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Filipe José da Fonseca Carvalho A Comunicação do Compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, das Organizações Portuguesas Certificadas em Qualidade, Ambiente e Segurança Novembro de 2015
Filipe José da Fonseca Carvalho A Comunicação do Compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, das Organizações Portuguesas Certificadas em Qualidade, Ambiente e Segurança Dissertação de Mestrado Mestrado em Engenharia Industrial Especialização em Qualidade, Segurança e Manutenção Trabalho efetuado sob a orientação do Professor Doutor Paulo Alexandre Sampaio Novembro de 2015
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL
DECLARAÇÃO.
DECLARAÇÃO
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome do Mestrando: Filipe José da Fonseca Carvalho
Endereço Eletrónico: [email protected]
Número de Aluno: PG9026
Número de Telemóvel: 964126862
Número de Identidade Civil: 10514950
Título da Dissertação: A Comunicação do Compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, das
Organizações Portuguesas Certificadas em Qualidade, Ambiente e Segurança
Orientador: Professor Doutor Paulo Alexandre da Costa Araújo Sampaio
Ano de Conclusão: 2015
Designação do Mestrado: Mestrado em Engenharia Industrial (MEI)
Ramo de Especialização em Qualidade, Segurança e Manutenção (QSM)
Entidade de Ensino Superior: Universidade do Minho (UM) | Escola de Engenharia (EEng)
Departamento de Produção e Sistemas (DPS)
Localização: Campus de Azurém | Guimarães
DECLARAÇÃO DO AUTOR
Serve a presente declaração, para comunicar que no âmbito da regulamentação legal aplicável ao
presente trabalho académico (dissertação de mestrado), o autor Filipe José da Fonseca Carvalho,
DECLARA, nos seus direitos, que é autorizada a reprodução integral desta dissertação apenas para
efeitos de investigação, mediante declaração escrita do interessado, que a tal se compromete, cumprir.
Universidade do Minho, 30 de novembro de 2015.
Assinatura: _____________________________________________________
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL
TERMO DE RESPONSABILIDADE.
“A política é a arte do compromisso, mas nenhum compromisso
é sólido quando não se parte para ele com convicções
e uma clara perceção do rumo que se quer seguir
e dos limites que não se podem ultrapassar”.
(Fernandes, 2008, p. 50)
As ideias expressas na presente Dissertação de Mestrado
são da inteira responsabilidade do Autor.
____________________________
i) O leitor encontra na contracapa da Dissertação de Mestrado, o perfil de apresentação (resumo do curriculum vitae) do Autor & Orientador (); ii) A estrutura e formatação da Dissertação de Mestrado segue, no geral, as regras estipuladas no Despacho RT-32/2005, de 14 de junho, publicado pela Reitoria da Universidade do Minho (UM), no âmbito da implementação das “Normas de Formatação das Teses de Mestrado e de Doutoramento”; iii) O presente texto da Dissertação de Mestrado foi redigido segundo as regras impostas pelo Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, na sequência da publicação da Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011, do Diário da República, N.º 17, Série I, de 25 de janeiro de 2011, que determinou a aplicação do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a partir de 1 de janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na sua dependência institucional ou tutela, tais como a Universidade do Minho (UM) | (Fonte: https://www.incm.pt/actos/acordo_ortografico.html); iv) O texto integral da redação da Dissertação de Mestrado, apresenta as diversas fontes de informação bibliográfica referenciadas de acordo com o estilo, geral, recomendado pela Universidade do Minho (UM), no seguimento das diretrizes internacionalmente propostas pela American Psychological Association (APA), isto é, o texto da dissertação encontra-se redigido de acordo com as regras impostas, atualmente, pela referência: APA. (2009). Publication Manual of the American Psychological Association. 6th Edition. Washington (USA): American Psychological Association (APA) | (Fonte: http://www.apastyle.org/); v) A versão final da Dissertação de Mestrado foi publicada após a prestação de Provas Públicas de Defesa: Mestrado, em 26 de novembro de 2015 (provas realizadas pelas 11:00 horas na Escola de Engenharia da Universidade do Minho, em Azurém, Guimarães). O Júri das Provas foi constituído pelo Professor Doutor Eusébio Manuel Pinto Nunes, na função de Presidente, pelo Professor Doutor Paulo Alexandre da Costa Araújo Sampaio, na função de Orientador e, por último, pelo Professor Doutor José Pedro Teixeira Domingues, na função de Arguente, todos os três (3) elementos constituintes do Júri das Provas Públicas pertenciam, à data das provas, ao Departamento de Produção e Sistemas (DPS) da Escola de Engenharia (EEng) da Universidade do Minho (UM).
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL
iii
DEDICATÓRIA
ele filipe,
dedica a dissertação
de mestrado a todos aqueles …
que têm acreditado, ao longo da sua vida …
académica & profissional, no(s) seu(s) valor(es), como:
homem, amigo, profissional, … à sua querida filha matilde (rosa),
à rosa, pais, irmãos, tios, amigos, … aos familiares, professores, colegas, …
muito obrigado, pela vossa ajuda, força, incentivo, dedicação e amizade, em mais
este (de)grau, marcante da sua vida atual! Regra de São Bento: Ora & Labora
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL
iv
AGRADECIMENTOS
Embora a Dissertação de Mestrado seja um trabalho académico de investigação de caráter individual, a
sua preparação e realização só foi possível com os contributos dados por várias pessoas e entidades, a
quem o autor gostaria de expressar publicamente os seus sinceros agradecimentos. Assim, agradece:
ao Professor Doutor Paulo Alexandre da Costa Araújo Sampaio, docente do Departamento de Produção e Sistemas (DPS) da Universidade do Minho (UM), e Orientador da atual dissertação, pela sua visão, orientação, atenção, sabedoria, conhecimento, incentivo, motivação, apoio, disponibilidade, proximidade, companheirismo, amizade, simpatia, paciência, dedicação e, por todas, as sugestões oportunamente feitas durante a orientação do atual trabalho académico;
ao Professor Doutor José Manuel Henriques Telhada, docente do Departamento de Produção e Sistemas (DPS) da Universidade do Minho (UM), e Diretor de Curso do Mestrado em Engenharia Industrial (MEI), pela sua dedicação, disponibilidade, proximidade, amizade e atenção, sempre manifestada junto dos alunos, durante a coordenação do curso de mestrado;
à Doutora Fernanda Pargana, Secretária Geral do BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, pela autorização concedida para publicação integral na atual dissertação de mestrado, dos testemunhos citados e publicados por alguns membros do BCSD Portugal, no âmbito da comunicação do “Compromisso com o Desenvolvimento Sustentável”;
à Professora Doutora Teresa Cristina Pereira Eugénio, docente do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), à Professora Doutora Maria Helena Aguiar Pereira Pestana, docente do Instituto Universitário de Lisboa (IUL), ao Professor Doutor Luís Miguel Ciravegna Martins da Fonseca, docente do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), aos Professores Doutores Manuel Gilberto Freitas dos Santos e Joaquim José de Almeida Soares Gonçalves, docentes do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), ao Professor Doutor Manuel Emílio Mota de Almeida Delgado Castelo Branco, docente da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) e, por último, ao Professor Doutor Fernando Carlos Cabrita Romero, docente da Universidade do Minho (UM), pelos importantes esclarecimentos, informação e documentação disponibilizada;
ao Dr. Luís Paulo Morais, Diretor Geral (Editor) da organização CEMPALAVRAS – Comunicação Empresarial, Lda., pela informação facultada, ao longo dos últimos anos, onde se destaca a disponibilização anual a título gratuito do Guia de Empresas Certificadas em Portugal (GEC);
às Direções Técnicas de todos os Organismos de Certificação, que operam em Portugal, por toda a informação, documentação e esclarecimentos vários, atempadamente disponibilizados;
ao corpo docente que lecionou, a todos os colegas que participaram e aos elementos do secretariado do curso de mestrado, pelo apoio, ajuda, proximidade, disponibilidade e amizade;
à família, em especial aos seus pais, irmãos e sua esposa Rosa e sua filha Matilde Rosa, pelo amor, ajuda, força, apoio, incentivo e compreensão, sem o qual, tudo isto, não seria possível!
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL
v
A COMUNICAÇÃO DO COMPROMISSO
PARA COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL,
DAS ORGANIZAÇÕES PORTUGUESAS CERTIFICADAS
EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
RESUMO
Atualmente, as organizações, a nível mundial, procuram, cada vez mais, legitimar perante as partes
interessadas a sua atuação responsável nas três dimensões do desenvolvimento sustentável, ou seja,
na dimensão económica, ambiental e social. Neste sentido, as organizações portuguesas tem vindo
adotar a certificação dos sistemas integrados de gestão (qualidade, ambiente, segurança e saúde do
trabalho), como forma de demonstrarem o seu compromisso para com o desenvolvimento sustentável.
O objeto de estudo da atual investigação fundamenta-se na comunicação do compromisso para com o
desenvolvimento sustentável, no âmbito da análise dos conteúdos estratégicos que são publicados e
divulgados no website institucional, por 540 organizações portuguesas certificadas em qualidade,
ambiente e segurança. O enquadramento teórico é suportado por três teorias organizacionais: a teoria
institucional, a teoria da legitimidade e a teoria dos stakeholders, comumente associadas na literatura a
processos de divulgação de informação. O método de investigação apoiou-se na técnica de análise de
conteúdo, para explorar os compromissos assumidos pela gestão de topo, aquando da aprovação das
declarações da visão, missão, valores, objetivos, princípios de negócio, estratégia empresarial e
políticas da organização. Entre os compromissos para com o desenvolvimento sustentável analisados,
constatou-se que os três mais frequentes são relativos aos clientes (consumidores), recursos humanos
(colaboradores) e melhoria contínua. O perfil da organização em que a comunicação do compromisso
para com o desenvolvimento sustentável é mais proeminente, carateriza-se por agrupar organizações
com elevado volume de vendas, que assumem a forma jurídica de sociedade anónima (S.A.), que se
localizam nos distritos de Lisboa ou Setúbal, que se designam por entidades públicas, que pertencem a
um grupo membro do BCSD Portugal e que publicam relatórios (contas e sustentabilidade) na Internet.
Palavras-Chave:
Desenvolvimento Sustentável, Sistema Integrado de Gestão (Qualidade, Ambiente e Segurança), Análise
de Conteúdo, Comunicação, Teoria Institucional, Teoria da Legitimidade e Teoria dos Stakeholders.
MASTER DISSERTATION IN INDUSTRIAL ENGINEERING
vi
THE COMMUNICATION OF COMMITMENT
TOWARDS THE SUSTAINABLE DEVELOPMENT,
OF THE PORTUGUESE ORGANIZATIONS CERTIFIED
IN QUALITY, ENVIRONMENT AND SAFETY
ABSTRACT
Nowadays and worldwide, organizations seek increasingly legitimate its responsible behaviour to
stakeholders in three dimensions of the sustainable development, the economic, environmental and
social dimension. In this sense, the Portuguese organizations have adopted the certification of
integrated management systems (quality, environment, occupational health and safety), in order to
demonstrate their commitment towards sustainable development. The object of study of current
research is based on the communication of commitment towards sustainable development within the
analysis of the strategic content that is published and disclosed in the institutional websites of 540
Portuguese organizations certified in quality, environment and safety. The theoretical framework is
supported by three organizational theories: the institutional theory, the legitimacy theory and the
stakeholder theory, commonly associated in the literature to disclosure of information processes. The
method of investigation relied on the content analysis technique to explore the commitments made by
top management when adopting statements of the vision, mission, values, goals, business principles,
corporate strategy and policies of the organization. Among the commitments towards sustainable
development analysed, it was found that the three most common are related to customers
(consumers), human resources (employees) and continuous improvement. The profile of the
organization in which the communication of commitment towards sustainable development is more
prominent, is characterized to group organizations with high volume sales, which take the legal form of
public limited company or corporation (PLC), which are located in the districts of Lisbon or Setubal,
which are called public entities, which belong to an group member of BCSD Portugal (Business Council
for Sustainable Development) and which publish reports (accounts and sustainability) on the Internet.
Keywords:
Sustainable Development, Integrated Management Systems (Quality, Environment and Safety), Content
Analysis, Communication, Institutional Theory, Legitimacy Theory and Stakeholder Theory.
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL
vii
ÍNDICE
DECLARAÇÃO i DEDICATÓRIA iii AGRADECIMENTOS iv RESUMO v ABSTRACT vi ÍNDICE vii ÍNDICE DE FIGURAS x ÍNDICE DE TABELAS xii LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÓNIMOS xiii
1. INTRODUÇÃO 2
1.1. ENQUADRAMENTO 2
1.2. MODELO CONCEPTUAL 4
1.3. MOTIVAÇÃO 6
1.4. OBJETIVOS 7
1.5. MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO 7
1.6. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO 8
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 10
2.1. TEORIAS ORGANIZACIONAIS 10
2.1.1. Teoria Institucional 11
2.1.2. Teoria da Legitimidade 13
2.1.3. Teoria dos Stakeholders 15
2.2. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 18
2.2.1. O Conceito 18
2.2.2. As Dimensões 21
2.2.3. A Evolução Histórica 23
2.2.4. A Sustentabilidade Organizacional 24
2.2.5. A Responsabilidade Social Organizacional 25
2.2.6. O Desenvolvimento Sustentável nas Organizações 26
2.2.7. A Comunicação do Desenvolvimento Sustentável nas Organizações 28
2.3. SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE 29
2.3.1. Evolução Normativa 29
2.3.2. Modelo do Sistema de Gestão 30
2.3.3. Comunicação com as Partes Interessadas 31
2.3.4. Enquadramento com o Desenvolvimento Sustentável 31
2.4. SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL 32
2.4.1. Evolução Normativa 32
2.4.2. Modelo do Sistema de Gestão 33
2.4.3. Comunicação com as Partes Interessadas 34
2.4.4. Enquadramento com o Desenvolvimento Sustentável 34
2.5. SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO 35
2.5.1. Evolução Normativa 35
2.5.2. Modelo do Sistema de Gestão 36
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL
viii
2.5.3. Comunicação com as Partes Interessadas 37
2.5.4. Enquadramento com o Desenvolvimento Sustentável 37
2.6. SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO 38
2.6.1. Evolução Normativa 38
2.6.2. Modelo do Sistema de Gestão 40
2.6.3. Comunicação com as Partes Interessadas 41
2.6.4. Enquadramento com o Desenvolvimento Sustentável 42
2.7. OUTROS SISTEMAS DE GESTÃO NO ÂMBITO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 43
2.7.1. Sistema de Gestão da Responsabilidade Social 43
2.7.2. Sistema de Gestão do Desenvolvimento Sustentável 44
2.8. CERTIFICAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO EM PORTUGAL 45
2.9. ESTRATÉGIA E POLÍTICAS DA ORGANIZAÇÃO PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL 46
2.9.1. A Visão 48
2.9.2. A Missão 49
2.9.3. Os Valores 50
2.9.4. Os Objetivos 51
2.9.5. Os Princípios de Negócio 52
2.9.6. A Estratégia Empresarial 52
2.9.7. A Política da Qualidade 53
2.9.8. A Política de Ambiente 53
2.9.9. A Política da Segurança e Saúde do Trabalho 53
2.9.10. A Política de Sustentabilidade 54
2.9.11. A Política da Responsabilidade Social 54
2.9.12. A Política de Desenvolvimento Sustentável 54
2.9.13. A Política do Sistema Integrado de Gestão 54
2.9.14. A Gestão do Sucesso Sustentado das Organizações 55
2.9.15. O Governo das Organizações e o Desenvolvimento Sustentável 56
2.10. CULTURA, LIDERANÇA E COMPROMISSO ORGANIZACIONAL 57
2.11. COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 58
2.12. COMUNICAÇÃO DO COMPROMISSO COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 59
2.13. ESTUDOS EMPÍRICOS: A COMUNICAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 60
3. METODOLOGIA 64
3.1. QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO 64
3.2. HIPÓTESES DE INVESTIGAÇÃO 64
3.2.1. Teorias Organizacionais na Base da Investigação 64
3.2.2. Formulação das Hipóteses de Investigação 66
3.3. PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO 69
3.3.1. Formulação do Projeto de Investigação 69
3.3.2. Fluxograma do Processo de Investigação 70
3.4. ANÁLISE DE CONTEÚDO 71
3.4.1. Descrição da Técnica 71
3.4.2. Corpus de Análise 73
3.4.3. Documentos de Análise 73
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL
ix
3.4.4. Categorias de Análise 74
3.4.5. Subcategorias de Análise 75
3.4.6. Unidades de Análise 76
3.4.7. Codificação dos Dados 78
3.4.8. Listas de Verificação 78
3.5. BASE DE DADOS DE INVESTIGAÇÃO 79
3.6. UNIVERSO E AMOSTRA DE INVESTIGAÇÃO 80
3.7. VARIÁVEIS DE INVESTIGAÇÃO 81
3.7.1. Variável Dependente 81
3.7.2. Variáveis Independentes 82
3.8. RECOLHA E TRATAMENTO DOS DADOS 84
3.8.1. Recolha dos Dados 84
3.8.2. Tratamento dos Dados 84
4. RESULTADOS 86
4.1. ANÁLISE DE RESULTADOS 86
4.1.1. Análise Descritiva 86
4.1.2. Análise Univariada 92
4.1.3. Análise Bivariada 94
4.1.4. Análise Multivariada 97
4.2. DISCUSSÃO DE RESULTADOS 100
5. CONCLUSÃO 104
5.1. CONCLUSÕES FINAIS 104
5.2. LIMITAÇÕES E CONSTRANGIMENTOS 106
5.3. FUTUROS DESENVOLVIMENTOS 106
BIBLIOGRAFIA 108
ANEXOS 126
I. LISTAS DE VERIFICAÇÃO 126
I.1. Lista de Verificação I – Recolha de Documentos 126
I.2. Lista de Verificação II – Classificação dos Compromissos 127
II. CORRESPONDÊNCIA DAS NORMAS DA QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA 129
III. CARTA EMPRESARIAL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 131
IV. ELEMENTOS QUE FUNDAMENTAM A ESTRATÉGIA E POLÍTICA SUSTENTÁVEL 132
V. CATEGORIAS E SUBCATEGORIAS DE RELATO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 133
VI. COMPROMISSO DAS ORGANIZAÇÕES COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 134
VII. ORGANIZAÇÕES CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA 142
VIII. CARATERIZAÇÃO DO UNIVERSO E AMOSTRA DE INVESTIGAÇÃO 154
VIII.1. Universo de Investigação 154
VIII.2. Amostra de Investigação 160
IX. TRATAMENTO ESTATÍSTICO 166
IX.1. Testes de Normalidade 166
IX.2. Testes de Homogeneidade de Variâncias 167
IX.3. Testes de Multicolinearidade 168
X. BASE DE DADOS DE INVESTIGAÇÃO 171
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL
x
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Modelo conceptual de comunicação da organização com as partes interessadas. ............................................. 5
Figura 2 – Os stakeholders na perspetiva da organização................................................................................................ 15
Figura 3 – Os três aspetos da teoria dos stakeholders. .................................................................................................... 16
Figura 4 – Os conceitos que estão na génese do desenvolvimento sustentável. ............................................................... 20
Figura 5 – As dimensões do desenvolvimento sustentável. .............................................................................................. 22
Figura 6 – A gestão do desenvolvimento sustentável organizacional. ............................................................................... 27
Figura 7 – Benefícios da comunicação do desenvolvimento sustentável........................................................................... 28
Figura 8 – Modelo do sistema de gestão da qualidade. ................................................................................................... 30
Figura 9 – Modelo do sistema de gestão ambiental. ........................................................................................................ 33
Figura 10 – Modelo do sistema de gestão da segurança e saúde do trabalho. ................................................................. 36
Figura 11 – Modelo de integração dos sistemas de gestão.............................................................................................. 40
Figura 12 – Relação do desenvolvimento sustentável com o sistema integrado de gestão. ............................................... 42
Figura 13 – Pirâmide da gestão sustentável organizacional. ............................................................................................ 47
Figura 14 – Modelo triaxial da gestão por valores. .......................................................................................................... 50
Figura 15 – Processo de planeamento estratégico. ......................................................................................................... 52
Figura 16 – O governo das sociedades e o sistema integrado de gestão. ......................................................................... 56
Figura 17 – Estrutura documental de um sistema integrado de gestão. ........................................................................... 57
Figura 18 – Fluxograma do processo de investigação. .................................................................................................... 70
Figura 19 – Fase de preparação, organização e relato, no processo da análise de conteúdo. .......................................... 72
Figura 20 – As dimensões do desenvolvimento sustentável, no suporte às categorias de análise. .................................... 74
Figura 21 – Organizações que divulgam as declarações da estratégia e políticas no website. .......................................... 86
Figura 22 – Organizações que divulgam as políticas da organização no website. ............................................................. 87
Figura 23 – Organizações que divulgam documentos de gestão organizacional no website. ............................................. 88
Figura 24 – Organizações que publicaram anualmente relatórios de gestão no website. .................................................. 88
Figura 25 – Organizações que divulgam certificados de conformidade no website. .......................................................... 89
Figura 26 – Relação dos compromissos com o desenvolvimento sustentável por dimensão............................................. 89
Figura 27 – Organizações que divulgam compromissos com o desenvolvimento sustentável. .......................................... 91
Figura 28 – Organizações enquadradas nas categorias das variáveis independentes. ...................................................... 93
Figura 29 – O compromisso com o desenvolvimento sustentável, segundo os membros do BCSD Portugal. .................. 141
Figura 30 – Organizações do universo distribuídas por distrito ou região. ...................................................................... 154
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL
xi
Figura 31 – Organizações do universo distribuídas por unidade territorial. ..................................................................... 154
Figura 32 – Organizações do universo distribuídas por código de atividade económica. ................................................. 155
Figura 33 – Organizações do universo distribuídas por setor de atividade...................................................................... 156
Figura 34 – Organizações do universo distribuídas por forma jurídica. .......................................................................... 156
Figura 35 – Organizações do universo distribuídas por referencial normativo. ............................................................... 157
Figura 36 – Organizações do universo distribuídas por organismo de certificação. ........................................................ 157
Figura 37 – Organizações do universo distribuídas por ranking empresarial. ................................................................. 158
Figura 38 – Organizações do universo distribuídas por tipo de website. ......................................................................... 158
Figura 39 – Organizações do universo distribuídas por caraterísticas do perfil. .............................................................. 159
Figura 40 – Organizações da amostra distribuídas por distrito ou região. ...................................................................... 160
Figura 41 – Organizações da amostra distribuídas por unidade territorial. ..................................................................... 160
Figura 42 – Organizações da amostra distribuídas por código de atividade económica. ................................................. 161
Figura 43 – Organizações da amostra distribuídas por setor de atividade. ..................................................................... 162
Figura 44 – Organizações da amostra distribuídas por forma jurídica. ........................................................................... 162
Figura 45 – Organizações da amostra distribuídas por referencial normativo. ................................................................ 163
Figura 46 – Organizações da amostra distribuídas por organismo de certificação. ......................................................... 163
Figura 47 – Organizações da amostra distribuídas por ranking empresarial. ................................................................. 164
Figura 48 – Organizações da amostra distribuídas por caraterísticas do perfil. .............................................................. 165
Figura 49 – Base de dados de investigação na secção dos dados de identificação. ....................................................... 171
Figura 50 – Base de dados de investigação na secção dos dados da certificação. ......................................................... 172
Figura 51 – Base de dados de investigação na secção das listagens e rankings empresariais nacionais. ....................... 173
Figura 52 – Base de dados de investigação na secção do corpus de análise ou documentos de análise no website. ...... 174
Figura 53 – Base de dados de investigação na secção das políticas da organização. ..................................................... 175
Figura 54 – Base de dados de investigação na secção de outros documentos relevantes na divulgação de informação. . 176
Figura 55 – Base de dados de investigação na secção dos compromissos (dimensões económica e ambiental). ........... 177
Figura 56 – Base de dados de investigação na secção dos compromissos (dimensões social e integrada). .................... 178
Figura 57 – Base de dados de investigação na secção das variáveis de investigação. .................................................... 179
Figura 58 – Base de dados de investigação na secção do tratamento estatístico das variáveis de investigação. ............. 180
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL
xii
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Estrutura gráfica da dissertação de mestrado. ................................................................................................. 8
Tabela 2 – Os principais marcos do percurso histórico do desenvolvimento sustentável. .................................................. 23
Tabela 3 – Requisitos da comunicação com as partes interessadas, por referencial normativo. ....................................... 41
Tabela 4 – Organismos de certificação de sistemas de gestão que operam em Portugal. ................................................. 45
Tabela 5 – Fundamentação teórica das categorias e subcategorias de análise, no processo de categorização. ................. 75
Tabela 6 – Relação do corpus, documentos, categorias, subcategorias e unidades de análise. ........................................ 77
Tabela 7 – Organizações que comunicam compromissos no âmbito do desenvolvimento sustentável. ............................. 90
Tabela 8 – Caraterização das variáveis de investigação (dependente e independentes). ................................................... 92
Tabela 9 – Parâmetros descritivos de caraterização estatística da variável dependente. ................................................... 93
Tabela 10 – Resultados estatísticos da análise descritiva da relação entre as variáveis em estudo. .................................. 94
Tabela 11 – Resultados estatísticos do teste – U de Mann-Whitney. ................................................................................ 95
Tabela 12 – Caraterização da variável dependente transformada. ................................................................................... 97
Tabela 13 – Resultados estatísticos do modelo de regressão logística binária. ................................................................. 98
Tabela 14 – Parâmetros estatísticos do modelo de regressão logística binária. ................................................................ 99
Tabela 15 – Resultados das hipóteses de investigação.................................................................................................. 102
Tabela 16 – Estrutura da lista de verificação utilizada na recolha de documentos no website......................................... 126
Tabela 17 – Estrutura da lista de verificação utilizada na classificação dos compromissos. ............................................ 127
Tabela 18 – Matriz de correspondência das normas da qualidade, ambiente e segurança. ............................................ 129
Tabela 19 – Princípios de gestão ambiental da carta empresarial para o desenvolvimento sustentável. ......................... 131
Tabela 20 – Matriz de autoavaliação dos elementos que fundamentam a estratégia e política sustentável. .................... 132
Tabela 21 – Categorias e subcategorias de relato da sustentabilidade. .......................................................................... 133
Tabela 22 – Testemunho de gestores de topo sobre o compromisso com o desenvolvimento sustentável. ..................... 134
Tabela 23 – Lista de organizações portuguesas certificadas em qualidade, ambiente e segurança. ............................... 142
Tabela 24 – Testes de normalidade à variável dependente. ........................................................................................... 166
Tabela 25 – Testes de homogeneidade de variâncias na relação das variáveis. ............................................................. 167
Tabela 26 – Parâmetros estatísticos da correlação entre as variáveis independentes. .................................................... 168
Tabela 27 – Coeficientes estatísticos de colinearidade da variável dependente. ............................................................. 169
Tabela 28 – Diagnóstico de colinearidade da variável dependente. ................................................................................ 170
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL
xiii
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÓNIMOS
ACE. Agrupamento Complementar de Empresas AENOR Asociación Española de Normalización y Certificación AEP Associação Empresarial de Portugal APA American Psychological Association APCER Associação Portuguesa de Certificação AS Australia Standard B Coeficiente BCSD Business Council for Sustainable Development BM TRADA BM Trada Certification, Ltd. BS British Standard BSI British Standards Institution BVC Bureau Veritas Certification Portugal, Unipessoal, Lda. CCE Comissão das Comunidades Europeias ou Conselho das Comunidades Europeias CCI Câmara de Comércio Internacional CD Committee Draft CDS Comissão para o Desenvolvimento Sustentável ou Comunicação com o Desenvolvimento Sustentável CE Comissão Europeia CEMDS Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável CEO Chief Executive Officer CERTIF Associação para a Certificação CG Corporate Governance CMAD Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento CNUAD Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento CON. Constante CRIS Centro de Responsabilidade e Inovação Social CRL. Cooperativa CS Corporate Sustainability CSC Código das Sociedades Comerciais CSR Corporate Social Responsibility DAS Direct Assessment Services Portugal, Lda. DGAEP Direção-Geral da Administração e do Emprego Público DNV Det Norske Veritas – Classificação, Certificação e Serviços, Lda. DPS Departamento de Produção e Sistemas DQS Sercert – Serviços de Certificação, Lda. DS Desenvolvimento Sustentável ou Dansk Standard DSA Danish Standards Association DVO Dimensão de Vendas da Organização E.M. Empresa Municipal EEDS Estratégia Europeia de Desenvolvimento Sustentável EEng Escola de Engenharia EIC Empresa Internacional de Certificação, S.A. EMAS Eco Management and Audit Scheme EN European Standard ENDS Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável ERM Exposição nos Rankings dos Media ETC. Et Cetera (expressão latina que significa “e outras coisas da mesma espécie”) FEP Faculdade de Economia da Universidade do Porto FJO Forma Jurídica da Organização GEC Guia de Empresas Certificadas gl Graus de Liberdade GMB Grupo Membro do BCSD Portugal GRI Global Reporting Initiative GS Governo das Sociedades HB Handbook IAPMEI Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação IBM International Business Machines ICC Índice de Comunicação do Compromisso ou International Chamber of Commerce IEC International Electrotechnical Commission ILO International Labour Organization IMS Integrated Management Systems IPAC Instituto Português de Acreditação IPCA Instituto Politécnico do Cávado e do Ave IPL Instituto Politécnico de Leiria IPQ Instituto Português da Qualidade
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL
xiv
ISBN International Standard Book Number ISEP Instituto Superior de Engenharia do Porto ISO International Organization for Standardization IUL Instituto Universitário de Lisboa LDA. Sociedade por Quotas LGO Localização Geográfica da Organização LRQA Lloyd’s Register EMEA – Portugal (Lloyd’s Register Quality Assurance, Ltd.) LUSAENOR Lusaenor, Lda. MEI Mestrado em Engenharia Industrial MTD Melhor Tecnologia Disponível N Número NP Norma Portuguesa NTS Norwegian Technology Standards Institution NU Nações Unidas NUT Nomenclatura de Unidade Territorial NZS New Zealand Standard OHSAS Occupational Health and Safety Advisory Services OIT Organização Internacional do Trabalho PAS Publicly Available Specification PC Projeto do Comité PDCA Plan, Do, Check and Act PEVA Planear, Executar, Verificar e Atuar PIB Produto Interno Bruto PIENDS Plano de Implementação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável PLC Public Limited Company PME Pequenas e Médias Empresas QAS Qualidade, Ambiente e Segurança QASST Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde do Trabalho QEC Quality and Environmental Certification, Ltd. QSM Qualidade, Segurança e Manutenção RS Responsabilidade Social RSE Responsabilidade Social Empresarial RSI Relato de Sustentabilidade na Internet S.A. Sociedade Anónima S.E. Erro Normalizado SA Social Accountability SAI Social Accountability International SAO Setor de Atividade da Organização SCCM Stichting Coödinatie Certificatie Milieu SD Sustainable Development SE Sustentabilidade Empresarial SGA Sistema de Gestão Ambiental SGQ Sistema de Gestão da Qualidade SGRS Sistema de Gestão da Responsabilidade Social SGS ICS Serviços Internacionais de Certificação, Lda. SGSST Sistema de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho SIG Sistema Integrado de Gestão Sig. Significância SIGQAS Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança SIGQASST Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde do Trabalho SMART Specific, Measurable, Achievable, Relevant and Time-bound SPE Setor Público Empresarial SPSS Statistical Package for the Social Sciences SST Segurança e Saúde do Trabalho TBL Triple Bottom Line TQM Total Quality Management TS Technical Specification TÜV Rheinland Portugal, Inspecções Técnicas, Lda. UE União Europeia UM Universidade do Minho UN United Nations UNE Una Norma Española USA United States of America VIF Variance Inflation Factor WBCSD World Business Council for Sustainable Development WCED World Commission on Environment and Development WWW World Wide Web
A COMUNICAÇÃO DO COMPROMISSO PARA COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, DAS ORGANIZAÇÕES PORTUGUESAS CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
1
Capítulo 1
INTRODUÇÃO
RESUMO Neste capítulo apresenta-se o enquadramento ao tema da investigação, bem como o modelo conceptual adotado, que esteve na base do estudo desenvolvido. São feitas ainda referências às motivações que estiveram na origem do trabalho, e apresentados os objetivos de investigação, bem como uma breve descrição do método de investigação aplicado e da estrutura gráfica geral da dissertação de mestrado.
INTRODUÇÃO
2
1. INTRODUÇÃO
1.1. ENQUADRAMENTO
Atualmente, em Portugal encontra-se em marcha um conjunto de iniciativas políticas no âmbito do
“Compromisso para o Crescimento Verde”, o qual visa estabelecer as bases para um compromisso
estratégico, com o horizonte temporal de 2030, que impulsione um novo modelo de desenvolvimento
do país nos próximos 15 anos, que concilie, de forma integrada, o crescimento económico, o consumo
de recursos naturais, a justiça social e a qualidade de vida das populações (Alvarenga & Meireles,
2015). Desta forma dá-se seguimento à concretização dos desígnios assumidos em 2007, para o ano
de 2015, pela aplicação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS), publicada na
lei pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 109/2007, de 20 de agosto, a qual tinha como pilares
estratégicos o desenvolvimento económico, a coesão social e a proteção e valorização do ambiente. A
própria Comissão Europeia considera a “Estratégia de Lisboa” como sendo um compromisso, no qual
se assumiu que as questões económicas, sociais e ambientais, têm de estar integradas nas políticas
europeias. A ideia “subjacente a esta estratégia é a de que uma economia forte ajudará, quer à criação
de emprego, quer à criação de políticas sociais e ambientais que assegurem o desenvolvimento
sustentável e a inclusão social” (Santos, 2008a, p. 77). Embora as estratégias para o desenvolvimento
sustentável sejam definidas em termos macroeconómicos, ou seja, em cada país, em cada espaço
económico, e a nível global no planeta, os seus princípios orientadores podem e devem ser aplicados
às organizações, no geral, no sentido que só as organizações sustentáveis poderão ter lugar na
sociedade do futuro, que se deseja mais coesa, mais solidária e mais desenvolvida (Braga & Morgado,
2007, 2012). Dito de outra forma, o “desenvolvimento sustentável é um conceito macro (económico e
social) à escala planetária, o qual não se pode aplicar diretamente a uma organização”, no entanto
todas as organizações têm obrigação de contribuir para o desenvolvimento sustentável (Sotomayor,
Rodrigues, & Duarte, 2013, p. 330). Na literatura são vários os autores que consideram que o conceito
de desenvolvimento sustentável quando abordado à micro escala, ou seja, ao nível organizacional,
pode assumir a designação de “sustentabilidade organizacional” (Baumgartner & Ebner, 2010, p. 77)
ou “responsabilidade social organizacional” (Steurer, Langer, Konrad, & Martinuzzi, 2005, p. 274;
Sotomayor, Rodrigues, & Duarte, 2013, p. 330), pois ambos estes conceitos contribuem muito
significativamente para o conceito global de desenvolvimento sustentável (Pogutz, 2007; Baumgartner,
2014). Na abordagem à sustentabilidade organizacional e à responsabilidade social organizacional, as
organizações, além de adotarem práticas adequadas na vertente económica, integram também as
INTRODUÇÃO
3
preocupações ambientais e sociais nas suas operações e na sua interação com as partes interessadas,
com o objetivo de melhorar a organização, a comunidade local e a sociedade em geral (Zwetsloot &
Marrewijk, 2004). A sustentabilidade é um conceito integrado que agrega todas as principais partes
interessadas de uma organização, bem como o meio ambiente e a sociedade (Parmar et al., 2010). Na
organização, os princípios da responsabilidade social inerentes ao conceito de desenvolvimento
sustentável, devem estar presentes na formulação das declarações da visão, missão e valores, para
assim serem integrados na estratégia e cultura da organização, a ser comunicada às partes
interessadas (Ader & Hansen, 2010). Nos últimos anos, a estratégia de desenvolvimento sustentável
nas organizações tornou-se uma questão muito relevante em todo o mundo (Tsai & Chou, 2009).
Motivada em grande parte pelo número crescente de organizações que se comprometem a aplicar os
princípios do desenvolvimento sustentável nos seus processos, o que faz com que estas organizações
focadas em princípios sustentáveis definam objetivos específicos na vertente económica, ambiental e
social (Rocha & Searcy, 2012). Perrini (2006) considera que as questões económicas, ambientais e
sociais devem estar integradas nas estratégias de negócio e em todas as atividades das organizações,
o que se torna no atual grande desafio para a gestão organizacional. As organizações a nível mundial
estão hoje mais pressionadas a garantir a qualidade dos seus produtos e serviços, mantendo e, até
mesmo, melhorando o desempenho ambiental e a segurança e saúde do trabalho, de acordo com
padrões estabelecidos pela sociedade e em consonância com o conceito de sustentabilidade (Suditu,
2007). As organizações começam agora a entender que podem contribuir para o desenvolvimento
sustentável, através da gestão eficaz e eficiente dos processos, assegurando, desta forma, o
desenvolvimento económico e em particular a competitividade, mas também a defesa do ambiente e a
promoção da responsabilidade social (Pires, 2012). Os sistemas de gestão da qualidade, ambiente,
segurança e saúde do trabalho, são instrumentos importantes que garantem a implementação do
conceito de desenvolvimento sustentável ao nível organizacional (Ejdys & Matuszak-Flejszman, 2010;
Qi, Zeng, Yin, & Lin, 2013). Num sistema de gestão totalmente integrado, qualquer compromisso
formulado ao nível das políticas e objetivos da organização, deve contemplar as três dimensões do
desenvolvimento sustentável (Mežinska, Lapiņa, & Mazais, 2015). Na atualidade, o “sistema integrado
de gestão da qualidade, ambiente e segurança deve ser visto como uma importante ferramenta em
prol do desenvolvimento sustentável” (Carvalho, Santos, & Gonçalves, 2014b, p. 35), onde o website
institucional assume, nos nossos dias, uma posição de destaque nos processos de divulgação de
informação às partes interessadas, ou seja, na comunicação dos compromissos assumidos pela gestão
de topo, em favor de um desenvolvimento sustentável (Carvalho, Santos, & Gonçalves, 2014a, 2014b).
INTRODUÇÃO
4
1.2. MODELO CONCEPTUAL
A atual investigação foi fundamentada na Figura 1, que retrata o modelo conceptual de comunicação
dos compromissos da organização com as partes interessadas (stakeholders), através da página
institucional da Internet (website), modelo este denominado por “Infosfera da Organização”, o qual foi
desenvolvido segundo os pressupostos teóricos em que assentam outros “modelos conceptuais”
baseados em três (3) teorias organizacionais: a teoria institucional, a teoria da legitimidade e a teoria
dos stakeholders (Asif, Searcy, Zutshi, & Ahmad, 2011, p. 358; Michelon & Parbonetti, 2012, p. 483;
Ali & Rizwan, 2013, p. 601; Asif, Searcy, Zutshi, & Fisscher, 2013, p. 11; Carvalho, 2013, p. 6). No
modelo o eixo central representa a organização, como sendo uma estrutura sólida, alicerçada na visão,
missão e valores, bem como nos objetivos, princípios de negócio e estratégia empresarial, muitas vezes
não divulgados, elementos estes que suportam a estratégia e as políticas da organização (cultura
organizacional) e, promovem, o movimento da organização em direção ao sucesso sustentado. No
modelo, “a organização é vista em termos holísticos como um sistema dinâmico sujeito a ajustes e
reajustes de ordem interna e externa, como os que ocorrem numa estrutura mecânica modular”
(Carvalho, 2013, p. 5), arquitetada por engrenagens onde operam rodas dentadas (sistemas de
gestão). As diversas “áreas temáticas (descritores) que envolvem e integram a organização, tais como:
a qualidade, o ambiente, a segurança, a economia, a sociedade, entre outras, bem como as partes
interessadas, são representadas no modelo como engrenagens mecânicas que promovem e
influenciam o movimento da organização em direção ao compromisso para com o desenvolvimento
sustentável” (Carvalho, 2013, p. 5). Segundo Carvalho (2013), estas áreas temáticas incorporadas na
organização são, por sua vez, orientadas segundo referenciais normativos (nacionais e internacionais),
os quais promovem a implementação de sistemas de gestão suportados nos princípios da metodologia:
“Plan–Do–Check–Act”, ou seja, “planear, atuar, executar e verificar”. No modelo proposto, o ciclo da
melhoria contínua (Ciclo PDCA) toma a posição de eixo central, por ser, no geral, muito relevante para
a estratégia e políticas da organização, “visto representar o fator chave (motor) que permite e promove
a integração dos vários sistemas de gestão” (Carvalho, 2013, p. 5). O Sistema Integrado de Gestão
(SIG) é apresentado no modelo como sendo a “pedra angular” do processo de gestão da comunicação
organizacional, uma vez que este “incorpora e integra os vários requisitos da comunicação (interna e
externa), que estão na génese dos referenciais que suportam os sistemas de gestão” (Carvalho, 2013,
p. 5). No modelo, o website institucional da organização na Internet é representado como uma “porta
aberta” à comunidade mundial, o qual permite demonstrar, de forma transparente, os compromissos
assumidos na estratégia e políticas pela gestão de topo em prol do desenvolvimento sustentável, visto
INTRODUÇÃO
5
que através deste “canal de comunicação previlegiado” se consegue facilmente efetuar a divulgação de
informação para todo o mundo, nas vertentes da sustentabilidade organizacional e responsabilidade
social organizacional (Carvalho, 2013, p. 6). A informação divulgada no website que é “comunicada
pela organização às partes interessadas é alvo de análise e reflexão”, sendo que a mensagem
percecionada pelas partes interessadas vai ditar a “sentença” destas face à posição da organização no
mercado, contribuindo assim, no geral, para “influenciar a continuidade e legitimidade” da estratégia e
políticas da organização (Carvalho, 2013, p. 6). O retorno da informação (feedback) proveniente das
partes interessadas é comunicado à organização (Figura 1), sob diferentes formas, tais como: estudos
de mercado, inquéritos de satisfação, reclamações, contraordenações, entre outras (Carvalho, 2013).
Figura 1 – Modelo conceptual de comunicação da organização com as partes interessadas.
(Fonte: adaptado de Carvalho, 2013, p. 6)
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
NO ÂMBITO
DO COMPROMISSO
PARA COM O DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
NO ÂMBITO
DO COMPROMISSO
PARA COM O DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Economia
Planear
Executar
Verificar
Atuar SIG
Organização
Ambiente Qualidade
Segurança
Sociedade SA 8000
EMAS III
ISO 9001
AA 1000
GRI 4
ISO 14001 BS OHSAS 18001
ISO 26000
NP 4397
W EBSITE
SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL
RESPONSABILIDADE SOCIAL ORGANIZACIONAL
Sistema Integrado de Gestão
SISTEMAS DE
GESTÃO
SISTEMAS DE
GESTÃO
DIVULGAÇÃO DE
INFORMAÇÃO
PARTES INTERESSADAS
INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO
INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO
PLAN
DO
CHECK
ACT
PLAN
DO
CHECK
ACT
C O M U N I C A Ç Ã O
C O M U N I C A Ç Ã O
SUCESSO SUSTENTADO
Estratégia & Políticas CULTURA
ORGANIZACIONAL
ISO 9004
Política da
Qualidade
Visão Missão Valores
Política de
Ambiente
Política de
Segurança
Política de
Ambiente
Política de
Segurança
Teoria dos Stakeholders
Comunicação de Compromissos
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
E S T R A T É G I A
E S T R A T É G I A
Visã
o, M
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O R G A N I Z A C I O N A L
O R G A N I Z A C I O N A L
Visão, Missão, Valores e O
bjetivos Princípios de N
egócio e Estratégia Empresarial
Políticas da Organização
Comunicação da
Estratégia & Políticas às
Partes Interessadas (Compromissos da Organização)
Comunicação da
Estratégia & Políticas às
Partes Interessadas (Compromissos da Organização)
P O L Í T I C A S
& &
P O L Í T I C A S
Teorias Organizacionais
MELHORIA CONTÍNUA
Descritores Descritores
Teoria Institucional Teoria da Legitimidade
Comunicação Interna & Externa
Comunicação Interna & Externa
Divulgação de Informação Estratégica no W ebsite
Institucional
Divulgação de Informação Estratégica no W ebsite
Institucional
INTRODUÇÃO
6
O modelo conceptual proposto encontra-se alicerçado na teoria institucional, na teoria da legitimidade e
na teoria dos stakeholders, por serem consideradas as três (3) teorias organizacionais que melhor se
enquadram nos pressupostos da investigação. Na literatura vários autores recorrem à combinação dos
pressupostos da teoria institucional, da teoria da legitimidade e da teoria dos stakeholders, para
fundamentarem, nas organizações, o processo de divulgação de informação voluntária no âmbito social
e ambiental (Islam & Deegan, 2008; Bauer & Naime, 2012; Ali & Rizwan, 2013). São vários os quadros
teóricos que têm sido usados na investigação para explorar a questão por que as organizações se
comprometem para com o desenvolvimento sustentável, destacando vários autores, como exemplo, a
teoria baseada nos recursos, a teoria institucional, a teoria da legitimidade e a teoria dos stakeholders,
estas últimas tidas como as mais amplamente utilizadas para explicar o desenvolvimento sustentável
organizacional (Roca & Searcy, 2012; Rocha & Searcy, 2012). Montiel e Delgado-Ceballos (2014, p.
124), numa abordagem às teorias organizacionais que são utilizadas no âmbito da investigação do
desenvolvimento sustentável, fornecem a seguinte evidência quantitativa, após consulta de 170 artigos
publicados em revistas cientificas de topo: “18% aplicam a teoria dos stakeholders, 17% a teoria
institucional, e 10% a teoria baseada nos recursos da empresa”. Fonseca (2014) numa abordagem às
teorias organizacionais e aos sistemas da qualidade, enquadrou a teoria institucional e de legitimidade
organizacional, em síntese, como a base à adoção dos modelos das organizações de sucesso. Mota e
Santos (2011) referem que conceitos como sustentabilidade e responsabilidade social organizacional
podem ser explicados à luz da teoria dos stakeholders, teoria da legitimidade e teoria da reputação. Por
sua vez, Garvare e Johansson (2010) propuseram uma análise teórica conceptual, na qual abordaram,
em simultâneo, a relação da gestão da qualidade com a teoria dos satekholders e a sustentabilidade,
numa perspetiva da implementação e gestão do desenvolvimento sustentável ao nível da organização.
1.3. MOTIVAÇÃO
O presente trabalho de investigação teve como elemento fulcral de motivação a necessidade do autor
em criar um instrumento de trabalho de referência e inovador, que o auxilie no desempenho da sua
atividade profissional enquanto consultor, gestor, auditor e formador, em sistemas integrados de gestão
da qualidade, ambiente, segurança e saúde do trabalho. A informação agregada neste estudo será
muito útil para suportar tecnicamente atividades de definição e revisão de processos de planeamento
estratégico, em organizações com sistemas de gestão da qualidade, ambiente e segurança, que visem
conhecer a dimensão do seu compromisso para com o desenvolvimento sustentável, que está presente
nos documentos que suportam a sua estratégia e políticas e são divulgados no website da organização.
INTRODUÇÃO
7
1.4. OBJETIVOS
O objeto de estudo da atual dissertação de mestrado fundamenta-se e centra-se na investigação dos
conteúdos estratégicos de compromisso em prol do Desenvolvimento Sustentável (DS), que são
comunicados através da estratégia e políticas, formuladas pela gestão de topo das organizações
portuguesas certificadas em Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS). A investigação visa detalhar o
processo de comunicação e divulgação da estratégia e políticas no website da organização, elementos
estes que são divulgados universalmente às partes interessadas, sob a forma das declarações da visão,
missão, valores, objetivos, princípios de negócio, estratégia empresarial e políticas da organização.
Neste sentido, foram estabelecidos os seguintes dois (2) objetivos de investigação (research objectives):
i) Caraterizar os conteúdos estratégicos1 divulgados no website, pelas organizações
portuguesas certificadas em Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS), no âmbito da comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável;
ii) Determinar o perfil da organização2 portuguesa certificada em Qualidade, Ambiente e
Segurança (QAS), em que a comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável divulgado no website, sob a forma de conteúdos estratégicos, é mais proeminente.
1.5. MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO
O estudo teve como “pedra angular” uma base de dados de investigação criada no software Microsoft®
Office® Excel®. A base de dados integrou vasta informação atualizada das organizações portuguesas
certificadas em qualidade, ambiente e segurança, até 31 de dezembro de 2013, bem como das
organizações com melhores desempenhos económicos e sociais, nesse mesmo ano (por consulta dos
rankings anuais publicados em jornais e revistas). A monitorização dos conteúdos estratégicos
(expressos na estratégia e políticas da organização) que são divulgados no website das organizações,
no âmbito da comunicação do compromisso para com o desenvolvimento sustentável, foi efetuada com
recurso à técnica de análise de conteúdo, a qual foi suportada numa lista de verificação (ver Anexo I),
estruturada sob a forma de quatro (4) categorias (dimensão económica, ambiental, social e integrada),
as quais contemplam no total sessenta (60) subcategorias ou itens (compromissos). O tratamento
estatístico dos dados de investigação foi realizado com auxílio dos softwares IBM® SPSS® Statistics e
Microsoft® Office®Excel®, o qual contempla uma análise descritiva, univariada, bivariada e multivariada.
1Conteúdos estratégicos definem-se, no âmbito da atual investigação, como toda a informação relevante que se encontra presente na estratégia e políticas da organização, ou seja, nas declarações da visão, missão, valores, objetivos, princípios de negócio, estratégia empresarial e políticas da organização. 2Perfil da organização define-se, no âmbito da investigação, como a caraterização da organização, em termos da dimensão de vendas, forma jurídica, setor de atividade, localização geográfica, exposição nos rankings dos media, setor público ou privado, membro do BCSD Portugal e a publicação de relatórios.
INTRODUÇÃO
8
1.6. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
A Tabela 1 apresenta a estrutura da dissertação de mestrado nas suas partes constituintes: pré-texto,
texto e pós-texto. O corpo principal da dissertação, denominado por “texto”, é constituído por cinco (5)
capítulos. O capítulo 1 designa-se por Introdução e apresenta o enquadramento ao tema, bem como o
modelo conceptual, as motivações, os objetivos, o método de investigação e a estrutura da dissertação.
O capítulo 2 designa-se por Revisão Bibliográfica e apresenta as teorias organizacionais, o conceito de
desenvolvimento sustentável, os sistemas de gestão relacionados com o desenvolvimento sustentável,
a estratégia e as políticas da organização para a gestão sustentável, uma abordagem aos conceitos
relacionados com a cultura, a liderança e o compromisso organizacional, bem como alguns estudos
empíricos no âmbito da comunicação do desenvolvimento sustentável. O capítulo 3 designa-se por
Metodologia e apresenta uma descrição das questões, das hipóteses e do processo de investigação,
bem como uma caraterização da técnica de análise de conteúdo, da base de dados de investigação, do
universo e da amostra de investigação, das variáveis de investigação e do processo de recolha e
tratamento dos dados. O capítulo 4 designa-se por Resultados e apresenta a análise e discussão dos
resultados da investigação. O capítulo 5 designa-se por Conclusão e relata as conclusões finais obtidas
em termos dos objetivos e questões formuladas, bem como apresenta as principais limitações e os
constrangimentos sentidos e, por último, ainda identifica alguns temas para possíveis trabalhos futuros.
Tabela 1 – Estrutura gráfica da dissertação de mestrado. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO NÚMERO DE PÁGINAS
PRÉ TEXTO
Capa ……………………………………………………………………….. Folha de Rosto …………………………………………………..……… Declaração ………………………………………………………..……… Termo de Responsabilidade …………………………………………. Dedicatória ……………………………………………………………….. Agradecimentos ……………………………………………………..…. Resumo ………………………………………………………………..…. Abstract …………………………………...…………………………..…. Índice ……………………………………………..……………………….. Índice de Figuras ……………………………………………………….. Índice de Tabelas …………………………………………………..….. Lista de Abreviaturas, Siglas e Acrónimos .……………..……....
1 1 1 1 1 1 1 1 3 2 1 2
16 16
198
TEXTO
1. Introdução ………………………………………………………..….. 2. Revisão Bibliográfica ……………………………………............. 3. Metodologia ………………...…………………………………..…… 4. Resultados ……………………………………………..…………..… 5. Conclusão ………………………………………….......................
8 54 22 18 4
106
182
PÓS TEXTO
Bibliografia …………………………………………………………..…... Anexos ……………………………………………….......................... Ficha Técnica ……………………………………………………..…….. Contracapa …………………………………………………………..…..
18 56 1 1
76
A COMUNICAÇÃO DO COMPROMISSO PARA COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, DAS ORGANIZAÇÕES PORTUGUESAS CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
9
Capítulo 2
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
RESUMO Neste capítulo referem-se as teorias organizacionais, o conceito de desenvolvimento sustentável, os sistemas de gestão e o desenvolvimento sustentável, a estratégia e políticas da organização para a gestão sustentável, é feita uma abordagem a conceitos relacionados com a cultura, a liderança e o compromisso organizacional, e ainda referem-se estudos empíricos sob a comunicação do desenvolvimento sustentável.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
10
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. TEORIAS ORGANIZACIONAIS
A teoria das organizações “contribui para a análise de situações complexas nas organizações, descobre
ou inventa meios eficazes e criativos para lidar com elas, além de abrir a mente para aspetos da vida,
dentro e fora das organizações” (Breitenbach, Brandão, & Souza, 2009, p. 4). Segundo uma perspetiva
holística da literatura, as teorias organizacionais fundamentam-se em pressupostos teóricos válidos que
ajudam a compreender o comportamento das organizações no seio da sociedade onde intervêm.
Contudo, importa referir que a subjetividade muitas vezes impera nesta área, pois o próprio termo
“organizações” apresenta-se na literatura “como de difícil definição, recebendo, ao longo da história,
olhares e preocupações diferenciadas” (Breitenbach, Brandão, & Souza, 2009, p. 2). Fonseca (2014,
p. 28) numa abordagem a Scott (2003), refere que “uma organização é um grupo cujos membros
coordenam os seus comportamentos para atingir objetivos partilhados ou realizar um produto, sejam
empresas, escolas, famílias ou associações de voluntários”. Considerando ainda que “as qualidades
que distinguem estas organizações entre si são os papéis, as regras, os fins, os comportamentos
recorrentes e as fronteiras claramente definidas” (Fonseca, 2014, p. 28). Os investigadores que visam
o estudo da divulgação de informação voluntária pelas organizações, no âmbito social e ambiental,
fundamentam as suas análises em várias teorias, tais como: a “teoria institucional”, a “teoria da
legitimidade” e a “teoria dos stakeholders” (Gray, Kouhy, & Lavers, 1995, p.49; Deegan, 2002;
Eugénio, 2010; Joseph, 2010b, p. 54; Joseph & Taplin, 2011, p. 22; Bauer & Naime, 2012, p. 43;
Michelon & Parbonetti, 2012, p. 481). Na literatura sobre comunicação de informação em relatórios e
websites, no âmbito da divulgação de conteúdos sobre sustentabilidade, responsabilidade social e
desenvolvimento sustentável, são vários os autores que recorreram à teoria institucional (Bansal, 2005;
Joseph, Pilcher, & Taplin, 2009, 2014; Joseph, 2010b; Joseph & Taplin, 2011, 2012a, 2012b), à
teoria da legitimidade (Deegan, Rankin, & Tobin, 2002; Branco & Rodrigues, 2005, 2006, 2008) e à
teoria dos stakeholders (Roberts, 1992; Brammer & Pavelin, 2008; Michelon & Parbonetti, 2012), para
fundamentarem os seus estudos. Contudo, numa organização pode-se aplicar e combinar múltiplas
teorias (Eugénio, 2010; Fonseca, 2014). São vários os autores que, no âmbito do estudo da divulgação
de informação nos websites das organizações, referem a importância de uma abordagem integrada das
teorias organizacionais, pela dificuldade que existe em explicar determinados fenómenos, somente à
luz dos pressupostos de uma única teoria (Barros, 2008a, 2008b; Amorim, 2010; Mahadeo, Oogarah-
Hanuman, & Soobaroyen, 2011; Moura, 2012; Carvalho, 2013; Amran, Ooi, Mydin, & Devi, 2015).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
11
2.1.1. Teoria Institucional
Na origem dos pressupostos da atual teoria institucional estão os estudos realizados, na década de 70,
por Meyer e Rowan (1977, p. 340), os quais referem que as “organizações são levadas a incorporar as
práticas e procedimentos definidos pelos conceitos que prevalecem no ambiente organizacional e se
encontram institucionalizados na sociedade”. As organizações que adotam tais atividades e atitudes
aumentam a sua legitimidade3 e as perspetivas de sobrevivência (Meyer & Rowan, 1977). Para Joseph
(2010b, p. 57), a “sobrevivência de uma organização depende de atender às expectativas das normas
sociais”. Zucker (1987) refere que as organizações são influenciadas por pressões normativas de
origem externa e interna, sendo que sob determinadas condições, essas pressões levam a organização
a ser orientada por elementos legitimados, a partir de procedimentos operacionais normalizados, que
muitas vezes têm o efeito de direcionar a atenção, afastando-a do desempenho da tarefa (Zucker,
1987). Numa organização, “a adoção desses elementos legitimados, levam ao isomorfismo4 com o
ambiente institucional, aumentando a probabilidade de sobrevivência” (Zucker, 1987, p. 443),
reforçando assim a ideia de que “o isomorfismo institucional promove o sucesso e sobrevivência das
organizações” (Meyer & Rowan, 1977, p. 349). Segundo Meyer e Rowan (1977), as organizações
tendem a incorporar nas suas estratégias elementos já institucionalizados, proporcionando assim a
salvaguarda das decisões que proferem e atividades que desenvolvem, com o intuito de proteger a
organização de adotar qualquer conduta imprópria ou mesmo que possa ser questionada. As
organizações quando estruturadas em conformidade com as características dos ambientes
institucionais onde se encontram inseridas, tendem a ficar isomórficas com eles (Meyer & Rowan,
1977). Na organização, a “incorporação de estruturas formais externas legitimadas, aumenta o
compromisso com os participantes internos e constituintes externos” (Meyer & Rowan, 1977, p. 349).
Na literatura são vários os autores que consideram e estabelecem a noção de “legitimidade” como
sendo o “centro da teoria institucional” (DiMaggio & Powell, 1983; Deegan, 2002, p. 293; Joseph,
2010b, p. 56; Sánchez-Fernández, 2012, p. 2). Na organização, a legitimidade pode ser alcançada
mediante o cumprimento de regras, crenças, valores e normas estabelecidas, bem como através da
adoção de determinadas práticas ou estratégias organizacionais que satisfaçam as necessidades da
organização (Sánchez-Fernández, 2012). Para Kondra e Hinings (1998, p. 744), “os valores e as
crenças externas à organização desempenham um papel significativo na determinação das normas 3Legitimidade organizacional “refere-se ao grau de suporte cultural de uma organização – a extensão que um conjunto de fatores estabelecidos culturalmente, fornecem explicações para sua existência, funcionamento e jurisdição [...]. Nessas circunstâncias, a legitimidade refere-se principalmente à adequação de uma organização como teoria. A organização completamente legítima, seria aquela sobre a qual nenhuma questão poderia ser levantada. Legitimação perfeita é a teoria perfeita, completa (isto é, sem incerteza) e confrontada por não existirem alternativas” (Meyer & Scott, 1983, p. 201). 4Isomorfismo é o conceito que melhor retrata o processo de homogeneização organizacional, no geral, “é um processo restritivo que força uma unidade em uma população a assemelhar-se a outras unidades, que enfrentam o mesmo conjunto de condições ambientais” (DiMaggio & Powell, 1983, p. 149).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
12
organizacionais”. DiMaggio e Powell (1983, p. 150) identificaram três (3) mecanismos por meio dos
quais as ditas mudanças isomórficas institucionais ocorrem: o “isomorfismo coercivo”, o “isomorfismo
mimético” e o “isomorfismo normativo”. O isomorfismo coercivo “resulta de ambas as pressões
formais e informais exercidas sobre as organizações por outras organizações, das quais elas dependem
e pelas expectativas culturais da sociedade em que as organizações atuam” (DiMaggio & Powell, 1983,
p. 150). Este tipo de isomorfismo resulta da influência política e do problema da legitimidade, como
seja, por exemplo, a aplicação de regulamentos e leis, capazes de impor procedimentos uniformes às
organizações. O isomorfismo mimético ocorre em situações de incerteza quando se busca a imitação
de modelos aceites. Segundo DiMaggio e Powell (1983, p. 151), “a incerteza é também uma força
poderosa que incentiva a imitação”. Normalmente, quando as tecnologias organizacionais são pobres,
quando os objetivos são ambíguos ou quando o ambiente cria incertezas simbólicas, as organizações
modelam-se nas outras, que já utilizam regras socialmente aceites (DiMaggio & Powell, 1983; Rosseto
& Rosseto, 2005). O isomorfismo normativo tem por base a profissionalização, no que concerne à
definição e partilha de normas, condições e métodos de trabalho pelos membros de cada segmento
profissional, para controlo e estabelecimento de uma base cognitiva e de legitimidade, que reforce a
sua própria autonomia profissional (DiMaggio & Powell, 1983). Por sua vez, Scott (2008, p. 428)
identificou três (3) elementos que fundamentam a ordem institucional, são eles os elementos ditos:
“regulativos”, “normativos” e “culturais-cognitivos”. Joseph (2010b, p. 57) numa abordagem, no geral,
a outros autores (Meyer & Rowan, 1977; Scott, 1987) refere ainda que “através da obtenção de apoio
contínuo da sociedade, a legitimação de uma estrutura formal, das políticas e dos procedimentos de
uma organização é essencial para garantir o cumprimento das regras institucionalizadas”. A teoria
institucional baseia-se na forma como os grupos e organizações melhor protegem as suas posições e
legitimidade, em conformidade com as regras e normas do ambiente institucional (DiMaggio & Powell,
1983; Glover, Champion, Daniels, & Dainty, 2014). Segundo Zilber (2012, p. 90), a “teoria institucional
pode também ajudar aprofundar a nossa compreensão sobre os aspetos políticos da cultura
organizacional”. Para Gauthier (2013, p. 89), “as perspetivas da teoria institucional são lentes úteis
através das quais se pode ver a sustentabilidade nas organizações”. A teoria institucional foi utilizada
de forma isolada ou em conjugação com outras teorias, em investigações, para fundamentar e explicar
a divulgação de informação no âmbito do desenvolvimento sustentável (Bansal, 2005) e na análise de
processos de comunicação organizacional (Lammers & Barbour, 2006). A “teoria institucional tem à
data dominado a literatura, sobre como dirigir para um negócio sustentável” (Grob & Benn, 2014, p.
18), assente na premissa básica das normas predominantes e influências sociais (Rodrigues, 2012).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
13
2.1.2. Teoria da Legitimidade
O “conceito de legitimidade tem as suas raízes na teoria institucional e na investigação sociopolítica”
(Aerts & Cormier, 2009, p. 2). Numa abordagem a outros estudiosos, Guthrie e Parker (1989) referem
que a teoria da legitimidade postula que as organizações divulgam informações, como forma de reagir
aos fatores ambientais (económicos, sociais e políticos) e que essa divulgação ocorre com o intuito de
legitimar as ações, por si tomadas, perante a sociedade. Suchman (1995, p. 574) definiu legitimidade,
como sendo “uma perceção ou suposição generalizada de que as ações de uma entidade são
desejáveis, próprias ou apropriadas, dentro de um sistema socialmente construído de normas, valores,
crenças e definições”. Por sua vez, Deegan (2002), numa análise aos estudos realizados por Mathews
na década de 90, refere que a ideia de “legitimidade” está diretamente relacionada com o conceito de
“contrato social”5 (Deegan, 2002, p. 293). Pressuposto este que tem vindo a ser corroborado, ao longo
dos últimos anos, por vários outros investigadores (tais como, por exemplo, Eugénio, 2010, p. 113).
Segundo diversos autores, a teoria da legitimidade “baseia-se na ideia de que existe um ‘contrato
social’ entre a organização e a sociedade” (Guthrie & Parker, 1989, p. 344; Deegan, 2002, p. 293;
Guthrie, Petty, Yongvanich, & Ricceri, 2004, p. 284; Branco & Rodrigues, 2006, p. 236; Magness,
2006, p. 541; Eugénio, Lourenço, & Morais, 2013, p. 571). Segundo Eugénio (2010, p. 113), a
“sobrevivência de uma organização pode estar ameaçada, se a sociedade se apercebe que ela infringiu
o seu contrato social”, pois segundo este autor “as organizações existem porque a sociedade as
considera legitimas, ou seja, a sociedade confere-lhes um estado de legitimidade” (Eugénio, 2010, p.
