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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: A recepção da narrativa “Um garoto chamado Rorbeto”, de Gabriel O Pensador
Autor Luzia Marques Queiroz
Escola de Atuação Escola Estadual Princesa Izabel- Ensino Fundamental
Município da escola Paiçandu
Núcleo Regional de Educação Maringá
Orientador Ms. Nelci Alves Coelho Silvestre
Instituição de Ensino Superior UEM – Universidade Estadual de Maringá
Disciplina/Área (entrada no PDE) Língua Portuguesa
Produção Didático-pedagógica Sequência Didática
Relação Interdisciplinar Artes
Público Alvo Alunos da 5ª série (6º ano)
Localização Rua Carlos Roberto Seghezzi, nº1386
Apresentação: Optamos por aplicar o projeto para alunos da 5ª série (6º ano) porque acreditamos que a temática escolhida vem de encontro as suas necessidades. Nosso projeto está focado na Estética da Recepção, teoria que fundamenta a leitura do texto literário. Nosso objetivo é promover o incentivo à leitura literária. Para tanto subdividimos a sequência em módulos, totalizando 32 aulas. Cada módulo apresenta diferentes etapas. Essas etapas têm o intuito de despertar o interesse de nosso aluno leitor, para formação de um leitor competente.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Leitura; literatura;formação do leitor
1. INTRODUÇÃO
A importância da leitura na formação do cidadão pensante é fato inegável.
Sabemos que a ausência dela pode interferir na apropriação do saber acumulado
pela humanidade, negando, então, a possibilidade de transformação da sociedade.
Por isso a necessidade de praticá-la na sala de aula, assiduamente, com textos
variados, a fim de que os alunos tenham condições de atuar autonomamente em
seu meio social.
Nesse sentido, a Estética da Recepção dá embasamento a propostas de
ensino de literatura que colocam o leitor tanto como o ponto de partida,
considerando seus interesses e conhecimento prévios, quanto de chegada, levando-
o à reflexão acerca da construção de sentidos elaborada a partir do texto.
No âmbito escolar, as contribuições dessa teoria têm sido bastante
relevantes. Primeiro porque a concepção de obra como uma unidade auto-suficiente,
como um sistema fechado de existência independente do leitor foi superado. Depois
porque as Diretrizes Curriculares para o Estado do Paraná visam à interação entre
os discentes.
Nesse documento o texto é considerado um estímulo, realizado no ato da
leitura. Assim o papel do leitor deve ir muito além da decodificação e compreensão
das informações, numa atitude descritiva. Por essa razão, a preocupação do
professor mediador diante desse desafio é de instigar o aluno à leitura, levando-o a
perceber que um texto pode carregar em si muitos sentidos.
Essa relação entre leitor e texto chamou a atenção de Bordini & Aguiar,
teóricos que registram que a Estética da Recepção “desenvolve seus estudos em
torno da reflexão sobre as relações entre narrador-texto-leitor. [...]. Vê a obra como
um objeto verbal esquemático a ser preenchido pela atividade de leitura, que se
realiza sempre a partir de um horizonte de expectativas” (1993, p.31). Dessa forma,
as autoras, a partir dos pressupostos teóricos da teoria supracitada, elaboraram
algumas etapas para o ensino de leitura de obras literárias a partir do Método
Recepcional – que se tem revelado eficaz na formação do leitor. Nesse método, os
alunos partem de leituras de obras próximas de seus horizontes de
expectativas para, gradativamente, ampliarem esses horizontes de
expectativas por meio de diferentes tipos de textos literários com níveis
estéticos diferenciados.
Assim a teoria recepcional considera que o sentido é um efeito experimentado
pelo leitor, uma interação com o mesmo, pois na medida em que o texto causa
estranhamento, ocorre a construção de sentidos, conectando texto e interlocutor. No
final desta reflexão há um tipo de leitor solicitado pela obra, com habilidades e
competências adequadas para que a recepção seja aceita. Por essa razão, o leitor
deve ser submetido a esquemas de textos gradualmente mais complexos, que o
levem a ampliar suas habilidades (ZILBERMAN, 1989).
