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FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Noções Básicas sobre Frações com Apoio Computacional
Autor Marta Ivelina Coradini Corrêa
Escola de Atuação Colégio Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino Fundamental e Médio
Município da escola Cascavel
Núcleo Regional de Educação
Cascavel
Orientador Dr. João Candido Bracarense Costa
Instituição de Ensino Superior
Unioeste - Cascavel
Disciplina/Área (entrada no PDE)
Matemática
Produção Didático-pedagógica
Unidade Didática
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
Não há interdisciplinaridade
Público Alvo
(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)
Alunos de 5ª Série do Ensino Fundamental – Período Vespertino
Localização
(identificar nome e endereço da escola de implementação)
Colégio Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino Fundamental e Médio
Rua: Euclides da Cunha Nº 405 – Parque São Paulo
CEP: 85.803.590
Apresentação:
(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
A utilização da informática em diversos setores da sociedade atual sugere que os profissionais da educação se adaptem a esta realidade, inserindo e fazendo uso da mesma em sua prática, fortalecendo o processo de ensino-aprendizagem. Diante disso, nesta Unidade Didática apresenta-se uma estratégia diversificada e prazerosa de resolver atividades relacionadas ao conteúdo de Fração, envolvendo apoio computacional através das Planilhas Eletrônicas de Cálculo do BrOffice, como uma ferramenta pedagógica útil no trabalho do professor na resolução de diferentes conteúdos escolares, envolvendo a Matemática. Trata-se de um software livre e está disponível nos laboratórios de informática das Escolas Estaduais Paranaenses. As atividades desta unidade serão aplicadas para alunos da 5ª série do ensino fundamental do período vespertino, no laboratório de informática do Colégio Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, Cascavel - PR, com intuito de possibilitar a aprendizagem do estudo em pauta com maior participação estudantil.
Palavras-chave (3 a 5 palavras)
Aprendizagem de matemática; informática na educação; noções básicas de fração.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE
PRODUÇÃO DIDÁTICO - PEDAGÓGICA
MARTA IVELINA CORADINI CORRÊA
CASCAVEL (PR) 2011
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE FRAÇÕES COM APOIO COMPUTACIONAL
Produção didático-pedagógica, Unidade Didática, apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação, sob a orientação do Professor Dr. João Candido Bracarense Costa.
CASCAVEL (PR) 2011
1 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
PROFESSOR PDE
MARTA IVELINA CORADINI CORRÊAÁREA PDE
MATEMÁTICA
NRE
CASCAVEL - PARANÁ
PROFESSOR ORIENTADOR IES
JOÃO CANDIDO BRACARENSE COSTA
IES VINCULADA
UNIOESTE
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO –
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO
5ª SÉRIE DO ENSINO REGULAR
2 - TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE
CONCEPÇÃO SOBRE A MATEMÁTICA DO PONTO DE VISTA COMPUTACIONAL
3 – TÍTULO DA PRODUÇÃO-DIDÁTICO PEDAGÓGICA
NOÇOES BÁSICAS SOBRE FRAÇÕES COM APOIO COMPUTACIONAL
1
SUMÁRIO
1. Introdução ................................................................................................................................... 2
1.1 Noções Básicas sobre Frações ................................................................................................. 2
1.2 Questionando seu dia-a-dia ....................................................................................................... 4
2. Problematização – compreensão em matemática................................................................... 4
3. Objetivos ...................................................................................................................................... 5
3.1 Geral ............................................................................................................................................ 5
3.2 Específicos .................................................................................................................................. 5
4. Fundamentação Teórica ............................................................................................................ 5
4.1 Origem das Frações ................................................................................................................... 6
4.2 Representações das frações dos egípcios ............................................................................... 6
4.3 Tendências Metodológicas ......................................................................................................... 8
5. Conhecendo um pouco sobre Planilhas Eletrônicas (Calc do BrOffice).............................. 10
6. Resultados ................................................................................................................................ 11
6.1 Adição ........................................................................................................................................ 11
6.2 Subtração ................................................................................................................................... 12
6.3 Multiplicação............................................................................................................................... 13
6.4 Divisão ........................................................................................................................................ 14
6.5 Potenciação................................................................................................................................ 15
6.6 Raiz Quadrada .......................................................................................................................... 16
6.7 Representação de número indo arábico em romano ............................................................ 17
6.8 Fórmula condicional SE ........................................................................................................... 18
7. Trabalhando fração planilha eletrônica, com a utilização da fórmula condicional SE. ....... 19
7.1 Representações de fração através da observação das figuras ............................................ 20
7.2 Escrita e leitura de frações ....................................................................................................... 21
7.3 Representação de fração através da escrita ......................................................................... 22
7.4 Interpretação da frase e a representação da fração correspondente .................................. 23
7.5 Classificação das frações em próprias, impróprias e aparentes .......................................... 24
7.6 Representação de números mistos em fração ..................................................................... 25
7.7 Cálculo envolvendo quantidades fracionárias........................................................................ 26
8. Para refletir ................................................................................................................................... 27
Referências....................................................................................................................................... 28
2
1. Introdução
A matemática é um instrumento cotidiano a todas as pessoas e um dos estudos
que mais desperta interesse diz respeito a situações onde o número inteiro não é
suficiente para o trato da informação. Assim, surge a necessidade de elaborar outra
técnica para que as pessoas possam viver em sociedade. A disciplina Matemática
define que esta operação se desenvolve com o conhecimento do estudo de frações.