113). Esta teoria considera que a sociedade permite as organizações existirem e terem direitos,
esperando em troca que elas correspondam às suas expectativas (Branco & Rodrigues, 2006). Perante
esta teoria, a organização, de forma voluntária, deve informar a sociedade em que atua, relativamente
às atividades e operações que desenvolve, mesmo que esta não use tal informação em seu proveito
(Guthrie, Petty, Yongvanich, & Ricceri, 2004). A divulgação de informação de caráter social e ambiental
pela organização pode ser entendida como um método útil para legitimar a sua própria atividade, com
o objetivo de dar a conhecer o que a organização realiza em questões de proteção ambiental e apoio à
sociedade (Eugénio, 2010). Suchman (1995, p. 586) refere que, “tal como a maioria dos processos
culturais, a gestão da legitimidade assenta fortemente na comunicação, neste caso, a comunicação
entre a organização e seus diversos públicos”. A “comunicação é um elemento crucial do processo de 5O termo contrato social “é usado para representar a multiplicidade de expectativas que a sociedade tem, sobre a forma como a organização deve realizar as suas operações” (Guthrie, Petty, Yongvanich, & Ricceri, 2004, p. 284). Na presente investigação, o conceito de “contrato social” pode ser entendido, holísticamente, como o referido na literatura por Glasper (2013), o qual menciona, como exemplo o caso de uma organização (Maricopa Community College Board), em que o seu “contrato social” assenta na visão, missão, valores, objetivos, princípios orientadores e políticas da organização. Elementos estes que evidenciam, pela linguagem utilizada, que o compromisso da organização com a sociedade global, começa na gestão de topo (Glasper, 2013). A legitimidade pode ser perdida, sempre que o “contrato social” não cumpre com os valores existentes na sociedade (Deegan, 2002; Mota & Santos, 2011).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
14
legitimação”, visto que a sociedade deve ser sensibilizada para as ações ou atividades adotadas pela
organização, em busca da legitimidade (Mahadeo, Oogarah-Hanuman, & Soobaroyen, 2011, p. 160).
Por esse motivo, Barros (2008a) refere que uma qualquer tentativa de abordar a teoria da legitimidade
em atuais estudos de investigação requer uma análise de elementos resultantes do processo de
comunicação organizacional. Deegan (2002, p. 292) considera mesmo que “as políticas de divulgação
organizacional são consideradas um importante meio, através do qual a gestão pode influenciar as
perceções externas sobre a sua organização”. Lindblom (1994) identificou quatro (4) estratégias que
permitem as organizações obterem ou manterem a sua legitimidade organizacional, sendo elas: “(i)
educar e informar o público relevante acerca das alterações recentes no seu desempenho e/ou
atividades; (ii) alterar as perceções do público relevante relativamente à organização; (iii) manipular as
perceções, desviando a atenção de determinado problema, para outras questões relatadas” e, por fim,
“(iv) alterar as expectativas do exterior quanto ao seu desempenho” (conforme texto de Eugénio, 2010,
pp. 113–114). No seguimento desta abordagem, Gray, Kouhy, e Lavers (1995, p. 54) referem que
quando ocorre uma discrepância entre as ações promovidas pela organização e as expectativas da
sociedade, poderá desenvolver-se uma diferença ou desfasamento de legitimidade – “legitimacy gap”,
o que pode ameaçar a reputação e imagem da organização no seu contexto socioeconómico, situação
esta recentemente corroborada também por Eugénio, Lourenço, e Morais (2013, p. 571). Por sua vez,
Suchman (1995) identificou três (3) formas primárias de legitimidade na organização: (i) a pragmática,
que se baseia nos interesses do público-alvo; (ii) a moral, que se baseia na aprovação normativa, isto é,
no cumprimento dos valores considerados socialmente aceitáveis e, por fim, (iii) a cognitiva, que se
baseia em aspetos culturais e cognitivos. Segundo Tilling (2004), a teoria da legitimidade tornou-se
uma das teorias mais citadas na área da contabilidade ambiental e social, visto oferecer aos
investigadores e público, no geral, uma forma de desvendar, criticamente, as divulgações de
informação, que são realizadas pelas organizações. A teoria da legitimidade é entendida por Eugénio
(2010, p. 113), como sendo a “teoria que melhor proporciona os fundamentos para a compreensão de
como e porquê” pode a gestão de topo de uma organização utilizar a divulgação de informação para o
exterior, na perspetiva de beneficiarem a organização, relativamente aos elementos de natureza
ambiental e social, que são comunicados à sociedade. Hybels (1995) considera que para a teoria da
legitimidade ser bem fundamentada é necessário, acima de tudo, identificar os atores críticos, internos
e externos, cuja aprovação é necessária para o cumprimento das funções da organização. Em resumo,
a teoria da legitimidade argumenta que os gestores usam a divulgação para moldar a impressão das
partes interessadas, face ao papel e responsabilidades da organização na sociedade (Magness, 2006).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
15
2.1.3. Teoria dos Stakeholders
O conceito stakeholder6 ou parte interessada7, termo adotado na tradução para a língua portuguesa, foi
popularizado por Robert Edward Freeman8, a partir do ano de 1984, com a publicação da sua obra de
referência mundial intitulada “Strategic Management: A Stakeholder Approach”. Conforme Freeman
(1984, 2010, pp. 25 e 46), o termo stakeholder representa um “qualquer grupo ou indivíduo que pode
afetar ou é afetado pela consecução dos objetivos da organização”. No seu livro, R. Edward Freeman
identificou e classificou os vários grupos de stakeholders que, no seu entender, podem interagir com a
organização, segundo uma perspetiva geral de mudança interna e externa. Segundo Freeman (1984,
2010), são exemplos de grupos ou categorias de stakeholders numa organização: os proprietários, os
defensores dos consumidores, as clientes, os concorrentes, os meios de comunicação social (mass
media), os empregados, os grupos de especial interesse, os ambientalistas, os fornecedores, os
governos e, por último, as organizações da comunidade local, como se pode constatar pela Figura 2.
No entanto, a definição do conceito stakeholder ou parte interessada não é linear, a qual tem sido alvo
de diversos estudos de investigação, ao longo dos últimos 40 anos (Friedman & Miles, 2002, 2006).
Figura 2 – Os stakeholders na perspetiva da organização.
(Fonte: adaptado de Freeman, 1984, 2010, p. 25) 6Stakeholder é um termo anglo-saxónico que designa o conjunto de todas as partes interessadas, que estão afetas a uma determinada organização. 7Parte interessada é o termo que na perspetiva normativa, designa a “pessoa ou grupo com interesse no desempenho ou sucesso de uma organização”. São exemplos: os “clientes, proprietários ou acionistas, colaboradores, fornecedores, entidades bancárias, sindicatos, parceiros ou sociedade”. Nesta abordagem “um grupo pode compreender uma organização, partes da mesma ou mais do que uma organização” (IPQ, 2005, p.19; IPQ, 2011, p. 10). Os interesses das partes interessadas têm um valor intrínseco (Friedman & Miles, 2006), significando que “diferentes stakeholders têm exigências específicas o que pode levar à existência de vários contratos sociais negociados entre a empresa e cada um dos stakeholders” (Mota & Santos, 2011, p. 256). 8Robert Edward Freeman, PhD (1951), é um filósofo americano professor em Administração de Empresas na Darden Scholl, Universidade de Virgínia.
Defensores dos
Consumidores
ORGANIZAÇÃO
Proprietários
Organizações da
Comunidade Local
Governos
Fornecedores
Ambientalistas
Clientes
Concorrentes
Meios de
Comunicação Social
Empregados
Grupos de
Especial Interesse
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
16
A teoria dos stakeholders proposta por Freeman (1984), teve na sua génese a gestão estratégica, a
qual assenta em pressupostos gerais, tais como a responsabilidade económica, legal e ética das
organizações e dos respetivos gestores para com as partes interessadas. A partir desta perspetiva
ampla, Donaldson e Preston (1995) procuraram um melhor entendimento da teoria dos stakeholders e
observaram, com base em estudos e na opinião de outros autores, que esta se revela sob aspetos
diversos e alternativos, podendo ser classificada em três (3) dimensões: a descritiva, a instrumental e a
normativa. A dimensão descritiva descreve a forma como os gestores atuam e o que pensam sobre a
gestão, a dimensão instrumental, procura estabelecer as relações entre a conduta responsável e os
resultados globais da organização e, por fim, a dimensão normativa, que defende que as organizações
devem, agir eticamente e responsavelmente. Donaldson e Preston (1995) consideram que na teoria
dos stakeholders a dimensão normativa assume o núcleo central e os outros dois tipos desempenham
um papel subordinado (ver Figura 3). Para Donaldson e Preston (1995, p. 74), a justificação normativa
“apela para conceitos subjacentes, tais como ‘direitos’, ‘contrato social’ ou ‘utilitarismo’ individuais ou
de grupo”. Em oposição à perspetiva tripartida da teoria dos stakeholders, proposta por Donaldson e
Preston (1995), os investigadores Jones e Wicks (1999) defendem uma teoria dos stakeholders9
convergente, visto que ambos consideram existir um terreno comum entre as dimensões normativa e
instrumental. Perspetiva esta que esteve na base da fundamentação dos estudos desenvolvidos por
Gibson (2000). Por sua vez, Freeman (1999) rejeita explicitamente a ideia proposta de que a teoria dos
stakeholders pode ser entendida, no geral, como sendo composta por diferentes tipos de dimensões.
Figura 3 – Os três aspetos da teoria dos stakeholders.
(Fonte: adaptado de Donaldson & Preston, 1995, p. 74)
9A teoria dos stakeholders estuda os relacionamentos, processos e resultados que existem entre a organização e os stakeholders (Jones & Wicks, 1999). A nível académico a teoria dos stakeholders adota, usualmente, a classificação atribuída por Donaldson e Preston (1995) em três (3) dimensões (ver Figura 3): “a dimensão descritiva, que descreve a forma como os gestores hoje atuam, a instrumental, que procura estabelecer relações entre a conduta responsável e os resultados da empresa, e a normativa, que defende que as empresas devem agir eticamente” (Dias, Barbosa, & Bártolo, 2009, p. 5).
Normativa
Instrumental
Descritiva
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
17
Segundo uma perspetiva holística, a teoria dos stakeholders é baseada na noção geral de que as
organizações têm várias partes interessadas, definidas como “grupos e indivíduos que são beneficiados
ou prejudicados por ações da organização, e cujos direitos são violados ou respeitados por essas
mesmas ações” (Freeman, 1998, p. 174). Esta teoria sugere que todas as partes interessadas têm o
direito de receber informações sobre as atividades como a organização gere os seus impactes (tais
como: ambientais, sociais, segurança, entre outros), mesmo que as partes interessadas optem por não
utilizar tal informação, em seu benefício (Guthrie, Petty, Yongvanich, & Ricceri, 2004). E. Freeman, ao
longo da sua vasta obra publicada no âmbito da teoria dos stakeholders, deixa transparecer a ideia
geral de que os stakeholders não só são parte relevante para o processo de planeamento estratégico
da organização, mas também são fulcrais para a missão e o propósito desta e, como tal, as relações
positivas com os stakeholders deverão contribuir de forma decisiva para o melhor desempenho
económico da organização. Donaldson e Preston (1995, p. 87) concluíram que a satisfação das partes
interessadas decorrentes da “gestão dos stakeholders contribui para o sucesso no desempenho
económico” das organizações, mas que por si só é insuficiente para suportar a teoria dos stakeholders,
a qual atribui às organizações responsabilidades que se estendem para além do seu desempenho
económico ou financeiro, as quais se podem enquadrar na “divulgação voluntária de informação sobre
o desempenho intelectual, social e ambiental, para além dos requisitos obrigatórios” (Guthrie, Petty,
Yongvanich, & Ricceri, 2004, p. 283). Segundo Fonseca (2011), a teoria dos stakeholders recorre a
critérios objetivos para identificar e priorizar as partes interessadas relevantes, que são diretamente
afetadas pelo desempenho da organização em diversas situações, tais como, por exemplo, a qualidade,
o ambiente e a segurança. A teoria dos stakeholders, ao longo dos anos, tem evoluído através da
“reunião de pensamentos sobre questões de ética, responsabilidade e sustentabilidade, na perspetiva
do atual capitalismo económico” (Freeman, Harrison, Wicks, Parmar, & Cole, 2010, p. 29). Nos
últimos anos, o estudo da gestão da sustentabilidade organizacional tem como um dos seus principais
focos a teoria dos stakeholders (Garvare & Johansson, 2010; Wang, 2010; Asif, Searcy, Zutshi, &
Ahmad, 2011; Hörisch, Freeman, & Schaltegger, 2014). Para Huarong e Xiaoming (2012), a teoria dos
stakeholders é fundamental no estudo da estratégia de desenvolvimento sustentável. Em suma, a
teoria dos stakeholders “é uma das principais teorias, se não mesmo a mais frequentemente utilizada
na investigação, na abordagem social, ambiental e gestão da sustentabilidade” (Hörisch, Freeman, &
Schaltegger, 2014, p. 328). Para vários autores, o campo de atuação da gestão estratégica movimenta-
se em direção à teoria dos stakeholders, sendo que um futuro direcionamento desta teoria, aponta
para a sua integração direta em outras teorias organizacionais mais tradicionais (Parmar et al., 2010).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
18
2.2. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
2.2.1. O Conceito
Na literatura é unânime que a definição mais difundida e citada de Desenvolvimento Sustentável (DS) é
a mencionada no relatório de trabalho intitulado “Our Common Future”, em português “Nosso Futuro
Comum” publicado, no ano de 1987, no âmbito dos trabalhos da Assembleia Geral das Nações Unidas
pela Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento (World Commission on Environment and
Development – WCED), presidida pela então primeira-ministra da Norueguesa, Gro Harlem Brundtland,
cujo apelido ficou, assim, associado ao dito documento, “Relatório Brundtland”, que definiu o conceito
de desenvolvimento sustentável como sendo “a capacidade da humanidade para garantir a satisfação
das necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as
suas próprias necessidades” (WCED, 1987, p. 24). Lélé (1991) e Mitcham (1995), na década de 90 do
século XX, deram um contributo importante para a compreensão da origem e estrutura do conceito. O
desenvolvimento sustentável é um conceito global que foi colocado na agenda política mundial durante
os trabalhos da Cimeira da Terra ou Conferência do Rio (ECO 92 ou RIO 92), nomes pelos quais ficou
conhecida a Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento (CNUAD), realizada no
Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, entre os dias 3 e 14 de junho de 1992. Nesta cimeira foram
publicados três (3) documentos muito importantes com políticas orientadoras e diretrizes globais para
o desenvolvimento sustentável: a “Agenda 21”, a “Declaração do Rio” e os “Princípios para a Gestão
Sustentável das Florestas”. Posteriormente à realização da Cimeira da Terra foi formada pelas Nações
Unidas (NU) a Comissão para o Desenvolvimento Sustentável (CDS), com o objetivo de orientar os
governos na adoção dos princípios da “Declaração do Rio” e da “Agenda 21” (Santos, Limão, Barbosa,
& Cachaço, 2008). A partir de então, o conceito de desenvolvimento sustentável passou a constituir um
aspeto central da agenda política nacional, europeia e mundial, visto que têm sido vários os apelos
internacionais no sentido da adoção de princípios estratégicos, que visem reforçar e harmonizar as
políticas nacionais para as diversas questões que se levantam em prol da economia, do ambiente e do
social. Tendo estes apelos vindo a ser reafirmados publicamente ao longo das duas últimas décadas no
âmbito de determinados encontros internacionais, dos quais se destacam: a 19.ª Sessão Especial da
Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova Iorque, Estados Unidos da América, em junho
de 1997 (RIO+5); a Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, que teve lugar na cidade de
Joanesburgo, África do Sul, em setembro de 2002 (RIO+10); a Cimeira Mundial das Nações Unidas,
que decorreu na sede deste próprio organismo, na cidade de Nova Iorque, em setembro de 2005 e,
mais recentemente, a Cimeira Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, realizada novamente no
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
19
Rio de Janeiro, em junho de 2012 (RIO+20). No decurso das cimeiras realizadas, os líderes mundiais
confirmaram o seu compromisso para com o desenvolvimento sustentável e enfatizaram o contributo
primordial das políticas nacionais e das próprias estratégias de desenvolvimento para o alcançar. Neste
seguimento, em dezembro de 1999, durante os trabalhos da União Europeia (UE), realizados em
Helsínquia, na Finlândia, o Conselho Europeu convidou a Comissão Europeia a preparar uma proposta
de estratégia a longo prazo, que integrasse políticas de desenvolvimento sustentável a nível económico,
ambiental e social. Neste sentido, a União Europeia adotou, no seio do Conselho Europeu realizado em
Gotemburgo, na Suécia, em junho de 2001, uma Estratégia Europeia de Desenvolvimento Sustentável
(EEDS), com o princípio geral intitulado o “Desenvolvimento Sustentável na Europa para um Mundo
Melhor: Estratégia da União Europeia em Favor do Desenvolvimento Sustentável” (CCE, 2001a), em
complemento da Estratégia de Lisboa, adotada em março de 2000. Por sua vez, em fevereiro de 2002,
a Comissão das Comunidades Europeias apresentou em Bruxelas, Bélgica, uma proposta de parceria
global no domínio do desenvolvimento sustentável, a qual contemplava várias ações destinadas a que a
globalização contribua para a integração do desenvolvimento sustentável a nível mundial, nos acordos
bilaterais e regionais, bem como nas futuras políticas sectoriais, completando, assim, a Estratégia do
Desenvolvimento Sustentável (CCE, 2002b). Em termos de Portugal, e no seguimento das diretrizes
emanadas pela União Europeia, a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS) e o
respetivo Plano de Implementação (PIENDS) foram aprovados pela Resolução do Conselho de Ministros
n.º 109/2007, de 20 de agosto. A qual foi elaborada de forma compatível com os princípios da
Estratégia Europeia de Desenvolvimento Sustentável e, constitui, um instrumento de orientação política
da estratégia de desenvolvimento do país, para o horizonte temporal de 2015. Segundo a Resolução do
Conselho de Ministros n.º 109/2007, de 20 de agosto (p. 5406), o desígnio integrador e mobilizador
adotado pela ENDS, visou “retomar uma trajetória de crescimento sustentado que torne Portugal, no
horizonte de 2015, num dos países mais competitivos e atrativos da União Europeia, num quadro de
elevado nível de desenvolvimento económico, social e ambiental e de responsabilidade social”. A
concretização do desígnio assumido na ENDS, para o ano de 2015, encontra-se alicerçado em sete (7)
objetivos de ação, os quais se passam agora a enumerar: 1.º Preparar Portugal para a “Sociedade do
Conhecimento”; 2.º Crescimento Sustentado, Competitividade à Escala Global e Eficiência Energética;
3.º Melhor Ambiente e Valorização do Património; 4.º Mais Equidade, Igualdade de Oportunidades e
Coesão Social; 5.º Melhor Conectividade Internacional do País e Valorização Equilibrada do Território;
6.º Um Papel Ativo de Portugal na Construção Europeia e na Cooperação Internacional; e 7.º Uma
Administração Pública mais Eficiente e Modernizada. Os objetivos ENDS 2015 traçados para Portugal
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
20
no âmbito da Resolução do Conselho de Ministros n.º 109/2007, de 20 de agosto (pp. 5406–5407),
respondem, de forma equilibrada, às três vertentes do desenvolvimento sustentável (desenvolvimento
económico, coesão social e proteção e valorização ambiental). No seguimento das estratégias públicas
e privadas decorrentes dos princípios que caracterizam o conceito de desenvolvimento sustentável
(crescimento económico, equilíbrio ambiental e progresso social), foi criado, em janeiro de 1995, o
Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (CEMDS) ou do inglês World
Business Council for Sustainable Development (WBCSD), com sede em Genebra, na Suíça. Sendo
atualmente, o WBCSD líder mundial na abordagem empresarial das temáticas do desenvolvimento
sustentável. Por sua vez, em Portugal foi criado, em outubro de 2001, o Conselho Empresarial para o
Desenvolvimento Sustentável (BCSD Portugal), que é uma associação sem fins lucrativos, membro da
rede regional do WBCSD, que tem como missão apoiar a mudança rumo ao desenvolvimento
sustentável, promovendo nas organizações a ecoeficiência, a inovação e a responsabilidade social
(BCSD, 2015). Os conceitos Desenvolvimento Sustentável (DS), Sustentabilidade Empresarial (SE) e
Responsabilidade Social Empresarial (RSE) encontram-se intimamente relacionados, cujo foco10 se
centra na gestão das relações com as partes interessadas, mas a diferentes níveis de atuação, sendo o
conceito social (DS) o mais abrangente (Steurer, Langer, Konrad, & Martinuzzi, 2005), ver a Figura 4.
Figura 4 – Os conceitos que estão na génese do desenvolvimento sustentável.
(Fonte: adaptado de Steurer, Langer, Konrad, & Martinuzzi, 2005, p. 275) 10O foco centra-se na implementação de sistemas de gestão, segundo os referenciais normativos da International Organization for Standardization (ISO), os quais são, no geral, a base da responsabilidade social empresarial, sustentabilidade empresarial e desenvolvimento sustentável (ênfase dada ao centro).
Dimensão Ambiental
Dimensão Social
Dimensão Económica
Desenvolvimento Sustentável
Sustentabilidade Empresarial
Responsabilidade Social Empresarial
ISO …
Gestão das Relações com as
Partes Interessadas (Stakeholders)
Gestão das Relações com as
Partes Interessadas (Stakeholders)
Conceito Social
Conceito Organizacional
Abordagem de Gestão
Sistemas de Gestão
Legenda:
Ponto de partida do desenvolvimento conceptual
Direção do desenvolvimento conceptual
Gestão das relações com as partes interessadas (stakeholders)
Nível de especificação
Normas internacionais para sistemas de gestão
(International Organization for Standardization)
ISO
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
21
2.2.2. As Dimensões
No decurso da Cimeira da Terra, em junho de 1992 (RIO 92), foi publicado pelas Nações Unidas (NU)
um importante documento intitulado “Agenda 21”11 (UN, 1992), o qual mencionou, pela primeira vez,
a nível mundial as três (3) dimensões fundamentais em que assenta o conceito de desenvolvimento
sustentável, a saber: a “dimensão económica”, a “dimensão ambiental” e a “dimensão social” (Ramos
& Abrantes, 2008, p. 5). Contudo, alguns autores defendem que somente após a realização da Cimeira
Mundial para o Desenvolvimento Social, ocorrida na cidade de Copenhaga, na Dinamarca, em março
de 1995, foi explicitamente integrada a vertente social como terceiro pilar fundamental do conceito de
desenvolvimento sustentável (Mota, Pinto, Sá, Marques, & Ribeiro, 2004). Atualmente, segundo uma
perspetiva holística, a implementação do desenvolvimento sustentável é realizada com base em três (3)
dimensões essenciais: o “desenvolvimento económico”, a “coesão social” e a “proteção do ambiente”
(Braga & Morgado, 2007, 2012, p. 15). Na literatura são vários os autores que referem que o conceito
de “desenvolvimento sustentável” assenta em três (3) “dimensões”, isto é: a “dimensão económica”
na vertente financeira, a “dimensão ambiental” na vertente ecológica e a “dimensão social” na vertente
ética (WBCSD, 2002, p. 27; Isaksson & Garvare, 2003, p. 652; Fresner & Engelhardt, 2004, p. 628;
Steurer, Langer, Konrad, & Martinuzzi, 2005, p. 269; Isaksson, 2006, p. 632; Braga & Morgado, 2007,
pp. 18–20; Lozano, 2008, p. 1843; Ramos & Abrantes, 2008, p. 5; Searcy, Karapetrovic, & McCartney
2008, p. 183; Baumgartner & Ebner, 2010, pp. 78–79; Nascimento, 2012, p. 55; Baumgartner,
2014, p. 262), sendo que estas dimensões são também frequentemente denominadas por “princípios”
(Bansal, 2005, p. 198; Carstens, 2010, p. 12), “pilares” (Hyršlová, Mísařová, & Némethová, 2007, p.
291; Santos, Limão, Barbosa, & Cachaço, 2008, p. 12; Carstens, 2010, p. 12), “aspetos” (Lozano,
2008, p. 1843; Bonn & Fisher, 2011, p. 6), “questões” (Oskarsson & Malmborg, 2005, p. 126),
“setores” (Giddings, Hopwood, & O’Brien, 2002, p. 188) ou “triple bottom line”12 (Elkington, 1998, p.
37; Rocha, Searcy, & Karapetrovic, 2007, p. 83; Granados & Gámez, 2010, p. 474; Rego, Cunha, &
Ribeiro, 2013, 11). Wexler (2009) considera que John Elkington, enquanto consultor da empresa
consultora “SustainAbility”, enfatizadou os termos “Triple Bottom Line” e “Triple P” ou “3P’s”: “Profits,
People and Planet”, ou do português “Proveitos (lucros), Pessoas e Planeta”, como forma de abordar
as preocupações económicas, sociais e ambientais das organizações. Contudo, importa referir que
apesar de existir um grande consenso na comunidade científica de que o desenvolvimento sustentável 11Agenda 21, documento composto por quatro secções: (i) Dimensões económica e social; (ii) Conservação e gestão de recursos para o desenvolvimento; (iii) Fortalecimento do papel dos grandes grupos; (iv) Meios de implementação (UN, 1992), organizado num plano de ação à escala global, nacional e local, a ser implementado pelos governos de todo o mundo, no sentido de promover o desenvolvimento sustentável (Santos, Limão, Barbosa, & Cachaço, 2008). 12O termo “Triple Bottom Line” ou a sigla “TBL” foram mencionados pela primeira vez, em 1995, por John Elkington, consultor de empresas e defensor da sustentabilidade. Wexler (2009) refere, no entanto, que o conceito “Triple Bottom Line” foi somente introduzido formalmente nos círculos da comunicação organizacional, em 1997, aquando da publicação do livro de John Elkington: “Cannibals with Forks: The Triple Bottom Line of 21st-Century Business”.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
22
está assente essencialmente em três dimensões (económica, ambiental e social), outros autores, como
por exemplo “Ignacy Scachs”, consideram, além destas dimensões, outras como também relevantes,
como é o caso das dimensões espacial, cultural e temporal (Fialho, Filho, Macedo, & Mitidieri, 2008, p.
107; Nascimento, 2012, p. 55). Conforme refere e afirma Nascimento (2012), a primeira dimensão do
desenvolvimento sustentável é a ambiental, a segunda dimensão a económica e a terceira dimensão a
social. No âmbito da gestão organizacional, a dimensão ambiental contempla normalmente o impacto
dos processos, dos produtos e dos serviços nos sistemas naturais do planeta, incluindo os
ecossistemas, biodiversidade, ar, água e solo (WBCSD, 2002; Ramos & Abrantes, 2008). A dimensão
económica diz respeito ao impacto das organizações nas condições económicas das suas partes
interessadas, bem como de todo o sistema económico (Ramos & Abrantes, 2008). O elemento
económico contempla, no geral, a rendibilidade, os salários, a utilização de recursos, a produtividade, o
emprego, as despesas relacionadas com a subcontratação e o capital humano (WBCSD, 2002). A
dimensão social enquadra, em si, a segurança e saúde no trabalho, as relações com as comunidades
locais, a retenção de colaboradores, as práticas laborais, a ética empresarial, os direitos humanos e as
condições de trabalho (WBCSD, 2002). Lozano (2008), num estudo intensivo sobre a melhor forma de
representar esquematicamente as três dimensões que estão na base do desenvolvimento sustentável,
concluiu que estas dimensões mostram um equilíbrio complexo e dinâmico, devido às inter-relações
que se estabelecem entre os aspetos económicos, ambientais e sociais, com vista à sua integração
total, segundo uma perspetiva a curto, médio e longo prazo (ênfase dada à parte central), ver Figura 5.
Figura 5 – As dimensões do desenvolvimento sustentável.
(Fonte: adaptado de Lozano, 2008)
Dimensão Social
Dimensão Ambiental
Dimensão Económica
Integração Parcial
Integração Total
Integração
Parcial
Integração Parcial
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
23
2.2.3. A Evolução Histórica
Nas últimas quatro décadas, foram vários os intervenientes, momentos e documentos, que ajudaram
na construção do atual conceito de desenvolvimento sustentável. A Tabela 2 mostra uma retrospetiva
resumo dos principais marcos do percurso histórico do desenvolvimento sustentável a nível mundial.
Tabela 2 – Os principais marcos do percurso histórico do desenvolvimento sustentável.
ANO DESCRIÇÃO DOS MARCOS HISTÓRICOS
2015 Realização da 21.ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21) em Paris, França, com o objetivo principal de alcançar um novo acordo climático.
2014 O Governo Português promove a consulta pública do projeto para o Compromisso para o Crescimento Verde, o qual estabelece bases para um crescimento económico sustentado no ambiente e sociedade.
2012 Realização da Cimeira Mundial para o Desenvolvimento Sustentável no Rio de Janeiro (RIO+20), Brasil, após 20 anos da realização da Cimeira da Terra (RIO 92), foi o momento de efetuar um balanço global.
2007 É aprovado em Conselho de Ministros pelo Governo Português a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS), bem como o respetivo Plano de Implementação (PIENDS) desta estratégia nacional.
2006 Criação da Aliança Europeia para a Responsabilidade Social Empresarial (RSE), que têm como perspetiva geral a promoção do papel das empresas no desenvolvimento sustentável, ao nível dos países europeus.
2006 Lançamento dos Princípios para o Investimento Responsável das Nações Unidas (NU), que visam, no geral, incorporar aspetos ambientais e sociais nos processos de tomada de decisão, ao mais alto nível.
2005 Entra, oficialmente, em vigor o Protocolo de Quioto, o qual contempla uma proposta de calendário para diminuição de emissões de gases poluentes nos países desenvolvidos que retificaram o referido protocolo.
2002 Realização da Cimeira Mundial para o Desenvolvimento Sustentável em Joanesburgo, África do Sul (RIO+10), onde se definiu as estratégias e objetivos quantificáveis relativos à aplicação da Agenda 21.
2001 Publicação e apresentação pela Comissão das Comunidades Europeias (CCE) do Livro Verde – “Promover um Quadro Europeu para a Responsabilidade Social das Empresas (RSE)”, onde constam diretrizes gerais.
2001 Criação a nível nacional do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD Portugal), que integra a nível mundial a rede do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD).
2001 O Conselho Europeu concorda com a estratégia definida para o desenvolvimento sustentável, e os países membros são convidados a definirem as suas próprias estratégias nacionais, para os próximos anos.
2000 Kofi Annan cria o “The Global Compact”, o qual se define como uma iniciativa das Nações Unidas (NU) que pretende agregar, holísticamente, as organizações, as Nações Unidas e a sociedade mundial global.
2000 Definição dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas, onde os governos de diversos países do mundo, no geral, se comprometem formalmente a atingir os objetivos do milénio até 2015.
1999 Realização do Conselho Europeu em Helsínquia, Finlândia, no qual é feito o convite à Comissão Europeia para preparar, holísticamente, uma estratégia europeia para as políticas económicas, sociais e ecológicas.
1997 Criação da Global Reporting Initiative (GRI), com o objetivo de desenvolver e de divulgar linhas estratégicas de sustentabilidade, bem como as linhas guia para o desenvolvimento de relatórios de sustentabilidade.
1997 Realização a nível mundial da 19.ª Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas (NU), em Nova Iorque, Estados Unidos da América (EUA), em junho de 1997 (RIO+5), cinco anos após a RIO 92.
1995 Criação a nível internacional do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (CEMDS), isto é, o usualmente designado World Business Council for Sustainable Development (WBCSD).
1992 Realização da Cimeira da Terra no Rio de Janeiro (RIO 92 ou ECO 92), no Brasil, na qual foi adotada os documentos: a Agenda 21, a Declaração do Rio e a Declaração dos Princípios para a Floresta Sustentável.
1987 Publicação do Relatório “Our Common Future“ ou em português “Nosso Futuro Comum”, no qual o atual principal conceito de Desenvolvimento Sustentável é pela primeira vez definido (Relatório Brundtland).
1984 Criação a nível internacional da Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento (WCED), presidida pela então primeira ministra da Noruega, em exercício, a Excelentíssima Senhora Gro Harlem Brundtland.
1972 Realização da Conferência de Estocolmo, primeira reflexão conjunta de diferentes países sobre a relação entre meio ambiente e desenvolvimento humano, na perspetiva da dimensão ecológica e dimensão social.
1972 Publicação do Relatório “Limites do Crescimento”, no qual o crescimento socioeconómico mundial (global) é confrontado com a escassez dos recursos naturais e a degradação do ambiente geral do planeta Terra.
Fonte: adaptado de Santos, 2008b, pp. 73–75; Santos, Limão, Barbosa, & Cachaço, 2008, p. 9 e Carvalho, 2013, p.11.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
24
2.2.4. A Sustentabilidade Organizacional
O conceito de Sustentabilidade Empresarial (SE) ou do inglês Corporate Sustainability (CS) tem sido, ao
longo dos últimos anos, alvo de vários estudos de investigação (Wilson, 2003). Realçando-se o trabalho
de Mebratu (1995), o qual dedicou parte da sua investigação da década de 90, do século XX, ao
estudo histórico e conceptual dos conceitos sustentabilidade e desenvolvimento sustentável. Wilson
(2003) considera mesmo que o contributo do desenvolvimento sustentável para a sustentabilidade
empresarial é duplo. Inicialmente, ajudou a definir as áreas de atuação em que as organizações se
devem concentrar (desempenho económico, ambiental e social) e, posteriormente, forneceu o objetivo
social comum das organizações, governos e sociedade, o de trabalhar em direção à sustentabilidade
económica, ecológica e social. Por sua vez, Montiel e Delgado-Ceballos (2014) referem que o conceito
de sustentabilidade empresarial está intimamente relacionado com a definição de desenvolvimento
sustentável, publicada no âmbito do relatório “Nosso Futuro Comum” (WCED, 1987). Baumgartner e
Ebner (2010, p. 76) enfatizam mesmo nos seus vastos estudos que o “desenvolvimento sustentável,
quando incorporado pela organização é chamado de sustentabilidade empresarial”. Dyllick e Hockerts
(2002, p. 131) definem sustentabilidade empresarial “como a satisfação das necessidades das partes
interessadas diretas e indiretas de uma organização (tais como: os acionistas, empregados, clientes,
grupos de pressão, comunidades, etc.), sem comprometer a sua capacidade de atender, também às
necessidades das futuras partes interessadas”. Na perspetiva geral de Van Marrewijk e Werre (2003, p.
107), o conceito de sustentabilidade empresarial “refere-se às atividades da organização – voluntárias
por definição – demonstrando a inclusão de preocupações sociais e ambientais nas operações
comerciais e na interação com as partes interessadas”. Para Searcy (2012), no geral, as definições
sobre sustentabilidade empresarial foram estruturadas segundo os pressupostos da teoria dos
stakeholders. Na literatura sobre sustentabilidade empresarial são vários os estudos que referem que o
conceito está assente, normalmente, em três dimensões, ou seja, a “dimensão económica”, a
“dimensão ambiental” e a “dimensão social” (Dyllick & Hockerts, 2002, p. 132; Wilson, 2003, p. 1;
Epstein, 2008, p. 19; Baumgartner & Ebner, 2010, pp. 78–79; Montiel & Delgado-Ceballos, 2014, p.
132; Sebastiani, Corsaro, Montagnini, & Caruana, 2014, p. 588). Para Wilson (2003), a revisão da
literatura sugere que o conceito de sustentabilidade empresarial deve ser visto como o desdobramento
de quatro (4) conceitos, isto é: desenvolvimento sustentável, responsabilidade social empresarial, teoria
dos stakeholders e teoria da responsabilização empresarial. O conceito sustentabilidade empresarial é,
frequentemente, “usado em conjugação com, e em alguns casos como sinónimo de, outros conceitos,
tais como o desenvolvimento sustentável e responsabilidade social empresarial” (Wilson, 2003, p. 1).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
25
2.2.5. A Responsabilidade Social Organizacional
O conceito de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) ou do inglês Corporate Social Responsibility
(CSR), nem sempre foi unânime e tem vindo a tomar diversas definições ao longo dos anos. Carroll
(1991, 1999) dedicou parte da sua vasta investigação da década de 90, do século XX, ao estudo do
processo de evolução e construção da definição que sustenta o conceito de responsabilidade social
empresarial. Por sua vez, Dahlsrud (2008), num estudo realizado sobre o conceito de responsabilidade
social empresarial, constatou que este pode assumir 37 definições, suportadas em cinco dimensões
(voluntariado, partes interessadas, social, ambiental e económica). Segundo Dahlsrud (2008), a
definição mais amplamente divulgada do conceito é a da Comissão das Comunidades Europeias (CCE),
publicada, em 18 de julho de 2001, no âmbito do “Livro Verde: Promover um Quadro Europeu para a
Responsabilidade Social das Empresas”. A responsabilidade social empresarial, na perspetiva da
Comissão das Comunidades Europeias (CCE, 2001b) é, essencialmente, um conceito segundo o qual
as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um
ambiente mais limpo, ou dito de outra forma, é um “conceito segundo o qual as empresas integram
voluntariamente preocupações sociais e ambientais nas suas operações e na sua interação com outras
partes interessadas” (CCE, 2002a, p. 5), posição esta reforçada, posteriormente, pela Comissão
Europeia (CE), no ano de 2011, aquando da publicação da nova estratégia da Responsabilidade Social
das Empresas da União Europeia (UE), para o período de 2011 – 2014, onde esta voltou a definir
responsabilidade social empresarial como sendo “a responsabilidade das empresas pelo impacto que
têm na sociedade” (CE, 2011, p. 7). Segundo Oliveira (2014), a responsabilidade social das empresas
é, atualmente, tida como o elemento chave e fulcral do progresso e inovação da União Europeia para
os próximos anos, a qual agrega a dimensão social, ambiental e económica, numa estratégia integrada
que se fundamenta no diálogo com as partes interessadas. Na perspetiva de Oliveira (2014, p. 83), a
“responsabilidade social das empresas constitui uma atuação estruturante em prol do desiderato do
desenvolvimento sustentável”. Na literatura científica são vários os autores e estudos de investigação
que relacionam o conceito de responsabilidade social empresarial com o conceito de desenvolvimento
sustentável (Herrmann, 2004; Ebner & Baumgartner, 2006; Payne, 2006; Moon, 2007; Juščius, 2007;
Debroux, 2008; Kolk & Van Tulder, 2010). Por sua vez, Montiel (2008, p. 246) refere que apesar de os
conceitos sustentabilidade empresarial e responsabilidade social empresarial “terem evoluído a partir
de histórias diferentes, ambos seguem em direção a um futuro comum”, visto que compartilham a
mesma visão, a qual pretende o equilíbrio das responsabilidades económicas, ambientais e sociais,
corroborando, desta forma, com os pressupostos defendidos, anteriormente, por Van Marrewijk (2003).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
26
2.2.6. O Desenvolvimento Sustentável nas Organizações
Embora o conceito de desenvolvimento sustentável tenha surgido inicialmente como uma questão
global, a nível mundial, este tem vindo a ser cada vez mais aplicado ao nível organizacional (Rocha,
Searcy, & Karapetrovic, 2007). O desenvolvimento sustentável, à macro escala, quando é incorporado
pela organização, à micro escala, é denominado por sustentabilidade empresarial, conceito este que
também agrega e integra as dimensões económica, ambiental e social (Baumgartner & Ebner, 2010).
Nos últimos anos, a estratégia global de desenvolvimento sustentável nas organizações tornou-se uma
questão importante em todo o mundo (Tsai & Chou, 2009), tendo levado a que várias organizações se
tenham comprometido com a visão do desenvolvimento sustentável (Zink, 2007). Segundo Garvare e
Isaksson (2001), o desenvolvimento sustentável na organização pode ser alcançado através de um
processo eficaz e eficiente de gestão, que visa equilibrar a prosperidade económica, a equidade social
e a preocupação ambiental. Para Bansal (2005), o desenvolvimento sustentável nas organizações só é
alcançado na interseção de três (3) princípios gerais: a integridade ambiental (gestão ambiental), a
equidade social (responsabilidade social) e a prosperidade económica (criação de valor), sendo que as
“organizações devem aplicar estes princípios aos seus produtos, políticas e práticas, a fim de expressar
o desenvolvimento sustentável” (Bansal, 2005, p. 199). No sentido de criar vantagens competitivas e
alcançar o desenvolvimento sustentável, tornou-se prática generalizada a implementação de sistemas
integrados de gestão da qualidade, ambiente, segurança e saúde no trabalho nas organizações
(Jørgensen, Remmen, & Mellado, 2006; Rocha, Searcy, & Karapetrovic, 2007; Tsai & Chou, 2009;
Zeng, Tam, & Le, 2010; Zeng, Xie, Tam, & Shen, 2011). Na literatura são vários os autores, que ao
longo dos últimos anos, consideram os sistemas integrados de gestão da qualidade, ambiente e
segurança, como a ferramenta primordial para implementar o conceito de desenvolvimento sustentável
ao nível organizacional (Fresner & Engelhardt, 2004; Oskarsson & Malmborg, 2005; Isaksson, 2006;
Jørgensen, Remmen, & Mellado, 2006; Rocha, Searcy, & Karapetrovic, 2007; Jørgensen, 2008; Andre,
Afgan, & Carvalho, 2009; Nitu & Nitu, 2009; Tsai & Chou, 2009; Ejdys & Matuszak-Flejszman, 2010;
Ho, 2010; Sealy, Wehrmeyer, France, & Leach, 2010; Asif, Searcy, Zutshi, & Ahmad, 2011; Boiral &
Gendron, 2011; Zeng, Xie, Tam, & Shen, 2011; Rocha & Searcy, 2012; Santos, Rebelo, Barros, &
Pereira, 2012; Qi, Zeng, Yin, & Lin, 2013; Maas & Reniers, 2014; Rebelo, Santos, & Silva, 2014b;
Rusko, Sablik, Marková, Lach, & Friedrich, 2014; Holm, Vuorisalo, & Sammalisto, 2015; Mežinska,
Lapiņa, & Mazais, 2015). Segundo Ejdys e Matuszak-Flejszman (2010, p. 205), os sistemas de gestão
da qualidade, ambiente, segurança e saúde, “são instrumentos de introdução evolutiva, não radical, de
mudanças numa organização que garantem a aplicação do conceito de desenvolvimento sustentável”.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
27
Maas e Reniers (2014) consideram que numa organização o sistema de gestão da sustentabilidade,
baseado na tradicional integração dos sistemas de gestão da qualidade, ambiente e segurança, é
apenas somente o primeiro passo, de um longo caminho, em prol do desenvolvimento sustentável.
Para Tsai e Chou (2009), os sistemas de gestão da qualidade, ambiente e segurança ajudam as
organizações a criar vantagens competitivas sustentáveis e, por fim, a alcançar o seu objetivo do
desenvolvimento sustentável. Segundo Santos (2008, p. 21), a “qualidade, o ambiente e a segurança e
saúde do trabalho são vertentes fundamentais do desenvolvimento sustentável” e, assim, “devem ter
relevância nos atos de gestão e nas estratégias empresariais das empresas de vanguarda”. Fresner e
Engelhardt (2004) referem que os sistemas integrados de gestão (qualidade, ambiente e segurança),
implementados nas organizações são tidos como forças positivas para o desenvolvimento sustentável
das comunidades e sociedade (ver Figura 6). Neste sentido, Asif, Searcy, Zutshi, e Ahmad (2011),
propuseram um modelo para o desenvolvimento sustentável das organizações através da abordagem
de um sistema integrado de gestão (QAS). Sampaio e Saraiva (2011a), numa abordagem aos sistemas
de gestão como um caminho para a sustentabilidade organizacional, concluíram que os sistemas de
gestão demonstram ter relevância económica e social para as organizações em todo o mundo. Chow e
Chen (2012) consideram que o desenvolvimento sustentável organizacional pode ser modelado por
meio da integração das dimensões económica, ambiental e social. Por sua vez, Wolf (2013) considera
que as partes interessadas são um importante vetor do desenvolvimento sustentável organizacional.
Figura 6 – A gestão do desenvolvimento sustentável organizacional.
(Fonte: adaptado de Fresner & Engelhardt, 2004, p. 630)
Segurança &
Saúde
Qualidade Ambiente
Gestão do
Desenvolvimento Sustentável Organizacional
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
28
2.2.7. A Comunicação do Desenvolvimento Sustentável nas Organizações
Atualmente, comunicar o desenvolvimento sustentável faz parte da estratégia das organizações a nível
mundial. Toda a organização que pretenda adotar, holísticamente, os princípios do desenvolvimento
sustentável deve, inicialmente, analisar e reavaliar a sua realidade organizacional em termos de gestão
para, posteriormente, definir os objetivos estratégicos e clarificar quais são, no geral, os seus grupos de
interesse (IMPROVECENTER, 2012). Neste sentido, “o compromisso que a empresa estabelece com o
desenvolvimento sustentável deve ser comunicado a nível interno e externo, para que se promova a
transparência e o envolvimento de todos na operacionalização” (IMPROVECENTER, 2012, p. 11). A
Figura 7 apresenta uma relação dos principais benefícios internos e externos decorrentes do processo
global da comunicação do desenvolvimento sustentável, por parte das organizações (WBCSD, 2012).
Figura 7 – Benefícios da comunicação do desenvolvimento sustentável.
(Fonte: adaptado de WBCSD, 2002, p. 15)
A CDS, indiretamente, tende a refletir a capacidade e rapidez das empresas melhorarem o valor a longo prazo do acionista com os seus ativos intangíveis.
A CDS ajuda a atrair os acionistas «pacientes», com horizontes de longo prazo e pode ajudar a justificar prémios de baixo risco com empresas financeiras e seguradoras.
A CDS pode ajudar a demonstrar que a empresa respeita os seus valores e princípios, relacionados com as questões ambiental e social, tanto internamente como no mercado de trabalho.
A CDS pode encorajar e facilitar a implementação de sistemas de gestão mais rigorosos e fiáveis, para melhorar a gestão dos impactos ambientais, económicos e sociais. Em resumo, pode conduzir a recolha de dados corretos.
A CDS pode espelhar o modo como a empresa gere o risco.
A CDS pode estimular o pensamento e o desempenho inovadores, ajudando a empresa a manter-se competitiva.
A CDS favorece a melhoria e a aprendizagem contínuas. A comunicação estimula a gestão de topo a tomar medidas progressivas, que serão divulgadas no ano seguinte.
A CDS ajuda a construir a reputação, que, a longo prazo, contribuirá para um crescimento do valor da marca, da quota de mercado e da fidelização do cliente. O desempenho comprova a retórica.
A CDS canaliza a informação pertinente para os respetivos grupos de interesse (acionistas, membros das comunidades locais, administração pública, ONGs, etc.), favorecendo a visibilidade corporativa e a demonstração de transparência.
A CDS proporciona uma base sólida para o diálogo e discussão com as partes interessadas, contribuindo, assim, para manter ou reforçar a licença para operar.
Manter a licença para operar
Criar valor financeiro
Atrair capital a longo prazo e condições de financiamento favoráveis
Consciencializar, motivar, solidarizar os colaboradores e atrair talentos
Encorajar a inovação
Consciencialização do risco
Melhorar os sistemas de gestão
Melhoria contínua
Melhorar a reputação
Transparência para os grupos de interesse Benefícios
Internos &
Externos
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
29
2.3. SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
2.3.1. Evolução Normativa
Em termos históricos, as preocupações com a qualidade podem ser remetidas para os primórdios dos
tempos, quando o Homem produzia artesanalmente as suas ferramentas e objetos (Pires, 2004). No
entanto, a Segunda Guerra Mundial marca o início formal das preocupações em termos da qualidade,
onde se destaca o papel exercido pelo Ministério da Defesa do Reino Unido, que se deparou durante a
II Guerra com a pouca qualidade do material bélico usado (Sampaio & Saraiva, 2011b). Esta situação
motivou o Governo Britânico a promover o desenvolvimento de normas da qualidade, com o intuito de
melhorar, no geral, os processos de melhoria e garantia da qualidade dos produtos (Sampaio &
Saraiva, 2011b). A década de 60, do século XX, fica marcada pelo advento dos grandes investimentos
em prol da indústria pesada (nuclear, petroquímica, defesa, espacial, etc.) que veio institucionalizar a
garantia da qualidade, enquanto requisito dos clientes sobre os fornecedores, perspetiva esta que veio
a ter rapidamente extensão a outras indústrias de produção em série nos anos seguintes (Pires, 2004).
Durante os anos 70, foram publicadas pelo British Standards Institute (BSI) três normas que marcaram
profundamente o percurso mundial do conceito de qualidade. No ano de 1971, foi publicada a primeira
norma britânica de garantia da qualidade sectorial a norma BS 9000 – “General Requirements for a
System for Electronic Components of Assessed Quality” (constituída por oito partes distintas), a qual é
específica da indústria eletrónica. Em 1974, é publicada a norma BS 5179 – “Guidelines for Quality
Assurance”, tida mundialmente como uma das principais fontes do conceito de garantia da qualidade.
Posteriormente, em 1979, é publicada a norma BS 5750 – “Quality Systems”, a qual é tida como a
primeira norma britânica de garantia da qualidade (Sampaio & Saraiva, 2011b). No decurso da década
de 80, o BSI com apoio institucional promoveu junto da comunidade internacional a divulgação e
promoção das três normas da série BS 5750, processo este que resultou, em 1987, na aprovação pela
International Organization for Standardization (ISO) das normas da família ISO 9000 – “Quality
Management and Quality Assurance Standards”, consideradas o “alicerce” dos sistemas de gestão da
qualidade, pelo seu rápido crescimento a nível mundial (Sampaio, Saraiva, & Rodrigues, 2009b;
Sampaio & Saraiva, 2011b). Posteriormente, as normas da família ISO 9000 foram alvo de revisões,
mais ou menos profundas, como são os casos das revisões concluídas em 1994, 2000, 2008 e 2015,
a que se seguiu a respetiva tradução para a língua portuguesa, realizada pela Comissão Técnica 80
(Gestão e Garantia da Qualidade) do Instituto Português da Qualidade (IPQ). Em setembro de 2015, é
publicada a última edição da norma ISO 9001 – “Quality Management Systems: Requirements”, a qual
veio substituir a NP EN ISO 9001:2008 – “Sistemas de Gestão da Qualidade: Requisitos” (IPQ, 2015).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
30
A literatura mostra que nas últimas duas décadas, os sistemas de gestão da qualidade implementados
e certificados segundo o referencial normativo ISO 9001 (versão 1994, 2000 e 2008) tiveram, no
geral, uma grande aceitação a nível mundial e europeu, bem como em Portugal, a partir do ano de
1993 (Sampaio, Saraiva, & Rodrigues, 2009a, 2009b; 2009c, 2011b; Sampaio & Saraiva, 2011b;
Sampaio, Saraiva, & Gomes, 2014). Segundo o Barómetro da Certificação 2014, publicado, em 2015,
no Guia de Empresas Certificadas (GEC), existiam em Portugal, no final de 2013, 7.553 organizações,
nacionais, com sistemas de gestão da qualidade certificados (Sampaio, Saraiva, & Domingues, 2015).
2.3.2. Modelo do Sistema de Gestão
Segundo a norma portuguesa NP EN ISO 9000:2005, o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) é
definido como o “sistema de gestão para dirigir e controlar uma organização no que respeita à
qualidade” (IPQ, 2005, p. 17). A Figura 8 apresenta o esquema do modelo de um sistema de gestão
da qualidade baseado em processos, adotado pela norma NP EN ISO 9001:2008, o qual cobre todos
os requisitos impostos pela norma internacional, com vista a alcançar a melhoria contínua do sistema
de gestão da qualidade. O modelo ilustra as interligações entre os processos referidos na norma, não
identificando contudo em pormenor todos os processos da organização (IPQ, 2008b). No modelo os
clientes (partes interessadas) adquirem um papel de destaque, visto que influenciam a definição dos
requisitos (entrada) e a perceção da satisfação (saída), traduzido no modelo pelo fluxo de informação.
Figura 8 – Modelo do sistema de gestão da qualidade.
(Fonte: adaptado de IPQ, 2008b, p. 8)
Requisitos
Clientes Responsabilidade
da Gestão
Gestão de
Recursos
Medição Análise e Melhoria
Realização do Produto
Satisfação
Clientes
Entrada Saída
Melhoria Contínua do
Sistema de Gestão da Qualidade
Atividades que acrescentam valor
Fluxo de informação
Chave:
Produto
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
31
2.3.3. Comunicação com as Partes Interessadas
Segundo Quintela (2009, p. 4047), o “sistema de gestão da qualidade apresenta-se como um fator
crítico de sucesso, nas interações intra e extra organizacionais e na eficácia da comunicação com as
diferentes partes interessadas”. A norma NP EN ISO 9001:2008 reserva explicitamente dois requisitos
para os processos de comunicação organizacional, ou seja, o requisito “comunicação interna”, no
âmbito das atividades de comunicação entre colaboradores e o requisito “comunicação com o cliente”,
no âmbito das atividades de comunicação com os clientes (IPQ, 2008b). Quintela (2009) refere que o
sistema de gestão da qualidade é um grande aliado das organizações para a área da comunicação.
2.3.4. Enquadramento com o Desenvolvimento Sustentável
Atualmente, as organizações estão cientes que os sistemas de gestão da qualidade podem contribuir
para o desenvolvimento sustentável, através da gestão adequada dos seus processos e atividades,
assegurando assim o desenvolvimento económico e em especial a sua competitividade, mas também a
sua respetiva responsabilidade ambiental e social (Pires, 2012). Existe na literatura vários estudos de
investigação que referem a ocorrência de uma relação positiva entre a implementação de sistemas de
gestão da qualidade (SGQ) e a melhoria do desempenho organizacional (Sampaio & Saraiva, 2011b;
Sampaio, Saraiva, & Rodrigues, 2011a). Sampaio e Saraiva (2011b, p. 36) referem que na literatura
existem grupos de investigação que concluíram nos seus estudos “existir uma relação positiva entre a
implementação e certificação de sistemas de gestão da qualidade e a melhoria do desempenho
económico-financeiro das empresas”. Existindo no entanto, alguns outros autores que não encontraram
evidências significativas no estudo das mesmas relações, o que demonstra a natureza contraditória de
algumas conclusões obtidas e que pode indiciar que as próprias motivações que estão na base da
implementação dos sistemas de gestão da qualidade, podem ser tidas como variáveis explicativas
(Sampaio & Saraiva, 2011b). Segundo Sampaio e Saraiva (2011b, p. 205), em Portugal, “as melhores
empresas nacionais em termos de desempenho económico-financeiro apresentam grande propensão
para implementarem e certificarem sistemas de gestão da qualidade”. Os princípios de gestão da
qualidade, popularizados pelos “gurus” da qualidade, podem desempenhar um importante papel no
âmbito do desenvolvimento sustentável (Isaksson, 2006; Rocha, Searcy, & Karapetrovic, 2007; Kuei &
Lu, 2013), pois visam ajudar as organizações a alcançar o sucesso sustentado (Kaziliūnas, 2008). Os
sistemas de gestão da qualidade baseados em normas internacionais beneficiam os fabricantes,
prestadores de serviços, utilizadores, consumidores e reguladores, promovem a confiança, facilitam o
acesso aos mercados mundiais, bem como apoiam o desenvolvimento sustentável (Kaziliūnas, 2012).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
32
2.4. SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL
2.4.1. Evolução Normativa
As preocupações humanas com o meio ambiente não são um fenómeno recente, pois o homem teve,
ao longo dos milénios, de aprender a interagir responsavelmente com o ambiente, e sempre que tal
não aconteceu, teve de sofrer as consequências nefastas da sua atuação negligente (Pinto, 2012). Na
caminhada, que é a vida no planeta Terra, são vários os marcos históricos que atestam a necessidade
de uma correta interação do homem com o meio ambiente, onde se destacam os principais desastres
ambientais ocorridos durante o século XX, tais como, por exemplo, os grandes acidentes ambientais de
Minamata (em 1956, no Japão), Seveso (em 1976, na Itália), Bhopal (em 1984, na India) e Chernobyl
(em 1986, na Ucrânia), entre outros. Episódios, trágicos e brutais, que impulsionaram o crescimento
acentuado da consciencialização ambiental na Europa e nos Estados Unidos da América, durante a
década de 80 (Barrow, 2006; Pinto, 2012). O ano de 1987 fica marcado pela publicação do relatório
“Nosso Futuro Comum” pela Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento (CMAD), no qual
é abordada a atual problemática do desenvolvimento sustentável (DS). Neste seguimento, em 1991, a
International Chamber of Commerce (ICC) publicou a “Carta Empresarial para o Desenvolvimento
Sustentável: Princípios de Gestão Ambiental” (Barrow, 2006; Valle, 2010; Pinto, 2012). Em 1992, o
British Standards Institution (BSI) publicou o primeiro referencial normativo oficial de sistemas de
gestão ambiental, a norma BS 7750 – “Specification for Environmental Management Systems”. Em
1993, o Conselho das Comunidades Europeias (CCE) estabeleceu no âmbito do Regulamento (CEE) n.º
1836/93, de 29 de junho, um mecanismo voluntário europeu para promover a melhoria contínua do
desempenho ambiental das organizações, mediante o estabelecimento e a implementação de sistemas
de gestão ambiental, denominado “Eco Management and Audit Scheme” (EMAS I) ou em português
“Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria”, o qual estava nesta fase inicial restrito à participação
de organizações do setor industrial. Em 1994, o BSI após os resultados de dois anos de estudos-piloto,
realizados por indústrias de diversos setores industriais, reviu e publicou uma nova edição da norma
BS 7750 (Barrow, 2006). Posteriormente, em 1996, a International Organization for Standardization
(ISO) publicou no âmbito da família da série ISO 14000 – “Gestão Ambiental”, a norma ISO 14001 –
“Environmental Management Systems: Specification with Guidance for Use”, norma esta amplamente
compatível com a norma BS 7750 e o regulamento EMAS (Barrow, 2006). Em 1999, a norma ISO
14001 é traduzida para a língua portuguesa, pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ), no âmbito da
Comissão Técnica 150 (Gestão Ambiental), e adquire a designação de norma NP EN ISO 14001:1999
– “Sistemas de Gestão Ambiental: Especificações e Linhas de Orientação para a sua Utilização”. No
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
33
ano de 2001, é publicado pelo Parlamento Europeu e do Conselho o Regulamento (CE) n.º 761/2001,
de 19 de março (EMAS II), que veio permitir a participação de todo o tipo de organizações, incluindo as
autoridades locais. Posteriormente, em 2004, após um período de revisão, é publicada pela ISO outra
edição da norma ISO 14001, a que se seguiu nesse mesmo ano a respetiva tradução para o português
pelo IPQ. Em 2009, é publicado pelo Parlamento Europeu e do Conselho o Regulamento (CE) n.º
1221/2009, de 25 de novembro (EMAS III), que alargou a participação do EMAS às organizações
situadas dentro e fora da Comunidade Europeia. Em 2012, é publicada pelo IPQ a norma NP EN ISO
14001:2012 – “Sistemas de Gestão Ambiental: Requisitos e Linhas de Orientação para a sua
Utilização”, no seguimento de correções ao texto da norma ISO 14001:2004. Em setembro de 2015, é
publicada a última edição da norma ISO 14001 – “Environmental Management Systems: Requirements
with Guidance for Use”, que substituiu a norma NP EN ISO 14001:2012. O Barómetro da Certificação
2014 (Sampaio, Saraiva, & Domingues, 2015) mostra que existiam em Portugal, no final de 2013,
1.682 organizações com sistemas de gestão ambiental certificados ISO 14001 (1.602) e EMAS (80).
2.4.2. Modelo do Sistema de Gestão
Para a norma portuguesa NP EN ISO 14001:2014 o Sistema de Gestão Ambiental (SGA), é definido
como a “parte do sistema de gestão de uma organização utilizada para desenvolver e implementar a
sua política ambiental e gerir os seus aspetos ambientais” (IPQ, 2012, p. 10). A Figura 9 mostra o
esquema do modelo do sistema de gestão ambiental, adotado pela norma NP EN ISO 14001:2012,
com o qual se pretende que os compromissos assumidos na política ambiental sejam alcançados.
Figura 9 – Modelo do sistema de gestão ambiental.
(Fonte: adaptado de IPQ, 2012, p. 7)
Melhoria Contínua
Política Ambiental
Planeamento
Implementação e
Operação Verificação
Revisão pela
Gestão
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
34
2.4.3. Comunicação com as Partes Interessadas
A implementação de um sistema de gestão ambiental implica que exista uma comunicação adequada
com todas as partes interessadas, seja esta direcionada para dentro ou para fora da organização
(Pinto, 2005a; SCCM, 2005). A organização que demonstre ambição elevada para o seu desempenho
ambiental, irá escolher uma forma intensiva de comunicação para o exterior, bem como para o interior
(SCCM, 2005). A norma NP EN ISO 14001:2012 prevê o requisito “comunicação”, onde estabelece os
deveres da organização para fazer face às diversas necessidades de comunicação interna e externa.
2.4.4. Enquadramento com o Desenvolvimento Sustentável
Na literatura são várias as investigações que se debruçam no estudo da implementação e manutenção
de sistemas de gestão ambiental nas organizações, com o objetivo de conhecer quais os seus reais
contributos para o conceito de desenvolvimento sustentável (Schaltegger & Figge, 2000; McDonach &
Yaneske, 2002; Bansal & Hunter, 2003; MacDonald, 2005; Seiffert & Loch, 2005; Barrow, 2006;
Hyršlová, Mísařová, & Némethová, 2007; Sebhatu & Enquist, 2007; Fortuński, 2008). Segundo Barrow
(2006, p. 30), o “desenvolvimento sustentável é um dos principais objetivos da gestão ambiental, mas
é um desafio encontrar estratégias eficazes e exequíveis”. Por sua vez, MacDonald (2005) propõe a
utilização da norma ISO 14001, como ponto de partida útil no caminho complexo para se conseguir
alcançar o desenvolvimento sustentável na organização, alertando contudo para possíveis problemas
de conceção da norma ao nível dos requisitos de planeamento estratégico. Um grupo de investigação
constituído por Hyršlová, Mísařová, e Némethová (2007), demonstrou num estudo realizado junto de
222 organizações, que a implementação do sistema de gestão ambiental contribui claramente para o
desenvolvimento sustentável, visto que permite explicitamente melhorar o desempenho ambiental,
aumentar o lucro económico e introduzir melhorias no campo social. Por sua vez, Sebhatu e Enquist
(2007) constataram, através da análise de um caso de estudo, que o sistema de gestão ambiental
implementado segundo a norma ISO 14001, não é apenas um sistema para melhoria do desempenho
ambiental, mas também pode ser usado pela organização como a força motriz para o desenvolvimento
sustentável e a criação de valor. Fortuński (2008) forneceu outros argumentos que ajudam afirmar que
o SGA, baseado na norma ISO 14001, contribui para o desenvolvimento sustentável, em geral, e para
o sucesso sustentado da organização, em particular. Para Bansal e Hunter (2003), a norma ISO 4001
foi concebida para promover o desenvolvimento sustentável e fomentar o comércio internacional, mas
o seu êxito está dependente dos benefícios gerais para as organizações. Barrow (2006, p. 365) refere
que “uma das principais metas para a gestão ambiental é alcançar o desenvolvimento sustentável”.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
35
2.5. SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
2.5.1. Evolução Normativa
As preocupações com a segurança e saúde decorrentes do trabalho começaram a ser manifestadas já
na antiguidade, onde se encontram registos históricos fiáveis à data dos governos do faraó egípcio
Snefru (2500 a.C.) e do rei babilónio Hammurabi (2200 a.C.), bem como estudos pioneiros sobre esta
temática desenvolvidos por vários médicos e filósofos gregos e romanos (entre os séculos I e IV a.C.).