Fundamentados nos pressupostos teóricos acima descritos, as Diretrizes
Curriculares de Língua Portuguesa veem a leitura como “um processo de produção
de sentido que se dá a partir de interações sociais ou relações dialógicas que
acontecem entre leitor/texto/autor” (PARANÁ, 2008, p.58). O leitor sai da
passividade de receber e passa a de construtor de sentidos.
Nesse âmbito devemos pensar o ensino de língua e literatura como práticas
pedagógicas voltadas para a formação do sujeito leitor, que numa relação dialógica
com o texto, possa reconhecer vozes sociais presente no discurso e seja capaz de
produzir sentidos sobre a realidade de forma autônoma.
Desse modo, observamos que nosso papel enquanto professor de
Português realmente é muito difícil, uma vez que, para formarmos o leitor
competente, não podemos negar os letramentos que o aluno possui. Trata-se de um
trabalho que deve ser realizado de forma gradativa e conjugando leituras escolares
e mundividência do aluno.
No afã de contribuir para a formação do leitor proficiente, esse trabalho
destina-se aos alunos da quinta série (sexto ano) do ensino fundamental. O objetivo
principal de nossa sequência didática consiste em trabalhar a leitura do texto
literário. Esperamos que as atividades aqui propostas comprovem a possibilidade de
um trabalho fundamentado na Estética da Recepção. Para tanto, as estratégias
desenvolvidas procuram enfatizar a relação do leitor com o texto literário e a sua
realidade.
Nesse viés, de acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa e
Literatura esse trabalho será direcionado a partir do encaminhamento metodológico
sugerido pelas professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar. As
autoras, fundamentadas na Estética da Recepção e na Teoria do Efeito, formularam
o método Recepcional, dividindo-o em cinco etapas. A primeira consiste na
determinação do horizonte de expectativas, seguida pelo atendimento do horizonte
de expectativas. A terceira etapa refere-se à ruptura do horizonte de expectativas,
enquanto a quarta trata do questionamento do horizonte de expectativas. A última
delas resume-se na ampliação do horizonte de expectativas.
As atividades sugeridas nessa sequência serão divididas em cinco módulos,
de acordo com as etapas do método recepcional.
ATIVIDADES PROPOSTAS
DETERMINAÇÃO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS (duas aulas)
Objetivos:
- apresentar o tema;
- mobilizar os conhecimentos prévios dos alunos;
- sondar os hábitos de leituras dos alunos;
- conversar sobre a importância da leitura;
Neste módulo, proposto pelo método recepcional, o objetivo é investigar sobre
os hábitos de leitura dos alunos e suas preferências temáticas. A professora fará
uma sondagem sobre a importância e hábitos de leitura de cada um. Essa
investigação ocorrerá por meio de conversas informais e pesquisa escrita realizada
pela professora. Será realizada também uma pesquisa sobre a temática “Origem do
nome da cada um”.
A partir desses dados serão esboçados os horizontes de expectativas dos
alunos. Na sequência, serão sugeridas atividades que atendam aos seus interesses.
ETAPAS DO MÓDULO I
Objetivo
Realizar uma pesquisa sobre a origem do nome de cada um ou significado do nome de cada um.
1- Você se lembra de algum livro que leu na escola enquanto cursava de 1ª a 4ª
série? O que marcou para você nesse livro?
2- Você costuma ler fora da escola? O que você gosta de ler? Por quê?
3- Você considera a leitura uma diversão ou uma chateação? Por quê?
4- Ler na escola ou para a escola é diferente de ler em casa? Por quê?
5- Você acha que a leitura é importante no dia a dia das pessoas? Por quê?
6- Você lê porque gosta ou porque alguém manda?
7- Está lendo algum livro atualmente? Qual?
8- Quem lhe propõe hábitos de leitura: sua família, seus amigos ou seus
professores?
9- O que mais prefere ler: jornais, revistas, textos na internet, poesias, histórias
em quadrinhos, contos, crônicas, outros?
10-Quando você realiza uma leitura quais são os temas preferidos:
a- Esporte
b- Aventura
c- Suspense
d- Humor
e- Religião
f- Autoajuda
g- Terror
h- Saúde
i- Temas sociais
j- Lazer
k- Outras
11-Quando escolhe um texto ou um livro para ler, seleciona pelo título, pelo
tema, pela quantidade de páginas, pelo tamanho das letras,
12-Você acha que a leitura é essencial para melhorar a escrita?
