Final comparação da estrutura em tamanho de populações de peixes em lagos

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Comparação da estrutura em tamanho de populações de peixes em lagos, Amazonas, Brasil. Aluno: Luigi Dieb Magalhães (Engenharia de Pesca– UFAM) - Bolsista INPA/CNPq Orientadora: Dra. Maria Gercilia Mota Soares - INPA/CPBA Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA Coordenação de Biodiversidade – CBIO Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq I Congresso de Iniciação Científica do INPA - I CONIC INPA Manaus, Amazonas - 2012

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Comparação da estrutura em tamanho de populações de peixes

em lagos, Amazonas, Brasil.

Aluno: Luigi Dieb Magalhães (Engenharia de Pesca– UFAM) - Bolsista INPA/CNPqOrientadora: Dra. Maria Gercilia Mota Soares - INPA/CPBA

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPACoordenação de Biodiversidade – CBIO

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBICConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq

I Congresso de Iniciação Científica do INPA - I CONIC INPA

Manaus, Amazonas - 2012

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Introdução

Região Neotropical

in bbc.com.uk/nature/ecozones

Mais rica e diversificada ictiofauna do mundo.¹

Região amazônica possui cercade 3.000 spp. de peixes. ²

¹ Goulding, 1980; ² Reis et al., 2003.

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Diversidade e abundância de espécies.

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Introdução

Peixes Componentes importantes nas áreas alagadas da Amazônia

Pesca

Comercial Subsistência

Importante fonte de proteína ³in pescadejaraqui.blogspot.com/2010

3

³ Araujo-Lima et al., 1986.

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Introdução

Ecologia, abundância e distribuição:

rios ¹’⁴

lagos de várzea ’ ’⁵ ⁶ ⁷

⁴ Silvano et al., 2000; Mérona & Bittencourt, 1983; Saint-Paul ⁵ ⁶ et al.,2000; ⁷ Soares et al., 2009.

in portalamazonia.com.br/amazoniadeaaz

4

Temas mais abordados: Alimentação ¹, reprodução e dinâmica populacional ⁷

Lugares abordados nos estudos:

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Hipótese

A estrutura de comprimento de populações de peixes capturados com malhadeiras pode diferir entre lagos próximos e distantes do rio Solimões-Amazonas.

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Objetivos Geral: Determinar a estrutura em comprimento de espécies de peixes capturados em lagos localizados em diferentes posições ao longo do gradiente de inundação do rio Solimões-Amazonas.

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Específicos

• Selecionar as espécies mais abundantes;

• Determinar a estrutura em comprimento de populações de peixes;

• Comparar a estrutura em comprimento de populações de peixes em

posições diferenciadas ao longo do gradiente de inundação do rio

Solimões-Amazonas.

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Área de Estudo

Imagens: LEPA/INPA

8

Duas áres selecionadas:

Ilha do Risco eSistema lacustreDo rio Arari.

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Área de Estudo

Localização dos lagos na Ilha do Risco

Área 160 km².

8FONTE: Prestes, 2011com adaptações

Comandá; Praia; Tracajá; Acari; Pucu e Purupuru

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Área de Estudo

Localização dos lagos no Sistema Lacustre do Rio Arari

Área 462 km². 9

FONTE: Prestes, 2011 com adaptações.

Araçá;Araçazinho;Babaçu;Juquiri,Itapaiúna eSucurijú.

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Material e métodos

Coleta de peixes (período de cheia – 2002 e 2005)Influência da conectividade entre sistemas aquáticos na comunidade de peixes: Implicações

para o manejo da pesca em lagos de várzea, município de Itacoatiara, Amazonas

Malhadeiras (25x2m) Expostas por 24 h

Despescas a cada 6 hrs

Uso de Chaves ’ ’¹⁸ ⁹ ⁰

Comprimento padrão (cm)Peso (gr)

Malhas de 20 a 90 mm

⁸ Géry, 1977; Ferreira ⁹ et al., 1998; ¹ Santos ⁰ et al., 2004.

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Fotos: LEPA/INPA

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Material e métodosAnálise dos dados

Estrutura em comprimento das populações – Frequência de ocorrência em classes de comprimento (variações de 1cm).

Comparação dos tamanhos das médias dos peixes – Teste t de Student ¹¹, α=0,05.

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¹¹ Zar, 1996.

P<0,05 - Significante

R (free-software) foi usado nos cálculos estatísticos.

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Resultados

3753 peixes capturados durante as coletas.

Ordens dominantes: Characiformes (65%), Siluriformes (13%), Perciformes (12%), Outras ordens (10%).

Ilha do Risco

2181 peixes capturados,Characiformes (n=1590).

Sistema Lacustre do rio Arari

1576 peixes capturados,Characiformes (n=861).

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Espécies mais abundantes nos grupos de lagos

4 espécies selecionadas

2 espécies migradoras

2 espécies residentes

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Imagens: Santos et al., 2006.

Triportheus angulatus (Spix & Agassiz, 1829) (n=254)

Pygocentrus nattereri Kner, 1858 (n=224)

Acestrorhynchus falcirostris (Cuvier, 1819) (n=54)

Triportheus auritus (Valenciennes,1850) (n=89)

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5.5 6.5 7.5 8.5 9.5 10.5 11.5 12.5 13.5 14.5 15.5 16.5 17.5 18.5 19.5 20.5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Ilha do Risco (n=226)

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5.5 6.5 7.5 8.5 9.5 10.5 11.5 12.5 13.5 14.5 15.5 16.5 17.5 18.5 19.5 20.5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

S. Lacustre Arari (n=28)

A diferença é significativa p<0,05 (Teste-t: p=0,000)

Lagos próximos do rio parecem abrigar indivíduos jovens de T. angulatus.

