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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Através da fotografia: Um olhar sobre o Patrimônio Histórico Cultural do
Município de Colombo
Autor Maria Aparecida dos Santos
Escola de Atuação Colégio Estadual Alfredo Chaves
Município da escola Colombo
Núcleo Regional de
Educação
Área Metropolitana Norte
Orientador Dennison de Oliveira
Instituição de Ensino
Superior
Universidade Federal do Paraná
Disciplina / Área
(entrada no PDE)
História
Produção Didático-
pedagógica
Caderno Pedagógico
Público Alvo Alunos do Ensino Fundamental 8ª série / 9º ano
Localização Rua: Budapest, n.º 08 Jardim Santa Clara – Colombo PR
Apresentação Numa era das informações cada vez mais associadas as imagens, precisamos orientar os nossos alunos também nesse contexto, para que possam interpretar os acontecimentos não tendo como base apenas os documentos e registros escritos. Sendo assim, os estudos associados ás imagens se tornaram uma ferramenta valiosa que pode ser utilizada pelos professores de História. A fotografia, por sua vez, pode ser considerada uma importante fonte histórica, desde o momento que se supera o seu uso como simples ilustração, analisando-se principalmente seu conteúdo e sua forma de expressão. Ao utilizar a fotografia como recurso didático para o desenvolvimento do projeto, pretende-se desenvolver o olhar crítico dos alunos, possibilitando outras formas de interpretar os acontecimentos da historia local. O encaminhamento metodológico proposto para a realização do Projeto de Intervenção Pedagógica, terá como recurso didático o uso de fotografias antigas das famílias ou
amigos dos alunos, do Acervo da Casa da Cultura e do Museu da cidade, assim como, a criação de novas imagens que possam conter elementos representativos sobre o tema de estudo: Patrimônio Histórico Cultural. Contará também com pesquisa bibliográfica .
Palavras- chave História/fotografia/Patrimônio Histórico
MARIA APARECIDA DOS SANTOS
Igreja Matriz de Colombo Foto: Profª. Maria Aparecida dos Santos, julho 2011.
CURITIBA
2010 / 2011
ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA: UM OLHAR SOBRE O PATRIMÔNIO
HSTÓRICO CULTURAL DO MUNICÍPIO DE COLOMBO
IDENTIFICAÇÃO
Professora PDE: Maria Aparecida dos Santos
Área PDE: História
NRE: Área Metropolitana Norte
Professor Orientador IES: Dennison de Oliveira
IES Vinculada: Universidade Federal do Paraná
Escola de Implementação: Colégio Estadual Alfredo Chaves
Público da Intervenção: Alunos (Ensino fundamental 8ªsérie / 9ºano)
Produção Didático Pedagógica - Caderno Pedagógico
Tema de Estudo: Patrimônio Histórico Cultural
Título: Através da Fotografia: um olhar sobre o Patrimônio Histórico Cultural do
Município de Colombo
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 05
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 07
UNIDADE I PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL ................................................ 10
UNIDADE II A CIDADE DE COLOMBO ................................................................... 16
UNIDADE III FOTOGRAFIA E MEMÓRIA DA CIDADE ........................................... 25
UNIDADE IV CONHECER PARA PRESERVAR ...................................................... 31
ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR .......................................................................... 37
PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO MATERÍAL DIDÁTICO ...................................... 38
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 39
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APRESENTAÇÃO
A elaboração do Caderno Pedagógico, tendo como tema Patrimônio
Histórico Cultural, é resultante dos estudos realizados no Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE). Destina-se aos alunos da 8ª série ou 9º ano do
Ensino Fundamental.
Trata-se de um tema da história local, enfatizando a história da cidade e seu
patrimônio cultural. Percebemos, no entanto, ser um assunto pouco tratado nas séries
finais do Ensino Fundamental. Desta forma, torna-se importante resgatar o interesse
dos alunos para o estudo do Patrimônio Cultural, valorização do passado e da cultura
da cidade. O estudo de questões relacionadas aos bens culturais do patrimônio
histórico no ensino de História, deve ser valorizado, pois estimula no estudante o senso
de preservação da memória social coletiva, o que é indispensável para a construção da
cidadania e da identidade nacional.
O material pedagógico utilizará a fotografia como recurso didático,
sugerindo assim, uma alternativa para desenvolver o olhar crítico dos alunos,
possibilitando outras formas de interpretar a História local. Considera também, que a
fotografia pode ser uma importante fonte histórica, desde o momento que se supera o
seu uso como simples ilustração, analisando-se principalmente seu conteúdo e sua
forma de expressão. Assim como, que a fotografia é um tipo de representação e que
representa a relação entre dois sujeitos, o fotógrafo e o fotografado.
O Caderno Pedagógico divide-se em IV Unidades Didáticas :
I- Patrimônio Histórico Cultural – destaca a conceituação de patrimônio e a necessidade
de sua valorização.
II- A Cidade de Colombo – destaca a origem da população da cidade e seus aspectos
culturais.
III- Fotografia e Memória da cidade – propõe atividades de análise de fotografias
antigas dos moradores da cidade e do acervo da Casa da Cultura.
IV- Conhecer para Preservar- propõe atividade de estudo do meio e produção de
imagens fotográficas de alguns edíficios historicos da cidade.
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Esse material pedagógico tem como objetivo auxiliar o trabalho pedagógico
em sala de aula, utilizando atividades práticas e análise de fotografias, posibilitando
tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas, visto que somente o livro didático tem se
tornando insuficiente para despetar o interesse dos alunos pelas aulas de história.
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INTRODUÇÃO
Um dos objetivos atuais do ensino de História, segundo SCHIMIDT, CANIELLI
(2004), é contribuir para que o aluno conheça e aprenda a valorizar o patrimônio de sua
localidade, de seu país e do mundo. O trabalho com patrimônio poderá ser
desenvolvido com base no estudo dos edifícios históricos, dos monumentos, da
estatutária e da toponímia.