Apesar de vários estudiosos se terem debruçado sobre esta temática até ao século XVIII, é com o
advento da revolução industrial, no início do século XIX, que a problemática da segurança e saúde do
trabalho se generaliza, motivada pela elevada taxa de sinistralidade e mortalidade, como resultado dos
acidentes e doenças profissionais (Pinto, 2012). Em 1919, é criada a International Labour Organization
(ILO) ou em português Organização Internacional do Trabalho (OIT), que visou a regulamentação das
práticas laborais no mundo, contudo, a sua atuação somente veio a surtir efeitos visíveis a partir de
meados do século XX (Pinto, 2012). No seguimento de grandes avanços dados na área da segurança e
saúde do trabalho a nível internacional e europeu, o ano de 1989, fica marcado pela publicação pelo
Conselho das Comunidades Europeias (CCE) da Diretiva do Conselho 89/391/CEE, de 12 de junho, a
qual visou promover a aplicação de medidas de melhoria da segurança e da saúde dos trabalhadores.
Em 1996, no Reino Unido o British Standards Institution (BSI) publicou um documento para gestão da
segurança e saúde do trabalho, inicialmente denominado por norma britânica BS 8750 – “Guide to
Occupational Health and Safety Management”, posteriormente, substituído pela norma BS 8800 –
“Guide to Occupational Health and Safety Management Systems”. Em 1999, o BSI após um trabalho
conjunto de diversos organismos certificadores e entidades de normalização internacionais, publica o
primeiro documento da família OHSAS 18000 – “Occupational Health and Safety Assessment Series”
(OHSAS), a especificação OHSAS 18001 – “Occupational Health and Safety Management Systems:
Specifications”, a qual passa a ser, a nível mundial, o documento de referência mais requisitado para
os processos de implementação e certificação de sistemas de gestão da segurança e saúde do trabalho
(Robson et al., 2007; Soares & Kovaleski, 2014). Em 2001, o Instituto Português da Qualidade (IPQ)
no âmbito dos trabalhos desenvolvidos no seio da Comissão Técnica 42 (Segurança e Saúde do
Trabalhador), publica a norma portuguesa NP 4397 – “Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde do
Trabalho: Especificações”. Em 2004, o BSI publica uma nova edição da norma britânica BS 8800 –
“Occupational Health and Safety Management Systems: Guide”. Em 2007, após trabalhos de revisão e
melhoria da especificação OHSAS 18001, o BSI publica então a primeira edição da norma britânica BS
OHSAS 18001 – “Occupational Health and Safety Management Systems: Requirements”, a qual foi
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
36
projetada, desenvolvida e estruturada, de forma a ser compatível com as normas internacionais de
sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001:2000) e gestão ambiental (ISO 14001:2004), visando uma
possível futura integração. Em 2008, o IPQ após um processo de revisão coordenado pela Comissão
Técnica 42, publica a segunda edição da norma portuguesa NP 4397 – “Sistemas de Gestão da
Segurança e Saúde do Trabalho: Requisitos”. Posteriormente, após um trabalho árduo de vários anos,
foi tornado realidade, em junho de 2013, o Projeto do Comité ISO/PC 283 estabelecido e acordado
entre a International Organization for Standardization (ISO) e o British Standards Institution (BSI), com o
objetivo de desenvolver e aprovar a norma internacional ISO 45001 – “Occupational Health and Safety
Management Systems: Requirements with Guidance for Use”, estando previsto em projeto a publicação
da versão final da norma ISO, em outubro de 2016 (Kleinová & Szaryszová, 2014; Soares & Kovaleski,
2014). O Barómetro da Certificação 2014 mostra que existiam em Portugal, no final de 2013, um total
de 868 organizações com sistemas de gestão da segurança e saúde do trabalho certificados, segundo
os referenciais normativos BS OHSAS 18001 e/ou NP 4397 (Sampaio, Saraiva, & Domingues, 2015).
2.5.2. Modelo do Sistema de Gestão
A norma britânica BS OHSAS 18001:2007 e a portuguesa NP 4397:2008 definem Sistema de Gestão
da Segurança e Saúde do Trabalho (SGSST), como a “parte do sistema de gestão de uma organização
utilizado para desenvolver e implementar a política da SST e gerir os riscos correspondentes” (BSI,
2007, p. 3; IPQ, 2008a, p. 9). A Figura 10 mostra o modelo do SGSST, adotado pelas duas normas,
com o qual se pretende que todos os compromissos assumidos na política da SST sejam alcançados.
Figura 10 – Modelo do sistema de gestão da segurança e saúde do trabalho.
(Fonte: adaptado de BSI, 2007, p. vi e IPQ, 2008a, p. 6)
Melhoria Contínua
Política da SST
Planeamento
Implementação e
Operação Verificação
Revisão pela
Gestão
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
37
2.5.3. Comunicação com as Partes Interessadas
Segundo Hughes e Ferrett (2011, p. 43), o sucesso do desempenho de um sistema de gestão da
segurança e saúde do trabalho está muito dependente da comunicação que se estabelece entre os
vários níveis da organização, ou seja, da “comunicação eficaz com os trabalhadores”, bem como
também da “comunicação eficaz com as outras partes interessadas, tais como: entidades reguladoras,
fornecedores, clientes e sindicatos”. Para Pinto (2005b, p. 133), no SGSST a “comunicação deve ser
eficaz pelo que é necessário validar a sua eficácia, verificando se foi compreendida pelos recetores”. As
normas BS OHSAS 18001:2007 e NP 4397:2008 preveem o requisito “comunicação”, que estabelece
os deveres da organização para fazer face às várias necessidades de comunicação interna e externa.
2.5.4. Enquadramento com o Desenvolvimento Sustentável
Chen (2004) numa abordagem aos sistemas de gestão da segurança e saúde do trabalho refere que,
numa organização, a estratégia de desenvolvimento sustentável não deve ser apenas refletida no
aumento do valor da produção, mas sim avaliada em conjunto com outros aspetos, tais como: a
eficácia económica, a utilização dos recursos, a proteção ambiental e a segurança e saúde do trabalho.
Segundo Muruganandan (2007, p. 252), o objetivo do sistema de gestão da segurança, saúde e
ambiente deve-se focar na melhoria, por um caminho de “cultura de trabalho seguro”, sistematizando
práticas, em prol do desenvolvimento sustentável como conceito inovador de gestão. Por sua vez,
Quelhas e Lima (2006) enfatizam, no âmbito da temática da sua investigação, que o sistema de gestão
da segurança e saúde do trabalho é um fator crítico de sucesso no processo de introdução dos
princípios do desenvolvimento sustentável nas organizações. Na literatura são vários os autores e as
obras que associam a dimensão social do desenvolvimento sustentável às questões da segurança e
saúde do trabalho (Azapagic, 2004; Gallego, 2006; Chow & Chen, 2012; Joseph, Lin, Nichol, &
Jussem, 2014). Contudo, existem autores que dedicaram a sua investigação ao estudo da relação dos
sistemas de gestão da segurança com o desempenho das organizações, também na vertente social e
económica, os quais evidenciaram que a “gestão da segurança tem uma influência positiva no
desempenho da segurança, no desempenho da competitividade e no desempenho económico-
financeiro”, visto que reduz a taxa de acidentes e, consequentes, danos pessoais e materiais, melhora
as condições de trabalho, aumenta a motivação dos trabalhadores, reduz o absentismo, melhora a
imagem da instituição e a sua reputação, produtividade e inovação, bem como aumenta as vendas,
lucros e rentabilidade (Fernández-Muñiz, Montes-Peón, & Vázquez-Ordás, 2009, p. 980). Para Quelhas
e Lima (2006), o SGSST é o caminho a seguir, para se alcançar a gestão sustentável na organização.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
38
2.6. SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO
2.6.1. Evolução Normativa
Na década de 90, do século XX, após a publicação dos referenciais normativos da família ISO 9000
(Gestão da Qualidade) e ISO 14000 (Gestão Ambiental) e, posteriormente, das especificações da
família OHSAS 18000 (Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho), as organizações a nível mundial
depararam-se com uma nova problemática, relativa à integração dos sistemas de gestão (ISO 9001,
ISO 14001 e OHSAS 18001). Motivado pela ausência de um referencial internacional aceite no âmbito
dos sistemas integrados de gestão, alguns organismos de normalização nacionais e internacionais,
elaboraram e publicaram, ao longo dos últimos anos, documentos técnicos de apoio à integração. Em
1996, o Norwegian Technology Standards Institution (NTS) publicou uma primeira versão draft da
norma norueguesa intitulada “Management Principles for Enhancing Quality of Products and Services,
Occupational Health and Safety, and the Environment”. Em 1999, em resultado de uma parceria entre
os organismos de normalização da Austrália e da Nova Zelândia (Australia Standard / New Zealand
Standard – AS/NZS) foi publicada a norma AS/NZS 4581 – “Management System Integration:
Guidance to Business, Government and Community Organizations”. No Reino Unido o British Standards
Institution (BSI), elaborou uma série de documentos de referência, com o objetivo de uniformizar os
processos de integração dos sistemas de gestão, assim publicou, no ano de 2000, o handbook HB
10173 – “IMS: Management Systems Integration. A Guide”, no ano de 2001, o handbook HB 10190 –
“IMS: The Framework (Integrated Management Systems Series)” e, por último, em 2002, o handbook
HB 10191 – “IMS: Implementing and Operating (Integrated Management Systems Series)”. Ainda no
ano de 2001, a International Organization for Standardization (ISO) com o objetivo de uniformizar a
estrutura das normas dos sistemas de gestão, publicou o guia ISO Guide 72 – “Guidelines for the
Justification and Development of Management System Standards”. Em 2005, a Asociación Española de
Normalización y Certificación (AENOR) publicou, em junho, a norma espanhola UNE 66177 –
“Sistemas de Gestión: Guía para la Integración de los Sistemas de Gestión” e, nesse mesmo ano, a
Danish Standards Association (DSA) publicou, em julho, a norma dinamarquesa DS 8001 – “Integrated
Management Systems”. Em 2006, o BSI publicou a primeira edição da especificação britânica PAS 99
– “Specification of Common Management System Requirements as a Framework for Integration”
(Nowicki, Kafel, & Sikora, 2013). Em 2008, a ISO com o intuito de promover a integração publicou um
handbook intitulado “The Integrated use of Management System Integration”. Em 2012, o BSI
procedeu à publicação, após revisão, da segunda edição da especificação PAS 99 – “Specification of
Common Management System Requirements as a Framework for Integration”, a qual sofreu uma
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
39
reestruturação profunda com vista a melhorar o processo de integração dos sistemas de gestão
(Miguel, 2013). A especificação PAS 99 apresenta, atualmente, uma estrutura em total sintonia com as
edições finais (and drafts) aprovadas dos referenciais normativos dos sistemas de gestão da qualidade
(ISO 9001), ambiente (ISO 14001), segurança e saúde do trabalho (ISO 45001). Em 2015, a ISO e o
International Electrotechnical Commission (IEC) publicaram a sexta edição do documento ISO/IEC –
“Directives, Part 1: Consolidated ISO Supplement. Procedures Specific to ISO”, o qual integra o Annex
SL (Normative) – “Proposals for Management System Standards” (anterior ISO Guide 8313), no qual
está contemplada a estrutura base proposta para todas as futuras normas de sistemas de gestão, a
qual assenta, genericamente, nos seguintes dez (10) pontos estruturais: (1) Âmbito; (2) Referências
normativas; (3) Termos e definições; (4) Contexto da organização; (5) Liderança; (6) Planeamento; (7)
Suporte; (8) Operacionalização; (9) Avaliação do desempenho; e (10) Melhoria (BSI, 2012; ISO, 2015a,
2015b, 2015d; ISO/IEC, 2015). Em termos históricos a integração de sistemas de gestão em Portugal,
é ainda uma prática recente, com cerca de uma década de existência (Pinto, 2012), sendo ainda
praticada por uma pequena percentagem de organizações a nível mundial (Santos & Vale, 2008;
Santos, Rebelo & Barros, 2013). Em regra, normalmente as organizações, inicialmente, implementam
e certificam o SGQ (ISO 9001), posteriormente, implementam e certificam o SGA (ISO 14001) e,
somente, depois implementam e certificam o SGSST (BS OHSAS 18001), seguindo a ordem natural de
publicação das normas (Santos & Vale, 2008; Santos, Rebelo & Barros, 2013). Quando os sistemas de
gestão (SGQ, SGA e SGSST) implementados individualmente demonstram estar consolidados, as
organizações iniciam de forma faseada o processo de integração dos sistemas, numa primeira fase a
integração de dois sistemas e numa segunda fase a integração dos três sistemas (Santos & Vale,
2008; Santos, Rebelo & Barros, 2013). Esta tem sido a regra geral que as organizações, incluindo as
portuguesas têm adotado, confirmada até pelo número de certificações, onde a qualidade se destaca
em primeiro lugar, seguida da certificação ambiental e, por último, a certificação da segurança e saúde
do trabalho (Santos, Mendes, & Barbosa, 2011). Contudo, refira-se que a implementação simultânea e
integrada dos sistemas de gestão da qualidade, ambiente, segurança e saúde do trabalho (QASST) é,
atualmente, uma prática crescente em Portugal e no resto do mundo (Carvalho, 2014). Segundo dados
publicados no Barómetro da Certificação 2014 (ver GEC), constata-se que existiam em Portugal, a 31
de dezembro de 2013, um total de 589 organizações com sistemas integrados de gestão da qualidade,
ambiente, segurança e saúde do trabalho certificados no âmbito dos quatro (4) referenciais normativos:
ISO 9001, ISO 14001, BS OHSAS 18001 e/ou NP 4397 (Sampaio, Saraiva, & Domingues, 2015).
13ISO Guide 83: High level structure and Identical text for management system standards and common core management system terms and definitions.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
40
2.6.2. Modelo do Sistema de Gestão
A definição de Sistema Integrado de Gestão (SIG) tem vindo a ser alvo de intenso estudo e debate, nas
últimas duas décadas, no seio das normas e especificações publicadas (AS/NZS 4581, UNE 66177,
DS 8001 e PAS 99), bem como em diversos trabalhos de investigação (Karapetrovic & Willborn, 1998;
Griffith, 2000; Beckmerhagen, Berg, Karapetrovic, & Willborn, 2003; Labodová, 2004; Suditu, 2007).
Segundo Griffith (2000), o SIG é definido como sendo a combinação dos procedimentos da qualidade,
ambiente, segurança e saúde do trabalho de modo a demonstrar externamente o compromisso da
organização para fornecer um produto/serviço, com preocupações de caráter ambiental e segurança. A
especificação PAS 99:2012 definiu, recentemente, o SIG como sendo o “sistema de gestão que integra
os vários aspetos dos sistemas e processos de uma organização numa estrutura completa, permitindo
à organização satisfazer os requisitos de mais do que uma norma de sistemas de gestão” (BSI, 2012,
p. 2). Vários autores entre os quais Zeng, Shi, e Lou (2007), consideram que o processo de integração
dos sistemas de gestão da qualidade, ambiente, segurança e saúde do trabalho é facilitado, visto as
três normas (ISO 9001, ISO 14001 e BS OHSAS 18001) terem subjacente o princípio comum da
melhoria contínua, com base no “Ciclo de Deming”14 ou “PDCA” (Plan–Do–Check–Act), o que permite
estabelecer uma correspondência integral entre estas normas (ver Anexo II), como se vê na Figura 11.
Figura 11 – Modelo de integração dos sistemas de gestão.
(Fonte: adaptado de Carvalho, 2014, p. 102)
14William Edwards Deming (1900–1993) é denominado na literatura como um “guru” da qualidade, o qual ficou mundialmente celebrizado pelo “Ciclo de Deming” (Plan–Do–Check–Act), também conhecido pela abreviatura “Ciclo PDCA”, designação esta que corresponde em português ao “Ciclo da Melhoria Contínua” ou “Ciclo PEVA”, como resultado da conjugação das iniciais das quatro palavras resultantes da tradução: “Planear, Executar, Verificar e Atuar”.
Melhoria Contínua
Política da Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde do Trabalho
Planeamento
Implementação e
Operação
Verificação
Revisão pela
Gestão
Planear
Executar Verificar
Atuar
SEG
URA
NÇ
A
AMBIENTE
QU
ALIDAD
E
INTEGRAÇÃO DE
SISTEMAS DE GESTÃO
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
41
Na literatura são várias as referências, ao longo dos últimos vinte anos, que abordam segundo várias
perspetivas a questão sobre qual a melhor tipologia para o “modelo” do Sistema Integrado de Gestão
da Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde do Trabalho (SIGQASST) que deve ser adotado, no geral,
pelas organizações (Karapetrovic, 2002, 2003; Karapetrovic & Jonker, 2003; Labodová, 2004; Jonker
& Karapetrovic, 2004; Jørgensen, Remmen, & Mellado, 2006; Zeng, Shi, & Lou, 2007; Asif, Bruijn,
Fisscher, Searcy, & Steenhuis, 2009; Bernardo, Casadesus, Karapetrovic, & Heras, 2009, 2012; Asif,
Bruijn, Fisscher, & Searcy, 2010; Asif, Fisscher, Bruijn, & Pagell, 2010a, 2010b; Bernardo, Casadesus,
& Karapetrovic, 2011; Sampaio, Saraiva, & Domingues, 2012; Oliveira, 2013; Almeida, Domingues, &
Sampaio, 2014; Bernardo, 2014; Domingues, Sampaio, & Arezes, 2014; Rebelo, Santos, & Silva,
2014a, 2014b). A especificação PAS 99:2012 apresenta, atualmente, um modelo de sistema integrado
de gestão estruturado com base no Ciclo PDCA, e alinhado com a estrutura da atual “nova geração”
das normas internacionais da qualidade (ISO 9001), ambiente (ISO 14001) e segurança (ISO 45001).
2.6.3. Comunicação com as Partes Interessadas
O processo de comunicação (interna e externa) com as partes interessadas é requisito obrigatório dos
principais referenciais normativos e especificações dos sistemas integrados de gestão (ver Tabela 3).
Tabela 3 – Requisitos da comunicação com as partes interessadas, por referencial normativo. REFERENCIAL REQUISITOS DE COMUNICAÇÃO INTERNA EXTERNA
Qua
lidad
e
NP EN ISO 9001:2008 5.5.3. Comunicação Interna 7.2.3. Comunicação com o Cliente
NP EN ISO 9004:2011 5.4. Comunicação da Estratégia e das Políticas
NP EN ISO 9001:2015 ISO 9001:2015
5.2.2. Comunicação da Política da Qualidade 7.4. Comunicação 8.2.1. Comunicação com o Cliente 8.4.3. Informação para Fornecedores Externos
Ambi
ente
NP EN ISO 14001:2012 4.4.3. Comunicação EMAS III:2009 B.5. Comunicação
ISO 14001:2015
7.4. Comunicação 7.4.1. Geral 7.4.2. Comunicação Interna 7.4.3. Comunicação Externa
Segu
ranç
a BS OHSAS 18001:2007 4.4.3.1. Comunicação NP 4397:2008 4.4.3.1. Comunicação
ISO/CD.2 45001:2015 7.4. Informação e Comunicação
Inte
graç
ão AS/NZS 4581:1999
1.4. Comunicação 6.3. Comunicação em Emergências
UNE 66177:2005 Comunicação, Informação e Participação
DS 8001:2005 4.2.8. e 5.3.1. Comunicação Interna 5.3.2. Comunicação Externa
PAS 99:2012 7.4. Comunicação
Fonte: adaptado de Carvalho, 2013, p. 58.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
42
2.6.4. Enquadramento com o Desenvolvimento Sustentável
Atualmente, os sistemas integrados de gestão da qualidade (ISO 9001), ambiente (ISO 14001/EMAS),
segurança e saúde do trabalho (BS OHSAS 18001/NP 4397), são tidos como pilares fundamentais do
desenvolvimento sustentável e, por conseguinte, considerados relevantes para as atividades de gestão
e planeamento estratégico das organizações que perspetivam alcançar a liderança no presente e,
fundamentalmente, no futuro (Rebelo, 2011; Rebelo & Santos, 2013). A Figura 12 esquematiza as
relações existentes na organização, entre o desenvolvimento sustentável e um SIGQASST suportado
nas normas de referência (Rebelo & Santos, 2013). Para Tsai e Chou (2009), a norma ISO 9001 (SGQ)
contribui para uma melhor qualidade, maior produtividade, maior satisfação do cliente e maior lucro. A
norma ISO 14001 (SGA) contribui, no geral, para um melhor desempenho ambiental da organização,
maior transparência e ecoeficiência, produtos mais verdes, bem como a aceitação pelas partes
externas da questão ambiental e, por sua vez, a norma BS OHSAS 18001 (SGSST) contribui para locais
de trabalho mais seguros e saudáveis, processos de trabalho mais eficientes e melhoria da perceção
dos colaboradores relativamente ao ambiente de trabalho (Tsai & Chou, 2009). Na literatura são várias
as referências que enquadram, holísticamente, o desenvolvimento sustentável no âmbito do estudo dos
SIGQASST (Fresner & Engelhardt, 2004; Oskarsson & Malmborg, 2005; Isaksson, 2006; Jørgensen,
Remmen, & Mellado, 2006; Rocha, Searcy, & Karapetrovic, 2007; Jørgensen, 2008; Tsai & Chou,
2009; Ejdys & Matuszak-Flejszman, 2010; Asif, Searcy, Zutshi, & Ahmad, 2011; Zeng, Xie, Tam, &
Shen, 2011; Rocha & Searcy, 2012; Santos, Rebelo, Barros, & Pereira, 2012; Chandra, 2013; Rebelo,
Santos, & Silva, 2014b; Holm, Vuorisalo, & Sammalisto, 2015; Mežinska, Lapiņa, & Mazais, 2015).
Figura 12 – Relação do desenvolvimento sustentável com o sistema integrado de gestão.
(Fonte: adaptado de Rebelo, 2011 e Rebelo & Santos, 2013, p. 247)
Proteção e Promoção Ambiental
Desenvolvimento Social
Sistema de Gestão Ambiental (SGA)
Sistema de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho
(SGSST)
Desenvolvimento Económico
Desenvolvimento Sustentável
Sistema Integrado de Gestão (SIG)
Requisitos ISO 14001 / EMAS
Requisitos BS OHSAS 18001 / NP 4397
Requisitos ISO 9001
Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ)
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
43
2.7. OUTROS SISTEMAS DE GESTÃO NO ÂMBITO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
2.7.1. Sistema de Gestão da Responsabilidade Social
Os anos 50, do século XX, marcam o início da era moderna da responsabilidade social organizacional,
com a publicação, em 1953, por Howard Bowen do livro “Social Responsabilities of the Businessman”.
Para Carroll (1999), o conceito de responsabilidade social organizacional evolui inicialmente nos anos
60 de uma focalização nos aspetos sociais e éticos, para o reconhecimento, na década de 70, de que
a organização necessita de conciliar e equilibrar os múltiplos interesses com a necessidade de alcançar
múltiplos objetivos, em vez da focalização exclusiva na maximização dos lucros (Carroll, 1999), como
defendia Friedman (1970), para o qual a responsabilidade social dos negócios era maximizar o lucro.
No início do novo milénio, as preocupações holísticas com a gestão da responsabilidade social15 ao
nível organizacional alcançaram um novo desígnio de maior exigência em termos mundiais e nacionais
(Rego, Moreia, & Sarrico, 2003; Santos, Santos, Pereira, & Silva, 2006; Almeida, 2010; Leal, Caetano,
Brandão, Duarte, & Gouveia, 2011; Domingues & Remoaldo, 2012; Jaulín, 2012; Rodrigues & Duarte,
2012; Silva, Jorge, & Moura, 2014), o que veio promover o desenvolvimento de referenciais normativos
nesta área de gestão. Em 2001, a Social Accountability International (SAI) com sede em Nova Iorque,
EUA, publica a primeira versão da norma internacional SA 8000 – “Social Accountability”16, a qual veio
rapidamente a impulsionar a implementação pelas organizações de diversas práticas de gestão ao nível
da responsabilidade social. Em 2008, o Instituto Português da Qualidade (IPQ) publica no âmbito da
Comissão Técnica 164 (Responsabilidade Social), a norma portuguesa NP 4469-1 “Sistemas de
Gestão da Responsabilidade Social – Parte 1: Requisitos e Linhas de Orientação para a sua Utilização”,
a qual visa “incentivar e orientar as organizações para uma atuação mais socialmente responsável, no
contexto dos desafios do desenvolvimento sustentável”17 (IPQ, 2008c, p. 8). Em 2010, a International
Organization for Standardization (ISO) publica a norma internacional ISO 26000 – “Guidance on Social
Responsibility”, como contributo para o desenvolvimento sustentável, a qual é traduzida e publicada,
em 2011, pelo IPQ como norma NP ISO 26000 – “Linhas de Orientação da Responsabilidade Social”.
Posteriormente, em 2014, a SAI após revisão, publica a quarta versão da norma SA 8000 – “Social
Accountability”. No panorama internacional e nacional as normas SA 8000, NP 4469-1 e ISO 26000
de responsabilidade social, demonstram ser instrumentos de gestão extremamente importantes para o
processo de operacionalização do desenvolvimento sustentável ao nível organizacional (CRIS, 2012).
15Na literatura “o conceito de responsabilidade social evidencia um elevado potencial propulsor do desenvolvimento sustentável” (IPQ, 2008c, p. 7). 16Norma revista internacionalmente pela Social Accountability International (SAI), nos anos de 2004, 2008 e 2014, com a publicação da segunda versão (SA 8000:2004), terceira versão (SA 8000:2008) e quarta versão (SA 8000:2014) em língua inglesa e, posterior, tradução para a língua portuguesa. 17Segundo a norma portuguesa NP 4469-1:2008, o Sistema de Gestão da Responsabilidade Social (SGRS) é definido, no geral, como sendo o “conjunto de elementos interrelacionados e interactuantes para estabelecer e concretizar a política e objetivos da responsabilidade social” (IPQ, 2008c, p. 14).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
44
2.7.2. Sistema de Gestão do Desenvolvimento Sustentável
Após a realização da Cimeira da Terra, em 1992, no Rio de Janeiro, a comunidade internacional focou
muitos dos seus interesses da década de 90, do século XX, e primeira década do século XXI, no estudo
do desenvolvimento sustentável. Neste sentido, as organizações “começam a apresentar soluções para
alcançar o desenvolvimento sustentável” e, ao mesmo tempo, aumentar os lucros dos seus negócios
(Tachizawa, 2005, p. 26). Surge assim nas organizações, como forma de promover as melhores
práticas em prol do desenvolvimento sustentável, a necessidade de implementação dos referenciais de
sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001), gestão ambiental (ISO 14001 e EMAS), gestão da
segurança e saúde do trabalho (BS OHSAS 18001 e NP 4397) e gestão da responsabilidade social (SA
8000, NP 4469-1 e ISO 26000). No entanto, somente após 14 anos da realização da Cimeira da Terra
(RIO 92), é elaborado o primeiro referencial normativo especifico para a abordagem da questão da
gestão do desenvolvimento sustentável na organização. Assim, em 2006, o British Standards Institution
(BSI) publicou a primeira versão da norma britânica BS 8900 – “Guidance for Managing Sustainable
Development”, a qual se apresentou, em termos gerais, como sendo a primeira norma mundial para
gestão do desenvolvimento sustentável ao nível organizacional (Louette, 2007), a qual visou uma
“abordagem duradoura e equilibrada da atividade econômica, da responsabilidade ambiental e do
progresso social” (BSI, 2006, p. 1). Em 2013, o BSI procedeu à revisão da norma BS 8900 e publicou
então a norma BS 8900-1 – “Managing Sustainable Development of Organizations: Guide” e a norma
BS 8900-2 – “Managing Sustainable Development of Organizations: Framework for Assessment Against
BS 8900-1. Specification”, normas estas que contemplam orientações que ajudam as organizações a
construir uma abordagem equilibrada e duradoura da dimensão económica, ambiental e social do
desenvolvimento sustentável. A norma BS 8900-1:2013 especifica que a gestão do desenvolvimento
sustentável numa organização, deve basear-se num conjunto de princípios e valores (gerais), com os
quais a tomada de decisão e o comportamento deve ser consistente (BSI, 2013). Neste sentido, são
considerados princípios do desenvolvimento sustentável a inclusão, a integridade, a responsabilidade, a
administração e a transparência (BSI, 2013). Na organização, o compromisso da gestão de topo é
fundamental para o sucesso de qualquer programa de desenvolvimento sustentável (BSI, 2006, 2013).
A liderança da organização deve definir e comunicar a visão estratégica para o desenvolvimento
sustentável. Em ambos os processos de definição e de comunicação, a organização deve envolver as
partes interessadas relevantes, sejam estas internas ou externas (BSI, 2006, 2013). Segundo a norma
BS 8900-1:2013, a integração dos princípios do desenvolvimento sustentável ao nível da visão, valores
e políticas, são tidos como elementos fulcrais que atestam a maturidade da organização (BSI, 2013).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
45
2.8. CERTIFICAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO EM PORTUGAL
A certificação de sistemas de gestão da qualidade, ambiente, segurança e saúde do trabalho, ocorre
como resultado da avaliação do sistema de gestão implementado, por uma entidade independente à
organização (organismo de certificação ou entidade certificadora), processo este denominado, no geral,
por auditoria externa de terceira parte18 (Neto, Tavares, & Hoffmann, 2008). Segundo Leitão (2011), a
decisão das organizações em implementarem e certificarem os sistemas de gestão é uma decisão
estratégica, que permite obter o desenvolvimento sustentado das organizações. Os sistemas de gestão
certificados são, cada vez mais, usados pelas organizações, para demonstrarem a sua conformidade
perante as partes interessadas em determinadas áreas de gestão (Santos, Rebelo, & Barros, 2013).
Para Fonseca e Sampaio (2011), a certificação dos sistemas de gestão da QASST é um meio para as
organizações demonstrarem, perante terceiros, a credibilidade e os resultados dos seus esforços, ao
nível da qualidade dos produtos, da proteção ambiental e da segurança no local de trabalho. O número
de organizações com mais de uma certificação está a aumentar, de forma gradual, e muitas delas já
estão a experimentar a integração (Santos, Rebelo, & Barros, 2013; Sampaio, Saraiva, & Domingues,
2015). Em Portugal, são vários os organismos de certificação (nacionais e internacionais) que operam
no mercado da certificação dos sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001), ambiente (ISO 14001),
segurança e saúde do trabalho (BS OHSAS 18001/NP 4397). Contudo, nem todos estão acreditados
para o referido âmbito de certificação pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC), ver a Tabela 4.
Tabela 4 – Organismos de certificação de sistemas de gestão que operam em Portugal. SIGLA ORGANISMO DE CERTIFICAÇÃO IPAC*
APCER Associação Portuguesa de Certificação SGQASST BM TRADA BM Trada Certification, Ltd. ----
BVC Bureau Veritas Certification Portugal, Unipessoal, Lda. SGQASST
CERTIF Associação para a Certificação SGQA
DAS Direct Assessment Services Portugal, Lda. ----
DNV Det Norske Veritas – Classificação, Certificação e Serviços, Lda. ----
DQS Sercert – Serviços de Certificação, Lda. ----
EIC Empresa Internacional de Certificação, S.A. SGQASST
LRQA Lloyd’s Register EMEA – Portugal (Lloyd’s Register Quality Assurance, Ltd.) SGQASST
LUSAENOR Lusaenor, Lda. ----
QEC Quality and Environmental Certification, Ltd. ----
SGS ICS Serviços Internacionais de Certificação, Lda. SGQASST
TÜV Rheinland Portugal, Inspecções Técnicas, Lda. SGQASST
LEGENDA: Organismo acreditado pelo Instituto Português de Acreditação* (IPAC) para a certificação de Sistemas de Gestão (SG) da Qualidade (Q), Ambiental (A), Segurança e Saúde do Trabalho (SST), conforme dados do IPAC (2015). Fonte: adaptado de Carvalho, 2013, 2014.
18Ver Norma Portuguesa: NP EN ISO 19011:2012 – Sistemas de orientação para auditorias a sistemas de gestão (ISO 19011:2011).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
46
2.9. ESTRATÉGIA E POLÍTICAS DA ORGANIZAÇÃO PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL
O desenvolvimento sustentável “tem subjacente uma visão de progresso que faz uma ligação clara
entre desenvolvimento económico, proteção do ambiente e equilíbrio social” (Santos, 2008b, p. 69).
Majstorović e Marinković (2011) consideram óbvio que tudo o que se relaciona com o desenvolvimento
económico move-se em direção ao desenvolvimento sustentável, para os quais este é o paradigma dos
negócios do século XXI. Para Santos (2008b, p. 70), uma das principais mensagens resultantes da
Cimeira do Desenvolvimento Sustentável realizada em Joanesburgo, em 2002, é que as organizações,
no geral, e em particular o “setor privado tem de facto um papel catalisador para se atingir um
desenvolvimento sustentável”. Assim, é essencial a organização, numa fase inicial, ter consciência dos
seus impactes ambientais e sociais, e identificar quais os riscos que esses impactes podem trazer ao
negócio e, numa fase seguinte, deve identificar todas as expectativas das suas partes interessadas e,
posteriormente, numa última fase, é crucial desenvolver uma estratégia19 organizacional que culmine
com a incorporação e integração da visão da sustentabilidade em todos os processos, atividades e
ações desenvolvidas pela organização (Santos & Dias, 2008). Contudo, refira-se que todas as ações
das organizações devem ser coerentes e focalizadas, devendo existir uma sintonia clara entre os
compromissos assumidos na estratégia (missão e valores) e, por conseguinte, a sua operacionalização
traduzida sob a forma de produtos e serviços (Santos & Amaral, 2008). Na gestão sustentável são
várias as organizações que traduzem a estratégia de sustentabilidade em políticas de responsabilidade
social e ambiental, e comunicam o seu desempenho ao nível dos três pilares do desenvolvimento
sustentável, através da publicação e divulgação anual de relatórios de sustentabilidade (Santos & Dias,
2008). Baumgartner (2014) propôs um enquadramento conceptual, como instrumento de suporte à
gestão da sustentabilidade e responsabilidade social das organizações, como forma de avaliar as
dimensões económica, ambiental e social do desenvolvimento sustentável, no qual se destacam três
(3) níveis: a gestão normativa (integra a visão, missão, valores, política e cultura organizacional), a
gestão estratégica (princípios de planeamento e estratégia de sustentabilidade) e a gestão operacional.
Na literatura são vários os “modelos de gestão sustentável” em que a visão, missão, valores, objetivos,
princípios, estratégia e as políticas da organização, assumem no todo ou em parte, uma posição de
destaque em prol do desenvolvimento sustentável (Garvare & Isaksson, 2001, p. 14; Zairi, 2002, p.
1169; Azapagic, 2003, p. 305; DSA, 2005, p. 13; Quelhas & Lima, 2006, p. 31; Rocha, Searcy, &
Karapetrovic, 2007, p. 86; Epstein, 2008, p. 46; Santos & Amaral, 2008, p. 187; Santos & Dias, 2008, 19Estratégia é a “criação de uma posição única e valiosa, envolvendo um conjunto diferente de atividades” (Porter, 1996, p. 68). Michael Porter, citado por Magretta (2012, p. 30), refere que a “estratégia descreve como uma organização, em situação de concorrência, consegue obter um desempenho superior”. A organização para alcançar a vantagem competitiva deve integrar os aspetos da responsabilidade social na estratégia (Porter & Kramer, 2006).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
47
p. 13; Nitu & Nitu, 2009, p. 7; Ader & Hansen, 2010, p. 75; Joseph, Lin, Nichol, & Jussem, 2014, p.
523; Waclawovsky & Batiz, 2010, p. 9; Asif, Searcy, Zutshi, & Ahmad, 2011, p. 359; IPQ, 2011, p. 7;
Seruya, 2011, p. 65; Braga & Morgado, 2012, p. 22; Ferraz & Rafael, 2012, pp. 7–8; GRI, 2013, p. 54
e p. 237; Santos, Rebelo, & Barros, 2013, p. 222; Baumgartner, 2014, p. 265). Na organização que é
regida pelos princípios do desenvolvimento sustentável a gestão sustentável20, deve implicar que as
questões ambientais, sociais e de governance sejam evidentes no seio da “visão”, “missão”, “valores”,
“objetivos”, “princípios de negócio” e “políticas” e, assim sejam, concretizadas na venda de produtos
e/ou serviços, que tenham incorporado na cadeia de valor as vertentes sociais e ambientais (Santos &
Amaral, 2008, pp. 186–187; Santos & Dias, 2008, pp. 12–13). Para Santos e Dias (2008, p. 13), a
gestão sustentável “deverá implicar uma coerência entre o que se diz e o que se pratica”. Contudo,
“nem sempre esta coerência é visível, sendo, na realidade, até de difícil alcance” (Epstein, 2008, p.
24; Santos & Amaral, 2008, p. 186). A Figura 13 evidência a relação entre o “grau de compromisso”,
o “grau de operacionalização” e o “grau de coerência organizacional”, que se estabelece entre os
vários conceitos que fundamentam o desenvolvimento sustentável na organização. Santos e Dias
(2008, p. 13) defendem, que “esta coerência é hoje cada vez mais valorizada pelos consumidores,
acionistas, colaboradores, analistas financeiros e comunidade em geral” e, neste sentido, a verificação
do grau de coerência organizacional implica a divulgação de informação a todas as partes interessadas.
Figura 13 – Pirâmide da gestão sustentável organizacional.
(Fonte: adaptado de Santos & Amaral, 2008, p. 187 e Santos & Dias, 2008, p. 13)
20A gestão sustentável “abrange ações e políticas ajustadas às especificidades da organização que tomam em atenção as expectativas dos stakeholders, e a triple bottom line do desempenho económico, social e ambiental” (Aguinis & Glavas, 2012, p. 933; Rego, Cunha, & Ribeiro, 2013, p. 12). No seguimento de trabalhos de investigação constatou-se que, no geral, a “auscultação da envolvente” (partes interessadas), a “visão”, a “missão”, a “orientação de longo prazo”, a “promoção do capital humano e do social”, são tidas como práticas essenciais à gestão sustentável (Rego, Cunha, & Ribeiro, 2013, p. 143).
Visão
Missão
Valores
Princípios de Negócio
Políticas: Ambientais, Sociais e de Conduta
Procedimentos que Incorporem os Aspetos Ambientais, Sociais e de Conduta
Incorporação na Avaliação de Colaboradores, a Forma como Contribuem para a Efetivação das Políticas e Objetivos de Sustentabilidade
Criação e Venda de Produtos/Serviços Sustentáveis: Amigos do Ambiente e Promotores do Bem-estar Social
Grau de Coerência Organizacional
Perceção pelas Partes Interessadas da Gestão em prol do Desenvolvimento Sustentável «Gestão Sustentável deverá implicar uma coerência entre o que se diz e o que se pratica»
Grau de
Compromisso
Gestão em prol do
Desenvolvimento Sustentável
«Futuro»
Grau de
Operacionalização
Gestão em prol do
Desenvolvimento Sustentável «Presente»
Gestão Sustentável
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
48
2.9.1. A Visão
A “visão” da organização “é a situação que se ambiciona atingir a longo-prazo” (Davies, 2006, p. 40),
corresponde à forma como os gestores de topo visionam a organização, num futuro, mais ou menos
longínquo (Cunha et al., 2010; Joachim, 2010; Cardeal, 2014), ou seja, “a visão da organização é a
imagem da organização no futuro” (Joachim, 2010, p. 19; Papulova, 2014, p. 11). A visão é expressa
numa declaração breve, que resume o que a organização pretende vir a ser (Sotomayor, Rodrigues, &
Duarte, 2013). A declaração da visão “descreve o estado desejado, isto é, o que a organização quer
ser e como quer ser vista pelas suas partes interessadas” (IPQ, 2011, p. 12; Pinto, 2012, p. 222;
Pires, 2012, p. 231; ISO, 2015c, p.18). A visão é um elemento fulcral na formulação da estratégia
organizacional, pois representa a imagem do que a organização quer ser, do que quer realizar e
alcançar (Sotomayor, Rodrigues, & Duarte, 2013), evidência o seu porto de destino ou chegada
(Cardeal, 2014). A visão está “relacionada com aquilo que a gestão verdadeiramente deseja que a
organização venha a ser” (Pires, 2012, p. 231). Azapagic (2003) considera que a visão e a estratégia
são elementos fundamentais para se alcançar o desenvolvimento sustentável na organização. Segundo
Braga e Morgado (2007, 2012, p. 22), as organizações devem formalizar uma visão, “do que irá ser o
futuro”, e esta deverá ser de conhecimento e compreensão de todos. A visão da organização deve estar
na génese da sua constituição, “do que ela poderá ser e das razões que justificam a sua criação”,
assente num idealismo mais ou menos pragmático dos que protagonizam essa vontade (Almeida,
2007, p. 265). Segundo Joachim (2010), a visão da organização deve ser comunicada a todos os
gestores de topo e outros decisores, com o intuito de os comprometer emocionalmente em tornar a
visão uma realidade diária. A “organização e seus trabalhadores devem estar identificados com as
declarações da visão” (Papulova, 2014, p. 13). Numa organização, as grandes visões não só precisam
de visionários, mas também líderes fortes e carismáticos, que possam comunicar eficazmente a visão
às partes interessadas e, assim, obter o apoio de parceiros de negócio (Papulova, 2014). A declaração
da “visão é um ingrediente essencial para o sucesso de qualquer organização” (Papulova, 2014, p.
13), pois a “visão fornece o princípio organizador para os membros de uma organização poderem
entender porque existem” (Smith & Brown, 2003, p. 3). Em termos organizacionais, a declaração da
visão21 é em muitos estudos de investigação analisada em conjunto com a declaração da missão da
organização (Joachim, 2010; Papulova, 2014), pois são tidas ambas as declarações como partes
extremamente importantes e fulcrais no processo de formulação de toda a estratégia organizacional.
21No geral, a “visão indica as aspirações, a declaração da missão indica as tarefas a serem realizadas e as suas atividades estão em termos de objetivos organizacionais específicos, estratégias e políticas operacionais, ancorados em capacidades de gestão da produção e operações” (Joachim, 2010, p. 19). A declaração da “missão constitui assim a primeira materialização da visão”, um elemento fundamental de toda a estratégia (Almeida, 2007, p. 266).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
49
2.9.2. A Missão
A “missão” da organização “descreve os meios através dos quais se pretende concretizar a sua visão”
(Davies, 2006, p. 41), por “descrição do porquê da existência da organização” (IPQ, 2011, p. 12;
Pinto, 2012, p. 222; ISO, 2015c, p.18). A missão “deve revelar a sua identidade e personalidade”,
devendo para tal “mostrar a razão da sua existência, definindo o seu negócio e apresentando de uma
forma clara e simples os seus objetivos gerais e as linhas orientadoras para o seu desenvolvimento”
(Carvalho, 2007, p. 186), isto é, a “missão constitui a razão de ser da organização” (Pires, 2012, p.
231), o ser e o fazer (Williams, 2008), a sua alma, “a verdadeira essência da sua existência” (Cardeal,
2014, p. 93), ou seja, “define o propósito da unidade de negócio” (Zairi, 2002, p. 1162; Cunha et al.,
2010, p. 166). A missão é fulcral na gestão, pois “define os fins estratégicos da organização”, e deve
ser comunicada a todas as partes interessadas (Sotomayor, Rodrigues, & Duarte, 2013, p. 260). A
“declaração de missão pode ser usada para orientar o desenvolvimento e a implementação da
estratégia de sustentabilidade empresarial” (Epstein, 2008, p. 71). As organizações devem formalizar
uma missão, assente no contexto da sua visão, a qual deve ser de conhecimento e compreensão de
todos, o que normalmente não ocorre na prática em geral22 (Braga & Morgado, 2007, 2012). A missão
“é uma afirmação de compromisso e responsabilidade perante os stakeholders” (Seruya, 2011, p. 74),
ou seja, a “missão revela o caráter da organização e compromete os seus membros com a sociedade”
(Domingues & Veiga, 2012, p. 119). A missão articula a vocação das organizações, pois sublinha a
responsabilidade social destas, para com a sociedade e as questões do desenvolvimento sustentável
(Muijen, 2004). A declaração da “missão tanto pode estar isolada como pode estar acompanhada da
visão, da visão e dos objetivos, da visão e dos valores, assim como dos valores, finalidades e
estratégias”23 (Domingues & Veiga, 2012, p. 119). A missão deve incluir componentes-chave para
fundamentar a gestão organizacional, dando informação sobre as partes interessadas, produtos e/ou
serviços, mercados, tecnologia, autoconceito, estratégias e imagem pública desejada (Pearce & David,
1987). Segundo Domingues e Veiga (2012), existe uma relação reconhecida entre missão e orientação
para as necessidades e expectativas das partes interessadas, bem como uma relação reconhecida
entre missão e legitimidade organizacional. A relação reconhecida que existe, entre missão, cultura
organizacional e liderança (Whetstone, 2005) e ainda valores e estratégia, pressupõe que a missão seja
do conhecimento comum, isto é, usada como fonte inspiradora dos comportamentos organizacionais, a
qual, por regra, é publicada no website por facilidade de acesso e consulta (Domingues & Veiga, 2012).
22A “missão deve procurar obter o compromisso de toda a organização na sua prossecução” devendo assim ser bem formulada (Carvalho, 2007, p. 188). 23A governação organizacional não revela “se existe alinhamento entre a missão e a estratégia e entre esta e as políticas da organização”, logo pode haver “desconexão entre a missão, enquanto fundação mais axiológica, e as políticas, enquanto fundação mais pragmática” (Domingues & Veiga, 2012, p. 121).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
50
2.9.3. Os Valores
Os “valores” da organização “são os atributos individuais e de grupo através dos quais se pode
concretizar a visão” (Davies, 2006, p. 41). Os valores “expressam os princípios éticos que norteiam
todas as ações da organização” (Pinto, 2012, p. 222), estes são as bases do comportamento que os
trabalhadores devem evidenciar diariamente (Dolan & García, 2006; Cardeal, 2014). Os valores são os
princípios que articulam como os indivíduos de uma organização, se devem comportar para alcançar a
visão e missão (Zairi, 2002), estes quando incorporados na missão, mostram às partes interessadas o
comprometimento da gestão para com a sustentabilidade (Epstein, 2008). Dolan e García (2006)
propuseram o modelo de gestão por valores24 (Figura 14), baseado em três (3) dimensões de valores:
económico-pragmáticos, ético-sociais e emocionais-desenvolvimento. Para Dolan e García (2006, p.
205), “os valores devem ser alinhados com a missão e visão”, os quais são no seu conjunto o núcleo
da organização25. Segundo Zairi (2002), na organização a definição das declarações da visão, missão e
valores, são fundamentais para o processo de avaliação do desempenho da sustentabilidade. Epstein
(2008, p. 73) considera mesmo que juntamente com as políticas da organização, “estas declarações
são muito importantes para os gestores comunicarem o compromisso para com a sustentabilidade”.
As organizações, no âmbito do desenvolvimento sustentável, devem estabelecer “objetivos, políticas e
estratégias”, assentes na visão, missão e valores (Braga & Morgado, 2007, 2012, p. 22), declarações
estas muito importantes para a gestão sustentável das organizações (Rego, Cunha, & Ribeiro, 2013).
Figura 14 – Modelo triaxial da gestão por valores.
(Fonte: adaptado de Dolan & García, 2006, p. 15)
24A gestão por valores é o meio de integração da gestão estratégica com as políticas, no âmbito da construção do compromisso (Dolan & García, 2006). 25A gestão por valores “propõe uma abordagem conceptual para facilitar a ação estratégica, através da diferenciação de visão e missão (ambos valores finais) e valores estratégicos operacionais (cultura operacional). Estes três conceitos (visão, missão e valores operacionais) são o núcleo da empresa”, e só devem ser alterados “depois de processos de legitimação cuidadosos, e elaborados em intervalos de tempo longos” (Dolan & García, 2006, p. 150). As organizações além de entidades jurídicas com responsabilidade fiscal “têm valores e são socialmente e eticamente responsáveis” (Pruzan, 2001, p. 282).
Valores Éticos-Sociais
Valores Económico-Pragmáticos
Valores Emocionais-
Desenvolvimento
O âmbito destes valores vividos representa uma cultura organizacional
“Essenciais corporativos” (Valores-Chave) Sistema de valor
ligado a objetivos estratégicos
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
51
2.9.4. Os Objetivos
Os “objetivos” da organização são definidos na literatura, atual, como algo que se pretende alcançar. A
organização após a definição da visão e missão, deve estabelecer objetivos26, que visem direcionar a
sua atividade (Cunha et al., 2010; Cardeal, 2014; ISO, 2015c), no “sentido de garantir que caminha
na direção estabelecida pela missão” (Carvalho, 2007, p. 191), ou seja, que ocorre o “alinhamento
dos objetivos com a missão” (Pires, 2012, p. 244). Na organização, as declarações da visão, missão,
valores e os objetivos, são tidos como elementos basilares, no processo de formulação da estratégia
organizacional (Sotomayor, Rodrigues, & Duarte, 2013; Cardeal, 2014). Por norma, “os objetivos
procuram delinear as metas ou estados futuros que a organização (ou uma sua parte) se propõe
atingir” (Pinto, Rodrigues, Melo, Moreira, & Rodrigues, 2006, p. 59). Numa organização consoante os
diferentes níveis hierárquicos, existem também diferentes níveis de objetivos (Pinto, Rodrigues, Melo,
Moreira, & Rodrigues, 2006; Sotomayor, Rodrigues, & Duarte, 2013). A coerência de atuação de todos
os elementos da organização, só é possível quando os objetivos operacionais são desenvolvidos com o
intuito de se prosseguir os objetivos táticos e que estes, por sua vez, sejam adequados à prossecução
dos objetivos estratégicos (Pinto, Rodrigues, Melo, Moreira, & Rodrigues, 2006; Carvalho, 2007). Na
organização, a operacionalização das ideias estratégicas definidas pela gestão de topo, exige que sejam
definidos em primeiro lugar os objetivos estratégicos, de seguida os objetivos táticos e só depois os
objetivos operacionais (Carvalho, 2007; Sotomayor, Rodrigues, & Duarte, 2013). Para Cardeal (2014,
p. 96), as organizações, no âmbito da definição de objetivos, devem identificar “objetivos financeiros” e
“objetivos não financeiros”, onde se destaca no âmbito destes últimos, por exemplo, os objetivos da
qualidade27, ambiente28, segurança e saúde do trabalho29 (SST). Na organização existe, por vezes, “um
conflito de objetivos, entre os que visam a sustentabilidade e desenvolvimento a longo prazo e os que
buscam a sua rentabilidade a curto prazo” (Pinto, Rodrigues, Melo, Moreira, & Rodrigues, 2006, p. 61).
A organização para alcançar os objetivos adota uma estratégia e políticas, que definem o seu modo de
atuação a curto, médio e longo prazo (Lisboa, 2007), é com base na visão, missão, valores e objetivos
que esta estabelece a sua “política integrada” (Cunha et al., 2010, p. 166). Machado (2014), citando
outros autores, refere que existe uma relação entre a visão, missão, valores, objetivos e a estratégia. A
definição precisa da visão, missão, valores e objetivos permite conhecer o “para onde se quer ir”,
enquanto a restante estratégia permite responder ao “por onde se pretende ir” (Machado, 2014, p. 2).
26O objetivo organizacional deve ser formulado respeitando a sigla SMART (Specific, Measurable, Achievable, Relevant and Time-bound), isto é, o objetivo deve ser “específico, mensurável, atingível, relevante e enquadrado no tempo” (Sotomayor, Rodrigues, & Duarte, 2013, p. 262; Cardeal, 2014, p. 95). 27Objetivo da qualidade define-se, em termos normativos, como sendo “algo que se procura obter ou atingir relativo à qualidade” (IPQ, 2005, p. 17). 28Objetivo ambiental define-se como a “finalidade ambiental, consistente com a política ambiental, que a organização se propõe atingir”(IPQ, 2012, p. 10). 29Objetivo da SST define-se como “finalidade de SST geral, em termos de desempenho da SST, que uma organização se propõe atingir”(BSI, 2007, p. 4).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
52
2.9.5. Os Princípios de Negócio
Os “princípios”30 são definidos, em geral, como regras segundo as quais “uma pessoa ou organização
escolhe regular a sua conduta, formulada a partir dos valores em que se apoia” (IPQ, 2008c, p.13).
Por sua vez, os “valores são os princípios éticos e morais”, que orientam os negócios (Almeida, 2007,
p. 267). Os valores e os princípios são a base para a definição das políticas da organização, no âmbito
dos sistemas de gestão da qualidade, ambiente e segurança (Holdsworth, 2003). Para Epstein (2008,
p. 73), “algumas organizações usam princípios para definirem a sustentabilidade e comunicarem a
estratégia para a organização”, como são, por exemplo, os casos dos “6 princípios de desenvolvimento
sustentável” da norma BS 8900-1:2013 (BSI, 2013, p. 2), os “10 princípios de produção sustentável”
(Nowosielski, Spilka, & Kania, 2007, p. 557) e os “16 princípios de gestão ambiental” (Valle, 2010, p.
153) publicados no âmbito da “Carta Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável” (ver Anexo III).
2.9.6. A Estratégia Empresarial
A “estratégia empresarial” é definida “como o caminho selecionado pela empresa para alcançar a sua
visão e os seus objetivos mais importantes” (Cardeal, 2014, p. 21). Holísticamente, este conceito
“expressa as linhas gerais da organização” (Pinto, 2012, p. 222), ou seja, “a estratégia pode assumir-
se como o elemento que assegura a adaptação da organização ao ambiente em que opera” (Coelho,
2007, p. 259). Segundo Cardeal (2014), a estratégia situa-se no enquadramento entre o contexto:
interno (empresa: visão, missão, valores, objetivos e recursos)31 e o externo (envolvente: política, legal,
económica, sociocultural e as partes interessadas). Para Louette (2007), na organização os valores
fundamentam a cultura organizacional e suportam o processo de reflexão estratégica, ver a Figura 15.
Figura 15 – Processo de planeamento estratégico.
(Fonte: adaptado de Louette, 2007, p. 156)
30Van Marrewijk e Werre (2003, p. 112) introduziram a expressão “The Fourth P or 4P (Matrix of Corporate Sustainability)” ou “Os Quatro P ou 4P (Matriz de Sustentabilidade Empresarial)”, como resultado da adição dos princípios (sistema de valores da organização) ao conceito “Triple P” ou “3P” resultando, assim, um novo conceito “Fourth P” ou “4P”, como uma composição da adição dos seguintes quatro conceitos: “Pessoas, Planeta, Proveitos e Princípios”. 31A “visão”, “missão”, “valores”, “objetivos” e “princípios” são fulcrais para a “estratégia e políticas” (Davies, 2006, p. 40; Carvalho, 2007, p. 188; Cunha et al., 2010, p. 168; Waclawovsky & Batiz, 2010, p. 10; Seruya, 2011, p. 75; Sotomayor, Rodrigues, & Duarte, 2013, p. 259; Cardeal, 2014, p. 18).
Processo de Planeamento Estratégico
Visão
Missão
Valores
Objetivos
Abordagens Estratégicas
Código de Conduta
Gestão de Topo
Políticas da Organização
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
53
2.9.7. A Política da Qualidade
A “política da qualidade” segundo a norma NP EN ISO 9000:2005 é definida, como o “conjunto de
intenções e de orientações de uma organização, relacionadas com a qualidade, tal como formalmente
expressas pela gestão de topo” (IPQ, 2005, p. 17). Em geral, a política da qualidade deve ser consiste
com a política global da organização (IPQ, 2005; ISO, 2015c), e pode estar alinhada com a visão,
missão, objetivos e estratégia da organização (ISO, 2015c). A política da qualidade é uma declaração
documentada, que integra compromissos da gestão de topo no âmbito do SGQ da organização, a qual
deve ser comunicada e disponibilizada às partes interessadas (IPQ, 2008b; ISO, 2015d). Em termos
normativos, são considerados compromissos a integrar a política da qualidade, o cumprir os requisitos
aplicáveis (processos, produtos e serviços) e a melhoria contínua do SGQ (IPQ, 2008b; ISO, 2015d).
2.9.8. A Política de Ambiente
A “política ambiental” é definida pela norma NP EN ISO 14001:2012, como o “conjunto de intenções e
de orientações gerais de uma organização, relacionadas com o seu desempenho ambiental, como
formalmente expressas pela gestão de topo” (IPQ, 2012, p. 11). É uma declaração documentada, que
integra compromissos da gestão de topo no âmbito do SGA, a qual deve ser comunicada e
disponibilizada às partes interessadas (IPQ, 2012; ISO, 2015b). São considerados compromissos a
integrar a política ambiental, a melhoria contínua do SGA, a prevenção da poluição, o cumprimento dos
requisitos legais e outros aplicáveis (IPQ, 2012), bem como “a proteção do ambiente, que pode incluir
o uso sustentável de recursos, a mitigação e adaptação às alterações climáticas, e a proteção da
biodiversidade e dos ecossistemas” ou ainda outras questões ambientais relevantes (ISO, 2015b, p. 8).
2.9.9. A Política da Segurança e Saúde do Trabalho
A “política da segurança e saúde do trabalho” é definida nas normas BS OHSAS 18001:2007 e NP
4397:2008, como o “conjunto de intenções e de orientações gerais de uma organização, relacionadas
com o respetivo desempenho da segurança e saúde do trabalho (SST), como formalmente expressas
pela gestão de topo” (BSI, 2007, p. 4; IPQ, 2008a, p. 10). A política da SST é uma declaração
documentada, que integra compromissos da gestão de topo no âmbito do SGSST, a qual deve ser
comunicada e disponibilizada às partes interessadas (BSI, 2007; IPQ, 2008a; ISO, 2015a). Em termos
normativos, são considerados compromissos a integrar a política da SST, a melhoria contínua do
SGSST, a prevenção das lesões e afeções da saúde, o cumprimento dos requisitos legais e outros
requisitos aplicáveis (BSI, 2007; IPQ, 2008a) e ainda a participação dos trabalhadores (ISO, 2015a).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
54
2.9.10. A Política de Sustentabilidade
A “política de sustentabilidade” na perspetiva de Cumming (2013, p. 30) é “uma política abrangente,
mas não deve necessariamente substituir outras políticas existentes”, tais como a política da qualidade,
ambiente, segurança e saúde do trabalho. A política de sustentabilidade deve estar alinhada com os
compromissos assumidos pela gestão de topo em outras políticas da organização (Cumming, 2013).
2.9.11. A Política da Responsabilidade Social
A “política da responsabilidade social” é definida pela norma NP 4469-1:2008, como a “declaração de
intenções e orientações de uma organização relacionadas com a responsabilidade social, formalmente
expressas pela gestão de topo” (IPQ, 2008c, p. 13). A política da RS é uma declaração documentada,
que integra compromissos da gestão de topo no âmbito da responsabilidade social, a qual deve ser
comunicada e disponibilizada às partes interessadas (IPQ, 2008c; ISO, 2010; SAI, 2014). Em termos
normativos, a política da responsabilidade social integra compromissos relativos ao envolvimento com
as partes interessadas, ao cumprimento dos requisitos legais e outros requisitos, ao respeito pelos
princípios da responsabilidade social e à melhoria contínua da organização (IPQ, 2008c; SAI, 2014).
2.9.12. A Política de Desenvolvimento Sustentável
A “política de desenvolvimento sustentável” agrega na sua estrutura um conjunto de valores centrais
acordados pela gestão de topo da organização, bem como declarações de princípios ou políticas sobre
a responsabilidade social, económica e ambiental e as respetivas relações com as partes interessadas
(Azapagic, 2003). A política de desenvolvimento sustentável deve demonstrar liderança e compromisso
para a sustentabilidade, mostrando que a estratégia e a visão da organização estão em clara sintonia,
com as dimensões económica, ambiental e social do desenvolvimento sustentável (Azapagic, 2003).
2.9.13. A Política do Sistema Integrado de Gestão
A “política do sistema integrado de gestão” é definida pela norma UNE 66177:2005, como sendo as
“diretrizes e objetivos gerais de uma organização, expressas formalmente pela gestão de topo e
relacionados com a gestão integrada dos sistemas” (AENOR, 2005, p. 6). A política do SIG é uma
declaração documentada, que integra compromissos da gestão de topo no âmbito do sistema
integrado de gestão, a qual deve ser comunicada e disponibilizada às partes interessadas (AENOR,
2005; BSI, 2012). Esta política integra compromissos normativos, relativos à satisfação dos requisitos
aplicáveis e à melhoria contínua do sistema integrado de gestão – SIG (Cunha et al., 2010; BSI, 2012).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
55
2.9.14. A Gestão do Sucesso Sustentado das Organizações
O Instituto Português da Qualidade (IPQ) no âmbito dos trabalhos realizados pela Comissão Técnica 80
(Gestão e Garantia da Qualidade) publicou, em 2011, a norma portuguesa NP EN ISO 9004 – “Gestão
do Sucesso Sustentado de uma Organização: Uma Abordagem da Gestão pela Qualidade”, a qual
estabeleceu as orientações para a melhoria sistemática e contínua do desempenho global das
organizações (ver Anexo IV). A norma NP EN ISO 9004:2011 refere que “o ‘sucesso sustentado’32 de
uma organização é alcançado pela sua aptidão para satisfazer as necessidades dos seus clientes e de
outras partes interessadas, a longo prazo e de forma equilibrada” (IPQ, 2011, p. 7), mencionando, esta
ainda, que o “sucesso sustentado pode ser alcançado por uma gestão eficaz da organização, através
da consciencialização do ‘ambiente da organização’33, pela aprendizagem e pela aplicação apropriada
de melhorias, de inovações, ou de ambos” (IPQ, 2011, p. 7). A norma NP EN ISO 9004:2011 refere no
âmbito da estratégia e políticas que uma organização “para atingir o sucesso sustentado, a gestão de
topo deverá estabelecer e manter a missão, a visão e os valores para a organização”, elementos estes
que “deverão ser claramente compreendidos, aceites e apoiados pelo pessoal da organização e, como
apropriado, por outras partes interessadas” (IPQ, 2011, p. 12). No processo de formulação da
estratégia34 e das políticas da organização “para que a missão, a visão e os valores sejam aceites e
apoiados pelas suas partes interessadas, a gestão de topo deverá divulgar claramente a estratégia e as
políticas da organização” (IPQ, 2011, p. 12). Para a norma NP EN ISO 9004:2011, “a comunicação
eficaz da estratégia e das políticas, é essencial para o sucesso sustentado da organização”, neste
sentido, “esta comunicação deverá ser cheia de significado, oportuna e contínua” (IPQ, 2011, p. 13).
Na organização, o processo de comunicação da estratégia e das políticas, deve prever um mecanismo
para retorno de informação (feedback) das partes interessadas (IPQ, 2011). Domingues (2012, p. 14)
considera, que para “se criarem organizações sustentáveis, é necessário reconhecer as interconexões
entre dimensões ambientais, económicas e organizacionais”. As organizações sustentáveis conjugam a
sustentabilidade empresarial com a responsabilidade social empresarial, as quais concebem a
proteção ambiental, a equidade social e o crescimento económico como um todo (Fisher, 2010;
Domingues, 2012). A “gestão sustentada35 das organizações pressupõe que estas efetuem uma gestão
equilibrada em termos financeiros, ambientais, sociais e éticos (governance)”, suportada em relações
de forte interação com as partes interessadas (Mota & Santos, 2011, p. 249; Rodrigues, 2011, p. 21). 32Sucesso sustentado é tido como o “resultado da aptidão de uma organização para atingir e manter os seus objetivos a longo prazo” (IPQ, 2011, p. 9). 33Ambiente da organização define-se, no âmbito da norma portuguesa NP EN ISO 9004:2011, como a “combinação de fatores e de condições internos e externos suscetíveis de poderem afetar o atingir dos objetivos da organização e o seu comportamento para com as partes interessadas (IPQ, 2011, p. 9). 34A responsabilidade social empresarial deve integrar a base da formulação da estratégia, em termos da visão, missão e valores (Ader & Hansen, 2010). 35Para se “alcançar o desenvolvimento sustentável, é necessário encontrar a gestão equilibrada e ética entre os aspetos económico, ambiental e social”, logo, as organizações evidenciam um papel de extrema importância ao nível microeconómico com projeção ao nível macro (Mota & Santos, 2011, p. 253).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
56
2.9.15. O Governo das Organizações e o Desenvolvimento Sustentável
O conceito de Governo das Sociedades (GS) ou do inglês Corporate Governance36 (CG) encontra-se na
literatura, ao nível organizacional, amplamente associado aos conceitos de “estratégia” (Davies, 2006,
p. 40; Cardeal, 2014, p. 64), “sustentabilidade” (Santos & Amaral, 2008, p. 185; Santos, Limão,
Barbosa, & Cachaço, 2008, p. 14; Michelon & Parbonetti, 2012, p. 477), “responsabilidade social”
(Cardeal, 2014, p. 67) e “desenvolvimento sustentável” (Barreiros, 2013, p. 247). Os princípios e
práticas de governace37 contribuem para o envolvimento e diálogo com as partes interessadas, o que
permite à organização gerir os riscos e oportunidades a que está sujeita do ponto de vista económico,
ambiental e social (Pojasek, 2007; Santos, Limão, Barbosa, & Cachaço, 2008). As organizações no
âmbito do governo das sociedades (responsabilidade social) devem definir uma “visão”, “missão” e
“valores”, bem como estabelecer “objetivos” estratégicos para nortear uma ação coerente e focalizada
(Santos & Amaral, 2008, p. 186; Ader & Hansen, 2010, p. 75; Cardeal, 2014, p. 67). Contudo, em
geral, as organizações, no âmbito dos sistemas de gestão, não têm enfatizado satisfatoriamente uma
abordagem global do governo das sociedades (ver Figura 16), ao nível dos elementos que constituem a
dimensão estratégica (Jørgensen, Mellado, & Remmen, 2004). Barreiros (2013) considera mesmo, que
a adoção dos princípios e práticas do governo das sociedades pelas organizações, é um importante
instrumento para o seu crescimento sustentável, com vista a alcançar o desenvolvimento sustentável.