13-Existe a prática de leitura pelas pessoas de sua família?
14- Se existe essa prática. Quem lê mais?
15-Sua família exige que você leia os livros que a professora pede?
16-Você frequenta a biblioteca de sua escola? Sempre, às vezes, quando o
professor pede, nunca.
17-Você comenta o livro que está lendo para um amigo da sala, para seus
familiares, para seus professores.
(seis aulas)
Neste momento vamos assistir na TV pendrive vídeos sobre nomes diferentes
que podem ser encontrados:
Você conhece alguns nomes raros, quer dizer, bem diferentes que você não ouve falar por aí com frequência. Vamos assistir uma reportagem que fala sobre esse assunto, nomes estranhos. Disponível no site: http://www.youtube.com/watch?v=L6lVL7wRMFA http://www.youtube.com/watch?
v=MbJy-4tEAR8 Acessado em: 30/07/2011.
Agora vamos ouvir a leitura do texto pela professora, a seguir faremos a
leitura compartilhada e em duplas, vamos responder as questões sobre o texto:
Um nome completo
Muita gente não está contente com o nome que ganhou ao nascer, sem ser consultado. Florismundos, Porciúnculas e Urracas, por exemplo, não estão muitos felizes com esses nomes tão raros. Mas ninguém era mais infeliz do que o carinha que se chamava, imaginem só, JOÃO SETEPANÇAS.
Este João Setepanças, passou a infância, todos os anos de escola, tendo que aguentar as gozações dos colegas...
Tatiana Belinki in O Estadinho:Suplemento Infantil do Jornal O Estado de
São Paulo, nº37. São Paulo, 1998.
ATIVIDADES SOBRE O TEXTO:
1- Qual é o nome do personagem principal do texto?
2- Por que ele não gostava do seu nome?
3- Como foi a infância desse personagem?
4- O que ele resolveu fazer?
5- Qual foi a resposta que deu ao funcionário?
6- Você conhece alguém que tem nomes bem diferentes, quer dizer raros? Escreva abaixo esses nomes diferentes.
Logo em seguida faremos a leitura do poema “Identidade” de Pedro Bandeira,
que faz um auto-retrato de uma pessoa. Vamos fazer a compreensão oral e a
interpretação do poema: disponível no site:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=8095
Acessado em: 30/07/2011
1- Do que se trata o texto?
2- O significa a palavra identidade?
3- O que significa dizer: às vezes eu sou Hércules.( pesquisar o nome Hércules).
4- Quem foi Sansão na história bíblica?
5- Vamos ver o significado de algumas palavras do texto?
6- Para você o que é ser: “rei”, “moleque malcriado”, “cawboy lutador”, “jogador
campeão”?
7- Cada pessoa tem uma maneira de ser. Você se identifica com o menino do texto? Por quê?
Num segundo momento vamos trabalhar a certidão de nascimento, cada aluno
irá ter em mãos o xerox da certidão para realizar a atividade, fazendo uma pesquisa
sobre seus dados: Lembrar que nem toda a criança tem registrado o nome do pai e
da mãe na certidão de nascimento.
Nome do cartório, endereço:
Nome completo:
Data de nascimento:
Local onde nasceu:
Nome dos pais:
Nomes dos avôs maternos e paternos:
Dia/mês/ano e hora em que nasceu:
Data:
Em casa os alunos vão perguntar aos pais, avós, tios, ou alguém da família sobre
a origem de seu nome. Na sala de aula vamos fazer um círculo para que cada aluno
tenha a oportunidade de falar sobre o que pesquisou. (duas aulas)
Pedro Bandeira escreveu o poema “Identidade”. A palavra identidade também
pode significar um documento que registra informações sobre uma pessoa. Logo em
seguida, vamos observar a imagem de uma carteira de identidade, em que
aparecem: a fotografia, a assinatura, a impressão digital, o estado, data da
expedição, entre outros dados. Neste momento será confeccionada junto com a
turma uma carteira de identidade.