Em relação ao Patrimônio Cultural de uma região, o Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), denomina como patrimônio Cultural todas as
expressões criadas pela sociedade que, com o tempo são agregadas as gerações
anteriores. Esse conceito se estende a imóveis particulares, trechos urbanos e até
ambientes naturais de importâncias paisagísticas, além de imagens, utensílios e outros
bens móveis.
O IPHAN destaca também, que a conceituação atual de patrimônio acabou
estabelecendo a existência de duas categorias sobre o mesmo. A mais tradicional
refere-se ao patrimônio material, que engloba: construções, obeliscos, esculturas,
acervos documentais e museológicos. Na outra categoria temos o patrimônio imateiral,
que abrange: regiões, paisagens, comida e bebida típicas, danças, manifestações
regiliosas e festividades tradicionais.
A ampliação desse conceito abre novas perspectivas principalmente em
relação à educação, possibilitando diversas abordagens. Desta forma o Patrimônio
Cultural e o meio em que ele está inserido podem oferecer oportunidade de provocar
nos alunos sentimentos de surpresa e curiosidade, levando-os a querer conhecer mais
sobre eles. Tornando-se assim, uma forma de estimular no estudante o senso de
preservação da memória social coletiva, o que é indispensável para a construção da
cidadania e da identidade nacional.
A necessidade de trabalhar o Patrimônio Cultural nas escolas fortalece as
relações das pessoas com suas heranças culturais, estabelecendo um melhor
relacionamento destas com estes bens, percebendo sua responsabilidade pela
valorização e preservação do Patrimônio, fortalecendo a vivência real com a cidadania.
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Sendo necessário também, o entendimento da importância da valorização dos espaços
públicos, como local de encontros, de manifestações populares, de resistências, que
possibilite ao homem entender-se como partícipe de uma sociedade que é viva e
latente, e que funciona como uma memória social.
Em relação ao uso de fotografias no ensino de História, as Diretrizes
Curriculares da Educação Básica para o Ensino de História determinam que, o trabalho
com vestígios na aula de história, deve ir além dos documentos escritos, trabalhando
também com os iconográficos, os registros orais, os testemunhos de história local, além
de documentos contemporâneos como: fotografias, cinema, literatura, quadrinhos e
informática. A História Cultural, por sua vez, ao considerar novos enfoques temáticos da
historiografia a partir do Annles, incorpora também novos tipos de documentos como a
fotografia, para compreender o imaginário social das sociedades estudas.
Devemos entender, que ao utilizar as novas linguagens culturais como a
fotografia, o cinema, a televisão e a informatica, novos desafios foram colocados para o
historiador e o professor de história. De acordo com SCHIMIDT, CANIELLI (2004),
esses profissionais tiveram que compreender a natureza das novas linguagens e
incorporá-las, assim como, perceberem-nas legitimadas como fonte para o estudo do
passado. Devendo tomar cuidados como: conhecer os sentidos produzidos pelas
imagens canônicas, diferenciar o uso das linguagens como recurso didático e como
documento histórico e compreender o significado de cada linguagem.
Deve-se considerar também, de acordo com Paiva (2006), que o uso da
imagem e das representações gráficas pelo historiador, tem trazido novas reflexões
metodológicas. Por se tratar de um procedimento recente, são necessários
esclarecimentos básicos sobre as possibilidades de investigação sobre essas fontes.
Segundo ele:
A imagem é uma espécie de ponte entre a realidade e outras realidades, e outros assuntos, seja no passado, seja no presente. E é por isso que ela não se esgota em si. Por meio dela, a partir dela e tomando-a em comparação é possível ao historiador e ao professor a análise de outros temas, em contextos diversos (PAIVA, 2006).
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Entendemos assim, que a utilização da fotografia como fonte de pesquisa deve
levar em conta que a imagem impressa no papel não se confunde com a realidade. A
foto, por ser um recorte particular da realidade, representa apenas o congelamento de
um momento. A técnica e as condições em que a foto foi tirada, o estilo artístico do
fotógrafo e a razão pela qual a foto foi tirada, são fatores que devem ser considerados
como forma de obter informações importantes sobre o contexto da época.
Ao utilizar imagens e fotografias no ensino de História o educador precisa, fazer
uma leitura crítica das mesmas, como representações da sociedade, com intenções
ideológicas e finalidades diversas. No entanto, sem deixar de revelar a cultura e os
valores dos grupos sociais representados. Considerando, de acordo com MAUAD
(1996), a fotografia como produto cultural, fruto do trabalho social de representação
sígnica.
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Igreja Matriz de Colombo Foto: Profª. Maria Aparecida dos Santos, julho 2011.
Unidade I
Patrimônio Histórico Cultural
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Atualmente muito se discute sobre a necessidade de preservação do
Patrimônio Cultural, valorização do passado e memória coletiva da cidade. Precisamos
assim, compreender mellhor a formação deste conceito.
A palavra patrimônio se origina do termo grego pater, que significa pai ou
paterno. Desta forma, patrimônio esta relacionado aquilo que é deixado pelo pai e
transmitido para seus filhos. Com o passar do tempo, essa ideia de repasse se
estendeu a um conjunto de bens materiais relacionados diretamente com a identidade,
a cultura ou ao passado de uma coletividade.
No decorrer do século XX, as noções sobre o espaço urbano, a cultura e o
passado, foram se modificando e desta forma interferindo na definição sobre o que se
pode ser considerado como patrimônio.
No Brasil durante muito tempo considerou-se o conceito de Patrimônio
Histórico e Artístico, sendo que o Decreto - Lei de 1937, define esta expressâo:
Art. !º - Constitui o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional o conjunto de bens móveis e imóveis existentes no país e cuja preservação é de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico, (BRASIL, 1937).
Hoje com, com o avanço dos debates realizados nas ciências sociais, que
tem se dedicado aos estudos das manifestações culturais, essa expressão vem sendo
substituída pela de Patrimônio Cultural, pois há outros valores que não se enquadram
na terminologia antiga que podem ser considerados relevantes para a memória social.