Figura 16 – O governo das sociedades e o sistema integrado de gestão.
(Fonte: adaptado de Jørgensen, Mellado, & Remmen, 2004, p. 14)
36Corporate governance define-se, em termos restritos, “como a relação da empresa com os seus acionistas, ou, de uma forma mais alargada, com a sociedade em geral” (Mayer, 2013, p. 132), ou seja, o “governance está relacionado com o conjunto de relações entre os mecanismos de gestão de uma empresa e os seus stakeholders” (Santos, Limão, Barbosa, & Cachaço, 2008, p. 14). A essência do corporate governance é “a criação de um conjunto de regras, sistemas e procedimentos ao nível da organização das sociedades que garantam que a sua atuação reflete um equilíbrio (que poderíamos qualificar como virtuoso) entre os interesses de curto, médio e longo prazo dos vários ‘stakeholders’ (internos e externos) nelas interessados” (Mayer, 2013, p. 133). Este conceito é associado às práticas de divulgação de informação organizacional de âmbito “social e ambiental” (Michelon & Parbonetti, 2012, p. 481). 37Os sistemas de governance “variam dependendo do tamanho e tipo de organização e do contexto ambiental, econômico, político, cultural e social em que se insere” (ISO, 2010, p. 21). O governance é tido “como pilar de transparência e responsabilidade” organizacional (Santos & Amaral, 2008, p. 185).
• Visão • Missão • Valores • Princípios • Estratégia
Sistemas de Gestão
Sistema Integrado de Gestão
Segurança e Saúde do Trabalho
Ambiente Qualidade
Responsabilidade Social
Governo das Sociedades
• Política • Objetivos • Procedimentos • Instruções
Desenvolvimento Sustentável
Estratégia e Políticas da Organização para a Gestão Sustentável
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
57
2.10. CULTURA, LIDERANÇA E COMPROMISSO ORGANIZACIONAL
Atualmente, um número crescente de organizações, a nível mundial, comprometeu-se a aplicar os
princípios do desenvolvimento sustentável às suas operações (Rocha & Searcy, 2012). Neste sentido, a
cultura organizacional38 e liderança39 são tidas como precondições essenciais para o desenvolvimento
e gestão da organização sustentável, visto que os princípios e valores do desenvolvimento sustentável
são incorporados na visão e estratégia, sob a forma de compromisso40 (Baumgartner, 2009). Reed,
Lemak, e Mero (2000, p. 13), numa abordagem à Gestão da Qualidade Total41 (TQM) e à vantagem
competitiva sustentável, propuseram um modelo de gestão organizacional, assente na interação entre
“cultura”, “liderança” e “compromisso”. Fonseca (2014, p. 34) refere que “uma cultura organizacional
forte aumenta o compromisso para com a organização e alinha os objetivos individuais com os
organizacionais, o que contribui positivamente para o aumento da produtividade e para o desempenho
organizacional”. Na organização, a cultura, a liderança e o compromisso são elementos de topo, que
devem integrar42 a estrutura documental do sistema integrado de gestão (ver Figura 17), ao nível da
definição da visão, missão, valores, objetivos, princípios, estratégia e políticas - SIG (Cunha et al., 2010;
Bonn & Fisher, 2011; Rebelo, 2011; Santos, Rebelo, & Barros, 2013; Santos, Rebelo, & Vale, 2013).
Figura 17 – Estrutura documental de um sistema integrado de gestão.
(Fonte: adaptado de Rebelo, 2011 e Santos, Rebelo, & Barros, 2013, p. 216) 38Cultura organizacional é definida como “os valores, crenças e normas que orientam o comportamento nas organizações” (Reed, Lemak, & Mero, 2000, p. 15), este conceito encontra-se na literatura associado ao desenvolvimento sustentável (Baumgartner & Zielowski, 2007; Baumgartner, 2009). Assim, a cultura para suportar as decisões na área da sustentabilidade, deve estar “firmemente inserida nas crenças e declarações de valores, missão e visão da organização, as quais servem para inspirar e motivar os colaboradores a assumir, a sério, as obrigações da sustentabilidade” (Epstein, 2008, p. 24). 39Liderança é “uma relação pessoal onde um individuo dirige, coordena e supervisiona outros no desempenho de tarefas comuns” (Fiedler, 1965, p. 115). 40Compromisso organizacional é definido como a ”força relativa de identificação de um indivíduo com uma organização em particular e o envolvimento na mesma”, isto é, três (3) fatores: “(i) uma forte convicção e aceitação dos objetivos e valores da organização; (ii) uma disposição para exercer um esforço considerável em benefício da organização; (iii) um forte desejo de permanecer como membro da organização” (Mowday, Steers, & Porter, 1979, p. 226). 41Allen e Brady (1997) constataram, empiricamente, que o compromisso organizacional é maior nas organizações com gestão da qualidade total (TQM). 42Integrar a “sustentabilidade na estrutura organizacional não é uma tarefa trivial e exige compromisso, visão e liderança” (Rocha & Searcy, 2012, p. 303).
Procedimentos Operacionais, Instruções de Trabalho e Registos
Sist
ema
de G
estã
o de
Seg
uran
ça d
e In
form
ação
Processos e Procedimentos de Gestão Integrados
Responsabilidade Social
ISO 9001
Sistema de
Gestão da Qualidade
ISO 14001
Sistema de
Gestão Ambiental
BS OHSAS 18001
Sistema de
Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho
Procedimentos
Específicos da
Qualidade
Procedimentos
Específicos do
Ambiente
Procedimentos Específicos
da Segurança e Saúde
do Trabalho
Sistema Integrado de Gestão
Liderança &
Compromisso
Visão, Missão, Valores & Princípios
Objetivos de Gestão & Estratégia
Política Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança
Cultura Organizacional
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
58
2.11. COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Na organização, a estratégia para a sustentabilidade deve estar sempre alinhada com a estratégia de
comunicação organizacional43 (Domingues, 2012) que, por sua vez, se encontra alinhada com a teoria
das organizações (Freixo, 2012). Para Evangelista (2010), as organizações que comunicam às partes
interessadas ações que refletem algum tipo de compromisso com a sustentabilidade, visam alcançar
uma vantagem competitiva. No âmbito da comunicação organizacional, as “políticas de divulgação de
informação são destinadas a legitimar as atividades da organização perante as partes interessadas,
tendo em conta as suas diversas e diferentes expectativas” (Michelon & Parbonetti, 2012, p. 482).
Segundo Carvalho, Santos, e Gonçalves (2014b, p. 32), a “comunicação é um meio privilegiado que
permite às organizações assumirem publicamente os seus compromissos e ganhar, assim, a confiança
das suas partes interessadas, estabelecendo com estas uma melhor relação de parceria”. Pollach
(2003) refere que a Internet e as páginas web44 (websites) estão, cada vez mais, a substituir as formas
tradicionais da comunicação organizacional, impressa em papel. Schmeltz (2014) considera, no âmbito
da comunicação da responsabilidade social empresarial, que as declarações da visão, missão e valores
definidas pela organização, são tidas como componentes chave da comunicação organizacional, as
quais se encontram, geralmente, disponíveis no website. As declarações da visão, missão, valores e
estratégia são tidas como conteúdos, frequentemente, divulgados no website da organização (Will &
Porak, 2000; Pollach, 2005; Carvalho, 2013). A comunicação organizacional é fundamental na gestão
da sustentabilidade (Evangelista, 2010), encontrando-se presente nos vários níveis da estrutura
documental (Holdsworth, 2003) e estrutura organizacional (Domingues, Sampaio, & Arezes, 2011) do
sistema integrado de gestão. Para Guziana e Dobers (2013, p. 201), as “declarações da política e
missão” divulgadas no website das organizações, são elementos relevantes para o estudo de como os
gestores comunicam as suas atividades em prol do desenvolvimento sustentável. Supondo-se, assim,
que a comunicação tem um papel fulcral no desenvolvimento sustentável (Moreno & Capriotti, 2009;
Nielsen & Thomsen, 2011). Atualmente, as organizações recorrem, frequentemente, à publicação de
informação no website institucional, com o grande objetivo de a divulgar à sociedade global, visando a
demonstração de transparência, responsabilidade, credibilidade e legitimidade na gestão dos processos
organizacionais. Promovendo, assim, o próprio escrutínio público nas três (3) dimensões (económica,
ambiental e social) do desenvolvimento sustentável (Carvalho, Santos, & Gonçalves, 2014a, 2014b). 43Comunicação organizacional é definida como “o processo através do qual a informação é transmitida na organização e a relação entre os indivíduos que dela fazem parte” (Freixo, 2012, p. 325). Segundo esta perspetiva, a comunicação organizacional constitui um dos elementos fundamentais na atividade da organização e um instrumento de trabalho precioso para a gestão de topo, promovendo a interação diária com as partes interessadas (Freixo, 2012). 44Web é a designação conhecida para World Wide Web (WWW), ou dito em português “Rede de Alcance Mundial” expressão esta, usualmente, utilizada para designar uma plataforma em rede de alcance global que gere páginas de sítios eletrónicos (sites) na Internet, normalmente, designados por websites.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
59
2.12. COMUNICAÇÃO DO COMPROMISSO COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Em geral, na comunicação organizacional as declarações da “visão”, “missão”, “valores”, “objetivos”,
“princípios”, “estratégia” e “políticas”, são tidas no seu todo ou em parte como conteúdos divulgados,
frequentemente, na secção “Quem Somos” dos relatórios e websites das organizações (Will & Porak,
2000, p. 197; Pollach, 2005, p. 292; Isaksson & Jørgensen, 2010, p. 136; Carvalho, 2013, p. 101;
Guziana & Dobers, 2013, p. 201; Schmeltz, 2014, p. 244). As declarações referidas, no geral, pela sua
natureza estratégica incorporam, normalmente, na sua estrutura textual determinados “conceitos”,
“temas” e/ou “compromissos”, que estão relacionados com a mensagem que os gestores de topo das
organizações querem comunicar às diversas partes interessadas, no âmbito da sua atuação em prol do
desenvolvimento sustentável (Will & Porak, 2000, p. 197; Signitzer & Prexl, 2007, p. 4; Sones,
Grantham, & Vieira, 2009, p. 154; Almeida et al., 2010, p. 37; Isaksson & Jørgensen, 2010, p. 136;
Parker, Zutshi, & Fraunholz, 2010, p. 515; Carvalho, 2013, p. 101; Dade & Hassenzahl, 2013, p. 258;
Guziana & Dobers, 2013, p. 201; Lee, Barker, & Mouasher, 2013, p. 22; Baumgartner, 2014, p. 264;
Schmeltz, 2014, p. 244). Na organização, a declaração da “política integrada” estabelecida no âmbito
do sistema integrado de gestão da qualidade, ambiente e segurança (SIGQAS), é um documento
primordial no processo de comunicação com as partes interessadas, a qual deve ser comunicada e
estar disponível ao público em geral (Cunha et al., 2010, p. 168). Mežinska, Lapiņa, e Mazais (2015,
p. 477), “acreditam que, no contexto do desenvolvimento sustentável, a política integrada de uma
organização é um compromisso documentado, que considera igualmente todas as três dimensões –
ambiental, social e econômica” (ver Anexo V). No âmbito dos requisitos normativos que suportam os
sistemas integrados de gestão, a política integrada deve no mínimo contemplar o “compromisso de
cumprimento dos requisitos legais aplicáveis e outros requisitos que a organização subscreva”, o
“compromisso da melhoria contínua da gestão”, o “compromisso de prevenção da poluição”, o
“compromisso de prevenção das lesões e afeções da saúde”, o “compromisso da melhoria do
desempenho da SST” (BSI, 2007, p. 5; IPQ, 2008a, p. 11; IPQ, 2008b, p. 13; IPQ, 2012, p. 12;
Cunha et al., 2010, p. 168; Mežinska, Lapiņa, & Mazais, 2015, p. 477), bem como o compromisso
pela “proteção do ambiente, que pode incluir o uso sustentável de recursos, a mitigação e adaptação
às alterações climáticas, e a proteção da biodiversidade e dos ecossistemas”, ou ainda outras questões
ambientais relevantes (ISO, 2015b, p. 8) e, por fim, a participação dos trabalhadores (ISO, 2015a).
Segundo Epstein (2008, pp. 60–62), nas organizações o Presidente ou Chief Executive Officer (CEO),
comunica o seu compromisso com a sustentabilidade às partes interessadas, através das declarações
assumidas, expressas e publicadas na missão, valores, objetivos, estratégia e políticas (ver o Anexo VI).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
60
2.13. ESTUDOS EMPÍRICOS: A COMUNICAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Na literatura são vários os estudos empíricos sobre a comunicação organizacional do desenvolvimento
sustentável, nos quais o objeto de estudo da investigação se centra, normalmente, na análise da
informação publicada e divulgada pelas organizações em relatórios e/ou websites, no âmbito do
desenvolvimento sustentável (sustentabilidade e responsabilidade social empresarial). Bansal (2005)
estudou a evolução do compromisso com o desenvolvimento sustentável em 45 organizações do
Canadá, através da análise da informação divulgada às partes interessadas, entre os anos de 1986 a
1995. Para tal, recorreu, à técnica de análise de conteúdo para explorar os relatórios anuais, com o
objetivo de verificar a publicação de informação, no âmbito de 22 itens enquadrados em três categorias
de análise (integridade ambiental, prosperidade económica e equidade social). Segundo Bansal (2005),
os resultados atestam que o desenvolvimento sustentável nas organizações estudadas aumentou, ao
longo do período em análise, tendo-se verificado que o desenvolvimento do compromisso social foi
posterior aos compromissos económicos e ambientais assumidos pelas organizações. Branco e
Rodrigues (2008) desenvolveram uma investigação com base numa amostra de 49 organizações
portuguesas, a qual visou o estudo da informação divulgada sobre responsabilidade social no website e
relatórios anuais da organização. O estudo fundamentou-se na técnica da análise de conteúdo, a qual
foi suportada por 30 itens de análise, repartidos por quatro categorias de análise (ambiente, recursos
humanos, produtos e clientes e comunidade envolvente). Branco e Rodrigues (2008) consideram que
as organizações portuguesas, à data, atribuem maior importância aos relatórios anuais como meio de
divulgação de informação, no âmbito da responsabilidade social, do que à Internet (website). A
Associação Empresarial de Portugal (AEP) no âmbito do projeto “Futur-Compet45 – Competências
Empresariais para o Futuro”, desenvolveu em Portugal, em 2010, um estudo de caraterização do
“estado da arte” das práticas de desenvolvimento sustentável em 500 Pequenas e Médias Empresas
(PME). Nesse estudo, Almeida et al. (2010) verificou, por processo de inquérito (questionário), que 69%
das organizações da amostra possuíam implementado e certificado um sistema de gestão da qualidade
(ISO 9001) e, apenas, 24% das organizações tinham um sistema de gestão da segurança e saúde do
trabalho (BS OHSAS 18001/NP 4397) e 17% um sistema de gestão ambiental (ISO 14001). Segundo
Almeida et al. (2010), somente 76% das organizações que participaram no estudo mostraram
preocupação em integrar as questões relacionadas com o desenvolvimento sustentável na sua
estratégia de negócio e, por sua vez, 72% das organizações da amostra optaram por integrar estes 45Futur-Compet – Projeto nacional estratégico, no âmbito do desenvolvimento sustentável empresarial, “que teve como objetivo potenciar a competitividade das empresas, principalmente das PME, mediante um conjunto integrado de ações coletivas que pretendem sensibilizar os empresários para as vantagens competitivas que uma atuação socialmente responsável pode representar, promovendo o desenvolvimento sustentável” (Almeida et al., 2010, p. 3).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
61
aspetos estratégicos no momento da seleção de processos inovadores. No geral, as organizações do
estudo afirmaram ter implementado uma “política integrada de gestão” que contempla compromissos
de responsabilidade na vertente da segurança e saúde do trabalho, em 66% dos casos, e nas vertentes
ambiental e social, em 52% e 38% das organizações, salientando-se a integração das três vertentes em
somente 28% das organizações (Almeida et al., 2010, p. 37). No estudo, a resposta à questão sobre a
adoção de boas práticas em matéria de desenvolvimento sustentável (em termos de transparência,
equidade e prestação de contas, envolvendo os gestores de topo e as partes interessadas) foi
praticamente unânime, visto que 97% das organizações responderam afirmativamente a esta questão
(Almeida et al., 2010). No entanto, somente 14% das organizações da amostra afirmaram divulgar
publicamente às partes interessadas os seus compromissos éticos por meio de material institucional,
Internet ou outro qualquer (Almeida et al., 2010). Joseph e Taplin (2011) numa investigação relativa à
medição da divulgação da sustentabilidade, no âmbito do desenvolvimento sustentável, recorreram à
análise da informação publicada no website de 139 organizações (autoridades locais) da Malásia. O
estudo visou a comparação dos dois principais métodos utilizados para medir a extensão da divulgação
de conteúdos presentes na comunicação, sendo eles a análise de conteúdo (abundância da divulgação)
e os índices de divulgação (ocorrência da divulgação). O estudo foi suportado em 57 itens de
divulgação, repartidos por três categorias de análise (economia, ambiente e social), sendo que destes
foram destacados 6 itens, para o estudo da divulgação de compromissos com o desenvolvimento
sustentável, no âmbito das declarações da visão, missão, objetivos, estratégia e políticas. Carvalho
(2013) num estudo que envolveu 523 organizações portuguesas certificadas em qualidade, ambiente,
segurança e saúde do trabalho, verificou através de uma análise exploratória de websites, que 422
organizações usam a Internet como meio de comunicação, para publicarem e divulgarem informação,
no geral, sobre o sistema integrado de gestão, sustentabilidade empresarial e responsabilidade social
empresarial. Carvalho (2013) constatou que as organizações recorrem, frequentemente, ao website
para divulgarem informação sobre a estratégia e políticas, tendo verificado que a missão era divulgada
por 59% das organizações, a visão por 39%, os valores/princípios por 42%, a estratégia/objetivos por
17% e, por fim, as políticas internas por 65% das organizações. No entanto, a referida investigação
nada concluiu, quanto aos compromissos em prol do desenvolvimento sustentável, que são assumidos
e expressos no seio da estratégia e políticas da organização divulgadas no website. No âmbito da
liderança para a sustentabilidade organizacional, Rego, Cunha, e Ribeiro (2013) desenvolveram um
estudo de investigação, por entrevista, que envolveu gestores de topo (líderes) de 72 organizações de
referência que operam em Portugal. No estudo os inquiridos destacaram em grande número que a
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
62
visão, a missão e a orientação de longo prazo (estratégia), são uma prática essencial para a gestão
sustentável. No entanto, a grande maioria dos líderes (86%), considera que a liderança sustentável está
pouco disseminada nas organizações. Dade e Hassenzahl (2013) desenvolveram uma investigação na
qual estudaram a comunicação da sustentabilidade através da análise de conteúdo de 737 websites de
organizações (Instituições de Ensino Superior) dos Estados Unidos. O estudo visou a quantificação dos
compromissos com a sustentabilidade que são alvo de comunicação no website da instituição, tendo-se
constatado que em somente 2% dos websites institucionais, classificados como operacionais, o
conceito sustentabilidade integra o texto da declaração da missão e objetivos divulgados no website
(Dade & Hassenzahl, 2013). Guziana e Dobers (2013) realizaram uma investigação com 19 grandes
organizações mundiais, na qual estudaram a comunicação das atividades da organização em prol do
desenvolvimento sustentável, através da análise da informação que é divulgada estrategicamente no
website e relatórios às partes interessadas. Amran, Ooi, Mydin, e Devi (2015) referem que o aumento
da atenção dada à sustentabilidade empresarial e a pressão das partes interessadas estão a forçar as
organizações a implementarem estratégias e práticas sustentáveis, que expressam o seu compromisso
com o desenvolvimento sustentável, o qual passa pela divulgação voluntária de informação sobre
sustentabilidade. Neste sentido, Amran, Ooi, Mydin, e Devi (2015) desenvolveram um estudo de
investigação que visou explorar o website de 100 organizações da Malásia, com o objetivo de analisar
os conteúdos relevantes que são divulgados às partes interessadas no âmbito da sustentabilidade. Em
termos de conclusão ao capítulo, refira-se pelos trabalhos analisados que nesta área de investigação o
método de investigação utilizado é, geralmente, misto (qualitativo e quantitativo), suportado na análise
de conteúdo e análise estatística (ver, por exemplo: Bansal, 2005; Branco & Rodrigues, 2008; Joseph
& Taplin, 2011; Carvalho, 2013; Dade & Hassenzahl, 2013; Amran, Ooi, Mydin, & Devi, 2015). Nos
trabalhos analisados, verificou-se que o estudo dos conteúdos da comunicação divulgada no website
das organizações encontra-se suportado em vários itens de divulgação de informação repartidos,
normalmente, por três categorias (economia, ambiente e social) as quais, holísticamente, se
fundamentam nas três dimensões do desenvolvimento sustentável (ver, por exemplo: Bansal, 2005;
Joseph & Taplin, 2011). Contudo, destaca-se os trabalhos desenvolvidos por Azapagic (2003, 2004) o
qual considerou para além destas três categorias, uma nova categoria designada por a “integrada”. Os
investigadores que visam o estudo da divulgação de informação pelas organizações no âmbito social e
ambiental fundamentam, no geral, as suas análises e conclusões em três (3) teorias, a saber: a teoria
institucional, a teoria da legitimidade e a teoria dos stakeholders (ver, por exemplo: Bansal, 2005;
Branco & Rodrigues, 2008; Joseph & Taplin, 2011; Carvalho, 2013; Amran, Ooi, Mydin, & Devi, 2015).
A COMUNICAÇÃO DO COMPROMISSO PARA COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, DAS ORGANIZAÇÕES PORTUGUESAS CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
63
Capítulo 3
METODOLOGIA
RESUMO No presente capítulo descrevem-se as questões e as hipóteses de investigação formuladas, bem como o processo de investigação. Efetua-se a caraterização da técnica de análise de conteúdo, apresenta-se a base de dados de investigação utilizada, carateriza-se o universo e amostra de investigação, descrevem-se as variáveis de investigação e, por último, detalha-se todo o processo de recolha e tratamento dos dados.
METODOLOGIA
64
3. METODOLOGIA
3.1. QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO
A definição, implementação e desenvolvimento da presente metodologia de trabalho, visou encontrar
respostas científicas válidas para as seguintes duas (2) questões de investigação (research questions):
Q1: Quais os conteúdos estratégicos46 divulgados no website, pelas organizações portuguesas
certificadas em Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS), no âmbito da comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável?
Q2: Qual o perfil da organização47 portuguesa certificada em Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS), em que a comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável divulgado no website, sob a forma de conteúdos estratégicos, é mais proeminente?
3.2. HIPÓTESES DE INVESTIGAÇÃO
3.2.1. Teorias Organizacionais na Base da Investigação
A teoria institucional propõe a ocorrência do isomorfismo48 estrutural, segundo o qual as organizações
evoluem para se tornarem estruturas semelhantes entre si (Meyer & Rowan, 1977, DiMaggio & Powell,
1983). Para Rodrigues (2012, p. 47), a “premissa básica da teoria institucional é que as organizações
tendem a conformar-se com as normas predominantes e as influências sociais”, o que promove a
convergência para a homogeneidade das estruturas e práticas organizacionais. Assim, as organizações
tendem a adotar práticas iguais, ao longo do tempo, em resposta a pressões institucionais comuns
exercidas por organizações similares (Rodrigues, 2012). As três formas principais de isomorfismo
institucional (coercivo, mimético e normativo), identificadas por DiMaggio e Powell (1983) podem ser,
atualmente, analisadas em Portugal, à luz de determinadas pressões que afetam as organizações. O
isomorfismo coercivo pode ser entendido segundo Rodrigues (2012), por exemplo, pela aplicação da
Resolução do Conselho de Ministros n.º 49/2007, de 28 de março49, às organizações portuguesas de
capitais públicos, no qual se destaca a importância destas adotarem modelos de governação que
contribuam para a adoção de estratégias de sustentabilidade nos domínios económico, social e
ambiental, diploma legal este em que também é explícito que estas organizações, devem divulgar a
missão, objetivos e políticas às partes interessadas, bem como cumprir as mesmas com respeito pelos
princípios de responsabilidade social e desenvolvimento sustentável, apelando este diploma ainda às 46Ver Nota 1 (ver página 7). 47Ver Nota 2 (ver página 7). 48O isomorfismo “ocorre quando uma organização se torna semelhante a outra, adotando as caraterísticas dessa organização” (Rodrigues, 2012, p. 46). 49Atual diploma legal revogado, após a publicação do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro. Diário da República, N.º 191, 1ª Série, pp. 5988–6002.
METODOLOGIA
65
organizações para procederem à divulgação de informação de caráter estratégico no seu website
institucional. Para Rodrigues (2012), o isomorfismo coercivo tende, normalmente, a ser imposto pelo
Estado, no entanto, pode também ser exercido através de pressões da organização-mãe (grupo), sobre
as suas filiais e subsidiárias (participadas), no sentido de assumirem práticas de sustentabilidade e
responsabilidade social, com a consequente divulgação destas à sociedade. Por sua vez, o isomorfismo
mimético pode ser entendido segundo Rodrigues (2012), por exemplo, pelas práticas e atividades de
responsabilidade social e divulgação de relatórios de sustentabilidade, em geral, de natureza voluntária,
que as organizações adotam para estabelecerem reputação e se legitimarem na sociedade, com o
intuito de estas se modelarem em outras organizações que consideram mais legítimas ou de sucesso.
Segundo Rodrigues (2012), o isomorfismo mimético em Portugal tem sido encorajado, nos últimos
anos, pelo Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD Portugal), o qual promove
junto das organizações várias práticas de sustentabilidade e responsabilidade social empresarial em
prol do desenvolvimento sustentável. Rodrigues (2012, p. 59) crê que o “isomorfismo mimético se
torne mais proeminente nos próximos anos”, caso as organizações acreditem que o mesmo oferece o
melhor caminho para melhorar a imagem institucional, e estas práticas sejam concebidas e percebidas
como sendo “certas”, “normais” e “esperadas pela sociedade”. Por último, o isomorfismo normativo
pode, no geral, derivar do efeito da profissionalização ou ensino de práticas organizacionais eticamente
e socialmente responsáveis (Rodrigues, 2012). Segundo Rodrigues (2012), o isomorfismo normativo
em Portugal tem vindo a ser encorajado, nos últimos anos, pelas grandes instituições internacionais de
contabilidade e auditoria, pelas instituições de ensino superior e pelas associações profissionais que
promovem, por exemplo, a publicação de relatórios de sustentabilidade e apelam à divulgação de
informação sobre as atividades de responsabilidade social. A teoria da legitimidade assenta na ideia de
que as organizações operam através de um “contrato social” que estabelecem com a sociedade (Mota
& Santos, 2011), onde a organização “acorda em desempenhar várias ações socialmente desejáveis
em troca da aceitação dos seus objetivos, de recompensas e da sua própria sobrevivência” (Guthrie &
Parker, 1989, p. 344). Por sua vez, a legitimidade pode ser perdida caso o contrato social não seja
cumprido (Deegan, 2002), “o que acontece quando o comportamento da organização não cumpre com
os valores existentes na sociedade” (Mota & Santos, 2011, p. 256). A teoria dos stakeholders defende
que uma organização interage com diferentes partes interessadas (Mota & Santos, 2011), centrando-se
na natureza dos relacionamentos, processos e resultados que existem entre a organização e as partes
interessadas (Freeman, 1984; Jones & Wicks, 1999). O sucesso da organização depende, no geral, da
capacidade desta, em satisfazer todos os interesses das partes interessadas (Mota & Santos, 2011).
METODOLOGIA
66
3.2.2. Formulação das Hipóteses de Investigação
As organizações de maior dimensão têm mais propensão para adotar práticas sustentáveis (Gauthier,
2013), crendo-se que a divulgação de informação sobre responsabilidade social e ambiental varia com
a dimensão das organizações (Gray, Kouhy, & Lavers, 1995, Hackston & Milne, 1996), em geral, as
maiores divulgam mais informação sobre responsabilidade social (Hackston & Milne, 1996; Branco &
Rodrigues, 2008; Tagesson, Blank, Broberg, & Collin, 2009; Amorim, 2010; Fernandez-Feijoo, Romero,
& Ruiz, 2014). Tendo-se constatando, no geral, a existência de uma relação positiva entre a dimensão
da organização e a divulgação de informação sobre sustentabilidade no website (Amran, Ooi, Mydin, &
Devi, 2015). As organizações de maior dimensão são responsáveis pela maior quantidade e qualidade
da informação ambiental e social divulgada (Hackston & Milne, 1996; Adams, Hill, & Roberts, 1998;
Archel, Fernández, & Larrinaga, 2008; Brammer & Pavelin, 2008; Carvalho, 2013), as quais para além
de cumprirem obrigações legais relacionadas com a comunicação das suas atividades (Wilmshurst &
Frost, 2000), são simultaneamente também tidas como as mais visíveis e sujeitas a pressões públicas
e à comunicação social (Gray, Kouhy, & Lavers, 1995; Bansal, 2005; Gauthier, 2013). Contudo, um
estudo recente não evidenciou a existência de uma relação positiva, entre a dimensão da organização e
a divulgação de informação sobre responsabilidade social (Bayoud, Kavanagh, & Slaughter, 2012).
H1: A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas
certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente quando a Dimensão de Vendas da Organização é Maior.
O Código das Sociedades Comerciais (CSC) aprovado pelo Decreto-Lei n.º 262/86, de 2 de setembro,
fundamentou os princípios que rege as formas jurídicas mais comuns do tecido empresarial português,
a sociedade por quotas (LDA.) e a sociedade anónima (S.A.). Alves (2005) numa investigação sobre o
relato da informação económica no website de organizações nacionais, constatou que a forma jurídica,
influencia a divulgação de informação na Internet. Barros (2008a) num estudo realizado ao website de
organizações portuguesas, concluiu que as sociedades anónimas dão mais proeminência à divulgação
de informação sobre responsabilidade social que as ditas sociedades por quotas. Por sua vez, Carvalho
(2013) constatou pela análise do website de organizações portuguesas certificadas, que as sociedades
anónimas divulgam mais informação sobre sustentabilidade e responsabilidade social que as outras.
H2: A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas
certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente quando a Forma Jurídica da Organização é uma S.A.
METODOLOGIA
67
A divulgação de informação sobre responsabilidade social é influenciada pelo setor ou tipo de indústria
(Wanderley, Lucian, Farache, & Filho, 2008; Bayoud, Kavanagh, & Slaughter, 2012), existindo em
função do setor, diferenças significativas ao nível da quantidade e qualidade da informação divulgada
(Hackston & Milne, 1996; Branco & Rodrigues, 2005, 2008; Brammer & Pavelin, 2008; Tagesson,
Blank, Broberg, & Collin, 2009). Por sua vez, estudos portugueses mostram que o “setor de atividade”
não influencia a divulgação de informação de caráter económico, sustentabilidade e responsabilidade
social no website da organização (Alves, 2005, p. 17; Barros, 2008a, p. 57; Carvalho, 2013, p. 118).
H3: A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas
certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente quando o Setor de Atividade da Organização é o Setor 2.º.
Os quadros comunitários de apoio à modernização da indústria portuguesa, em vigor entre os anos de
1988 e 1999, atribuíram o maior volume de investimentos nas áreas conexas ao desenvolvimento
sustentável, às organizações localizadas no distrito de Lisboa e Setúbal (Chorincas, 2003). Para Barros
(2008a), as organizações da região de Lisboa e Setúbal evidenciam maior proeminência na divulgação
de informação sobre responsabilidade social no website, que as outras regiões do país. Por sua vez,
Carvalho (2013) numa análise ao website de organizações certificadas, não encontrou evidência para a
maior divulgação de informação sobre sustentabilidade e responsabilidade social, nestas áreas do país.
H4: A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas
certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente em Organizações Localizadas nos Distritos de Lisboa & Setúbal.
A exposição das organizações aos meios de comunicação (mass media) é usada como “procuração”
para a visibilidade social e, crê-se, estar associada à divulgação de informação sobre responsabilidade
social (Branco & Rodrigues, 2008). A cobertura dos media aumenta a visibilidade das organizações,
tornando-as objeto de maior atenção e escrutínio público (Bansal, 2005). A exposição das organizações
aos media está relacionada positivamente com a divulgação de informação de caráter ambiental (Ayuso
& Larrinaga, 2003), responsabilidade social (Branco & Rodrigues, 2008) e desenvolvimento sustentável
(Bansal, 2005). Contudo, tal relação nem sempre ocorre (Brammer & Pavelin, 2008; Carvalho, 2013).
H5: A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas
certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente quando há Exposição da Organização nos Rankings dos Media.
METODOLOGIA
68
Em Portugal, o Governo com a publicação do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro, instaurou a
obrigatoriedade das organizações do setor público empresarial (setor empresarial do Estado e local),
adotarem práticas de bom governo, no âmbito das estratégias de sustentabilidade e responsabilidade
social nos domínios económico, ambiental e social. Entre os requisitos legais impostos pelo diploma,
encontra-se a obrigatoriedade das organizações procederem à divulgação de informação anual sobre o
cumprimento da missão, objetivos e políticas de responsabilidade social e desenvolvimento sustentável,
bem como à utilização do website institucional, para divulgar informação relevante ao público em geral.
H6: A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas
certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente em Organizações Enquadradas no Setor Público Empresarial.
O Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD Portugal) é uma organização de
líderes empresariais que tem como visão contribuir para a criação de um mundo sustentável para as
empresas, sociedade civil e ambiente, conta atualmente com 91 membros, com ampla representação
sectorial que representam 38% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, valor que se traduz em mais
de 65 mil milhões de euros de volume de negócios e mais de 270.000 colaboradores (BCSD, 2015).
No geral, estes grupos pressionam as suas filiais e subsidiárias, no sentido destas assumirem práticas
no âmbito da responsabilidade social, com a consequente divulgação à sociedade (Rodrigues, 2012).
H7: A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas
certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente em Organizações de um Grupo Membro do BCSD Portugal.
Atualmente, são frequentes referências ao desenvolvimento sustentável no website e relatórios anuais
das organizações (Carvalho, 2013; Montiel & Delgado-Ceballos, 2014). Existindo na literatura estudos,
que relacionam, em termos de análise de conteúdo, a divulgação de informação sobre sustentabilidade
e responsabilidade social empresarial, que é publicada em relatórios anuais e no website institucional
das organizações na Internet (Branco & Rodrigues, 2005, 2008; Guziana & Dobers, 2013). No âmbito
da responsabilidade social empresarial, as “organizações portuguesas atribuem maior importância aos
relatórios anuais como meios de divulgação, do que à Internet” (Branco & Rodrigues, 2008, p. 699).
H8: A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas
certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente em Organizações que Publicam Relatórios Anuais na Internet.
METODOLOGIA
69
3.3. PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO
3.3.1. Formulação do Projeto de Investigação
Na “formulação do projeto de investigação” de natureza exploratória, a metodologia de investigação
adotada para solucionar as duas (2) questões de investigação e testar as oito (8) hipóteses de
investigação formuladas a partir dos dois (2) objetivos de investigação apresenta, holísticamente, o
seguinte enquadramento teórico (Saunders, Lewis, & Thornhill, 2007, pp. 100–160). Em termos de
posição epistemológica, assume-se a adoção de uma filosofia de investigação positivista, ou seja, de
acordo com os pressupostos do positivismo50, enquanto parte da filosofia que se preocupa com os
problemas relacionados com a construção do conhecimento científico. O presente estudo, assume
assim, neste caso, uma posição realista típica das ciências naturais (exatas). Por sua vez, a abordagem
de investigação adotada foi combinada51. Assim, contemplou, numa primeira etapa, uma abordagem
indutiva52 (caraterizada pela categorização) e, numa segunda etapa, uma abordagem dedutiva53
(caraterizada pela formulação de hipóteses de investigação e respetivo teste de hipóteses, baseado em
teorias organizacionais). A estratégia de investigação adotada assentou na investigação documental54,
por pesquisa, análise e codificação de vários conteúdos estratégicos que revelam o compromisso da
gestão de topo das organizações em prol do desenvolvimento sustentável. A investigação documental
fundamentou-se na análise de conteúdo de documentos estratégicos, que refletem a estratégia e
políticas adotadas pela organização, e que são divulgadas às partes interessadas (stakeholders),
através do website institucional, existente na Internet, das organizações certificadas em qualidade,
ambiente e segurança. Em termos práticos, a investigação documental foi operacionalizada com
recurso à utilização de uma lista de verificação (checklist), previamente estruturada e validada, a qual
contemplou diversas categorias e subcategorias (itens) de análise. No que diz respeito ao horizonte
temporal trata-se de um estudo transversal55, pois a investigação realizada carateriza num determinado
momento, a situação de referência de determinadas organizações nacionais. O método de investigação
escolhido foi misto56 (qualitativo e quantitativo), suportado numa fase inicial do estudo na aplicação da
técnica da análise de conteúdo e, posteriormente, numa análise estatística dos dados de investigação.
50Positivismo requer que o investigador adote uma posição realista, baseada em factos, típica das ciências naturais (Saunders, Lewis, & Thornhill, 2007). 51Na investigação a combinação das abordagens indutiva e dedutiva demonstra ser, no geral, uma opção positiva (Saunders, Lewis, & Thornhill, 2007). 52Na abordagem indutiva recolhe-se dados e desenvolve-se uma teoria como resultado da análise dos dados. Esta abordagem pressupõe que ainda não existe um corpo do conhecimento estabelecido que permita a análise detalhada do fenómeno em investigação (Saunders, Lewis, & Thornhill, 2007). 53Na abordagem dedutiva desenvolve-se uma teoria e hipóteses e planeia-se uma estratégia de investigação, para testar as hipóteses formuladas. Esta abordagem requer que exista um enquadramento teórico prévio, ou seja, uma estrutura conceptual fundamentada (Saunders, Lewis, & Thornhill, 2007). 54A investigação documental baseia-se na análise de documentos e arquivos de dados pré-existentes, cuja constituição não resulta do processo de estudo em curso. Esta estratégia de investigação enquadra-se nos estudos de natureza exploratória, descritiva e explicativa (Saunders, Lewis, & Thornhill, 2007). 55Estudos transversais são estudos localizados no tempo, num determinado instante temporal (instantâneo fotográfico), caraterizam uma determinada situação de referência, ou seja, o mesmo fenómeno é estudado em diferentes organizações na mesma altura (Saunders, Lewis, & Thornhill, 2007). 56O método misto enquadra na investigação métodos qualitativos e quantitativos, analisados em separado ou não (Saunders, Lewis, & Thornhill, 2007).
METODOLOGIA
70
3.3.2. Fluxograma do Processo de Investigação
A Figura 18 mostra o fluxograma do processo de investigação no qual assentou o desenvolvimento do
presente trabalho, destacando-se a estrutura central do estudo e as atividades de suporte relevantes.
Figura 18 – Fluxograma do processo de investigação.
(Fonte: adaptado da proposta do projeto de investigação)
IPAC DGAEP
GesContact BCSD Portugal
Análise Univariada, Bivariada e Multivariada
Hipóteses de
Investigação
QUESTÕES DE
INVESTIGAÇÃO
Tratamento Estatístico dos
Dados de Investigação
AMOSTRA Organizações Certificadas
[n = 540]
Base de Dados de
Investigação
UNIVERSO Organizações Certificadas
[N = 656]
Filosofia de Investigação Abordagem de Investigação Estratégia de Investigação Método de Investigação (Positivista) (Indutiva & Dedutiva) (Investigação Documental) (Misto)
W ebsites Acessíveis
Análise de Conteúdo da Estratégia &
Políticas
Variáveis de
Investigação
Categorias, Subcategorias e
Unidades de Análise
Hipóteses em Teste H1, H2, H3, H4, H5, H6, H7 e H8
Q2
M icrosof t Of f ice Excel
Compromissos Organizacionais
Anál
ise
de C
onte
údo
Guia de Empresas
Certificadas
Entidades Certificadoras
Sof tw are IBM® SPSS® Statistics
Compromissos Estratégicos
da Organização, para com o
Desenvolvimento Sustentável
Lista de
Verificação
Organizações Certificadas
Rankings Empresariais
Técnicas Estatísticas
Visão, Missão, Valores, Objetivos
Princípios de Negócio, Estratégia
Empresarial e Políticas da Organização
Codificação dos
Dados
Lista de
Verificação
Valid
ação
Organizações Portuguesas Certificadas Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS)
W ebsite
DADOS DE
INVESTIGAÇÃO
TEMA DE
INVESTIGAÇÃO
OBJETIVOS DE
INVESTIGAÇÃO
REVISÃO DA
LITERATURA
O1 & O2
METODOLOGIA DE
INVESTIGAÇÃO
Q1 & Q2
RESULTADOS DA
INVESTIGAÇÃO
CONCLUSÕES DA
INVESTIGAÇÃO
LEGENDA: Oi – Objetivo de Investigação | Qi – Questão de Investigação | Hi – Hipótese de Investigação N – Número de Organizações que constituem o Universo da Investigação n – Número de Organizações que constituem a Amostra da Investigação QAS – Qualidade, Ambiente e Segurança (Sistemas de Gestão Implementados e Certificados) IPAC – Instituto Português de Acreditação (Base de Dados Nacional – Sistemas de Gestão Certificados)
DGAEP – Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (Setor Público Empresarial) GesContact – Software de Gestão de Contactos (Base de Dados das Empresas Portuguesas) BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável de Portugal IBM SPSS – International Business Machines – Statistical Package for the Social Sciences – World Wide Web (WWW) | 1 – “Divulga” ou 0 – “Não Divulga” um Compromisso
Tema
A Comunicação do Compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, das Organizações Portuguesas Certificadas em Qualidade, Ambiente e Segurança.
Objetivos de Investigação
O1 – Caraterizar os conteúdos estratégicos divulgados no website, pelas organizações portuguesas certificadas em Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS), no âmbito da comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável. O2 – Determinar o perfil da organização portuguesa certificada em Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS), em que a comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável divulgado no website, sob a forma de conteúdos estratégicos, é mais proeminente.
Questões de Investigação
Q1 – Quais os conteúdos estratégicos divulgados no website, pelas organizações portuguesas certificadas em Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS), no âmbito da comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável? Q2 – Qual o perfil da organização portuguesa certificada em Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS), em que a comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável divulgado no website, sob a forma de conteúdos estratégicos, é mais proeminente?
Objetivos de
Investigação
Teorias de
Investigação
Teorias Organizacionais
Estudo Transversal no Horizonte Temporal
Qualitativos
Quantitativos
1 = “Presença” 0 = “Ausência”
Teste de Hipóteses
W ebsite da
Organização
W ebsite da
Organização Cat
egor
izaç
ão
Perfil da Organização
1. Dimensão de Vendas 2. Forma Jurídica 3. Setor de Atividade 4. Localização Geográfica 5. Exposição nos Rankings 6. Setor Público Empresarial 7. Grupo Membro do BCSD 8. Relato de Sustentabilidade
Literatura
Divulgação de Conteúdos Estratégicos no Website da
Organização (QAS), no Âmbito do Compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável
(Economia, Ambiente e Social)
FLUXOGRAMA DO
PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO
Jornais &
Revistas Nacionais
Informação Diversa
METODOLOGIA
71
3.4. ANÁLISE DE CONTEÚDO
3.4.1. Descrição da Técnica
A investigação documental sustentou-se na técnica da Análise de Conteúdo. Para Berelson (1952, p.
18), a “análise de conteúdo é uma técnica de investigação que tem por finalidade a descrição objetiva,
sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto da comunicação”. Stone (1966) citado por Carmo e
Ferreira (1998, p. 251) define-a, como sendo “uma técnica que permite fazer inferências, identificando
objetiva e sistematicamente as caraterísticas específicas da mensagem”. Abbott e Monsen (1979, p.
504) definiram-na, como sendo “uma técnica de recolha de dados que consiste em codificar a
informação qualitativa na forma anedótica e literária em categorias, a fim de obter escalas quantitativas
de diversos níveis de complexidade”. Segundo Weber (1988, p. 9), esta técnica “é um método de
investigação que utiliza um conjunto de procedimentos para fazer inferências válidas a partir do texto”.
Neuendorf (2002, p. 1) define-a, como sendo “uma sistemática, objetiva, análise quantitativa das
características da mensagem”. Krippendorff (2004, p. 18) definiu-a, no geral, como “uma técnica de
investigação que permite fazer inferências, válidas e replicáveis a partir de textos, para os contextos da
sua utilização”. Por sua vez, Bardin (2013, p. 44) definiu-a, como “um conjunto de técnicas de análise
das comunicações”, que visam “obter por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do
conteúdo das mensagens indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de
conhecimentos relativos às condições de produção/receção (variáveis inferidas) destas mensagens”.
Para Elo e Kyngäs (2008, p. 107), a “análise de conteúdo é um método que pode ser utilizado com
qualquer dado qualitativo ou quantitativo e de forma indutiva ou dedutiva” recorrendo-se, inicialmente,
à abordagem indutiva para a criação de categorias de análise e, posteriormente, à abordagem dedutiva
para a formulação e teste das hipóteses de investigação. A análise de conteúdo é usual em estudos
exploratórios de divulgação de informação sobre vários temas, tais como ambiente, sustentabilidade e
responsabilidade social, publicados pelas organizações em relatórios anuais (Zeghal & Ahmed, 1990;
Gray, Kouhy, & Lavers, 1995; Hackston & Milne, 1996; Adams, Hill, & Roberts, 1998; Ayuso &
Larrinaga, 2003; Guthrie & Abeysekera, 2006; Archel, Fernández, & Larrinaga, 2008; Brammer &
Pavelin, 2008; Dias, 2009; Joseph & Taplin, 2011; Bayoud, Kavanagh, & Slaughter, 2012; Asif,
Searcy, Santos, & Kensah, 2013), na Internet (Williams & Pei,1999; Barros, 2008a; Gill, Dickinson, &
Scharl, 2008; Wanderley, Lucian, Farache, & Filho, 2008; Moreno & Capriotti, 2009; Sones, Grantham,
& Vieira, 2009; Tagesson, Blank, Broberg, & Collin, 2009; Amorim, 2010; Ciletti, Lanasa, Ramos,
Luchs, & Lou, 2010; Carvalho, 2013; Dade & Hassenzahl, 2013; Lee, Barker, & Mouasher, 2013;
Ghosh, 2014; Amran, Ooi, Mydin, & Devi, 2015; Tang, Gallagher, & Bie, 2015) ou em ambos (Branco
METODOLOGIA
72
& Rodrigues, 2005, 2006, 2008; Jose & Lee, 2007; Joseph, 2010a; Sobhani, Amran, & Zainuddin,
2012). Para Elo e Kyngäs (2008, p. 109), na investigação pelo método da análise de conteúdo, ambas
as abordagens indutiva e dedutiva do processo de análise, são representadas como três (3) fases
principais: “preparação”, “organização” e “relato” (ver Figura 19). A aplicação da técnica de análise de
conteúdo requer, no geral, a definição do corpus (corpo dos documentos para análise), categorias,
subcategorias e as unidades de análise (Carmo & Ferreira, 1998; Elo & Kyngäs, 2008; Bardin, 2013).
Figura 19 – Fase de preparação, organização e relato, no processo da análise de conteúdo.
(Fonte: adaptado de Elo & Kyngäs, 2008, p. 110)
Fase de Preparação
Fase de Organização
Abordagem Indutiva
Abordagem Dedutiva
Selecionar a unidade de análise
Dar sentido ao conjunto de dados
Codificação aberta
Folhas de codificação
Agrupamento
Categorização
Abstração
Codificar os dados de acordo com as categorias
Testar as hipóteses, e correspondente comparação
com outros estudos, etc.
Desenvolver uma matriz de análise estruturada
Desenvolver uma matriz de análise
Recolher os dados por conteúdo
Selecionar a unidade de análise
Dar sentido ao conjunto dos dados
Codificação aberta
Folhas de codificação
Agrupamento
Categorização
Abstração
Fase de Relato (Relatar o processo de análise e os resultados)
Modelo, sistema conceptual, mapa conceptual ou categorias
METODOLOGIA
73
3.4.2. Corpus de Análise
A investigação foi suportada num corpus57, ou seja, conjunto dos documentos escolhidos para análise,
que são divulgados no website institucional das organizações certificadas em qualidade, ambiente e
segurança e que suportam, no geral, a estratégia e políticas de compromisso da organização para com
o desenvolvimento sustentável, no âmbito da comunicação às partes interessadas através da Internet.
3.4.3. Documentos de Análise
A organização que se rege pelos princípios do desenvolvimento sustentável, deve implicar que os seus
compromissos com a gestão sustentável, sejam evidentes estrategicamente na sua “visão”, “missão”,
“valores”, “objetivos”, “princípios”, “estratégia” e “políticas” (Santos & Amaral, 2008, pp. 186–187;
Santos & Dias, 2008, pp. 12–13; Cunha et al., 2010, p. 168; GRI, 2013, p. 54 e p. 237). Por sua vez,
Carvalho (2013) numa investigação realizada durante o ano de 2012, aos conteúdos de informação
divulgados através do website institucional de 422 organizações portuguesas certificadas em qualidade,
ambiente e segurança, constatou que estas recorrem, frequentemente, ao website para divulgar vários
documentos importantes com informações sobre a estratégia e políticas institucionais da organização,
tais como: a visão, a missão, os valores, os objetivos, os princípios, a estratégia e as políticas. Segundo
Carvalho (2013, p. 101), a “Missão” foi divulgada por 250 (59,2%) organizações, a “Visão” por 163
(38,6%), os “Valores/Princípios” por 176 (41,7%) a “Estratégia/Objetivos” por 71 (16,8%) e, por fim,
as “Políticas da Organização” por 275 (65,2%) organizações, políticas estas que podem assumir, no
geral, até treze (13) designações diferentes. Carvalho (2013, p. 102) constatou que a “Política da
Qualidade” era divulgada com esta designação por 33 (7,8%) organizações, a “Política de Ambiente”
por 28 (6,6%), a “Política da Segurança e Saúde do Trabalho” por 26 (6,2%), a “Política da Qualidade,
Ambiente e Segurança” por 114 (27,0%), a “Política Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança”
por 27 (6,4%), a “Política do Sistema Integrado de Gestão” por 32 (7,6%), a “Política de
Desenvolvimento Sustentável” por 6 (1,4%), a “Política de Sustentabilidade” por 15 (3,6%), a “Política
de Responsabilidade Social” por 19 (4,5%), a “Política de Recursos Humanos” por 18 (4,3%), a
“Política do Sistema de Responsabilidade Empresarial” por 24 (5,7%), a “Política de Gestão” por 22
(5,2%) e, por fim, a “Política Empresarial” por 12 (2,8%) das organizações certificadas. Neste sentido,
tendo por base o enquadramento teórico, os documentos para análise escolhidos são a visão, missão,
valores, objetivos, princípios de negócio, estratégia empresarial e as várias políticas da organização.
57Os documentos de análise que constituem o corpus, segundo a técnica de análise de conteúdo, foram escolhidos tendo por base o princípio de cumprir a “regra da exaustividade”, “regra da representatividade”, “regra da homogeneidade” e “regra da pertinência” demonstrando-se, assim, que os referidos documentos representam, no geral, uma fonte de informação adequada ao objeto da análise que sobre eles irá recair (Bardin, 2013, pp. 122–124).
METODOLOGIA
74
3.4.4. Categorias de Análise
Na técnica da análise de conteúdo, as categorias de análise são rúbricas significativas em função das
quais o conteúdo é classificado e eventualmente quantificado (Grawitz, 1993). As categorias adquirem
um papel fundamental na investigação, assim, estas devem ser: “exaustivas”, “exclusivas”, “objetivas”
e “pertinentes” (Carmo & Ferreira, 1998, pp. 255–256), bem como também serem “homogéneas” e
“produtivas” (Moraes, 1999, pp. 23–25; Bardin, 2013, pp. 147–148). A formulação das categorias ou
categorização58 é, simultaneamente, um desafio empírico e conceptual, que deve ser devidamente
fundamentado (Elo & Kyngäs, 2008). Na literatura são várias as obras sobre indicadores e divulgação
de informação sobre sustentabilidade e responsabilidade social empresarial que recorrem, no geral, às
atuais três dimensões do desenvolvimento sustentável, para fundamentarem na vertente “económica,
ambiental e social” (ver o Anexo V) as suas três categorias de análise (Bansal, 2005, p. 206; Gallego,
2006, p. 83; Hartman, Rubin, & Dhanda, 2007, p. 380; Nitu & Nitu, 2009, p. 4; Joseph, 2010a, p.
108; Kolk, Hong, & Van Dolen, 2010, p. 301; Joseph & Taplin, 2011, p. 29; Lozano & Huisingh, 2011,
p. 103; Chow & Chen, 2012, p. 530; Sobhani, Amran, & Zainuddin, 2012, p. 84; GRI, 2013, p. 9;
Joseph, Lin, Nichol, & Jussem, 2014, p. 523; Joseph, Pilcher, & Taplin, 2014, p. 84; Montiel &
Delgado-Ceballos, 2014, p. 131), bem como também uma outra quarta nova categoria designada por
“integrada”59 (Azapagic, 2003, 2004, p. 309 e p. 648; Steurer, Langer, Konrad, & Martinuzzi, 2005, p.
270). Neste sentido, foram adotadas na atual investigação quatro categorias de análise suportadas nas
dimensões económica, ambiental, social e integrada do desenvolvimento sustentável, ver a Figura 20.
Figura 20 – As dimensões do desenvolvimento sustentável, no suporte às categorias de análise.
(Fonte: adaptado de Santos, Limão, Barbosa, & Cachaço, 2008, p. 12)
58Categorização “é uma operação de classificação de elementos constitutivos de um conjunto por diferenciação e, seguidamente, por reagrupamento segundo o género (analogia), com os critérios previamente definidos” (Bardin, 2013, p. 145), isto é, a escolha das categorias (classificação e agregação). 59A “divisão do desenvolvimento sustentável em três setores separados, ambiente, sociedade e economia, que são apenas parcialmente conectados, não produz uma perspetiva integrada ou princípio base” (Giddings, Hopwood, & O’Brien, 2002, p. 194). Logo, assim, a “questão-chave para o desenvolvimento sustentável é a integração de diferentes ações e setores, tendo uma visão holística que seja capaz de superar as barreiras entre as disciplinas” (p. 192). Contudo, refira-se que apesar de “todas as três categorias deverem ser independentes umas das outras” (Joseph, 2010a, p. 106), a “integração” das três categorias ou dimensões é um pressuposto conceptual, no âmbito da abordagem ao conceito de desenvolvimento sustentável (Lozano, 2008, p. 1841).
Desenvolvimento Sustentável
Dimensão Ambiental Integridade dos Ecossistemas Capacidade de Carga Biodiversidade Recursos
Dimensão Social Política e Equidade Qualidade de Vida
População Cultura
Dimensão Económica Consumo de Recursos
Produtos e Serviços Crescimento
Eficiência
Dimensão Integrada
METODOLOGIA
75
3.4.5. Subcategorias de Análise
O conteúdo das categorias é descrito através de subcategorias, ou seja, as “subcategorias com eventos
e incidentes similares são agrupadas simultaneamente como categorias” (Elo & Kyngäs, 2008, p.
111). As categorias subdividem-se em “subcategorias” de análise (Freitas & Janissek, 2000) também,
usualmente, designadas por “itens” (Branco & Rodrigues, 2008; Joseph & Taplin, 2011; Chow & Chen,
2012), “indicadores” (Azapagic, 2003, 2004), “aspetos” (Kolk, Hong, & Van Dolen, 2010), “questões”
(Lozano & Huisingh, 2011) ou “subtemas” (Lima, 2013), as quais são subdivisões dos assuntos das
categorias. A Tabela 5 mostra uma relação das categorias e subcategorias de análise utilizadas na
atual investigação, bem como a fundamentação teórica que suportou a escolha das 60 subcategorias.
Tabela 5 – Fundamentação teórica das categorias e subcategorias de análise, no processo de categorização. CATEGORIAS E SUBCATEGORIAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIM
ENSÃ
O E
CON
ÓM
ICA
Clientes (Consumidores) Spiller, 2000; Azapagic, 2004; ISO, 2005; IPQ, 2008b; Lozano & Huisingh, 2011; ISO, 2015c
Acionistas (Shareholders) Spiller, 2000; Lozano & Huisingh, 2011; IPQ, 2011
Sucesso Sustentado (Excelência da Gestão) IPQ, 2011
Tratamento de Reclamações ISO, 2005; IPQ, 2005; Branco & Rodrigues, 2006, 2008; ISO, 2008; IPQ, 2008b; ISO, 2015c
Satisfação dos Clientes Williams & Pei, 1999; Azapagic, 2003; Branco & Rodrigues, 2006; IPQ, 2008b; ISO, 2015d
Concorrência Leal Kolk et al., 2010; GRI, 2013
Anticorrupção (Antissuborno) Azapagic, 2004; Kolk et al., 2010; Lozano & Huisingh, 2011; Sobhani et al., 2012; GRI, 2013
Relações de Parceria com Fornecedores Spiller, 2000; Azapagic, 2004; ISO, 2005; IPQ, 2005, 2008b; Kolk et al., 2010; GRI, 2013
Qualidade dos Produtos e/ou Serviços Zeghal & Ahmed, 1990; Azapagic, 2004; Branco & Rodrigues, 2008; Sobhani et al., 2012
Rotulagem de Produtos e/ou Serviços Smith, Adhikari, & Tondkar, 2005; Kolk et al., 2010; Sobhani et al., 2012; GRI, 2013
Investigação, Desenvolvimento & Inovação Williams & Pei, 1999; Newson & Deegan, 2002
Impacto na Economia Global (Crescimento) Newson & Deegan, 2002; Steurer et al., 2005; Sobhani et al., 2012; GRI, 2013
Informação Financeira (Relato Financeiro) Steurer et al., 2005; Joseph & Taplin, 2011; Sobhani et al., 2012; Joseph et al., 2014
Gestão da Qualidade Azapagic, 2003; ISO, 2005; IPQ, 2005, 2008b; Lozano & Huisingh, 2011; ISO, 2015c, 2015d
Outras Questões Económicas Joseph & Taplin, 2011; Sobhani et al., 2012; Joseph et al., 2014
DIM
ENSÃ
O A
MBI
ENTA
L
Proteção Ambiental (Preservação ou Defesa) Haniffa & Cooke, 2005; Sobhani et al., 2012; IPQ, 2012; ISO, 2015b
Controlo dos Aspetos e Impactes Ambientais Smith, Adhikari, & Tondkar, 2005; Bansal, 2005; Chow & Chen, 2012; IPQ, 2012; ISO, 2015b
Prevenção e Controlo da Poluição Ambiental Gray et al., 1995; Deegan et al., 2002; Branco & Rodrigues, 2008; Sobhani et al., 2012
Prevenção dos Acidentes Industriais Graves Lozano & Huisingh, 2011
Prevenção das Alterações Climáticas Sobhani et al., 2012; ISO, 2015b
Eficiência Energética (Consumo de Energia) Gray et al., 1995; Williams & Pei, 1999; Azapagic, 2003; 2004; Branco & Rodrigues, 2008
Gestão de Resíduos (Reciclagem) Spiller, 2000; Azapagic, 2003; 2004; Kolk et al., 2010; Joseph & Taplin, 2011; GRI, 2013
Gestão das Emissões Atmosféricas Azapagic, 2003; 2004; Smith et al., 2005; Kolk et al., 2010; Lozano & Huisingh, 2011
Tratamento de Águas Residuais (Efluentes) Azapagic, 2004; Lozano & Huisingh, 2011; Sobhani et al., 2012
Biodiversidade (Ecologia dos Ecossistemas) Azapagic, 2003, 2004; Lozano & Huisingh, 2011; GRI, 2013; ISO, 2015b
Sustentabilidade Williams & Pei, 1999; Branco & Rodrigues, 2008; Lozano & Huisingh, 2011
Conservação dos Recursos Naturais Gray et al., 1995; Newson & Deegan, 2002; Azapagic, 2003, 2004; Branco & Rodrigues, 2006
Responsabilidade Ambiental Rocha & Searcy, 2012; IPQ, 2012; ISO, 2015b
Gestão Ambiental Spiller, 2000; Branco & Rodrigues, 2008; IPQ, 2012; ISO, 2015b
Outras Questões Ambientais Abbott & Monsen, 1979; Deegan et al., 2002; Joseph & Taplin, 2011; Sobhani et al., 2012
METODOLOGIA
76
CATEGORIAS E SUBCATEGORIAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS D
IMEN
SÃO
SO
CIAL
Ética e/ou Conduta Empresarial IPQ, 2008c; Tagesson et al., 2009; SAI, 2014
Direitos Humanos Azapagic, 2004; Tagesson et al., 2009; Lozano & Huisingh, 2011; Sobhani et al., 2012
Prevenção do Trabalho Infantil e/ou Forçado Newson & Deegan, 2002; Azapagic, 2004; Kolk et al., 2010; Sobhani et al., 2012; GRI, 2013
Igualdade de Oportunidades (Discriminação) Azapagic, 2003; IPQ, 2008c; Tagesson et al., 2009; Kolk et al., 2010; Sobhani et al., 2012
Voluntariado e/ou Filantropia Lozano & Huisingh, 2011; Sobhani et al., 2012; SAI, 2014
Comunidade Local (Sociedade) Spiller, 2000; Kolk et al., 2010; Lozano & Huisingh, 2011; Sobhani et al., 2012; GRI, 2013
Controlo de Perigos e Riscos Profissionais BSI, 2007; IPQ, 2008a; ISO, 2015a
Prevenção de Acidentes de Trabalho Deegan et al., 2002; BSI, 2007; IPQ, 2008a; Sobhani et al., 2012; ISO, 2015a
Prevenção de Doenças Profissionais BSI, 2007; IPQ, 2008a; ISO, 2015a
Prevenção de Lesões e Danos na Saúde BSI, 2007; IPQ, 2008a; ISO, 2015a
Segurança de Produtos e/ou Serviços Newson & Deegan, 2002; Branco & Rodrigues, 2008; Sobhani et al., 2012
Recursos Humanos (Colaboradores) Zeghal & Ahmed, 1990; Gray et al., 1995; Deegan et al., 2002; Sobhani et al., 2012
Responsabilidade Social Gray et al., 1995; Newson & Deegan, 2002; IPQ, 2008c; Rocha & Searcy, 2012; SAI, 2014
Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho Spiller, 2000; Deegan et al., 2002; Azapagic, 2003; Kolk et al., 2010; Lozano & Huisingh, 2011
Outras Questões Sociais Holder-Webb, Cohen, Nath, & Wood, 2009; Joseph & Taplin, 2011; Sobhani et al., 2012
DIM
ENSÃ
O IN
TEGR
ADA
Conformidade Legal e Normativa BSI, 2007; IPQ, 2008b, 2012; Branco & Rodrigues, 2008; Sobhani et al., 2012; GRI, 2013
Partes Interessadas (Stakeholders) Azapagic, 2003; Searcy, McCartney, & Karapetrovic, 2008; IPQ, 2011; Joseph & Taplin, 2011
Certificação de Sistemas de Gestão Tagesson et al., 2009; Lozano & Huisingh, 2011
Auditoria a Sistemas de Gestão Gray et al., 1995; Williams & Pei, 1999; Spiller, 2000; Newson & Deegan, 2002
Formação, Qualificação e Competência Azapagic, 2003, 2004; Tagesson et al., 2009; Kolk et al., 2010; Joseph & Taplin, 2011
Transparência, Integridade e/ou Respeito Steurer et al., 2005; IPQ, 2011
Gestão do Risco e Incerteza Sobhani et al., 2012
Melhoria Contínua BSI, 2007; IPQ, 2008a, 2008b, 2012; Tagesson et al., 2009; Joseph & Taplin, 2011
Desenvolvimento Sustentável (DS) Newson & Deegan, 2002; Steurer et al., 2005; Sobhani et al., 2012
Sustentabilidade Empresarial (SE) Steurer et al., 2005; Sobhani et al., 2012
Responsabilidade Social Empresarial (RSE) Steurer et al., 2005; Sobhani et al., 2012
Corporate Governance (CG) Spiller, 2000; Sobhani et al., 2012
Triple Bottom Line (TBL) Steurer et al., 2005; Wexler, 2009
Equilíbrio Económico, Ambiental e Social Fresner & Engelhardt, 2004; Steurer et al., 2005; Bansal, 2005; Lozano, 2008
Sistema Integrado de Gestão (SIG) Fresner & Engelhardt, 2004; Steurer et al., 2005; Rocha, Searcy, & Karapetrovic, 2007
Fonte: adaptado de várias referências bibliográficas.
