Finance_led Growth Regime No Brasil
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8/18/2019 Finance_led Growth Regime No Brasil
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FINANCE-LED GROWTH REGIME NO BRASIL: ESTATUTO TEÓRICO, EVIDÊNCIASEMPÍRICAS E CONSEQÜÊNCIAS MACROECONÔMICAS
Re!"#O artigo propõe uma análise do padrão de crescimento econômico do Brasil no período pós-
liberalização, destacando o relacionamento entre finanças e acumulação de capital fixo produtio! "ntreos resultados encontrados, destaca-se a exist#ncia de um regime do tipo finance-led growth no período$%%&-$%%', sob condições estruturais e con(unturais de um processo de financeirização) financialization* muito específico! +nicia-se com um survey da literatura internacional sobre o tema, procurando-se mostrar a relencia deste conceito para a compreensão dos problemas da economia brasileira atual! "m seguida, apresentado um panorama .istórico sobre as transformações estruturais/ue permitiram o desenolimento de regimes financeirizados! O trabal.o termina com uma análiseempírica para o caso brasileiro, a partir de indicadores macroeconômicos selecionados!
0alaras-c.ae1 2inanceirização, 3egime de crescimento, "conomia brasileira, 4istema financeiro brasileiro!
A$%&'(%5.e aim of t.is paper is to anal6ze t.e Brazilian gro7t. pattern during t.e post-liberalization period,emp.asizing t.e associations bet7een t.e productie fixed capital accumulation and t.e financials6stem! 5.e found results indicate a finance-led gro7t. s6stem during $%%&-$%%', under afinancialization process! 5.e first part of t.is paper is a sure6, 7.ic. t.e target is to .ig.lig.t t.efinancialization concept to understand t.e recent Brazilian economic problems! 5.e second part is a.istoric ie7 of t.e c.anges in t.e structural arrangements t.at cone6 to a deelopment of aninternational financial-led econom6! +t closes 7it. an empiric anal6zes of some Brazilianmacroeconomics selected indicators!
8e6-7ords1 2inancialization, 9ro7t. regime, Brazilian econom6, Brazilian financial s6stem!
:";1 "&&, O
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)* I+%!.#
O artigo desenole uma abordagem do atual regime de crescimento da economia brasileira,
mobilizando o conceito de financeirização, financialization, segundo a literatura econômica
internacional sobre o tema! 4eu principal ob(etio elucidar os relacionamentos estruturais econ(unturais entre a acumulação de base rentista-patrimonial e a acumulação de capital fixo produtio,
en/uanto fator fundamental do crescimento e do desenolimento econômico! ?pesar de bastante
difundidas no plano internacional, as pes/uisas sobre o processo de financeirização em seus efeitos
macroeconômicos permanecem ainda escassas para o caso do Brasil!
?s transformações estruturais dos anos
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desenoler atras do endiidamento priado e sob taxas reduzidas de (uros, pois o mercado de
capitais o lócus da realorização rentista! ? primeira seção proporciona um exame da literatura
internacional sobre o conceito de financeirização, explicitando seu estatuto teórico e relencia para as
macro-análises do crescimento econômico! ? segunda seção faz um panorama das transformações
estruturais e institucionais na economia mundial /ue permitiram o adento e consolidação deste
processo! ? terceira seção desenole uma análise empírica para o caso brasileiro a fim de elucidar os
determinantes do regime de crescimento /ue emerge /uando as condições de produção e de circulação
estão subordinadas lógica da acumulação financeira!
/* F0+'+(e0&01'.#: #&02e+ # (#+(e0%# e e%'%!%# %e3&0(#O conceito de financeirização, embora ten.a sido ob(eto de diersos trabal.os - principalmente a níel
internacional
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conceito de capital financeiro de Rilferding )K* na definição deste processo&! 0or outro lado,
segundo o autor, necessário distinguir o processo de financeirização da globalização financeira
)?glietta e Coudert foi então
introduzido de modo a apresentar uma isão alternatia dos mercados financeiros, não mais atras do
paradigma da efici#ncia alocatia, mas sim no contexto do sistema econômico tomado como um todo!
