 L de
água para manter a umidade apropriada (60 %). O material nos canteiros foi
revirado a cada duas semanas, para permitir a oxigenação (fermentação
aeróbica). Também foram realizadas coletas de material em decomposição após
15, 30, 60, 90 e 120 dias do início da compostagem, para monitorar as
mudanças nas propriedades químicas durante o processo de compostagem. O
composto orgânico foi considerado estabilizado quando o material compostado
adquiriu a temperatura ambiente (28-30 °C). A queda da temperatura indica que
a atividade microbiana diminuiu; os microorganismos já mineralizaram grande
#
t
17
parte do carbono orgânico inicial, e os nutrientes presentes no material orgânico,
tornam-se disponíveis para as plantas.
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Figura 5. Foto da preparação da compostagem de resíduos orgânicos.
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18
3.2.2. PARTE 2. Experimento de comparação dos adubos: orgânico x
mineral.
O delineamento experimental no segundo experimento foi o de blocos ao
acaso com cinco repetições, em parcelas suspensas (canteiro em caixas de
madeira) com área de 1 m^. 0,30 m de altura e distância do solo de 0,50 m
(Fig. 6). No total, foram estabelecidas 20 parcelas com quatro tratamentos
(Tab. 2).
BLOCOS
3
0,30 m
Coletor de
solução do
olo
tPlantas-teste
O m
2 m
Solo de pastagemSolo
Figura 6. Delineamento experimental com cinco repetições de blocos ao acaso, edetalhes da instalação dos canteiros e coletores de água do solo.
%
#
• 19A
_ Tabela 5. Quantidades e formas de adubos, químico e orgânico, adicionados nos# diferentes tratamentos.
»
9 TratamentoUréia Superfosfato KCI Composto Calcário
,-r;.
— g/m^ kg/m^ g/m^
T1 (controle: sem adubação) - - - - **200
T2 (adubação orgânica) - - - **3 200
T3 (adubação mineral) *100 *200 *200 - 200
T4 (adubação orgânica + 100 200 200 1,5 200
«
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® adubaçâo mineral)* Fonte: Fonseca &Angell0ti (1986).
(Q ** Fonte: Departamento de Agronomia-IN PA.
® 3.3. Preparação dos canteiros
Para a preparação do substrato nos canteiros suspensos, foi coletada uma
grande quantidade de solo dos primeiros 30 cm de profundidade de um
Latossolo Amarelo de uma pastagem abandonada (solo degradado) da área de
estudo (Estação da Embrapa/CPAA). O solo foi misturado e homogeneizado
para formar uma amostra composta, a qual foi utilizada no estabelecimento de
f% todas as parcelas. O solo preparado foi adicionado aleatoriamente nas parcelas.
sob condições de campo, sem cobertura ou adição de água.
O composto orgânico selecionado no experimento 1 (completo com adição
de minhocas), foi incorporado ao solo, na dosagem de 30 t/ha de composto
úmido, na cova e na superfície, 15 dias antes do plantio. Os adubos químicos,
superfosfato triplo e cloreto de potássio, foram adicionados ao solo em sulcos
(50 g/planta: equivalentes a 396 kg P/ha e 996 kg K/ha), um dia antes do
transplantio. A uréia foi aplicada na dosagem de 100 kg/parcela (460 kg de
O
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-r.
I
20
N/ha), divididas em 5 vezes (20 g/parcela por vez), um dia antes do transplantio
#
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# e aos 7,15, 30 e 60 dias após o transplantio.
•^ Para a correção do solo com calcário dolomítico, foram utilizadas 2 ton/ha
® (200 g por parcela, adicionadas na superfície do solo 30 dias antes do(•(0 transplantio). Estes valores correspondem às doses de fertilizantes
recomendadas para o tipo de cultivo escolhido neste experimento (pimentão), no
# Departamento de Agronomia do IMPA e Embrapa para solos com baixas#m concentrações de nutrientes. O pimentão (Capsicum sp.) é considerado uma
^ região tropical úmida, pelo Departamento de Agronomia do IMPA. As mudas, que
germinaram num substrato rico em matéria orgânica e nutrientes, foram
hortaliça que tem boa resposta à adição de fertilizantes químicos e orgânicos.
Neste caso, foram utilizadas mudas de pimentão do gênero Capsicum variedade
HP-12 (Noda, 1997), melhorado geneticamente para as condições ambientais na
transplantadas para as parcelas 35 dias após a germinação, funcionando como
plantas-teste, para medir o efeito dos diferentes tratamentos sobre o solo e a
nutrição das plantas. Foram também feitas análises químicas para conhecer o
conteúdo de nutrientes nas plantas e, assim, determinar o estado nutricional
destas.
Passados 30 dias de incubação do solo, foi realizado o transplante das
mudas de pimentão . Após 3 dias foi feita a primeira coleta de solo, para medir
os teores totais de C, N e P estocados na biomassa microbiana do solo e
lixiviados no perfil do solo, bem como a atividade microbiana no solo.
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Figura 7. Foto do experimento de comparação dos adubos orgânico e mineral,usando pimentão {Capsicum sp.) como plantas-teste.
3.4. Coleta de amostras e umidade do solo
Foram realizadas amostragens de solo quatro vezes após a implantação do
experimento: 3 dias depois do transplantío das mudas; 2 semanas após a
primeira coleta; na época da floração; e na época da frutificação das plantas-
teste. Para as amostragens de solo foram utilizados cilindros metálicos usados
para testes de densidade aparente, os quais são pequenos, práticos e facilitaram
o processo de amostragem. Para evitar efeitos mais fortes da tradagem, o
canteiro (1 m^) foi subdividido em quatro sub-canteiros de 50 x 50 cm,
selecionando-se ao acaso um deles a cada amostragem, fazendo-se quatro
tradagens no sub-canteiro selecionado (ao acaso, por sorteio da posição) para
formar uma amostra composta. Cada amostra de solo foi homogeneizada e
#
• 22% colocada em saco plástico devidamente identificado e transportada para ow
• laboratório. De imediato, foi realizada a pesagem de solo para estimar a
•^ umidade (com retirada das raízes) e feita a extração das amostras (em duplicata)
® para determinações de C, N e P da biomassa microbiana e de atividade
% microbiana. Uma pequena parte (10 g) de solo fresco foi utilizada para
%] determinar a umidade gravimétrica do solo (24 horas a 105 °C), utilizando-se a
% seguinte fórmula:
y
O
fC-.
onde:
% U= (Pu-Ps/Ps)x 100
U= umidade gravimétrica
Pu = Peso úmido do solo
© Ps = Peso seco do solo
O restante de solo das amostras foi colocado em bandejas de isopor ou
plásticas para secar ao ar. Uma vez seco, o solo foi triturado com rolo de
P» madeira e passado em peneira granulométrica de 2 mm, sendo guardado em
'' sacos plásticos para posteriores análises químicas.
3.5. ANÁLISES BIOQUÍMICAS E QUÍMICAS DO SOLO
As análises bioquímicas das amostras foram realizadas, com o solo ainda
fresco, no laboratório de Bioquímica do Solo do Departamento de Ecologia do
IMPA. As análises de nutrientes do solo, da solução do solo e nutrientes nas
plantas, foram feitas no laboratório de solos e plantas da Embrapa/CPAA.
# Para estimar C. N e P na blomassa microblana do solo, foi usado o método
23
3.5.1. Nutrientes da Biomassa Microblana
#
'9
9
n
o
da fumigação-extraçâo com clorofórmio (Vance et ai, 1987a), considerado como
o mais indicado para as condições ácidas dos solos tropicais (Vance et ai,
1987b; Pfenning et ai, 1992). O princípio básico do método da fumigaçâo-
extração consiste na morte dos organismos da microbiota do solo pela
® fumigação com clorofórmio (CHCI 3) isento de álcool, durante 24 horas, que%
quebra as células dos microrganismos e libera os nutrientes contidos nas
® células.e
# Para a extração do carbono e nitrogênio microbiano foi utilizada a
^ metodologia de Brookes et ai (1985b), onde o carbono é extraído com 0,5 N
^ K2SO4 Após a extração, foi feita a digestão com dicromato de potássio e uma
mistura ácida de H2SO4 + H3PO4 na proporção 2:1. O excesso de dicromato não
oxidado foi titulado com sulfato ferrroso amoniacal. Para o cálculo do C dar^.
^ biomassa foi utilizada a seguinte equação:Or., * Bio-C = 2,64* (CO2 NF - CO2F).
Bio-C= Carbono da biomassa microbiana.
2,64= Constante (Kc) de mineralização do Carbono (Vance et al., 1987).
CO2NF = Volume de sulfato ferroso amoniacal utilizado para titular a
amostra não-fumigada (sem clorofórmio).
C02F= Volume de sulfato ferroso amoniacal utilizado para titular a amostra
fumigada (com clorofórmio).
A extração de nitrogênio da biomassa microbiana foi feita logo depois da
extração com clorofórmio, aproveitando-se o mesmo extrato de carbono da
biomassa microbiana (com K2SO4). A determinação foi feita pelo método l^eldahl
#
#
#
# ácido suifúrico, seguida por destilação com NaOH a 40% e titulação com HCI
24
(Bremner & Mulvaney, 1982), efetuando-se uma digestão com solução ácida de
'.J"
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IT-'.