3.4.6. Unidades de Análise
Na investigação a unidade de análise60 adotada é o conceito (tema, palavra e/ou frase), no qual está
subjacente um determinado compromisso (item) da gestão de topo, em prol do desenvolvimento
sustentável. Em geral, a definição da unidade de análise numa amostra de websites é, particularmente,
difícil (Okazaki & Rivas, 2002; Pollach, 2005). A Tabela 6 apresenta uma visão holística dos vários
elementos constituintes (corpus, documentos, categorias, subcategorias e unidades de análise), que
estiveram na base da estrutura e aplicação da técnica de análise de conteúdo à presente investigação. 60A “unidade de análise” subdivide-se em “unidade de registo” e “unidade de contexto”. A unidade de registo é o “segmento mínimo de conteúdo que se considera necessário para poder proceder à análise, colocando-o numa dada categoria”. Podendo-se distinguir entre “unidades formais”, tais como, por exemplo, a palavra e a frase e a “unidade semântica”, tais como, por exemplo, o tema. Por sua vez, a unidade de contexto é o “segmento mais longo de conteúdo que o investigador considera quando caracteriza uma unidade de registo, sendo a unidade de registo o mais curto”. Logo, assim, se a palavra for considerada como a “unidade de registo” a “unidade de contexto” poderá ser uma frase (Carmo & Ferreira, 1998, p. 257; Bardin, 2013, pp. 130–133).
METODOLOGIA
77
Tabela 6 – Relação do corpus, documentos, categorias, subcategorias e unidades de análise.
CORPUS DE ANÁLISE
DOCUMENTOS DE ANÁLISE
CATEGORIAS E SUBCATEGORIAS DE ANÁLISE (ITENS DE COMUNICAÇÃO DO COMPROMISSO)
UNIDADES DE ANÁLISE
Estratégia &
Políticas de
Compromisso da
Organização para com
o Desenvolvimento
Sustentável, Divulgadas
no Website
da Organização
Comunicação
às Partes
Interessadas (Stakeholders)
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Política da
Qualidade
Dimensão Económica do Desenvolvimento Sustentável 1. Compromisso com os Clientes (Consumidores) 2. Compromisso com os Acionistas (Shareholders) 3. Compromisso com o Sucesso Sustentado (Excelência da Gestão) 4. Compromisso com o Tratamento de Reclamações 5. Compromisso com a Satisfação dos Clientes 6. Compromisso com a Concorrência Leal 7. Compromisso com a Anticorrupção (Antissuborno) 8. Compromisso com as Relações de Parceria com Fornecedores 9. Compromisso com a Qualidade dos Produtos e/ou Serviços
10. Compromisso com a Rotulagem de Produtos e/ou Serviços 11. Compromisso com a Investigação, Desenvolvimento e Inovação 12. Compromisso com o Impacto na Economia Global (Crescimento) 13. Compromisso com a Informação Financeira (Relato Financeiro) 14. Compromisso com a Gestão da Qualidade 15. Compromisso com as Outras Questões Económicas
Dimensão Ambiental do Desenvolvimento Sustentável 16. Compromisso com a Proteção Ambiental (Preservação ou Defesa) 17. Compromisso com o Controlo dos Aspetos e Impactes Ambientais 18. Compromisso com a Prevenção e Controlo da Poluição Ambiental 19. Compromisso com a Prevenção dos Acidentes Industriais Graves 20. Compromisso com a Prevenção das Alterações Climáticas 21. Compromisso com a Eficiência Energética (Consumo de Energia) 22. Compromisso com a Gestão de Resíduos (Reciclagem) 23. Compromisso com a Gestão das Emissões Atmosféricas 24. Compromisso com o Tratamento de Águas Residuais (Efluentes) 25. Compromisso com a Biodiversidade (Ecologia dos Ecossistemas) 26. Compromisso com a Sustentabilidade 27. Compromisso com a Conservação dos Recursos Naturais 28. Compromisso com a Responsabilidade Ambiental 29. Compromisso com a Gestão Ambiental 30. Compromisso com as Outras Questões Ambientais
Dimensão Social do Desenvolvimento Sustentável 31. Compromisso com a Ética e/ou Conduta Empresarial 32. Compromisso com os Direitos Humanos 33. Compromisso com a Prevenção do Trabalho Infantil e/ou Forçado 34. Compromisso com a Igualdade de Oportunidades (Discriminação) 35. Compromisso com o Voluntariado e/ou Filantropia 36. Compromisso com a Comunidade Local (Sociedade) 37. Compromisso com o Controlo de Perigos e Riscos Profissionais 38. Compromisso com a Prevenção de Acidentes de Trabalho 39. Compromisso com a Prevenção de Doenças Profissionais 40. Compromisso com a Prevenção de Lesões e Danos na Saúde 41. Compromisso com a Segurança de Produtos e/ou Serviços 42. Compromisso com os Recursos Humanos (Colaboradores) 43. Compromisso com a Responsabilidade Social 44. Compromisso com a Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho 45. Compromisso com as Outras Questões Sociais
Dimensão Integrada do Desenvolvimento Sustentável 46. Compromisso com a Conformidade Legal e Normativa 47. Compromisso com as Partes Interessadas (Stakeholders) 48. Compromisso com a Certificação de Sistemas de Gestão 49. Compromisso com a Auditoria a Sistemas de Gestão 50. Compromisso com a Formação, Qualificação e Competência 51. Compromisso com a Transparência, Integridade e/ou Respeito 52. Compromisso com a Gestão do Risco e Incerteza 53. Compromisso com a Melhoria Contínua 54. Compromisso com o Desenvolvimento Sustentável (DS) 55. Compromisso com a Sustentabilidade Empresarial (SE) 56. Compromisso com a Responsabilidade Social Empresarial (RSE) 57. Compromisso com o Corporate Governance (CG) 58. Compromisso com o Triple Bottom Line (TBL) 59. Compromisso com o Equilíbrio Económico, Ambiental e Social 60. Compromisso com o Sistema Integrado de Gestão (SIG)
Conceito (Tema, Palavra
e/ou Frase)
Política de
Ambiente
Política da
Segurança e Saúde do Trabalho
Política da
Qualidade, Ambiente e Segurança
Política Integrada da
Qualidade, Ambiente e Segurança
Política do
Sistema Integrado de Gestão
Política de
Desenvolvimento Sustentável
Política de
Sustentabilidade
Política de
Responsabilidade Social
Política de
Recursos Humanos
Política do Sistema de
Responsabilidade Empresarial
Política de
Gestão
Política Empresarial
Fonte: adaptado de várias referências bibliográficas.
METODOLOGIA
78
3.4.7. Codificação dos Dados
A natureza exploratória da investigação, sustentou-se na técnica da análise de conteúdo, na perspetiva
da análise qualitativa dos compromissos em prol do desenvolvimento sustentável, que são assumidos
pela gestão de topo nos documentos que constituem a estratégia e políticas da organização, e que são
comunicados (divulgados) às partes interessadas através do website institucional. Segundo a técnica da
análise de conteúdo, a codificação61 dos dados baseou-se em assinalar a “presença” ou “ausência” de
compromissos em prol do desenvolvimento sustentável (ver Tabela 6), no contexto dos documentos
estratégicos analisados (Bardin, 2013, p. 134), isto é, cada item de uma determinada categoria/
subcategoria é analisado de forma dicotómica, ou seja, duas (2) alternativas mutuamente exclusivas:
“um” (1) ou “zero” (0), em que é atribuído ao “item” o valor de 1 (no caso de presença), quando há
divulgação na categoria, ou o valor de 0 (no caso de ausência), quando não há divulgação na categoria
(Abbott & Monsen, 1979, p. 504; Haniffa & Cooke, 2005, p. 405). Contudo, importa referir que este
procedimento de análise não permite caraterizar a qualidade da informação divulgada, simplesmente
reconhece se uma organização comunicou alguma informação relevante dentro de uma determinada
categoria (Frost, Jones, Loftus, & Laan, 2005). Para Bardin (2013), a abordagem qualitativa da análise
de conteúdo, baseada na presença ou ausência de conteúdos, recorre a indicadores não “frequenciais”
suscetíveis de permitir inferências analíticas (texto) através, por exemplo, da constituição de um índice.
3.4.8. Listas de Verificação
A monitorização dos conteúdos estratégicos (expressos na estratégia e políticas) divulgados no website
das organizações certificadas em qualidade, ambiente e segurança, no âmbito da comunicação do
compromisso para com o desenvolvimento sustentável, foi efetuada com auxílio de duas (2) listas de
verificação (checklists). A definição, estruturação e validação das listas de verificação visou uniformizar
todo o processo de recolha dos dados de investigação, no âmbito das quatro (4) categorias de análise
(dimensão económica, dimensão ambiental, dimensão social e dimensão integrada) e das sessenta
(60) subcategorias de análise, expressas em termos de itens de comunicação do compromisso para
com o desenvolvimento sustentável. As listas de verificação foram um elemento-chave no processo de
recolha dos dados, as quais foram preparadas e formatadas com o intuito de identificar a presença (1)
ou ausência (0) da divulgação de documentos e compromissos, e não a sua frequência (ver o Anexo I). 61Codificação é o “processo pelo qual os dados brutos são transformados sistematicamente e agregados em unidades, as quais permitem uma descrição exata das características pertinentes do conteúdo” (Holsti, 1969, citado por Bardin, 2013, p. 129). Neste sentido, a “codificação corresponde a uma transformação – efetuada segundo regras precisas – dos dados em bruto do texto, transformação esta que, por recorte, agregação e enumeração, permite atingir uma representação do conteúdo, ou da sua expressão, suscetível de esclarecer o analista acerca das características do texto” (Bardin, 2013, p. 129). Segundo Moraes (1999), no processo de codificação o investigador, inicialmente, estabelece um código, o qual pode optar pela utilização de um código constituído por números (numérico) ou letras (alfabético), e a partir do mesmo codifica as unidades de análise que compõem a mensagem.
METODOLOGIA
79
3.5. BASE DE DADOS DE INVESTIGAÇÃO
A metodologia de investigação teve como “pedra angular” uma base de dados de investigação, que foi
definida e estruturada de raiz no software Microsoft® Office® Excel® 2010. A base de dados integrou
informação atualizada: das organizações portuguesas certificadas em Qualidade, Ambiente, Segurança
e Saúde do Trabalho (QASST), até 31 de dezembro de 2013 (por consulta62 online da listagem geral de
empresas, serviços e produtos certificados, publicada no Guia de Empresas Certificadas 2014); das
organizações com os melhores desempenhos económicos e sociais no ano de 2013 (por consulta63 de
diversos rankings gerais desenvolvidos por jornais e revistas nacionais da especialidade, publicados em
2014 e 2015); das organizações pertencentes ao Setor Público Empresarial, à data de 31 de dezembro
de 2013 (por consulta64 online da lista de empresas do setor público, publicada pela Direção-Geral da
Administração e do Emprego Público (DGAEP), em fevereiro de 2014); bem como das organizações
pertencentes a grupos membros do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD
Portugal), à data de 30 de abril de 2015 (por consulta65 online da lista de membros BCSD Portugal,
publicada em abril de 2015). Outras informações relevantes sobre as organizações inseridas na base
de dados de investigação foram, posteriormente, completadas e validadas, por consulta online das
bases de dados de certificação das entidades certificadoras, da base de dados nacional66 – Sistemas
de Gestão Certificados do Instituto Português de Acreditação (IPAC) e da base de dados das empresas
portuguesas inserida no software GesContact® 2015. Assim, foram inseridas na base de dados várias
informações das organizações nacionais e internacionais certificadas QAS, com sede ou delegação em
Portugal. A base de dados ficou completa com a integração das categorias e subcategorias (itens) que
compõem as listas de verificação, e que sustentam a análise exploratória do website das organizações.
Posteriormente, a base de dados foi preenchida com os dados provenientes da análise de conteúdo
dos compromissos da gestão de topo divulgados no website, isto é, ao nível da visão, missão, valores,
objetivos, princípios de negócio, estratégia empresarial e das políticas da organização (Anexos VII e X).
62GEC. (2014). Guia de Empresas Certificadas 2014. 9ª Edição. Lisboa: Cem Palavras: www.cempalavras.pt/GEC_2014/PDF/LISTAGEM_GEC_2014.pdf. 63Rankings empresariais nacionais de caráter financeiro, económico e social, divulgados anualmente por diversos meios de comunicação (mass media): Caderno do Jornal Expresso, de 29 de Novembro 2014. 1000 Maiores. Edição N.º 2196, pp. 23–41. Publicação Anual. Revista do Jornal de Notícias, de 18 de Dezembro de 2014. 1000 Maiores Empresas. Edição N.º 200, pp. 31–58. Publicação Anual. Revista do Jornal Diário de Notícias, de 30 de Novembro de 2014. 1000 Maiores Empresas. Edição N.º 53189, pp. 76–114. Publicação Anual. Revista do Jornal Diário Económico, de 18 de Junho de 2015. PME Líder 2015. Edição N.º 6196, pp. 86–183. Publicação Anual. Revista Exame, de 1 de Fevereiro de 2014. 100 Melhores Empresas para Trabalhar. Edição N.º 358, pp. 24–28. Publicação Anual. Revista Exame, de 1 de Janeiro de 2015. 1000 Melhores PME em Portugal. Edição N.º 369, pp. 82–107. Publicação Anual. Revista Exame, de 1 de Novembro de 2014. 500 Maiores & Melhores. Edição Especial N.º 19, pp. 92–111. Publicação Anual. Suplemento do Jornal Diário Económico, de 17 de Dezembro de 2014. 100 Maiores Exportadoras. Edição N.º 6073, pp. 6–12. Publicação Anual. Suplemento do Jornal Diário Económico, de 3 de Dezembro de 2014. 1000 Maiores Empresas. Edição N.º 6064, pp. 29–43. Publicação Anual. 64DGAEP. (2014). Lista de Entidades do Setor Público Empresarial (Administração Central & Local: Setor Empresarial do Estado e Local), atualizada à data de 14 de fevereiro de 2014: http://www.dgaep.gov.pt/upload/DEEP/SIEP2014/DGAEP-DEEP_SIEP_2013_T4_SECTOR_EMPRESARIAL_17022014.pdf. 65BCSD. (2015). Lista de Membros BCSD Portugal, atualizada à data de 30 de abril de 2015: http://www.bcsdportugal.org/bcsd-portugal/membros-bcsd. 66IPAC. (2015). Base de Dados Nacional – Sistemas de Gestão Certificados do Instituto Português de Acreditação (IPAC), atualizada à data de 4 de agosto de 2014: http://www.ipac.pt/pesquisa/pesq_empcertif.asp (Nota: lista só entidades cujo sistema de gestão é certificado no âmbito da acreditação IPAC).
METODOLOGIA
80
3.6. UNIVERSO E AMOSTRA DE INVESTIGAÇÃO
Segundo dados apurados através da base de dados de investigação, o universo (N) das organizações
certificadas, no âmbito dos Sistemas de Gestão da Qualidade (ISO 9001), Ambiente (ISO 14001),
Segurança e Saúde do Trabalho (BS OHSAS 18001/NP 4397), era em 31 de dezembro de 2013, de
656 organizações (ver o Anexo VII). Sendo que destas, 184 (28,0%) organizações enquadram-se em
termos da dimensão do volume de vendas, entre as mil (1000) maiores empresas nacionais. Neste
universo, 483 (73,6%) organizações adotaram em termos de forma jurídica a designação de sociedade
anónima (S.A.) e, somente, 157 (23,9%) organizações adotaram a designação de sociedade por quotas
(LDA.). Entre as várias organizações que compõem este universo, 136 (20,7%) enquadram-se no
código de atividade económica designado por construção [28], o qual representa o setor com o maior
número de organizações certificadas em qualidade, ambiente e segurança, seguindo-se o setor dos
outros serviços [35] com 62 (9,5%) organizações. Em termos de atividade económica, este universo,
carateriza-se por possuir 379 (57,8%) organizações que pertencem ao setor secundário (Setor 2.º). No
que diz respeito à localização geográfica da sede das organizações, que formam o universo, constata-
se que os distritos de Lisboa e Porto são, de longe, os mais representativos, com respetivamente 234
(35,7%) e 99 (15,1%) organizações. Neste universo de organizações certificadas, 314 (47,9%) foram
alvo de exposição em pelo menos um ranking económico de referência nacional, publicado em jornal
ou revista (ver Nota 63). O universo da investigação é caraterizado por possuir 54 (8,2%) organizações,
em que a sua estrutura acionista estava enquadrada no setor público empresarial, no final de 2013. À
data da investigação, somente 129 (19,7%) organizações deste universo, pertenciam a um grupo
económico membro do BCSD Portugal. Em termos de relato de sustentabilidade, o universo de
investigação é caraterizado por 164 (25,0%) organizações, já ter publicado na Internet, nos últimos
anos, um qualquer relatório anual (relatório e contas e/ou relatório de sustentabilidade), em que é feita
referência direta aos seus indicadores de desempenho no âmbito económico, ambiental e/ou social.
Assim, para a atual investigação selecionou-se como amostra (n) um total de 540 (82,3%) organizações
portuguesas certificadas, no âmbito da Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS), ou seja, todas as
organizações do universo que apresentavam na Internet o seu website67 institucional acessível, à data
da realização da análise exploratória de conteúdo. Tendo sido excluídas do grupo da amostra, todas as
9 (1,4%) organizações pertencentes ao universo, que apresentavam o website em construção (incluindo
o website em manutenção), bem como todas as 107 (16,3%) organizações, em que o seu website se
encontrava indisponível ou era mesmo inexistente, à data de 31 de julho de 2015 (ver o Anexo VIII). 67Elemento fulcral para a investigação, pois sustenta o corpus (documentos de análise) que, por sua vez, suporta a estratégia e políticas da organização.
METODOLOGIA
81
3.7. VARIÁVEIS DE INVESTIGAÇÃO68
3.7.1. Variável Dependente
Índice de Comunicação do Compromisso
A literatura analisada disponibiliza vários índices de divulgação de informação, utilizados para medir a
mensagem comunicada, através da técnica da análise de conteúdo em relatórios anuais e websites
institucionais, no âmbito da Sustentabilidade Empresarial (SE), Responsabilidade Social Empresarial
(RSE) e Desenvolvimento Sustentável (DS). Os conteúdos estratégicos de compromisso que são
divulgados e comunicados às partes interessadas pela gestão de topo, no website da organização, sob
a forma da estratégia e políticas, são medidos no âmbito da presente investigação com recurso a um
índice que expressa o nível de compromisso da organização para com as dimensões (económica,
ambiental, social e integrada) do desenvolvimento sustentável. A equação matemática (1) encontra-se
fundamentada, no geral, em diversos estudos sobre o tema da divulgação de informação, no âmbito da
sustentabilidade empresarial, responsabilidade social empresarial e desenvolvimento sustentável
(Bansal, 2005, pp. 206–207; Haniffa & Cooke, 2005, p. 406; Branco & Rodrigues, 2008, p. 694; Dias,
2009, p. 76; Bayoud, Kavanagh, & Slaughter, 2012, p. 18; Silva, 2013, p. 32; Abd-Mutalib, Jamil, &
Wan-Hussin, 2014, pp. 245–246; Amran, Ooi, Mydin, & Devi, 2015, p. 557). A variável dependente foi
estabelecida para determinar por organização (j), certificada em Qualidade, Ambiente e Segurança
(QAS), o Índice de Comunicação do Compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável (ICCDSj):
(1)
Onde, para a organização j, temos que: ICCDSj = Índice de Comunicação do Compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, no âmbito dos conteúdos estratégicos divulgados através do website institucional da organização j, certificada em QAS;
N = é o número máximo de itens relevantes de compromisso que a organização pode comunicar;
Ci = toma o valor de um (1), se o item de compromisso i é comunicado, e de zero (0), senão comunicado;
j = j-ésima organização certificada em QAS, com website acessível, com j = 1, …, n;
i = i-ésimo item de compromisso (subcategorias) do índice estabelecido, com i = 1, …, n;
n = número total de organizações e/ou itens de compromisso, que suportam o índice estabelecido;
Assim sendo, temos N = 60 e, por sua vez, n assume na série os valores: j = 1,…, 540 | i = 1, …, 60.
Então, 0 ≤ ICCDSj ≤ 1, ou seja, o Índice de Comunicação do Compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável (ICCDS) assume o valor de um (1), quando todos os itens de compromisso são comunicados nos conteúdos estratégicos divulgados no website da organização e, toma, o valor de zero (0), caso contrário. O índice (ICCDS) proposto foi formatado e é calculado de forma automática na base de dados de investigação,
tendo por base a “presença” (1) ou “ausência” (0) de compromissos da organização divulgados no website. 68Na investigação a variável dependente é uma variável quantitativa contínua, que assume valores dentro do intervalo “zero” e “um” [0;1] e, por sua vez, as variáveis independentes são variáveis qualitativas nominais, do tipo dummy, dicotómica ou binária, e assumem valores iguais a “zero” ou “um” (0;1).
∑=
=n
1i
iDSj N
cICC
METODOLOGIA
82
3.7.2. Variáveis Independentes
Dimensão de Vendas da Organização
Na investigação a variável Dimensão de Vendas da Organização (DVO) visa monitorizar o volume de
negócios ou faturação, em euros (€), no ano de 2013. Esta variável independente assume valor de
“um” (1 = “Maior”), no caso da organização fazer parte de um dos seguintes rankings nacionais: “100
Maiores Exportadoras” (Suplemento do Diário Económico), “500 Maiores & Melhores” (Revista Exame)
ou “1000 Maiores Empresas” (Revistas do Jornal de Notícias, Diário de Notícias, Diário Económico e
Expresso), e toma o valor de “zero” (0 = “Outra”), no caso de não estar contemplada (ver Nota 63).
Forma Jurídica da Organização
Na investigação a variável Forma Jurídica da Organização (FJO) pretende monitorizar o tipo de forma
jurídica, mais usual ou comum, entre as várias organizações portuguesas certificadas no âmbito da
qualidade, ambiente e segurança (QAS). Esta variável independente assume, assim, valor de “um” (1 =
“S.A.”), no caso da organização assumir a forma jurídica de Sociedade Anónima (S.A.), e toma o valor
de “zero” (0 = “Outra”), no caso da organização possuir outra qualquer forma jurídica, tais como, por
exemplo: a sociedade por quotas (LDA.), cooperativa (CRL.), empresa municipal (E.M.), entre outras.
Setor de Atividade da Organização
Na investigação a variável Setor de Atividade da Organização (SAO), pretende monitorizar o tipo de
setor de atividade, mais usual ou comum, entre as várias organizações portuguesas certificadas no
âmbito da qualidade, ambiente e segurança (QAS). Esta variável independente assume, assim, valor de
“um” (1 = “Setor 2.º”), no caso da organização pertencer ao setor secundário (setor industrial,
construção, etc.), e “zero” (0 = “Outro”), no caso da organização pertencer a outro setor, tais como: o
setor primário (setor agrícola, pescas, exploração mineira, etc.) ou o setor terciário (setor dos serviços).
Localização Geográfica da Organização
Na investigação a variável Localização Geográfica da Organização (LGO) pretende monitorizar em
termos de distrito, a localização geográfica da sede da organização, que é mais usual ou comum, entre
as várias organizações portuguesas certificadas no âmbito da qualidade, ambiente e segurança (QAS).
Esta variável independente assume o valor de “um” (1 = “Lisboa & Setúbal”), no caso da sede da
organização se localizar geograficamente nos distritos de Lisboa ou Setúbal, e assume o valor de
“zero” (0 = “Outra”), no caso desta se localizar num outro qualquer distrito ou região autónoma (ilhas).
METODOLOGIA
83
Exposição nos Rankings dos Media
Na investigação a variável Exposição nos Rankings dos Media (ERM) visa monitorizar a exposição das
organizações nos rankings publicados pelos media. Esta variável independente assume valor de “um”
(1 = “Exposta”), no caso da organização estar exposta num dos rankings nacionais (ver Nota 63): “100
Maiores Exportadoras” (Suplemento do Diário Económico), “100 Melhores Empresas para Trabalhar”,
“500 Maiores & Melhores” e “1000 Melhores PME em Portugal” (Revista Exame), “1000 Maiores
Empresas” (Revistas do Jornal de Notícias, Diário de Notícias, Diário Económico e Expresso) ou “PME
Líder 2015” (Revista do Diário Económico), e toma valor de “zero” (0 = “Não”), no caso de não estar.
Setor Público Empresarial
Na investigação a variável Setor Público Empresarial (SPE) visa monitorizar as organizações que de
acordo com o artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro, pertencem ao setor público
empresarial (empresas da administração central e local), o qual contempla o setor empresarial do
Estado (empresas públicas e empresas participadas) e o setor empresarial local. Esta variável
independente assume valor de “um” (1 = “Pública”), no caso da estrutura acionista da organização ter
possuído capitais públicos, no final de 2013, e toma o valor de “zero” (0 = “Privada”), caso contrário.
Grupo Membro do BCSD Portugal
Na investigação a variável Grupo Membro do BCSD Portugal (GMB) visa monitorizar as organizações
portuguesas certificadas em qualidade, ambiente e segurança (QAS), em que a sua estrutura acionista
enquadra, em termos percentuais, um qualquer grupo económico membro do Conselho Empresarial
para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD Portugal). Esta variável independente assume, assim, valor
de “um” (1 = “Membro”), no caso da estrutura acionista da organização enquadrar um grupo membro
do BCSD Portugal, e toma o valor de “zero” (0 = “Não”), no caso de esta não enquadrar (ver Nota 65).
Relato de Sustentabilidade na Internet
Na investigação a variável Relato de Sustentabilidade na Internet (RSI) visa monitorizar a publicação e
divulgação de relatórios anuais (relatório e contas e/ou relatório de sustentabilidade) na Internet, onde
é feita referência direta ou indireta aos indicadores de desempenho económico, ambiental e social de
uma organização certificada em qualidade, ambiente e segurança (QAS). Esta variável independente
assume o valor de “um” (1 = “Relatório”), no caso de existir referências sobre sustentabilidade nos
relatórios anuais da organização, e toma o valor de “zero” (0 = “Não”), no caso de não haver menção.
METODOLOGIA
84
3.8. RECOLHA E TRATAMENTO DOS DADOS
3.8.1. Recolha dos Dados
Em investigação, a “análise de conteúdo é uma técnica refinada, delicada, e requer muita dedicação,
paciência e tempo para satisfazer a curiosidade do investigador” (Freitas & Janissek, 2000, p. 49).
Neste sentido, no processo de investigação a atividade de recolha de dados (análise exploratória da
informação divulgada no website das organizações certificadas em QAS, com recurso a duas listas de
verificação), ocorreu em duas fases distintas. Numa primeira fase, que ocorreu entre os meses de maio
e julho de 2015, foi realizada uma análise exaustiva ao website das organizações, que constituem a
amostra, tendo-se procedido, inicialmente, ao levantamento e recolha da informação e documentos
divulgados (corpus), que constituem a estratégia e políticas (visão, missão, valores, objetivos, princípios
de negócio, estratégia empresarial e políticas da organização) e, posteriormente, procedeu-se à
codificação e categorização dos vários compromissos assumidos pela gestão de topo em prol do
desenvolvimento sustentável, nesta fase, o tempo estimado para análise de conteúdo por organização,
foi em média, aproximadamente, de 25 minutos. Numa segunda fase, que ocorreu entre os meses de
julho e agosto de 2015, procedeu-se à validação dos procedimentos de codificação e categorização dos
compromissos divulgados na estratégia e políticas da organização, nesta fase, o tempo estimado para
análise de conteúdo por organização, foi em média, aproximadamente, de 15 minutos. Todos os dados
recolhidos foram integrados na base de dados de investigação, sob diversos formatos, tais como: texto,
números, códigos (0;1), links, e documentos eletrónicos69 (ficheiros informáticos de diversos formatos).
3.8.2. Tratamento dos Dados
A informação apurada na base de dados de investigação foi sujeita, posteriormente, ao processo de
tratamento estatístico, o qual visou encontrar cientificamente respostas estatísticas válidas para as
questões e hipóteses de investigação formuladas. O tratamento estatístico foi realizado com recurso ao
software IBM® SPSS® Statistics 22 (Statistical Package for the Social Sciences), sendo os dados da
investigação, posteriormente, tratados graficamente com auxílio do software Microsoft® Office® Excel®
2010. A análise estatística realizada visou tratar os dados qualitativos e quantitativos da investigação,
segundo uma perspetiva de análise univariada, bivariada e multivariada. O tratamento estatístico dos
dados de investigação foi a última atividade desenvolvida, no âmbito da metodologia de investigação
planeada para o atual estudo, como se verifica no fluxograma do processo de investigação (Figura 18). 69Os documentos divulgados pela organização no seu website, os quais constituem na investigação o corpus da análise de conteúdo, são publicados sob diversos formatos: PDF – Portable Document Format |HTML – Hyper Text Markup Language | PHP – Hypertext Preprocessor | ASPX – Active Server Page Extended | JSP – Java Server Pages | | JPEG – Joint Photographic Experts Group | PNG – Portable Network Graphics | SWF – Shockwave Flash | Etc.
A COMUNICAÇÃO DO COMPROMISSO PARA COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, DAS ORGANIZAÇÕES PORTUGUESAS CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
85
Capítulo 4
RESULTADOS
RESUMO No presente capítulo apresenta-se a análise de resultados e a discussão de resultados. A análise de resultados contempla a análise descritiva (análise gráfica), a análise univariada, a análise bivariada e a análise multivariada. Os resultados da investigação foram obtidos todos na sequência do processo de tratamento dos dados de investigação, através dos softwares IBM® SPSS® Statistics e Microsoft® Excel®.
RESULTADOS
86
4. RESULTADOS
4.1. ANÁLISE DE RESULTADOS
4.1.1. Análise Descritiva
No seguimento do estudo (investigação) realizado, constatou-se que 540 organizações certificadas em
Qualidade (ISO 9001), Ambiente (ISO 14001), Segurança e Saúde do Trabalho (BS OHSAS 18001/NP
4397), à data de 31 de dezembro de 2013, disponham no final do primeiro semestre de 2015 de um
website acessível na Internet. Através do qual promovem, no geral, a divulgação de vários conteúdos
relacionadas com a estratégia e políticas, adotadas pela gestão de topo para a organização. Entre os
conteúdos mais divulgados pelas organizações certificadas em Qualidade, Ambiente, Segurança e
Saúde do Trabalho (QASST), destacam-se as declarações da “Visão”, “Missão”, “Valores”, “Objetivos”,
“Princípios de Negócio”, “Estratégia Empresarial” e “Políticas da Organização”, geralmente, publicadas
no separador “Quem Somos” do website. O gráfico da Figura 21 mostra que a declaração da Visão é
divulgada no website institucional por 232 (43,0%) organizações, a Missão por 347 (64,3%), os Valores
por 282 (52,2%), os Objetivos por 84 (15,6%), os Princípios de Negócio por 186 (34,4%), a Estratégia
Empresarial por 78 (14,4%) e, por último, as Políticas da Organização por 386 (71,5%) organizações.
Figura 21 – Organizações que divulgam as declarações da estratégia e políticas no website.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
Por sua vez, as “Políticas da Organização” são publicadas, geralmente, no website sob a forma de
treze (13) designações distintas. Assim, pela análise do gráfico da Figura 22, constata-se que a Política
da Qualidade, bem como a Política de Ambiente são divulgadas no website institucional por 46 (8,5%)
organizações, a Política da Segurança e Saúde do Trabalho por 51 (9,4%), a Política da Qualidade,
Ambiente e Segurança por 135 (25,0%), a Política Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança por
41 (7,6%), a Política do Sistema Integrado de Gestão por 35 (6,5%), a Política de Desenvolvimento
Sustentável por 7 (1,3%), a Política de Sustentabilidade por 21 (3,9%), a Política de Responsabilidade
232
347
282
84
186
78
386
0 100 200 300 400
Visão
Missão
Valores
Objetivos
Princípios de Negócio
Estratégia Empresarial
Políticas da Organização
Número de Organizações
Estratégia & Políticas (Declarações)
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
RESULTADOS
87
Social por 30 (5,6%), a Política de Recursos Humanos por 27 (5,0%), a Política do Sistema de
Responsabilidade Empresarial por 19 (3,5%), a Política de Gestão por 42 (7,8%) e, por fim, a Política
Empresarial por 56 (10,4%) organizações certificadas em qualidade, ambiente e segurança. A “Política
da Qualidade, Ambiente e Segurança” é entre todas as políticas da organização a designação mais
frequente, sendo a mesma adotada por um quarto (¼) das organizações que constituem esta amostra.
Figura 22 – Organizações que divulgam as políticas da organização no website.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
Importa, neste momento, referir que muitas destas declarações expressas pela gestão de topo, no
âmbito da fundamentação da estratégia e políticas da organização, são alvo de publicação em vários
outros documentos de gestão organizacional que se encontram disponíveis no website institucional das
organizações certificadas em qualidade, ambiente e segurança. O gráfico da Figura 23 apresenta uma
relação dos principais documentos de gestão organizacional divulgados no website das organizações.
Entre os doze (12) documentos mais “publicados e divulgados” no website, temos o Relatório e Contas
e o Relatório de Sustentabilidade, divulgados por 153 (28,3%) e 69 (12,8%) organizações, bem como o
Relatório de Responsabilidade Social por 10 (1,9%), o Relatório de Governo Societário por 31 (5,7%), o
Código de Conduta e Ética por 50 (9,3%), o Código de Conduta por 69 (12,8%), o Código de Ética por
35 (6,5%), a Declaração Ambiental por 16 (3,0%), o Manual do Sistema Integrado de Gestão por 18
(3,3%), o Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas por 33 (6,1%), o Relatório
Síntese – Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas por 26 (4,8%) e, por fim, os
Certificados de Conformidade por 197 (36,5%) organizações. Na investigação todos estes documentos
foram tidos como importantes, pois reúnem nas declarações vários compromissos da gestão de topo.
46
46
51
135
41
35
7
21
30
27
19
42
56
0 50 100 150
Política da Qualidade
Política de Ambiente
Política da Segurança e Saúde do Trabalho
Política da Qualidade, Ambiente e Segurança
Política Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança
Política do Sistema Integrado de Gestão
Política de Desenvolvimento Sustentável
Política de Sustentabilidade
Política de Responsabilidade Social
Política de Recursos Humanos
Política do Sistema de Responsabilidade Empresarial
Política de Gestão
Política Empresarial
Número de Organizações
Política da Organização (Declarações)
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
RESULTADOS
88
Figura 23 – Organizações que divulgam documentos de gestão organizacional no website.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
Entre todos os documentos divulgados pelas organizações no website destaca-se pela importância dos
conteúdos publicados o “Relatório e Contas” e o “Relatório de Sustentabilidade”, ambos documentos
de gestão com publicação anual que contemplam, geralmente, informação muito relevante no âmbito
das dimensões económica, ambiental e social do desenvolvimento sustentável. Verifica-se pela análise
do gráfico da Figura 24, que entre 1998 e 2012, ocorreu um crescimento acentuado da publicação e
divulgação destes relatórios nos websites, contudo, constata-se um decréscimo nos últimos dois (2)
anos, o que pode evidenciar falhas no processo de atualização dos conteúdos do website. Tendo como
referência o ano de 2013, verificou-se que o “Relatório e Contas” e o “Relatório de Sustentabilidade”
foram alvo de publicação e divulgação no website por 116 (21,5%) e 43 (8,0%) organizações do estudo.
Figura 24 – Organizações que publicaram anualmente relatórios de gestão no website.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
153
69
10
31
50
69
35
16
18
33
26
197
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225
Relatório e Contas
Relatório de Sustentabilidade
Relatório de Responsabilidade Social
Relatório de Governo Societário
Código de Conduta e Ética
Código de Conduta
Código de Ética
Declaração Ambiental
Manual do Sistema Integrado de Gestão
Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas
Relatório Síntese – Plano de Gestão de Riscos de Corrupção …
Certificados de Conformidade dos Sistemas de Gestão
Número de Organizações
Documento de Gestão Organizacional
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
16
434351
434235
2923
1514
432100
98
116120
115
100
8374
6254
4336
2114
63210
20
40
60
80
100
120
20142013201220112010200920082007200620052004200320022001200019991998
Ano de Publicação do Relatório
Número de Organizações
Relatório de Sustentabilidade
Relatório e Contas
RESULTADOS
89
No âmbito dos documentos publicados no website destacam-se também pela sua relevância para o
tema da investigação os “Certificados de Conformidade dos Sistemas de Gestão”. Pela análise do
gráfico da Figura 25, verifica-se que o “Certificado de Conformidade” é publicado e divulgado no
website no âmbito da certificação dos sistemas de gestão da Qualidade (ISO 9001) por 195 (36,1%)
organizações, do Ambiente (ISO 14001) por 184 (34,1%), da Segurança e Saúde do Trabalho (BS
OHSAS 18001) por 181 (33,5%) e da Responsabilidade Social (SA 8000) por 17 (3,1%) organizações.
Figura 25 – Organizações que divulgam certificados de conformidade no website.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
Tendo por base que o objeto de estudo da investigação se centra na análise dos compromissos com o
desenvolvimento sustentável, que são assumidos e comunicados pela gestão de topo, no âmbito da
estratégia e políticas da organização, importa agora mostrar como esses compromissos se distribuem
e classificam no seio da informação divulgada no website institucional. O gráfico da Figura 26 mostra
que da análise da estratégia e políticas das 540 organizações foi contemplada a presença de 11165
compromissos (itens) com o desenvolvimento sustentável, distribuídos pela “Dimensão Económica”,
“Dimensão Ambiental”, “Dimensão Social” e “Dimensão Integrada”, segundo as seguintes proporções:
3309 (29,6%), 2500 (22,4%), 3041 (27,2%) e 2315 (20,7%). Apresenta-se, na Tabela 7 e no gráfico da
Figura 27, uma relação quantificada (N e %) dos 60 compromissos comunicados pelas organizações.
Figura 26 – Relação dos compromissos com o desenvolvimento sustentável por dimensão.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
195
184
6
181
92
17
2
0 50 100 150 200 250
Qualidade (ISO 9001)
Ambiente (ISO 14001)
Ambiente (EMAS III)
Segurança e Saúde do Trabalho (BS OHSAS 18001)
Segurança e Saúde do Trabalho (NP 4397)
Responsabilidade Social (SA 8000)
Responsabilidade Social (NP 4469-1)
Número de Organizações
Certificado de Conformidade do Sistema de Gestão
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
3309
2500
3041
2315
0 1000 2000 3000 4000
Dimensão Económica
Dimensão Ambiental
Dimensão Social
Dimensão Integrada
Número de Organizações
Dimensão do Desenvolvimento Sustentável
Compromissos com o Desenvolvimento Sustentável Divulgados pelas Organizações Certificadas – QASST
RESULTADOS
90
Tabela 7 – Organizações que comunicam compromissos no âmbito do desenvolvimento sustentável. DIMENSÃO COMPROMISSO COMUNICADO PELA ORGANIZAÇÃO N %
DIMENSÃO ECONÓMICA
01. Compromisso com os Clientes (Consumidores) 455 84,3 02. Compromisso com os Acionistas (Shareholders) 208 38,5 03. Compromisso com o Sucesso Sustentado (Excelência da Gestão) 232 43,0 04. Compromisso com o Tratamento de Reclamações 24 4,4 05. Compromisso com a Satisfação dos Clientes 380 70,4 06. Compromisso com a Concorrência Leal 72 13,3 07. Compromisso com a Anticorrupção (Antissuborno) 110 20,4 08. Compromisso com as Relações de Parceria com Fornecedores 283 52,4 09. Compromisso com a Qualidade dos Produtos e/ou Serviços 332 61,5 10. Compromisso com a Rotulagem de Produtos e/ou Serviços 15 2,8 11. Compromisso com a Investigação, Desenvolvimento e Inovação 286 53,0 12. Compromisso com o Impacto na Economia Global (Crescimento) 155 28,7 13. Compromisso com a Informação Financeira (Relato Financeiro) 29 5,4 14. Compromisso com a Gestão da Qualidade 382 70,7 15. Compromisso com as Outras Questões Económicas 346 64,1
DIMENSÃO AMBIENTAL
16. Compromisso com a Proteção Ambiental (Preservação ou Defesa) 253 46,9 17. Compromisso com o Controlo dos Aspetos e Impactes Ambientais 296 54,8 18. Compromisso com a Prevenção e Controlo da Poluição Ambiental 295 54,6 19. Compromisso com a Prevenção dos Acidentes Industriais Graves 37 6,9 20. Compromisso com a Prevenção das Alterações Climáticas 21 3,9 21. Compromisso com a Eficiência Energética (Consumo de Energia) 147 27,2 22. Compromisso com a Gestão de Resíduos (Reciclagem) 183 33,9 23. Compromisso com a Gestão das Emissões Atmosféricas 60 11,1 24. Compromisso com o Tratamento de Águas Residuais (Efluentes) 48 8,9 25. Compromisso com a Biodiversidade (Ecologia dos Ecossistemas) 36 6,7 26. Compromisso com a Sustentabilidade 175 32,4 27. Compromisso com a Conservação dos Recursos Naturais 209 38,7 28. Compromisso com a Responsabilidade Ambiental 121 22,4 29. Compromisso com a Gestão Ambiental 386 71,5 30. Compromisso com as Outras Questões Ambientais 233 43,1
DIMENSÃO SOCIAL
31. Compromisso com a Ética e/ou Conduta Empresarial 226 41,9 32. Compromisso com os Direitos Humanos 130 24,1 33. Compromisso com a Prevenção do Trabalho Infantil e/ou Forçado 106 19,6 34. Compromisso com a Igualdade de Oportunidades (Discriminação) 166 30,7 35. Compromisso com o Voluntariado e/ou Filantropia 58 10,7 36. Compromisso com a Comunidade Local (Sociedade) 276 51,1 37. Compromisso com o Controlo de Perigos e Riscos Profissionais 273 50,6 38. Compromisso com a Prevenção de Acidentes de Trabalho 149 27,6 39. Compromisso com a Prevenção de Doenças Profissionais 84 15,6 40. Compromisso com a Prevenção de Lesões e Danos na Saúde 183 33,9 41. Compromisso com a Segurança de Produtos e/ou Serviços 68 12,6 42. Compromisso com os Recursos Humanos (Colaboradores) 413 76,5 43. Compromisso com a Responsabilidade Social 214 39,6 44. Compromisso com a Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho 394 73,0 45. Compromisso com as Outras Questões Sociais 301 55,7
DIMENSÃO INTEGRADA
46. Compromisso com a Conformidade Legal e Normativa 391 72,4 47. Compromisso com as Partes Interessadas (Stakeholders) 244 45,2 48. Compromisso com a Certificação de Sistemas de Gestão 48 8,9 49. Compromisso com a Auditoria a Sistemas de Gestão 14 2,6 50. Compromisso com a Formação, Qualificação e Competência 377 69,8 51. Compromisso com a Transparência, Integridade e/ou Respeito 235 43,5 52. Compromisso com a Gestão do Risco e Incerteza 41 7,6 53. Compromisso com a Melhoria Contínua 399 73,9 54. Compromisso com o Desenvolvimento Sustentável (DS) 179 33,1 55. Compromisso com a Sustentabilidade Empresarial (SE) 9 1,7 56. Compromisso com a Responsabilidade Social Empresarial (RSE) 16 3,0 57. Compromisso com o Corporate Governance (CG) 50 9,3 58. Compromisso com o Triple Bottom Line (TBL) 2 0,4 59. Compromisso com o Equilíbrio Económico, Ambiental e Social 109 20,2 60. Compromisso com o Sistema Integrado de Gestão (SIG) 201 37,2
Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS.
RESULTADOS
91
Figura 27 – Organizações que divulgam compromissos com o desenvolvimento sustentável.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
455208
23224
38072
110283
33215
286155
29382
346253
296295
3721
147183
6048
36175
209121
386233
226130
106166
58276273
14984
18368
413214
394301
391244
4814
377235
41399
179916
502
109201
0 100 200 300 400 500
Clientes (Consumidores) [01]Acionistas (Shareholders) [02]
Sucesso Sustentado (Excelência da Gestão) [03]Tratamento de Reclamações [04]
Satisfação dos Clientes [05]Concorrência Leal [06]
Anticorrupção (Antissuborno) [07]Relações de Parceria com Fornecedores [08]
Qualidade dos Produtos e/ou Serviços [09]Rotulagem de Produtos e/ou Serviços [10]
Investigação, Desenvolvimento e Inovação [11]Impacto na Economia Global (Crescimento) [12]
Informação Financeira (Relato Financeiro) [13]Gestão da Qualidade [14]
Outras Questões Económicas [15]Proteção Ambiental (Preservação ou Defesa) [16]Controlo dos Aspetos e Impactes Ambientais [17]Prevenção e Controlo da Poluição Ambiental [18]Prevenção dos Acidentes Industriais Graves [19]
Prevenção das Alterações Climáticas [20]Eficiência Energética (Consumo de Energia) [21]
Gestão de Resíduos (Reciclagem) [22]Gestão das Emissões Atmosféricas [23]
Tratamento de Águas Residuais (Efluentes) [24]Biodiversidade (Ecologia dos Ecossistemas) [25]
Sustentabilidade [26]Conservação dos Recursos Naturais [27]
Responsabilidade Ambiental [28]Gestão Ambiental [29]
Outras Questões Ambientais [30]Ética e/ou Conduta Empresarial [31]
Direitos Humanos [32]Prevenção do Trabalho Infantil e/ou Forçado [33]Igualdade de Oportunidades (Discriminação) [34]
Voluntariado e/ou Filantropia [35]Comunidade Local (Sociedade) [36]
Controlo de Perigos e Riscos Profissionais [37]Prevenção de Acidentes de Trabalho [38]Prevenção de Doenças Profissionais [39]
Prevenção de Lesões e Danos na Saúde [40]Segurança de Produtos e/ou Serviços [41]
Recursos Humanos (Colaboradores) [42]Responsabilidade Social [43]
Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho [44]Outras Questões Sociais [45]
Conformidade Legal e Normativa [46]Partes Interessadas (Stakeholders) [47]Certificação de Sistemas de Gestão [48]
Auditoria a Sistemas de Gestão [49]Formação, Qualificação e Competência [50]
Transparência, Integridade e/ou Respeito [51]Gestão do Risco e Incerteza [52]
Melhoria Contínua [53]Desenvolvimento Sustentável (DS) [54]Sustentabilidade Empresarial (SE) [55]
Responsabilidade Social Empresarial (RSE) [56]Corporate Governance (CG) [57]
Triple Bottom Line (TBL) [58]Equilíbrio Económico, Ambiental e Social [59]
Sistema Integrado de Gestão (SIG) [60]
Número de Organizações
Compromisso com o Desenvolvimento Sustentável
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
RESULTADOS
92
4.1.2. Análise Univariada
Na investigação realizada foram consideradas no tratamento estatístico nove (9) variáveis, ou seja, uma
(1) variável dependente denominada por “Índice de Comunicação do Compromisso” (ICC) e oito (8)
variáveis independentes, que se passam a enumerar: a “Dimensão de Vendas da Organização” (DVO),
a “Forma Jurídica da Organização” (FJO), o “Setor de Atividade da Organização” (SAO), a “Localização
Geográfica da Organização” (LGO), a “Exposição nos Rankings dos Media” (ERM), o “Setor Público
Empresarial” (SPE), o “Grupo Membro do BCSD Portugal” (GMB) e, por último, o “Relato de
Sustentabilidade na Internet” (RSI). Na investigação a variável dependente é uma variável quantitativa
contínua, que assume valores dentro do intervalo de “zero” e “um” [0;1] e, por sua vez, as variáveis
independentes são todas variáveis qualitativas nominais ou categóricas, do tipo dummy, dicotómica ou
binária, e assumem, assim, valores de “zero” ou “um” (0;1), como se pode constatar pela Tabela 8.
Tabela 8 – Caraterização das variáveis de investigação (dependente e independentes). VARIÁVEL DEPENDENTE TIPOLOGIA VALORES
ICC Índice de Comunicação
do Compromisso Quantitativa Contínua 0 ≤ ICC ≤ 1
VARIÁVEL INDEPENDENTE TIPOLOGIA VALORES
DVO
Dimensão de Vendas da Organização
Qualitativa Nominal 0 = “Outra” 1 = “Maior”
FJO
Forma Jurídica da Organização
Qualitativa Nominal 0 = “Outra” 1 = “S.A.”
SAO
Setor de Atividade da Organização
Qualitativa Nominal 0 = “Outro”
1 = “Setor 2.º”
LGO
Localização Geográfica da Organização
Qualitativa Nominal 0 = “Outra”
1 = “Lisboa & Setúbal”
ERM
Exposição nos Rankings dos Media
Qualitativa Nominal 0 = “Não”
1 = “Exposta”
SPE Setor Público
Empresarial Qualitativa Nominal
0 = “Privada” 1 = “Pública”
GMB Grupo Membro
do BCSD Portugal Qualitativa Nominal
0 = “Não” 1 = “Membro”
RSI Relato de Sustentabilidade
na Internet Qualitativa Nominal
0 = “Não” 1 = “Relatório”
Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS.
Na amostra formada por 540 organizações a variável dependente, denominada Índice de Comunicação
do Compromisso (ICC), apresenta em termos de resultados apurados um valor de média igual a 0,345
e, por sua vez, o valor mínimo é igual a 0,000 e o valor máximo é igual a 0,833, conforme a Tabela 9.
RESULTADOS
93
Tabela 9 – Parâmetros descritivos de caraterização estatística da variável dependente. ÍNDICE DE COMUNICAÇÃO DO COMPROMISSO (ICC)
N MINÍMO MÁXIMO SOMA MÉDIA DESVIO PADRÃO VARIÂNCIA
540 0,000 0,833 186,083 0,34460 0,203768 0,042
Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS.
O gráfico da Figura 28 mostra as oito (8) variáveis independentes distribuídas dicotomicamente pelas
suas duas (2) categorias (“0” e “1”). A variável Dimensão de Vendas da Organização (DVO) agrega 380
(70,4%) organizações na categoria “Outra” e as restantes 160 (29,6%) na categoria “Maior”, a variável
Forma Jurídica da Organização (FJO) agrega 142 (26,3%) organizações na categoria “Outra” e as
restantes 398 (73,7%) na categoria “S.A.”, a variável Setor de Atividade da Organização (SAO) agrega
225 (41,7%) organizações na categoria “Outro” e as restantes 315 (58,3%) na categoria “Setor 2.º”, a
variável Localização Geográfica da Organização (LGO) agrega 310 (57,4%) organizações na categoria
“Outra” e as restantes 230 (42,6%) na categoria “Lisboa & Setúbal”, a variável Exposição nos Rankings
dos Media (ERM) agrega 257 (47,6%) organizações na categoria “Não” e as restantes 283 (52,4%) na
categoria “Exposta”, a variável Setor Público Empresarial (SPE) agrega 490 (90,7%) organizações na
categoria “Privada” e as restantes 50 (9,3%) na categoria “Pública”, a variável Grupo Membro do BCSD
Portugal (GMB) agrega 442 (81,9%) organizações na categoria “Não” e as restantes 98 (18,1%) na
categoria “Membro” e, por último, a variável Relato de Sustentabilidade na Internet (RSI) agrega 376
(69,6%) organizações na categoria “Não” e as outras restantes 164 (30,4%) na categoria “Relatório”.
Figura 28 – Organizações enquadradas nas categorias das variáveis independentes.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
380
142
225
310
257
490
442
376
160
398
315
230
283
50
98
164
0 100 200 300 400 500 600
Dimensão de Vendas da Organização (DVO)
Forma Jurídica da Organização (FJO)
Setor de Atividade da Organização (SAO)
Localização Geográfica da Organização (LGO)
Exposição nos Rankings dos Media (ERM)
Setor Público Empresarial (SPE)
Grupo Membro do BCSD Portugal (GMB)
Relato de Sustentabilidade na Internet (RSI)
Número de Organizações
Variável Independente (Categorias de Análise)
Categoria "0"Categoria "1"
RESULTADOS
94
4.1.3. Análise Bivariada
A análise bivariada visa o estudo da relação da variável dependente com cada variável independente. A
Tabela 10 mostra os resultados da relação estabelecida entre a variável dependente por categoria (“0”
e “1”) de cada variável independente. Constata-se que com exceção da variável independente Setor de
Atividade da Organização todos os valores da média do Índice de Comunicação do Compromisso
obtidos dentro da categoria “1” das variáveis independentes são superiores aos valores da média da
categoria “0”, bem como ainda superiores ao valor da média (0,34460) da variável dependente (ICC).
Tabela 10 – Resultados estatísticos da análise descritiva da relação entre as variáveis em estudo.
VARIÁVEL DEPENDENTE
ÍNDICE DE COMUNICAÇÃO DO COMPROMISSO (ICC) INDEPENDENTE Categoria N Média Soma Desvio Padrão Variância
DVO
Dimensão de Vendas da Organização
0 Outra 380 0,30934 117,550 0,190537 0,036
1 Maior 160 0,42833 68,533 0,210219 0,044
FJO
Forma Jurídica da Organização
0 Outra 142 0,27207 38,633 0,180070 0,032
1 S.A. 398 0,37048 147,450 0,205678 0,042
SAO
Setor de Atividade da Organização
0 Outro 225 0,35170 79,133 0,205084 0,042
1 Setor 2.º 315 0,33952 106,950 0,202998 0,041
LGO
Localização Geográfica da Organização
0 Outra 310 0,31570 97,867 0,205329 0,042
1 Lisboa & Setúbal 230 0,38355 88,217 0,195414 0,038
ERM
Exposição nos Rankings dos Media
0 Não 257 0,33470 86,017 0,197953 0,039
1 Exposta 283 0,35359 100,067 0,208851 0,044
SPE Setor Público
Empresarial 0 Privada 490 0,32105 157,317 0,197031 0,039
1 Pública 50 0,57533 28,767 0,097197 0,009
GMB Grupo Membro
do BCSD Portugal 0 Não 442 0,29823 131,817 0,182884 0,033
1 Membro 98 0,55374 54,267 0,157070 0,025
RSI Relato de Sustentabilidade
na Internet 0 Não 376 0,27606 103,800 0,177602 0,032
1 Relatório 164 0,50173 82,283 0,170464 0,029 Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS.
O estudo estatístico da relação entre as variáveis (dependente e independentes) foi realizado com
recurso a um teste não paramétrico, visto não terem sido satisfeitos os pressupostos de aplicação dos
testes paramétricos70 (ver Anexo IX), “nomeadamente a normalidade da variável sob estudo e a
homogeneidade de variâncias entre os grupos” (Maroco, 2003, p. 169). O teste de Mann-Whitney
(teste U) foi o teste não paramétrico utilizado, “o qual compara o centro de localização de duas
amostras, como forma de detetar diferenças entre as duas populações correspondentes” (Pestana &
Gageiro, 2009, p. 446). O teste – U de Mann-Whitney baseia-se nas ordenações da variável, e não em 70Maroco (2003, p. 111) numa abordagem à normalidade e à homogeneidade de variâncias das variáveis refere que “para testar a normalidade, o teste mais utilizado é o teste Kolmogorov-Smirnov, enquanto que para testar a homogeneidade das variâncias o teste de Levene é um dos mais potentes”.
RESULTADOS
95
parâmetros da distribuição normal como a média e a variância (Pestana & Gageiro, 2009). A Tabela 11
resulta da aplicação do teste não paramétrico de Mann-Whitney (teste – U) às variáveis de investigação,
como resultado pela violação dos pressupostos da normalidade e da homogeneidade das variâncias.
Tabela 11 – Resultados estatísticos do teste – U de Mann-Whitney.
HIP
ÓTE
SE
VARIÁVEL DEPENDENTE
ÍNDICE DE COMUNICAÇÃO DO COMPROMISSO (ICC)
INDEPENDENTE Categoria N Média
das Ordens
Soma das
Ordens
Teste – U de Mann-Whitney
Significância Assimptótica (Unilateral)
H1 Dimensão de Vendas
da Organização (DVO) 0 Outra 380 242,74 92241,50
19851,500 0,000 1 Maior 160 336,43 53828,50
H2 Forma Jurídica
da Organização (FJO) 0 Outra 142 216,74 30777,00
20624,000 0,000 1 S.A. 398 289,68 115293,00
H3 Setor de Atividade
da Organização (SAO) 0 Outro 225 276,18 62139,50
34160,500 0,238 1 Setor 2.º 315 266,45 83930,50
H4 Localização Geográfica
da Organização (LGO) 0 Outra 310 248,60 77066,00
28861,000 0,000 1 Lisboa & Setúbal 230 300,02 69004,00
H5 Exposição nos Rankings
dos Media (ERM) 0 Não 257 262,97 67582,50
34429,500 0,143 1 Exposta 283 277,34 78487,50
H6 Setor Público
Empresarial (SPE) 0 Privada 490 251,95 123457,00
3162,000 0,000 1 Pública 50 452,26 22613,00
H7 Grupo Membro
do BCSD Portugal (GMB) 0 Não 442 234,61 103699,00
5796,000 0,000 1 Membro 98 432,36 42371,00
H8 Relato de Sustentabilidade
na Internet (RSI) 0 Não 376 216,84 81531,00
10655,000 0,000 1 Relatório 164 393,53 64539,00
Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS.
A Tabela 11 expressa todos os resultados obtidos da aplicação do teste – U de Mann-Whitney, os quais
sugerem com evidência estatística muito significativa que quando a Dimensão de Vendas da
Organização é denominada por “Maior”, mais proeminente é a divulgação de conteúdos estratégicos
no website das organizações portuguesas certificadas em qualidade, ambiente e segurança (QAS),
relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável (DS). Neste
sentido, visto que a significância assimptótica (unilateral) observada é igual a 0,000 (inferior a 0,0571),
aceita-se a hipótese H1, com um nível de confiança de 95%. Verifica-se, pelo teste – U, que a Média
das Ordens da categoria “Maior” é superior ao valor da categoria “Outra”. Os resultados também
indicam que quando a Forma Jurídica da Organização assume a designação de sociedade anónima
“S.A.”, a comunicação do compromisso para com o DS é mais proeminente, visto que a significância 71Importa, agora, referir que, normalmente, na análise de resultados obtidos de testes estatísticos aplicados a trabalhos de investigação e outros estudos, o nível de significância (α), usualmente, mais utilizado é de 0,05 (5%), o qual corresponde a um estudo com 95% de nível de confiança (Laureano, 2011).
RESULTADOS
96
assimptótica (unilateral) observada é igual a 0,000 (inferior a 0,05), aceita-se a hipótese H2, com um
nível de confiança de 95%. Confirma-se, pelo teste – U, que a Média das Ordens da categoria “S.A.” é
superior ao valor da categoria “Outra”. Pelos resultados obtidos, constata-se também com evidência
estatística significativa que em relação à Localização Geográfica da Organização (sede) as organizações
localizadas nos distritos de Lisboa ou Setúbal e, assim, pertencentes à categoria “Lisboa & Setúbal”
apresentam uma comunicação do compromisso com o DS mais proeminente, visto que a significância
assimptótica (unilateral) observada é igual a 0,000 (inferior a 0,05), aceita-se a hipótese H4, com um
nível de confiança de 95%. Confirma-se, pelo teste – U, que a Média das Ordens da categoria “Lisboa &
Setúbal” é superior ao valor da categoria “Outra”. Na Tabela 11 verifica-se que as organizações do
Setor Público Empresarial denominadas no estudo por “Públicas” evidenciam uma comunicação do
compromisso com o DS mais proeminente, visto que a significância assimptótica (unilateral) observada
é igual a 0,000 (inferior a 0,05), aceita-se a hipótese H6, com um nível de confiança de 95%. Confirma-
se, pelo teste – U, que a Média das Ordens da categoria “Pública” é superior ao valor da categoria
“Privada”. Os resultados mostram que as organizações pertencentes a um Grupo Membro do BCSD
Portugal denominadas por “Membro” evidenciam uma comunicação do compromisso com o DS mais
proeminente, visto que a significância assimptótica (unilateral) observada é igual a 0,000 (inferior a
0,05), aceita-se a hipótese H7, com um nível de confiança de 95%. Confirma-se, pelo teste – U, que a
Média das Ordens da categoria “Membro” é superior ao valor da categoria “Não”. Verificando-se ainda
que as organizações que promovem o Relato de Sustentabilidade na Internet através da publicação de
um “Relatório” evidenciam uma comunicação do compromisso com o DS mais proeminente, visto que
a significância assimptótica (unilateral) observada é igual a 0,000 (inferior a 0,05), aceita-se a hipótese
H8, com um nível de confiança de 95%. Confirma-se também, pelo teste – U, que a Média das Ordens
da categoria “Relatório” é superior ao valor da categoria “Não”. Por último, constata-se que o Setor de
Atividade da Organização e a Exposição nos Rankings dos Media não são tidos como fatores relevantes
para explicar a divulgação de conteúdos estratégicos através do website das organizações certificadas
(QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o desenvolvimento sustentável, visto que
nestes dois (2) casos a significância assimptótica (unilateral) observada foi superior a 0,05, logo
rejeitam-se as hipóteses H3 e H5, com um nível de confiança de 95%. No teste estatístico realizado
(teste – U), o Erro de Tipo II (β) associado à rejeição das hipóteses H3 e H5 é igual a 12% e 11% e, por
sua vez, temos que o nível da Potência do Teste72 no caso das hipóteses H3 e H5 é igual a 88% e 89%.
72No teste de hipóteses a não rejeição da hipótese nula (H0) quando a hipótese um (H1) é verdadeira conduz ao Erro de Tipo II, com uma probabilidade dada por β x 100% e, assim, a probabilidade de rejeitar H0 se H0 é falsa é dada por (1 – β) x 100% e designa-se por Potência do Teste (Maroco, 2003). O “complemento aritmético de β chama-se função potência, π = 1 – β, e exprime a confiança com que se aceita H1” (Pestana & Gageiro, 2005, p. 95).
RESULTADOS
97
4.1.4. Análise Multivariada
A análise multivariada visa o estudo da variável dependente, tendo por base o conjunto de todas as oito
(8) variáveis independentes, com o intuito de confirmar e validar os resultados obtidos com a análise
univariada e bivariada, bem como também definir o modelo de regressão logística73 para os dados de
investigação. No sentido dos dados se ajustarem aos pressupostos da regressão logística binária, a
variável dependente (contínua) “Índice de Comunicação do Compromisso” (ICC) foi transformada
numa variável (nominal) categórica dicotómica (“0” e “1”), agora designada por “ICCDS logit”. Neste
processo de transformação a variável “ICCDS logit” assume o valor de “zero” (0), quando o valor do
índice ICC ≤ ICC médio74 e, por sua vez, assume o valor de “um” (1), quando o valor do índice ICC >
ICC médio. A nova variável dependente “ICCDS logit” é caraterizada na Tabela 12, e o modelo de
regressão logística binária (0;1), proposto para os dados da investigação, é expresso pela equação (2).