Os mercados financeiros podem ser considerados como um subcon(unto da economia, subcon(unto este& 3eferir-se :-C! Braga )
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/ue Pdistribui o poderQ econômico e político, afetando a dinmica da produção e da distribuição de
renda!
/*/ De50+06e e C'&'(%e&7%0(' # P(e# e F0+'+(e0&01'.# +' L0%e&'%!&' E(#+8"0('
Optou-se por apreender o processo de financeirização segundo uma metodologia /ue integra tanto a
análise de sua definição e de seus fundamentos teóricos /uanto as suas implicações socioeconômicas!
Hm estudo da literatura econômica a(uda a reelar duas principais abordagens na análise do processo
de financeirização1 uma macro-setorial e outra microeconômica! ? primeira consiste em analisar os
mecanismos de financeirização integrando as estratgias do con(unto )ou de uma parte significatia*
dos atores sociais e econômicos )bancos, Banco Central ou autoridade monetária, empresas, famílias,
"stadoS5esouro =acional*! ? segunda concentra sua análise essencialmente no comportamento de um
setor )geralmente suas estratgias de negócios e gestão*! Dentro desses dois agrupamentos
perfeitamente possíel estabelecer subcategorias! ?ssim, no mbito da abordagem macro-setorial .á a
análise .istórico-estrutural de Braga )
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a crise do Lxico
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por uma cesta de moedas* emitida por um banco central global para substituir o dólar no centro do
sistema internacionalE b* uma deflação proocada por uma tentatia de reduzir a oferta de dólares em
relação oferta americana de ouroE e c* a eliminação da conersibilidade do dólar )H4VSouro*,
desalorização do dólar e a introdução de taxas flexíeis de cmbio!
? introdução das taxas flexíeis de cmbio não proou ser uma solução, pois não remoeu o paradoxo
consubstanciado na utilização de uma Inica moeda nacional como sendo resera internacional e meio
de circulação! Las produziu uma profunda mudança no sistema internacional! O sistema de Bretton
Uoods foi fundado com base no recon.ecimento da incompatibilidade de um sistema de taxas de
cmbio fixas e de lire mobilidade de capitais!
Com relação aos inestidores priados, nasceram os fundos mItuos no início dos anos
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?s crescentes e rápidas inoações do setor financeiro, a partir de então, permitiram acelerar
assustadoramente os olumes das operações com prazos cada ez menores!
Daí resultou, tambm, o aparecimento dos bancos, corretoras e seguradoras (aponesas no cenário das
finanças internacionais, como conse/A#ncia dos sucessios e crescentes superáits comerciais do
:apão, fundamentalmente com os "H? e com a "uropa! "ste fato leou a um aumento da participação
dos atios /ualificados em moeda estrangeira na composição dos portf)lios das instituições financeiras
:aponesas! "sses atios não se constituíam apenas de papis do goerno americano, mas tambm de
empresas estrangeiras de boa reputação, da participação em inestimentos diretos e na a/uisição de
atios imobiliários no exterior! "ntretanto, com o aumento expressio da taxa de (uros, o dólar começa
a retomar sua posição como principal moeda de conta internacional e de meio de pagamento das
transações de comrcio externo! ", sintomaticamente, a exportar seu modelo de mercado de capitais
desregulamentado' para o resto do mundo! ?umentando a pressão sobre o :apão, Coria e 5ai7an para/ue modificassem a forma de regulação bancária e flexibilizassem as transações na conta de capital!