Educadores diversos têm utilizado aspectos modernos para sugerir um formato de
ministrar aulas visando uma forma mais adequada para o ensino de Matemática, como
por exemplo, buscando um aspecto motivacional para iniciar uma aula, como é o caso
de Toledo et al. (1997, p. 7) ao introduzir a seguinte preocupação: “É um grande
desafio ensinar matemática num mundo eminentemente tecnológico. Qual será a
melhor metodologia?”.
Trabalhar o “conteúdo de fração” requer ao professor muita criatividade ao
elaborar suas aulas, através de estratégias diversificadas, mostrando sua origem e com
exemplos práticos do dia a dia, que muitas vezes usamos e não nos damos conta,
buscando despertar no educando, interesse, participação e melhor compreensão,
desenvolvendo assim uma aprendizagem prazerosa, já que “ele” é visto pelo aluno
como um conteúdo de difícil entendimento.
1.1 Noções Básicas sobre Frações
Salada de frutas
3/4 de um mamão
Figura 01– Salada de frutas
3 laranjas
3 maçãs
6 morangos
3 bananas
3 peras
1/4 de um melão
Suco de (1/2) limão, 1/3 da lata leite
condensado ou 1/5 de litro de groselha
se preferir para adoçar.
Observação: todas as frutas devem ser
cortadas o menor possível.
Fonte: Sorveteria Prof.ª Ivani, Cascavel (PR) 2011.
3
As frutas são fontes de vitaminas e energia para o nosso organismo.
Apesar da correria do dia a dia, as pessoas têm apresentado mudanças em seu hábito
alimentar. As frutas estão mais presentes em seu cardápio. Muitas pessoas já
substituem algum tipo de doce, por uma fruta, trazendo assim grandes benefícios para
a sua saúde. De preferência devem ser ingeridas sempre com o estômago vazio, para
melhor proveito de suas vitaminas. Segundo orientações de nutricionistas, devemos
comer pelo menos três tipos de frutas por dia.
Elas são alimentos que não podem faltar na nossa alimentação, pela energia que elas fornecem e por suas vitaminas. Toda fruta tem uma fonte de vitamina. Além da
energia e vitamina, as frutas também nos fornecem bens medicinais, tem algumas frutas que para um determinado caso, acaba se saindo melhor do que um remédio.1
Algumas frutas e suas vitaminas.
Frutas e suas Vitaminas 2
Abacate: Rico em vitamina E.
Abacaxi: Vitaminas C, B1 e A.
Banana: Vitaminas A, B1, B2 e C.
Laranja: Rica em vitamina C.
Limão: Vitaminas C e complexo B.
Maça: Vitaminas B1 e B2.
Mamão: Vitaminas A, C e do complexo B.
Maracujá: Vitaminas A, C e do complexo B.
1 http://www.acessonews.com/blog/2564/frutas-e-suas-vitaminas/, acesso em 27 de Abril de 2011, ás
13h e 30m. 2 http://www.acessonews.com/blog/2564/frutas-e-suas-vitaminas/, acesso em 27 de Abril de 2011, ás
13h e 30m.
Você sabia que devemos comer pelo
menos três tipos de frutas por dia!
4
Melancia: Vitaminas complexos B, A e C.
Melão: Rico em vitaminas A, C e do complexo B.
Morango: Rico em vitamina C.