Tabela 12 – Caraterização da variável dependente transformada. VARIÁVEL DEPENDENTE TIPOLOGIA VALORES
ICC logit
Índice de Comunicação do Compromisso – Função Logit –
Qualitativa Nominal 0 = “Não Divulga”
1 = “Divulga”
Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS.
ICCDSj logit (pj) = β0j + β1jDVO + β2jFJO + β3jSAO + β4jLGO + β5jERM + β6jSPE + β7jGMB + β8jRSI + Ɛj (2)
Onde, para a organização j, temos que:
ICCDSj logit = Variável dependente, transformada do Índice de Comunicação do Compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, no âmbito dos conteúdos estratégicos divulgados através do website institucional da organização j, certificada em QAS, por ajuste à função logit do modelo de regressão logística;
pj (0;1) = Probabilidade do ICCDS da organização j, estar acima do valor médio obtido na amostra;
DVO = Variável independente dicotómica (0;1), Dimensão de Vendas da Organização;
FJO = Variável independente dicotómica (0;1), Forma Jurídica da Organização;
SAO = Variável independente dicotómica (0;1), Setor de Atividade da Organização;
ERM = Variável independente dicotómica (0;1), Exposição nos Rankings dos Media;
SPE = Variável independente dicotómica (0;1), Setor Público Empresarial;
GMB = Variável independente dicotómica (0;1), Grupo Membro do BCSD Portugal;
RSI = Variável independente dicotómica (0;1), Relato de Sustentabilidade na Internet;
βnj = Coeficientes do modelo;
Ɛj = Termo de erro. 73O modelo de regressão logística aplica-se quando se pretende explicar uma variável de resposta Y (variável dependente) de natureza nominal ou ordinal, em função de variáveis explicativas X (variáveis independentes), que podem ser nominais, ordinais ou contínuas (Pestana & Gageiro, 2009). O modelo de regressão logística binária é um método de regressão comum e importante na análise multivariada dos dados de investigação, no sentido deste “descrever a relação entre a variável dependente nominal e o conjunto de variáveis independentes através da transformação logit” (Sampaio, 2008, p. 210). 74A variável dependente (contínua) designada por “Índice de Comunicação do Compromisso” (ICC), apresenta um valor médio (média) igual a 0,34460.
RESULTADOS
98
O pressuposto da não existência de multicolinearidade entre as variáveis independentes (exógenas),
que compõem o modelo de regressão logística binária, foi testado exaustivamente com várias técnicas
estatísticas (ver Anexo IX), as quais evidenciaram por unanimidade, com significância a não ocorrência
de multicolineariedade (Pestana & Gageiro, 2005, 2008, 2009, 2014). A variável nominal dicotómica
ICCDS logit é caraterizada por ter 261 (48,3%) organizações classificadas na categoria “Não Divulga” e
279 (51,7%) organizações classificadas na categoria “Divulga”. A Tabela 13 apresenta uma descrição
detalhada dos valores que assumem os coeficientes (β) no modelo de regressão logística binária (0;1).
Tabela 13 – Resultados estatísticos do modelo de regressão logística binária.
VARIÁVEL INDEPENDENTE
PARÂMETROS DAS VARIÁVEIS DA EQUAÇÃO B S.E. Walde gl Sig. Exp(B)
DVO Dimensão de Vendas da Organização 0,571 0,292 3,835 1 0,050 1,771
FJO Forma Jurídica da Organização 0,129 0,230 0,315 1 0,574 1,138
SAO Setor de Atividade da Organização 0,096 0,223 0,187 1 0,666 1,101
LGO Localização Geográfica da Organização 0,430 0,216 3,976 1 0,046 1,538
ERM Exposição nos Rankings dos Media 0,124 0,252 0,242 1 0,623 1,132
SPE Setor Público Empresarial 1,996 0,774 6,645 1 0,010 7,361
GMB Grupo Membro do BCSD Portugal 1,382 0,372 13,798 1 0,000 3,982
RSI Relato de Sustentabilidade na Internet 1,366 0,273 24,998 1 0,000 3,921
Constante -1,138 0,264 18,661 1 0,000 0,320 LEGENDA: B – Coeficiente (β) | S.E. – Erro Normalizado | Wald – Teste de Wald | gl – Graus de Liberdade | Sig. – Significância Exp(B) – Expoente do Coeficiente (eβ). Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS.
Na Tabela 13 constata-se pela análise dos coeficientes β75 e respetivos expoentes (eβ), que todas as
variáveis independentes contribuem para a probabilidade de previsão do modelo, contudo, destaca-se
por ordem decrescente de grau de contribuição no modelo as variáveis: Setor Público Empresarial,
Grupo Membro do BCSD Portugal, Relato de Sustentabilidade na Internet, Dimensão de Vendas da
Organização, Localização Geográfica da Organização, Forma Jurídica da Organização, Exposição nos
Rankings dos Media e, por último, Setor de Atividade da Organização. Pelos resultados do teste de
Walde76, verifica-se que as variáveis GMB e RSI, ambas com uma significância de 0,000 (inferior a
0,01), as variáveis SPE e LGO com significância de 0,010 e 0,046 (inferior a 0,05) e a variável DV0
com significância de 0,050 (inferior a 0,10), são nesta ordem as que apresentam os parâmetros mais
importantes (β) para o modelo de regressão, tendo por base os níveis de significância (1%, 5% e 10%).
75Importa mencionar que no modelo de regressão logística, se o valor do coeficiente β é positivo, então o seu expoente (eβ) será maior que um (1), e a razão de desigualdade aumentará. Esse aumento acontece quando a probabilidade prevista para a ocorrência do evento aumenta e a probabilidade prevista de ele não ocorrer é reduzida. Assim, o modelo tem uma maior probabilidade prevista de ocorrência. Logo, de modo análogo, pode-se afirmar que se o coeficiente β é negativo, então o seu expoente (eβ) será menor que um (1), e a desigualdade diminui (Hair, Anderson, Tatham, & Black, 2005). 76Para testar a importância de cada parâmetro no modelo de regressão logística recorre-se ao Teste de Wald, que tem distribuição Qui-quadrado (χ2) com um grau de liberdade (gl = 1), o qual informa se o coeficiente β para um dado previsor difere significativamente de zero (Pestana & Gageiro, 2009).
RESULTADOS
99
Numa análise holística aos resultados apurados através da aplicação do teste de Walde, constata-se
que estes corroboram, no geral, com os resultados obtidos na análise bivariada pelo teste – U de
Mann-Whitney, com exceção dos resultados apurados para a variável “Forma Jurídica da Organização”.
A Tabela 14 apresenta uma relação de vários parâmetros estatísticos do modelo de regressão logística
binária, importantes para a compreensão do poder de ajuste do modelo aos dados de investigação.
Tabela 14 – Parâmetros estatísticos do modelo de regressão logística binária.
PARÂMETRO ESTATÍSTICO DO MODELO
RESUMO DO MODELO Teste Estatística gl Sig.
Estatística Global Qui-quadrado (χ2) 133,085 8 0,000a
Percentagem Global (Percentagem Corretamente Classificada) ---- 70,7 ---- ----
Testes de Coeficientes de Modelo Omnibus Qui-quadrado (χ2) 157,059 8 0,000
-2 Log Likelihood (-2LL) ---- 590,940 ---- ----
R-quadrado (R2) de Cox & Snell ---- 0,252 ---- ----
R-quadrado (R2) de Nagelkerke ---- 0,337 ---- ----
Teste de Hosmer e Lemeshow Qui-quadrado (χ2) 7,913 8 0,442 LEGENDA: gl – Graus de Liberdade | Sig. – Significância |a. Individualmente as variáveis: DVO, FJO, LGO, SPE, GMB e RSI, obtiveram valores de significância iguais a 0,000, no entanto, as variáveis: SAO e ERM evidenciaram valores de significância mais altos, ou seja, respetivamente iguais a 0,631 e 0,092, superiores ao valor de referência de 0,05, para o nível de significância (α). Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS.
Pela análise da Tabela 14, constata-se que o parâmetro Estatística Global com um valor de estatística
do teste Qui-quadrado (χ2) igual a 133,085 e significância de 0,000 (inferior a 0,05), informa que os
coeficientes (β) das variáveis independentes são significativamente diferentes de zero (0), ou seja, que
a adição de uma ou mais destas oito (8) variáveis ao modelo afeta significativamente o seu modelo de
previsão. O parâmetro Percentagem Global apresenta um valor igual a 70,7, o qual indica que no
modelo a percentagem corretamente classificada, entre o observado e o previsto é de 70,7%, ou seja,
que a Taxa de Previsão do modelo na presença de todas as variáveis é igual a 70,7%. O valor da
estatística do parâmetro R-quadrado (R2) de Nagelkerke77 é igual a 0,337, o qual indica que 33,7% da
variação da variável dependente “ICCDS logit” é explicada pelo modelo proposto. O valor da estatística
do teste Qui-quadrado (χ2) para o teste de Hosmer e Lemeshow78 é igual a 7,913, com significância de
0,442 (superior a 0,05), logo conclui-se que o modelo de regressão proposto tem bom poder de ajuste.
77A estatística -2 Log Likelihood utiliza-se por ter uma distribuição aproximada do Qui-quadrado (χ2), que permite comparar os valores observados com os valores esperados. O coeficiente de determinação R-quadrado (R2) de NagelKerke varia entre zero (0) e um (1), e atesta a qualidade do ajustamento do modelo de regressão logística, o qual obtém-se a partir da estatística -2 Log Likelihood corrigindo o parâmetro R-quadrado (R2) de Cox & Snell, parâmetro este útil para medir a qualidade do ajustamento, o qual possui contudo o inconveniente de não atingir o valor um (1) na análise (Pestana & Gageiro, 2009). 78O teste da bondade do ajustamento de Hosmer e Lemeshow tem distribuição aproximada do Qui-quadrado (χ2), com oito graus de liberdade (gl = 8), e compara as frequências observadas com as esperadas na regressão logística, pelo que a indicação de um razoável ajustamento do modelo aos dados corresponde a uma diferença estatisticamente não significativa. A hipótese nula (hipótese de teste) é aquela que não existe diferença significativa entre o valor observado e o valor previsto, ou seja, equivale a dizer que o modelo de regressão logística tem bom poder de ajuste (Pestana & Gageiro, 2009). No geral, os parâmetros estatísticos do modelo de regressão logística binária são expostos em outros estudos, tais como Sampaio (2008) e Carvalho (2013).
RESULTADOS
100
4.2. DISCUSSÃO DE RESULTADOS
Antes de iniciar a discussão de resultados, propriamente dita, importa mencionar agora, que na análise
da consistência interna ou confiabilidade dos dados obtidos a partir dos sessenta (60) itens da Lista de
Verificação II (ver Anexo I), utilizada na investigação para medir a comunicação do compromisso para
com o desenvolvimento sustentável pelas organizações certificadas (QAS), foi obtido um coeficiente Alfa
de Cronbach79 com valor igual a 0,9480, o que evidência que a consistência interna dos dados de
investigação é muito boa. Por sua vez, a fiabilidade dos dados obtidos através da aplicação da técnica
de análise de conteúdo, por codificação dos compromissos (itens), foi medida tendo por base dois (2)
momentos de observação distintos (a classificação e, posteriormente, a validação), tendo-se obtido um
coeficiente Alfa de Krippendorff80 com valor igual a 0,9753, o que reforça a ideia de que a consistência
interna dos dados de investigação é boa. Os resultados obtidos na análise descritiva mostram que os
conteúdos da estratégia e políticas da organização com maior frequência de divulgação no separador
“Quem Somos” do website institucional são as declarações da “Visão, Missão, Valores e as Políticas da
Organização”, corroborando estes resultados com outros estudos anteriores (Pollach, 2005, p. 292;
Isaksson & Jørgensen, 2010, p. 136; Carvalho, 2013, p. 101). Contudo, refira-se que no âmbito das
“Políticas da Organização” divulgadas no website, constata-se que a declaração mais frequente é, de
longe, a designada por “Política da Qualidade, Ambiente e Segurança” estando, assim, os resultados
apurados em sintonia com outros trabalhos já publicados (Carvalho, 2013). Em relação à comunicação
do compromisso para com o desenvolvimento sustentável por parte das organizações certificadas
(QAS), no geral, constata-se que dos sessenta (60) compromissos analisados os que apresentam uma
percentagem de divulgação igual ou superior a 70% foram os nove (9) seguintes: o “Compromisso com
os Clientes (Consumidores)”, o “Compromisso com a Satisfação dos Clientes”, o “Compromisso com a
Gestão da Qualidade”, o “Compromisso com a Gestão Ambiental”, o “Compromisso com os Recursos
Humanos (Colaboradores)”, o “Compromisso com a Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho”, o
“Compromisso com a Conformidade Legal e Normativa”, o “Compromisso com a Formação,
Qualificação e Competência” e o “Compromisso com a Melhoria Contínua”, os quais no cômputo geral
estão contemplados como requisitos normativos nos referenciais ISO 9001, ISO 14001 e BS OHSAS
18001, sendo esta evidência ainda mais significativa se considerar-mos todos os itens acima dos 45%.
79O coeficiente Alfa de Cronbach é uma das medidas mais usadas para verificação da consistência interna (proporção da variabilidade nas respostas que resulta de diferenças nos inquiridos) de um grupo de itens. O valor do coeficiente varia entre zero (0) e um (1), considerando-se a consistência interna dos dados muito boa para valores superiores a 0,9, boa para valores entre [0,8 e 0,9] e razoável para valores entre [0,7 e 0,8[ (Pestana & Gageiro, 2014). Os dados recolhidos através da Lista de Verificação I, relativa à recolha de documentos no website, obteve um coeficiente Alfa de Cronbach igual a 0,7870. 80O coeficiente Alfa de Krippendorff mede a confiabilidade (fiabilidade) dos dados obtidos em processos de análise de conteúdo ou outros, através da medição da concordância entre observadores, codificadores ou avaliadores. O valor do coeficiente varia entre zero (0) e um (1), considerando-se a consistência interna dos dados codificados boa, no geral, para valores do coeficiente superiores a 0,80 (Hayes & Krippendorff, 2007; Krippendorff, 2011).
RESULTADOS
101
Constata-se pelos resultados apurados na análise univariada, bivariada e multivariada, que existe
evidência estatística significativa, quanto ao perfil da organização portuguesa certificada (QAS), em que
a comunicação do compromisso para com o desenvolvimento sustentável divulgado no website, sob a
forma de conteúdos estratégicos, é mais proeminente. Os resultados obtidos mostram com evidência
estatística significativa, que se deve aceitar a “hipótese um” (H1) formulada, pois as organizações que
apresentam uma maior dimensão de vendas (em volume), são as que mais promovem no website a
comunicação do compromisso para com o desenvolvimento sustentável. Na literatura são vários os
estudos que demonstram que existe uma relação estatística positiva entre a dimensão da organização
e a divulgação de informação em relatórios anuais e no website, no âmbito da responsabilidade social
e sustentabilidade (Hackston & Milne, 1996; Adams, Hill, & Roberts, 1998; Archel, Fernández, &
Larrinaga, 2008; Barros, 2008a; Brammer & Pavelin, 2008; Branco & Rodrigues, 2008; Tagesson,
Blank, Broberg, & Collin, 2009; Amorim, 2010; Carvalho, 2013; Fernandez-Feijoo, Romero, & Ruiz,
2014; Amran, Ooi, Mydin, & Devi, 2015). Os resultados apurados mostram com evidência estatística
significativa, que se deve aceitar a “hipótese dois” (H2) formulada, visto que as organizações em que a
forma jurídica assume a designação de sociedade anónima (S.A.), apresentam no website institucional
uma comunicação do compromisso para com o desenvolvimento sustentável superior às outras
organizações. Esta evidência estatística já foi, anteriormente, constatada em organizações portuguesas,
aquando do estudo da divulgação de informação no website, no âmbito da responsabilidade social
(Barros, 2008a), da responsabilidade social e sustentabilidade (Carvalho, 2013), bem como do relato
financeiro (Alves, 2005). Os resultados alcançados mostram com evidência estatística significativa, que
se deve rejeitar a “hipótese três” (H3) formulada, pois as organizações enquadradas ou pertencentes
ao setor de atividade secundário (Setor 2.º), não apresentam indícios significativos que mostrem que a
comunicação do compromisso para com o desenvolvimento sustentável, efetuada através do website, é
superior à registada em organizações pertencentes a um outro setor de atividade. Evidência esta que
vem corroborar os resultados obtidos, anteriormente, em estudos sobre a divulgação de informação,
através do website institucional das organizações portuguesas (Alves, 2005; Barros, 2008a; Carvalho,
2013). Os resultados obtidos mostram com evidência estatística significativa, que se deve aceitar a
“hipótese quatro” (H4) formulada, visto que as organizações localizadas geograficamente no distrito de
Lisboa ou Setúbal, apresentam no website institucional uma comunicação do compromisso para com o
desenvolvimento sustentável superior ao determinado para as organizações localizadas em outros
distritos. Estes resultados corroboram os resultados obtidos, já no passado, relativos à divulgação de
informação no website institucional no âmbito da responsabilidade social empresarial (Barros, 2008a).
RESULTADOS
102
No geral, os resultados apurados mostram com evidência estatística significativa, que se deve rejeitar a
“hipótese cinco” (H5) formulada, visto que as organizações que são expostas anualmente nos rankings
dos media, não apresentam indícios significativos que mostrem que a comunicação do compromisso
para com o desenvolvimento sustentável, efetuada através do website, é superior à registada em
organizações não expostas em tais rankings. Corroborando estes resultados com os obtidos em outros
estudos, sobre a divulgação de informação no website das organizações portuguesas (Carvalho, 2013).
Os resultados apurados mostram com evidência estatística muito significativa, que se deve aceitar a
“hipótese seis” (H6), a “hipótese sete” (H7) e a “hipótese oito” (H8) formuladas, inicialmente, visto
que as organizações do setor público (públicas), bem como as organizações pertencentes a um grupo
económico membro do BCSD Portugal e as organizações que publicam relatórios anuais na Internet,
apresentam no website institucional uma comunicação do compromisso para com o desenvolvimento
sustentável muito superior à verificada nas outras organizações. Estes resultados estão, no geral, em
total sintonia com os pressupostos teóricos propostos por alguns autores, tais como Rodrigues (2012).
A Tabela 15 apresenta, em resumo, os resultados obtidos para as oito (8) hipóteses de investigação,
no seguimento da análise estatística univariada, bivariada e multivariada realizada, considerando como
referência estatística um nível de significância (α) de 0,05 (5%) para um nível de confiança (β) de 95%.
Tabela 15 – Resultados das hipóteses de investigação. HIPÓTESE DE INVESTIGAÇÃO RESULTADO
H1 A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente quando a Dimensão de Vendas da Organização é Maior.
Significativo
H2 A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente quando a Forma Jurídica da Organização é uma S.A.
Significativo
H3 A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente quando o Setor de Atividade da Organização é o Setor 2.º.
Não Significativo
H4 A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente em Organizações Localizadas nos Distritos de Lisboa & Setúbal.
Significativo
H5 A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente quando há Exposição da Organização nos Rankings dos Media.
Não Significativo
H6 A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente em Organizações Enquadradas no Setor Público Empresarial.
Significativo
H7 A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente em Organizações de um Grupo Membro do BCSD Portugal.
Significativo
H8 A divulgação de conteúdos estratégicos no website das organizações portuguesas certificadas (QAS), relativos à comunicação do compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, é mais proeminente em Organizações que Publicam Relatórios Anuais na Internet.
Significativo
Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS.
A COMUNICAÇÃO DO COMPROMISSO PARA COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, DAS ORGANIZAÇÕES PORTUGUESAS CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
103
Capítulo 5
CONCLUSÃO
RESUMO No presente capítulo apresentam-se as conclusões finais obtidas, em termos dos objetivos de investigação propostos inicialmente. Neste capítulo encontram-se ainda expostas as principais limitações e os constrangimentos sentidos pelo autor durante o percurso de execução do trabalho de investigação, bem como ainda são mencionadas algumas ideias para futuros desenvolvimentos do trabalho agora realizado.
CONCLUSÃO
104
5. CONCLUSÃO
5.1. CONCLUSÕES FINAIS
Na perspetiva de finalizar o trabalho de investigação, apresentam-se agora as conclusões finais obtidas
com a prossecução dos objetivos propostos, os quais estiveram na génese da formulação das questões
e hipóteses de investigação, e fundamentam o objeto de estudo. Entre os sessenta (60) conteúdos
estratégicos divulgados no website pelas 540 organizações portuguesas certificadas em Qualidade,
Ambiente e Segurança (QAS), no âmbito da comunicação do compromisso para com o
Desenvolvimento Sustentável (DS), caraterizam-se pela maior frequência de divulgação, por ordem
decrescente, os seguintes vinte (20) “compromissos” relativos ao tema: (i) Clientes (consumidores); (ii)
Recursos humanos (colaboradores); (iii) Melhoria contínua; (iv) Gestão da segurança e saúde do
trabalho; (v) Conformidade legal e normativa; (vi) Gestão ambiental; (vii) Gestão da qualidade; (viii)
Satisfação dos clientes; (ix) Formação, qualificação e competência; (x) Outras questões económicas; (xi)
Qualidade dos produtos e/ou serviços; (xii) Outras questões sociais; (xiii) Controlo dos aspetos e
impactes ambientais; (xiv) Prevenção e controlo da poluição ambiental; (xv) Investigação,
desenvolvimento e inovação; (xvi) Relações de parceria com fornecedores; (xvii) Comunidade local
(sociedade); (xviii) Controlo de perigos e riscos profissionais; (xix) Proteção ambiental (preservação ou
defesa) e, por fim, (xx) Partes interessadas (stakeholders). Na investigação constatou-se que o perfil da
organização certificada (QAS), em que a comunicação do compromisso para com o desenvolvimento
sustentável divulgado no website, sob a forma de conteúdos estratégicos, é mais proeminente, é
constituído por organizações que apresentam um grande volume de vendas, assumem a forma jurídica
de sociedade anónima (S.A.), localizam-se nos distritos de Lisboa ou Setúbal, são entidades públicas,
pertencem a um grupo económico membro do BCSD Portugal e, por último, publicam anualmente
relatórios (contas e/ou sustentabilidade) na Internet. Na amostra são quatro (4) as organizações que
verificam cumulativamente as seis (6) condições do perfil. Os resultados da investigação atestam a
importância dos pressupostos da “teoria dos stakeholders” nas organizações da amostra, pois
constatou-se que os dois (2) compromissos mais divulgados são referentes aos clientes (consumidores)
e aos recursos humanos (colaboradores), sendo também referidos com destaque os fornecedores, a
comunidade local (sociedade), os acionistas (shareholders) e todas as outras partes interessadas
(stakeholders). Os resultados mostram com evidência estatística que ocorrem nas organizações que
constituem a amostra, as três (3) formas de isomorfismo previstas pela “teoria institucional”, a saber:
o “isomorfismo coercivo”, o “isomorfismo mimético” e o “isomorfismo normativo” (DiMaggio & Powell,
CONCLUSÃO
105
1983, pp. 150–151; Rodrigues, 2012, pp. 57–59). As organizações do setor público empresarial, isto
é, as ditas entidades públicas, apresentam uma maior proeminência na comunicação do compromisso
para com o desenvolvimento sustentável, o que leva a concluir que se está presente a ocorrência de
um caso de “isomorfismo coercivo”, que teve como elemento precursor a publicação da Resolução do
Conselho de Ministros n.º 49/2007, de 28 de março, recentemente, revogada pelo Decreto-Lei n.º
133/2013, de 3 de outubro, pois ambos estes diplomas legais advogam, no geral, a importância das
organizações de capitais públicos terem modelos de governo que promovam a adoção de estratégias
de sustentabilidade nos domínios económico, ambiental e social (Rodrigues, 2012). Por sua vez, as
organizações associadas, participadas ou subsidiárias de um grupo económico membro do BCSD
Portugal, apresentam, no geral, uma maior proeminência na comunicação do compromisso para com
o desenvolvimento sustentável, o que leva a concluir que se está presente a ocorrência de um caso de
“isomorfismo mimético”, visto que as organizações se modelam em outras que consideram ser mais
legítimas ou bem-sucedidas (organização-mãe). Segundo Rodrigues (2012, p. 59), o “isomorfismo
mimético tem sido encorajado em Portugal pelo Concelho Empresarial para o Desenvolvimento
Sustentável”. Tendo-se constatado também que as organizações com maior volume de vendas anual,
que assumem a designação jurídica de sociedade anónima (S.A.), e que publicam anualmente o
relatório e contas e/ou relatório de sustentabilidade na Internet, apresentam uma maior proeminência
na comunicação do compromisso para com o desenvolvimento sustentável, o que leva a concluir que
se está presente a ocorrência de um caso de “isomorfismo normativo”, o qual pode ocorrer por efeito
da profissionalização (Rodrigues, 2012), onde o Código das Sociedades Comerciais (CSC), aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 262/86, de 2 de setembro, e subsequentes alterações, pode ser entendido como
o elemento-chave, pois fundamenta as normas (regras e princípios) que rege no global as organizações
portuguesas. A atual investigação demonstrou também que, no geral, os compromissos para com o
desenvolvimento sustentável assumidos pelos gestores de topo no âmbito da definição da estratégia e
políticas, que fundamentam as declarações da visão, missão, valores, objetivos, princípios de negócio,
estratégia empresarial e políticas da organização, visam claramente legitimar a organização perante as
partes interessadas, sendo estes compromissos vistos numa perspetiva holística como sendo o
verdadeiro “contrato social”. Neste sentido, os resultados agora apurados vistos à luz da “teoria da
legitimidade”, corroboram com os pressupostos defendidos por vários outros investigadores, os quais
consideram “que existe um ‘contrato social’ entre a organização e a sociedade” civil (Guthrie & Parker,
1989, p. 344; Deegan, 2002, p. 293; Guthrie, Petty, Yongvanich, & Ricceri, 2004, p. 284; Branco &
Rodrigues, 2006, p. 236; Magness, 2006, p. 541; Eugénio, Lourenço, & Morais, 2013, p. 571).
CONCLUSÃO
106
5.2. LIMITAÇÕES E CONSTRANGIMENTOS
O trabalho de investigação, no geral, cumpriu na íntegra o planeamento das atividades previstas no
cronograma de execução proposto na proposta de investigação. Contudo, foram sentidas pelo autor
algumas limitações e constrangimentos para a boa realização do presente trabalho de investigação,
das quais se destaca, como principal, a dimensão da carga horária afeta ao estudo, que exigiu um
grande empenho, dedicação e esforço do mestrando na (re)organização das várias tarefas afetas à sua
vida profissional e pessoal, no dia a dia. Em termos técnicos destaca-se também como limitações e
constrangimentos à execução do trabalho de investigação, a própria organização e atualização dos
conteúdos publicados no website institucional das organizações certificadas em qualidade, ambiente,
segurança e saúde do trabalho, bem como a velocidade (rapidez) de acesso a alguns websites na
Internet, em que em alguns casos foram de vários segundos ou mesmo minutos (no caso de algumas
plataformas desatualizadas e muito pesadas). No geral, todas as outras limitações e constrangimentos
que são normais e habituais em trabalhos de investigação deste tipo (dissertação), foram devidamente
ultrapassadas, em tempo oportuno, pelo acompanhamento muito próximo e sempre disponível
manifestado pelo orientador, através da realização periódica de reuniões presenciais de orientação e
troca de correspondência eletrónica (e-mails), bem como pela entrega mensal de relatórios de
atividades, onde eram evidenciados todos os meses os avanços realizados no trabalho de investigação.
5.3. FUTUROS DESENVOLVIMENTOS
Numa perspetiva do trabalho de investigação, agora desenvolvido, poder ser complementado no futuro,
enunciam-se algumas recomendações para futuros possíveis desenvolvimentos, tais como: (i) Realizar
novamente a investigação, segundo os mesmos pressupostos, mas introduzindo como fator “inovador”
um software específico para aplicar a técnica de análise de conteúdo; (ii) Inquirir por questionário os
gestores de topo das organizações portuguesas certificadas em qualidade, ambiente, segurança e
saúde do trabalho, questionando-os sobre os seus compromissos para com o desenvolvimento
sustentável; (iii) Inquirir por questionário grupos específicos (focus group) de partes interessadas,
questionando-os sobre a perceção que estes têm relativamente aos compromissos para com o
desenvolvimento sustentável, que são assumidos pelas organizações portuguesas certificadas em
qualidade, ambiente, segurança e saúde do trabalho e, por último, (iv) Realizar um estudo de caso, no
seio de uma organização portuguesa certificada em qualidade, ambiente e segurança, com o objetivo
de identificar, monitorizar e medir todos os compromissos para com o desenvolvimento sustentável.
A COMUNICAÇÃO DO COMPROMISSO PARA COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, DAS ORGANIZAÇÕES PORTUGUESAS CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
107
BIBLIOGRAFIA
RESUMO Nesta secção da dissertação apresentam-se todas as referências bibliográficas utilizadas na redação do texto. As referências bibliográficas encontram-se ordenadas alfabeticamente e organizadas, segundo as diretrizes internacionalmente propostas pela American Psychological Association (APA). Fazem parte das referências listadas: artigos científicos, livros, jornais, revistas, relatórios, normas, legislação, Internet, etc.
BIBLIOGRAFIA
108
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A COMUNICAÇÃO DO COMPROMISSO PARA COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, DAS ORGANIZAÇÕES PORTUGUESAS CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
125
ANEXOS
RESUMO Nesta secção apresentam-se os anexos: as listas de verificação, a correspondência das normas, a carta empresarial do desenvolvimento sustentável, os compromissos das organizações com o desenvolvimento sustentável, a lista das organizações certificadas em qualidade, ambiente e segurança, a caraterização do universo e amostra de investigação, o tratamento estatístico e ainda a base de dados de investigação.
ANEXOS
126
ANEXOS
I. LISTAS DE VERIFICAÇÃO
I.1. Lista de Verificação I – Recolha de Documentos
Apresenta-se, na Tabela 16, a estrutura da lista de verificação utilizada na investigação, para proceder
à recolha dos documentos divulgados no website institucional pelas organizações certificadas em QAS.
Tabela 16 – Estrutura da lista de verificação utilizada na recolha de documentos no website. DOCUMENTO DIVULGADO PELA ORGANIZAÇÃO DIVULGAÇÃO
ESTRATÉGIA DA
ORGANIZAÇÃO
Visão 0 1
Missão 0 1
Valores 0 1
Objetivos 0 1
Princípios de Negócio 0 1
Estratégia Empresarial 0 1
POLÍTICAS DA
ORGANIZAÇÃO
Política da Qualidade 0 1
Política de Ambiente 0 1
Política da Segurança e Saúde do Trabalho 0 1
Política da Qualidade, Ambiente e Segurança 0 1
Política Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança 0 1
Política do Sistema Integrado de Gestão 0 1
Política de Desenvolvimento Sustentável 0 1
Política de Sustentabilidade 0 1
Política de Responsabilidade Social 0 1
Política de Recursos Humanos 0 1
Política do Sistema de Responsabilidade Empresarial 0 1
Política de Gestão 0 1
Política Empresarial 0 1
OUTROS DOCUMENTOS ESTRATÉGICOS
DE GESTÃO
DA ORGANIZAÇÃO
Relatório e Contas 0 1
Relatório de Sustentabilidade 0 1
Relatório de Responsabilidade Social 0 1
Relatório de Governo Societário 0 1
Código de Conduta e Ética 0 1
Código de Conduta 0 1
Código de Ética 0 1
Declaração Ambiental 0 1
Manual do Sistema Integrado de Gestão 0 1
Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas 0 1
Relatório Síntese – Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações 0 1
Certificados de Conformidade dos Sistemas de Gestão 0 1
LEGENDA: 0 [] – Não divulga o documento no website, “ausência”| 1 [] – Divulga o documento no website, “presença”.
Fonte: adaptado de várias referências bibliográficas.
ANEXOS
127
I.2. Lista de Verificação II – Classificação dos Compromissos
A Tabela 17 apresenta a estrutura da lista de verificação utilizada na investigação, para a classificação
dos compromissos comunicados no website institucional pelas organizações certificadas em QASST.
Tabela 17 – Estrutura da lista de verificação utilizada na classificação dos compromissos. COMPROMISSO COMUNICADO PELA ORGANIZAÇÃO DIVULGAÇÃO
DIMENSÃO ECONÓMICA
01. Compromisso com os Clientes (Consumidores) 0 1
02. Compromisso com os Acionistas (Shareholders) 0 1
03. Compromisso com o Sucesso Sustentado (Excelência da Gestão) 0 1
04. Compromisso com o Tratamento de Reclamações 0 1
05. Compromisso com a Satisfação dos Clientes 0 1
06. Compromisso com a Concorrência Leal 0 1
07. Compromisso com a Anticorrupção (Antissuborno) 0 1
08. Compromisso com as Relações de Parceria com Fornecedores 0 1
09. Compromisso com a Qualidade dos Produtos e/ou Serviços 0 1
10. Compromisso com a Rotulagem de Produtos e/ou Serviços 0 1
11. Compromisso com a Investigação, Desenvolvimento e Inovação 0 1
12. Compromisso com o Impacto na Economia Global (Crescimento)81 0 1
13. Compromisso com a Informação Financeira (Relato Financeiro) 0 1
14. Compromisso com a Gestão da Qualidade 0 1
15. Compromisso com as Outras Questões Económicas82 0 1
DIMENSÃO AMBIENTAL
16. Compromisso com a Proteção Ambiental (Preservação ou Defesa)83 0 1
17. Compromisso com o Controlo dos Aspetos e Impactes Ambientais 0 1
18. Compromisso com a Prevenção e Controlo da Poluição Ambiental 0 1
19. Compromisso com a Prevenção dos Acidentes Industriais Graves 0 1
20. Compromisso com a Prevenção das Alterações Climáticas 0 1
21. Compromisso com a Eficiência Energética (Consumo de Energia) 0 1
22. Compromisso com a Gestão de Resíduos (Reciclagem) 0 1
23. Compromisso com a Gestão das Emissões Atmosféricas 0 1
24. Compromisso com o Tratamento de Águas Residuais (Efluentes) 0 1
25. Compromisso com a Biodiversidade (Ecologia dos Ecossistemas) 0 1
26. Compromisso com a Sustentabilidade 0 1
27. Compromisso com a Conservação dos Recursos Naturais 0 1
28. Compromisso com a Responsabilidade Ambiental 0 1
29. Compromisso com a Gestão Ambiental 0 1
30. Compromisso com as Outras Questões Ambientais84 0 1
LEGENDA: 0 [] – Não divulga o compromisso no website, “ausência”| 1 [] – Divulga o compromisso no website, “presença”.
Fonte: adaptado de várias referências bibliográficas.
81Na abordagem analítica a este compromisso foram tidas em consideração as referências efetuadas pela organização no âmbito da internacionalização. 82Enquadram-se neste compromisso outros vários aspetos de origem económica, relacionados com a criação de valor, competitividade, eficiência e eficácia dos sistemas produtivos e gestão, rentabilidade, valor acrescentado, produtividade e otimização dos recursos (humanos, materiais e financeiros). 83Na abordagem analítica a este compromisso foram tidas em consideração todas as referências da organização relativas ao respeito pelo meio ambiente. 84Enquadram-se neste compromisso outras várias questões de origem ambiental, relacionados com a ecoeficiência, desempenho ambiental, qualidade ambiental, gestão do ruído, gestão do impacte visual, ecodesign, consumo de matérias-primas e a utilização das melhores tecnologias disponíveis (MTD’s).
ANEXOS
128
COMPROMISSO COMUNICADO PELA ORGANIZAÇÃO DIVULGAÇÃO
DIMENSÃO SOCIAL
31. Compromisso com a Ética e/ou Conduta Empresarial 0 1
32. Compromisso com os Direitos Humanos 0 1
33. Compromisso com a Prevenção do Trabalho Infantil e/ou Forçado85 0 1
34. Compromisso com a Igualdade de Oportunidades (Discriminação)86 0 1
35. Compromisso com o Voluntariado e/ou Filantropia 0 1
36. Compromisso com a Comunidade Local (Sociedade) 0 1
37. Compromisso com o Controlo de Perigos e Riscos Profissionais 0 1
38. Compromisso com a Prevenção de Acidentes de Trabalho 0 1
39. Compromisso com a Prevenção de Doenças Profissionais 0 1
40. Compromisso com a Prevenção de Lesões e Danos na Saúde 0 1
41. Compromisso com a Segurança de Produtos e/ou Serviços 0 1
42. Compromisso com os Recursos Humanos (Colaboradores) 0 1
43. Compromisso com a Responsabilidade Social 0 1
44. Compromisso com a Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho 0 1
45. Compromisso com as Outras Questões Sociais87 0 1
DIMENSÃO INTEGRADA88
46. Compromisso com a Conformidade Legal e Normativa 0 1
47. Compromisso com as Partes Interessadas (Stakeholders) 0 1
48. Compromisso com a Certificação de Sistemas de Gestão 0 1
49. Compromisso com a Auditoria a Sistemas de Gestão 0 1
50. Compromisso com a Formação, Qualificação e Competência 0 1
51. Compromisso com a Transparência, Integridade e/ou Respeito 0 1
52. Compromisso com a Gestão do Risco e Incerteza 0 1
53. Compromisso com a Melhoria Contínua 0 1
54. Compromisso com o Desenvolvimento Sustentável (DS) 0 1
55. Compromisso com a Sustentabilidade Empresarial (SE) 0 1
56. Compromisso com a Responsabilidade Social Empresarial (RSE) 0 1
57. Compromisso com o Corporate Governance (CG)89 0 1
58. Compromisso com o Triple Bottom Line (TBL)90 0 1
59. Compromisso com o Equilíbrio Económico, Ambiental e Social 0 1
60. Compromisso com o Sistema Integrado de Gestão (SIG)91 0 1
LEGENDA: 0 [] – Não divulga o compromisso no website, “ausência”| 1 [] – Divulga o compromisso no website, “presença”. Nota: A estrutura da Lista de Verificação II foi baseada em vários documentos, sendo que pela sua importância, geral, se destaca o seguinte: “Modelo de Análise das Práticas de Responsabilidade Social das PME – Instrumento de Tratamento da Informação do Inquérito às Práticas de Responsabilidade Social das PME” (Santos, Santos, Pereira, & Silva, 2006, pp. 65–71), bem como os capítulos de caraterização das dimensões “económica, ambiental e social” (Santos, Santos, Pereira, & Silva, 2006, pp. 85–142). Fonte: adaptado de várias referências bibliográficas.
85Na abordagem a este compromisso foram tidas em consideração todas as referências da organização no âmbito da prevenção e exclusão do trabalho infantil, trabalho forçado, compulsório ou obrigatório, nas suas instalações, bem como nas instalações de entidades terceiras, com quem se relaciona. 86Na abordagem a este compromisso foram tidas em consideração todas as referências da organização no âmbito da diversidade e não discriminação. 87Enquadram-se neste compromisso outros vários temas de origem social, relacionados com a qualidade de vida dos trabalhadores, desempenho da segurança e saúde do trabalho, preservação do local de trabalho, preservação da segurança industrial, valorização do capital humano, melhoria das condições de trabalho, horário de trabalho adequado, remuneração justa, liberdade de associação (associação sindical) e direito à negociação coletiva. 88A dimensão integrada conjuga e articula com a dimensão económica (competitividade), ambiental (sustentabilidade) e social (coesão social). O conceito de desenvolvimento sustentável assumiu na sua trajetória de evolução, precisamente, esta multidimensionalidade (Santos, Santos, Pereira, & Silva, 2006). 89Na abordagem a este compromisso foram tidas em consideração as referências da organização no âmbito das boas práticas de governo societário. 90Na abordagem a este compromisso foram tidas em consideração as referências da organização no âmbito das suas preocupações em termos de manutenção do equilíbrio do trinómio ou tripé da sustentabilidade (3P’s), o qual é constituído por pessoas, planeta e proveitos (people, planet and profit). 91Na abordagem analítica a este compromisso foram tidas em consideração todas as referências efetuadas pela organização no âmbito da integração.
ANEXOS
129
II. CORRESPONDÊNCIA DAS NORMAS DA QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
Apresenta-se, na Tabela 18, a correspondência das normas de sistemas de gestão da qualidade (ISO
9001:2008), ambiente (ISO 14001:2004), segurança e saúde do trabalho (BS OHSAS 18001:2007).
Tabela 18 – Matriz de correspondência das normas da qualidade, ambiente e segurança.
ISO 9001:2008 ISO 14001:2004 BS OHSAS 18001:2007 0. Introdução 0.1. Generalidades 0.2. Abordagem por processos 0.3. Relacionamento com a ISO 9004 0.4. Compatibilidade com outros sistemas de gestão
Introdução Introdução
1. Campo de aplicação 1.1. Generalidades 1.2. Aplicação
1. Objetivo e campo de aplicação 1. Objetivo e campo de aplicação
2. Referência normativa 2. Referências normativas 2. Referências normativas
3. Termos e definições 3. Termos e definições 3. Termos e definições
4. Sistema de gestão da qualidade (só título)
4. Requisitos do sistema de gestão ambiental (só título)
4. Requisitos do sistema de gestão da SST (só título)
4.1. Requisitos gerais 5.5. Responsabilidade, autoridade e comunicação 5.5.1. Responsabilidade e autoridade
4.1. Requisitos gerais 4.1. Requisitos gerais
5.1. Comprometimento da gestão 5.3. Política da qualidade 8.5.1. Melhoria contínua
4.2. Política ambiental 4.2. Política da SST
5.4. Planeamento (só título) 4.3. Planeamento (só título) 4.3. Planeamento (só título)
5.2. Focalização no cliente 7.2.1. Determinação dos requisitos relacionados com o produto 7.2.2. Revisão dos requisitos relacionados com o produto
4.3.1. Aspetos ambientais 4.3.1. Identificação de perigos, apreciação do risco e definição de controlos
5.2. Focalização no cliente 7.2.1. Determinação dos requisitos relacionados com o produto
4.3.2. Requisitos legais e outros requisitos 4.3.2. Requisitos legais e outros requisitos
5.4.1. Objetivos da qualidade 5.4.2. Planeamento do sistema de gestão da qualidade 8.5.1. Melhoria contínua
4.3.3. Objetivos, metas e programa(s) 4.3.3. Objetivos e programa(s)
7. Realização do produto (só título) 4.4. Implementação e operação (só título) 4.4. Implementação e operação (só título)
5.1. Comprometimento da gestão 5.5.1. Responsabilidade e autoridade 5.5.2. Representante da gestão 6.1. Provisão de recursos 6.3. Infraestrutura
4.4.1. Recursos, atribuições, responsabilidades e autoridade
4.4.1. Recursos, funções, responsabilidades, responsabilização e autoridade
6.2.1. (Recursos humanos) Generalidades 6.2.2. Competência, consciencialização e formação
4.4.2. Competência, formação e sensibilização 4.4.2. Competência, formação e sensibilização
5.5.3. Comunicação interna 7.2.3. Comunicação com o cliente
4.4.3. Comunicação 4.4.3. Comunicação, participação e consulta
4.2.1. (Requisitos da documentação) Generalidades
4.4.4. Documentação 4.4.4. Documentação
ANEXOS
130
ISO 9001:2008 ISO 14001:2004 BS OHSAS 18001:2007
4.2.3. Controlo dos documentos 4.4.5. Controlo dos documentos 4.4.5. Controlo dos documentos
7.1. Planeamento da realização do produto 7.2. Processos relacionados com o cliente 7.2.1. Determinação dos requisitos relacionados com o produto 7.2.2. Revisão dos requisitos relacionados com o produto 7.3.1. Planeamento da conceção e desenvolvimento 7.3.2. Entradas para conceção e desenvolvimento 7.3.3. Saídas da conceção e do desenvolvimento 7.3.4. Revisão da conceção e do desenvolvimento 7.3.5. Verificação da conceção e do desenvolvimento 7.3.6. Validação da conceção e do desenvolvimento 7.3.7. Controlo de alterações na conceção e no desenvolvimento 7.4.1. Processo de compra 7.4.2. Informação de compra 7.4.3. Verificação do produto comprado 7.5. Produção e fornecimento do serviço 7.5.1. Controlo da produção e do fornecimento do serviço 7.5.2. Validação dos processos de produção e de fornecimento do serviço 7.5.5. Preservação do produto
4.4.6. Controlo operacional 4.4.6. Controlo operacional
8.3. Controlo do produto não conforme 4.4.7. Preparação e capacidade de resposta a emergências
4.4.7. Preparação e capacidade de resposta a emergências
8. Medição, análise e melhoria (só título) 4.5. Verificação (só título) 4.5. Verificação (só título)
7.6. Controlo dos dispositivos de monitorização e medição 8.1. (Medição, análise e melhoria) Generalidades 8.2.3. Monitorização e medição dos processos 8.2.4. Monitorização e medição do produto 8.4. Análise de dados
4.5.1. Monitorização e medição 4.5.1. Monitorização e medição do desempenho
8.2.3. Monitorização e medição dos processos 8.2.4. Monitorização e medição do produto
4.5.2. Avaliação da conformidade 4.5.2. Avaliação da conformidade
— — 4.5.3. Investigação de incidentes, não conformidades, ações corretivas e ações preventivas (só titulo)
— — 4.5.3.1. Investigação de incidentes
8.3.Controlo do produto não conforme 8.4. Análise de dados 8.5.2. Ações corretivas 8.5.3. Ações preventivas
4.5.3. Não conformidades, ações corretivas e ações preventivas
4.5.3. Não conformidades, ações corretivas e ações preventivas
4.2.4. Controlo dos registos 4.5.4. Controlo dos registos 4.5.4. Controlo dos registos
8.2.2. Auditoria interna 4.5.5. Auditoria interna 4.5.5. Auditoria interna
5.1. Comprometimento da gestão 5.6. Revisão pela gestão (só título) 5.6.1. Generalidades 5.6.2. Entrada para a revisão 5.6.3. Saída da revisão 8.5.1. Melhoria contínua
4.6. Revisão pela gestão 4.6. Revisão pela gestão
Fonte: adaptado de ISO, 2004; BSI, 2007; ISO, 2008; IPQ, 2008a, 2008b e IPQ, 2012.
ANEXOS
131
III. CARTA EMPRESARIAL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A “Carta Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável: Princípios de Gestão Ambiental” foi alvo de
publicação em 1991, pela International Chamber of Commerce (ICC), ou em português Câmara de
Comércio Internacional (CCI), por ocasião da Segunda Conferência Mundial da Industria sobre a Gestão
do Meio Ambiente. A carta tem como objetivo comprometer um amplo leque de organizações, com a
melhoria do desempenho ambiental, por meio da adoção de programas de gestão ambiental (Valle,
2010). A Tabela 19 transcreve na íntegra os princípios de gestão ambiental contemplados na carta.
Tabela 19 – Princípios de gestão ambiental da carta empresarial para o desenvolvimento sustentável.
DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS DE GESTÃO AMBIENTAL
1.º) Prioridade na Empresa – Reconhecer a gestão do ambiente como uma das principais prioridades na empresa e como fator dominante do desenvolvimento sustentável, estabelecer políticas, programas e procedimentos para conduzir as atividades de modo ambientalmente seguro.
2.º) Gestão Integrada – Integrar plenamente em cada empresa essas políticas, seus programas e procedimentos, como elemento essencial de gestão em todos os seus domínios.
3.º) Processo de Aperfeiçoamento – Aperfeiçoar continuamente as políticas, os programas e o desempenho ambiental das empresas, levando em conta os desenvolvimentos técnicos, o conhecimento científico, os requisitos dos consumidores e as expectativas da comunidade, tendo como ponto de partida a regulamentação em vigor, e aplicar os mesmos critérios ambientais no plano internacional.
4.º) Formação do Pessoal – Formar, treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades de maneira responsável em face do ambiente.
5.º) Avaliação Prévia – Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou projeto e antes de desativar uma instalação ou abandonar um local.
6.º) Produtos e Serviços – Desenvolver e fornecer produtos ou serviços que não produzam impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilização prevista, que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de energia e de recursos naturais, que possam ser reciclados, reutilizados ou cuja disposição final não seja perigosa.
7.º) Conselhos de Consumidores – Aconselhar e, em casos relevantes, propiciar a necessária informação aos consumidores, aos distribuidores e ao público, quanto aos aspetos de segurança a considerar na utilização, no transporte, na armazenagem e na disposição dos produtos fornecidos, e aplicar considerações análogas à prestação de serviços.
8.º) Instalações e Atividades – Desenvolver, projetar e operar instalações tendo em conta a eficiência no consumo da energia e dos materiais, a utilização sustentável dos recursos renováveis, a minimização dos impactos ambientais adversos e da produção de resíduos e o tratamento ou a disposição final desses resíduos de forma segura e responsável.
9.º) Pesquisas – Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das matérias-primas, dos produtos, dos processos, das emissões e dos resíduos associados às atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais impactos adversos.
10.º) Medidas Preventivas – Adequar a fabricação, a comercialização, a utilização de produtos ou de serviços, ou a condução de atividades, em harmonia com os conhecimentos científicos e técnicos, para evitar a degradação grave ou irreversível do ambiente.
11.º) Empreiteiros e Fornecedores – Promover a adoção destes princípios pelos empreiteiros contratados pela empresa, encorajando e, em casos apropriados, exigindo a melhoria de seus procedimentos de modo compatível com aqueles em vigor na empresa, e encorajar a mais ampla adoção destes princípios pelos fornecedores.
12.º) Planos de Emergência – Desenvolver e manter, nos casos em que exista risco significativo, planos de ação para situações de emergência, em coordenação com os serviços especializados, as principais autoridades e a comunidade local, tendo em conta os possíveis impactos transfronteiriços.
13.º) Transferência de Tecnologias – Contribuir para a transferência de tecnologia e métodos de gestão que respeitem o ambiente, tanto nos setores industriais como nos de administração pública.
14.º) Contribuição para o Esforço Comum – Contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas, de programas empresariais, governamentais e intergovernamentais, e de iniciativas educacionais que valorizem a consciência e a proteção ambiental.
15.º) Abertura ao Diálogo – Promover a abertura ao diálogo com o pessoal da empresa e com o público, em antecipação e em resposta às respetivas preocupações quanto ao risco e aos impactos potenciais das atividades, dos produtos, resíduos e serviços, incluindo os de significado transfronteiriço ou global.
16.º) Cumprimento de Regulamentos e Informação – Aferir o desempenho das ações sobre o ambiente, proceder regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das exigências internas da empresa, dos requisitos legais e destes princípios, e periodicamente fornecer as informações pertinentes ao Conselho de Administração, aos acionistas, ao pessoal, às autoridades e ao público.
Fonte: adaptado de Valle, 2010, pp. 153–155.
ANEXOS
132
IV. ELEMENTOS QUE FUNDAMENTAM A ESTRATÉGIA E POLÍTICA SUSTENTÁVEL
A Tabela 20 mostra uma matriz de autoavaliação dos elementos-chave que fundamentam a estratégia
e política da organização sustentável, o elemento é avaliado entre o nível 1 (base) e o nível 5 (melhor).
Tabela 20 – Matriz de autoavaliação dos elementos que fundamentam a estratégia e política sustentável.
ELEMENTO CHAVE
NÍVEL DE MATURIDADE RUMO AO SUCESSO SUSTENTADO NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 NÍVEL 4 NÍVEL 5
Estratégia e Política: 1. Generalidades 2. Formulação da estratégia e da política
O processo de planeamento é organizado de uma forma ad hoc. Estratégia, política e objetivos estão só parcialmente definidos. As entradas para a formulação da política e da estratégia são ad hoc e apenas são formulados aspetos relacionados com produto e as finanças.
Há um processo estruturado para a formulação da estratégia e da política. O processo para formulação da estratégia e da política inclui uma análise das necessidades e das expectativas dos clientes, em conjunto com uma análise das exigências estatutárias e regulamentares.
O processo de formulação da estratégia e da política evoluiu para incluir uma análise das necessidades e expectativas de uma gama alargada de partes interessadas. São desenvolvidos planos, depois de avaliadas as necessidades e expectativas das partes interessadas relevantes. O processo de planeamento inclui ter em consideração mudanças nas tendências externas e as necessidades das partes interessadas, obriga a realinhamentos se necessários. Resultados benéficos podem ser associados a anteriores abordagens estratégicas.
A estratégia, as políticas e os objetivos são formulados de uma forma estruturada. A estratégia e as políticas cobrem aspetos relativos a partes interessadas relevantes. Os resultados dos processos da organização para formulação da estratégia e da política são consistentes com as necessidades das suas partes interessadas. Ameaças, oportunidades e disponibilidade de recursos são avaliados e tidos em consideração antes de os planos serem confirmados. Há revisões periódicas e estruturadas dos processos de planeamento.
Pode ser demonstrado que as estratégias resultaram no atingir dos objetivos da organização e na otimização das necessidades das partes interessadas. As partes interessadas estão comprometidas no sucesso da organização, para o qual contribuem, há confiança em que o nível da sua contribuição será mantido. Há confiança em que os sucessos serão sustentados. São usados mecanismos de monitorização e reporte eficazes, incluindo o retorno da informação das partes interessadas para o processo de planeamento.
3. Desdobramento das estratégias e das políticas
São usados e desdobrados objetivos de curto prazo nas operações diárias. São definidos planos estratégicos para a realização do produto.
A estratégia e as políticas são traduzidas em objetivos, para diferentes níveis na organização. São desenvolvidos planos de acordo com o balanço de necessidades e expetativas dos clientes. A estratégia e as políticas evoluem, as necessidades dos clientes são desdobradas em processos e objetivos claramente definidos. São a base para revisões de desempenho e auditorias.
Procede-se à medição do progresso para o atingir dos objetivos estratégicos da organização. As variações positivas ou negativas face aos planos são analisadas e age-se em conformidade.
São definidos objetivos mensuráveis para cada processo e nível da organização, os quais são consistentes com a estratégia. O sistema de gestão é revisto e atualizado, de acordo com as alterações na estratégia. As medições no progresso para o atingir dos objetivos demonstram haver muitas tendências positivas.
O desdobramento da estratégia, do planeamento e da política é regularmente revisto e atualizado usando dados de monitorização e análise do ambiente da organização. A análise do desempenho passado pode demonstrar que a organização é bem sucedida ao ultrapassar desafios emergentes ou imprevistos.
4. Comunicação da estratégia e das políticas
A comunicação processa-se de forma reativa.
É definido e implementado um processo para a comunicação interna e externa.
Há sistemas eficazes para comunicar alterações na estratégia e nos planos às pessoas relevantes dentro da organização.
As alterações na política são comunicadas às partes interessadas relevantes e a todos os níveis dentro da organização.
A eficácia do processo de comunicação é revista periodicamente. Há evidências de que o processo de comunicação satisfaz as necessidades das partes interessadas.
Fonte: adaptado de IPQ, 2011, pp. 37–38.
ANEXOS
133
V. CATEGORIAS E SUBCATEGORIAS DE RELATO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A Tabela 21 apresenta as categorias, subcategorias e aspetos de relato da sustentabilidade, conforme
as diretrizes impostas atualmente pela versão: “G4 Sustainability Reporting Guidelines” do GRI (2013).
Tabela 21 – Categorias e subcategorias de relato da sustentabilidade.
CATEGORIA SUBCATEGORIA ASPETOS DE RELATO DA SUSTENTABILIDADE
ECONÓMICA Económica
• Desempenho Económico • Presença no Mercado • Impactos Económicos Indiretos • Práticas de Compra
AMBIENTAL Ambiental
• Materiais • Energia • Água • Biodiversidade • Emissões • Efluentes e Resíduos • Produtos e Serviços • Conformidade • Transporte • Geral • Avaliação Ambiental de Fornecedores • Mecanismos de Reclamação Relacionadas com os Impactos Ambientais
SOCIAL
Práticas Laborais e
Trabalho Digno
• Emprego • Relações Laborais • Segurança e Saúde no Trabalho • Formação e Educação • Diversidade e Igualdade de Oportunidades • Igualdade de Remuneração entre Homens e Mulheres • Avaliação das Práticas Laborais dos Fornecedores • Mecanismos de Reclamação Relacionadas com as Práticas Laborais
Direitos Humanos
• Investimento • Não Discriminação • Liberdade de Associação e Negociação Coletiva • Trabalho Infantil • Trabalho Forçado ou Obrigatório • Práticas de Segurança • Direitos das Populações Indígenas • Avaliação • Avaliação dos Fornecedores em Matéria de Direitos Humanos • Mecanismos de Reclamação Relacionadas com os Direitos Humanos
Sociedade
• Comunidades Locais • Combate à Corrupção • Políticas Públicas • Concorrência Desleal • Conformidade • Avaliação do Impacto Social dos Fornecedores • Mecanismos de Reclamação Relacionadas com os Impactos na Sociedade
Responsabilidade pelo
Produto
• Segurança e Saúde dos Clientes • Rotulagem de Produtos e Serviços • Comunicações de Marketing • Privacidade do Cliente • Conformidade
Fonte: adaptado de GRI, 2013, p. 9.
ANEXOS
134
VI. COMPROMISSO DAS ORGANIZAÇÕES COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Por cortesia, da Excelentíssima Sr.ª Secretária Geral do BCSD Portugal, Doutora Fernanda Pargana,
apresenta-se, na Tabela 22, uma relação de vários testemunhos de gestores de topo de organizações
membros do BCSD Portugal, relativos ao “Compromisso com o Desenvolvimento Sustentável” (BCSD,
2015). A presente informação foi autorizada a ser publicada na íntegra como anexo à Dissertação de
Mestrado. Na tabela seguinte todas as organizações certificadas, até final de 2013, em qualidade (ISO
9001:2008), ambiente (ISO 14001:2004), segurança e saúde do trabalho (BS OHSAS 18001:2007/
NP 4397:2008), encontram-se respetivamente identificadas na coluna da direita com a sigla QAS.
Tabela 22 – Testemunho de gestores de topo sobre o compromisso com o desenvolvimento sustentável.
GESTOR TESTEMUNHO Aires Pereira | Presidente do Conselho de Administração da LIPOR
“Os clientes são o pilar fundamental no negócio de qualquer organização. Na LIPOR, trabalhamos diariamente para proporcionar soluções sustentáveis a cada cliente, baseadas na qualidade, num elevado nível de serviço, através de uma inovação constante e na credibilidade de uma MARCA construída ao longo de mais de 30 anos de existência.”
QAS
António Calçada de Sá | Administrador Delegado da Repsol Portuguesa “Na REPSOL continuamos a trabalhar na integração do respeito pelos direitos humanos nos processos da companhia. Estamos a elaborar uma política de respeito pelos direitos humanos, que expressa o nosso compromisso com os direitos fundamentais e também a expetativa de comportamento que temos relativamente aos nossos stakeholders no que se refere a direitos humanos.”
QAS
António Mexia | Presidente do Conselho de Administração Executivo da EDP “A gestão estratégica e a operação do dia a dia da EDP são permeadas permanentemente pela preocupação da sustentabilidade, declinada conjugadamente nos planos económico, social e ambiental. Estamos no BCSD Portugal, desde sempre, porque acreditamos que a cooperação empresarial é um instrumento poderoso para promover o desenvolvimento da sociedade.”
QAS
António Mota | Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil “O Grupo Mota-Engil está presente no panorama empresarial há 67 anos. Acreditamos que o sucesso da nossa visão estratégica deve consistir num compromisso firme com uma gestão ética, social e ambientalmente responsável, que integre os valores e princípios da sustentabilidade em tudo o que fazemos e na forma como nos relacionamos com todos os nossos stakeholders.”
QAS
António Raposo de Lima | Presidente da IBM Portugal “A construção de um planeta mais inteligente requer a transformação das cidades em ecossistemas mais sustentáveis e eficientes. Numa crescente convergência com a estratégia de negócio, a IBM aplica tecnologia, inovação e conhecimento em prol das comunidades onde estamos inseridos. Cuidados de saúde acessíveis, educação que faz a diferença, uma rede de transportes de confiança, prevenção e resposta eficaz a emergências, gestão ambiental e muito mais, num sistema integrado e numa ótica de serviço ao cidadão, é o nosso compromisso para com o desenvolvimento sustentável.”
António Rios de Amorim | Presidente do Conselho de Administração da Corticeira Amorim “Na CORTICEIRA AMORIM, valorizamos a tradição e inovação como alicerces para um futuro sustentável. A indústria da cortiça e o montado são um caso único de economia verde. Preservar este ecossistema, toda a biodiversidade que lhe está associada e acrescentar-lhe valor económico, é a forma que temos de partilhar este ativo ímpar com toda a Humanidade.”
QAS
ANEXOS
135
GESTOR TESTEMUNHO
Carlos Melo Ribeiro | Chief Executive Officer do Grupo Siemens Portugal “A nossa história evidencia que o conceito de sustentabilidade está intimamente ligado aos valores da nossa empresa – responsabilidade, excelência e inovação. Desde a criação da empresa, há quase dois séculos, que o seu fundador, Werner von Siemens insistiu que a Siemens assumisse as suas responsabilidades para com seus colaboradores, a sociedade e o meio ambiente.”
QAS
Carlos Vieira | Administrador Delegado da Ensinus “Para uma escola de gestão, sustentabilidade significa saber gerir hoje bens, serviços e pessoas de forma a aumentar a capacidade de resposta aos desafios financeiros, melhorar a gestão de riscos e criar valor adicional e oportunidades futuras de desenvolvimento económico, social e ambiental.”
Cristiano Azevedo | Administrador Delegado da Lidergraf Sustainable Printing “Assumimos a assinatura corporativa ‘Lidergraf | Sustainable Printing’ como uma crença e como uma manifestação de vontade. Uma crença, porque acreditamos que o sucesso só é alcançado através de uma gestão equilibrada e sustentável. Uma manifestação de vontade, porque queremos que a nossa ação seja um compromisso com o futuro e um contributo para o desenvolvimento do contexto económico, social e ambiental em que nos inserimos.”
QA
Diogo da Silveira | Presidente da Comissão Executiva do Grupo Portucel Soporcel “Para o Grupo Portucel, o desenvolvimento sustentável constrói-se numa relação de respeito pelo ambiente e pelas pessoas. Começamos na floresta, acrescentando valor a este recurso natural e renovável, inovamos no papel ecoeficiente que exportamos para mais de 100 países, valorizamos os recursos do país e das regiões e contribuímos para a melhoria das condições de vida das comunidades envolventes.”
QAS
Francisco de Lacerda | Presidente do Conselho de Administração: CTT Correios de Portugal “Os CTT reafirmam o seu compromisso com a sustentabilidade, na integralidade dos pilares económico, social e ambiental. Por razões de cidadania empresarial, mas também porque acreditamos que essa aposta ajuda a otimizar custos, a identificar novas fontes de receitas, a abraçar novas oportunidades e a tornar-nos mais competitivos e acima de tudo, porque dá um sentido e um rumo à atividade da empresa junto das suas partes interessadas.”
QAS
Gilberto Jordan | Presidente do Conselho de Administração da Planbelas, S.A. “O desenvolvimento sustentável sempre fez parte da cultura e gestão do Grupo André Jordan. A nossa gestão assenta num compromisso permanente com a atuação responsável e sustentável. O contributo do BCSD tem sido excelente e inspirador, já que nos tem apoiado a olhar para o futuro com uma visão estratégica, definindo prioridades que proporcionam benefícios para as empresas, ambiente e sociedade.”
QA
Jacques Reber | Diretor Geral da Nestlé Portugal “Na Nestlé, entendemos que o verdadeiro desafio de um negócio é a sua capacidade de criar valor a longo prazo na sociedade. Como tal, preocupamo-nos com o impacto económico, social e ambiental que temos nos países onde operamos, com especial foco nas áreas da nutrição, da água e do desenvolvimento rural, pilares da nossa estratégia para a ‘Criação de Valor Partilhado’.”
AS
Jesus Matías Pérez Alejo | Administrador Delegado da CEPSA Portuguesa Petróleos “Uma das prioridades da CEPSA é integrar a sustentabilidade na gestão, como única forma de crescimento futuro. No desenvolvimento sustentável dos negócios assumimos o compromisso de agir responsavelmente e minimizar o impacto no ambiente. Atentos às comunidades onde estamos, contribuímos para o desenvolvimento local de acordo com a nossa responsabilidade social.”
QAS
João Abecasis | Presidente da Comissão Executiva da UNICER “Na UNICER defendemos que só com a integração dos princípios de desenvolvimento sustentável é que é possível desenvolver um caminho consistente de crescimento, seja nos mercados nacionais ou internacionais. Desta forma, seremos capazes de contribuir para o desenvolvimento social, ambiental e económico de todos aqueles que influenciam a nossa atividade.”