0or outro lado, conertendo os bancos (aponeses, /ue estaam acostumados a fornecer crdito s
empresas, em intermediadores de operações no mercado imobiliário e em especuladores com posições
alaancadas nas bolsas e nos mercados deriatios, proocou uma deflação de preços dos atios
sobrealorizados, entre
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sistema de crdito priado )4C0*, da ?leman.aE )iii* sistema de crdito goernamental )4C9*, do :apão
e da 2rança!
? reforma financeira brasileira de &->G foi plane(ada nos moldes do modelo americano de 4LC,
contudo, o sistema bancário brasileiro se desenoleu apoiado no mbito dos depósitos )mercado de
crdito*, ao ins do inestimento )mercado de capitais*! O /ue gerou um modelo, completamente
diferente, baseado no crdito pIblico e externo e /ue está na origem das especificidades do processo de
financeirização no Brasil! "ste moimento brasileiro pode ser creditado a uma política goernamental
de crescimento inserido num cenário de liberalização de moimentos internacionais de capitais, e de
extrema li/uidez externa!
0or outro lado, o setor bancário brasileiro não foi concebido sob o prisma de um sistema financeiro /ue
funcionasse altamente concentrado ou de forma conglomerada! Baseado no princípio da
Wespecialização e flexibilizaçãoW do sistema, /ue permitisse o desenolimento da intermediaçãofinanceira e maior mobilização dos recursos, o setor passou a se descaracterizar em função dos
desdobramentos das reformas financeiras, pelas /uais se reestruturou! De um lado, o setor financeiro
tratou logo de se a(ustar ao processo de acumulação financeira )aplicação em atios financeiros* e, por
conseguinte, ao processo de fusões e incorporações bancárias! De outro, o goerno, degenerando suas
próprias leis, passou a adotar medidas de estímulos s fusões e incorporações bancárias, sobretudo ao
criar a CO2+" T Comissão de 2usões e +ncorporações de "mpresas T Decreto ;ei
Delfin =etto, pelas resoluções do Banco Central ancoradas pelo ?+-J T e, pela percepção de certos
agentes bancários com relação s oportunidades futuras! 4egundo Olao 4etIbal, do Banco +taI, o
processo de concentração bancária teria se caracterizado por dupla face1
? criação de unidades muito grandes foi faorecida pelas autoridades, o /ue acelerou o processo! "ssefaorecimento foi, basicamente, de ordem financeira e fiscal! O Banco Central permitiu determinadas antagensfiscais para a absorção das unidades menores e menos eficientes, dentro da isão de /ue o sistema deeria criar
unidades grandes, pela sua capacidade financeira e com possibilidade operacional e segurança financeiraconsideráeis! ? idia de se criarem instituições grandes tambm foi acelerada por uma isão de posicionamento naeconomia nacional! Dentro dos estritos critrios dos autores americanos, nen.uma das fusões ou incorporações foiacertada! Os preços pagos e os custos operacionais não permitiriam, normalmente, um aumento imediato darentabilidade! =a erdade, o posicionamento numa economia com perspectias tem sido o fator determinante!"ntão, .á uma corrida de posicionamento, em todo o território nacional, em todas as praças e em todos os setores, aum custo, muitas ezes, de baixa rentabilidade atual, com uma isão de grande rentabilidade futura! +sso /ue fezcom /ue as instituições grandes pagassem um preço muito eleado pelas pe/uenas e, então, um grande nImero deempresas pe/uenas está desaparecendo, não por/ue elas se(am antieconômicas ou ineficientes! "las estãodesaparecendo por/ue as grandes instituições pagaram por elas um preço, isando a posicionamentos futuros!5eriam, teoricamente, a possibilidade de sobreier, mas o preço /ue as derrubouW )*isão& +, a'r! ,./0!