Pera: Vitaminas A, C e complexo B. Fonte:
Uva: Vitaminas e complexos B e C.
Procure comer frutas regularmente para manter a saúde em ordem.
Figura 02 – Salada de frutas com
sorvete
Fonte: Sorveteria Prof.ª Ivani, Cascavel (PR) 2011
1.2 Questionando seu dia-a-dia
Em sua casa, que tipo de frutas você e seus familiares costumam consumir
diariamente?
Na receita em relação salada de frutas referente a figura 01, aparecem números
fracionários indicando a quantidade de algum tipo de fruta. Escreva quais são esses
números.
Em que outras situações podemos utilizar os números fracionários?
2. Problematização – compreensão em matemática
Considerando o estudo de fração um conteúdo que gera difícil entendimento na
matemática e mediante necessidade de saber o porquê uma grande maioria dos alunos
em todos os níveis escolares apresenta inúmeros obstáculos quando se deparam com
uma situação para resolver problemas que envolvam frações, é de fundamental
Que tal, salada de frutas com
sorvete!
5
importância o uso de metodologias diversificadas para a melhor compreensão do
conhecimento.
A prática computacional tem favorecido o melhor entendimento e ampliado os
conteúdos proposto, enriquecendo a aprendizagem dos estudantes.
O professor ao se utilizar do computador para trabalhar as frações, além de inovar
suas aulas estará contribuindo no desenvolvimento intelectual e social de seus
educandos, deixando de ser apenas ouvinte passivo das explicações do professor para
ser um elemento ativo, construindo sua própria aprendizagem.
No ensino da matemática, um software educativo pode ser identificado como
material utilizado para fins didáticos. Devido a sua amplitude, nesta unidade didática, o
foco será direcionado apenas na planilha eletrônica diretamente relacionada aos
conteúdos que envolvem frações.
3. Objetivos
3.1 Geral
Construir uma aula diferenciada cujo conteúdo é de noções básicas do estudo de
frações utilizando planilhas eletrônicas de cálculo – software livre.
3.2 Específicos
Identificar e representar as situações em que surgem as frações.
Resolver atividades diversificadas envolvendo frações com o apoio
computacional.
Identificar as dificuldades dos educandos sobre frações, durante as aulas e
também na utilização das planilhas eletrônicas.
4. Fundamentação Teórica
Ao analisar a História da Matemática, o educando tem a possibilidade de saber
que a matemática surgiu mediante necessidades cotidianas dos povos antigos, para
resolver situações problema da época e até hoje, a todo o momento, está presente e
podemos vivenciá-la com exemplos práticos, que nos levam a pensar
matematicamente, percebendo assim sua importância no contexto escolar e na prática
diária.
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4.1 Origem das Frações
As frações já eram conhecidas pelos egípcios há mais de três mil e quinhentos
anos, como comprova o Papiro de Rhind, adquirido pelo colecionador de antiguidades
Henry Rhind, no ano 1858. Com o título Regras para inquirir a natureza e para saber
tudo que existe cada mistério, cada segredo, o papiro foi redigido pelo escriba egípcio
Ahmes.3
A civilização egípcia desenvolveu-se ao longo das margens do rio Nilo.
Todos os anos, de junho a setembro, o nível das águas do rio Nilo começa a
subir, inundando uma vasta região ao longo de suas margens. Depois de baixarem as
águas, as margens do rio ficam cobertas por uma lama, o que torna o solo fértil para o
cultivo.
Nas enchentes anuais, as águas derrubam as demarcações que limitavam as
propriedades de cada agricultor, tornando-se necessário fazer novas medições para
demarcar a superfície do terreno de cada um.
Para fazer as medições, eram utilizadas cordas com vários nós. A distância entre
um nó e outro indicava uma unidade de medida.
As pessoas encarregadas de fazer as medições esticavam as cordas e
verificavam quantas vezes aquela unidade de medida cabia nos lados do terreno.
Porém, por mais adequada que fosse a unidade de medida escolhida não cabia um
número inteiro de vezes nos lados do terreno. Tornou-se então, necessário fracionar a
unidade de medida, ou seja, dividi-la em outras partes. Assim, os egípcios criaram o
número fracionário. (RIBEIRO, 2010, P. 138)
4.2 Representações das frações dos egípcios
Geralmente os egípcios utilizavam frações com numerador igual a 1. Uma
das exceções era a fração 2/3. Veja alguns exemplos:
3 Portal Educacional: www.diaadia.pr.gov.br/DCE2010 Matemática; Google Acadêmico; acesso em 18
de outubro de 2010 às14h30m. http://www.diaadia.pr.gov.br.dce2010/
7
Para representar outras frações, eles utilizavam soma de frações com
numerador igual a 1.