0,02 N. O ponto final da titulação é determinado pelo aparecimento de uma
coloração avermelhada. Os resultados foram convertidos a biomassa-N (Brookes
etal., 1985) pela seguinte fórmula:
Bio-N (|xg N/g solo) = F- NF0,54
F= Nitrogênio total das amostras fumigadas
NF= Nitrogênio total das amostras não fumigadas
Fator Kn = 0,54 (fração de Bio-N mineralizada) (Brookes etal., 1985b)
Para a extração de fósforo da biomassa microbiana foi utilizado o mesmo
^ princípio da fumigação-extração. A extração foi feita com bicarbonato de sódio
(NaHCOa) 0,5 M e para a determinação foi utilizada a metodologia de Brookes et
aí. (1982), utilizando-se um colorímetro num comprimento de onda de 882 nm. A
O quantidade de biomassa-P foi calculada usando a seguinte fórmula:Or% Bio-P (mg de P/dm^ de solo)= (B-F) - (B-NF) x FD x FC x 0,33
B= Branco da amostra
j
F= Fósforo total das amostras fumigadas
NF= Fósforo total das amostras não fumigadas
FD= Fator de diluição
FC= Fator da curva
3.5.2. Atividade Microbiana
A atividade microbiana no solo foi avaliada quatro vezes durante o
experimento: 3 e 15 dias após o transplantio, na época da floração e frutificação
#
«
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25
das plantas-teste. O método de análises utilizado foi o da fumigação-incubação,
# que se baseia na medição do C-CO2 liberado na amostra durante o período de
incubaçâo e estimado pelo volume de HCI gasto para trazer o pH da base
(NaOH) de 8,3 até 3,7. As amostras de solo fresco foram incubadas junto com
#
•
9
9 10 ml de hidróxido de sódio (NaOH) 1 N em frascos hermeticamente fechados a
^ 25 C durante 10 dias. O CO2 produzido é absorvido pelo NaOH e medido por
® titulometria potenciométrica com HCI 0,05 N. A quantidade de C-CO2 liberada
^ pela amostra em 10 dias de incubaçâo foi considerada como a respiração dos
microrganismos, usando-se os cálculos seguintes:15
% fjg de C-C02/g de solo = HCI gasto amostra - branco x 0,6 mg x 1000 pg/25 g
® de solo seco.
^ Onde 1 ml de HCI a 0,05 N eqüivale a 0,6 mg de C-CO2.
O^ 3.5.3. Análises Químicas
n 3.5.3.1. Carbono Orgânico
r) O carbono orgânico do solo foi determinado pelo método Walkley-BlackfS
^ (Jackson, 1958), onde o carbono orgânico é oxidado por dicromato de potássio' 1/
^ na presença de ácido suifúrico concentrado. O dicromato é colocado em excesso
em relação ao teor esperado de carbono orgânico. Titula-se o dicromato que
sobra com sulfato ferroso amoníacal na presença do indicador fenilamina. Por
diferença, calcula-se quanto (g C/ kg de solo) de carbono orgânico existe na
amostra.
3.5.2.2. N e P disponíveis no soio
Para a determinação de N mineral do solo (NH4^ e NO3") foi feita a extração
com cloreto de potássio (KCI 1M) (Maynard & Kaira, 1993 modificada). A
#
f
26
determinação foi feita no FIA ("flow injection analysis", aparelho de
espectrofotometria com injeção de fluxo contínuo).
A extração de P disponível foi realizada através do extrator Mehlich 1,
(H2SO4 0,0125 M + HCI 0,05 M). A determinação de P foi feita pelo método de
colorimetria com molibdato de amônio, na presença de ácido ascórbico (Olsen &
i^ Sommers, 1982). A leitura foi realizada num espectrofotômetro de absorção
í atômica (AAS), usando comprimento de onda de 882 nm.%
•M'
3.5.3.3. Nutrientes da Solução do Solot
9 As coletas da água da solução do solo foram realizadas desde o
^ transplantio e aplicação dos fertilizantes até o período da frutificação. Para a
^ coleta da solução do solo (água percolando através dos canteiros), foi adaptado
§ um funil plástico conectado a um lisímetro (garrafão plástico de 20 L), revestido
por um plástico preto para evitar o desenvolvimento de algas. As amostras de
^ cada canteiro foram coletadas após cada chuva, ou, na ausência de chuvas, a
^ cada 3 dias. Mediu-se a quantidade de água acumulada em cada coletor, e
foram guardados 100 ml da solução em frascos plásticos previamente
^ identificados, para as análises químicas. Após cada coleta, os lisímetros foram
lavados com solução de HCI 2% e passados duas vezes por água destilada, com
a finalidade de evitar contaminações entre os diferentes tempos das amostras.
As amostras foram congeladas e posteriormente analisadas químicamente
seguindo as metodologias do laboratório de solos e plantas da Embrapa/CPAA
(Malavolta et al, 1997). As análises foram feitas para determinar as quantidades
lixiviadas de nitrato, amónio, fósforo solúvel, potássio, cálcio e magnésio
(expressos em mg L'^ H2O) nos diferentes tratamentos.
»
27
3.6. Desenvolvimento vegetal e produção das plantas-teste
Um mês após a colocação do solo nos canteiros, foram transplantadas
quatro mudas de pimentão (Capsicum sp.) previamente germinadas num viveiro
para cada parcela. Esta planta foi selecionada por ser resistente à acidez dos
solos, a pragas e a doenças, e também por ser de ciclo relativamente longo entre
as hortaliças e apresentar um ciclo vegetativo bem demarcado. Para se obter
^ uma estimativa do desenvolvimento vegetal, foram medidos periodicamente (at^ cada semana) nas plantas; altura total, medida que foi tomada até o pecíolo da.A
ultima folha da parte superior da planta utilizando uma régua graduada; a
9 biomassa vegetal total e a biomassa radicular em cada tratamento no final do
^ experimento. Para as medidas de biomassa, as plantas-teste foram cortadas,
^ extraindo-se suas raízes do solo; estas foram lavadas com água para retirar o
solo aderido, guardadas em sacos de papel e secada em estufa a 65 °C até que
o material atingisse um peso estável. Neste mesmo material foram feitas
^ análises de N, P, \C, Ca* e Mg^ no material vegetal, seguindo-se os métodos de
^ análises da Embrapa/CPAA (Malavolta et al., 1997). Para ter uma estimativa da
A:.
r-
r-
r
r-
produção foram coletados e pesados todos os frutos de pimentão produzidos
durante o experimento.
3.7. Análises Estatísticas
Para verificar o efeito dos tratamentos (variáveis independentes) sobre as
estimativas de C, N e P na biomassa microbiana do solo (variável
dependente). Foram aplicadas Análises de variância (ANOVA). Quando
apareceram diferenças significativas, foi aplicado o teste de Tukey para
identificar onde estas ocorreram. O mesmo teste foi aplicado para ver o
#
1»
28
efeito dos tratamentos (variáveis independentes) sobre as concentrações de
carbono orgânico, P e N disponíveis no solo. Para ver a relação entre o
estoque de carbono na biomassa microbiana (variável independente) e a
atividade microbiana no solo (variável dependente) foi aplicada uma
§ regressão linear simples. Os mesmos testes (regressão linear e ANOVA)
9foram aplicados para verificar relações e diferenças das concentrações de
9 C, N e P potencialmente disponíveis na biomassa microbiana e estocados9H no solo e nutrientes lixiviados na solução do solo, para verificar se existe
9 alguma relação entre o aumento de carbono e da biomassa microbiana e a9
9 menor lixiviação de nutrientes. Para todas as análises de dados foi utilizado
9^ o programa estatístico Sigma-Stat 2.0 para Windows.
9 O teste de normalidade mostrou que alguns dados não apresentaram
distribuição normal, tomando necessário transformá-los, através da
9 aplicação de raiz quadrada e Logn. Estas transformações foram aplicada
9 em: P e K* disponíveis no solo (raiz quadrada); Biomassa microbiana-CA
(Logn); Biomassa microbiana-P (raiz quadrada); altura das plantas-teste e
biomassa radicular (raiz quadrada); P nas folhas (Logn); produção (raiz
quadrada); íC, Ca^^ e Mg^" (raiz quadrada) e carbono na compostagem
(Logn).
9
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A
A
A
29
4. RESULTADOS
4.1. Parte 1: Processo de compostagem orgânica
4.1. 2. Carbono e nutrientes
Durante o experimento da compostagem de 150 dias, com seis coletas
realizadas, os teores de carbono foram significativamente maiores no tratamento
T2 (completo - esterco de galinha), do que no tratamento T1 (completo) e 139
# (completo + adição de minhocas) (p<0,05) (Tab. 6). As concentrações de
9^ carbono no material inicial diminuíram durante a compostagem: no final do
9 experimento, o carbono inicial que era de 269 g/kg, diminuiu para 252 g/kg no9^ tratamento 71 (-6,3%), e no tratamento 73, onde a concentração inicial de 0 era
® de 234 g/k, diminuiu para 203 g/kg (-13). No tratamento 2, houve uma diminuição9
9 mais acentuada nos teores de carbono: o 0 inicial era de 393 g/kg e diminuiu
9^ para 178 g/kg (-55 %). No final da compostagem, o teor de carbono foi maior no
^ tratamento 1 (252 g/kg), seguido do tratamento 3 (203 g/kg); a menor
O concentração foi encontrada no tratamento 2 (178 g/kg). Na compostagem, a
^ relação C/N foi geralmente mais alta no tratamento 1 (28/1), mas não houve
diferenças significativas entre os tratamentos (p= 0,86).
^ Tabela 6. Resumo dos resultados das análises de variância que mostraram diferenças^ significativas entre os tratamentos (Tukey; p<0,05) para as concentrações de carbono e^ nutrientes na compostagem durante 150 dias (média de seis coletas).
Nutrientes na
compostagemn F P Diferenças encontradas
N 3 9,87 <0,01 72 >73 =71
K 3 7,31 <0,01 71 =73 >72
Mg 3 4,61 <0,01 71 =73 =72 71 > 12
C 3 5,63 <0,01 72 >71 >73 72 >71,73
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#
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A
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30
Durante o processo de com postagem de 150 dias, o N-total diminuiu em
# todos os tratamentos (Fig. 8), sendo que as maiores quedas foram encontradas•0 no tratamento 2 (61,5%), cujos teores iniciais eram de 19 g/kg e caíram para
^ 7,31 g/kg. Nos tratamentos 1 e 3, o N diminuiu de forma similar: 31% e 33%#
0 respetivamente. Os teores de N-total mais altos no final da compostagem, foram
1^ os tratamentos 1 e 3. O P-disponível aumentou em todos os tratamentos (Fig. 8),
9 porém não houve diferenças significativas entre os tratamentos (p= 0,106). O#0 aumento mais acentuado ocorreu no tratamento 2 (3500 mg/dm^), com um
® aumento de 30,9% em relação ao inicial (2674 mg/dm^); no tratamento 1, o
$ P-disponível aumentou 16,2% (teor inicial 2355 e final, 2736 mg/dm^), enquanto
^ que no tratamento 3 o aumento foi muito pequeno (4,4%); de 2292 mg/dm^ no
^ início, para 2397 mg/dm^ no final.
