Ficha técnica “ A tr ama” His tórico do Grupo CR ECIN · 1995 – J esus de Nazaré (3 a pr...

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Texto de inspiração mediúnica de Alexandre Fernandes Direção de Aguinaldo Gabarrão O Grupo Crecin do Centro Espírita Ismael apresenta “ A trama” Cores, formas, paisagens e movimentos expressos na pintura podem curar o espírito? Questões que nos levam a refletir sobre a importância da arte como tratamento espiritual estão presentes em “Quadros da alma”, texto de inspiração mediúnica, escrito através de Alexandre Fernandes especialmente para as comemorações de 50 anos do Centro Espírita Ismael. No Plano Espiritual, a recém-desencarnada Joana é acolhida na expansão da mesma casa espírita que frequentava. Lá, vai descobrindo como a Arte e a pintura mediúnica são utilizadas em benefício dos encarnados e desencarnados. Um texto leve, simples, mas extremamente profundo em seus conceitos; um convite a mudanças e a um novo olhar sobre o alcance do amor e do auxílio de Deus para conosco. Eliane de Souza Ficha técnica Elenco: Joana (recém-desencarnada): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ximena de Moraes Amélia (trabalhadora do Plano Espiritual): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eliane de Souza Fausto (trabalhador do Plano Espiritual) e Toulouse Lautrec (pintor): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . José Paulo Adalberto (artista do Plano Espiritual): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Paulo Rigazzo Teresa (médium): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ariádna Assis D. Clara (mãe de Joana): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mariany Monttino Joana menina: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mariana Assis e Silva Voz em off: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Flávia Rigazzo Direção: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aguinaldo Gabarrão Assistentes de direção: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . André David e Alexandre Fernandes Projeto Gráfico, Programa da Peça e Cartaz: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fabio Vicente Projeto de Iluminação, Operação de luz e Seleção Musical: . . . . . . . . . . . Alexandre Fernandes Gravação da trilha sonora e efeitos: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . André David Composição das Músicas: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gnossiennes e Gymnopédies (3) para piano e Valses Distinguées Du Précieux Dégoûte por Erik Satie; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Concerto a Cinco em Si Bemol Maior por Tomaso Giovanni Albinoni; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Concerto Grosso em Ré Menor – Allegro por Antonio Vivaldi. Diário de Encenação: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nanci Ricci Operação de Som: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Flávia Rigazzo Adereços Cenográficos (Pinturas): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fabio Vicente Concepção de Cenografia e Figurinos: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aguinaldo Gabarrão Preparador Corporal: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .José Paulo Fotos de Cena: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mauricio Benassatto Divulgação: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Departamento de Eventos do CEI Produção: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Grupo CRECIN Agradecimentos A Deus, Nosso Pai Criador, por todas as oportunidades de aprendizado oferecidas; a Carmem Cinira, sob o