Vamos observar a imagem deste documento:
Disponível no site:http://www.es.gov.br/site/noticias/show.aspx?noticiaId=99678
451Acessado em 18/07/2011
Após a realização desta atividade, a professora trabalhará sobre a origem do
nome para conhecer a história dos nomes dos alunos e seus significados.
(duas aulas)
NOME SIGNIFICADO
Alexandre Defensor da espécie humanaBeatriz Latim. Aquela que faz os outros felizes.Clóvis Hebraico. Guerreiro famosoDébora Hebráico. AbelhaEduardo Anglo-Saxão. Próspero guardiãoEstevão Grego. O coroadoFernando Teutônico. Ousado altoGisela Teutônico. Jovem louraHenrique Teutônico. Príncipe poderosoIris Grego. Deusa da mitologia Greco-romanaJulio Latim. Cheio de juventudeLetícia Latim. AlegriaMarcelo Latim. Personalidade romana famosaNádia Espírito de luzOlavo Anti-nórdico. O sobrevivente ancestralPaloma Espanhol. PombaRicardo Anglo-Saxão. Senhor poderosoSara Hebráico. A princesaTiago Falso diminutivo de Santo, lagoÚrsula Latim. Pequena ursaVitor Latim. VencedorYeda Anglo-Saxão. Cantora, cantarKelly Irlandês. Donzela guerreiraWilliam Teutônico. Protetor resoluto
Fonte: Diário da mamãe. Tilibra
1- Você sabe quem escolheu seu nome: seu pai, sua mãe, seus avós, tias, tios,
algum amigo da família, outros.
2- Qual é seu nome? Você gosta do seu nome?
3- Sabe por que seus pais deram esse nome para você?
4- Você sabe qual é o significado do seu nome? Se não sabe gostaria de saber?
5- Conhece alguém que tem o mesmo nome que o seu? Quem é essa pessoa?
O que ele faz? Onde mora?
6- Para a próxima aula vamos fazer uma pesquisa sobre o significado do nosso
nome.
7- Propor aos alunos acróstico com seu nome e o nome de alguém da família.
TRABALHAR A ÁRVORE GENEALÓGICA: (DUAS AULAS)
BISAVÓS PATERNOS BISAVÓS MATERNOS
AVÓS PATERNOS AVÓS MATERNOS
PAPAI MAMÃE
EU
Após a realização da atividade acima, a professora passará o vídeo sobre
Analfabetismo no Brasil, que trata de pessoas que não tiveram oportunidade de
estudar e as dificuldades que enfrentam no dia-a-dia como: não ler placas nas ruas,
preços em mercados, não conseguir escrever o nome, querer frequentar a escola
pois nunca é tarde.
Após o vídeo discutir sobre o analfabetismo, se os discentes conhecem alguém
que não frequentou a escola, por que, quais dificuldades que essa pessoa tem
encontrado entre outras.
ATIVIDADES:
1- Você conhece alguém que é analfabeta?
2- Quais dificuldades que essa pessoa encontra no seu dia-a-dia?
3- Na sua família tem alguém que não sabe ler e escrever?
4- Como é o mundo de uma pessoa analfabeta?
5- Ao assistir o vídeo, o que você observou sobre o analfabetismo?
ATENDIMENTO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS: (duas aulas)
OBJETIVOS
- Ativar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema;
- exercitar inferências a partir da leitura e análise do poema;
- coletar impressões sobre o poema;
- conversar sobre a estrutura do poema;
Depois da realização das pesquisas e dos debates em torno das temáticas
sugeridas, a professora apresentará aos alunos textos literários que atendam aos
seus interesses.
Os textos selecionados para esta fase são: o poema de Pedro Bandeira “Quem
eu sou” retirado do Livro de Língua Portuguesa. 4º ano, Editora Ática, p.29 e 30, a
música “Você é especial” de Aline Barros, e alguns textos que abordam questões
sobre as diferenças sociais, bullying, etc. Segue um fragmento do poema.
QUEM EU SOU?Pedro Bandeira
Eu às vezes não entendo!Ás pessoas tem um jeitoDe falar de todo mundoQue não deve ser direito.