QAS
ANEXOS
136
GESTOR TESTEMUNHO
João António Pintassilgo | Presidente da Administração da Transtejo/Soflusa “O compromisso da gestão do Grupo Transtejo para com o desenvolvimento sustentável, tem sido no sentido de que a necessária sustentabilidade financeira da empresa, especialmente em contexto de recessão económica, não faça regredir a perspetiva social e ambiental, garantindo a continuidade dos princípios da estratégia de sustentabilidade definida pelo grupo.”
João Bento | Presidente da Comissão Executiva da EFACEC “O desenvolvimento sustentável é um compromisso profundo, inequívoco e incontornável para a EFACEC. Faz parte integrante da missão e da visão da companhia e é um suporte fundamental para a nossa estratégia de crescimento e desenvolvimento. Assenta numa análise previsional dos impactos das decisões que tomamos e em metodologias avançadas de gestão do risco.”
QAS
João de Mello | Presidente do Conselho de Administração da CUF “Na CUF encaramos o desenvolvimento sustentável como o equilíbrio entre o sucesso económico, a proteção ambiental, a segurança e a responsabilidade social. Estamos empenhados em usar os recursos naturais da forma mais eficiente e benéfica para o ambiente, proporcionando valor aos clientes e partes interessadas e promovendo uma melhoria da qualidade de vida das atuais, e futuras gerações.”
QAS
João Paulo Oliveira | Presidente da Bosch Termotecnologia “Na Bosch, reconhecemos a nossa responsabilidade e utilizamos as nossas tecnologias e serviços para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Investimos parte significativa do orçamento de I&D em produtos energeticamente eficientes e que permitem conservar recursos naturais. Ao desenvolver e comercializar soluções com ‘Tecnologia para a Vida’, contribuímos para um futuro sustentável.”
QAS
João Roquette | Administrador Delegado do Esporão “O futuro das empresas estará cada vez mais condicionado pelos seus valores, atitude e responsabilidade. O compromisso do Esporão é estar ao serviço da sociedade, e não o contrário, contribuindo para as mudanças tão necessárias no mundo corporativo.”
QA
Jorge Magalhães Correia | Presidente do Conselho de Administração da Fidelidade “A noção de seguro está intrinsecamente ligada ao conceito de sustentabilidade: sem seguro, empresas e pessoas não poderiam assumir riscos e proteger o seu património. Como líder de mercado, o universo das seguradoras do Grupo CGD pretende ser a referência do setor também em matéria de sustentabilidade.”
Jorge Tomé | Presidente da Comissão Executiva do BANIF, S.A. “No Banif, acreditamos que os desequilíbrios da sociedade e a degradação ambiental impõem responsabilidades acrescidas às empresas e impactam cada vez mais no seu desempenho económico. Por isso, estamos empenhados em construir, diariamente, um negócio responsável. Somos resilientes e incansáveis, estamos sensibilizados para continuar a merecer a confiança dos investidores.”
José de Matos | Chief Executive Officer da Caixa Geral de Depósitos (CGD) “A gestão assente nos princípios de sustentabilidade assume uma importância estratégica para a CGD, em prol de uma gestão equilibrada dos recursos disponíveis, na deteção de oportunidades e na criação de valor para o futuro. Este desempenho constitui um diferencial importante na relação com os clientes, principalmente os mais jovens, mais exigentes em termos de consciência ambiental e social. Esta visão de futuro, permite-nos reforçar a confiança que os portugueses nos depositam.”
Q
José de Melo Bandeira | Administrador Delegado da Dalkia “Desenvolvimento sustentável, significa para nós a guerra do saber e da competência nos métiers da energia e ambiente. Na Dalkia atrair e desenvolver talento é a única alavanca para encontrar soluções. Tornar o uso das energias mais eficiente, reduzir as emissões e melhorar os resultados operacionais dos clientes, é a praxis que permitirá crescimento sustentável!”
QAS
ANEXOS
137
GESTOR TESTEMUNHO
José Fortunato | Administrador da Sonae Modelo Continente “Não é por acaso que a Sonae é membro fundador do BCSD Portugal e foi uma das empresas impulsionadoras do World Business Council for Sustainable Development – a sustentabilidade está embutida no núcleo essencial dos nossos valores e não concebemos outra forma de estar presente no mundo dos negócios: responsável, solidária e long-living.”
Q
José Galamba de Oliveira | Presidente da Accenture Portugal “Na Accenture, o conceito de sustentabilidade está sempre presente, e a procura constante da excelência leva-nos a incorporar a sustentabilidade de forma transversal, e por isso mesmo acabámos de lançar o nosso primeiro Relatório de Responsabilidade Corporativa, uma experiência que nos permitiu avaliar a relação entre o impacto da nossa atividade e o desenvolvimento sustentável.”
José Leitão | Chief Executive Officer da APCER “A APCER assume a sustentabilidade como parte integrante da sua estratégia, tanto ao nível da gestão da sua atividade, como ao nível dos serviços que disponibiliza, contemplando boas práticas económico-financeiras, de responsabilidade social e de gestão ambiental, tendo por finalidade a criação de valor para os stakeholders e sociedade em geral.”
José Pereira Alves | Territory Senior Partner da PwC “Na PwC, sustentabilidade significa sobretudo o desenvolvimento de uma consciência, que se inicia com a liderança responsável de cada pessoa e termina num plano de ação conjunto, para o qual todos têm contribuído com sucesso. Para nós, a responsabilidade corporativa assenta em quatro vertentes – mercado, pessoas, comunidade e ambiente – e reflete-se na forma como trabalhamos e envolvemos as partes interessadas, bem como, na promoção de práticas responsáveis.”
QAS
Luís Araújo | Administrador do Grupo Pestana “O Grupo Pestana prossegue políticas de qualidade de serviço, responsabilidade social, segurança, saúde e higiene no trabalho, segurança alimentar, comunicação e ambiente. Estes compromissos refletem a nossa abordagem ao desenvolvimento sustentável: criar valor no longo prazo, desenvolvendo atividade com respeito pelo ambiente, comunidades e culturas locais, colaboradores e clientes.”
Luís Barroso | Administrador da Carris “A CARRIS encara a sustentabilidade nas vertentes económica, ambiental e social, evidenciando a consciência de que o seu desenvolvimento terá que ser consistente e duradouro. A sustentabilidade traduz-se no compromisso permanentemente, refletido no interior e no exterior da organização.”
QAS
Luis Laginha de Sousa | Chairman and Chief Executive Officer da NYSE Euronext Lisbon “Mercados transparentes e organizados, são instrumentos poderosos para estimular e compensar as empresas que adotem as melhores práticas de desenvolvimento sustentável, estando a Bolsa Portuguesa fortemente empenhada em promover ativamente as melhores práticas, bem como, as empresas que se destacam na implementação de políticas de sustentabilidade.”
Luis Serrano | Country Manager do Grupo Solvay Portugal e Espanha “Asking more from chemistry traduz o firme compromisso da Solvay com um novo modelo de negócio. Executando uma política ambiciosa e estruturada de Sustentabilidade, a que chamamos Solvay Way, procuramos responder às necessidades dos nossos stakeholders e enfrentar os desafios cruciais de um mundo em evolução. Na Solvay, acreditamos que a química é parte da resposta. Por isso, partilhamos da missão que o BCSD Portugal se comete e, imaginando e produzindo soluções inovadoras, promovemos a mudança rumo a um desenvolvimento sustentável.”
QAS
Luís Sousa | Diretor Geral da Biorumo “A tradução de uma realidade atual no que concerne a práticas empresariais, procura e investe em soluções e respostas fidedignas para as pressões que o Planeta e as sociedades enfrentam, assenta na utilização dos recursos de forma equilibrada, de acordo com os princípios económicos e sociais que todas as organizações devem procurar atingir.”
ANEXOS
138
GESTOR TESTEMUNHO
Luís Veiga Martins | Diretor Geral da Sociedade Ponto Verde “A Sociedade Ponto Verde desde que foi criada, há mais de quinze anos e por via da atividade que desenvolve, gestão de um sistema integrado de embalagens e resíduos de embalagens, tem implementado todo um conjunto de ações e obtidos resultados que a colocam num patamar em que o conceito de desenvolvimento sustentável faz parte naturalmente do ADN da empresa.”
Manuel Ferreira de Oliveira | Presidente Executivo da Galp Energia “Na Galp Energia acreditamos numa gestão sustentável pautada pelo equilíbrio entre a rentabilidade dos acionistas e o compromisso com a sociedade e o ambiente. Nas nossas diversas atividades procuramos atuar de forma inovadora, competitiva e com ambição, adotando os princípios fundamentais da sustentabilidade, com particular ênfase na ética, na segurança, na preservação do ambiente e na responsabilidade corporativa.”
QAS
Manuel Queiró | Presidente do Conselho de Administração da CP “A CP – Comboios de Portugal é o maior operador nacional de transporte de pessoas e mercadorias. O comboio é um vetor fundamental para uma mobilidade verdadeiramente sustentável, conjugando eficiência e respeito pelo ambiente. Aliadas estas caraterísticas à elevada responsabilidade social e económica da empresa, pela prestação de um serviço público essencial ao país, a promoção do desenvolvimento sustentável é uma componente intrínseca ao seu ADN.”
Q
Margarida Couto | Partner da Vieira de Almeida & Associados “Quando medimos a nossa pegada carbónica, as emissões totais da Vieira de Almeida eram equivalentes às que resultariam de 100 voltas ao mundo em automóvel e as emissões por colaborador equivaliam a 10 viagens de avião ida-e-volta entre Lisboa e Londres. Assumimos o compromisso de fazer mais e melhor. Por isso, continuamos a reduzir, reutilizar e reciclar. E sabemos que juntos faremos diferença!”
Miguel Pernes | Administrador Delegado da ABB “A ABB contribui para ‘um mundo melhor’, como diz o lema do Grupo, no qual uma população sempre crescente tenha acesso a recursos, saúde e bem-estar. Isto significa que estamos fortemente empenhados na criação de soluções inovadoras, nomeadamente na área da eficiência energética, de forma a fazermos mais com menos, em prol de um futuro mais sustentável.”
QAS
Miguel Teixeira de Abreu | Chairman da Comissão de Sustentabilidade da Abreu Advogados “Os 20 anos que a AB completa em 2013 são o espelho do seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, onde a mudança e a inovação se refletem na qualidade do serviço jurídico que presta, na visão humanista das relações com todos os seus colaboradores, na aposta pela conciliação da vida profissional com a vida pessoal, na importância da organização e da boa gestão, e sobretudo, na criação de uma instituição que perdure muito para lá da geração que a fundou.”
Q
Nathalie Ballan | Partner da Sair da Casca “Na Sair da Casca, o nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável confunde-se com a nossa missão: estimular a mudança, através de ações focadas nos impactos; dinamizar a cooperação entre as empresas e a sociedade; educar para a sustentabilidade.”
Nuno Amado | Presidente do Millenium BCP “No Millennium BCP o compromisso com a sustentabilidade passa por prosseguir a procura permanente de soluções inovadoras que deem resposta às constantes alterações económicas, sociais e de regulação, preservando uma relação transparente e de confiança com os stakeholders que contribuem para o desenvolvimento sustentado do Banco.”
Q
Nuno Costa | Chief Executive Officer da Ecoprogresso “A Ecoprogresso contribui com empenho e paixão para o desenvolvimento sustentável, através do profundo envolvimento com os seus clientes, catalisando a consciencialização e a integração das alterações climáticas nas políticas públicas e investimentos privados e a antecipação de desafios e implementação de estratégias para um futuro em estado puro.”
ANEXOS
139
GESTOR TESTEMUNHO
Paulo Carvalho | Diretor Geral da SAP Portugal “As empresas líderes do século XXI entendem o sucesso como algo mais amplo que o mero desempenho financeiro. O impacto no mundo – social, ambiental e económico – também é considerado. A SAP investe em inovação e tecnologia, para proporcionar maior acesso à informação e para resolver os desafios da sustentabilidade.”
Paulo Morgado | Administrador Delegado da Capgemini “O Grupo Capgemini é um dos maiores fornecedores mundiais de serviços de consultoria, tecnologia e outsourcing. Como tal, reconhecemos que devemos ter um papel ativo na identificação e minimização dos nossos impactes ambientais, não apenas através da forma como gerimos o nosso negócio, mas também através da forma como influenciamos os nossos clientes e parceiros.”
QA
Pedro Bogas | Presidente do Metropolitano de Lisboa “No Metropolitano de Lisboa assumimos a responsabilidade de contribuir ativamente para a sustentabilidade da região onde operamos, oferecendo mobilidade sustentável (ao nível económico, social e ambiental), ao mesmo tempo que garantimos a sustentabilidade da própria empresa. Esta é a nossa missão, mas também o nosso grande desafio.”
Q
Pedro Quintela | Diretor Geral da Xerox Portugal “Como parte integrante da sociedade civil, na Xerox queremos ser um agente de mudança ao nível das mentalidades e práticas, por isso todo o nosso modelo de negócio e as nossas soluções assentam numa perspetiva de contínua inovação e diferenciação de forma a trazer eficiência e ganhos de produtividade para os clientes. A nível social e ambiental temos várias iniciativas que envolvem os nossos colaboradores e um forte espírito de colaboração com várias entidades sem fins lucrativos.”
QA
Pedro Soares dos Santos | Chairman do Grupo Jerónimo Martins “Para um Grupo que conta mais de 220 anos de existência, a sustentabilidade assume um significado especialmente profundo. Somos herdeiros de um legado que nos orgulhamos de continuar a fazer crescer enquanto negócio responsável, que emprega cerca de 70 mil colaboradores no conjunto dos países onde desenvolvemos hoje a nossa atividade: Portugal, Polónia e Colômbia. Move-nos, além desta responsabilidade, uma visão orientada à criação de valor para os nossos consumidores, os nossos parceiros de negócio e os acionistas, fundada no respeito pelas pessoas e pelo planeta em que vivemos.”
Q
Sérgio Caçador Ramos | Presidente da Administração da OVO Solutions “É através de uma gestão integradora e eficiente, onde a procura pelo bem comum é constante, que a OVO Solutions aposta na criação de soluções sustentáveis que permitam equilibrar o planeta e os seus recursos, contribuindo para a sensibilização e edificação de uma sociedade ambientalmente mais responsável.”
Q
Sérgio Teixeira Santos | Managing Director da TerraSystemics “Sendo as alterações climáticas um dos principais desafios da sociedade atual, a TerraSystemics, através da marca de gestão de carbono e)mission®, tem desenvolvido trabalho no combate global às alterações climáticas, através da mitigação e compensação das emissões de gases com efeito de estufa. É um passo importante na transição para uma economia de baixo carbono”.
Sikander Sattar | Presidente da KPMG Portugal “Entendemos a sustentabilidade como um pilar que garante a continuidade do nosso negócio, o futuro da humanidade e do planeta como um todo. Por isso estamos empenhados em incorporar diariamente medidas que reforcem o nosso compromisso, tanto a nível interno, como através do trabalho que desenvolvemos os nossos colaboradores, com clientes e ONGs.”
Vasco de Mello | Presidente do Conselho de Administração da BRISA “Apesar dos tempos difíceis que vivemos, o tema da sustentabilidade tornou-se ainda mais estratégico. As empresas têm vindo a ajustar-se, mas só terão sucesso se tiverem em conta o equilíbrio entre os três vetores, económico, social e ambiental, demonstrando a energia e a ousadia necessárias para vencer a adversidade e para construir o futuro.”
QA
ANEXOS
140
GESTOR TESTEMUNHO
Victor Rodrigues | Diretor Geral da Gestamp Aveiro “A Gestamp Aveiro encara o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável como um processo de melhoria contínua de longo prazo. Integramos na nossa estratégia essa orientação e acreditamos que de uma forma progressiva podemos fazer mais e melhor.”
QA
LEGENDA92: QAS – Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001), Ambiente (ISO 14001) e Segurança (BS OHSAS 18001 /NP 4397) | QA – Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001) e Ambiente (ISO 14001) | QS – Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001) e Segurança (BS OHSAS 18001/NP 4397) | AS – Certificação do Sistema de Gestão do Ambiente (ISO 14001) e Segurança (BS OHSAS 18001/NP 4397) | Q – Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001). Fonte: adaptado de BCSD, 2015.
O gráfico da Figura 29 apresenta uma visão holística dos diversos conceitos ou temas, que estruturam
textualmente o “Compromisso com o Desenvolvimento Sustentável” (ver Tabela 22), assumido sob a
forma de testemunho por 52 gestores de topo de organizações membros do BCSD Portugal. No top 10
dos “conceitos ou temas”, mais frequentes, que estruturam o “Compromisso com o Desenvolvimento
Sustentável”, temos por ordem decrescente de frequência de ocorrência, os seguintes “conceitos ou
temas”: a Sustentabilidade mencionada por 24 (46,2%) gestores de topo de organizações membros do
BCSD Portugal, o Sucesso Sustentado (Excelência da Gestão) e o Desenvolvimento Sustentável (DS)
ambos mencionados por 20 (38,5%) gestores de topo, a Comunidade Local (Sociedade) referida por 18
(34,6%) gestores de topo, as Outras Questões Económicas mencionadas por 17 (32,7%) gestores de
topo, a Investigação, Desenvolvimento e Inovação mencionada por 13 (25,0%) gestores de topo, o
Equilíbrio Económico, Ambiental e Social mencionado por 12 (23,1%) gestores de topo e, por último, os
Clientes (Consumidores), as Outras Questões Ambientais e as Outras Questões Sociais todos estes três
(3) referidos por 10 (19,2%) gestores de topo. Destaca-se, no geral, ainda pela frequência de utilização
os seguintes “conceitos ou temas”: os Recursos Humanos (Colaboradores) mencionados por 9 (17,3%)
gestores de topo, a Qualidade dos Produtos e/ou Serviços e as Partes Interessadas (Stakeholders)
ambos mencionados por 8 (15,4%) gestores de topo, a Responsabilidade Social mencionada por 6
(11,5%) gestores de topo, a Proteção Ambiental (Preservação ou Defesa) mencionada por 5 (9,6%)
gestores de topo, os Acionistas (Shareholders), o Impacto na Economia Global (Crescimento), a
Conservação dos Recursos Naturais a Responsabilidade Ambiental todos os quatro (4) mencionados
por 4 (7,7%) gestores de topo, a Eficiência Energética (Consumo de Energia), a Gestão Ambiental, a
Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho, a Gestão do Risco e Incerteza e o Corporate Governance,
todos estes cinco (5) referidos por 3 (5,8%) gestores de topo, de atuais membros do BCSD Portugal. 92A informação apresentada, na Tabela 22, relativa à certificação dos sistemas de gestão da Qualidade (Q), Ambiente (A) e Segurança (S) das organizações portuguesas, resulta da consulta da Listagem Geral de Empresas, Serviços e Produtos Certificados (atualizada a 31 de dezembro de 2013), publicada em anexo ao Guia de Empresas Certificadas (GEC) de 2014. Edição 09. Lisboa: Cempalavras. Disponível para consulta integral na Internet em URL: http://www.cempalavras.pt/GEC_2014/PDF/LISTAGEM_GEC_2014.pdf.
ANEXOS
141
Figura 29 – O compromisso com o desenvolvimento sustentável, segundo os membros do BCSD Portugal.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
104
2000000
80
134
02
175
20
12
322
02
2444
310
21
000
180000
19
63
100
8000
13
220
10
32
121
0 10 20 30
Clientes (Consumidores) [01]Acionistas (Shareholders) [02]
Sucesso Sustentado (Excelência da Gestão) [03]Tratamento de Reclamações [04]
Satisfação dos Clientes [05]Concorrência Leal [06]
Anticorrupção (Antissuborno) [07]Relações de Parceria com Fornecedores [08]
Qualidade dos Produtos e/ou Serviços [09]Rotulagem de Produtos e/ou Serviços [10]
Investigação, Desenvolvimento e Inovação [11]Impacto na Economia Global (Crescimento) [12]
Informação Financeira (Relato Financeiro) [13]Gestão da Qualidade [14]
Outras Questões Económicas [15]Proteção Ambiental (Preservação ou Defesa) [16]Controlo dos Aspetos e Impactes Ambientais [17]Prevenção e Controlo da Poluição Ambiental [18]Prevenção dos Acidentes Industriais Graves [19]
Prevenção das Alterações Climáticas [20]Eficiência Energética (Consumo de Energia) [21]
Gestão de Resíduos (Reciclagem) [22]Gestão das Emissões Atmosféricas [23]
Tratamento de Águas Residuais (Efluentes) [24]Biodiversidade (Ecologia dos Ecossistemas) [25]
Sustentabilidade [26]Conservação dos Recursos Naturais [27]
Responsabilidade Ambiental [28]Gestão Ambiental [29]
Outras Questões Ambientais [30]Ética e/ou Conduta Empresarial [31]
Direitos Humanos [32]Prevenção do Trabalho Infantil e/ou Forçado [33]Igualdade de Oportunidades (Discriminação) [34]
Voluntariado e/ou Filantropia [35]Comunidade Local (Sociedade) [36]
Controlo de Perigos e Riscos Profissionais [37]Prevenção de Acidentes de Trabalho [38]Prevenção de Doenças Profissionais [39]
Prevenção de Lesões e Danos na Saúde [40]Segurança de Produtos e/ou Serviços [41]
Recursos Humanos (Colaboradores) [42]Responsabilidade Social [43]
Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho [44]Outras Questões Sociais [45]
Conformidade Legal e Normativa [46]Partes Interessadas (Stakeholders) [47]Certificação de Sistemas de Gestão [48]
Auditoria a Sistemas de Gestão [49]Formação, Qualificação e Competência [50]
Transparência, Integridade e/ou Respeito [51]Gestão do Risco e Incerteza [52]
Melhoria Contínua [53]Desenvolvimento Sustentável (DS) [54]Sustentabilidade Empresarial (SE) [55]
Responsabilidade Social Empresarial (RSE) [56]Corporate Governance (CG) [57]
Triple Bottom Line (TBL) [58]Equilíbrio Económico, Ambiental e Social [59]
Sistema Integrado de Gestão (SIG) [60]
Número de Organizações
Compromisso com o Desenvolvimento Sustentável
Gestores de Topo Organizações Membros do BCSD Portugal
ANEXOS
142
VII. ORGANIZAÇÕES CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
A Tabela 23 apresenta uma relação de todas as organizações com sede ou delegação em Portugal,
que possuíam os seus sistemas de gestão da Qualidade (ISO 9001), Ambiente (ISO 14001), Segurança
e Saúde do Trabalho (BS OHSAS 18001/NP 4397) certificados, à data de 31 de dezembro de 2013.
Tabela 23 – Lista de organizações portuguesas certificadas em qualidade, ambiente e segurança.
ORGANIZAÇÕES CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA 2045 – EMPRESA DE SEGURANÇA, S.A.
A. SILVA MATOS – ENERGIA, S.A.
A. SILVA MATOS – METALOMECÂNICA, S.A.
ABB – ASEA BROWN BOVERI, S.A.
ABOUT THE FUTURE – EMPRESA PRODUTORA DE PAPEL, S.A.
AC CONCEPT, S.A.
ACCENDO, LDA.
ACONTROL – AUTOMAÇÃO E CONTROLO INDUSTRIAL, LDA.
ADA – ÁGUAS DE ALENQUER, S.A.
ADC – ÁGUAS DE CASCAIS, S.A.
ADP – ÁGUAS DE PORTUGAL INTERNACIONAL, SERVIÇOS AMBIENTAIS, S.A.
ADP – ÁGUAS DE PORTUGAL, ENERGIAS RENOVÁVEIS E SERVIÇOS AMBIENTAIS, S.A.
ADP – ÁGUAS DE PORTUGAL, SERVIÇOS AMBIENTAIS, S.A.
ADP – ÁGUAS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.
ADUBOS DEIBA – COMERCIALIZAÇÃO DE ADUBOS, LDA.
AEG – ARADA, ENGENHARIA E GESTÃO DE EMPREITADAS, LDA.
AFAPLAN – PLANEAMENTO E GESTÃO DE PROJECTOS, S.A.
AFAVIAS – ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES – AÇORES, S.A.
AFAVIAS – ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A.
AGERE – EMPRESA DE ÁGUAS, EFLUENTES E RESÍDUOS DE BRAGA, E.M.
AGP – ARADA GESTÃO DE PARTICIPAÇÕES, LDA.
AGS – ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE SISTEMAS DE SALUBRIDADE, S.A.
ÁGUAS DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO, S.A.
ÁGUAS DO ALGARVE, S.A.
ÁGUAS DO CENTRO ALENTEJO, S.A.
ÁGUAS DO CENTRO, S.A.
ÁGUAS DO DOURO E PAIVA, S.A.
ÁGUAS DO MONDEGO – SISTEMA MULTIMUNICIPAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE SANEAMENTO DO BAIXO MONDEGO […], S.A.
ÁGUAS DO NOROESTE, S.A.
ÁGUAS DO NORTE ALENTEJANO, S.A.
ÁGUAS DO OESTE, S.A.
ÁGUAS DO ZÊZERE E CÔA, S.A.
ÁGUAS E PARQUE BIOLÓGICO DE GAIA, E.M., S.A.
AIR LIQUIDE MEDICINAL, S.A.
ALBERTO COUTO ALVES, S.A.
ALERT LIFE SCIENCES COMPUTING, S.A.
ALEXANDRE BARBOSA BORGES, S.A.
ALGAR – VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, S.A.
ALLIANCE HEALTHCARE, S.A.
ALSTOM PORTUGAL, S.A.
ALUBAIRRO – SERRALHARIA CIVIL, LDA.
ALVECABO – CONSTRUÇÃO CIVIL E COMUNICAÇÕES, S.A.
ALVES RIBEIRO, S.A.
AMAL – CONSTRUÇÕES METÁLICAS, S.A.
AMARSUL – VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, S.A.
AMBIENTE GLOBAL – SERVIÇOS AMBIENTAIS, LDA.
AMBIFLORA – SERVIÇOS DE SILVICULTURA E EXPLORAÇÃO FLORESTAL, LDA.
AMCOR FLEXIBLES NEOCEL – EMBALAGENS UNIPESSOAL, LDA.
ANEXOS
143
ORGANIZAÇÕES CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA AMCOR FLEXIBLES PORTUGAL, LDA.
AMÉRICO COELHO RELVAS, SUCESSORES, S.A.
AMÉRICO MARQUES DUARTE, LDA.
AMORIM CORK COMPOSITES, S.A.
AMPERNOR – AUTOMAÇÃO E INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS, LDA.
AMS – GOMA CAMPS, S.A.
ANA – AEROPORTOS DE PORTUGAL, S.A.
ANTÓNIO FERREIRA DA SILVA & FILHOS, S.A.
AP – ÁGUAS DE PAREDES, S.A.
APADIL – ARMADURAS, PLÁSTICOS E ACESSÓRIOS DE ILUMINAÇÃO, S.A.
APS – ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SINES, S.A.
AQUALEVEL, UNIPESSOAL, LDA.
AQUALOGUS – ENGENHARIA E AMBIENTE, LDA.
AQUAPOR – SERVIÇOS, S.A.
AQUASIS – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, S.A.
ARAMUS – INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS E SISTEMAS ELÉCTRICOS E ELECTROMECÂNICOS, LDA.
ARBOSER – SERVIÇOS AGRO-INDUSTRIAIS, S.A.
ARESTALFER, S.A.
ARGEA – GABINETE DE ENGENHARIA E ARQUITECTURA, LDA.
ARLINDO CORREIA & FILHOS, S.A.
AROXAMBIENTE – CONSTRUÇÕES METÁLICAS, S.A.
ARTELIA AMBIENTE, S.A.
ASFALCENTRO – COMÉRCIO DE ASFALTOS, S.A.
ATLANTIC ISLANDS ELECTRICITY (MADEIRA) – PRODUÇÃO, TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA, S.A.
ATLANTIC PHARMA – PRODUÇÕES FARMACÊUTICAS, S.A.
ATM – ASSISTÊNCIA TOTAL EM MANUTENÇÃO, S.A.
AV – ÁGUAS DE VALONGO, S.A.
AVEICABO – TELECOMUNICAÇÕES E SERVIÇOS, S.A.
BAIXO SABOR – BENTO PEDROSO CONSTRUÇÕES E LENA ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, ACE.
BARATA E MARCELINO – ENGENHARIA ENERGÉTICA, S.A.
BARCLAYS BANK PLC – SUCURSAL EM PORTUGAL
BE WATER, S.A.
BEIRAGÁS – COMPANHIA DE GÁS DAS BEIRAS, S.A.
BEMPOSTA – INVESTIMENTOS TURÍSTICOS DO ALGARVE, S.A.
BERMA – CENTRO DE IMPRESSÃO DIGITAL, LDA.
BHB – SISTEMAS DE CONTROLO E MEDIDA, LDA.
BIAL – ARISTEGUI, PRODUTOS FARMACÊUTICOS, S.A.
BIAL – PORTELA & CA., S.A.
BIAL OTC – PRODUTOS PARA A SAÚDE E HIGIENE, S.A.
BIALFAR – PRODUTOS FARMACÊUTICOS, S.A.
BIALPORT – PRODUTOS FARMACÊUTICOS, S.A.
BI-BLOCO – PRODUTOS DE COMUNICAÇÃO, S.A.
BIOVIA – ENGENHARIA E GESTÃO AMBIENTAL, S.A.
BLUEPHARMA – INDÚSTRIA FARMACÊUTICA, S.A.
BOMBARDIER TRANSPORTATION PORTUGAL, S.A.
BOMBAS GRUNDFOS (PORTUGAL), S.A.
BONSAI WIND CONSTRUCTION, S.A.
BOSCH CAR MULTIMÉDIA PORTUGAL, S.A.
BOSCH SECURITY SYSTEMS – SISTEMAS DE SEGURANÇA, S.A.
BOSCH TERMOTECNOLOGIA, S.A.
BRAGALUX – MONTAGENS ELÉCTRICAS, S.A.
BRAVAL – VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, S.A.
BRESFOR – INDÚSTRIA DO FORMOL, S.A.
BRISA – CONSERVAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAS, S.A.
BRITALAR – SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES, S.A.
BYSAT II, S.A.
BYSTEEL, S.A.
CAIMA – INDÚSTRIA DE CELULOSE, S.A.
CAIMA ENERGIA – EMPRESA DE GESTÃO E EXPLORAÇÃO DE ENERGIA, S.A.
ANEXOS
144
ORGANIZAÇÕES CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA CALHEIROS EMBALAGENS, S.A.
CÂMARA MUNICIPAL DE MORA
CANAS – ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, S.A.
CÂNDIDO JOSÉ RODRIGUES II RENEWABLES, S.A.
CÂNDIDO JOSÉ RODRIGUES, S.A.
CARI – CONSTRUTORES, S.A.
CARLOS FERREIRA DA SILVA & FILHOS – RECOLHA E RECICLAGEM DE PAPÉIS E PLÁSTICOS, LDA.
CARLOS GIL – OBRAS PÚBLICAS CONSTRUÇÃO CIVIL E MONTAGENS ELÉCTRICAS, LDA.
CARMONA – GESTÃO GLOBAL DE RESÍDUOS PERIGOSOS, S.A.
CARMONA – SOCIEDADE DE LIMPEZA E TRATAMENTO DE COMBUSTÍVEIS, S.A.
CASAIS – ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, S.A.
CBE – PROJECTOS E ENGENHARIA EM TELECOMUNICAÇÕES, S.A.
CCENERGIA – AUDITORIA E CONSULTORIA ENERGÉTICA, LDA.
CEC – COMUNICAÇÕES E COMPUTADORES, S.A.
CEGELEC – INSTALAÇÕES E SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO, LDA.
CELFOCUS – SOLUÇÕES INFORMÁTICAS PARA TELECOMUNICAÇÕES, S.A.
CELTEJO – EMPRESA DE CELULOSE DO TEJO, S.A.
CELULOSE BEIRA INDUSTRIAL (CELBI), S.A.
CENFIM – CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DA INDÚSTRIA METALÚRGICA E METALOMECÂNICA
CENOR CONSULTORES, S.A.
CENTRUM – FOMENTO TÉCNICO INDUSTRIAL, LDA.
CEPSA – PORTUGUESA DE PETRÓLEOS, S.A.
CHAMARTÍN IMOBILIÁRIA, SGPS, S.A.
CHARON – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA, S.A.
CIARGA – ARGAMASSAS SECAS, S.A.
CIMPOR – INDÚSTRIA DE CIMENTOS, S.A.
CIN – CORPORAÇÃO INDUSTRIAL DO NORTE, S.A.
CIN INDÚSTRIA, S.A.
CINCLUS – PROJECT MANAGEMENT, S.A.
CIPADE – INDÚSTRIA E INVESTIGAÇÃO DE PRODUTOS ADESIVOS, S.A.
CIPROS – COMÉRCIO E INDUSTRIA DE PRODUTOS DE SEGURANÇA, LDA.
CITRI – CENTRO INTEGRADO DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS, S.A.
CITRUP – CENTRO INTEGRADO DE RESÍDUOS, LDA.
CITYGÁS – INFRAESTRUTURAS DE GÁS, S.A.
CLC – COMPANHIA LOGÍSTICA DE COMBUSTIVEIS, S.A.
CLEAR – INSTALAÇÕES ELECTROMECÂNICAS, S.A.
CME – CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO ELECTROMECÂNICA, S.A.
CMP – CIMENTOS MACEIRA E PATAIAS, S.A.
COBELBA – SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO CIVIL, S.A.
COIMBRA JARDIM HOTEL – SOCIEDADE DE GESTÃO HOTELEIRA, S.A.
COMBITUR – CONTRUÇÕES IMOBILIÁRIAS E TURÍSTICAS, S.A.
COMPANHIA CARRÍS DE FERRO DE LISBOA, S.A.
COMPANHIA INDUSTRIAL DE RESINAS SINTÉTICAS, CIRES, LDA.
CONDURIL – ENGENHARIA, S.A.
CONFORLIMPA (TEJO) – MULTISERVIÇOS, S.A
CONFRASILVAS – COFRAGENS, S.A.
CONSDEP – ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, S.A.
CONSTRUÇÕES DIVIREIS, LDA.
CONSTRUÇÕES EUROPA AR-LINDO, S.A.
CONSTRUÇÕES GABRIEL A.S. COUTO, S.A.
CONSTRUÇÕES PRAGOSA, S.A.
CONSTRUÇÕES REFOIENSE, LDA.
CONSULGAL – CONSULTORES DE ENGENHARIA E GESTÃO, S.A.
CONSULTOP – CONTABILIDADE, ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS, LDA.
CORREIA & CORREIA, LDA.
COSTA & CARVALHO, S.A.
COSTA & COSTA, LDA.
COSTEIRA – ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, S.A.
COVIPOR – COMPANHIA VIDREIRA DO PORTO, LDA.
ANEXOS
145
ORGANIZAÇÕES CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA CRIAGÁS – ENERGIA E COMUNICAÇÕES, S.A.
CROWN CORK & SEAL DE PORTUGAL – EMBALAGENS, S.A.
CTT – CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.
CTT EXPRESSO – SERVIÇOS POSTAIS E LOGÍSTICA, S.A.
CUF – QUÍMICOS INDUSTRIAIS, S.A.
DALKIA – ENERGIA E SERVIÇOS, S.A.
DANONE PORTUGAL, S.A.
DIANAGÁS – SOCIEDADE DISTRIBUIDORA DE GÁS NATURAL DE ÉVORA, S.A.
DIMETRONIC, S.A. – SUCURSAL EM PORTUGAL
DIVERINSTAL – INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES, SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA.
DOMINGOS DA SILVA TEIXEIRA, S.A.
DOMINÓ – INDÚSTRIAS CERÂMICAS, S.A.
DOUROGÁS PROPANO – COMPANHIA COMERCIALIZADORA DE PROPANO, S.A.
DRIVETEL – SERVIÇOS E PROJECTOS DE TELECOMUNICAÇÕES, S.A.
DURIENSEGÁS – SOCIEDADE DISTRIBUIDORA DE GÁS NATURAL DO DOURO, S.A.
E. CORREIA DE BRITO, LDA.
EAD – EMPRESA DE ARQUIVO DE DOCUMENTAÇÃO, S.A.
EAMB – ESPOSENDE AMBIENTE, E.M. – SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA.
ECOAMBIENTE – CONSULTORES DE ENGENHARIA, GESTÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, S.A.
ECOCICLO – ENERGIA E AMBIENTE, S.A.
ECODEAL – GESTÃO INTEGRAL DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS, S.A.
ECO-OIL – TRATAMENTO DE ÁGUAS CONTAMINADAS,S.A.
ECOREDE – ENGENHARIA E SERVIÇOS, S.A.
ECOTÉCNICA – ELEVAÇÃO E TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTOS, S.A.
EDIFER – CONSTRUÇÕES PIRES COELHO & FERNANDES, S.A.
EDIVISA – EMPRESA DE CONSTRUÇÕES, S.A.
EDP GÁS – SERVIÇO UNIVERSAL, S.A.
EDP GÁS – SGPS, S.A.
EDP PRODUÇÃO – BIOELÉCTRICA, S.A.
EDULAB – LABORATÓRIO DE EDULCORANTES, LDA.
EFACEC – SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO E ASSISTÊNCIA, S.A.
EFACEC ENERGIA – MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ELÉCTRICOS, S.A.
EFACEC ENGENHARIA E SISTEMAS, S.A.
EFAPEL – EMPRESA FABRIL DE PRODUTOS ELÉCTRICOS, S.A.
EGEO – TECNOLOGIA E AMBIENTE, S.A.
EGEO SOLVENTES, S.A.
EGF – EMPRESA GERAL DO FOMENTO, S.A.
EIKON CENTRO GRÁFICO, S.A.
EIP – ELECTRICIDADE INDUSTRIAL PORTUGUESA, S.A.
ELECTRO-MINHO, LDA.
EME SINGULAR, LDA.
EMIÁTOMO – PROJECTOS E MANUTENÇÃO INDUSTRIAL, LDA.
EMPRESA DE CONSTRUÇÕES AMÂNDIO CARVALHO, S.A.
ENAME – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS, S.A.
ENAQUE – ENGENHARIA E ARQUITECTURA, LDA.
ENESCOORD – COORDENAÇÃO E GESTÃO DE PROJECTOS E OBRAS, LDA.
ENOR – ELEVAÇÃO E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS, LDA.
ENVIRO – ENGENHARIA E GESTÃO AMBIENTAL, LDA.
EPME – EMPRESA PORTUGUESA DE MONTAGENS ELÉCTRICAS, S.A.
EPOS – EMPRESA PORTUGUESA DE OBRAS SUBTERRÂNEAS, S.A.
EQS – SERVIÇOS DE ENGENHARIA, QUALIDADE E SEGURANÇA, LDA.
ERI – ENGENHARIA, S.A.
ERMESA – SOCIEDADE METALOMECÂNICA, S.A.
ERSUC – RESÍDUOS SÓLIDOS DO CENTRO, S.A.
ERTECNA – EMPRESA DE REVESTIMENTOS TÉCNICOS, LDA.
ESCALA VILA FRANCA – SOCIEDADE GESTORA DO EDIFÍCIO, S.A.
ESSILOR PORTUGAL – SOCIEDADE INDUSTRIAL DE ÓPTICA, LDA.
ETERMAR – ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, S.A.
EURENER PORTUGAL, LDA.
ANEXOS
146
ORGANIZAÇÕES CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA EUREST PORTUGAL – SOCIEDADE EUROPEIA DE RESTAURANTES, LDA.
EURICO FERREIRA, S.A.
EUROCABOS – CONDUTORES ELÉCTRICOS DE TECNOLOGIA AVANÇADA, S.A.
EUROCALOR – TERMO INSTALADORA, LDA.
EUROGALVA – GALVANIZAÇÃO E METALOMECÂNICA, S.A.
EUROMEX – FACILITY SERVICES, LDA.
EURO-YSER – PRODUTOS QUÍMICOS, S.A.
EUSÉBIOS & FILHOS, S.A.
FARMALABOR – PRODUTOS FARMACÊUTICOS, LDA.
FASE – ESTUDOS E PROJECTOS, S.A.
FERGRUPO – CONSTRUÇÕES E TÉCNICAS FERROVIÁRIAS, S.A.
FERNANDES & TERCEIRO, S.A.
FERREIRA – CONSTRUÇÃO, S.A.
FERREIRA & MOREIRA – ARQUITECTURA E ENGENHARIA, LDA.
FERROSTAAL, LDA.
FERTAGUS – TRAVESSIA DO TEJO, TRANSPORTES, S.A.
FIORIMA – FABRICAÇÃO DE PEÚGAS, S.A.
FITONOVO, S.A.
FITS-ALL ORTHOPEADICS – CALÇADO ESPECIAL, LDA.
FLEX 2000 – PRODUTOS FLEXÍVEIS, S.A.
FLEXIPOL – ESPUMAS SINTÉTICAS, S.A.
FLUINSTAL, S.A.
FOCSA – SERVIÇOS DE SANEAMENTO URBANO DE PORTUGAL, S.A.
FRANCISCO PEREIRA MARINHO & IRMÃOS, S.A.
GALVAZA – CONSTRUÇÕES METÁLICAS E GALVANIZAÇÃO, LDA.
GANDARA – PAPEL VELHO E SUCATAS, LDA.
GARLAND TRÂNSITOS, LDA.
GASFOMENTO – SISTEMAS E INSTALAÇÕES DE GÁS, S.A.
GASPAR CORREIA – INSTALAÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS, S.A.
GC – GRÁFICA DE COIMBRA 2 – PUBLICAÇÕES, LDA.
GDF SUEZ ENERGIA E SERVIÇOS PORTUGAL, S.A.
GEBO PACKAGING SOLUTIONS PORTUGAL, S.A.
GEG – GABINETE DE ESTRUTURAS E GEOTÉCNIA, LDA.
GENERAL CABLE CELCAT – ENERGIA E TELECOMUNICAÇÕES, S.A.
GEOPLANO CONSULTORES, S.A.
GERTAL – COMPANHIA GERAL DE RESTAURANTES E ALIMENTAÇÃO, S.A.
GIBB PORTUGAL – CONSULTORES DE ENGENHARIA, GESTÃO E AMBIENTE, S.A.
GLOBAL SUN, S.A.
GOODRYSER – FOREST MANAGEMENT, S.A.
GR4PT, S.A.
GRADUALBUSINESS – SERVIÇOS DE GESTÃO, REPRESENTAÇÃO COMERCIAL, IMPORT EXPORT, LDA.
GRANITAL – GRANITOS DE PORTUGAL, S.A.
GRAVINER – CONSTRUÇÕES, S.A.
GREENDAYS – VALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS, PROTECÇÃO DO AMBIENTE, S.A.
GROUPACK – INDÚSTRIA DE EMBALAGENS, LDA.
GROUPFIX N – ENGENHARIA E SERVIÇOS, S.A.
GSET – GLOBAL SERVIÇOS E ENGENHARIA TOTAL, LDA.
GTI – GESTÃO, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, S.A.
GTI HSST – HIGIENE, SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, S.A.
GTI II SI – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, LDA.
H TECNIC – CONSTRUÇÕES, LDA.
HABINORDESTE – SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES, LDA.
HABITÂMEGA – CONSTRUÇÕES, S.A.
HAÇOR M – MANUTENÇÃO DO EDIFÍCIO DO HOSPITAL DA ILHA TERCEIRA, ACE.
HAGEN ENGENHARIA, S.A.
HELENOS, S.A.
HELIPORTUGAL – TRABALHOS E TRANSPORTE AÉREO, REPRESENTAÇÕES, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO, S.A.
HELIROMA PLÁSTICOS, S.A.
HELISUPORTE – CONSERVAÇÃO E REPARAÇÃO DE AERONAVES, S.A.
ANEXOS
147
ORGANIZAÇÕES CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA HENRIQUES & HENRIQUES, S.A.
HIDURBE – GESTÃO DE RESÍDUOS, S.A.
HL – MANUTENÇÃO, S.A.
HORQUIM – REPRESENTAÇÕES, LDA.
HORTO DO CAMPO GRANDE, S.A.
IBERFAR – INDÚSTRIA FARMACÊUTICA, S.A.
IBERLIM – SOCIEDADE TÉCNICA DE LIMPEZAS, S.A.
IBEROBRITA – PRODUTORA DE AGREGADOS, S.A.
ICA – INDÚSTRIA E COMÉRCIO ALIMENTAR, S.A.
IHT, LDA.
ILUMINA – VITOR GANCHINHO, LDA.
IMOSA – INDÚSTRIAS MINEIRAS DO MONDEGO, S.A.
INAER HELICOPTER PORTUGAL, LDA.
INCHEMICA – INDÚSTRIA QUÍMICA DE ESPECIALIDADES, SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA.
INDAQUA – INDÚSTRIA E GESTÃO DE ÁGUAS, S.A.
INDAQUA DE VILA DO CONDE – GESTÃO DE ÁGUAS DE VILA DO CONDE, S.A.
INDAQUA MATOSINHOS – GESTÃO DE ÁGUAS DE MATOSINHOS, S.A.
INDAQUA SANTO TIRSO/TROFA – GESTÃO DE ÁGUAS DE SANTO TIRSO E TROFA, S.A.
INDUSTRIAS LEVER PORTUGUESA, S.A.
INOVA – EMPRESA DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL DE CANTANHEDE, E.M., S.A.
INSTITUTO DE SOLDADURA E QUALIDADE
INSTITUTO GEOGRÁFICO DO EXÉRCITO
INTERBIAL – PRODUTOS FARMACÊUTICOS, S.A.
INTERECYCLING – SOCIEDADE DE RECICLAGEM, S.A.
INTERSERV – SOCIEDADE TÉCNICA DE SERVIÇOS, LDA.
IRMÃOS SILVAS, S.A.
ISIDORO CORREIA DA SILVA, LDA.
ISS FACILITY SERVICES – GESTÃO E MANUTENÇÃO DE EDIFÍCIOS, LDA.
ITAU – INSTITUTO TÉCNICO DE ALIMENTAÇÃO HUMANA, S.A.
JAYME DA COSTA – MECÂNICA E ELECTRICIDADE, S.A.
JDES – MATERIAL ELÉCTRICO E DE SEGURANÇA, LDA.
JOÃO JACINTO TOMÉ, S.A.
JOCILMA – INDÚSTRIA DE MÓVEIS, S.A.
JOSÉ ALDEIA LAGOA & FILHOS, S.A.
JOSÉ AVELINO PINTO – CONSTRUÇÕES E ENGENHARIA, S.A.
JPM – AUTOMAÇÃO E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS, S.A.
JUNTA DE FREGUESIA DE AGUALVA
KMED XXI – MEDICINA, HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO, FORMAÇÃO E SERVIÇOS DE APOIO TÉCNICO, LDA.
KNOW FOOD – ACTIVIDADES HOTELEIRAS, LDA.
KOCH ENGINEERING & CONSTRUCTION, LDA.
KOSANCRISPLANT – EQUIPAMENTOS PARA EXPLORAÇÃO DE GÁS, S.A.
LABELEC – ESTUDOS, DESENVOLVIMENTOS E ACTIVIDADES LABORATORIAIS, S.A.
LAMEIRINHO – INDÚSTRIA TÊXTIL, S.A.
LANHOSO – TORREFACÇÃO DE CAFÉS, LDA.
LASER BUILD – COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS, UNIPESSOAL, LDA.
LCPOWER – LUÍS CARNEIRO, SOLUÇÕES DE ENERGIA, S.A.
LENA ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A.
LIFTECH, S.A.
LINDE SOGÁS, LDA.
LINK CONSULTING – TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO, S.A.
LINKCOM – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, S.A.
LIPACO – LINHAS PARA CONFECÇÕES, LDA.
LIPOR – SERVIÇO INTERMUNICIPILIZADO DE GESTÃO DE RESÍDUOS DO GRANDE PORTO
LISBOAGÁS COMERCIALIZAÇÃO, S.A.
LISBOAGÁS GDL – SOCIEDADE DISTRIBUIDORA DE GÁS NATURAL DE LISBOA, S.A.
LITOCAR – DISTRIBUIÇÃO AUTOMÓVEL, S.A.
LOGOPLASTE PORTUGAL, LDA.
LOPES & GOMES, S.A.
LORCOL – INDÚSTRIA DE COLAS E PRODUTOS QUÍMICOS, LDA.
ANEXOS
148
ORGANIZAÇÕES CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA LUCAVADO – ENGENHARIA, LDA.
LÚCIO SILVA AZEVEDO & FILHOS, S.A.
LUSÁGUA – SERVIÇOS AMBIENTAIS, S.A.
LUSITANIAGÁS – COMPANHIA DE GÁS DO CENTRO, S.A.
LUSITANIAGÁS COMERCIALIZAÇÃO, S.A.
LUSOPONTE – CONCESSIONÁRIA PARA A TRAVESSIA DO TEJO, S.A.
LUSO-TELHA – CERÂMICAS DE TELHAS E TIJOLOS DE ÁGUEDA, LDA.
M. COUTO ALVES – CONSTRUÇÃO, S.A.
M. COUTO ALVES – PSS (SPORT LANDSCAPE & URBAN SOLUTIONS), S.A.
M. N. RAMOS FERREIRA – ENGENHARIA, S.A.
MANINDUSTRIA – CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO INDUSTRIAL, LDA.
MANVIA – MANUTENÇÃO E EXPLORAÇÃO DE INSTALAÇÕES E CONSTRUÇÃO, S.A.
MARMA – MANUTENÇÃO E GESTÃO DE EQUIPAMENTOS E INFRAESTRUTURAS, LDA.
MARPE – CONSTRUÇÕES E INSTALAÇÕES TÉCNICAS, S.A.
MARQUES BRITAS, S.A.
MARQUES, S.A.
MARQUES, SGPS, S.A.
MARTIFER – CONSTRUÇÕES METALOMECÂNICAS, S.A.
MARTIFER ALUMÍNIOS, S.A.
MARTINS & SOARES, LDA.
MAXITUR – EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS, LDA.
MEDIBIAL – PRODUTOS MÉDICOS E FARMACÊUTICOS, S.A.
MEDIGÁS – SOCIEDADE DISTRIBUIDORA DE GÁS NATURAL DO ALGARVE, S.A.
MELO & SOARES, LDA.
METALOVIANA – METALÚRGICA DE VIANA, S.A.
METALÚRGICA CENTRAL DE ALHOS VEDROS, LDA.
METAVIL – EMPRESA TRANSFORMADORA METALO-VIDREIRA, LDA.
METSO FABRICS PORTUGAL, LDA.
MICROPLÁSTICOS, S.A.
MISTOLIN, S.A.
MODICER – MODA CERÂMICA, S.A.
MOLDES RP – INDÚSTRIA DE MOLDES, SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA.
MONTEADRIANO – ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, S.A.
MOTA-ENGIL – ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, S.A.
MOTOFIL ROBOTICS, S.A.
MOTOFIL SERVIÇOS, LDA.
MOVECHO, S.A.
MSF ENGENHARIA, S.A.
MTS – METRO, TRANSPORTES DO SUL, S.A.
MULTI MALL MANAGEMENT PORTUGAL – GESTÃO DE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS, S.A.
NANIUM, S.A.
NASACAR – SOCIEDADE DE IMPORTAÇÃO E COMÉRCIO DE PEÇAS AUTO, LDA.
NBO – RECURSOS EM TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO, S.A.
NELCIVIL – CONSTRUÇÕES CIVIS DE NELAS, LDA.
NEOPUL – SOCIEDADE DE ESTUDOS E CONSTRUÇÕES, S.A.
NERCAB – ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DA REGIÃO DE CASTELO BRANCO
NERGA – NÚCLEO EMPRESARIAL DA REGIÃO DA GUARDA - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL
NESTLÉ WATERS DIRECT PORTUGAL – COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS ALIMENTARES, S.A.
NET PLAN – TELECOMUNICAÇÕES E ENERGIA, S.A.
NOBRECER – COMÉRCIO E SERVIÇOS, UNIPESSOAL, LDA.
NOBRECER – FOOD SERVICE, LDA.
NORFERSTEEL – CONSTRUÇÕES E METALOMECÂNICA, S.A.
NORFILME – INDÚSTRIA GRÁFICA, S.A.
NORVIA – CONSULTORES DE ENGENHARIA, S.A.
NOVABASE BUSINESS SOLUTIONS – SOLUÇÕES DE CONSULTORIA, DESENVOLVIMENTO, INTEGRAÇÃO, OUTSOURCING, […], S.A.
NOVABASE ENTERPRISE APLICATIONS – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL, S.A.
NOVABASE IMS-INFRASTRUCTURES AND MANAGED SERVICES, S.A.
NOVADELTA – COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE CAFÉS, S.A.
NOVOTIPO EUROPA – INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE EMBALAGENS, S.A.
ANEXOS
149
ORGANIZAÇÕES CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA NUMBER ONE – MULTI SERVICES, LDA.
NUTRE – INDÚSTRIAS ALIMENTARES, S.A.
NVE – ENGENHARIAS, S.A.
OCIDENAVE – NAVEGAÇÃO, LDA.
ODEBRECHT PORTUGAL, S.A.
OFM – OBRAS PÚBLICAS, FERROVIÁRIAS E MARÍTIMAS, S.A.
OLÁ – PRODUÇÃO DE GELADOS E OUTROS PRODUTOS ALIMENTARES, S.A.
OLEGÁRIO FERNANDES – ARTES GRÁFICAS, S.A.
OLIVEIRA & IRMÃO, S.A.
OMYA MINERAL PORTUGUESA, LDA.
OPEN RENEWABLES, S.A.
OPETREC – OPERAÇÕES E SERVIÇOS, LDA.
OPUS EDILE – GESTÃO DE PROJECTOS DE ENGENHARIA, S.A.
OPWAY – ENGENHARIA, S.A.
P. MENDY PORTUGAL, LDA.
PAINHAS, S.A.
PARQUES E JARDINS – PROJECTOS E CONSTRUÇÃO, LDA.
PATRÍCIOS, S.A.
PAXGÁS – SOCIEDADE DISTRIBUIDORA DE GÁS NATURAL DE BEJA, S.A.
PDT – PROJECTOS DE TELECOMUNICAÇÕES, S.A.
PENGEST – PLANEAMENTO, ENGENHARIA E GESTÃO, S.A.
PERFINOX – INDÚSTRIA METALÚRGICA, LDA.
PETROASSIST – ENGENHARIA E SERVIÇOS, S.A.
PETRÓLEOS DE PORTUGAL – PETROGAL, S.A.
PETROTEC – INOVAÇÃO E INDÚSTRIA, S.A.
PINTO & BENTES, S.A.
PLANITOI – IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO, S.A.
PLASMITEC – PLÁSTICOS TÉCNICOS DO MINHO, LDA.
PLM – PLANEAMENTO E GESTÃO DE MANUTENÇÃO, LDA.
PLURAL – COOPERATIVA FARMACÊUTICA, CRL.
PMPM – MOLDES E PLÁSTICOS, LDA.
POCNETWORKS – COMUNICAÇÕES, ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, LDA.
PORCELANAS COSTA VERDE, S.A.
PORT´AMBIENTE – TRATAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS, S.A.
PORTALEX ALUMINIO, S.A.
PORTGÁS – SOCIEDADE DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE GÁS, S.A.
PORTUCEL PAPEL SETÚBAL, S.A.
PORTUCEL, S.A.
PORTUGAL TELECOM, INOVAÇÃO, S.A.
POSTEREDE – POSTES ELÉCTRICOS, S.A.
POTAUCO – EQUIPAMENTOS E SISTEMAS ELÉCTRICOS, S.A.
POWERMETAL – METALOMECÂNICA, LDA.
PRAGOSA AMBIENTE, S.A.
PRAGOSA BETÃO, S.A.
PRAGOSA IMOBILIÁRIA, S.A.
PRAGOSA TRANSPORTES, S.A.
PRCF – GÁS, TECNOLOGIA E CONSTRUÇÃO, S.A.
PRESTIBEL – EMPRESA DE SEGURANÇA, S.A.
PRICEWATERHOUSECOOPERS – ASSESSORIA DE GESTÃO, LDA.
PRICEWATERHOUSECOOPERS & ASSOCIADOS – SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS, LDA.
PRIO BIOCOMBUSTÍVEIS, S.A.
PRIO ENERGY, S.A.
PROENGEL – PROJECTOS DE ENGENHARIA E ARQUITECTURA, LDA.
PROJECTO DETALHE – ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, LDA.
PRO-LAMP, LDA.
PROMAN – CENTRO DE ESTUDOS E PROJECTOS, S.A.
PROMETRO, S.A.
PROMORAIL – TECNOLOGIAS DE CAMINHOS DE FERRO, S.A.
PROSOLVERS, S.A.
ANEXOS
150
ORGANIZAÇÕES CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA PROSPECTIVA – PROJECTOS, SERVIÇOS, ESTUDOS, S.A.
PSG – SEGURANÇA PRIVADA, S.A.
PT – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, S.A.
PT CENTRO CORPORATIVO, S.A.
PT COMPRAS – SERVIÇOS DE CONSULTORIA E NEGOCIAÇÃO, S.A.
PT COMUNICAÇÕES, S.A.
PT CONTACT – TELEMARKETING E SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO, S.A.
PT PRO – SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E DE GESTÃO PARTILHADOS, S.A.
QUADROMOR – ELECTRICIDADE E INSTRUMENTAÇÃO, S.A.
QUALENECO – CONSULTORES DE SIMULAÇÃO E CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA, LDA.
QUALISEG – ENGENHARIA E GESTÃO, LDA.
QUANTAL, S.A.
QUINTAS & QUINTAS – CONDUTORES ELÉCTRICOS, S.A.
RAMALHO ROSA – COBETAR SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES, S.A.
RAMOS CATARINO, S.A.
RECIPAV – ENGENHARIA E PAVIMENTOS, UNIPESSOAL, LDA.
RECIPNEU – EMPRESA NACIONAL DE RECICLAGEM DE PNEUS, LDA.
RECKITT BENCKISER (PORTUGAL), S.A.
RECOLTE – SERVIÇOS E MEIO AMBIENTE, S.A.
REDEGÁS – PROJECTO E INSTALAÇÕES DE GÁS, S.A.
REFRIGE – SOCIEDADE INDUSTRIAL DE REFRIGERANTES, S.A.
REILIMPA – LIMPEZAS E SERVIÇOS, S.A.
REN – REDE ELÉCTRICA NACIONAL, S.A.
REN – REDES ENERGÉTICAS NACIONAIS, SGPS, S.A.
REN ARMAZENAGEM, S.A.
REN ATLÂNTICO – TERMINAL DE GNL, S.A.
REN GASODUTOS, S.A.
REN SERVIÇOS, S.A.
REN TRADING, S.A.
RENASCIMENTO – GESTÃO E RECICLAGEM DE RESÍDUOS, LDA.
RENCAD – CONSTRUÇÃO CIVIL E MONTAGENS ELÉCTRICAS, LDA.
RENOVA – FÁBRICA DE PAPEL DO ALMONDA, S.A.
RENTELECOM – COMUNICAÇÕES, S.A.
REPOWER PORTUGAL – SISTEMAS EÓLICOS, S.A.
REPSOL GÁS PORTUGAL, S.A.
REPSOL POLÍMEROS, S.A.
RESÍDUOS DO NORDESTE, EIM., S.A.
RESIESTRELA – VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, S.A.
RESILEI – TRATAMENTOS DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS, S.A.
RESINORTE – VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, S.A.
RESPOL – RESINAS, S.A.
RESULIMA – VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, S.A.
RIOPELE – TÊXTEIS, S.A.
RNM – PRODUTOS QUÍMICOS, LDA.
RNM – TRANSPORTES QUÍMICOS, LDA.
ROCA TORNEIRAS, S.A.
RODEL – RODRIGUES, DELGADO & CA., S.A.
RODOVIÁRIA DE LISBOA, S.A.
RODRIGUES & CAMACHO – CONSTRUÇÕES, S.A.
ROLEAR.ON – SOLUÇÕES DE ENGENHARIA, S.A.
ROSAS CONSTRUTORES, S.A.
RSTEEL – FÁBRICA DE TUBOS METÁLICOS, S.A.
S & A – SOCIEDADE INDUSTRIAL DE APERITIVOS, S.A.
SAFIRA FACILITY SERVICES, S.A.
SAGIES – SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO, S.A.
SAICA PACK PORTUGAL, S.A.
SAINT-GOBAIN MONDEGO, S.A.
SAINT-GOBAIN SEKURIT PORTUGAL – VIDRO AUTOMÓVEL, S.A.
SAINT-GOBAIN WEBER PORTUGAL, S.A.
ANEXOS
151
ORGANIZAÇÕES CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA SANEST – SANEAMENTO DA COSTA DO ESTORIL, S.A.
SANTOS & CORDEIRO, S.A.
SANTOS BAROSA – VIDROS, S.A.
SAPEC AGRO, S.A.
SATA – GESTÃO DE AERODROMOS, S.A.
SATA AIR AÇORES – SOCIEDADE AÇOREANA DE TRANSPORTES AÉREOS, S.A.
SATEPOR – INDÚSTRIA DE TRAVESSAS DE BETÃO, S.A.
SATU-OEIRAS – SISTEMA AUTOMÁTICO DE TRANSPORTE URBANO, E.M., S.A.
SCHNEIDER ELECTRIC PORTUGAL – APARELHAGEM ELÉCTRICA, LDA.
SECIL – COMPANHIA GERAL DE CAL E CIMENTO, S.A.
SECRETARIA-GERAL DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA
SEGOPER – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA, LDA.
SENVION PORTUGAL, S.A.
SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE SANEAMENTO BÁSICO DE VIANA DO CASTELO
SETGÁS – SOCIEDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE GÁS NATURAL, S.A.
SETGÁS COMERCIALIZAÇÃO, S.A.
SETH – SOCIEDADE DE EMPREITADAS E TRABALHOS HIDRÁULICOS, S.A.
SETRONIX – SOCIEDADE DE ESTUDOS E EMPREENDIMENTOS DE TELECOMUNICAÇÕES, S.A.
SETROVA – CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO INDUSTRIAL, S.A.
SIBELCO PORTUGUESA, LDA.
SIEMENS HEALTHCARE DIAGNOSTICS, UNIPESSOAL, LDA.
SIEMENS POSTAL, PARCEL & AIRPORT LOGISTICS, UNIPESSOAL, LDA.
SIEMENS, S.A.
SIGÁS – ARMAZENAMENTO DE GÁS, ACE.
SILVA & VINHA, S.A.
SILVEX – INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS E PAPÉIS, S.A.
SIMARSUL – SISTEMA INTEGRADO MULTIMUNICIPAL DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS DA PENÍNSULA DE SETÚBAL, S.A.
SIMLIS – SANEAMENTO INTEGRADO DOS MUNICÍPIOS DO LIS, S.A.
SIMRIA – SANEAMENTO INTEGRADO DOS MUNICÍPIOS DA RIA, S.A.
SIMTEJO – SANEAMENTO INTEGRADO DOS MUNICÍPIOS DO TEJO E TRANCÃO, S.A.
SINASE RH – RECURSOS HUMANOS, ESTUDOS E DESENVOLVIMENTO DE EMPRESAS, LDA.
SISAQUA – SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO, S.A.
SISAV – SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESIDUOS, S.A.
SISINT – SUPERVISÃO, CONSERVAÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO DE REDES DE ENERGIA, LDA.
SKELT – METALOMECÂNICA, S.A.
SLOG – SERVIÇOS E LOGÍSTICA, S.A.
SMM – SOCIEDADE DE MONTAGENS METALOMECÂNICAS, S.A.
SN MAIA – SIDERURGIA NACIONAL, S.A.
SN SEIXAL – SIDERURGIA NACIONAL, S.A.
SN TRANSFORMADOS, S.A.
SOCICARRIL – SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES FERROVIÁRIAS, LDA.
SOCICORREIA – ENGENHARIA, LDA.
SOCIEDADE ATLAS COPCO DE PORTUGAL, LDA.
SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A.
SOCITREL – SOCIEDADE INDUSTRIAL DE TREFILARIA, S.A.
SOFARIMEX – INDUSTRIA QUÍMICA E FARMACÊUTICA, S.A.
SOLIDAL – CONDUTORES ELÉCTRICOS, S.A.
SOLVAY INTEROX – PRODUTOS PEROXIDADOS, S.A.
SOLVAY PORTUGAL – PRODUTOS QUÍMICOS, S.A.