Resultados e discussão

T. angulatus

Lagos distantes do rio Solimões-AMLagos próximos do rio Solimões-AM

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9.5 10.5 11.5 12.5 13.5 14.5 15.5 16.5 17.5 18.5 19.5 20.50

5

10

15

20

25

30

Ilha do Risco (n=28)

9.5 10.5 11.5 12.5 13.5 14.5 15.5 16.5 17.5 18.5 19.5 20.50

5

10

15

20

25

30

S. Arari (n=61)

Houve diferença significativa p<0,05 (Teste-t: p=0,000)

Resultados e discussão

T. auritus

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Lagos distantes do rio Solimões-AMLagos próximos do rio Solimões-AM

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4.5 5.5 6.5 7.5 8.5 9.5 10.5 11.5 12.5 13.5 14.5 15.5 16.5 17.5 18.5 19.5 20.5

0

5

10

15

20

25

30

35 Ilha do Risco (n=68)

4.5 5.5 6.5 7.5 8.5 9.5 10.5 11.5 12.5 13.5 14.5 15.5 16.5 17.5 18.5 19.5 20.5

0

5

10

15

20

25

30

35

S. Arari (n=156)

Houve diferença significativa p<0,05 (Teste-t: p=0,000)

P. nattereri é residente e predadora tem maiores chances de colonizar em vários ambientes.

Resultados e discussão

P. nattereri

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Lagos distantes do rio Solimões-AMLagos próximos do rio Solimões-AM

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6.5

9.5

12.5

15.5

18.5

21.5

24.5

27.5

30.5

33.5

36.5

39.5

42.5

45.5

0

1

2

3

4

5Ilha do Risco (n=29)

6.5

9.5

12.5

15.5

18.5

21.5

24.5

27.5

30.5

33.5

36.5

39.5

42.5

45.5

0

1

2

3

4

5

S. Arari (n=25)

Não houve diferença significativa p>0,05 (Teste-t: p=0,084)

Resultados e discussão

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A. falcirostris

Lagos distantes do rio Solimões-AMLagos próximos do rio Solimões-AM

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Conclusão

•A hipótese de que o tamanho das populações difere entre os lagos localizados próximos e distantes do rio Solimões-Amazonas é aceita para P. nattereri, T. angulatus e T. auritus e rejeitada para A. falcirostris.

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Referências citadasAraujo-Lima, C. A. R. M.; Forsberg, B. R.; Victoria, R.; Martinelli, L. 1986. Energy Sources for Detritivorous

Fishes in the Amazon. Science 234(4781): 1256-1258.Ferreira, E.J.G., Zuanon, J.A.S.; Santos, G.M. 1998. Peixes comerciais do médio Amazonas: Região de

Santarém, Pará. IBAMA. Brasília. 211pp.Géry, J. 1977. Characoids of the world. T.F.H. Publications, Inc., N.J. 672 pp.Goulding, M. 1980. The fishes and the Forest: exploration in Amazonian natural history. University of California Press, Berkeley. 280 pp.Mérona, B. & Bittencourt, M. M. Lês peuplements de poisons du ‘lago do Rei’, um lac d’inondation d’Amazonie Central: description génerale. Amazoniana, 12: 415:441Prestes, L. 2011. Assembléias de peixes em unidades geomorfológicas distintas no periodo de seca, região de Itacoatiara, Amazonas. Dissertação de mestrado. Instituto Nacional de pesquisas da Amazônia/Universidade Federal do Amazonas. Reis, R.E., S.O. Kullander & C.J. Ferrari Jr. 2003. Check list of the freshwater fishes of South and Central America. EDPUCRS, Porto Alegre, Brasil.Saint-Paul, U ; Zuanon, J. ; Correa, M. A. V. ; Garcia, M. ; Fabré, N. . ; Berger, U. ; Junk, W. J. 2000. Fish communities in central Amazonian white- and blackwater floodplains. Environmental Biology of Fishes, The Netherlands, v. 57, p. 235-250, 2000.Santos, G. M.; Mérona, B.; Juras, A. A.; Jégu, M. 2004. Peixes do Baixo Rio Tocantins: 20 anos depois

da Usina Hidrelétrica Tucuruí/Brasília: Eletronorte. 216 pp.Silvano, R. A. M.; Amaral, B. D.; Oyakawa, O. T. 2000. Spatial and temporal patterns of diversity and distribution of the Upper Juruá River fish community (Brazilian, Amazon). Environmental Biology of Fishes. 57: 25-35.Soares, M. G. M.; Silva, F. R.; Anjos, H. D. B.; Prestes, L.; Bevilaqua, D. R. & Campos, C. P. 2009. Ambientes de

pesca e a ictiofauna do complexo lacustre do lago grande de Manacapuru, AM: Composição taxonômica e parâmetros populacionais. In: Fraxe, T. J. P.; Witkoski, A. C. (Eds). A

pesca na Amazônia Central – Ecologia, conhecimento tradicional e formas de manejo. Editora EDUA, Manaus. P 59-89.Zar, J. H. Bioestatical analysis. 3rd ed. New Jersey: Prentice-Hall, 1996. 663 pp.

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