Em cada lugar que eu vou, Na escola, na rua também,Ouço dizerem assim,Quando se fala de alguém:
Pedro Bandeira. Mais respeito, eu sou criança!São Paulo: Moderna, 2002
ANÁLISE DO TEXTO
1- O que o título do poema sugere?
2- A quem a palavra eu se refere?
3- Releia estes versos na terceira estrofe.
As pessoas são quem são,
Ou são o que elas tem?
a- Como você responderia essa pergunta? Explique sua resposta.
4- Pesquise no dicionário o significado da palavra rima:
5- Você consegue retirar algumas rimas do poema?
6- Leia a última estrofe do texto.
Porque eu não sou o que visto.
Eu sou do jeito que estou!
Não sou também o que tenho.
Eu sou mesmo quem eu sou!
O que você pensa disso? Responda.
7- Como você acha que as pessoas deveriam tratar as pessoas com quem
convive?
8- Como você trata as pessoas com quem você convive?
9- Você se acha diferente de seus amigos de sala?
10-Escreva um texto dizendo como você é.
Nome, cor dos olhos, altura, onde mora, o que faz quando não está na
escola, esporte preferido, suas características psicológicas, sua maneira de
ser, suas preferências entre outras coisas.
Vamos propor a análise da música Você é especial, de Aline Barros. (duas aulas)
Inicialmente, vamos ler a letra da música, ouvir, cantar, para depois analisá-la.
Esta letra possibilita uma reflexão sobre autoestima, gostar de si mesmo e se
aceitar. Segue um fragmento da letra.
Você É Especial - Aline Barros
Disponível no site
http://letras.terra.com.br/aline-barros/472971/
Acessado em 18/07/2011.
Você é especial, não existe outro igualDeus criou você assim, diferente de mim
Você foi criado, foi separadoPra servir a Deus do jeito que você é...Insubstituível. Você é incrível! Só precisa Ter fé.Por isso, um apelido não será ouvido se ele for umagozação,Mas será atendido se for um carinho do seu coração...
1- O que sugere o título da canção?
2- Copie e comente a primeira estrofe da letra da música.
3- Você pode perceber que o apelido tem uma explicação, por mais estranho que possa parecer. Complete o quadro abaixo com os nomes que podem ser representados por esses apelidos: A professora irá comentar sobre os apelidos, que não devemos chamar as pessoas pelo apelido e sim pelo nome, a não ser que a pessoa goste de seu apelido.
Representação Nome Representação Nome
Chico TerêJô CidaBete ZéToninho JucaBia ZecaEdu NandaLu Lipe
4- Você tem ou já teve um apelido? Gostava desse apelido? Por quê?
5- Você conhece alguém que tem apelido? Coloque o nome e o apelido dessa pessoa.
6- O que significa os versos:
Por isso um apelido, não será ouvido se ele for
uma gozação...
Mas será atendido se for um carinho do seu
coração...
Comente estes versos.
7- Produção textual: A origem do nome
O meu nome
Agora vamos dramatizar o texto “O problema da centopéia Zilá”, de Márcia
Honora, obra que compõe a coleção “Ciranda das diferenças”, disponível na
biblioteca da escola. A narrativa conta sobre uma centopéia que tinha um problema
de deficiência em uma de suas patinhas, e isso lhe causa muito constrangimento
perante seus amigos. Um dia descobre que pode usar um sapatinho especial
naquela patinha, compra e depois recebe um convite para sair com o caracol, que é
o vendedor da loja. Ela usa o sapato especial e supera sua diferença. (duas
aulas)
RUPTURA DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS (quatro aulas)
Objetivos
- Socializar as leituras entre os alunos;
- Analisar escolhas de linguagem e efeitos de sentidos, estrutura composicional e temática da narrativa;
- Propiciar a leitura do livro, com fruição estética à reflexão crítica sobre a realidade trazida pela obra;
- Estimular o estabelecimento de relação intertextual entre os gêneros textuais analisados;
- Perceber a linguagem que é uma narrativa em forma de poesia.
A temática já foi discutida por intermédio de diversos gêneros textuais nas etapas
anteriores, agora será aprofundada. O horizonte de expectativas dos alunos, de
certa forma, já foi ampliado por meio de atividades desenvolvidas anteriormente.