As concentrações de IC caíram acentuadamente durante a compostagem,
f nos tratamentos 1 (de 23 para 12 cmolc/dm^) e 3 (de 23,3 para 15 cmolc/dm^),§
^ com quedas de 48% e 36% respectivamente (Fig. 8). A exceção foi o tratamentoO
2, em que a concentração de \C foi mais alta no final da compostagem (subiu de
^ 11 para 15,3 g/dm^), com um aumento de 39%, porém este aumento não foi
estatisticamente significativo. As concentrações de Ca^^ e Mg^^ aumentaram em
todos os tratamentos (Fig. 8): para o Ca""^, houve aumentos de 46, 60 e 28% nos
^ tratamentos 1, 2 e 3, respectivamente; para Mg"^"^ os aumentos foram de 59, 47A
Cy 0 62% nos tratamentos 1, 2 e 3, respectivamente. Porém, não houve diferenças
significativas entre os tratamentos.
No final do processo de compostagem, os teores de nutrientes não
diferiram significativamente entre os tratamentos (ANOVA, p>0,05); no entanto.
31
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as concentrações de N e P no início da compostagem foram maiores no
tratamento 2 (completo- esterco de galinha).
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Dias decomposição
150
Figura 8. Evolução da relação C/N, e das concentrações de macronutrientes (N, P, IC,Ca"^"^ e durante o processo de compostagem de 150 dias, a partir dos 14 dias,quando foi feita o primeiro revolvimento do material orgânico, misturando-se ascamadas. Os vaiores são as médias de três repetições (blocos, n=3), com osrespectivos desvios-padrão representados pelas barras verticais.
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Dias de decomposição
Figura 8. (Continuação).
# 33
A qualidade química (relação C/N e macronutrientes) dos diferentes
compostos orgânicos testados, foram similares. Portanto, para selecionar o
^ adubo orgânico a ser utilizado no experimento de comparação de adubo
® orgânico com o químico, observaram-se algumas características do adubo que
% beneficiam as propriedades do solo; sendo deste modo selecionado o tratamento
3 (vermicomposto), por ser este o composto com mais avançado estado de
® humificaçâo, o que beneficia as propriedades químicas e físicas do solo (Kiehl,
H 1985) (Tab. 7), além disso, existem estudos que mostram uma ação benéfica da
® presença de minhocas no aumento da população microbiana, atribuído ao
® fornecimento de substratos assimiláveis aos microrganismos (Guerra &
^ Asakawa, 1981; Araujo-Vergara, 2000).
^ Tabela 7. Caraterísticas químicas dos três compostos orgânicos testados (completo,A completo- esterco de galinha, completo + adição de minhocas). Os valores representam
a média de 3 repetições, (blocos, n= 3).•y
a
TI 7.7 9.0 2736 12,1 8.3 6.2 252 28
T2 7,9 7.3 3500 15,3 7.5 5.9 178 24
13 7.9 8.1 2397 15 8.1 6.5 203 25
^ Tratamento pH N P K* Ca** Mg*^ C C/N' g/kg mg/dm"* cmolc/dm"' g/kg
OA
A
A
A;
c
A
A
r 4.2. Parte 2: Experimento com adição de adubos orgânico e mineral.r/
4.2.1. Carbono orgânico e nutrientes disponíveis no solor
As quantidades de carbono orgânico encontradas no soio, 47 dias após a
C apiicação dos diferentes adubos, foram mais aitas no tratamento com adubação
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orgânica, porém só diferiram significativamente do tratamento controle (ANOVA;
p<0,05) (Tab. 8).
Tabela 8. Resumo dos resultados das análises de variância que mostraram diferençassignificativas entre os tratamentos (Tukey; p<0,05), para as concentrações de C enutrientes no solo, 47 dias após aplicação dos adubos orgânicos e/ou químico.
Nutrientes nosolo
n F P Diferenças encontradas
0 5 5,37 <0,01 T2=T4=T3=T1 T2>T1
N-nitrato 5 40,9 <0,01 T3=T4>T1=T2
N- amônio 5 6,86 <0,01 T3>T4=T1>T2
N-mineral 5 28,1 <0,01 T3>T4>T1=T2
P-disponível 5 56,4 <0,01 T4=T3 =T2>T1
K" 5 52,7 <0,01 T3=T4>T2 >T1
Ca^^ 5 5,89 <0,01 T4=T3=T2=T1 T3>T1
T1= Controle T2= Orgânico T3= Químico T4= Orgânico+químico.
Dos nutrientes do solo, os teores de N-NOa", N-NH/ e K^ foram maiores
no tratamento com adubaçâo química, apresentando diferenças significativas
(ANOVA; p<0,01) dos outros três tratamentos (Tab. 8). O N-total no solo não
apresentou diferenças significativas entre os tratamentos (ANOVA; p=0,378). As
concentrações de P-disponível e Ca'"'" foram maiores no tratamento sob
adubaçâo química+orgânica, seguido do tratamento com adubaçâo química,
mas nâo diferiram significativamente (Tukey; p>0,05) em relação aos demais
tratamentos (Tab. 8); para ambos, o tratamento controle apresentou os valores
mais baixos. Nos teores de Mg, nâo houve diferenças significativas entre os
tratamentos (ANOVA; p=0,597).
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35
Tabela 9. Teores de carbono, N (g/kg), P (mg/dm^), K^, Ca^ e Mg^ (cmolc/dm^) nosolo, nos diferentes tratamentos, 47 dias após fertilização. Os valores representam amédia de cinco repetições (blocos, n=5), com os desvios-padrão entre parênteses. Asmédias seguidas por letras diferentes indicam diferenças significativas entre tratamentos(Tukey, p<0,05).
Tratamento N N-NO'' N-NH"^ P [C* Ca^^ Mg"" 0
g/kg mg/g mg/dm'' cmolc/dm"i
g/kg
1. Controle 1,18a 0,008 a 0,012 a 7,60 a 0,14 a 1,68 a 1,13a 21,4 a
(0,11) (0,004) (0,003) (2.30) (0.01) (0.09) (0.14) (1,08)
2. Orgânico 1,22 a 0,003 a 0,007 b 200 b 0,47 b 2,67 ab 1,12a 26,4 b
(0,15) (0,001) (0,001) (51,0) (0,17) (0.430) (0.17) (1,82)
3. Químico 1,32 a 0,032 b 0,025 c 579 b 1,98 c 2,96 bc 0,94 a 23,7 ab
(0,12) (0,006) (0.012) (434) (0.46) (0.55) (0.28) (2.06)
+oo
cDC<
o
1,25 a 0,027 b 0,012 ad 682 b 1,74 c 3,15 bc 1.05 a 24,5 b
químico (0,15) (0,005) (0,004) (341) (0.53) (0.81) (0.35) (1,65)
As cx)ncentrações de carbono durante os 92 dias do experimento não teve
diferenças significativas entre os tratamentos. No entanto, estas concentrações
tenderam a ser maiores no tratamento com adubaçâo orgânica, seguido do
tratamento com adubaçâo orgânica + química (Fig. 9). As concentrações de N-
NO 3 caíram drasticamente no tratamento com adubaçâo orgânica, aumentaram
nos tratamentos com adubaçâo química e orgânico+química e permaneceram
constantes no tratamento controle (Fig. 9). As concentrações iniciais de N-NH%
foram altas nos tratamentos com adubaçâo química, e orgânica+química, porém,
estas concentrações rapidamente diminuíram até ficarem similares às
concentrações nos tratamentos controle e orgânico (Fig. 9). As concentrações de
P disponível aumentaram drasticamente nos tratamentos com adubaçâo química
e orgânica+química nas primeiras amostragens (aos 3 e, principalmente, aos 17
dias); houve uma queda acentuada da concentração aos 47 dias após à
36
«
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fertilização e, aos 92 dias, as cxDncentrações mostraram um novo aumento,
# principalmente no tratamento orgânico+químico; os tratamentos com adubação
orgânica e controle permaneceram quase constantes ao longo do experimento,
com um ligeiro aumento no tratamento com adubação orgânica mais acentuado
17 dias após fertilização (Fig. 9).
As concentrações de íC foram maiores nos tratamentos químico e
® orgânico+químico, no período inicial, logo após a fertilização; no entanto,
0 diminuíram rápida e progressivamente nos períodos seguintes. No final do
® experimento, estas concentrações foram similares às dos tratamento com
© adubação orgânica e controle, que permaneceram praticamente constantes
e^ durante o experimento (Fig. 9). As concentrações de Ca aumentaram em todos
^ os tratamentos, com um pico registrado aos 17 dias após a fertilização, seguido©^ por uma diminuição de concentrações aos 47 dias, e um novo aumento aos 92
dias, quando o tratamento com adubação orgânica apresentou concentrações©
©
© similares aos dos outros tratamentos com adubação; no tratamento controle, as
concentrações permaneceram baixas durante todo o experimento (Fig. 9). As
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^ tratamento com adubação química; ao final dos 90 dias, as concentrações mais
concentrações de Mg^* mostraram uma ligeira diminuição durante o
experimento, em todos os tratamentos, sendo mais rápida e acentuada no
altas foram encontradas no tratamento com adubação orgânica (Fig. 9).
Nas regressões lineares calculadas entre os teores de carbono e
nutrientes do solo, o N-total foi o único parâmetro que aumentou
significativamente em função das maiores quantidades de carbono no solo
(n=15; r^O.749; p<0,001) (Fig. 10).
37
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Dias após fertilização
N-N0-30,06 -
E 0,04
O 0,02
Dias após fertilização
-P>0.40
ra 0,30 -
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N-NH4* ControleOrgânicoQuímicoOrg.+quím.