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"sse processo de concentração bancária no Brasil consolidado durante a dcada de
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interno de consumo, podem mesmo se reelar efetiamente problemáticas! ? economia brasileira
exemplo típico para esses dois casos! Lantee-se numa dinmica cíclica do tipo stop and go, entre
início dos anos importações, as análises empíricas reelaram a exist#ncia de um regime do tipo profit-led growth
por/ue o inestimento era impulsionado pelos aumentos das taxas de lucro )Bruno, $%%J*! "ssas duas
sries compartil.aram inclusie uma tend#ncia comum de eolução no período >--
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desconectam! ? primeira ariáel mantendo-se em uma tra(etória de crescimento en/uanto a segunda
permanecia praticamente estagnada! Como um resultado macroeconômico direto, o crescimento
econômico apresentou-se muito instáel e sob taxas muito baixas, relatiamente mdia .istórica! ?
terceira e Iltima fase reela /ue essas duas ariáeis oltam a apresentar tra(etórias de expansão! Las,
de fato, foi a taxa de acumulação de capital fixo produtio /ue oltou a crescer de um modo rápido
)mdia de G,'X ao ano entre $%%&-$%%'*, pois a taxa de lucro (á estaa em expansão desde
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Proporção alocada em F!F
Proporção "ão#$"e&'$da (co"&um$da e alocada em a'$o& )$"a"ce$ro&*
2O=5"1 "laboração própria a partir de dados do +B9", +0"?D?5? e Lar/uetti )$%%K*!
4imultaneamente, pode-se inferir /ue a parcela destinada a outros atios foi parte alocada em
operações financeiras e parte consumida! Obsere-se /ue apenas a partir de $%%& /ue a parcela
destinada 2B82 olta a crescer, daí a mel.or performance do crescimento econômico dos Iltimos
/uatro anos, reforçando a .ipótese de /ue o regime de acumulação brasileiro teria assumido um padrão
típico de finance-led growth!!
(@ T'K' e 50+'+(e0&01'.# e #&.# +.#-0+e%0' # ;!( "0# e" (#&&e;'.# #0%0'
Hm indicador usual de financeirização no plano macroeconômico construído pela razão entre o total
de atios financeiros não-monetários, dado pela diferença entre os agregados monetários L& T L
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Proporção "ão#$"e&'$da AF + !prod
2O=5"1 "laboração própria a partir de dados do +B9", +0"?D?5? e Lar/uetti )$%%K*!
O 9ráfico K mostra /ue a razão ?2S8prod, denominada taxa de financeirização, eolui em correlação positia com a parcela do lucro mdio não-inestida produtiamente, o /ue faz todo o sentido
econômico, pois a lógica da financeirização se expressa precisamente na exist#ncia, sofisticação e
generalização de um le/ue amplo de atios lí/uidos e rentáeis /ue competem com as imobilizações de
capital exigidas pelas atiidades diretamente produtias!
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-.u$"a& e /.u$pame"'o& o"&'ruçe& ão#e&$de"c$a$& + /&'o.ue de cap$'al
)$xo 'o'al
2O=5"1 "laboração própria a partir de dados do +0"?D?5?!
0oder-se-ía contra-argumentar considerando-se /ue o esto/ue de capital fixo atual possui conteIdo
tecnológico superior e assim pode crescer a taxas mais baixas do /ue as igentes no modelo deindustrialização por substituição de importações! O problema /ue, neste caso, o ritmo de geração de
emprego necessariamente afetado, condenando economia brasileira a níeis eleados de
desemprego estrutural e freando a dinmica da demanda efetia no mdio prazo ou longo prazos!
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0ara sustentar a .ipótese de exist#ncia do 3L2 dual en/uanto base da financeirização por
inflação, foi realizada uma análise economtrica da relação entre o Y? das instituições financeiras e o
0+B brasileiro! O 9ráfico J mostra a eolução con(unta da taxa de inflação e da participação do setor
bancário-financeiro no 0+B, mensurada pelo mtodo 4+2+L )seriços de intermediação financeira
indiretamente medidos* utilizado pelo +B9", conforme recomendação do 1ystem of 2ational 3ccounts
)4=?S
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interpretado como o resultado macroeconômico deriado de uma estrutura organizacional ou de uma
institucionalidade específica do regime monetário e do sistema financeiro igentes neste período!