Nesse momento será aprofundado por meio da leitura do livro “UM GAROTO
CHAMADO RORBETO, DE GABRIEL O PENSADOR”. A seguir delineamos os
passos para realização da leitura e análise da obra.
1- Primeiro passo, fazer a leitura com os alunos na sala de aula;
2- Solicitar aos estudantes durante a leitura que suscitem as temáticas
presentes na obra tais como o analfabetismo, origem do nome, família. Assim
eles deverão registrar as páginas a fim de justificarem, em aula posterior, as
temáticas encontradas.
3- Realizar um debate sobre a obra lida a fim de socializar as impressões de
leitura como: o comportamento da personagem principal, as impressões que
os alunos tiveram diante das situações narradas, como se sentiram ao saber
que o personagem chegou na escola com a mão dentro de uma sacola, por
que ele tinha a letra mais linda da sala.
4- Dividir sala em grupos de até cinco alunos para dramatizarem a narrativa.
5- Marcar a data para a apresentação das equipes.
6- Promover uma avaliação entre as equipes que deverão observar e comentar
os trabalhos apresentados.
7- Reconhecer e valorizar as diferenças de cada um.
Algumas considerações a respeito da obra serão propostas aos alunos para que
comentem e façam uma breve análise da mesma.
ATIVIDADE ORAL PARA UMA MELHOR COMPREENSAO DOS ACONTECIMENTOS DA NARRATIVA:
1- Quando começa a história?
2- Quem é o personagem mais importante dessa história? Por quê?
3- Quais são os fatos da vida de Rorbeto que são apresentados pelo narrador?
4- Em que momento da vida de Rorbeto sabemos mais dados sobre ele?
5- Qual foi o conflito vivido por Rorbeto?
6- Como Rorbeto conseguiu superar a vergonha de ter seis dedos na mão
direita?
7- Onde acontece a história de Rorbeto?
8- Como você imagina a vila onde Rorbeto mora?
QUESTÕES VOLTADAS PARA O FALANTE DO DISCURSO DA NARRATIVA:
1- Quem é o personagem principal da obra? Quais suas características?
2- Porque o garoto tinha o nome grafado errado?
3- Onde ele morava? Como era a sua família?
4- Descreva e faça uma ilustração de como era a vila onde morava, que tipo de
brincadeiras faziam no lugar.
5- Que fez Rorbeto ao descobrir que tinha um dedo a mais em uma das mãos?
6- Existe no texto um narrador? Ele participa dos fatos ou apenas conta uma
história?
7- Por que Rorbeto apareceu na escola com a mão dentro da sacola?
8- Por que todos os alunos imitaram Rorbeto indo para a escola com a mão
dentro de uma sacola?
9- Qual a diferença encontrada na obra? Como o personagem principal venceu
essa diferença?
10-Faça um comentário e uma ilustração da parte que chamou sua atenção na
obra.
11-Qual foi a reação de Rorbeto ao saber que a sua letra foi a mais linda da
sala?
12-Quem tem a letra mais linda na sua sala de aula? Escreva as características
dessa pessoa para que seus colegas para que possam descobrir quem é.
13-Por que os colegas de sala disseram que Rorbeto era da mão de ouro?
QUESTIONAMENTO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS (duas aulas)
Objetivos:
Estimular o estabelecimento de relações intertextuais entre os gêneros estudados;
Nesta etapa, ocorrerá a comparação entre as duas anteriores. Pode ser
considerada como um momento de reflexão em que os alunos a partir das atividades
realizadas, analisarão os conhecimentos adquiridos e quais gêneros textuais
estudados exigiram mais reflexão.
- Organizar os alunos em grupos para que possam discutir entre si sobre as
preferências sobre os gêneros estudados, quais tiveram maior dificuldade e por
quê?
- Os alunos de cada grupo deverão eleger um representante para apresentar o
resultado da discussão à classe:
Aqui será proposta a leitura e análise da música Nomes de Gente de Geraldo Azevedo e Renato Rocha disponível o link Atualizado em 13/12/2009 às 16h54
http://mais.uol.com.br/view/e8h4xmy8lnu8/mpb4--nomes-de-gente-0402366CE0C923C6?types=A&
Acessado em 18/07/2011
(Duas aulas)
- Ler, ouvir, cantar e analisar a música Nomes de gente.