nome de quem nos reunimos um dia e voltamos a fazê-lo agora; aos nossos Mentores queridos, a nossa mais alta estima; e a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para o nosso crescimento dentro da Doutrina Espírita. O nosso muito obrigado aos amigos desta e da outra vida: Ádila Berretella, Antônio Máximo David, Bismael Batista de Moraes, Ivam Ricardo Rogério, José Antenor Gomes Filho, Lucia Helena de Angelo, Mamede Cirino Filho, Mauro Gomes, Marcelo Stanczyk, Marli Dugloz, Maurício Benassatto, Mirian Oliveira Lisse, Nathália Fernandes, Osvaldo da Silva Abade, Regina Caponi Rissardo, Regina Celi Malaquias Abade, Rosa Domingos Ribeira, Rose Mary De Petrini, Sérgio Biagi Gregório, Tereza Cirino, Tereza Felline, Valeria Beira, Vania Nascimento. Paz e bem! Ariádna Assis Histórico do Grupo CRECIN O grupo de teatro CRECIN foi criado em 1993 e compunha-se de integrantes da Mocidade Carmen Cinira, trabalhadores e alunos das escolas de educação mediúnica. O grupo adotou essa denominação a partir de uma mensagem recebida por Fátima Tavares, à época, instrutora da escola de educação mediúnica. A mensagem trazia um anagrama do nome Carmem Cinira, formando a palavra CRECIN. O grupo CRECIN conseguiu atingir um bom nível técnico em seus espetáculos, em parte, graças ao trabalho de teatro desenvolvido na Moral Cristã, JUVESCEI e na própria Mocidade Carmen Cinira, através de seus diretores e dirigentes, a quem prestamos o devido reconhecimento: o senhor Mamede Cirino Filho (in memoriam), Antonio Máximo David e Mauro Gomes. Relacionamos, a seguir, o número de apresentações e os espetáculos realizados durante os cinco anos de existência do grupo, no Centro Espírita Ismael. 1993 – Nossos Destinos (13 apresentações) Texto inspirado no livro “Ação de Reação”, de André Luiz, psicografia de Chico Xavier. A estréia foi em Guarulhos, no teatro Nelson Rodrigues. 1995 – O Fantasma de Canterville (20 apresentações) Adaptação livre do conto homônimo de Oscar Wilde. Estreia no Abrigo Bezerra de Menezes. 1995 – Jesus de Nazaré (3 apresentações) Texto original a partir dos relatos da vida de Jesus. Estreia no feriado de sexta-feira, da chamada Semana Santa. 1995 – O mundo mágico (1 apresentação) O texto foi escrito exclusivamente para o Dia das Crianças, em outubro do mesmo ano. 1997 – A reencarnação de Julião Antão (8 apresentações) Texto adaptado por Ximena de Moraes, do original escrito por Aguinaldo Gabarrão. A primeira montagem foi feita pela JUVESCEI e a remontagem pelos novos integrantes do CRECIN. Estreou no aniversário do CEI. Aguinaldo Gabarrão A quem dedicamos este espetáculo A melhor forma para agradecer tudo o que recebemos do CEI foi nos reencontrarmos para contar uma história de um trabalho silencioso e, muitas vezes, anônimo feito por diversos colaboradores de ambos os planos da vida. Trabalhadores que deixam a sua marca menos pelo próprio nome e mais por sua devoção em servir. Nestes 50 anos, muitos servidores passaram pelo CEI, alguns permaneceram, outros chegaram e todos tiveram a oportunidade de ajudar e serem ajudados. Assim, cada ação de amor recebida, cada palavra que constrói e o exercício da caridade silenciosa certamente validam o “Projeto Ismael”. Aos trabalhadores, alunos e frequentadores de ontem e de hoje, nos dois planos da vida, dedicamos este espetáculo! Grupo CRECIN O grupo CRECIN, em 2012 Em pé: Flávia Rigazzo, Eliane Souza, Ariadna Assis, Mariana Assis e Silva, Mariany Monttino, José Paulo e Ximena Moraes. Sentados: Aguinaldo Gabarrão, André David, Alexandre Fernandes, Fabio Vicente e Paulo Rigazzo. Fotografia de Maurício Benassatto.