=ossa análise economtrica estimou as elasticidade-inflação de longo prazo do Y? financeiro, pois
essas duas sries reelaram-se co-integradas no período &-
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Iltimos agentes assumem portanto um comportamento claramente rentista! Desta/ue-se /ue são os
$@,&X /ue proporcionam uma medida do grau de financeirização por (uros da economia brasileira, e
não a participação do alor adicionado )Y?* das instituições financeiras no 0+B do país! Contudo, dee
ser destacado /ue esta participação capta apenas a renda de (uros apropriada pelas instituições
financeiras, e portanto, não um bom indicador de financeirização!
Conse/Aentemente, a /ueda acentuada do Y? financeiro no 0+B, a partir da ig#ncia do 3eal, não
expressão do fim do processo de financeirização ou de seu enfra/uecimento na economia brasileira,
mas sim da mudança das condições estruturais de seu desenolimento, /ue se fariam, doraante, com
base em noos atios, num contexto de liberalização financeira, de baixa inflação e de política
monetária restritia! O 9ráfico > traz as eoluções con(untas das reseras internacionais, do fator
acumulado da 4elic real e do rendimento financeiro acumulado, estimado pelas diferenças acumuladas
entre os esto/ues de atios financeiros não monetários, deflacionados pelo +90-D+! Como esperado, a
capitalização dos (uros pela taxa oficial responde por grande parte da expansão dos atios financeiros
na economia brasileira e pela atratiidade /ue exerce sobre os fluxos de capital estrangeiro de curto
prazo, fazendo com /ue as reseras internacionais entrem em uma tra(etória similar de crescimento! 0or
outro lado, como obserou BOZ"3 )$%%&*, trata-se de uma eid#ncia indireta do impacto da
financeirização sobre a dinmica macroeconômica, pois permitiu /ue a taxa mdia de lucro
permanecesse em crescimento en/uanto a taxa de acumulação de capital fixo produtio estaa
estagnada, no níel mais baixo de toda .istória do desenolimento industrial brasileiro!GRFICO RESERVAS INTERNACIONAIS, FATOR ACUMULADO DA SELIC REAL E RENDIMENDOFINANCEIRO ACUMULADO COMO PERCENTAGEM DA RDB ?)
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2O=5"1 "laboração própria a partir de dados do +B9" e +0"?D?5?!
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GRFICO DÍVIDA PBLICA INTERNA E ETERNA EM PERCENTAGEM DO PIB ?))-/@
2O=5"1 BCB e +0"?D?5?!
O 9ráfico ' mostra a forte correlação positia entre o crescimento do esto/ue da díida pIblica interna
) 45*67#52T * a preços constantes e o fator acumulado da 4elic real ) 83T391;59 *, /ue busca captar a
lógica da capitalização composta, praticada pelos mercados financeiros!
Desta/ue-se /ue um aplicador /ue tiesse ad/uirido um título indexado 4elic em (aneiro de
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2O=5"1 "laboração própria a partir de dados do +B9" e +0"?D?5?!
? análise economtrica para o período -$%%@ reela /ue essas ariáeis co-integram, desfrutando
de uma tend#ncia comum de eolução! ?lm disso, os testes de causalidade de 9ranger reelaram /ue
as ariações da 4elic precedem as ariações na díida pIblica, apontando para a exist#ncia de
causalidade unilateral da renda de (uros para a expansão do endiidamento do setor pIblico brasileiro!