Compreendemos assim que, Patrimônio Cultural Brasileiro não se resume
somente aos objetos históricos e artísticos, aos monumentos representativos da
memória nacional ou aos centros históricos protegidos pelos agentes governamentais,
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que priorizavam o patrimônio edificado, o chamado pedra e cal, como: fortes militares e
casas-grandes. Deixando de lado, por exemplo, as senzalas, cortiços e quilombos.
A concepção atual de Patrimônio Cultural abrange também expressões do
patrimônio vivo da sociedade brasileira como: danças, artesanato, culinária, maneiras
de pescar, modos de vestir e de fala, rituais e festas populares, lendas contadas de
geração a geração, etc. A ampliação desse conceito, acabou estabelecendo a
existência de duas categorias sobre o mesmo:
patrimônio material, do qual fazem parte: construções, monumentos, esculturas,
acersos documentais e museológicos e outros itens das belas artes;
patrimônio imaterial, do qual fazem parte: regiões, paisagens, danças, músicas
festas, celebrações, comidas e bebidas típicas.
A discussão sobre ações preservacionistas e a criação de órgãos ligados a
questão no Brasil, datam da década de 30. No entanto, somente após o processo de
democratização do país, foram criados espaços para a organização de associações e
movimentos na defesa do Patrimônio.
O conhecimento do Patrimônio Cultural de cada comunidade é importante na
formação da identidade de todos nós brasileiros. Porém, é comum ouvirmos falar que
„‟o Brasil é um país sem memória‟‟, que não cuida de seu Patrimônio Cultural. Isso é
percebido pelos habitantes da cidade na destruição da casa de seus antepassados,
cinemas, teatros, bares e outros prédios históricos, descaracterizados pelo
desordenado crescimento das cidades brasileiras. Pois a memória coletiva da cidade se
reflete também em seus antigos edifícios e a política preservacionista do Patrimônio
Cultural não tem conseguido conciliar o progresso com a preservação do passado.
Torna-se assim, cada vez mais importante democratizar os espaços e lugares
da memória, fazendo com que a comunidade se reconheça nesses espaços e símbolos
de preservação da memória da cidade, evitando atitudes de pichações e rebeldia,
passando a reconhecer a responsabilidade de cada um no processo de preservação e
manutenção do Patrimônio Cultural.
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PARA SABER MAIS
O IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, é o órgão federal
que cuida do patrimônio brasileiro. Existem organismos semelhantes nos governos
estaduais.
TOMBAMENTO – é um ato administrativo realizado pelo poder público com o
objetivo de preservar, por intermédio da aplicação da legislação específica, bens
de valor arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a população,
impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados. O processo de
tombamento, após avaliação técnica preliminar, é submetido à deliberação das
unidades técnicas responsáveis pela proteção dos bens culturais brasileiros. Caso
seja aprovada a intenção de proteger um determinado bem, é expedida uma
notificação ao seu proprietário. Depois de o processo ser devidamente instruído,
ter a aprovação do tombamento pelo Conselho do Patrimônio Cultural e a
homologação ministerial publicada no Diário Oficial. O processo finalmente
termina com a inscrição no Livro do Tombo e a comunicação formal do
tombamento aos proprietários.
PATRIMÔNIO CULTURAL MUNDIAL E NATURA L, a UNESCO (Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura),
estabeleceu em 1972 a existência da designação, Patrimônio Mundial, Cultural e
Natural para se referir ao conjunto de monumentos, agrupamentos arquitetônicos,
sítios naturais e bens culturais móveis que possuíssem valor local, nacional e
universal. Patrimônio natural, são áreas de importância preservacionista e
histórica. É um lugar que apresenta relações significativas com a sociedade, por
causa das lendas e da economia a ele se associada. Fazem parte do Patrimônio
Natural, formações geológicas e regiões que constituem habitat de espécies
animais e vegetais ameaçadas, com significativo valor, do ponto de vista da
ciência ou da conservação.
São exemplos do Patrimônio Mundial no Brasil, reconhecidos pela UNESCO:
- Àrea de Conservação do Pantanal (MS)
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- Parque Nacional do Iguaçu , no Paraná
- Corcovado no Rio de Janeiro
- Cidade Histórica de Ouro Preto em Minas Gerais
- Plano Piloto de Brasília
REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Circe M. Fernandes. Ensino da História: Fundamentos e Métodos.
São Paulo: Cortez, 2004.
FERNANDES, Jósé Ricardo Oriá. Educação Patrimônial e Cidadania: Uma proposta
alternativa para o Ensino Médio de História. In, Revista Brasileira de História, vol.
13.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Educação
Patrimonial. Disponível em:< http: // portal.Ipphan.gov.br > acesso em : 15.jul.2011.
http://www.educacional.com.br/articulistas/articulista0003. asp
Atividade 01:
Para iniciar o conteúdo é importante verificar os conhecimentos prévio que os alunos já
possuem para relacioná-los ao tema estudado. Para tanto, sugere-se as seguintes
atividades:
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a) Observe as imagens e tente identificar o que elas representam em comum:
figura 01
http://www.cultura.gov.br/site
figura 02
http://www.diadiaeducacao.pr.gov.br
acesso em 13 de junho 2011
figura 03
http://cidadebrasileira.brasilescola.com
b) Cite o nome de alguns lugares de sua cidade que você considera importante serem
preservados.
c) Você conhece os patrimônios da cidade onde você mora? Cite exemplos: Observação: refletir com os alunos considerando todas as possibilidades de respostas:
Atividade 02:
Após leitura do texto e discussão com os alunos, sugere-se:
a) Pesquisa na Internet de outras imagens representativas do Patrimônio Cultural
Brasileiro.
b) Pesquisar na Constituição Brasileira (1988) o conceito de Patrimônio Cultural -
Artigo 216, seção II - Da Cultura. Identificando o que mudou em relação ao
Decreto de 1937.
c)Em sua cidade existe algum edíficio ou bem que foi tombado pelo IPHAN, ou seja,
tiveram seu valor histórico e cultural reconhecido por um órgão oficial?
d)Em sua opinião, a destruição ou a descaracterização de patrimônios culturais
(materiais ou imateriais) representam uma perda para o país como um todo? Justifique:
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Igreja Matriz de Colombo
Foto: Profª. Maria Aparecida dos Santos, julho 2011.