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Page 1: Ficha técnica “ A tr ama” His tórico do Grupo CR ECIN · 1995 – J esus de Nazaré (3 a pr esentações) Texto original a par tir dos r elatos da vida de J esus. Estreia no

Texto de inspiração mediúnicade Alexandre Fernandes

Direção de Aguinaldo Gabarrão

O Grupo Crecindo Centro Espírita Ismael

apresenta

“ A trama”Cores, formas, paisagens e movimentos expressos na pintura podem curar o espírito?

Questões que nos levam a refletir sobre a importância da arte como tratamento espiritual estão presentes em “Quadros da alma”, texto de inspiração mediúnica, escrito através de Alexandre Fernandes especialmente para as comemorações de 50 anos do Centro Espírita Ismael.

No Plano Espiritual, a recém-desencarnada Joana é acolhida na expansão da mesma casa espírita que frequentava. Lá, vai descobrindo como a Arte e a pintura mediúnica são utilizadas em benefício dos encarnados e desencarnados. Um texto leve, simples, mas extremamente profundo em seus conceitos; um convite a mudanças e a um novo olhar sobre o alcance do amor e do auxílio de Deus para conosco.

Eliane de Souza

Ficha técnicaElenco:

Joana (recém-desencarnada): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ximena de MoraesAmélia (trabalhadora do Plano Espiritual): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eliane de SouzaFausto (trabalhador do Plano Espiritual)e Toulouse Lautrec (pintor): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . José PauloAdalberto (artista do Plano Espiritual): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Paulo RigazzoTeresa (médium): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ariádna AssisD. Clara (mãe de Joana): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mariany MonttinoJoana menina: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mariana Assis e SilvaVoz em off: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Flávia Rigazzo

Direção: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aguinaldo GabarrãoAssistentes de direção: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . André David e Alexandre FernandesProjeto Gráfico, Programa da Peça e Cartaz: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fabio VicenteProjeto de Iluminação, Operação de luz e Seleção Musical: . . . . . . . . . . . Alexandre FernandesGravação da trilha sonora e efeitos: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . André DavidComposição das Músicas:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gnossiennes e Gymnopédies (3) para piano e Valses Distinguées Du Précieux Dégoûte por Erik Satie;. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Concerto a Cinco em Si Bemol Maior por Tomaso Giovanni Albinoni;. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Concerto Grosso em Ré Menor – Allegro por Antonio Vivaldi.Diário de Encenação: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nanci RicciOperação de Som: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Flávia RigazzoAdereços Cenográficos (Pinturas): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fabio VicenteConcepção de Cenografia e Figurinos: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aguinaldo GabarrãoPreparador Corporal: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .José PauloFotos de Cena: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mauricio BenassattoDivulgação: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Departamento de Eventos do CEIProdução: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Grupo CRECIN

AgradecimentosA Deus, Nosso Pai Criador, por todas as oportunidades de aprendizado

oferecidas; a Carmem Cinira, sob o nome de quem nos reunimos um dia e voltamos a fazê-lo agora; aos nossos Mentores queridos, a nossa mais alta estima; e a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para o nosso crescimento dentro da Doutrina Espírita.

O nosso muito obrigado aos amigos desta e da outra vida: Ádila Berretella, Antônio Máximo David, Bismael Batista de Moraes, Ivam Ricardo Rogério, José Antenor Gomes Filho, Lucia Helena de Angelo, Mamede Cirino Filho, Mauro Gomes, Marcelo Stanczyk, Marli Dugloz, Maurício Benassatto, Mirian Oliveira Lisse, Nathália Fernandes, Osvaldo da Silva Abade, Regina Caponi Rissardo, Regina Celi Malaquias Abade, Rosa Domingos Ribeira, Rose Mary De Petrini, Sérgio Biagi Gregório, Tereza Cirino, Tereza Felline, Valeria Beira, Vania Nascimento. Paz e bem!

Ariádna Assis

Histórico do Grupo CRECINO grupo de teatro CRECIN foi criado em 1993 e compunha-se de integrantes da

Mocidade Carmen Cinira, trabalhadores e alunos das escolas de educação mediúnica. O grupo adotou essa denominação a partir de uma mensagem recebida por Fátima Tavares, à época, instrutora da escola de educação mediúnica. A mensagem trazia um anagrama do nome Carmem Cinira, formando a palavra CRECIN.

O grupo CRECIN conseguiu atingir um bom nível técnico em seus espetáculos, em parte, graças ao trabalho de teatro desenvolvido na Moral Cristã, JUVESCEI e na própria Mocidade Carmen Cinira, através de seus diretores e dirigentes, a quem prestamos o devido reconhecimento: o senhor Mamede Cirino Filho (in memoriam), Antonio Máximo David e Mauro Gomes.

Relacionamos, a seguir, o número de apresentações e os espetáculos realizados durante os cinco anos de existência do grupo, no Centro Espírita Ismael.

1993 – Nossos Destinos (13 apresentações)Texto inspirado no livro “Ação de Reação”, de André Luiz, psicografia de Chico Xavier.