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#20,0
#15,0
#10,0
#5,0
0,0
5,0
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15,0
20,0
25,0
B u " # 9 7
d e C # 9 7
B u " # 9 8
d e C # 9 8
B u " # 9 9
d e C # 9 9
B u " # 0 0
d e C # 0 0
B u " # 0 1
d e C # 0 1
B u " # 0 2
d e C # 0 2
B u " # 0 3
d e C # 0 3
B u " # 0 4
d e C # 0 4
B u " # 0 5
d e C # 0 5
B u " # 0 6
d e C # 0 6
B u " # 0 7
d e C # 0 7
B u " # 0 8
d e C # 0 8
( % )
#12,0
#6,0
0,0
6,0
12,0
18,0
( % )
FF (* -.u$"a& e /.u$pame"'o& (/* o"&'rução $$l (/*
2O=5"1 +0"?!
0ara testar a influ#ncia da renda financeira sobre o comportamento da taxa de inestimento em capital
fixo produtio foi especificada uma relação entre esta ariáel e duas outras ariáeis explicatias1 odiferencial entre produtiidade e salário mdio real, como uma prox6 da lucratiidade do capital fixo
produtio )03-3U* e o rendimento financeiro acumulado como percentagem da renda disponíel bruta
)3DB*!
Os resultados da estimação reelam a exist#ncia de uma relação de cointegração! +sto significa /ue
existe uma relação de e/uilíbrio de longo prazo entre inestimento, lucro empresarial e lucro
financeiro, podendo ser interpretada como um resultado da macro-estrutura de base deste regime!
QUADRO ) RELAO INVESTIMENTO, LUCRATIVIDADE E RENDA FINANCEIRA ?))-/@?ample (adBu&'ed* 1991D3 2008D4 "cluded o:&er%a'$o"& 70 a)'er adBu&'me"'& ?'a"dard error& $" ( * E '#&'a'$&'$c& $" G
L?TINV@ L?PRRW@ L?RENDFIN@ C #0529243 0283373 #5577660
(010270* (004989*
#515340G 567961G
$
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=o [uadro K, o fato de a elasticidade-lucro de longo prazo do inestimento ter se reelado negatia
embora significatia )-%,JK*, en/uanto a elasticidade-renda financeira mostrou-se positia e
estatisticamente significatia )%,$'*, um indício de /ue a financeirização atua diretamente sobre as
decisões de alocação das poupanças empresariais do setor produtio! Os aumentos da massa de lucro
obtidos pelo crescimento dos gan.os de produtiidade não são capazes de impulsionar a taxa de
inestimento, por/ue os atios financeiros oferecem uma alternatia de realorização muito mais
atratia, em termos de li/uidez e risco, do /ue as imobilizações /ue a 2B82 exige! "sta eid#ncia
empírica sustenta a .ipótese de /ue a financeirização por (uros elea a prefer#ncia pela li/uidez dos
empresários e detentores de capital e, conse/Aentemente, tende a manter baixa a taxa de crescimento do
esto/ue de capital fixo produtio )taxa de acumulação de capital*!
Dee-se destacar, porm /ue este resultado está influenciado fortemente pelos dados da subamostra
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proocarem a contaminação das expectatias dos empresários pelas aaliações curto-prazistas dos
mercados financeiros! ?final, parte expressia das grandes empresas produtias tem sua estrutura de
atios comprometida com operações financeiras! 0ara países em desenolimento, a financeirização
torna-se um entrae estrutural ainda maior por/ue prooca a reconcentração funcional da renda em
faor dos detentores de capital sem necessariamente induzi-los a elear o níel de inestimento
produtio, fator básico da geração de emprego e de renda!
5rabal.os futuros deerão propor o desenolimento de indicadores de financeirização para o níel da
firma e setorial, bem como a formulação de um modelo macroeconômico teórico /ue possa elucidar as
condições de estabilidade dinmica do regime de crescimento! ? crise americana atual e seus impactos
sobre a economia brasileira abrem um importante campo para pes/uisas sobre as características e
iabilidade de tais regimes!
$K
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ANEO: FIGURA ) MACRO-ESTRUTURA DA FINANCEIRIAO POR XUROS EM SETORES E CLASSES SOCAIS NA ECONOMIABRASILEIRA
2O=5"1 "laboração própria!