Unidade – II
A Cidade de Colombo
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Para saber a origem do município de Colombo, teremos que conhecer
também as populações que por aqui passaram, desde os séculos XVI, XVII, XVIII,
períodos bem antes da fundação da cidade.
Os primeiros habitantes das terras colombenses, assim com de todo o
Paraná, foram os indígenas predominantemente os Guaranis. Deste grupo,
destacaram-se aqui os Tinguís, que viviam da caça e da pesca, da coleta de frutas e
sementes como o pinhão, ainda hoje encontrado com facilidade em nossa região. A
presença indígena na região pode ser comprovada no nome de um dos bairros mais
tradicionais do município: o Bacaetava, palavra indígena que significa casa de pedra
furada. Assim como, através de objetos arqueológicos provenientes dos índios,
encontrados por agricultores da região.
Durante o século XVI, os portugueses ao se dirigiram ao sul, em busca do
ouro de aluvião encontrado nas margens dos rios, fundaram alguns núcleos
populacionais nessas proximidades, entre eles a Vila de Nossa Senhora da Luz dos
Pinhais, atual Curitiba. As terras que deram origem ao município, pertenciam aos sítios
de Butiatumirin e Veados. Os primeiros registros dessas localidades datam a partir de
1856 e correspondem ao cadastro de terras feitos após a emancipação política do
Paraná em 1853. Sendo que no século XIX, essas terras eram consideradas povoados,
que integravam a cidade de Curitiba.
De acordo com os Livros de Registros da Província do Paraná, as localidades
de Butiatumirim e Veados pertenciam e eram habitadas por diversas famílias de origem
portuguesa. Fato este observado na predominância de sobrenomes de origem
portuguesa, nos registros de proprietários de terras, como por exemplo: Ribeiro Pinto,
Cordeiro, Ramos, da Rosa, Ribas Oliveira, Nunes Rocha, Fontoura.
A presença do negro nas terras que hoje pertencem ao município de
Colombo foi marcada pela escravidão. Em 1896, segundo documentos oficiais da
administração do Dr. Adolpho Lamenha Lins, então presidente da Província do Paraná,
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o total de escravos em terras paranaenses era de 10.560. Destes 921 eram escravos
no município de Curitiba, do qual na época fazia parte o atual território de Colombo.
Assim como em outras regiões do Paraná, o negro esteve presente nas terras
que hoje fazem parte do município, trabalhando nos ervais do mate, atividade
econômica onde o trabalho escravo foi bastante utilizado, coexistindo com o trabalho
livre nas diversas etapas da produção. Como por exemplo, no erval que existiu no
povoado do Boixininga.
Notamos assim, que a população que se instalou primeiramente nas terras de
nossa cidade era composta por mestiços de índios, negros e portugueses.
Foi em 1878, quando o Paraná era ainda uma província e o Brasil um
império, através da politica imigratória da época, que um grande grupo de imigrantes
italianos chegaram ao Brasil com destino ás terras da região sul.
Esses imigrantes se estabeleceram primeiramente em Morretes, mas não se
adaptaram ao clima. Então, chefiados pelo Padre Angelo Cavalli, abandonaram as
terras e subiram a Serra do Mar, em direção a Curitiba.
Em setembro de 1878, receberam do governo Provincial terras demarcadas
em 80 lotes, a 23 quilômetros de Curitiba. Nessa ocasião as terras de Butiatumirim,
receberam familias de imigrantes italianos, formando-se o novo núcleo Colonial Alfredo
Chaves. Esse fato veio de encontro ao programa colonizador elaborado na
administração do presidente da província Adolfho Lamenha Lins, que direcionou a
atividade colonizadora para os arredores de Curitiba, visando implantar colônias
agrícolas nas proximidades dos centros urbanos com o objetivo de colocá-los em
contato com os mercados consumidores.
A nova colônia recebeu o nome de Alfredo Chaves, em homenagem á
personalidade política do Império Brasileiro, Dr. Alfredo Rodrigues Fernandes Chaves,
Inspetor General das Terras e Colonização.
Esse grupo de imigrantes era formado por camponeses, oriundos na sua
maioria, do Vêneto, região montanhosa e fria da Itália. Vieram para essas terras em
busca de melhores condições de vida. Essas familias, que somavam 162 pessoas,
foram instaladas na região, onde hoje se situa a sede do Município. Cada família de
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imigrante recebeu do governo um lote de terra, que deveria ser pago à medida que,
com o rendimento do trabalho nas terras do próprio lote, pudesse ser quitado.
Em 8 de janeiro de 1890, o lugarejo foi elevado a categoria de vila, com a
denominação de Colombo, em homenagem ao descobridor da América, Cristovão
Colombo.
Além de brasileiros e italianos, outros grupos vieram se estabelecer na região
como: poloneses, franceses, alemães e outros.
Aos 5 de fevereiro de 1890, foi instalado o Município. Em 21 de abril de 1892
foi criada a Câmara Municipal de Colombo, sendo eleito como prefeito João Gualberto
Bittencourt.
O Municipio de Colombo passou então a receber a instalação de fábricas e
estabelecimentos comerciais, além de um maior desenvolvimento da agricultura. Entre
os estabelecimentos industriais, estão: moinhos de fubá, fornos de cal, olaria, fabrica de
massas e a Fabrica de Louças São Zacarias, a primeira fábrica de louças de pó de
pedra do Paraná.
No entanto, a maioria da população se dedicava as atividades agricolas,
como: produção de uva, milho, frutas e outros gêneros alimentícios. A agricultura foi e
ainda continua sendo uma das atividades de sustentação econômica do município de
Colombo.
A religião esteve fortemente presente na vida dos colonizadores da cidade.
