ficha_medicinas alternativas e trapêuticas complementares

download ficha_medicinas alternativas e trapêuticas complementares

of 4

Transcript of ficha_medicinas alternativas e trapêuticas complementares

  • 8/4/2019 ficha_medicinas alternativas e traputicas complementares

    1/4

    As formadoras: Glria Ribeiro e Raquel Marques Pg. 1

    AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE PAREDES

    Curso de Educao e Formao de Adultos (EFA) Nvel

    Secundrio

    Sociedade, Tecnologia e Cincia

    2011/2012

    Unidade de Competncia 3: Compreender que a qualidade de vida e bem-estar implicam a capacidade de acionar

    fundamentada e adequadamente intervenes e mudanas biocomportamentais, identificando fatores de risco e de

    proteo, e reconhecendo na sade direitos e deveres em situaes de interveno individual e do coletivo.

    Ncleo Gerador: Sade (S)

    Domnio Tema Competncia Critrios de evidncia

    DR3Medicinas eMedicao

    Reconhecer osdireitos e deveresdos cidados e o

    papel dacomponente

    cientfica e tcnicana tomada de

    decises racionaisrelativamente

    sade

    Sociedade Atuar no campo da sade, entendendo-o comoum campo composto por instituies com competnciasespecializadas na produo e distribuio de medicamentos,mas incluindo tambm reas de liberdade, desigualdade econflito.TecnologiaAtuar no relacionamento com servios esistemas de sade reconhecendo as possibilidades deescolha e os limites da automedicao, bem comointervindo no sentido de conhecer a fiabilidade de tcnicas eprodutos para a sade.CinciaAtuar na promoo e salvaguarda da saderecorrendo a conhecimentos cientficos para a tomada deposio em debates de interesse pblico sobre problemas da

    sade (planeamento familiar, teraputicas naturais,toxicodependncia, etc.), suportando essas posies emanlises matemticas que permitam perspetivar medidas deforma consistente.

    MEDICINAS ALTERNATIVAS

    Nos ltimos anos, muito se tem falado sobre medicinas alternativas ou

    terapias complementares. No entanto, poucos so aqueles que sabem o que

    significam estes termos e em que medida essas terapias contribuem para uma

    melhoria do estado de sade daqueles que as procuram.

    A medicina convencional tem sido at h poucos anos praticamente, de forma geral, a primeira se

    no a nica opo para as populaes, sobretudo ocidentais. Portugal no excepo. Contudo, tem-se

    verificado que na ltima dcada, a procura de medicinas no convencionais por parte dos cidados tem-se

    intensificado. Infelizmente, o respeito e reconhecimento concedidos a estas teraputicas so ainda limitados, pelo

    facto de haver pouca clarificao no s nos procedimentos, mas tambm na acreditao dos profissionais que as

    praticam.

    FFoorrmmaannddoo --______________________________________________________________________________ DDaattaa:: ________//________//________

  • 8/4/2019 ficha_medicinas alternativas e traputicas complementares

    2/4

    As formadoras: Glria Ribeiro e Raquel Marques Pg. 2

    Medicinas Alternativas VS Teraputicas Complementares

    Em todo o mundo praticam-se vrios tipos de terapias alternativas, criando confuso nas vrias

    nomenclaturas existentes; alternativa, complementar e no convencional.

    A Ordem dos Mdicos da Gr-Bretanha, num relatrio sobre terapias complementares, sugeria as

    seguintes definies: outros sistemas de tratamento no muito usados pelos mdicos convencionais e sendo os

    termos complementar, no convencional, natural, alternativa ou, no ortodoxa, usados de forma geral com o mesmosignificado.

    A Organizao Mundial de Sade (OMS) sugere uma definio de forma abstrata para as medicinas

    alternativas: as medicinas no convencionais abrangem todas as terapias que no so utilizadas pela

    medicina convencional.

    A diferena entre os termos alternativa e complementar simples. Se um clnico de

    medicina convencional ou no convencional utilizar exclusivamente terapias alternativas, ele est a proceder a

    teraputica alternativa em detrimento da ortodoxa ou convencional. Se por outro lado, o paciente estiver a sernormalmente seguido pelo seu mdico convencional, por exemplo num problema msculo-esqueltico, estando a

    tomar medicamentos prescritos pelo mesmo, mas recorrendo a um clnico osteopata, que trata problemas dos

    componentes mecnicos msculo-esquelticos, o doente recorreu a uma terapia complementar convencional.