- Organizar os alunos em grupo para comentar sobre a canção.
Nomes de Gente MPB4 Composição: Geraldo Azevedo e Renato Rocha
AMPLIAÇÃO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS (quatro aulas)
A partir da realização de todos os passos anteriores, espera-se que os
alunos, por meio da comparação do horizonte de expectativas inicial, com os
interesses atuais, verifiquem que houve crescimento de suas experiências.
Conforme Bordini e Aguiar (1988,p.91), desta última etapa, reinicia-se todo o
processo do método.
Aqui será proposto assistir o filme “MÃOS TALENTOSAS”.
Disponível no link http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/ debaser/singlefile.php?
id=19883 Acessado em 18/07/2011.
Tem muito nome de genteMuito significadoPrudêncio que é prudenteTito que é honrado
Hugo que é previdenteReinaldo que é ousadoTem muito nome de gente Muito significado...
Conta a história de um garoto que não tinha muita chance na vida. Cresceu
em um lar desfeito em meio a pobreza e preconceito, suas notas eram baixas e seu
temperamento inflamado. Sua mãe nunca perdeu a fé no filho. Insistiu para que ele
seguisse as oportunidades que ela nunca teve, ajudou a expandir a imaginação, a
inteligência e acima de tudo a crença em si mesmo.
Após assistir o filme deixar que cada um comente a parte que mais chamou sua atenção.
Dividir a turma em grupo de cinco alunos;
Pedir aos alunos que façam um comentário sobre as temáticas:
1-Parte que fala sobre alfabetização de adultos;
2-Bullying na sala de aula em relação ao garoto;
3-Incentivo à leitura;
4-Escolha da profissão;
Como avaliação final, algumas atividades em grupo serão sugeridas para a apresentação:
- Dramatizar cenas do livro que consideram mais interessantes.
- Produzir desenhos abordando as temáticas estudadas.
- Produção textual sobre a origem do seu nome.
- Painel com textos verbais e não-verbais sobre a temática.
- Produzir um rap com os nomes.
Os alunos também poderão fazer sugestões de trabalho, que serão inseridas nas
formas de avaliação final. Cabe destacar que, além destas atividades, os alunos
devem ser avaliados continuamente por meio de cada etapa do método
recepcional proposto. Assim, a avaliação será processual e se efetivará na
medida em que os alunos se dispuserem à realização das atividades propostas
não por imposição, mas como meio de potencialização de seus horizontes de
expectativas.
SITES DA INTERNET
http://www.youtube.com/watch?v=L6lVL7wRMFA
http://www.youtube.com/watch?v=MbJy-4tEAR8
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=8095
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=19883
http://mais.uol.com.br/view/e8h4xmy8lnu8/mpb4--nomes-de-gente-0402366CE0C923C6?types=A&
http://letras.terra.com.br/aline-barros/472971/
http://www.es.gov.br/site/noticias/show.aspx?noticiaId=99678451
REFERÊNCIAS
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leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003.
FONTES, J. B. As obrigatórias metáforas: apontamentos sobre literatura e ensino.
São Paulo: Iluminuras, 1999.
COMPANGON, Antoine. O Demônio da Teoria: literatura e senso comum. 2ª ed.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
HONORA, Márcia. O problema da centopéia Zilá: São Paulo: Editora Ciranda
Cultural, 2008. - - (Ciranda das Diferenças).
ISER, W. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. São Paulo: Editora 34,
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LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática,
2001.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação
Básica. Curitiba: SEED, 2008.
O Pensador, Gabriel. Um garoto chamado Rorbeto. 2ª edição São Paulo: Cosac
Naify, 2006, Literatura infanto-juvenil.
ZAPPONE, Mirian Hisae Yaegashi. Leitura, escrita e gramática no Ensino
Fundamental / in: Menegassi, Renilson José (organizador). – Maringá: Eduem, 2010.
ZILBERMAN, Regina. (org.). Estética da Recepção e História da Literatura. São
Paulo: Editora Ática, 1989.