Dias após fertilização
Figura 9. Evolução das concentrações de carbono e nutrientes (N, N-NO 3, N-NH4'^, P,\C, Ca"*, Mg^^, num Latossolo Amarelo, após a fertilização, durante 92 dias deexjjerimento. Os valores são as médias de cinco repetições (blocos, n=5), com seusrespectivos desvios-padrão indicados pelas barras verticais.
38
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Dias após fertilização92
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OrgânicoQuímicoOrg.-iquím.
3 17 47 92Dias após fertilização
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Dias após fertilização
Figura 9. (Continuação).
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N-total= 0,43 + (0,035 * C)1^0,75
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Carbono orgânico (g/kg
Figura 10. Gráfico de regressão linear simples para a concentração de N-total do solo(g/kg) em função do teor de carbono orgânico no solo (g/kg), aos 92 dias após afertilização orgânica, química e orgãnica+química (N=15; p<0,01).
4.3. Nutrientes iixiviados no solo
Na água recolhida nos coletores sob os canteiros, foram encontradas altas
perdas de amônio (N-NH%) e nitrato (N-N0"3), Iixiviados do solo canteiros
durante os 90 dias do experimento. As perdas maiores ocorreram no tratamento
com adubação química, seguido do tratamento com adubação
orgânica+quimica, este último com lixiviaçâo de amônio significativamente menor
(Tukey; p<0,05) (Tab. 10 e 11). As quantidades dos nutrientes N-NH4'^, NO3", K,
Ca e Mg lixiviadas, sempre foram significativamente menores (ANOVA; p<0,01)
nos tratamentos controle e com adubação orgânica, comparados com os
tratamentos onde foi adicionado o adubo mineral. Com relação à lixiviaçâo de
P04"', o tratamento controle não diferiu significativamente do tratamento com
adubação química e adubação orgânica+quimica (Tukey; p<0,05). O tratamento
com adubação orgânica+quimica apresentou perdas significativamente menores
»
«
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40
de N-NH/, PO4'*' e K comparado com o tratamento com adubação química
(Tukey; p<0,05).
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Tabela 10. Médias e desvios-padrão das quantidades totais de nutrientes inorgânicoslixiviados (kg ha'^) durante 90 dias do experimento. Os valores representam a média decinco repetições (blocos, n=5). As médias seguidas por letras diferentes nas colunas,indicam diferenças significativas entre os tratamentos (Tukey; p<0,05).
Tratamento N^NÍhT N-NOa" PÕ7 K Ca Mg
Kg ha"
1. Controle 12,7 a 18,0 ab 0.02 ab 4,4 a 11,5a 1,3a
(6.61) (9.07) (0.01) (5.31) (9,6) (1.11)
2. Orgânico 7,70 a 9.30 a 0.01 a 1.3a 3,3 a 0,4 a
(1.6) (3.91) (0.01) (0,62) (1.6) (0,16)
3. Químico 58,6 b 35,2 b 0,02 b 212 b 36,1 b 7,4 b(2.17) (12.7)
(0.01) (54,8) (17,4) (2,24)
4. Orgânico 31,1 C 25.7 b 0,01 a 142 c 24,6 b 7,4 b
+Químico (11.1) (7.50) (0.0) (42,8) (9.04) (2,42)
Tabela 11. Resumo dos valores das análises de variância dos nutrientes totais lixiviadosem 90 dias que mostraram diferenças significativas entre os tratamentos fTukev:p<ü,05).
Líxiviação denutrientes
n F P Diferenças encontradas
N- nitrato 5 8.0 <0,01 T3=T4=T1=T2 T3, T4>T2
N-amônio 5 42,8 <0,01 T3>T4>T1=T2
P 5 4,89 <0,01 T3=T1=T4=T2 T3>T2; T3>T4
K 5 108 <0,01 T3>T4>T1=T2
Ca 5 12,9 <0,01 T3=T4=T1=T2 T3>T1;
T3, T4>T2
Mg 5 39,4 <0,01 T3=T4>T1=T2
41
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As perdas de nutrientes por lixiviaçâo, em todos os casos foram maiores
no tratamento com adubação química, seguido do tratamento com adubaçâo
orgânica+química. A lixiviação acumulativa de nitrogênio, tanto na forma de NH4^
como de NO3', foi tiaixa nos primeiros 59 dias em todos os tratamentos; porém,
aos 66 dias estas perdas foram mais acentuadas, sendo ainda maiores no
tratamento com adubo químico, seguido do tratamento orgânico+químico
(Fig. 11). Para as bases trocáveis, estas perdas se acentuaram mais cedo, já a
partir dos 30 dias.
n-nh*4
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20
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—B—Orgânico—A—QLínico
O Orgânico-rqirrico
■■■iBiBiBiBi>i» w.É.trffriTirêTêo 4 6 7 8 9 13 16 23 27 30 37 41 44 50 55 59 66 69 73 79 83 87 90
Dias após fertilização
O50
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N-NO^.
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Dias após fertilização
r
Figura 11. Quantidades acumuladas de nutrientes lixiviados (N-NO 3, NH4^, P0%. \C,Ca^^ e em kg ha'^) durante os 90 dias do experimento. Os valores são as médiasde cinco repetições (blocos, n=5), com seus respectivos desvios-padrão representadospelas barras verticais.
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Dias após fertilização
Figura 11. (Continuação).
m
m
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43
4.4. Biomassa e atividade microbiana
As quatro amostragens de solo realizadas para as análises químicas e
bioquímicas, foram consideradas amostras dependentes por ter sido coletadas
nos mesmos blocos nos quatro tempos. Portanto, foi necessário escolher um dos
tempos para a realização das análises estatísticas das variáveis, sendo então
selecionada a terceira coleta (aos 47 dias após a fertilização), quando já havia
transcorrido tempo suficiente para que os tratamentos surtissem efeito e as
plantas de pimentão já haviam florido e estavam produzindo frutos. As
quantidades de carbono da biomassa microbiana aos 47 dias após fertilização
foram mais altas no tratamento com adubação orgânica+quimica, seguido dos
tratamentos com adubação orgânica, e com adubação química (Fig. 12), embora
estas diferenças só tenham sido estatisticamente significativas em relação ao
tratamento controle, que apresentou os menores valores de carbono da
biomassa microbiana (ANOVA; p<0,001) (Tab. 12 e 13).
500
400
üI
(0c
I f 300U (A
1 I 200U) ^V)(0
Eo
in
100
■Controle
■Orgânico•Químico•Otg.-tquímico
17 47
Dias após fertilização90
Figura 12. Quantidades de carbono estocado na biomassa microbiana (pg/g) solo, após17, 47 e 92 dias do início do experimento. Os valores são as médias de cinco repetições(blocos n=5), com seus respectivos desvios-padrão representados pelas barrasverticais.
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r^.
44
Tabela 12. Resumo dos valores das análises de variância da bíomassa microbiana no
solo após 47 dias da fertilização, que mostraram diferenças significativas entre ostratamentos (p<0,05).
Biomassa microbiana n F P Diferenças encontradas
Biomassa - C 5 10,7 <0,01 T4=T2=T3>T1
Biomassa - N 5 14,6 <0,01 T2=T4=T3=T1 T4>T1;T2>T3
Os mais altos valores de N da bíomassa microbiana, 47 dias após a
fertilização do solo, foram encontrados no tratamento com adubação orgânica e
com adubação orgânica+química (Fig.13). O tratamento com adubação orgânica
diferiu estatisticamente do tratamento com adubação química e do controle
(Tukey; p<0,05) (Tab. 12).
A 200C
J o' 160O Q
.2 o 120E -o<0 5^ 80 -
Ê 40
m o
Controle
Orgânico
Quimico
Org.+químico
17 47
Dias após fertilização90
Figura 13. Quantidades de nitrogênio estocado na biomassa microbiana (pg/g solo), emquatro períodos específicos ao longo dos 92 dias do experimento. Os valores são asmédias de cinco repetições (blocos, n=5), com seus respectivos desvios-padrãorepresentados pelas barras verticais.
Os teores de P estocados na biomassa microbiana, foram geralmente
mais altos no tratamento com adubação orgânica+química (Fig. 14), porém não
diferiram significativamente entre os tratamentos (p= 0,065).
45
«
%
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a
»*■',
-Controle
-Orgânico-Químico•Crg.+químico
17 47
Dias após fertilização
Figura 14. Quantidades de fósforo estocado na biomassa microbiana (Mg/g~^ solo), emquatro períodos ao longo dos 92 dias do experimento. Os valores são as médias decinco repetições (blocos, n=5), com seus respectivos desvios-padrão representados porbarras verticais.
A atividade microbiana não mostrou diferenças significativas nos
tratamentos estudados (p=0,108) (Tab. 13). No entanto, as regressões lineares
calculadas mostraram aumentos da atividade microbiana quando as quantidades
de carbono encontradas no solo foram maiores (n= 11; r^= 0,66; p<0,05), e
também quando os teores de carbono microbiano foram maiores (n= 13;
r2=0,625; p<0,05) (Fig. 16).
600
s 8p ^400|g13çs oS "O
200
■Controle
■Orgânico
■Químico
17 47
Dias após fertilização
90
Figura 15. Evolução da atividade microbiana durante os 92 dias do experimento. Osvalores são as médias de cinco repetições (blocos, n=5), com seus respectivos desvios-padrão representados pelas barras verticais.
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Y=-112,72+ (19,9 *C)i^= 0,66
Carbono orgânico (g/kg solo)
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Y= 153,2 + (0,96 * Bio-C)
r^= 0,63
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200 250
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300
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350
Blomassa mIcrobiana-C (|jg/g de solo)
Figura 16. Gráficos de regressão linear simples, representando a dependência doatividade microbiana (pg C-COa/g solo) em função da quantidade de carbono orgânicono solo (g/kg) (r^= 0,66; p<0,05), e do teor de carbono microbiano e (pg/g solo) (r^=0,63;p<0,05)
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9
Tabela 13. Teores de C e nutrientes (N e P) estocados na biomassa microbiana (/xg/gde solo) e da atividade microbiana (/zg C-COa/g de solo) aos 47 dias após fertilização.Os valores representam a média de cinco repetições (blocos, n=5) com os desvios-padrâo entre parênteses. As médias seguidas por letras diferentes nas colunas indicamdiferenças significativas entre os tratamentos (Tukey; p<0,05).