Eles se dividiam entre o trabalho e as atividades religiosas. Sendo a identidade cultural
do município influenciada pela fé católica dos imigrantes italianos. Em 1885, foi
construída a primeira Capela, onde hoje está a Igreja Matriz. Era simples e foram
aproveitadas as tábuas dos barracões onde imigrantes, se instalaram até que suas
casas fossem contruídas.
Em 1899, o padre Francesco Bonato benzeu a Pedra Fundamental, dando
início a construção da Igreja Matriz. Em 25 de março de 1908 foi realizada a primeira
missa da Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Vale lembrar que a história de Colombo
se confunde com a preservação da memória da Igreja Matriz. As principais conquistas
dos cidadãos colombenses estão ligadas as iniciativas dos padres italianos ou
descendentes, que fizeram a primeira grande obra, a Igreja, trouxeram luz e água
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encanada, o primeiro Ginásio, além da Santa Casa de Misericórdia. Em torno de uma
causa comum, a construção da Igreja, formou-se a comunidade Colombense com seus
valores e suas crenças.
Outro fator, considerado importante pelos imigrantes era a educação de
novas gerações. No período imperial havia poucas escolas públicas no Brasil, o que era
reclamado pela maioria dos colonos. Para eles a escola seria importante para a
manutenção da identidade cultural dos grupos.
Ela seria responsável também pela transmissão do idioma, dos costumes,
das crenças pertencentes ao país de origem. Diante da falta de escolas, cada grupo
étnico providenciou o ensino.
A primeira escola pública da então colônia Alfredo Chaves, foi criada em
1882, atendendo a um abaixo assinado enviado pelos colonos ao presidente da
Província.
Além da escola pública, a escola étnica também tornou - se importante na
colônia. No ano de 1905, a Societá Italiana de Mútuo Socorro Chistoforo Colombo
mantinha uma escola étnica italiana, frequentada somente por meninos, com aulas
ministradas em idioma italiano.
A maioria das famílias de imigrantes que colonizaram Colombo, vieram da
região do Vêneto, onde além do italiano a língua falada é o veneto ou Talian. Assim
como, em algumas colônias do sul do Brasil, em Colombo os imigrantes puderam se
agrupar no seu próprio grupo étnico, onde podiam falar seus dialetos de origem e
manter sua cultura.
O uso do Talian no Brasil entrou em declínio desde 1940, quando o governo
nacionalista de Getúlio Vargas proibiu o seu uso, tanto escrito, como oral. Falar o Talian
em lugares públicos era considerado ofensivo e falta de patriotismo, e os italianos e
seus descendentes foram obrigados a aprender o português. No período da Segunda
Guerra Mundial, de 1939 a 1945, intensificou-se as medidas nacionalistas sendo
proibido também a circulação de jornais feitos por imigrantes o funcionamento de
escolas com ensino de língua estrangeira e até mesmos as igrejas católicas ou
protestantes, tiveram que ministrar seus cultos em português.Isso foi muito sentido
pelos imigrantes que queriam preservar sua cultura e seu idioma.
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Mas, por viverem de certa forma isolados em zonas rurais, os descendentes
dos imigrantes italianos conseguiram preservar o idioma. No entanto, com a abertura de
estradas e o contato cada vez mais constante com os centros urbanos, essa tarefa se
tornou cada vez mais difícil. Atualmente em Colombo dos 230 mil habitantes estima-se
que 70 mil sejam descendentes de italianos, destes em torno de 5 mil (netos de
imigrantes) falam o Talian.
A partir da década de 1970 -1980, houve uma grande expansão do município
e o surgimento de novos bairros como Jardim Guaraituba e Maracanã. Neste período
Colombo passou a receber migrantes que vieram de outros municípios do Paraná,
especialmente do Norte e Oeste do estado, onde as máquinas foram introduzidas e
substituíram o trabalho no meio rural.
Desta forma, a população colombense que no ano de 1890, conforme dados
do primeiro recenseamento da República, contava com 2.853 pessoas, hoje ultrapassa
a casa dos 200 mil habitantes, tornando-se o 8º município do Paraná em população.
Lugares Históricos e Aspectos Culturais da Cidade
-Igreja Matriz - marco histórico do município, construída em 1899, com arquitetura
italiana. No seu interior, quadros, objetos sacros e mármores que vieram da Itália
ressaltam a fé e a religiosidade dos italianos. Réplica de uma igreja de Vicenza no
norte da Itália.
- Museu Cristhoforo Colombo - tem como sede o prédio que é uma réplica da
Societá Italiana Cristóforo Colombo, criada por imigrantes italianos no início do
século XX. Abriga acervo municipal desde a era indígena até os dias atuais.
- Memorial Italiano - a casa Eugênio Mottim, construída em 1922, foi relocada
para o bosque da uva e hoje representa todos os imigrantes italianos de Colombo.
- Casa da Cultura - antiga sede da Câmara Municipal, guarda na sua arquitetura
traços das tradições deixadas pelos imigrantes italianos.
Os usos e costumes de muitos colombenses preservam ainda a maneira de
viver daqueles que vieram da Itália.
- Jogos Típicos: mora, bocha, baeneto, truco, trissete e outros carteados.
-Idioma: muitas expressões italianas fazem parte do vocabulário dos
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colombenses. Ex: Panaro (tábua de carne), Calcia (mão de vaca), “Tutti Buona
Gente”
- Gastronomia: Colombo possui uma gastronomia típica italiana, composta por
risoto, frango, polenta, salame, queijos e vinhos fabricados artesanalmente. O
risoto colombense é o prato mais divulgado da região, servido em festas e nos e
restaurantes típicos da cidade.
- Festas Típicas: Festa da Uva, teve início em 1959, idealizada pelo Padre
Geraldo Pelanda, para incentivar o cultivo da uva e produção de Vinho.
Divulga as tradições e a cultura italiana, tendo como destaque a tradicional
missa realizada no domingo. Festa do Vinho, com o mesmo objetivo de manter
as tradições e a cultura italiana, é realizada anualmente e são três dias de
festa.
- Grupos Folclóricos: buscam resgatar a cultura italiana por meio de danças,
canções folclóricas trajes típicos e a lingua italiana.