A estréia foi em Guarulhos, no teatro Nelson Rodrigues.1995 – O Fantasma de Canterville (20 apresentações)

Adaptação livre do conto homônimo de Oscar Wilde. Estreia no Abrigo Bezerra de Menezes.1995 – Jesus de Nazaré (3 apresentações)

Texto original a partir dos relatos da vida de Jesus. Estreia no feriado de sexta-feira, da chamada Semana Santa.1995 – O mundo mágico (1 apresentação)

O texto foi escrito exclusivamente para o Dia das Crianças, em outubro do mesmo ano.1997 – A reencarnação de Julião Antão (8 apresentações)

Texto adaptado por Ximena de Moraes, do original escrito por Aguinaldo Gabarrão. A primeira montagem foi feita pela JUVESCEI e a remontagem pelos novos integrantes do CRECIN. Estreou no aniversário do CEI.

Aguinaldo Gabarrão

A quem dedicamos este espetáculo

A melhor forma para agradecer tudo o que recebemos do CEIfoi nos reencontrarmos para contar uma história

de um trabalho silencioso e, muitas vezes, anônimofeito por diversos colaboradores

de ambos os planos da vida.Trabalhadores que deixam a sua marca menos

pelo próprio nome e mais por sua devoção em servir.

Nestes 50 anos, muitos servidores passaram pelo CEI,alguns permaneceram, outros chegaram e todos tiveram

a oportunidade de ajudar e serem ajudados.

Assim, cada ação de amor recebida, cada palavraque constrói e o exercício da caridade silenciosa

certamente validam o “Projeto Ismael”.

Aos trabalhadores, alunos e frequentadores de ontem e de hoje,nos dois planos da vida, dedicamos este espetáculo!

Grupo CRECIN

O grupo CRECIN, em 2012

Em pé: Flávia Rigazzo, Eliane Souza, Ariadna Assis, Mariana Assis e Silva,Mariany Monttino, José Paulo e Ximena Moraes.

Sentados: Aguinaldo Gabarrão, André David,Alexandre Fernandes, Fabio Vicente e Paulo Rigazzo.

Fotografia de Maurício Benassatto.

Page 2: Ficha técnica “ A tr ama” His tórico do Grupo CR ECIN · 1995 – J esus de Nazaré (3 a pr esentações) Texto original a par tir dos r elatos da vida de J esus. Estreia no

“ A vida é feita de Quadros”O texto original, trazido por meio da mediunidade inspirada de Alexandre Fernandes,

causou-me grande surpresa. Primeiro, porque o “Alê” nunca demonstrou interesse em escrever para teatro. Em segundo lugar, porque o tema que trata da função terapêutica da arte é pouquíssimo explorado no teatro de temática espírita. A peça, de fácil entendimento, tem o mérito de revelar a complexa engenharia da espiritualidade, em luta incessante para aliviar e refazer as almas que se encontram ainda presas às ilusões do corpo físico e a concepções filosóficas que pregam o término da vida após a morte e, por conseguinte, a extinção dos laços familiares.

A trama esclarece: seguimos pela estrada da evolução e os artistas de todos os tempos continuam a criar e imprimir em outras mentes, encarnadas ou não, as partículas dessas produções, agora revestidas com os saberes das realidades espirituais.

O texto “Quadros da Alma” apresenta espíritos laboriosos em ambos os planos da vida, reproduzindo, de acordo com o seu repertório e possibilidades mediúnicas, as pinturas elaboradas em altas esferas, assunto que o grande Léon Denis havia magistralmente explicado em seu livro “O Espiritismo na Arte”. O nosso maior desafio é, talvez, apresentar ao público a ideia de que se a vida em alguns momentos nem sempre é a pintura mais agradável ao nosso olhar, ela sempre é feita no quadro de nossas almas com os matizes e tons por nós escolhidos.

Aguinaldo Gabarrão

“ Um pouco sobre nós – O reencontro”Dizem que para algo acontecer é necessário motivo e oportunidade. Para nós, o motivo

foi o aniversário de 50 anos de uma Casa Espírita onde crescemos. E a oportunidade foi proporcionada, agarrada e impulsionada por muitos, principalmente, pelos Amigos Espirituais.