Tratamento 0 microbiano N microbiano P microbiano Atividade microbiana
, rfn/n _______ /xg C-CO2 /g^g/g
1. Controle 120 a 17.6 a 0,73 a 234 a
(11,7) (5.3) (0.7) (25,6)
2. Orgânico 218 b 56,6 b 5,2 a 395 a
(64,7) (10.3) (1,3) (125)
3. Químico 187 b 35,8 ac 4,3 a 311 a
(20,1) (9.8) (4.7) (8.7)
4. Orgânico 243 b 51,4 Cd 10,6a 353 a
+ químico (28,1) (14.3) (8,7) (28)
4.5. Desenvolvimento vegetai (piantas-teste)
4.5.1. Aitura das piantas-teste e biomassa vegetai
O maior crescimento das piantas-teste (pimentão) ocorreu no tratamento
sob adubação orgânica+mineral, seguido do tratamento com adubação orgânica
(Fig. 17). O crescimento das plantas no primeiro foi significativamente maior do
que nos tratamentos com adubação química e controle (p<0,05), mas não do
que no tratamento com adubação orgânica (Tab. 14).r
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2 60
> Controle
> Orgânico
■Químico
■Org-fquimico
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14 21 28 34 42 49 56 70 76
Dias após transplantio
Figura 17. Incremento da altura das plantas-teste {Capsicum sp.) em cm, durante 76dias após o transplantio. Os valores são as médias de cinco repetições (blocos, n=5), eseus respectivos desvios-padrão estão representados pelas barras verticais.
As bíomassas foliar, de talos, radícular e aérea das plantas-teste, foram
maiores no tratamento com adubação orgânica+mineral, seguido do tratamento
com adubação orgânica (Tab. 15). Entre estes dois tratamentos, as diferenças
foram significativas na biomassa aérea e de talos (Tukey; p<0,05) (Tab. 14). O
tratamento com adubação orgânica foi estatisticamente diferente do tratamento
com adubação química nas biomassas foliar e radicular, enquanto que o
tratamento com adubação química, por sua vez, diferiu significativamente do
tratamento controle (Tukey; p<0,05).
49
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Tabela 14. Altura das plantas e das bíomassas aérea, de talos, folhas e raízes (g) dasplantas-teste 76 dias após transplantio. Os valores representam a média de cincorepetições (blocos, n=5) com os desvios-padrâo entre parênteses. As médias seguidaspor letras diferentes nas colunas, indicam diferenças significativas entre os tratamentos(Tukey; p<0,05).
Altura (cm) — Biomassa vegetal (g)
Tratamento aérea radicular foliar talos
Controle 36,1 a 4,7 a 1,16a 1,72 a 2,98 a
(6,6) (1.9) (0.15) (0.7) (1.21)
Orgânico 79,6 bc 44,6 b 8,2 b 13,6 b 31,1 b
(9,4) (15.5) (1.7) (4.3) (11.3)
Químico 64,8 b 30,4 b 4,27 c 8,1 c 22,4 b
(14,3) (7.3) (1.1) (2.0) (6.5)
Orgânico + 88,5 c 65,6 c 9,6 b 15,2 b 50,5 c
químico (3,1) (6.4) (1.6) (2.8) (3.9)
Tabela 15. Resumo dos resultados das análises de variância do desenvolvimentovegetal do pimentão que mostraram diferenças significativas entre os tratamentos(Tukey; p<0,05).
Desenvolvimento vegetal n F P Diferença encontrada
Altura das plantas-teste 5 33,5 < 0,001 T4=T2=T3 >T1
Biomassa aérea 5 38,5 < 0,001 T4>T2=T3>T1
Biomassa foliar 5 23,7 < 0,001 T4=T2>T3>T1
Biomassa de talos 5 41,5 < 0,001 T4>T2=T3>T1
5 69,9 < 0,001 T4=T2>T3>T1
Quando foram calculadas as proporções (%) que as biomassas de folhas,
talos e raízes representaram no total da biomassa vegetal nos diferentes
tratamentos, encontrou-se que os tratamentos controle e orgânico apresentaram
as maiores proporções de folhas e raízes na biomassa total, comparados com os
•
m
m
m
#
50
outros tratamentos, enquanto que os tratamentos com adubaçâo química e o
quimico+orgânico, as proporções de biomassa de talos (Fig. 18).
(m.
(m.
r^.
19,8Controle (%)
29,3
50,8
Orgânico+químico
^2,7 20,2
B Folhas□ Talos□ RaÉes
Orgânico
Fonas
□ Talos
o Raízes
Químico
Folhas
□ Talosn Ra^es
Folhas
□ Talos
Figura 18. Biomassa vegetal e suas proporções (%) das biomassas de folhas,talos, 8 raízes nas plantas-teste {Capsicum sp). Os valores são as médias de cincorepetições (blocos, n=5).
51
4.5.2. Nutrientes nas folhas
^ As concentrações de Ca e Mg nas folhas das plantas-teste, ao final da
(Ê)^ floração (30 dias após o transplantio), foram maiores no tratamento controle,
# seguido do tratamento com adubação orgânica+mineral, onde houve diferenças
#
r\
significativas em relação ao controle (Tukey; p<0,05). A concentração de N não
® diferiu significativamente entre os tratamentos, exceto no tratamento com#
# adubação orgânica que apresentou os teores mais baixos (Tab. 16). As
concentrações de P foram mais altas no tratamento com adubação química.
# porém não foram significativamente diferentes do tratamento com adubaçãom^ orgânica+mineral. No entanto, foram maiores do que no tratamento com
adubação orgânica e no tratamento controle, que apresentaram as menoresm
0^ concentrações (Tukey; p<0,05)
m Tabela 16. Resumo das análises de varíância das concentrações de nutrientes nas^ folhas das plantas-teste, na época da floração (30 dias após transplantio), que^ mostraram diferenças significativas entre os tratamentos (Tukey; p<0,05).
Nutrientes nas
folhas
n F P Diferenças encontradas
N 5 40,7 <0,01 T1=T3= 4>T2
K 5 89,2 <0,01 T4=T3>T2>T1
P 5 51,9 <0,01 T3=T4>T1=T2
Ca 5 5,01 <0,01 T1>T4=T2=T3
Mg 5 16,8 <0,01 T1>T4=T3=T2
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52
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Tabela 17. Teores de nutrientes (g/kg) nas folhas das plantas-teste, no final do período^ de floração. Os valores representam a média de cinco repetições (blocos, n=5) com os^ desvios-padrão entre parênteses. As médias seguidas por letras diferentes nas colunas,^ indicam diferenças significativas entre os tratamentos (Tukey; p<0,05).
Tratamento N P K Ca Mg
ríllfcíg/Ky
1. Controle 44,4 a 1,7 a 12,6 a 12,7 a 7,3 a
(4.31) (0.1) (2.72) (2.5) (1.29)
2. Orgânico 30,4 b 1,6 a 40,3 a 9,7 b 4,2 b
(1,39) (0.2) (2.4) (1.4) (0,46)
3. Químico 44,0 a 4,3 b 47,7 b 9,4 b 4,1 b
(0.54) (1,0) (0.7) (0.8) (0.48)
4. Orgânico 41,5 a 4,1 b 50,4 b 11,3b 5,3 b
+químlco (2,4) (0.6) (6.4) (0.6) (0,23)
^ 4.6. Produção do Pimentão
A produção inicial (140 dias após semeadura) de frutos de pimentão
(plantas-teste) foi mais alta no tratamento com adubação orgânica+mineral (10,4
(•i t ha'^), seguida do tratamento com adubação orgânica (6,7 t ha"^), 1,5 vezes
menor do que a primeira (Fig. 19); porém, estes dois tratamentos não mostraram
adubação química (1,9 t ha"^) foi significativamente menor do que com o
diferenças estatisticamente significativas (Tukey; p<0,05). A produção inicial com
tratamento de adubação orgânica (Tukey; p<0,05): a produção inicial foi 3,5
vezes menor do que com adubação orgânica e 5,5 vezes menor que com
adubação orgânica+química. A menor produção foi encontrada no tratamento
controle (0,40 t ha'^), significativamente menor do que em todos os outros
tratamentos, sendo cinco vezes menor do que no tratamento com adubação
química e 26 vezes menor do que no tratamento com adubação
orgânica+química (Tukey; p<0,05).
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10
1
Lm■ s
Controle Orgânico Químico Org-fquirrico
Figura 19. Produção de frutos de pimentão (Capsicum sp) em t ha'^ de matéria úmida,no final de 105 dias de coletas após o transplantio. Os valores são as médias de cincorepetições (blocos, n=5), com seus respectivos desvios-padrão indicados pelas barrasverticais.
(m,
í^,
#
#
54
5. DISCUSSÃO
5.1. Evolução de carbono e nutrientes no processo de compostagem.
#^ Durante o processo de compostagem, os teores Iniciais de carbono
diminuíram em todos os tratamentos, seguindo o mesmo padrão encontrado por
H Tiquia etal. (1998) e Vourinen (1997), que atribuíram os resultados ao processo
® de oxidaçâo do carbono para CO2 pelos microrganismos, durante a## compostagem. No processo de compostagem que foi adicionada a maior
^ quantidade de resíduos de peixe (completo - esterco de galinha),
inexplicavelmente foram registrados as mais altas concentrações de carbonom^ inicial. Porém, no final da compostagem este processo de compostagem
^ apresentou as menores concentrações de carbono. Estas perdas, pode dever-se
# às quantidades de resíduos de origem animal (resíduo de peixe) adicionadas no
^ composto, os quais são resíduos geralmente de rápida decomposição e
^ altamente estimulantes da atividade microbiana; permanecendo em pequenas
quantidades durante o processo de humificação da M.O. e diminuindo muito a
^ quantidade de carbono no composto orgânico final. A redução de C no
^ tratamento 2 (55%), foi similar aos decréscimos de C medidos por Sommer
m
(2001) e Vuorien et al. (1997) (reduções de 49 e 64% respectivamente) em
processos de compostagem.