- Cirtcuito Italiano de Turismo Rural: oferece uma forma de lazer, onde
diversos locais abertos a visitação permite que os visitantes conheçam lugares
históricos que contam a trajetória dos imigrantes italianos, contemplem as
belezas naturais e a herança dos costumes italianos, na religiosidade,
comidas típicas, na arquitetura e no folclore.
REFERÊNCIAS:
FERRARINI, Sebastião. O Município de Colombo.Curitiba: Champagnat, 1992.
MASCHIO, Elaine Cátia Falcade. A educação Escolar em Quatro Colônias
Italianas no Paraná. Disponível em: www.associacaoitaliana.org.br acesso em
16.jun. 2011.
MASCHIO, Elaine Cátia Falcade, MACHIOSKI Fábio, MASCHIO, Edilson. Colombo,
mais de 115 anos de História. Disponível em www.associacaoitaliana.org.br
acesso em :14. jun.201.
23
COLOMBO, Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Educação, Cultura e
Esportes. Guia Histórico Cultural de Colombo. Colombo, 2008.
SANTOS, Carlos Roberto Antunes dos.Vida material e econômica. Curitiba: SEED,
2001.
BALHANA, Altiva Pilatti. Um, Mazzolino de Fiori, vol.II /org. Cecília Maria
Westphalen. Curitiba: Imprensa Oficial, 2003.
OLIVEIRA, Dennison de. Os Soldados Alemães de Vargas. Curitiba: Juruá, 2010.
Atividade 01
a)Converse com seus familiares e responda: Quanto tempo sua família reside nesta
cidade? Quando e por que vieram para a cidade?
b)De acordo com as informações do texto, identifique a quais grupos formadores da
população colombense pertence sua família.
c)Você e seus familiares costumam frequentar as festas típicas da cidade? Quais?
d)Seus familiares conservam ainda costumes dos antigos moradores da cidade?
Quais?
d)Você considera importante a preservação do patrimônio e resgate da memória dos
moradores da cidade? Por quê?
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Atividade 02
Figura 04
Casa Colonial Rural – Brasileira -Rodovia da Uva – 276 – Colombo
Acervo Casa da Cultura
A Casa Colonial Rural Brasileira é o único Patrimônio Histórico Tombado pela
Secretaria do Estado da Cultura em nossa Cidade.
a) Pesquise sobre este edificio e a sua importância para a história da cidade:
Destaque a data de sua construção e estilo aquitetônico, sua ocupação antiga e
atual e seu estado de conservação.
Obs: É importante frisar para os alunos o significado de tombamento e o quanto
iniciativas como essa contribuem para preservar a memória da cidade.
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Monumento à Virgem Maria, na praça da Matriz
Foto: Profª. Maria Aparecida dos Santos, julho 2011.
Unidade – III
Fotografia e Memória da Cidade
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As imagens fotográficas produzidas pelos moradores de uma cidade, podem
revelar várias características da vida social, lugares da memória, assim como,
mudanças e permanências na vida dos moradores dessa comunidade.
O fotógrafo ou retratista, na década de 30 a 40, era um profissional raro e
bastante disputado. Tirar foto de família, era uma ocasião especial e marcada com
antecedência, pois o retratista só passava na região uma vez por ano. Ou então, a
família toda se arrumava e ia ao estudio.
A maioria das famílias, provavelmente ainda guardam em casa fotos em preto
e branco. Essas fotografias guardadas por várias gerações são parte significativa da
memória das famílias. Elas também são importantes para perceber a realidade da
comunidade e os laços de memória que guardam com a cidade.
Lembrando porém, que as fotografias não são efetivamente a realidade, mas
um momento capturado pela lente da câmera e, portanto, aquilo que o fotógrafo deseja
que seja registrado.Visto ser ele o responsável pela escolha do espaço, postura das
pessoas, luminosidade e o destaque para certos ângulos das pessoas ou objetos. Mas
o fotógrafo pode também registrar aquilo que as pessoas retratadas desejam que seja
mostrado. É comum, mesmo nos dias de hoje, se alguém vai tirar uma foto, veste sua
melhor roupa, se arruma todo por que quer aparecer bonito na foto, mesmo que no dia
a dia não seja assim.
Obervando os álbuns de família, reconstruímos nossa trajetória de vida. As
imagens nos levam ao passado e nos envolvem afetivamente com o seu conteúdo: o
batismo, a primeira comunhão, as reuniões de familia, os pais e irmãos, os amores e os
olhares, os amigos, as paisagens..., em cada página virada novos personagens
aparecem e outros desaparecem. Ao nos vermos através das antigas fotos nos
emocionamos, pois percebemos que o tempo passou e a noção de passado se torna de
fato concreta.
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Na cidade de Colombo, a Casa da Cultura mantem um bom acervo de
fotografias antigas em preto e branco. Este acervo existe graças ao Laboratório
Fotográfico do Senhor Luiz Franceschi, filho de imigrantes italianos, que além das
diversas atividades que realizava era também o único fotógrafo do Município. Essas
fotografias que retratam a cidade e seus moradores, tem colaborado com a
pereservação da memória do município.
REFERÊNCIA:
BITTENCOURT, Circe M. Fernandes. Ensino de História: Fundamentos e Métodos. São
Paulo: Cortez, 2004.
KOSSOY, Boris. Fotografia e História. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.
FERRARINI, Sebastião. O Município de Colombo.Curitiba: Champagnat,1992.
Atividade 01
O trabalho com diferentes documentos como as fotografias, que podem ser
encontradas na casa dos próprios alunos, favorece a compreensão de que a História é
produzida por todos. Para tanto sugere - se as seguintes atividades :
- Solicite aos alunos que tragam fotografias antigas (ou cópias) de seus familiares
ou amigos para a sala de aula, podendo selecionar aquelas que retratam a
cidade ou algum aspecto do seu Patrimônio Cultural. Procurando incentivá-los,
através da análise das fotografias, a perceberem as relações de mémória que as
pessoas que as cederam tem ou tiveram com a cidade.