    Portugueses cada vez mais alternativos

    Em todo o mundo, tem havido um aumento da popularidade das medicinas alternativas, desde o Japo aos

    Estados Unidos da Amrica, passando pelo norte da Europa at frica do Sul, Ocenia e Amrica do Sul.

    Em Portugal, a procura por parte dos cidados de terapias naturais intensificou-se nos ltimos dez anos,

    levando o estado portugus a ponderar na elaborao de uma lei que enquadrasse as actividades das medicinas

    alternativas, bem como do exerccio dos seus profissionais. A Lei n 45/2003, de 22 de Agosto, faz o enquadramento

    base das teraputicas no convencionais, estabelecendo as teraputicas reconhecidas, bem como da acreditao

    dos seus profissionais.

    A referida lei reconheceu como teraputicas a Acupunctura, Osteopatia, Homeopatia, Naturopatia, Fitoterapia

    e Quiroptica e considerou que estas teraputicas partem de base filosfica diferente da medicina convencional

    aplicando processos especficos de diagnstico e teraputicas prprias. ainda reconhecida autonommia tcnica e

    deontolgica aos profissionais que as praticam, sendo o Ministrio da Sade o organismo que tutela e efetua a

    credenciao profissional.

    Ameaa medicina tradicional?

    De dia para dia, h mais pessoas a recorrer a diferentes teraputicas no convencionais. Descrena na

    medicina convencional? Estamos em crer que no. Existe sim, uma maior consciencializao sobre o papel

    importante que as teraputicas no convencionais tm vindo a desempenhar na resoluo de vrias patologias.

    A tendncia nos ltimos anos tem sido a de uma maior responsabilidade assumida pelas pessoas, em

    relao sua prpria sade. Atualmente, a procura por teraputicas no convencionais est tambm relacionada

    com o medo dos efeitos secundrios prejudiciais de alguns medicamentos prescritos, levando as pessoas a procurar

    terapias alternativas ou complementares sempre que possvel.

    Se necessitar de recorrer a uma teraputica no convencional deve procurar um profissional devidamente

    qualificado. S assim estar a contribuir para uma melhor defesa da sua sade

  • 8/4/2019 ficha_medicinas alternativas e traputicas complementares

    3/4

    As formadoras: Glria Ribeiro e Raquel Marques Pg. 3

    Medicinas Naturais

    reas do saber milenar das medicinas naturais: Acupunctura, Osteopatia, Homeopatia, Naturopatia, Reiki,

    Iridologia.

    Acupunctura: Forma milenar de tratamento oriental, que tem por base a rede de meridianos energticos que

    atravessam o Homem, espalhando o QI por todos os recnditos do corpo biolgico. A acupunctura uma das mais

    antigas prticas orientais, com excelentes resultados.

    Osteopatia: O esqueleto, como elemento central do indivduo, por vezes causa de algum mau estar, fruto de

    variadssimas situaes quotidianas. Os erros posturais e o sedentarismo so, certamente, fortes contribuintes de

    situaes de desequilbrio a nvel do esqueleto. Se a estrutura ssea no est bem, obviamente que muitos vo ser

    os reflexos. Estima-se que cerca de 80% da populao sofra de problemas a nvel da coluna. O osteopata como um

    "mecnico do esqueleto", o terapeuta certo para executar as correes a nvel do esqueleto, quando estas se

    impem e so adequadas, melhorando, significativamente, a qualidade de vida e reduzindo o sofrimento quotidiano

    que tais situaes provocam.

    Homeopatia: O conceito de homeotapia, criado em 1755 pelo Dr. Samuel Hahnemamm, significa, traduzido letra,

    "curar com o semelhante". A homeopatia no reprime os sintomas, mas sim, apoia o organismo, como um aliado

    eficaz a proteger a sua prpria sade, em harmonia com todas as suas foras vitais. Deste modo, o prprio

    organismo a abrir caminho e a lutar pela recuperao da sade perdida.

    Naturopatia: Cada vez mais pessoas, de forma consciente, optam por regular a sua vida em simbiose com a Me

    Natureza. Esta opo de vida, tem um considervel reflexo em termos de sade, sendo a busca do equilbrio feita de

    forma dinmica, recorrendo aos ilimitados recursos que a Natureza nos oferece, numa perspectiva com forte pendor

    preventivo.