As concentrações de N total foram maiores no processo de compostagem
onde foram adicionados maior quantidade de resíduos de peixe. Isto pode
possivelmente ser atribuído às mais altas concentrações de N no material inicial,
pela maior quantidade de resíduo de peixe adicionado; porém, as perdas de N
neste processo também foram maiores, quando comparada aos outras formas
de preparo do composto. No processo de compostagem, geralmente o N é
#
Ç"
a
a
55
•
m
m
# ocorrendo esta em maiores proporções quando a relação C/N é alta no material
perdido por lixiviaçâo (Sommer, 2001) e por volatilizaçâo (Vourinen, 1997),
^ orgânico (Kiehl, 1985). O decréscimo nas concentrações de N no final do
® processo de compostagem, em todos os tratamentos, contrariou os resultadosm^ encontrados por Vuorinen et al. (1997), Tiquia et ai (1998) e Inbar et ai (1993)
W^ em zonas temperadas, onde as concentrações de N aumentaram durante aW
# compostagem. Porém os ganhos foram baixos (+3%) e foram atribuídos às#pi perdas de 0 durante a compostagem, resultando que o N ficasse mais
^ concentrado do que o inicial.9
# O aumento nas concentrações de P-disponível nos diferentes tratamentos,
#
V#foi similar aos resultados encontrados por Vuorinen et ai (1997) e Tiquia et ai
9 (1998). O incremento no conteúdo de P disponível foi possivelmente devido aom4^ decréscimo nas quantidades de carbono durante o processo de compostagem, o
que toma o material mais concentrado em nutrientes, e à mineralização do P
9 orgânico por parte dos microrganismos durante o processo da compostagem
^ (Mato et ai, 1994; Tiquia et ai, 1998). As concentrações de }iC* apresentaram
decréscimos de 36 e 48%, maiores do que os encontrados por Sommer (2001),
m de 16%, que atribuiu os decréscimos principalmente ao fato que o íiC* é um
nutriente altamente solúvel na água, sendo perdido facilmente por lixiviaçâo.
O adubo orgânico selecionado para a segunda parte do experimento
(comparação do adubo orgânico e químico), foi o vermicomposto (completo +
adição de minhocas). Apesar do vermicomposto não apresentar diferenças
significativas na concentração de nutrientes com relação aos outros dois
métodos de compostagem tradicionais, similares aos resultados encontrados por
Bansal et ai (2000) e Ribeiro et ai (2000), vários estudos já demostraram que o
/m-
56
9 mais facilmente disponíveis às plantas do que nos métodos tradicionais de
vermicomposto apresenta maior grau de humificação e nutrientes em formas
compostagem (Albenell et ai, 1988; Jeyabal, 2001). Além disso, a própria
2000).
® formação de húmus, mais eficiente e completa neste tratamento, beneficia as
^ propriedades físicas e químicas do solo (AIlison et al., 1973; Masciandaro et al.,
m
#
#IP, 5.2. Carbono orgânico e nutrientes disponíveis no solo na aplicação de
^ adubos orgânicos e minerais
# Conforme esperado, houve um aumento nas concentrações de carbono orgânico
^ nos tratamentos que receberam adubação orgânica, o que simplesmente refletiu
^ a maior quantidade de matéria orgânica adicionada nestes tratamentos. Estudosm
realizados por Jeyabal et al. (2001) também encontraram aumentos na
concentrações de carbono (4,5 a 7%), após adição de vermicomposto,
comparado com adições de adubo químico. Da mesma forma, Andreola et al.
^ (2000), verificaram aumentos nas quantidades de carbono após aplicação de
adubo orgânico. Porém resultados contrastantes foram encontrados por
Ouédraogo et al. (2001), que nâo encontraram diferenças significativas nos
teores de matéria orgânica do solo em tratamentos com adubação orgânica e
mineral a curto prazo, atribuindo-se isso à baixa capacidade de seqüestro de
carbono dos solos tropicais. No presente estudo, as altas concentrações de
carbono orgânico também no tratamento controle podem ser devidas ao tipo de
solo utilizado (de pastagem abandonada, de Brachiaria humidicx>la) que
geralmente apresenta altas concentrações de carbono, pela queima da floresta
primária antes da implantação das pastagens, deixando raízes em
57
9
m
m
m
decx}mposição no solo do e pela alta taxa de renovação das gramíneas e suas
# raízes (Cerri et ai, 1991; Luizão et ai, 1992).
Os teores de N-NCa e N-NH/, que são formas de N prontamente
disponíveis às plantas no solo, foram maiores no tratamento com adubação
^ química, possivelmente devido às altas quantidades de N em forma de uréia
aplicadas neste tratamento, o que possibilitou transformações de N num curto
9 prazo, em formas disponíveis no solo. Nos tratamentos com adubação orgânica9H + química e adubação orgânica, estes valores foram menores, devido talvez à
imobilização e estocagem de parte destes nutrientes pela biomassa microbiana9
9 do solo (e pela fixação da matéria orgânica), que tendeu a ser maior nestes
9^ tratamentos do que no tratamento com adubação química; o N imobilizado pela
^ biomassa microbiana vai sendo disponibilizando lentamente no solo (Stamatiadism0^ et ai, 1999). As concentrações do N-total foram similares entre os tratamentos;
na adição do composto orgânico, este resultado poderia ser atribuído às altas
^ concentrações de nitrogênio orgânico encontrados neste tratamento (Shi et ai,m
1999), o que aumentaria as concentrações de N total. E no controle, pode ser
^ porque o solo utilizado já tinha concentrações razoáveis de N no solo. Na
^ regressão linear simples calculada, o aumento nas concentrações de N-total
quando aumenta o carbono orgânico no solo, pode ser atribuído às
concentrações de N orgânico encontrado no adubo orgânico e que ainda não
está em forma disponível no solo.
As concentrações de \C* no solo foram maiores no tratamento com
adubação química e adubação orgânica + química, devidas às altas quantidades
de cloreto de potássio aplicadas nestes tratamentos. O P disponível (P2O5) foi
maior nos tratamentos com adubação orgânica + química e com adubação
«
#
#
m
m
m'
m
m
58
química, devido às altas quantidades de P na fonna de superfosfato triplo
# adicionadas nestes tratamentos. As concentrações de P no tratamento com
^ adubação orgânica tiveram um ligeiro aumento, sendo maiores aos 47 dias após
a fertilização do solo, devido principalmente ao aumento da mineralização do P
9 orgânico lábil quando são usados compostos orgânicos (Stevenson, 1982).
Também é importante lembrar que o P geralmente não é lixiviado através do
# perfil do solo, acumulando-se na superfície do solo, sendo normalmente
H adsorvidos no solo por hidróxidos de Fe e Al (Wild, 1950; Fassbender et al,
® 1994). Além disso, Moreira et al. (2001) encontraram que o P apresentou maior
9 adsorção quando o solo foi mais argiloso, sendo este o caso dos Latossolos
Amarelos da área de estudo.
m 5.3. Perdas comparativas de nutrientes: adubo orgânico Vs. adubo minerai
Conforme esperado, as perdas de nutrientes por lixiviação, foram maiores
^ no tratamento com adubação química, seguido do tratamento com adubação
orgânica+química. As quantidades de N-NO3" e N-NH4^ lixiviadas foram mais
altas no tratamento com adubação química; estas perdas diminuíram quando
^ foram combinados os adubos orgânico e mineral, e diminuíram
significativamente no tratamento com adubação orgânica. Este resultado é
possivelmente devido ao efeito tampão do composto orgânico no solo
(Stamatiadis et al., 1999), que é causado pela produção de carbonato de Ca*^ na
decomposição da matéria orgânica; o carbonato favorece a neutralização dos
solos ácidos, permitindo desta forma o aumento da troca de cátions e a
diminuição das perdas de nutrientes por lixiviação (Jakobsen, 1996). Outro fator
que pode contribuir para a diminuição da perda destes nutrientes é a sua
m
m
m
m
59
imobilização temporária na biomassa microbiana; a maior atividade microbiana
# medida ocorreu nos tratamentos que receberam composto orgânico, o que
•
m
m
m
® perdidos por lixiviaçâo no tratamento com adubaçâo química e perdas mínimas
H quando utilizou o composto orgânico, atribuindo a redução ao melhoramento da
#
# estudos, como o de Boring et ai (1997), também verificaram uma considerável
significaria maiores quantidades de nutrientes retidos e menores perdas por
lixiviaçâo nestes tratamentos. Isto foi verificado neste estudo, sendo a lixiviaçâo
de N-NO3" e NH4^ menor com a combinação dos adubos orgânico e mineral,
bem como no de Jakobsen (1996), que encontrou altas concentrações de N-NOa"
capacidade tampão, causada pela adição da matéria orgânica no solo. Outros
redução das perdas de nitrogênio com o uso adequado do composto orgânico;m
#
^ por outro lado, Insam et ai (1995) encontraram altas perdas de N-NOa" e N-NH4^
m por lixiviaçâo quando foi utilizado adubo mineral (NPK).
A intensificação da atividade agrícola em grande escala e o uso
^ inadequado de fertilizantes químicos que resultam em altas perdas de nitrato porm
lixiviaçâo pode significar riscos de contaminação por nutrientes químicos.
especialmente de compostos nitrogenados nos cursos de água na Amazônia, por
serem estes facilmente lixiviados no perfil do solo; estes riscos sâo ainda
maiores em áreas de alta pluviosidade, como acontece na Amazônia. Em zonas
temperadas, Boring, et ai (1997) encontraram maiores perdas de nitrato por
lixiviaçâo no solo, simultaneamente com as chuvas mais fortes. Experimentos
realizados por Leite et ai (1993), em cultura de feijão no sudeste do Brasil,
verificaram uma estreita relação entre a entrada de água no sistema e a
lixiviaçâo de nitrogênio, na profundidade de 50 cm, abaixo do sistema radicular.