- A análise das fotografias será feita através da Leitura interna e externa, conforme
orienta autores como Circe Bittencourt, Miriam Moreira Leite e Boris Kossoy e
Ana Maria Mauad.
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a) Observação da fotografia, sem interferência do professor (de preferência sem
legenda). O aluno fará uma descrição oral, fazendo relação com outros
conhecimentos e experiências que possui.
b)Leitura interna Conteúdo:
Que pessoas aparecem na foto?
Como as pessoas estão vestidas?
O que as pessoas estão fazendo?
Existem hierarquia na posição das pessoas?
Exitem objetos na foto? Descreva:
Descreva o local onde foi tirada a foto:
c)Leitura externa
Quem tirou a fotografia? (fotógrafo)
Para quem a foto foi produzida?
Em que época ou data ela foi tirada?
Existe alguma informação atrás da fotografia?
Quais as condições de preservação da fotografia?
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As informaçôes poderão ser obtidas com o professor, nas legendas ou com a pessoa
que cedeu a foto.
c) Conversar com a pessoa que cedeu a fotografia, para que conte como foi o
momento daquela imagem, quais os costumes da época e do que ela sente falta.
Em seguida produzir uma pequena narrativa ou legenda sobre a mesma,
utilizando também os dados da leitura interna e externa.
ATIVIDADE 2
A história da cidade pode ser vista nas fotografias antigas, estabelecendo as
relações históricas entre as mudanças e permanências do espaço, além das
diferentes técnicas na produção das fotografias.
Figura 05
Societá Italiana Chirtoforo Colombo – Fundada em 1/10/1905
Sede da Escola Italiana
Acervo Casa da Cultura
Analise da foto do acervo da Casa da Cultura, seguindo as etapas da atividade 01.
a) Observação (descreva livremente o que está vendo)
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b) Utilizar a ficha de leitura interna e externa
c) Relacionar a fotografia com o texto sobre a história da cidade de Colombo
(Unidade II):
Quem frequentava a escola?
Que idioma era usado nas aulas?
Qual a importância da educação para os imigrantes Italianos?
d) Produzir uma legenda sobre a imagem fazendo uma relação com o texto lido.
OBS: É importante ressaltar para os alunos a necessidades de ter uma autorização
para a utilização da fotografia, assim como, de assumir a responsabilidade pelo
empréstimo e devolução nas mesmas condições.
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Igreja Matriz de Colombo Foto: Profª. Maria Aparecida dos Santos, julho 2011.
Unidade IV
Conhecer para Preservar
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O conhecimento do Patrimônio Cultural da comunidade, estimula o senso de
preservação da memória social e coletiva, o que é indispensável para a construção da
cidadania e da identidade nacional.
O Patrimônio Cultural edificado, tombado ou não, é um bem cultural que
simboliza a formação de um povo e de sua história. As relações entre passado e
presente e as mudanças ocorridas em uma cidade ao longo do tempo, podem ser
percebidas em edificações que, preservadas ou em ruínas, guardam a memória
histórica e representam as inovações ocorridas naquele local. Podem ser monumentos
religiosos, palácios, casas, indústrias e prédios oficiais que indiquem um estilo e uma
tecnica de construção marcante para a comunidade.
A preservação do Patrimônio Cultural garante a continuidade das
manifestações culturais. Sendo a comunidade, a verdadeira responsável e guardiã de
seus bens culturais. Para preservar o Patrimônio Cultutal é preciso primeiramente
conhecê-lo, seja através de pesquisas realizadas pelos órgãos competentes, ou de
visitas aos museus, arquivos, bibliotecas e lugares da memória. Possibilitando assim,
refletir sobre as dificuldades encontradas para sua preservação, visto que nas cidades
brasileiras a modernidade tem provocado uma grande destruição das marcas do
passado.
O IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional vem
incentivando em todo o país um trabalho de diálogo e construção conjunta com a
sociedade de políticas de identificação, reconhecimento, proteção e promoção do
patrimônio cultural. O Instituto também desenvolve programas de Educação Patrimonial
envolvendo não só a comunidade escolar, mas também as organizações da
comunidade local, familias e autoridades. Trata-se de processo permanente e
sistemático de traballho educacional centrado no Patrimônio Cultural como fonte
primária de conhecimento, enriquecimento individual e coletivo. Através da experiência
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e do contato direto com as manifestações culturais, em seus múltiplos aspectos e
significados, a educação patrimonial busca levar as crianças e adultos a um processo
de conhecimento e valorização de sua herança cultural.
Na cidade de Colombo, existem alguns grupos formados por descendentes
dos colonizadores, que realizam projetos visando manter viva a memória,
principalmente dos imigrantes italianos. Essa cultura e a história da cidade pode ser
vista em seu patrimônio edificado, em locais como: a Igreja Matriz, Casa da Cultura,
Museu Cristoforo Colombo, Memorial Italiano e a Casa Colonial Rural. A cidade carece,
no entanto de uma política mais vigorosa de Preservação de seu Patrimônio Cultural.
REFERÊNCIAS:
HORTA, Maria de Lourdes Parreiras.Educação Patrimonial: O que é Educação
Patrimonial.Disponível em:<http:tvebrasil.com.br> acesso em 26.set.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTCO NACIONAL. Educação
Patrimonial. Disponível em :< http: //portal.Iphan.gov.br> acesso em: 26.set. 2010.
REVISTA NOVA ESCOLA. É hora de valorizar o que é nosso. Agos. 2010.pag.76
ATIVIDADE 01
O Patrimônio Cultural edificado de uma cidade e o meio em que ele está inserido,
podem oferecer oportunidade de provocar nos alunos sentimentos de surpresa e
curiosidade, levando-os a querer conhecer mais sobre eles. Tornando-se assim, uma
forma de estimular no estudante o senso de preservação da memórial social coletiva.
Nesse sentido, sugere-se uma atividade baseada na metodologia da Educação
Patrimonial, que consiste em provocar situações de aprendizagem, seguindo etapas
básicas: observação, registro, exploração e apropriação.