O grupo de teatro teve vários nomes ao longo dos anos: o da própria Mocidade Carmem Cinira, Grafites, CRECIN (anagrama a partir do nome Carmem Cinira, que nos foi ofertado pelos companheiros do outro lado). Tivemos também muitos integrantes que vieram, fizeram sua parte e se foram. Mas,a base sempre se manteve. E estamos aqui, juntos novamente, após 15 anos, para encenar uma nova história.

Muitas coisas mudaram em nossas vidas: títulos acadêmicos, mudanças de bairros e cidades, novas profissões, casamentos mantidos e desfeitos, amores que chegaram, espíritos que voltaram como filhos...Só uma coisa não mudou: a certeza de que se pode transformar, positivamente, almas através da arte. E, ao uni-la a Doutrina Espírita, desta vez, é a nossa oportunidade de dizer ao Centro Espírita Ismael, aos amigos espirituais e ao nosso Doce Rabi: muito obrigado por nos deixarem fazer Arte para falar de amor.

Eliane de Souza

O desafio da comunicação mediúnicaAcordar às três da madrugada para escrever um texto de teatro sob inspiração

mediúnica não é um desafio fácil, mas foi assim que nasceu “Quadros da Alma”. Quando me vi, estava sentado em frente ao computador, digitando frases que em poucas horas comporiam o texto que foi produzido para as festividades do Centro Espírita Ismael. Um trabalho de encenação e parceria foi proposto por um membro do antigo grupo CRECIN e abraçado com muito carinho pelos amigos compromissados com a Arte, no lado invisível da vida. Esses amigos se reuniram, organizaram ideias, que ficaram vivas nesta atmosfera dimensional: plano espiritual e plano encarnado. E eu tive a honra de trazê-las, através desta escrita.

Quase como um átimo o texto foi escrito, e repassado aos amigos do antigo grupo CRECIN. Um a um, emocionados, mencionavam suas opiniões sobre a história. Uma história simples, recheada de informações e repleta de amor, por poder, mais uma vez, trabalhar com o teatro dentro da Casa de Ismael. Teatro que hoje me dá o sustento na minha jornada na terra.

Nasci como iluminador cênico durante as produções realizadas no CEI, e hoje, tenho o prazer de renascer, ao escrever este texto. Com a ajuda dos nossos amigos espirituais, alguns deles ex-trabalhadores do Ismael, retribuo um pouco do muito que recebi desta Casa Dessa forma, este texto reúne dois temas pelos quais sou apaixonado: Arte Mediúnica e Centro Espírita Ismael, e espero que esta combinação agrade ao público!

Alexandre Fernandes

Pintura Mediúnica e a Casa de IsmaelA pintura mediúnica na Casa de Ismael nasce em meados da década de 90, pela

necessidade e sonho de ajudar pessoas através das cores curativas da arte mediúnica. A Casa tinha muitos trabalhadores com as mediunidades específicas de psicografia e psicopictografia, necessárias para a prática da pintura mediúnica.

Kardec codifica está mediunidade em “O livro dos médiuns” como médiuns de desenho ou pintura. Há relatos do século XV a respeito de padres que entravam em uma espécie de “transe” e pintavam obras com temas bíblicos. Kardec cita Victorin Sardou, médium que ele mais estudou ao longo da codificação. Porém, o primeiro grande nome deste fenômeno, sem duvida, é Augustin Lesage, um carvoeiro francês que nunca teve contato com o Espiritismo e muito menos com Arte, e que, de uma hora para outra, começa a fazer obras mediúnicas de grande escala e de complexidade inimaginável. Um bom nome para se estudar. O termo pintura mediúnica nasce no Brasil no começo do século 20, quando médiuns dotados desta faculdade despontam em nossa Pátria do Evangelho. A pintura mediúnica tem como missão duas vertentes: uma com o propósito da evangelização, médiuns trabalhando com grandes mestres da pintura, a fim de chamar a atenção para o fenômeno e, por consequência, trazer pessoas para um contato com o Espiritismo; a segunda vertente, muito menos conhecida, é o trabalho de arte-cura, termo mais apropriado, cujo objetivo é o trabalho de auxilio a espíritos com alguma enfermidade que ainda necessitam do contato com o espaço físico para eliminar alguns males que ainda os assolam. É um trabalho mais silencioso, mas não menos digno. As cores são usadas com o objetivo cromoterápico, tanto do lado espiritual, como do lado físico. Os médiuns também são beneficiados com belas obras que chegam a Casa, bem como aqueles que as adquirem também se beneficiam destas cores. Há muitos relatos de pessoas que adquirem determinada tela por intuição.