Smith et ai (1990), afirmam que a maior responsabilidade pelas perdas de
#
60
compostos nitrogenados recaem sobre as práticas, muitas vezes inadequadas,
de aplicação do fertilizante, e que o impacto negativo do N se deve ao fato deste
se encontrar em fórmula solúvel em água no adubo aplicado.
0 5.4. Estoques de nutrientes na bíomassa microbiana na aplicação de
^ adubo orgânico e mineralw
m As quantidades mais altas de carbono microbiano no solo nos tratamentos
A onde foram adicionados compostos orgânicos, concordam com os estudos
realizados por Garcia et ai. (2000), que encontraram um incremento na biomassa#
m
# microbiana no solo em resultado da mineralização do carbono orgânico presente
nos materiais orgânicos. A biomassa microbiana é geralmente proporcional ao
® aumento de carbono orgânico no solo e depende principalmente do substratom^ orgânico (Vance, 1987). No entanto, o tratamento com adubação química
® apresentou valores próximos aos tratamentos com adições de composto
^ orgânico, o que também concorda com outros estudos feitos com adubação
mineral (NPK) e que atribuíram o resultado ao bom crescimento das plantas e
conseqüente aumento da produção de exudados das raízes, que fornecem
m
m
m
m
^ matéria orgânica de boa qualidade para sustento da biomassa microbiana (Goyalm
^ et ai, 1992; Marchiori et ai, 2000). Estes estudos também verificaram que
^ geralmente o aumento da biomassa microbiana-C não foi refletido no conteúdo
m de carbono orgânico no solo, ou seja, os valores de carbono microbiano nemím
^ sempre se relacionam com as concentrações de carbono orgânico no solo
• (Wardie, 1992; Goyal et ai, 1992; Marchiori et ai, 2000). Contrário a estes(m
m estudos, os resultados encontrados no presente trabalho, através das
^ regressões lineares calculadas, mostraram aumentos da atividade microbiana
I*
61
quando as quantidades de carbono orgânico no soio foram maiores. No entanto,
é necessário levar em consideração outros fatores que podem influenciar o
^ desenvolvimento da biomassa microbiana, como textura, umidade e aeração do
solo, diferente dos solos dos estudos citados. Independente do fator que
composto orgânico ofereceu condições adequadas para o desenvolvimento da
H influenciou nos resultados deste experimento, o tratamento com adição de
® biomassa microbiana, fornecendo nutrientes suficientes e criando propriedades
^ físicas do solo adequadas à atividade microbiana e favoráveis à manutenção e
# aumento das concentrações de N da biomassa microbiana, o que significaria
# maior mineralização do N e P orgânico do solo pelos microrganismos.
#
^ 5.5. Desenvolvimento e produção das piantas-testem
m 5.5.1 Altura das plantas
9
m
9 adicionado o composto orgânico, comparado com o do tratamento adubadom
m
m
• das raízes nestes tratamentos. Trabalhos com cultivo de cenoura por Sediyama
O maior crescimento das plantas de pimentão, nos tratamentos onde foi
quimicamente, pode ser provavelmente atribuído ao melhoramento das
condições físicas e químicas do solo, que favoreceram o bom desenvolvimento
^ et ai. (1998), atribuíram o resultado, além do aumento na disponibilidade de
^ nutrientes, a um possível aumento da disponibilidade de água em cultivos
m adubados com composto orgânico.
5.5.2. Biomassa vegetal
As biomassas foliar, de talos e radicular das plantas-teste foram maiores
nos tratamentos onde foi adicionado composto orgânico, mostrando a
letí
62
m
m
m
m
m
m
importância da matéria orgânica para o desenvolvimento das plantas, tanto da
# biomassa aérea como radicular. A matéria orgânica do solo, além de fornecer os
^ nutrientes disponíveis em quantidades adequadas para as plantas (Sanchez et
aL, 1989), melhora as propriedades físicas do solo, como porosidade, estrutura
e capacidade de retenção de água, os quais são fatores indispensáveis para o
bom desenvolvimento das plantas (Oades, 1984; Lavelle, 1988). Estes
# resultados são similares às medições da biomassa aérea em plantas de cenoura.
^ encontradas por Sediyama et al. (1998), com uso do composto orgânico.
# encontraram diferenças significativas na produção de biomassa radicular e aérea
m
^ nutrientes colocados à sua disposição no plantio; porém, a sua produção foi
m
^ caraterísticas físicas e químicas do solo.m
m
m
^ produção relativa de biomassa de folhas, comparado com os tratamentos que
Estudos realizados por Ribeiro et al. (2000) em cultivo de pimentão, não
em tratamentos com adubação orgânica comparados com adubação mineral e
atribuíram o resultado à alta eficiência das plantas de pimentão na absorção de
maior no tratamento com adubação orgânica, possivelmente pela melhoria das
Nos cálculos das proporções das biomassas de folhas, talos e raízes, em
relação à biomassa total, o tratamento com adubação orgânica obteve maior
receberam adubação química, aumentando desta forma a eficiência na
capacidade fotossintética da planta, o que possivelmente também ajudou na alta
produção de fiiitos. Este tratamento também apresentou uma maior produção de
biomassa radicular, comparado com os tratamentos com adubação química;
nestes últimos, possivelmente devido à alta disponibilidade de nutrientes no solo,
a planta investe pouco no crescimento da raiz, contrário à adubação orgânica,
onde os nutrientes são disponibilizados controladamente e a planta aumenta sua
ft
#
«)
m
m
63
superfície de absorção de nutrientes. Da mesma forma, o tratamento controle
# apresentou alta proporção de biomassa de raízes e folhas, devido à limitação por
^ nutrientes no solo, investindo menos na produção da biomassa do talo.
•H 5.5.3. Nutrientes nas folhas
® As maiores concentrações de N nas folhas das plantas-teste, no final da® floração, no tratamento com adição de adubo químico, devem ser atribuídas ao
fato deste nutriente ter sido aplicado em dose alta na formulação do adubo e se
encontrar em forma disponível em quantidades consideráveis para as plantas.
# que tendem a acumulá-lo no tecido vegetal. Resultados similares foram
encontrados em cultivo de cenoura (Sediyama et al., 1998). Excepcionalmente, o
controle apresentou maiores concentrações de N do que o tratamento sob
adubação orgânica. Estes resultados não corroboram a afirmação de Haag et al.
(1970), de que a produção de pimentão está altamente associada com os teores
m
m
m
m
m
^ de nutrientes nas folhas e a fertilidade do solo. Porém, concordam com Ribeiro etm
lü al. (2000), para quem o controle (sem adubação) também pode ter
^ concentrações de nutrientes elevadas nas folhas, pela eficiência na absorção de
^ nutrientes das plantas-teste, associada à maior disponibilidade dos nutrientes no
solo quando os solos tiveram a acidez corrigida e elevada porcentagem de
matéria orgânica. Estas características do solo (de pastagem abandonada)
também foram encontradas no tratamento controle deste experimento, que
apresentou acúmulo de N em plantas de baixo crescimento. Isto significa que o
N não foi um nutriente limitante no desenvolvimento das plantas-teste; no
entanto, existiram outros fatores afetando este crescimento, independente da
disponibilidade de N no solo e da quantidade de matéria orgânica, que
m
® 64
® impediram seu crescimento normal, como a limitação por outros nutrientes, a
disponibilidade de água e a inadequada condição nas propriedades físicas do
solo.
No tratamento com adubação orgânica, o N nas folhas foi menor
possivelmente porque a disponibilidade no solo também foi menor, comparada
com os tratamentos com adubação mineral; porém, foi suficiente para o bom
• desenvolvimento das plantas-teste neste tratamento.
^ Assim como para o N, as concentrações de Ca^^ e Mg"^"^ nas folhas das
® plantas-teste foram maiores no tratamento controle do que nos tratamentos com
• aplicação de adubos, sendo explicado pelo pequeno tamanho das plantas, o que•H leva a concentração relativa dos nutrientes absorvidos, que se tomaram
disponíveis em doses bem mais elevadas após aplicação do calcário dolomítico.
As concentrações de P nas folhas foram maiores nos tratamentos onde foi
adicionado fertilizante químico, devido à maior disponibilidade do nutriente
nestes tratamentos. Outros estudos mostraram que as concentrações de
nutrientes na folhas de pimentão estão associadas com a produção de pimentão
(Ribeiro et al., 2000), resultados diferentes aos encontrados neste estudo, em
que o tratamento controle teve uma produção muito baixa.
5.6. Produção do pimentão
As maiores produções de frutos de pimentão nos tratamentos onde foi
adicionado o composto orgânico concordam com resultados encontrados por
Sediyama et al. (1998), que atribuíram os resultados às alterações das
caraterísticas físicas e biológicas e da disponibilidade de água no solo. Ribeiro et
al. (2000), encontraram aumentos de 3,51 ha"^ na produção de pimentão, com o
65
^ USO de adubo orgânico, em relação à adubação química, e ainda melhoresW
# resultados foram obtidos na combinação de adubo orgânico+químico, que
aumentou a produção em 7 t ha \ comparada com a adubação química. Outros
autores também mostram resultados positivos da incorporação de compostos
orgânicos no solo sobre a produtividade e sustentabilidade de cultivos agrícolas
em pequena escala: Junk, (1979) e Cardoso et aL (1998), com experimentos
# realizados na Amazônia; Horino et aL (1986), Souza et ai. (1991), Silva (1991) e
m Vidigal (1997). Todos atribuem os resultados positivos à melhoria nas
® caraterísticas físicas e químicas do solo pela ação do composto orgânico, que,
# além de melhorar a estrutura e a CTC, proporciona maior disponibilidade de
^ nutrientes às plantas.
m
m
# 5.7. Benefícios gerais da adubação orgânica
i|^ Vários estudos, além dos anteriormente citados, têm demostrado os
benefícios da adição de quantidades adequadas de adubo ou composto orgânico
ao solo, sobre a produção vegetal e/ou as propriedades do solo. Bemal et ai.