    Reiki: um antigo sistema de cura baseado na imposio das mos cuja origem remonta ao budismo tibetano, tendo

    sido redescoberto no sculo passado atualmente reconhecido pela Organizao Mundial de Sade enquanto

    terapia alternativa, estando vigente em alguns hospitais e clnicas dos Estados Unidos da Amrica. Rei significa

    energia vital universal e Ki a energia vitalde cada ser, pelo que Reiki a fuso de ambas esta harmonizao

    converge para uma energia curativa que, captada, promove manuteno/retorno de bem estar fsico, mental e

    emocional e no s suspenso/alivio de patologias.

    Como se faz? Um tratamento consiste em quatro sesses peridicas, cada uma entre 40 a 50 minutos, nas quais ao

    recetor pedido que permanea deitado relaxadamente na marquesa. O terapeuta coloca as mos acima de

    determinados pontos energticos fulcrais para que a essncia universal flua, proporcionando ao recetor frequncias

    cardaca e respiratria caractersticas a um nvel de repouso.

    Em que situaes aplicar?

    Fortalecimento do sistema imunitrio de crianas de quaisquer idades, de modo a amenizar doenas crnicas tais

    como asma, bronquite, rinite e alergias;

    Estabelecimento de bem estar e evoluo espiritual; Harmonizao de relaes familiares e interpessoais;

    Stress, depresso; ansiedade; obesidade; gravidez; Dependncias e hbitos nocivos;

    Apoio em doenas graves, crnicas, parciais ou permanentes, entre as quais cancro e SIDA;

  • 8/4/2019 ficha_medicinas alternativas e traputicas complementares

    4/4

    As formadoras: Glria Ribeiro e Raquel Marques Pg. 4

    Iridologia: O olho uma extenso do crebro, desenvolvendo-se por cdigo gentico, a partir da informao

    transportada pelo ADN e as mensagens do ARN. Exatamente no incio da conceo, a ris geneticamente

    programada. Esta a verdadeira base da Iridologia. A ris de cada pessoa nica e to individual como uma

    impresso digital. A Iridologia um meio de diagnosticar, para determinar, rigorosamente, o estado de sade do

    paciente. A partir dos sinais da ris, quando feito com preciso, obtemos todas as indicaes, no s do presente e do

    passado, mas do potencial para a sade e para a doena do futuro, algo que nenhum outro meio de diagnstico

    consegue fazer.

    A Iridologia segura, indolor e exacta, quando executada por profissionais competentes e bem treinados.

    Fitoterapia: Sistema teraputico em que as plantas medicinais ou suas partes, so utilizadas com a finalidade de

    restaurar as funes do corpo humano e tratar os seus sintomas.

    Proposta de atividade

    1. Concorda que as medicinas alternativas sejam comparticipadas?

    2. Como tem evoludo a procura destas medicinas em Portugal? Apresente uma possvel razo para esse facto.

    3. Apesar desse aumento de procura, por que razo, as medicinas alternativas ainda so vistas com alguma

    desconfiana?

    3. Indique uma vantagem da utilizao destas medicinas.

    4. J recorreu a alguma destas terapias acima descritas? Se sim, qual, e como avalia o resultado. Se no, era capazde o fazer?

    Bom Trabalho!

    Portugueses defendem reconhecimento de medicinas alternativas

    A esmagadora maioria dos portugueses est de acordo com o reconhecimento e comparticipao estatais s

    medicinas alternativas, revela o Barmetro DN/TSF/Marktest. contudo, apenas 15,4% dos inquiridos admitiu ter

    recorrido a estas tcnicas. A larga maioria dos portugueses considera que as medicinas alternativas devem ser

    reconhecidas e comparticipadas pelo Servio Nacional de Sade, revela o Barmetro DN/TSF/Marktest.

    Segundo este estudo, 84% dos portugueses so a favor deste reconhecimento, com as mulheres, que admitem mais

    vezes terem recorrido a estas tcnicas, a serem as que mais desejam o reconhecimento destas terapias.

    Entre os que mais desejam o reconhecimento das terapias alternativas esto ainda as pessoas entre 35 e 54 anos e

    os habitantes do Litoral Centro.

    Apesar de serem muitos os que defendem o apoio estatal a estas tcnicas, apenas 15,5% dos portugueses admitiram

    ter alguma vez recorrido a estas terapias, entre as quais se incluem a acupunctura, o ioga e programas de auto-ajuda.

    As mulheres entre os 18 e os 54 anos e que vivem no Litoral Centro so aquelas que reconheceram mais teremrecorrido s medicinas alternativas.

    J entre os 84% que nunca recorreram a este tipo de tcnicas, a maioria so do sexo masculino, tm mais de 55

    anos, vive no Interior Norte e pertence classe mdia/baixa ou baixa.

    in TSF, 4/12/2007