Na Casa de Ismael, o trabalho de pintura mediúnica adota esta segunda vertente. As telas e tintas são doações para a Casa, as obras são expostas, vendidas e toda a renda revertida para as obras de caridade que a Casa suporta. Médiuns se reúnem toda semana a fim de auxiliar e aprender com aulas teóricas e práticas sobre o tema. Pintam e escrevem belas obras com um objetivo único: propagar a mensagem do Cristo.

Alexandre Fernandes

Palavras do autor espiritualMais uma vez os saúdo!Salta de mim a alegria de ver estes jovens reunidos, trabalhando na seara do Mestre e

salta de meus olhos esta belíssima encenação que, dia a dia, enfrentando desafios, ganha forma.

Palavras soltas, ideias flutuantes foram suspensas em cada mente que encena este espetáculo, e por estas pessoas serem compromissadas com a Arte e, principalmente, com a divulgação da Doutrina Espírita, um a um foram se juntando, agregando, passando por cima de seus próprios defeitos, para estarem aqui hoje, para fazerem algo maior, algo que só nosso Deus poderia autorizar acontecer.

Desfrutem da mensagem desta encenação, pois ela vai trazer muitos frutos na mente de quem também for compromissado com a verdade do Cristo.As maçãs já foram colhidas, basta a nós saber dividi-las igualitariamente entre todos.

Autor Espiritual - Válter

Sobre o autor espiritualO amigo espiritual que colaborou na transmissão do texto e assina as palavras do

autor espiritual é nosso "conhecido" de longa data. Quem sabe, de outras datas... Ele manifestou-se pela primeira vez em uma noite, no Centro Ismael, quando ensaiávamos a peça "Nossos Destinos". Nessa época, montávamos toda estrutura nas noites de sábado, para ganharmos tempo durante os domingos de ensaio. Esperávamos todos os trabahadores sairem e ficávamos sós, apenas o grupo, nas antigas dependências do Ismael. Embora, soubéssemos que não estávamos sozinhos. Em uma noite, no alto da escada que liga o prédio de cima às dependências que vão para a cantina, Alexandre Fernandes, Paulo Rigazzo e Fábio Vicente trabalhavam e riam sós, mas não sozinhos, quando avistaram um homem que lhes acenou. Os meninos retribuiram, mas imediatamente perceberam que não poderia haver ninguém “estranho” na Casa, pois só havia o grupo de teatro.

Desde então, o “homem”, denominado carinhosamente por nós como Válter, acompanhava nosso trabalho, achando sempre uma forma de dizer que estava presente, em nome de Jesus, auxiliando-nos em nossos desafios...

E qual não foi nossa surpresa quando, em uma tarde de trabalho no amor, ele se manifesta, dando-nos a certeza de que nunca estivemos sozinhos. O “Válter” (não sabemos o seu nome real, mas identificamos seu amor e dedicação à Arte) está conosco. Abraçou essa missão junto a esse grupo tão devedor, mas que coloca o coração e alma naquilo que faz. Talvez seja por isso que Jesus nos presenteou com a companhia do Válter (e de outros tantos). Ele, “Válter”, certamente, também é alma, coração e Arte.

Eliane de Souza

A “cara” do espetáculoProgramação visual para o espetáculo? Chama o Fábio. E a coisa toda foi surgindo

naturalmente... Garoto, com meus 14, 15 anos, minha diversão era o desenho, desde pequeno. Quem diria que este divertimento daria cara a tanta coisa na Casa de Ismael!