(1998), concluíram que o uso de composto orgânico com carbono estabilizado
pode melhorar e recuperar a matéria orgânica nativa do solo. Ouédraogo et aí.
(2001), verificaram aumentos da CTC e pH do solo, quando se adicionou um
composto orgânico ao solo, comparado com adubação mineral; além disso,
triplicou o rendimento do sorgo, quando foram aplicados 10 t ha"^ de composto
orgânico. Nyamangara et ai. (2001) mostraram que o uso de composto orgânico
melhorou a estabilidade dos agregados e a disponibilidade de água no solo.
Resultados similares foram encontrados por Oades et ai. (1984) e Lavelle et aí.
(1988); entre outros benefícios, houve um aumento na macroporosidade e uma
^ 66
® diminuição da compactação do solo (Andreola et al., 2000). Estes autores#
atribuem à matéria orgânica o melhoramento de propriedades físicas do solo
m
m
m
como porosidade, estrutura, e capacidade de retenção de água no solo.
O papel duplo da matéria orgânica do solo, de melhorar a estrutura do
solo e aumentar a capacidade de retenção e mineralização de nutrientes no solo,
é de grande importância para diminuir, ou mesmo evitar, a lixiviação de
nutrientes, por melhorar consideravelmente a capacidade-tampão do solo. Boring
IP et al. (1997) e Jakobsen (1996) verificaram que o sistema de cultivo utilizado
^ pode afetar as quantidades de N perdidas por lixiviação, sendo desta forma,II importante o tipo de fertilização utilizada; concluíram que as perdas menores de
m
N por lixiviação podem ser obtidas com um sistema de cultivo baseado no uso de
compostos orgânicos. Assim, o uso do composto orgânico em agro-sistemasIP
# diminui as quantidades de nutrientes, especialmente de N-NOa', perdidos por
lixiviação, o que resulta num melhor aproveitamento do N no sistema de cultivo.m
m
H Na escala de uma bacia hidrográfica, resulta na prevenção da poluição de cursos
d'água por compostos nitrogenados.
Levando em conta as muitas vantagens da matéria orgânica do solo,
especialmente nos solos desgastados, ácidos e pobres em nutrientes de grande
parte da Amazônia, é surpreendente que ainda não se tenha muito
conhecimento sobre o uso de compostos orgânicos (e mesmo de adubos verdes
ou coberturas mortas) para melhorar os solos amazônicos. Ainda são
necessários estudos para melhorar as técnicas de preparação de compostos
orgânicos, controle de sua qualidade final e das doses adequadas para sua
aplicação na agricultura tropical, bem como aumentar as possíveis fontes de
materiais orgânicos nativos disponíveis na região.
67
#
#
# macrófítas aquáticas na preparação do composto orgânico tem apresentado
Em agro-sistemas da região amazônica próximos às várzeas, o uso de
bons resultados nas culturas de arroz, juta, verduras e árvores frutíferas (Basak,
1948); em feijão-de-asa {Psophocarpus tetragonolobus) houve resultados
H excelentes do uso do "matupá" (Noda et al., 1978), que é constituído por uma
^ formação densa de material orgânico flutuante nas superfícies dos lagos
® (Junk, 1977). Porém, neste caso foi necessário fazer a correção do pH do solo•^ com calcário para melhores resultados.
® Entre os materiais orgânicos na região que poderiam ser usados, estão as
• leguminosas forrageiras como Pueraria phaseoloides, Centrosema sp. e Mucuna
sp. de grande produção de biomassa aérea, ou como leguminosas arbóreas, tais
como Gliricidia sepium, muito usada como um dos componentes dos sistemas
agrofiorestais. Também poderiam ser usados os restos das madeireiras,
excrementos animais e, em geral, todos os resíduos orgânicos de origem animal
e vegetal disponíveis ou de fácil obtenção na região.
#
#
68
6. Conclusões
J Nas condições em que foi realizado o experimento, conclui-se que o uso® do composto orgânico em Latossolo Amarelo de pastagem abandonada,•
A aumentou ligeiramente as quantidades de carbono orgânico no solo, estimulandom
^ o aumento da atividade microbiana, e esta indiretamente contribuiu para a
® mineralização de nutrientes orgânicos no solo. O uso do composto orgânico foi•IP eficiente na produção de frutos de pimentão, sendo portanto uma boa alternativa
^ para recuperar a qualidade do solo de pastagens abandonadas e aumentar aprodução de alimentos nestas áreas, com sistemas agrícolas sustentáveis em
pequena escala, com baixos insumos e sem o uso de fertilizantes químicos.
A adição do composto orgânico contribuiu substancialmente para a
redução das perdas de nutrientes por lixiviaçâo através do perfil do solo,
especialmente de NH/ e das bases trocáveis no solo, sendo estes melhor
aproveitados pelas plantas e microrganismos do solo, evitando-se as perdas de
nutrientes e, na escala de bacias hidrográficas, provavelmente a poluição
química de cursos d'água.
m
m 69
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8. APÊNDICES
Apêndice 1. Exemplos das análises de variâncias (One-way ANOVA), em Sigma
Stat 2.0 para Windows, utilizados para verificar diferenças significativas entre os
tratamentos.
Carbono no solo (47 dias após fertilização).
Fonte de variação df fÜS F p
Entre tratamentos 3 15,17 5,37 0,016
Resíduo 11 2,83
Total 14
Biomassa microbiana no solo (Biomassa microbiana-N, a os 47 dias)
Fonte de variação df MS F p
Entre tratamento 3 1491,0 14,8 0,001
Resíduo 14 102,4
Total 17
Nutrientes totais lixiviados (K, dados transformados com raiz quadrada)
Fonte de variação df MS F p
Entre tratamentos 3 232,3 108,3 0,001
Resíduo 16 2,14
Total 19
Desenvolvimento vegetal (Biomassa aérea)
Fonte de variação df MS F p
Entre tratamento 3 3286,8 38,5 0,001
Resíduo 16 84,8
Total 19
78
Apêndice 2. Exemplo das análises de variáncías duplas (Two-way ANOVA), em
Sigma Stat 2.0 para Windows, utilizados para verificar diferenças significativas
entre os tratamentos e as coletas.
Nitrogênio durante a compostagem
Fonte de variação df MS F P
Entre tratamentos 2 37,6 9,87 0,001
Coleta 5 79,6 20,9 0,001
Tratamento x coleta 10 8,9 2,36 0,030
resíduo 36 3.8
Total 53 13,2
Carbono na compostagem (dados transformados com logn)
Fonte de variação df MS F P
Entre tratamentos 2 0,24 5,63 0,001
Coleta 5 0,25 5,89 0,006
Tratamento x coleta 10 0,14 3,26 0,004
resíduo 36 0,04
Total 53 0,09
79
Apêndice 3. Equações de regressão linear simples, das variáveis quemostraram dependência em função às quantidades de carbono orgânico no solo(em g/kg) (variável independente).
Variáveis dependentes Equação de regressão
Atividade microbiana
Nitrogênio total
Atividade microbiana Vs.
Biomassa microbiana-C
=-112,72 + 19.914*0 0,661
= 0,427 + 0,0351 * 0 0,749
= 153,16 + 0,964 * Biomassa-C 0,625
80
Apêndice 4. Teores de nutrientes lixiviados por coleta, durante 90 dias de
experimento, com seus respetivos desvios padrão.
-C 0,006
áS 0,005O.d) 0,003.T3
0,002
<5 0,000
Controle
Orgânico
Quihnico
Orgânico-Kiu^o
8 13 23 30 41 50 59 69 79 87
Dias após fertilização
c- 60,
O) 45 -
30 -
(O
:i o
0 Controle
.0— Orgânico
^ Qiifrrinft
Orgânlco+quírrico
I » iMlMlMiWlIlMlWl BH I BTl ■ I ■ i
O 4 6 7 8 9 13 16 23 27 30 37 41 44 50 55 59 66 69 73 79 83 87 90
Dias após feríiização
(D
O ̂o •KO COO JZ
•i s
o .j
■Controle
■Orgânico■Químico■Orgânico-tquímico
O 4 6 7 8 9 13 16 23 27 30 37 41 44 50 55 59 66 69 73 79 83 87 90Dias
(O.c
D>
a>
oMOO(O
2 .
S O
■Controle
■Orgânico-Químico■Orgânico-rquímico
0 4 6 7 9 13 16 23 27 30 37 41 44 50 55 59 66 69 73 79 83 87 90Dias
81
Apêndice 5. Evolução dos teores de C (g/kg), N (g/kg), P (mg/dm3), \C*, Mg""^ e (c.molc/dm^) nos diferentes tratamentos. Os
valores representam a média de três blocos (n=3).
Dias C e nutrientes na compostagem
N P K Ca Mg c C/N
T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3
14 12.9 19.1 12.0 2355 2673 2292 23,0 11,0 23,3 5.7 4.7 5.8 3.9 4.0 4.0 269 393 234 21 21 19
30 11.6 16.7 12.5 2484 3118 2101 18,7 10,0 16,1 7.1 9.3 7.6 3.9 3.0 3.8 243 417 237 21 25 19
60 8.04 11.4 9.6 1889 4263 2826 16.9 8.9 18,8 7.7 5.9 7.6 4.2 2.3 4.0 239 342 315 30 30 33
90 7.84 8.75 6.8 3393 4582 4157 16,0 7.8 11,8 8.4 6.4 8.3 4.7 2.9 4.3 264 290 213 34 33 31
120 8.28 9.39 9.2 3245 4645 3288 17,1 10,2 11,3 8.4 9.0 10.2 5.9 5.4 5.4 214 282 228 26 30 25
150 9.01 7.31 8.1 2736 3500 2397 12,1 15,3 15,0 8.3 7.5 8.1 6.2 6.0 6.5 252 178 203 30 24 25