1- ESTUDO DO MEIO: visita aos edifícios históricos do município
Antes da visita:
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Organizar equipes (cada grupo pesquisará sobre um local)
a) Pesquisa para que se obtenha conhecimentos históricos básicos sobre o
lugar a ser visitado.
b) Agendamento, verificação das condições de acesso e segurança do local.
c) Se possível, contar com a colaboração do professor de geografia e ter um
mapa em mãos para que possam se localizar (onde moram, onde ficam
esses lugares).
d) Fazer um roteiro de observação, com as questões a serem investigadas.
e) Levar câmeras fotográficas para registrar imagens do local.
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ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO
LOCAL
REGIÃO DA CIDADE EM QUE SE
SITUA
ORIGEM DO NOME
QUANDO FOI CONSTRUIDO
OCUPAÇÃO ORIGINAL
OCUPAÇÃO ATUAL
ASPECTOS FÍSICOS (O QUE SE VE
AO REDOR) vegetação, comércio, ruas, etc.
QUE ELEMENTOS DO PASSADO QUE AINDA PODEM SER VISTOS NO LOCAL
EVENTOS REALIZADOS NO LOCAL (FREQUENTADORES)
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
TOMBAMENTO (EXISTE)
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2-PRODUÇÃO DE IMAGEM: sugere-se que durante a visita, um aluno faça uma foto
geral do local e outro de um detalhe que chamou atenção, um ângulo que julgue
especial e queira compartilhar com os colegas. Nesta atividade, se possível, contar com
a colaboração do professor de Arte.
Atividade 02
Após a visita:
3-SISTEMATIZAÇÃO (avaliação)
a) Comparar as fotografias produzidas pela equipe durante a visita com outras do
mesmo local em outras épocas. Destacando: as mudanças ocorridas no espaço, as
diferenças entre as fotos no aspecto mais técnico, as finalidades das fotografias (para
que e para quem foram tiradas).
b) Exposição das fotografias e relato dos alunos sobre o que aprenderam a respeito
do lugar visitado destacando sua importância para a história da cidade.
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ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR
- As atividades propostas no caderno Pedagógico, destina – se aos alunos da 8ª
série / 9ª ano, mas poderá ser utilizada com outras turmas, adequando aos
conteúdos.
- Nas atividades pedagógicas cujo suporte didático seja fotografia, é importante
trabalhar com poucas imagens que sejam significativas, causem impacto visual,
tragam informações sobre o tema e gerem questionamentos.
- Torna – se apropriado o trabalho com uma ou duas Fotos, para que possam ser
exploradas com cuidado; fazendo a leitura interna e externa e a verbalização ao
observar a fotografia.
- Informar aos alunos, sobre as Leis referentes aos direitos autorais e a
necessidade de autorização dos proprietários ( fotógrafo / fotografado) para o
uso da fotografia.
- Uma alternativa para o uso de fotografias e imagens em sala de aula, é a
utilização da TV Pendrive para exposição das imagens. Muitas vezes não é
possível utilizar fotos originais.
- Em relação as técnicas da Linguagem fotográfica, convidar um fotógrafo
profissional ou contar com a colaboração do professor de Artes.
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PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO
a) O trabalho com imagens e fotografias proposto no material didático, podem
colaborar para despertar o interesse dos alunos do Ensino Fundamental pelas
aulas de História?
b) O conhecimento do Patrimônio Cultural, colabora para a valorização do passado
e da cultura da cidade?
c) O trabalho com diferentes documentos como as fotografias, favorece a
compreensão de que a História é produzida por todos?
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REFERÊNCIAS
BALHANA, Altiva Pilatti. Um Mazzolino de Fiori, vol.II /org. Cecília Maria Westphalen. Curitiba: Imprensa Oficial, 2003.
BITTENCOURT, Circe M. Fernandes. Ensino de História: Fundamentos e Métodos. São Paulo: Cortez, 2004. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia. Brasilia: MEC, 1997. BRASIL. Constituição do Brasil. Brasília 1998. COLOMBO, Prefeitura Municipal. Secretaira Municipal de Educação, Cultura e Esportes Guia - Histórico Cultural de Colombo. Colombo, 2008. FERNANDES, José Ricardo Oriá. Educação patrimonial e cidadania: uma proposta
alternativa para o ensino de história. In, Revista Brasileira de História, vol.13,nº 25/25 .São Paulo. Ed. Marco Zero. FERRARINI, Sebastião. O Muncípio de Colombo. Curitiba: Champagnat, 1992. FRATINI, Renata. Educação Patrimonial em Arquivos. In, Revista eletrônica do Arquivo Público do Estado de São Paulo, n.34, 2009. HORTA, Maria de Lourdes Parreiras. Educação Patrimonial : O que é educação Patrimonial. Disponível em:< http:// ww.tvebrasil.com.br> acesso em 15 nov. 2010 INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Educação Patrimonial. Disponivel em: < http: //portal.Iphan.gov.br> acesso em: 26.set.2010. KARNAL, Leandro (org.). História na Sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2004. KOSSOY, Boris. Fotografia e História. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001. LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas, São Paulo: UNICAMP, 1996. MAIA, Felícia Assmar. Diretiro à Memória: O patrimonio Histórico, Artístico e Cultural e o Poder Econômico. In, Movendo Idéias, Belém, v.8,n13 p.39 42, jun.2003. MAUAD, Ana Maria. Através da Imagem: fotografia e História Interfaces. In, Tempo, Rio de Janeiro, vol.1, nº2, 1996, p. 73-98. OLIVEIRA, Dennison de. Os Soldados Alemães de Vargas. Curitiba: Juruá, 2010.
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PAIVA, Eduardo França. História e Imagens. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: História. Curitiba: SEED, 2008. SANTOS, Carlos Antunes dos. Vida Material e econômica. Coleção história do Paraná, textos introdutórios. Curitiba: SEED, 2001. SCHIMIDT, M.A., CANIELLI, M. Ensinar História.São Paulo: Scipione, 2004.