Foi quando estava começando a estudar desenho de uma maneira mais objetiva... Lembro que lá pelos idos de 1987, frequentava a Juvescei no Ismael e ia assistir ao finalzinho da reunião da Mocidade Carmem Cinira, após o passe. E lembro-me, com carinho e orgulho, de uma ocasião na qual o amigo Antônio David mostrou um cartaz meu, à canetinha e giz de cera, que fiz para a peça teatral "O Avarento", encenada pela Juventude naquele ano. Diante da Mocidade, na hora, senti um embaraço, devido minha timidez.

Daqueles tempos até 1995, foram inúmeros pôsteres para encontros da Mocidade, desenhos e cartazes para a Moral Cristã, cartazes para eventos do Centro Espírita Ismael, material visual para as aulas de educação mediúnica, usados pelo saudoso Sr. Mamede... E, é claro, o material de divulgação e inúmeros adereços para todas as peças teatrais do nosso grupo.

De lá pra cá, minha vocação tornou-se profissão - arte-educação e design - e quase vinte anos após, estamos aqui. O mesmo grupo, o mesmo ideal, o mesmo amparo dos amigos espirituais e um novo desafio: uma peça teatral que fala de duas coisas muito intensas na nossa jornada na Casa de Ismael, na atual encarnação. O texto não aborda somente a pintura mediúnica: por um lado aborda a essência da arte e o que provoca no espectador; e de outro, mais especificamente, apresenta o uso de processos criativos (mediúnicos ou não) pelos irmãos do plano maior no trabalho de cura e auxílio espiritual - que foram presenciados ou nos foram relatados por amigos em diversas oportunidades nas quais apresentamos nossas encenações.Foi o que tentei expressar na imagem que abre este programa, que é o elemento-chave do cartaz da peça. Uma leitura mais atenta vai perceber que as letras "Q" e "A" formam um desenho estilizado de uma flor. No título, as pinceladas são mais delicadas - são a arte no plano espiritual. No reflexo, as pinceladas e as cores são um pouco mais grosseiras, são a "tradução" mediúnica da ideia do artista. As mãos são trecho de um cartaz de Henry de Tolouse-Lautrec, pintor e gravurista francês da geração pós-impressionista - "Confetti", de 1894 - razão pela qual assinei a arte incluindo a expressão "depois de" e a assinatura dele. Percebam... os confetes caindo das mãos viraram uma projeção fluídica ou algo assim... na hora em que vi as mãos no cartaz original, disse: "é isso!"

Para finalizar, só tenho MUITO a agradecer, por ter feito teatro na Mocidade e no Ismael e ter participado daquele grupo fantástico... Cresci bastante como pessoa. A liberdade de expressão e o incentivo para que fôssemos participativos, que era a tônica daquele grupo de Mocidade que frequentávamos, me fizeram aprender muito sobre a Doutrina e sobre mim. Driblar a timidez me ajuda demais na profissão de professor, hoje em dia. A participação na produção de espetáculos teatrais me deu a visão do todo, da arte como processo, fundamental em qualquer empreitada artística profissional, e a maior das lições: a do trabalho em grupo, da convivência com as diferenças na construção de um bem comum.

Assim, gostaria de encerrar este texto, citando um trecho do poema "Cigarra Morta", da poetisa Carmem Cinira (1902-1933), nome literário de Cinira do Carmo Bordini Cardoso, no livro "Parnaso de Além-Túmulo", psicografado por Chico Xavier, onde ela resume todo um ideal daquele grupo que a escolheu como patronesse: "Dá-me força, Senhor, para concretizar meu anseio de amor: Evita-me a saudade da minha improdutiva mocidade!"

Fabio Vicente

"Retrato Espiritual". 60x90cm,Guache e Pastel sobreCartão Paraná,Arte de Fabio Vicente, 2012.

Não é uma pintura mediúnica.É um adereço cênicoque representauma pintura noplano espiritual.Inspirado nas obras deTolouse-Lautrec.

Identidade Visual do Grupo Crecin,criada em 1994, por ocasião da montagemdo espetáculo "O Fantasma de Canterville",de Oscar Wilde, para uso emtodas as peças gráficas.A marca era usada para identificaro grupo teatral do Centro Espírita Ismaelnas apresentações do Mês do Teatro Espírita.