H Acumulação :a"c-r$$o#
)$"a"ce$ra :a&eada em
re"da )$xa e der$%a'$%o&
HPre&&ão para a ele%ação
da& 'axa& de Buro&
He&e&'mulo I& operaçe&
de crJd$'o
SETOR FINANCEIRO
SETOR PRODUTIVO
SETOR PÚBLICO
CAPITAL(e'e"'ore& de cap$'al,
re"'$&'a& e empre&-r$o&*
TRABALHO
H /x$K>"c$a& de marKe"& ma$&
ele%ada&
H Aume"'o da alocação
)$"a"ce$ra da poupa"ça
empre&ar$al e .ueda da 'axa
de acumulação de cap$'al )$xo
H Perda de au'o"om$a da
pol'$ca eco"Lm$ca,
par'$cularme"'e da pol'$ca
mo"e'-r$a
H$&c$pl$"a )$&cal
Ho"'e"ção do& Ka&'o&
&oc$a$&
H Aume"'o da profit share
HAume"'o da pre)er>"c$a
por a'$%o& l.u$do& e )uKa
da& $mo:$l$Caçe&
H For'e dema"da pela re"da
de Buro&
HPre&&ão para a
ma"u'e"ção de &uper-%$'&
)$&ca$& ele%ado& e cor'e do&
Ka&'o& p:l$co&
H Dueda da wage share
Ha$xa Keração de empreKo
Ho"'e"ção &alar$al
HAume"'o da )lex$:$l$dade.ua"'$'a'$%a e &alar$al
HAume"'o da precar$edade
da& relaçe& de 'ra:alMo
HTerce$r$Cação
e"da )$"a"ce$ra como :a&e da
re%alor$Cação do& cap$'a$&
A.u$&$ção de a'$%o& e produ'o& )$"a"ce$ro& al'er"a'$%o&
I alocação d$re'ame"'e produ'$%a do& recur&o& "ão
co"&um$do&
o"'e"ção &alar$al e re'e"ção do& Ka"Mo& de produ'$%$dade
$&'r$:u$ção do& lucro& e d$%$de"do& &uBe$'a I
"orma de re"'a:$l$dade $mpo&'a pela& )$"a"ça&
/ x p a " & ã o d a r e " d a d e B u r o &
e"da
)$"a"ce$ra
/"KaBame"'o em operaçe& 'p$ca&
de $"&'$'u$çe& )$"a"ce$ra&
/le%ação da carKa 'r$:u'-r$a
&o:re a& empre&a&
/le%ação da carKa 'r$:u'-r$a &o:re o& a&&alar$ado&
F $ " a " c $ a m e " ' o d a d $ d a p : l $ c a
Financeirizaçã !ari"#eza e ! re$i%e !ecre&ci%en'
Aume"'o do e"d$%$dame"'o )am$l$ar
e&pe&a&
de Buro&
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8/18/2019 Finance_led Growth Regime No Brasil
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B0$;0#2&'50'
?9;+"55?, Lic.el! ;a 9rise! 6ourquoi en est-on arriv( l< = 9omment en sortir = ]ditions Lic.alon,$%%' E
^^^^^^^^^^^^^^^^! ;a glo'alisation financi>re! ]ditions ;a Dcouerte, collection 3ep_res, 0aris!re! ol < et $, ;a Dcouerte, 0aris, $%% edição, p-E
"045"+=, 9erald! 8inancialization& rentier interests and 9entral #anH 6olic6! 0"3+ Conference onP2inancialization of t.e Uorld "conom6Q, December, $%%
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4OB3"+3?, 3 )org*! 3egulação 2inanceira e Bancária, 401 ?tlas, $%%J!45OC8R?LL"3, "! 8inancialization and the slowdown of accumulation! Cambridge :ournal of "conomics, n! $', p! G