SOMAFEL – ENGENHARIA E OBRAS FERROVIÁRIAS, S.A.
SOMAGUE ENGENHARIA, S.A.
SOMEMA – SOCIEDADE METALÚRGICA MARINHENSE, LDA.
SONAE INDÚSTRIA – PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS DERIVADOS DE MADEIRA, S.A.
SONORGÁS – SOCIEDADE DE GÁS DO NORTE, S.A.
SOPORCEL – SOCIEDADE PORTUGUESA DE PAPEL, S.A.
SOTÉCNICA – SOCIEDADE ELECTROTÉCNICA, S.A.
SOTECNO GAIO, S.A.
SPDH – SERVIÇOS PORTUGUESES DE HANDLING, S.A.
SQE – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SEGURANÇA, QUALIDADE E ENGENHARIA, LDA.
ANEXOS
152
ORGANIZAÇÕES CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA STANLEY SECURITY PORTUGAL, UNIPESSOAL, LDA.
STCP – SOCIEDADE DE TRANSPORTES COLECTIVOS DO PORTO, S.A.
STEELGREEN, S.A.
STRONG – SEGURANÇA, S.A.
SULDOURO – VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS, S.A.
SUMA – SERVIÇOS URBANOS E MEIO AMBIENTE, S.A.
SYMINGTON – VINHOS, S.A.
T & T MULTIELÉCTRICA, LDA.
TABAQUEIRA – EMPRESA INDUSTRIAL DE TABACOS, S.A.
TAGUSGÁS – EMPRESA DE GÁS DO VALE DO TEJO, S.A.
TDGI – TECNOLOGIA DE GESTÃO DE IMÓVEIS, S.A.
TECHNOEDIF – ENGENHARIA, S.A.
TECNASOL – FGE, FUNDAÇÕES E GEOTECNIA, S.A.
TECNOGRAVURA – GRAVURAS METÁLICAS, S.A.
TECNOPLANO – TECNOLOGIA E PLANEAMENTO, S.A.
TECNOPROJECTO INTERNACIONAL – PROJECTOS E REALIZAÇÕES INDUSTRIAIS, S.A.
TECNOSPIE, S.A.
TECPAN – TECNOLOGIA E PRODUTOS PARA PASTELARIA E PANIFICAÇÃO, LDA.
TEIXEIRA DUARTE – ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A.
TEIXEIRA DUARTE – GESTÃO DE PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS, S.A.
TELCABO – TELECOMUNICAÇÕES E ELECTRICIDADE, LDA.
TELEFLORA – EXPLORAÇÃO, IMPORTAÇÃO E NEGÓCIO FLORES, S.A.
TELHABEL – CONSTRUÇÕES, S.A.
TENCO CAFÉS, LDA.
TERMO-AVE – VENTILAÇÃO E AR CONDICIONADO, LDA.
TERRA FÉRTIL – GESTÃO E VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS, LDA.
TETRAPLANO – ENGENHARIA, LDA.
THALES PORTUGAL, S.A.
THYSSENKRUPP ELEVADORES, S.A.
TIEL – TRANSPORTES E LOGÍSTICA, S.A.
TINTAS ROBBIALAC, S.A.
TIVOLI GARE DO ORIENTE – SOCIEDADE DE GESTÃO HOTELEIRA, S.A.
TJA – TRANSPORTES J. AMARAL, S.A.
TMG – TECIDOS PLASTIFICADOS E OUTROS REVESTIMENTOS PARA A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL, S.A.
TMN – TELECOMUNICAÇÕES MÓVEIS NACIONAIS, S.A.
TMODULAR, S.A.
TN – TRANSPORTES M. SIMÕES NOGUEIRA, S.A.
TNT EXPRESS WORLDWIDE (PORTUGAL) – TRANSITÁRIOS, TRANSPORTES E SERVIÇOS COMPLEMENTARES, S.A.
TPF PLANEGE – CONSULTORES DE ENGENHARIA E GESTÃO, S.A.
TRANSPORTES BROLIVEIRA, LDA.
TRANSPORTES GONÇALVES & SAPO, LDA.
TRANSPORTES GUERRILHA, LDA.
TRATERME – TRATAMENTOS TÉRMICOS, LDA.
TRATOLIXO – TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, EIM. – EMPRESA INTERMUNICIPAL, S.A.
TRENDGLOBAL – TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO, LDA.
TUBOGAL – ANDAIMES E ESCORAMENTOS DE PORTUGAL, S.A.
TV RIA – SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO, LDA.
TWISTOP – SERVIÇOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS, S.A.
ULTRAGÁS – INSTALAÇÕES, COMÉRCIO E PROJECTOS DE GÁS, S.A.
UNICER – BEBIDAS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.
UNISELF – SOCIEDADE DE RESTAURANTES PÚBLICOS E PRIVADOS, S.A.
VALNOR – VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESIDUOS SÓLIDOS, S.A.
VALORA – SERVIÇOS DE APOIO À EMISSÃO MONETÁRIA, S.A.
VALORLIS – VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, S.A.
VALORMINHO – VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, S.A.
VALORSUL – VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DAS REGIÕES DE LISBOA E OESTE, S.A.
VENAFIL – CLEANING AND GARDENS, LDA.
VENTIPOWER, S.A.
VERTO, S.A.
ANEXOS
153
ORGANIZAÇÕES CERTIFICADAS EM QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA VIATEL – TECNOLOGIA DE COMUNICAÇÕES, S.A.
VIBEIRAS – SOCIEDADE COMERCIAL DE PLANTAS, S.A.
VIDROCICLO – RECICLAGEM DE RESÍDUOS, LDA.
VIEIRA & MARQUES, LDA.
VILARTEX – EMPRESA DE MALHAS VILARINHO, LDA.
VIMÁGUA – EMPRESA DE ÁGUA E SANEAMENTO DE GUIMARÃES E VIZELA, EIM., S.A.
VIRGÍLIO DE OLIVEIRA MAIA, S.A.
VISABEIRA – SOCIEDADE TÉCNICA DE OBRAS E PROJECTOS, LDA.
VISABEIRA GLOBAL, SGPS, S.A.
VISACASA – SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA E MANUTENÇÃO GLOBAL, S.A.
VISOTELA – SOCIEDADE TÉCNICA DE ELECTROMECÂNICA, LDA.
VSL SISTEMAS PORTUGAL – PRÉ-ESFORÇO, EQUIPAMENTO E MONTAGENS, S.A.
WARTSILA PORTUGAL, S.A.
WORTHINGTON CYLINDERS – EMBALAGENS INDUSTRIAIS DE GÁS, S.A.
XZ – CONSULTORES, S.A.
YGE – YSER GREEN ENERGY, S.A.
ZAGOPE – CONSTRUÇÕES E ENGENHARIA, S.A.
ZWM – METAIS NÃO FERROSOS, LDA.
LEGENDA: – Website acessível93 | – Website em construção, indisponível ou inexistente, à data de 31 de julho de 2015. Fonte: adaptado da base de dados de investigação.
93Website institucional das organizações certificadas em qualidade, ambiente, segurança e saúde do trabalho, o qual apresenta conteúdos na Internet.
ANEXOS
154
VIII. CARATERIZAÇÃO DO UNIVERSO E AMOSTRA DE INVESTIGAÇÃO
VIII.1. Universo de Investigação
Em Portugal, o universo das organizações certificadas no âmbito dos Sistemas de Gestão da Qualidade
(ISO 9001), Ambiente (ISO 14001), Segurança e Saúde do Trabalho (BS OHSAS 18001/NP 4397), era
em 31 de dezembro de 2013, de 656 organizações. Em termos de distribuição geográfica, o distrito de
Lisboa é o mais representativo com 234 (35,7%) organizações, seguindo-se o distrito do Porto com 99
(15,1%) organizações, aí sediadas. A concentração das organizações certificadas (QASST), em mais de
50% nestes dois distritos, contribuiu para que as unidades territoriais (NUT II) Lisboa e Norte sejam as
mais representativas com 269 (41,0%) e 204 (31,1%) organizações, ver o gráfico das Figuras 30 e 31.
Figura 30 – Organizações do universo distribuídas por distrito ou região.
Figura 31 – Organizações do universo distribuídas por unidade territorial.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
56
1
66
4
9
31
3
4
2
29
234
5
99
15
49
10
6
22
7
4
0 50 100 150 200 250
Aveiro
Beja
Braga
Bragança
Castelo Branco
Coimbra
Évora
Faro
Guarda
Leiria
Lisboa
Portalegre
Porto
Santarém
Setúbal
Viana do Castelo
Vila Real
Viseu
Região Autónoma dos Açores
Região Autónoma da Madeira
Número de Organizações
Distrito ou Região Autónoma
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
204
143
269
25
4
7
4
0 50 100 150 200 250 300
Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
Região Autónoma dos Açores
Região Autónoma da Madeira
Número de Organizações
Nomenclatura de Unidade Territorial (NUT II)
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
ANEXOS
155
Entre as organizações certificadas (QASST) que constituem o universo, 136 (20,7%) enquadram-se no
código de atividade económica designado por Construção [28], o qual representa o setor com o maior
número de organizações, seguindo-se o setor dos Outros Serviços [35] com 62 (9,5%), o setor dos
Serviços de Engenharia [34] com 54 (8,2%) e o setor dos Outros Serviços Sociais [39] com 45 (6,9%)
organizações, como se constata pelo gráfico da Figura 32. Contudo, destacam-se vários códigos de
atividade económica (setor) que atualmente em Portugal, ainda não apresentam qualquer organização
certificada nos três âmbitos (QASST), bem como outros casos em que este número é residual ou baixo.
Figura 32 – Organizações do universo distribuídas por código de atividade económica.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
1
8
13
8
0
3
14
0
8
3
0
24
6
13
10
9
43
17
20
1
0
0
6
4
6
13
22
136
36
11
39
3
11
54
62
5
1
1
45
0 25 50 75 100 125 150
Agricultura e Pescas [01]
Minas e Exploração Mineira [02]
Alimentação, Bebidas e Tabaco [03]
Têxteis e Produtos Têxteis [04]
Couro e Produtos de Couro [05]
Madeira e Produtos de Madeira [06]
Pasta, Papel e Produtos de Papel [07]
Editoras [08]
Empresas Gráficas [09]
Fabricação de Coque e Produtos Petrolíferos Refinados [10]
Combustível Nuclear [11]
Químicos, Produtos Químicos e Fibras Sintéticas [12]
Indústria Farmacêutica [13]
Fabricação de Artigos de Borracha e Matérias Plásticas [14]
Produtos Minerais Não Metálicos [15]
Betão, Cimento, Cal, Gesso e Outros [16]
Fabricação Metalúrgica de Base e Produtos Metálicos [17]
Equipamentos e Máquinas [18]
Equipamento Elétrico e de Ótica [19]
Construção e Reparação Naval [20]
Indústria Aeroespacial [21]
Outro Equipamento de Transporte [22]
Outras Fabricações Não Especificadas [23]
Reciclagem [24]
Produção e Distribuição de Energia Elétrica [25]
Produção e Distribuição de Gás [26]
Fornecimento de Água [27]
Construção [28]
Comércio e Reparação de Veículos e de Outros Bens [29]
Hotéis e Restaurantes [30]
Transporte, Armazenamento e Comunicações [31]
Mediação Financeira, Imobiliária e Aluguer [32]
Tecnologias de Informação [33]
Serviços de Engenharia [34]
Outros Serviços [35]
Administração Pública [36]
Educação [37]
Saúde e Serviços Sociais [38]
Outros Serviços Sociais [39]
Número de Organizações
Código de Atividade Económica (Setor de Atividade)
Organizações Certificadas – QASST Segundo o Âmbito de Certificação ISO 9001
SetorPrimário
SetorSecundário
SetorTerciário
ANEXOS
156
Pela análise dos gráficos das Figuras 32 e 33, constata-se que 379 (57,8%) organizações enquadram a
principal atividade exercida no âmbito do Setor Secundário, 268 (40,9%) no Setor Terciário e, somente,
9 (1,4%) no Setor Primário. Neste caso, o setor secundário é, de longe, o mais representativo, no geral.
Figura 33 – Organizações do universo distribuídas por setor de atividade.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
As organizações que constituem o universo de investigação apresentam em 97,6% dos casos, a forma
jurídica de Sociedade Anónima (S.A.) ou Sociedade por Quotas (LDA.). Segundo o gráfico da Figura 34,
constata-se que a Sociedade Anónima (S.A.) é, a forma jurídica, adotada por 483 (73,6%) organizações
e a Sociedade por Quotas (LDA.) é, a forma jurídica, adotada por 157 (23,9%) organizações. Sendo que
as restantes 16 (2,4%) organizações adotam formas jurídicas diversas, tais como: Empresa Municipal
(E.M.), Cooperativa (CRL.), Agrupamento Complementar de Empresas (ACE.), entre outras possíveis.
Figura 34 – Organizações do universo distribuídas por forma jurídica.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
Em termos de certificação, importa referir que todas as 656 organizações para além de possuírem os
sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001), ambiente (ISO 14001) e segurança e saúde do trabalho
(BS OHSAS 18001/NP 4397) certificados, também possuem em simultâneo outros vários sistemas de
gestão implementados e certificados, segundo referenciais normativos nacionais e/ou internacionais.
9
379
268
Setor de Atividade da OrganizaçãoNúmero de Organizações Certificadas – QASST(ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário
483
157
16
0 100 200 300 400 500 600
Sociedade Anónima (S.A.)
Sociedade por Quotas (LDA.)
Outras (E.M., CRL., ACE., ETC.)
Número de Organizações
Forma Jurídica da Organização
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
ANEXOS
157
Destacam-se os seguintes sistemas de gestão certificados: gestão da responsabilidade social (SA 8000
e NP 4469-1), gestão da energia (ISO 50001), gestão da segurança alimentar (ISO 22000), gestão da
qualidade para o ramo automóvel (ISO/TS 16949), gestão da investigação, desenvolvimento e inovação
(NP 4457), gestão de recursos humanos (NP 4427), gestão da segurança da informação (ISO/IEC
27001) e gestão ambiental (EMAS III). Destes sistemas de gestão refira-se a certificação por parte de
36 (5,5%) organizações do sistema de responsabilidade social (SA 8000) e da verificação e registo por
parte de 26 (4,0%) organizações do sistema de gestão ambiental (EMAS III). Em termos de organismos
de certificação, constata-se que a Associação Portuguesa de Certificação (APCER) é a entidade de
referência para 315 (48,0%) organizações certificadas em QASST, ver o gráfico das Figuras 35 e 36.
Figura 35 – Organizações do universo distribuídas por referencial normativo.
Figura 36 – Organizações do universo distribuídas por organismo de certificação.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
315
5
50
1
0
1
2
60
20
37
2
118
45
0 50 100 150 200 250 300 350
APCER – Associação Portuguesa de Certificação
BM TRADA – Certification, Ltd.
BVC – Bureau Veritas Certification Portugal, Unipessoal, Lda.
CERTIF – Associação para a Certificação
DAS – Direct Assessment Services Portugal, Lda.
DNV – Det Norske Veritas, Lda.
DQS – Sercert - Serviços de Certificação, Lda.
EIC – Empresa Internacional de Certificação, S.A.
LRQA – Lloyd’s Register Quality Assurance, Ltd.
LUSAENOR, Lda.
QEC – Quality and Environmental Certification, Ltd.
SGS ICS – Serviços Internacionais de Certificação, Lda.
TÜV – Rheinland Portugal, Inspecções Técnicas, Lda.
Número de Organizações
Organismo de Certificação
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
656
656
655
372
36
8
8
26
6
41
8
3
26
0 100 200 300 400 500 600 700
Norma NP EN ISO 9001:2008
Norma NP EN ISO 14001:2012
Norma BS OHSAS 18001:2007
Norma NP 4397:2008
Norma SA 8000:2008
Norma NP 4469-1:2008
Norma NP EN ISO 50001:2012
Norma NP EN ISO 22000:2005
Norma ISO/TS 16949:2009
Norma NP 4457:2007
Norma NP 4427:2004
Norma NP ISO/IEC 27001:2013
Regulamento N.º 1221/2009, de 22 de Dezembro (EMAS III)
Número de Organizações
Referencial Normativo de Certificação ou Registo
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
ANEXOS
158
No panorama económico português, várias das 656 organizações certificadas (QASST) que constituem
o universo de investigação, enquadram-se em diversos rankings empresariais, publicados anualmente
em revistas e jornais de referência nacional, tendo por base alguns indicadores de caráter económico
(volume de vendas) e social (capital humano), que são apurados todos os anos. Tendo como referência
indicadores relativos ao ano de 2013, constata-se que 13 (2,0%) organizações foram consideradas pela
Revista Exame, como pertencerem à classe das “100 Melhores Empresas para Trabalhar”, 29 (4,4%)
organizações foram consideradas pelo Jornal Diário Económico, como pertencerem à classe das “100
Maiores Exportadoras”, 93 (14,2%) organizações foram consideradas pela Revista Exame, como
pertencerem à classe das “500 Maiores & Melhores” e 160 (24,4%) ou mais organizações foram
consideradas pelo Jornal Expresso, Jornal de Notícias, Jornal Diário de Notícias e Jornal Diário
Económico, como pertencerem ao grupo das “1000 Maiores Empresas”, ver o gráfico da Figura 37.
Figura 37 – Organizações do universo distribuídas por ranking empresarial.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
No âmbito da comunicação organizacional (externa) das organizações certificadas (QASST) que formam
o universo, destacam-se 540 (82,3%) organizações que possuíam um website acessível na Internet, em
31 de julho de 2015. Tendo-se verificado que 9 (1,4%) organizações, tinham o website em construção
e 107 (16,3%) organizações, apresentavam o website indisponível ou inexistente à data, ver Figura 38.
Figura 38 – Organizações do universo distribuídas por tipo de website.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
540
9
107
0 100 200 300 400 500 600
Website Acessível
Website em Construção
Website Indisponível ou Inexistente
Número de Organizações
W ebsite da Organização
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
13
29
93
162
168
169
160
33
120
0 50 100 150 200
100 Melhores Empresas para Trabalhar – Revista Exame
100 Maiores Exportadoras – Jornal Diário Económico
500 Maiores & Melhores – Revista Exame
1000 Maiores – Jornal Expresso
1000 Maiores Empresas – Jornal de Notícias
1000 Maiores Empresas – Jornal Diário de Notícias
1000 Maiores Empresas – Jornal Diário Económico
1000 Melhores PME em Portugal – Revista Exame
PME Líder 2015 – Jornal Diário Económico
Número de Organizações
Ranking Empresarial Português – Ano de 2013
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
ANEXOS
159
O gráfico da Figura 39 apresenta, em resumo, algumas caraterísticas importantes que retratam o perfil
das 656 organizações certificadas em QASST, no final de 2013, as quais constituem o universo de
investigação. Em termos de dimensão de vendas, constata-se que somente 184 (28,0%) organizações
apresentaram indicadores económicos que as permite enquadrar entre as “1000 Maiores Empresas”
nacionais. No âmbito da estrutura societária das organizações, importa referir que a forma jurídica
denominada por sociedade anónima (S.A.) é a mais predominante, tendo sido adotada por 483 (73,6%)
organizações. Em termos de setor de atividade, o setor secundário (Setor 2.º) é o mais relevante, o
qual agrega 379 (57,8%) organizações. Destacando-se, neste caso, a importância que possui o setor de
atividade económica designado por construção [28], o qual agrega sozinho 136 (20,7%) organizações.
Em relação à distribuição geográfica da sede das organizações no território nacional, verifica-se que
283 (43,1%) organizações encontram-se sediadas no distrito de Lisboa ou Setúbal. Numa perspetiva
económica salienta-se que 314 (47,9%) organizações, foram alvo de exposição em pelo menos um dos
nove (9) rankings económicos de referência, publicados em revistas e jornais portugueses. No geral, as
organizações do universo são do setor privado, contudo, tem-se que no final de 2013, se encontravam
enquadradas no setor público94 54 (8,2%) organizações. O universo possui 129 (19,7%) organizações,
que mantêm laços do tipo subsidiária, participada ou associada, com um grupo económico membro do
BCSD Portugal. Refira-se, ainda, que 164 (25,0%) organizações publicam relatórios anuais na Internet.
Figura 39 – Organizações do universo distribuídas por caraterísticas do perfil.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
94O XIX Governo Constitucional de Portugal no âmbito do regime de privatizações procedeu, no segundo semestre de 2013, à privatização de quatro organizações certificadas em QASST, ou seja, a ANA – Aeroportos de Portugal, S.A., em 17 de setembro de 2013, os CTT – Correios de Portugal, S.A., os CTT Expresso – Serviços Postais e Logística, S.A. e a EAD – Empresa de Arquivo de Documentação, S.A., em 5 de dezembro de 2013 (DGAEP, 2014).
184
483
379
283
314
54
129
164
472
173
277
373
342
602
527
492
0 150 300 450 600
Dimensão de Vendas da Organização = Maior
Forma Jurídica da Organização = S.A.
Setor de Atividade da Organização = Setor 2.º
Distrito de Localização da Organização = Lisboa ou Setúbal
Organização Exposta nos Rankings Económicos = Exposta
Organização do Setor Público Empresarial = Pública
Organização de um Grupo Membro do BCSD Portugal = Sim
Organização que Publica Relatórios Anuais na Internet = Sim
Número de Organizações
Perfil da Organização Certificada em QASST
Sim – Organização Pertence à Categoria da IgualdadeNão – Organização Pertence a Outra Categoria
ANEXOS
160
VIII.2. Amostra de Investigação
A amostra de investigação é constituída por 540 organizações, ou seja, todas aquelas que no final de
2013, estavam certificadas no âmbito dos Sistemas de Gestão da Qualidade (ISO 9001), Ambiente
(ISO 14001), Segurança e Saúde do Trabalho (BS OHSAS 18001/NP 4397), e que possuíam à data de
31 de julho de 2015, um website acessível na Internet. Em termos de distribuição geográfica, o distrito
de Lisboa é o mais representativo com 193 (35,7%) organizações, seguindo-se o distrito do Porto com
77 (14,3%) organizações, aí sediadas. A concentração das organizações certificadas (QASST), em cerca
de 50% nestes dois distritos, contribuiu para que as unidades territoriais (NUT II) Lisboa e Norte sejam
as mais representativas com 222 (41,1%) e 169 (31,3%) organizações, ver gráfico das Figuras 40 e 41.
Figura 40 – Organizações da amostra distribuídas por distrito ou região.
Figura 41 – Organizações da amostra distribuídas por unidade territorial.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
42
1
58
3
7
29
3
4
2
26
193
4
77
13
37
9
6
16
6
4
0 50 100 150 200 250
Aveiro
Beja
Braga
Bragança
Castelo Branco
Coimbra
Évora
Faro
Guarda
Leiria
Lisboa
Portalegre
Porto
Santarém
Setúbal
Viana do Castelo
Vila Real
Viseu
Região Autónoma dos Açores
Região Autónoma da Madeira
Número de Organizações
Distrito ou Região Autónoma
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
169
115
222
20
4
4
6
0 50 100 150 200 250
Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
Região Autónoma dos Açores
Região Autónoma da Madeira
Número de Organizações
Nomenclatura de Unidade Territorial (NUT II)
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
ANEXOS
161
Entre as organizações certificadas (QASST) que constituem a amostra, 113 (20,9%) enquadram-se no
código de atividade económica designado por Construção [28], o qual representa o setor com o maior
número de organizações, seguindo-se o setor dos Outros Serviços [35] com 46 (8,5%), o setor dos
Serviços de Engenharia [34] com 44 (8,1%) e o setor dos Outros Serviços Sociais [39] com 42 (7,8%)
organizações, como se constata pelo gráfico da Figura 42. Contudo, destacam-se vários códigos de
atividade económica (setor) que atualmente em Portugal, ainda não apresentam qualquer organização
certificada nos três âmbitos (QASST), bem como outros casos em que este número é residual ou baixo.
Figura 42 – Organizações da amostra distribuídas por código de atividade económica.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
1
8
10
7
0
3
11
0
7
1
0
18
6
12
8
6
36
12
18
1
0
0
4
4
3
13
22
113
23
9
33
3
10
44
46
4
1
1
42
0 25 50 75 100 125
Agricultura e Pescas [01]
Minas e Exploração Mineira [02]
Alimentação, Bebidas e Tabaco [03]
Têxteis e Produtos Têxteis [04]
Couro e Produtos de Couro [05]
Madeira e Produtos de Madeira [06]
Pasta, Papel e Produtos de Papel [07]
Editoras [08]
Empresas Gráficas [09]
Fabricação de Coque e Produtos Petrolíferos Refinados [10]
Combustível Nuclear [11]
Químicos, Produtos Químicos e Fibras Sintéticas [12]
Indústria Farmacêutica [13]
Fabricação de Artigos de Borracha e Matérias Plásticas [14]
Produtos Minerais Não Metálicos [15]
Betão, Cimento, Cal, Gesso e Outros [16]
Fabricação Metalúrgica de Base e Produtos Metálicos [17]
Equipamentos e Máquinas [18]
Equipamento Elétrico e de Ótica [19]
Construção e Reparação Naval [20]
Indústria Aeroespacial [21]
Outro Equipamento de Transporte [22]
Outras Fabricações Não Especificadas [23]
Reciclagem [24]
Produção e Distribuição de Energia Elétrica [25]
Produção e Distribuição de Gás [26]
Fornecimento de Água [27]
Construção [28]
Comércio e Reparação de Veículos e de Outros Bens [29]
Hotéis e Restaurantes [30]
Transporte, Armazenamento e Comunicações [31]
Mediação Financeira, Imobiliária e Aluguer [32]
Tecnologias de Informação [33]
Serviços de Engenharia [34]
Outros Serviços [35]
Administração Pública [36]
Educação [37]
Saúde e Serviços Sociais [38]
Outros Serviços Sociais [39]
Número de Organizações
Código de Atividade Económica (Setor de Atividade)
Organizações Certificadas – QASST Segundo o Âmbito de Certificação ISO 9001
SetorPrimário
SetorSecundário
SetorTerciário
ANEXOS
162
Pela análise dos gráficos das Figuras 42 e 43, constata-se que 315 (58,3%) organizações enquadram a
principal atividade exercida no âmbito do Setor Secundário, 216 (40,0%) no Setor Terciário e, somente,
9 (1,7%) no Setor Primário. Neste caso, o setor secundário é, de longe, o mais representativo, no geral.
Figura 43 – Organizações da amostra distribuídas por setor de atividade.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
As organizações que constituem a amostra de investigação apresentam em 97,8% dos casos, a forma
jurídica de Sociedade Anónima (S.A.) ou Sociedade por Quotas (LDA.). Segundo o gráfico da Figura 44,
constata-se que a Sociedade Anónima (S.A.) é, a forma jurídica, adotada por 398 (73,7%) organizações
e a Sociedade por Quotas (LDA.) é, a forma jurídica, adotada por 130 (24,1%) organizações. Sendo que
as restantes 12 (2,2%) organizações adotam formas jurídicas diversas, tais como: Empresa Municipal
(E.M.), Cooperativa (CRL.), Agrupamento Complementar de Empresas (ACE.), entre outras possíveis.
Figura 44 – Organizações da amostra distribuídas por forma jurídica.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
Em termos de certificação, importa referir que todas as 540 organizações para além de possuírem os
sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001), ambiente (ISO 14001) e segurança e saúde do trabalho
(BS OHSAS 18001/NP 4397) certificados, também possuem em simultâneo outros vários sistemas de
gestão implementados e certificados, segundo referenciais normativos nacionais e/ou internacionais.
9
315
216
Setor de Atividade da OrganizaçãoNúmero de Organizações Certificadas – QASST(ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário
398
130
12
0 100 200 300 400 500 600
Sociedade Anónima (S.A.)
Sociedade por Quotas (LDA.)
Outras (E.M., CRL., ACE., ETC.)
Número de Organizações
Forma Jurídica da Organização
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
ANEXOS
163
Destacam-se os seguintes sistemas de gestão certificados: gestão da responsabilidade social (SA 8000
e NP 4469-1), gestão da energia (ISO 50001), gestão da segurança alimentar (ISO 22000), gestão da
qualidade para o ramo automóvel (ISO/TS 16949), gestão da investigação, desenvolvimento e inovação
(NP 4457), gestão de recursos humanos (NP 4427), gestão da segurança da informação (ISO/IEC
27001) e gestão ambiental (EMAS III). Destes sistemas de gestão, refira-se a certificação por parte de
36 (6,7%) organizações do sistema de responsabilidade social (SA 8000) e da verificação e registo por
parte de 21 (3,9%) organizações do sistema de gestão ambiental (EMAS III). Em termos de organismos
de certificação, constata-se que a Associação Portuguesa de Certificação (APCER) é a entidade de
referência para 258 (47,8%) organizações certificadas em QASST, ver o gráfico das Figuras 45 e 46.
Figura 45 – Organizações da amostra distribuídas por referencial normativo.
Figura 46 – Organizações da amostra distribuídas por organismo de certificação.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
258
4
45
1
0
1
2
51
14
27
2
99
36
0 50 100 150 200 250 300
APCER – Associação Portuguesa de Certificação
BM TRADA – Certification, Ltd.
BVC – Bureau Veritas Certification Portugal, Unipessoal, Lda.
CERTIF – Associação para a Certificação
DAS – Direct Assessment Services Portugal, Lda.
DNV – Det Norske Veritas, Lda.
DQS – Sercert - Serviços de Certificação, Lda.
EIC – Empresa Internacional de Certificação, S.A.
LRQA – Lloyd’s Register Quality Assurance, Ltd.
LUSAENOR, Lda.
QEC – Quality and Environmental Certification, Ltd.
SGS ICS – Serviços Internacionais de Certificação, Lda.
TÜV – Rheinland Portugal, Inspecções Técnicas, Lda.
Número de Organizações
Organismo de Certificação
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
540
540
539
306
36
8
4
22
6
36
4
2
21
0 100 200 300 400 500 600
Norma NP EN ISO 9001:2008
Norma NP EN ISO 14001:2012
Norma BS OHSAS 18001:2007
Norma NP 4397:2008
Norma SA 8000:2008
Norma NP 4469-1:2008
Norma NP EN ISO 50001:2012
Norma NP EN ISO 22000:2005
Norma ISO/TS 16949:2009
Norma NP 4457:2007
Norma NP 4427:2004
Norma NP ISO/IEC 27001:2013
Regulamento N.º 1221/2009, de 22 de Dezembro (EMAS III)
Número de Organizações
Referencial Normativo de Certificação ou Registo
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
ANEXOS
164
No panorama económico português, várias das 540 organizações certificadas (QASST) que constituem
a amostra de investigação, enquadram-se em diversos rankings empresariais, publicados anualmente
em revistas e jornais de referência nacional, tendo por base alguns indicadores de caráter económico
(volume de vendas) e social (capital humano), que são apurados todos os anos. Tendo como referência
indicadores relativos ao ano de 2013, constata-se que 12 (2,2%) organizações foram consideradas pela
Revista Exame, como pertencerem à classe das “100 Melhores Empresas para Trabalhar”, 22 (4,1%)
organizações foram consideradas pelo Jornal Diário Económico, como pertencerem à classe das “100
Maiores Exportadoras”, 77 (14,3%) organizações foram consideradas pela Revista Exame, como
pertencerem à classe das “500 Maiores & Melhores”, 139 (25,7%) organizações foram consideradas
pelo Jornal Expresso, como pertencerem à classe das “1000 Maiores”, 146 (27,0%) organizações
foram consideradas pelo Jornal de Notícias, como pertencerem à classe das “1000 Maiores
Empresas”, 147 (27,2%) organizações foram consideradas pelo Jornal Diário de Notícias, como
pertencerem à classe das “1000 Maiores Empresas” e 138 (25,6%) organizações foram consideradas
pelo Jornal Diário Económico, como pertencerem ao grupo das “1000 Maiores Empresas”, como se
verifica no gráfico da Figura 47. No âmbito das Pequenas e Médias Empresas (PME), foram publicados
dois rankings empresariais que retratam a realidade nacional das 540 organizações que constituem a
amostra de investigação. Neste sentido, foi apurado que 32 (5,9%) organizações foram consideradas
pela Revista Exame, como pertencerem à classe das “1000 Melhores PME em Portugal” e 113 (20,9%)
organizações foram consideradas pelo Jornal Diário Económico, como pertencerem à classe das “PME
Líder 2015”, onde se constatou que 113 (20,9%) organizações ostentam o estatuto de “PME Líder” e
26 (4,8%) organizações ostentam o estatuto de “PME Excelência”, sendo estas ambas distinções
empresariais atribuídas anualmente pelo IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, I.P.
Figura 47 – Organizações da amostra distribuídas por ranking empresarial.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
12
22
77
139
146
147
138
32
113
0 50 100 150 200
100 Melhores Empresas para Trabalhar – Revista Exame
100 Maiores Exportadoras – Jornal Diário Económico
500 Maiores & Melhores – Revista Exame
1000 Maiores – Jornal Expresso
1000 Maiores Empresas – Jornal de Notícias
1000 Maiores Empresas – Jornal Diário de Notícias
1000 Maiores Empresas – Jornal Diário Económico
1000 Melhores PME em Portugal – Revista Exame
PME Líder 2015 – Jornal Diário Económico
Número de Organizações
Ranking Empresarial Português – Ano de 2013
Organizações Certificadas – QASST (ISO 9001 + ISO 14001 + BS OHSAS 18001/NP 4397)
ANEXOS
165
O gráfico da Figura 48 apresenta, em resumo, algumas caraterísticas importantes que retratam o perfil
das 540 organizações certificadas em QASST que constituem a amostra de investigação. Em termos de
dimensão de vendas, constata-se que somente 160 (29,6%) organizações apresentaram indicadores
económicos que as permite enquadrar entre as “1000 Maiores Empresas” nacionais. No âmbito da
estrutura societária das organizações, importa referir que a forma jurídica denominada por sociedade
anónima (S.A.) é a mais predominante, tendo sido adotada por 398 (73,7%) organizações. Em termos
de setor de atividade, o setor secundário (Setor 2.º) é o mais relevante, o qual agrega 315 (58,3%)
organizações. Destacando-se, neste caso, a importância que possui o setor de atividade económica
designado por construção [28], o qual agrega sozinho 113 (20,9%) organizações. Em relação à
distribuição geográfica da sede das organizações no território nacional, verifica-se que 230 (42,6%)
organizações encontram-se sediadas no distrito de Lisboa ou Setúbal. Numa perspetiva económica
salienta-se que 283 (52,4%) organizações, foram alvo de exposição em pelo menos um dos nove (9)
rankings económicos de referência, publicados em revistas e jornais portugueses anualmente. No
geral, as organizações que compõem a amostra são do setor privado, contudo, refira-se a existência de
50 (9,3%) organizações que se encontram enquadradas no setor público. A amostra possui 98 (18,1%)
organizações, que mantêm laços do tipo empresa subsidiária, participada ou associada, de um grupo
económico membro do BCSD Portugal. Importa referir, ainda, que todas as organizações da amostra
possuíam um website acessível na Internet em 31 de julho de 2015, através do qual 164 (30,4%)
organizações, publicam relatórios anuais do tipo Relatório e Contas e/ou Relatório de Sustentabilidade.
Figura 48 – Organizações da amostra distribuídas por caraterísticas do perfil.
(Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS)
160
398
315
230
283
50
98
164
380
142
225
310
257
490
442
376
0 100 200 300 400 500 600
Dimensão de Vendas da Organização = Maior
Forma Jurídica da Organização = S.A.
Setor de Atividade da Organização = Setor 2.º
Distrito de Localização da Organização = Lisboa ou Setúbal
Organização Exposta nos Rankings Económicos = Exposta
Organização do Setor Público Empresarial = Pública
Organização de um Grupo Membro do BCSD Portugal = Sim
Organização que Publica Relatórios Anuais na Internet = Sim
Número de Organizações
Perfil da Organização Certificada em QASST
Sim – Organização Pertence à Categoria da IgualdadeNão – Organização Pertence a Outra Categoria
ANEXOS
166
IX. TRATAMENTO ESTATÍSTICO
IX.1. Testes de Normalidade
Em geral, para o estudo da normalidade da distribuição recorre-se ao “teste não paramétrico de
aderência à normal Kolmogorov-Smirnov95 (K-S), com correção de Lilliefors ou ao teste Shapiro-Wilks96”
(Pestana & Gageiro, 2014, p. 117). As hipóteses a testar na análise de aderência à normalidade são:
H0: A variável dependente Índice de Comunicação do Compromisso (ICC) tem distribuição normal. H1: A variável dependente Índice de Comunicação do Compromisso (ICC) não tem distribuição normal.
Na Tabela 24 constata-se que o nível de significância (Sig.) do teste Kolmogorov-Smirnov de aderência
à normalidade com a correção de Lilliefors é 0,000 (inferior a 0,05), o que implica a rejeição da
hipótese nula (H0). Esta análise é também ela corroborada pelos resultados do teste de Shapiro-Wilk,
no qual o nível de significância (Sig.) obtido é 0,000 (inferior a 0,05) o que permite rejeitar a hipótese
nula (H0), para um nível de confiança de 95%. Assim sendo, pelo teste de normalidade, conclui-se que
a variável Índice de Comunicação do Compromisso (ICC) não se ajusta a uma distribuição normal.
Tabela 24 – Testes de normalidade à variável dependente.
VARIÁVEL KOLMOGOROV-SMIRNOVa SHAPIRO-WILK DEPENDENTE Estatística gl Sig. Estatística gl Sig.
ICC Índice de Comunicação do Compromisso 0,067 540 0,000 0,963 540 0,000
INDEPENDENTE Categoria Estatística gl Sig. Estatística gl Sig.
DVO
Dimensão de Vendas da Organização
0 Outra 0,075 380 0,000 0,960 380 0,000
1 Maior 0,096 160 0,001 0,943 160 0,000
FJO
Forma Jurídica da Organização
0 Outra 0,109 142 0,000 0,938 142 0,000
1 S.A. 0,070 398 0,000 0,963 398 0,000
SAO
Setor de Atividade da Organização
0 Outro 0,069 225 0,012 0,958 225 0,000
1 Setor 2.º 0,067 315 0,002 0,965 315 0,000
LGO
Localização Geográfica da Organização
0 Outra 0,086 310 0,000 0,954 310 0,000
1 Lisboa & Setúbal 0,059 230 0,049 0,972 230 0,000
ERM
Exposição nos Rankings dos Media
0 Não 0,073 257 0,002 0,956 257 0,000
1 Exposta 0,071 283 0,001 0,964 283 0,000
SPE Setor Público
Empresarial 0 Privada 0,071 490 0,000 0,965 490 0,000
1 Pública 0,157 50 0,003 0,930 50 0,005
GMB Grupo Membro
do BCSD Portugal 0 Não 0,081 442 0,000 0,959 442 0,000
1 Membro 0,177 98 0,000 0,856 98 0,000
RSI Relato de Sustentabilidade
na Internet 0 Não 0,090 376 0,000 0,953 376 0,000
1 Relatório 0,118 164 0,000 0,926 164 0,000 LEGENDA: a. – Correção de Significância de Lilliefors | gl – Graus de Liberdade | Sig. – Significância. Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS.
95No geral, o “teste Kolmogorov-Smirnov de aderência à normalidade, serve para analisar o ajustamento ou aderência à normalidade da distribuição de uma variável de nível ordinal ou superior, através da comparação das frequências relativas acumuladas esperadas” (Pestana & Gageiro, 2008, p. 442). 96No geral, o “teste Shapiro-Wilks é mais adequado quando a amostra tem dimensão inferior ou igual a 50, caso contrário recorre-se ao Kolmogorov-Smirnov (K-S) com a correção de Lilliefors” (Pestana & Gageiro, 2014, p. 117), contudo, a análise dos dois testes pode ser conjunta no software SPSS.
ANEXOS
167
IX.2. Testes de Homogeneidade de Variâncias
O teste de Levene é um dos testes estatísticos mais potentes utilizados para testar a homogeneidade
de variâncias, ou seja, a igualdade entre as variâncias de uma variável, “é um teste particularmente
robusto a desvios da normalidade” (Maroco, 2003, p. 114). No âmbito do presente trabalho de
investigação as hipóteses a testar para a análise da homogeneidade de variâncias são as seguintes:
H0: A variável dependente Índice de Comunicação do Compromisso (ICC) tem variâncias iguais. H1: A variável dependente Índice de Comunicação do Compromisso (ICC) não tem variâncias iguais.
Segundo Martins (2007, p. 11), a “homogeneidade das variâncias97 só se torna importante quando as
dimensões dos grupos (categorias) são muito diferentes”. Neste sentido, a maior preocupação do
investigador foi verificar o pressuposto da homogeneidade das variâncias, na relação da variável
dependente Índice de Comunicação do Compromisso com as variáveis independentes Setor Público
Empresarial e Grupo Membro do BCSD Portugal, pois são os dois (2) casos em que a dimensão das
categorias (“0” e “1”) apresenta a maior diferença. Pela Tabela 25 verifica-se que para ambas estas
variáveis independentes (SPE e GMB) se rejeita a hipótese nula (H0) da variável dependente (ICC) ter
variâncias iguais, entre as categorias, visto que os níveis de significância (Sig.) da estatística de Levene,
baseado nas médias serem de 0,000 e 0,003 (inferiores a 0,05), para um nível de confiança de 95%.
Tabela 25 – Testes de homogeneidade de variâncias na relação das variáveis.
VARIÁVEL ÍNDICE DE COMUNICAÇÃO DO COMPROMISSO (ICC)
Parâmetro Estatístico Estatística de Levene gl1 gl2 Sig.
DVO
Dimensão de Vendas da Organização
Baseado na Média 2,455 1 538 0,118 Baseado na Mediana 1,945 1 538 0,164
FJO
Forma Jurídica da Organização
Baseado na Média 2,708 1 538 0,100
Baseado na Mediana 3,479 1 538 0,063
SAO
Setor de Atividade da Organização
Baseado na Média 0,001 1 538 0,971
Baseado na Mediana 0,002 1 538 0,969
LGO
Localização Geográfica da Organização
Baseado na Média 0,768 1 538 0,381
Baseado na Mediana 0,756 1 538 0,385
ERM
Exposição nos Rankings dos Media
Baseado na Média 1,272 1 538 0,260
Baseado na Mediana 1,096 1 538 0,296
SPE Setor Público
Empresarial Baseado na Média 27,353 1 538 0,000
Baseado na Mediana 27,835 1 538 0,000
GMB Grupo Membro
do BCSD Portugal Baseado na Média 8,920 1 538 0,003
Baseado na Mediana 11,963 1 538 0,001
RSI Relato de Sustentabilidade
na Internet Baseado na Média 1,995 1 538 0,158
Baseado na Mediana 2,073 1 538 0,151 LEGENDA: gl – Graus de Liberdade | Sig. – Significância. Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS.
97A “homogeneidade das variâncias só se torna importante quando as dimensões dos grupos (categorias) são muito diferentes, mais precisamente, quando (ni)max ≥ 2(ni)min” (Martins, 2007, p. 11). Importa, ainda, referir que na análise estatística, no geral, “quando as amostras não são fortemente desequilibradas, o efeito da heterogeneidade das variâncias, mesmo se acentuada, é pouco significativo”, isto é, em regra aceitável (Martins, 2007, p. 11).
ANEXOS
168
IX.3. Testes de Multicolinearidade
O modelo de regressão logística binária pressupõe que as variáveis explicativas (X) sejam linearmente
independentes, ou seja, que não se verifique a multicolinearidade98 das variáveis. A intensidade da
multicolinearidade é analisada, em geral, através de três (3) pressupostos (Pestana & Gageiro, 2008).
Correlação entre as Variáveis Independentes99
Na análise ao primeiro pressuposto esteve a matriz de correlações bivariável, como forma preliminar
de verificação da multicolinearidade. Pela Tabela 26 constata-se que a correlação obtida mais elevada
(0,618) ocorre entre as variáveis Dimensão de Vendas da Organização (DVO) e a Exposição nos
Rankings dos Media (ERM), a qual apresenta um valor em termos absolutos inferior a 0,9. Verificando-
se também que os coeficientes de correlação de Pearson entre as variáveis independentes são baixos,
o que parece, igualmente, ser indicador de baixa intensidade de multicolinearidade entre as variáveis.
Tabela 26 – Parâmetros estatísticos da correlação entre as variáveis independentes.
VARIÁVEL INDEPENDENTE
MATRIZ DE CORRELAÇÕES PARÂMETROS DVO FJO SAO LGO ERM SPE GMB RSI
DVO
Dimensão de Vendas da
Organização
Correlação de Pearson 1 0,213 0,129 0,114 0,618 0,017 0,200 0,321 Significância (bilateral) 0,000 0,003 0,008 0,000 0,701 0,000 0,000
Número (N) 540 540 540 540 540 540 540 540
FJO
Forma Jurídica da
Organização
Correlação de Pearson 0,213 1 0,152 -0,004 0,147 0,089 0,216 0,221 Significância (bilateral) 0,000 0,000 0,919 0,001 0,038 0,000 0,000
Número (N) 540 540 540 540 540 540 540 540
SAO
Setor de Atividade
da Organização
Correlação de Pearson 0,129 0,152 1 -0,290 0,195 -0,184 -0,080 0,003 Significância (bilateral) 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,065 0,950
Número (N) 540 540 540 540 540 540 540 540
LGO
Localização Geográfica da Organização
Correlação de Pearson 0,114 -0,004 -0,290 1 -0,034 -0,056 0,080 0,107 Significância (bilateral) 0,008 0,919 0,000 0,430 0,198 0,062 0,013
Número (N) 540 540 540 540 540 540 540 540
ERM
Exposição nos Rankings dos
Media
Correlação de Pearson 0,618 0,147 0,195 -0,034 1 -0,131 -0,013 0,033 Significância (bilateral) 0,000 0,001 0,000 0,430 0,002 0,762 0,449
Número (N) 540 540 540 540 540 540 540 540
SPE Setor Público
Empresarial
Correlação de Pearson 0,017 0,089 -0,184 -0,056 -0,131 1 0,397 0,414 Significância (bilateral) 0,701 0,038 0,000 0,198 0,002 0,000 0,000
Número (N) 540 540 540 540 540 540 540 540
GMB Grupo Membro
do BCSD Portugal
Correlação de Pearson 0,200 0,216 -0,080 0,080 -0,013 0,397 1 0,410 Significância (bilateral) 0,000 0,000 0,065 0,062 0,762 0,000 0,000
Número (N) 540 540 540 540 540 540 540 540
RSI Relato de
Sustentabilidade na Internet
Correlação de Pearson 0,321 0,221 0,003 0,107 0,033 0,414 0,410 1 Significância (bilateral) 0,000 0,000 0,950 0,013 0,449 0,000 0,000
Número (N) 540 540 540 540 540 540 540 540 Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS.
98Na literatura especializada considera-se que “quando existe associação linear entre duas ou mais variáveis exógenas diz-se que há multicolinearidade”. No entanto, “quando essa associação se dá apenas entre duas variáveis, também se designa por colinearidade” (Pestana & Gageiro, 2014, p. 737). 99Quando os “coeficientes de correlação entre as variáveis independentes são elevados (superiores em termos absolutos a 0,9) indiciam a possibilidade de existência da multicolinearidade”. Contudo, “o facto de não existir elevados coeficientes de correlação entre as variáveis independentes é insuficiente para garantir a não multicolinearidade, pois esta pode ser resultante de um efeito combinado de duas ou mais variáveis” (Pestana & Gageiro, 2008, p. 604).
ANEXOS
169
Tolerância e Fator de Inflação da Variância100
Na análise ao segundo pressuposto recorreu-se aos coeficientes de colinearidade (tolerância e o fator
de inflação da variância), como medidas de deteção da multicolinearidade. Pela Tabela 27 constata-se
que em termos das estatísticas de colinearidade apuradas o valor da Tolerância mais baixo é 0,503,
correspondente à variável Dimensão de Vendas da Organização (o qual indica que 50,3% da variância
da variável não é explicado pelas restantes variáveis independentes), como o valor da tolerância
apurado, no geral, se aproxima de um (1), pode-se considerar um bom indicador que indicia a não
multicolineariedade. Por conseguinte, dado não existir nenhum Fator de Inflação da Variância (VIF)
superior a 10, tira-se a mesma conclusão, sob a inexistência de multicolineariedade entre as variáveis.
Tabela 27 – Coeficientes estatísticos de colinearidade da variável dependente.
VARIÁVEL INDEPENDENTE MODELO
ESTATÍSTICAS DE COLINEARIDADE TOLERÂNCIA FATOR DE INFLAÇÃO DA VARIÂNCIA
DVO
Dimensão de Vendas da Organização 1 0,503 1,987
FJO
Forma Jurídica da Organização 1 0,889 1,125
SAO
Setor de Atividade da Organização 1 0,818 1,222
LGO
Localização Geográfica da Organização 1 0,854 1,171
ERM
Exposição nos Rankings dos Media 1 0,563 1,777
SPE
Setor Público Empresarial 1 0,700 1,429
GMB
Grupo Membro do BCSD Portugal 1 0,736 1,360
RSI
Relato de Sustentabilidade na Internet 1 0,655 1,526
Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS. 100Segundo Pestana e Gageiro (2008, 2014), a Tolerância e o Fator de Inflação da Variância ou do inglês Variance Inflation Factor (VIF) são tidas como duas medidas para deteção da multicolinearidade entre as variáveis exógenas. A tolerância mede o grau em que uma variável independente é explicada por todas as outras variáveis independentes, ou seja, “é a proporção da variância dessa variável que não é explicada pelas restantes variáveis exógenas” (Pestana & Gageiro, 2014, p. 740). A tolerância varia entre zero (0) e um (1), e quanto mais próxima estiver de zero, maior será a multicolinearidade, ou seja, uma tolerância igual a zero (0) significa que a variável exógena é uma combinação linear perfeita das variáveis exógenas que estão contempladas no modelo (Pestana & Gageiro, 2008, 2014). Consequentemente, quanto mais próxima a tolerância estiver de um (1), menor será a multicolineariedade, isto é, uma tolerância igual a um (1) “significa que uma variável exógena é totalmente independente das restantes” (Pestana & Gageiro, 2014, p. 740). Importa destacar que “o valor da tolerância normalmente considerado como o limite abaixo do qual existe elevada multicolinearidade é 0,10, onde R = 0,95” (Pestana & Gageiro, 2014, p. 740). Os mesmos autores, consideram que uma qualquer variável com valores de tolerância abaixo de 0,19, originam uma correlação superior a 0,90. NOTA: Por exemplo, “uma tolerância de 0,60 indica que 60% da variância de uma variável exógena não é explicada pelas restantes” (Pestana & Gageiro, 2014, p. 740). O inverso da tolerância designa-se por Fator de Inflação da Variância ou VIF, o “qual informa sobre o grau em que cada variável exógena é explicada por outras variáveis exógenas”, importa reter que “quanto mais próximo de zero (0) estiver a VIF, menor será a multicolineariedade” (Pestana & Gageiro, 2014, p. 740). Segundo Pestana e Gageiro (2014, p. 741), “o valor habitualmente considerado como o limite acima do qual existe multicolineariedade é VIF > 10”. NOTA: Por exemplo, “o valor do VIF = 10 corresponde a um coeficiente de correlação de 0,95, enquanto que um coeficiente de correlação de 0,90 corresponde a um VIF = 5,26. Assim, qualquer variável com VIF < 5,26 terá uma correlação superior a 0,90” (Pestana & Gageiro, 2014, p. 741). Pestana e Gageiro (2014) consideram que apesar dos valores de referência, anteriormente, propostos para a tolerância e o fator de inflação da variância (VIF), cada investigador deve determinar o grau de multicolinearidade aceitável, para as variáveis em estudo.
ANEXOS
170
Valores Próprios, Índice de Condição e Proporção da Variância101
Na análise ao terceiro pressuposto recorreu-se aos valores próprios, índice de condição e proporção da
variância (diagnóstico de colinearidade), como medidas de deteção da multicolinearidade. Pela Tabela
28 constata-se que o valor próprio mais baixo apurado é igual a 0,097, próximo do valor de referência
(0) e relativo à dimensão nove (9). O valor do índice de condição obtido mais alto é igual a 7,105,
afastado do valor de referência (30) e relativo à dimensão nove (9). Por sua vez, o valor da proporção
da variância obtido mais alto é igual a 0,95, superior ao valor de referência (0,9) e relativo à dimensão
nove (9) no seu enquadramento com a coluna da constante (CON.). Os valores relativamente baixos
obtidos através do diagnóstico de colinearidade, para o índice de condição e para a proporção de
variância indicam a inexistência de multicolinearidade nas variáveis. Assim, após a aplicação das três
condições para deteção da multicolinearidade nas variáveis exógenas, pode-se concluir com evidência
estatística significativa que a multicolinearidade não se encontra presente nas oito variáveis exógenas.
Tabela 28 – Diagnóstico de colinearidade da variável dependente.
MODELO DIMENSÃO VALOR
PRÓPRIO ÍNDICE DE CONDIÇÃO
PROPORÇÃO DA VARIÂNCIA CON. DVO FJO SAO LGO ERM SPE GMB RSI
1 1 4,917 1,000 0,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,00 0,01 0,01 2 1,325 1,926 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,02 0,21 0,10 0,04
3 0,691 2,667 0,01 0,14 0,01 0,00 0,36 0,04 0,00 0,00 0,01
4 0,654 2,742 0,01 0,12 0,02 0,15 0,18 0,00 0,07 0,02 0,01
5 0,492 3,162 0,00 0,01 0,00 0,02 0,02 0,01 0,34 0,76 0,02
6 0,408 3,472 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,07 0,23 0,06 0,73
7 0,229 4,629 0,01 0,03 0,47 0,55 0,17 0,02 0,08 0,01 0,03
8 0,186 5,136 0,01 0,53 0,21 0,02 0,00 0,63 0,02 0,03 0,16
9 0,097 7,105 0,95 0,14 0,28 0,19 0,25 0,20 0,04 0,00 0,00 LEGENDA: CON. – Constante |DVO – Dimensão de Vendas da Organização | FJO – Forma Jurídica da Organização | SAO – Setor de Atividade da Organização | LGO – Localização Geográfica da Organização | ERM – Exposição nos Rankings dos Media | GMB – Grupo Membro do BCSD Portugal | RSI – Relato de Sustentabilidade na Internet. Fonte: adaptado do relatório de output do software SPSS.
101Segundo Pestana e Gageiro (2008, 2014), os Valores Próprios, o Índice de Condição e a Proporção da Variância são tidas como três medidas para deteção da multicolinearidade entre as variáveis exógenas. Segundo Pestana e Gageiro (2014, p. 741), os “valores próprios medem a quantidade de variância contida na matriz de correlações, e portanto a sua soma é igual ao número de variáveis, dando indicação do número de dimensões distintas que existem entre as variáveis exógenas. O número máximo de dimensões é menor ou igual ao número de coeficientes na regressão, incluindo a constante. A primeira dimensão explica a maior proporção de variância dos dados, a segunda dimensão é ortogonal à primeira e explica a segunda maior proporção e variância, e assim sucessivamente, até que a última identifica a proporção com menor variância. Assim, os valores próprios indicam a proporção da dispersão relativa em cada uma das dimensões do espaço das variáveis exógenas, enquanto que os vetores próprios identificam a combinação linear das variáveis exógenas que definem uma dada dimensão. Se uma ou mais variáveis exógenas for colinear com as restantes, então haverá pelo menos um valor próprio muito perto do zero. Quando há muitos valores próprios perto do zero significa que existe uma elevada correlação entre as variáveis, levando a que pequenas variações nos dados possam conduzir a grandes variações nos coeficientes estimados. Outro processo para detetar a elevada multicolinearidade consiste em analisar simultaneamente o índice de condição e a proporção da variância” (Pestana & Gageiro, 2014, p. 741). O “índice de condição fornece o tamanho relativo da matriz dos valores próprios, e calcula-se pela raiz quadrada do quociente entre o maior valor próprio e cada um dos valores próprios” (Pestana & Gageiro, 2014, p. 741). Segundo Pestana e Gageiro (2008, 2014), um valor do índice de condição superior a 15 indica um possível problema de multicolinearidade, e um valor maior que 30 levanta sérios problemas de multicolineariedade. Para Pestana e Gageiro (2008, 2014), a proporção de variância é explicada por cada componente principal, ou seja, é a proporção de variância de cada coeficiente da regressão explicada por cada dimensão, normalmente interpreta-se em termos percentuais, e varia entre zero (0) e um (1). NOTA: Importa reter, como regra geral a aplicar, que “para decidir sobre a elevada multicolinearidade, atende-se às dimensões que apresentam cumulativamente valores próprios próximos de zero (0), o índice de condição maior que 30, e a proporção de variância superior a 0,90 em pelo menos duas variáveis exógenas” (Pestana & Gageiro, 2014, p. 741).
ANEXOS
171
X. BASE DE DADOS DE INVESTIGAÇÃO
A Figura 49 mostra a estrutura do ambiente de trabalho da Base de Dados de Investigação, na secção correspondente à introdução dos dados de identificação.
Figura 49 – Base de dados de investigação na secção dos dados de identificação.
(Fonte: adaptado da base de dados de investigação)
ANEXOS
172
A Figura 50 apresenta a estrutura do ambiente de trabalho da Base de Dados de Investigação, na secção correspondente à introdução dos dados da
certificação das organizações certificadas em qualidade, ambiente, segurança e saúde do trabalho, tendo como data de referência 31 de dezembro de 2013.
Figura 50 – Base de dados de investigação na secção dos dados da certificação.
(Fonte: adaptado da base de dados de investigação)
ANEXOS
173
A Figura 51 apresenta a estrutura do ambiente de trabalho da Base de Dados de Investigação, na secção correspondente à introdução dos dados relativos à
presença (۞) de organizações certificadas em qualidade, ambiente e segurança, nas listagens e rankings empresariais nacionais publicados, relativos a 2013.
Figura 51 – Base de dados de investigação na secção das listagens e rankings empresariais nacionais.
(Fonte: adaptado da base de dados de investigação)
ANEXOS
174
A Figura 52 mostra a estrutura do ambiente de trabalho da Base de Dados de Investigação, na secção correspondente à introdução dos dados sob a presença
(1) de elementos, no âmbito do corpus de análise ou documentos de análise no website das organizações certificadas em qualidade, ambiente e segurança.
Figura 52 – Base de dados de investigação na secção do corpus de análise ou documentos de análise no website.
(Fonte: adaptado da base de dados de investigação)
ANEXOS
175
A Figura 53 mostra a estrutura do ambiente de trabalho da Base de Dados de Investigação, na secção correspondente à introdução dos dados sob a presença
(1) de elementos, no âmbito do corpus de análise ou documentos de análise no website das organizações, em termos específicos das políticas da organização.
Figura 53 – Base de dados de investigação na secção das políticas da organização.
(Fonte: adaptado da base de dados de investigação)
ANEXOS
176
A Figura 54 mostra a estrutura do ambiente de trabalho da Base de Dados de Investigação, na secção correspondente à introdução dos dados sob a presença
(1) de elementos, no âmbito do corpus de análise ou documentos de análise no website das organizações, em termos de outros documentos relevantes.
Figura 54 – Base de dados de investigação na secção de outros documentos relevantes na divulgação de informação.
(Fonte: adaptado da base de dados de investigação)
ANEXOS
177
A Figura 55 mostra a estrutura do ambiente de trabalho da Base de Dados de Investigação, na secção correspondente à introdução dos dados sob a presença
(1) de elementos, no âmbito da comunicação dos compromissos para com o desenvolvimento sustentável, relativos às dimensões económica e ambiental.
Figura 55 – Base de dados de investigação na secção dos compromissos (dimensões económica e ambiental).
(Fonte: adaptado da base de dados de investigação)
ANEXOS
178
A Figura 56 mostra a estrutura do ambiente de trabalho da Base de Dados de Investigação, na secção correspondente à introdução dos dados sob a presença
(1) de elementos, no âmbito da comunicação dos compromissos para com o desenvolvimento sustentável, relativos às dimensões social e integrada.
Figura 56 – Base de dados de investigação na secção dos compromissos (dimensões social e integrada).
(Fonte: adaptado da base de dados de investigação)
ANEXOS
179
A Figura 57 mostra a estrutura do ambiente de trabalho da Base de Dados de Investigação, na secção correspondente à classificação automática das
organizações, de acordo com as categorias dicotómicas ou binárias (0;1) estabelecidas para classificar a variável dependente e as variáveis independentes.
Figura 57 – Base de dados de investigação na secção das variáveis de investigação.
(Fonte: adaptado da base de dados de investigação)
ANEXOS
180
A Figura 58 mostra a estrutura do ambiente de trabalho da Base de Dados de Investigação, na secção correspondente ao tratamento estatístico das variáveis
de investigação, de acordo com as categorias dicotómicas ou binárias (0;1) estabelecidas para classificar a variável dependente e as variáveis independentes.
Figura 58 – Base de dados de investigação na secção do tratamento estatístico das variáveis de investigação.
(Fonte: adaptado da base de dados de investigação)
FICHA TÉCNICA Título: A Comunicação do Compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável, das Organizações Portuguesas Certificadas em Qualidade, Ambiente e Segurança Subtítulo: Dissertação de Mestrado Instituição: Universidade do Minho (UM) Escola de Engenharia (EEng) Departamento de Produção e Sistemas (DPS) Curso: Mestrado em Engenharia Industrial (MEI) Ramo de Especialização em Qualidade, Segurança e Manutenção (QSM) Autor: Filipe José da Fonseca Carvalho Orientador: Professor Doutor Paulo Alexandre da Costa Araújo Sampaio Edição: Versão Final Data: Novembro de 2015 Impressão: Graphite® Design, Cópias e Publicidade de Araújo Carvalho & Dinis, Lda. Encadernação: Graphite® Design, Cópias e Publicidade de Araújo Carvalho & Dinis, Lda. Ordem de Impressão Oficial: Pré-texto: Impresso só Frentes Texto e Pós-Texto: Impresso a Frente e Verso Número de Páginas: Texto e Pós-Texto (Numeração Árabe) Cento e Oitenta (180) Número de Exemplares: Cinco (5) Impressos (Papel) Cinco (5) Digitais (CD) ISBN: Não Aplicável
© 2015 Filipe Carvalho Universidade do Minho © UMinho Dissertação de Mestrado em Engenharia Industrial Campus de Azurém | 4800-058 Guimarães | Portugal
AUTOR & ORIENTADOR
Filipe Carvalho (Autor) é licenciado, desde 2001, em Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), mestre em Engenharia do Ambiente pela mesma universidade e em Sistemas Integrados de Gestão – Qualidade, Ambiente e Segurança (SIG–QAS) pelo Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), pós-graduado em Engenharia Industrial (Qualidade, Segurança e Manutenção) pela Universidade do Minho (UM) e em Sistemas Integrados de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) do Instituto Politécnico do Porto (IPP). Atualmente, ele desenvolve funções como consultor, gestor, auditor e formador certificado nas áreas da qualidade, ambiente, segurança e saúde do trabalho e responsabilidade social, em termos da implementação e manutenção de Sistemas Integrados de Gestão (SIG), com vista a obter a melhoria contínua em prol do desenvolvimento sustentável. [email protected]
Paulo Sampaio (Orientador) é licenciado em Engenharia e Gestão Industrial pela Universidade do Minho (2002) e doutorado em Engenharia de Produção e Sistemas (2008) pela mesma Universidade. É Professor Auxiliar de Engenharia e Gestão da Qualidade na Universidade do Minho desde 2009. [email protected]
Filipe Carvalho (Author) is graduated, since 2001, in Environmental Engineering and Natural Resources from the University of Tras-os-Montes and Alto Douro (UTAD), master in Environment Engineering from the same university and in Integrated Management Systems – Quality, Environment and Safety (IMS–QES) from the Polytechnic Institute of Cavado and Ave (IPCA), postgraduate in Industrial Engineering (Quality, Safety and Maintenance) from the University of Minho (UM) and in Integrated Management Systems of Quality, Environment and Safety from the School of Engineering – Polytechnic of Porto (ISEP–IPP). Currently, he develops duties as consultant, manager, auditor and trainer certified in the areas of quality, environment, occupational health and safety and social responsibility, in terms of implementation and maintenance of Integrated Management Systems (IMS), with view to obtain continuous improvement to promote sustainable development.
Paulo Sampaio (Advisor) holds an Industrial Engineering Degree (2002) and a PhD in Production and Systems Engineering (2008) both from the University of Minho. Paulo is Assistant Professor of Quality Engineering and Management at the University of Minho.