Figura 03 – Representação das frações dos egípcios.
Fonte: Ribeiro (2010, p. 138)
As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de ações na disciplina de Matemática. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação. De posse dos recursos tecnológicos, os estudantes argumentam e conjecturam sobre as atividades com as quais se envolvem na experimentação Borba e Penteado (2001).
É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o
estudante tenha condições de constatar regularidade, generalizações e apropriação de
linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras
áreas do conhecimento.
A importância de novas metodologias no processo de ensino aprendizagem tem sido de muita importância, ocorrência indispensável na elaboração do pensamento lógico, permitindo ao estudante ampliar suas possibilidades de observação e investigação, porque algumas etapas formais do processo construtivo são sintetizadas (D‟AMBRÓSIO e BARROS, 1988).
O trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas formas de ensinar e
aprender e valoriza o processo de produção de conhecimentos.
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Atividades como lápis e papel ou mesmo quadro e giz, para construir gráficos, por
exemplo, se forem feitas com o uso dos computadores, permitem ao estudante ampliar
suas possibilidades de observação e investigação, porque algumas etapas formais do
processo construtivo das sintetizadas (D‟AMBRÓSIO e BARROS, 1988).
4.3 Tendências Metodológicas
No estado do Paraná, após um debate importante de ideias educativas, surgiram
as Diretrizes Curriculares Básicas (DCE) que são o instrumento que orientam a
educação em todo seu domínio. Em particular a Matemática foi organizada em cinco
partes: Dimensão Histórica da Disciplina, Fundamentos Teórico-Metodológicos,
Conteúdos Estruturantes, Encaminhamentos Metodológicos e Avaliação. Tendo como
conteúdos estruturantes da Educação Básica do Ensino Fundamental: Números e
Álgebra; Grandezas e Medidas; Geometrias; Funções e Tratamento da informação.
O direcionamento desse trabalho se reserva ao entendimento dos conteúdos
estruturantes e do encaminhamento metodológico. De posse do Paraná 2008.
“Entende-se por Conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerando fundamentais para a sua compreensão. Constitui-se historicamente e são legitimados nas relações sociais”. (DCE, Matemática, 2008, p.49).
As DCE estimulam a articulação das diversas tendências metodológicas da
educação matemática com vistas a promover a excelência no processo de ensino,
propondo que a abordagem dos conteúdos transite por todas as tendências.
O ensino da Matemática deve ter relação inerente com o conhecimento do aluno
adquirida em seu meio social, para isso deve promover um ensino que valorize o
histórico de vida do educando, bem como suas raízes culturais, a fim de que ele
relacione esses aspectos à aplicação prática e problematizadora do conhecimento
matemático, cientificamente estruturado pelos conteúdos com grau de dificuldades
progressivas a serem ensinados em cada etapa de sua vida escolar.
Em um problema o aluno não dispõe de um método, já no exercício ele poderá
utilizar um método já conhecido. A investigação é um problema em aberto, cabe ao
professor apenas uma introdução oral, para que o aluno entenda o significado de
investigar, assim uma mesma situação poderá tomar rumos diferentes entre os grupos
de alunos e se assim os fizerem, com certeza obterão resultados também diferentes.
9
Na investigação matemática o educando é chamado a agir, a ser o agente ativo e
construtor do processo ensino aprendizagem e não apenas um mero espectador que
apenas reproduz o que lhe foi transmitido. Investigar significa procurar conhecer o que
não se sabe, que é o maior objetivo de toda ação pedagógica, onde o educando possa
ter condições de discutir e argumentar tanto com seus colegas quanto com seus
professores. (DCE, 2008, p.67). Trabalhar com situações-problema permite a
construção de conceitos matemáticos pelo aluno através de situações que estimulam
sua curiosidade matemática. Através de suas experiências com problemas de
naturezas diferentes o aluno interpreta o fenômeno matemático e procura explicá-lo
dentro da concepção da matemática envolvida.
Modelagem matemática são formas de estudar e formalizar fenômenos do dia-a-
dia, traduzindo tais situações para uma linguagem matemática que permita solucioná-
las. Através da Modelagem matemática o aluno se torna mais consciente da utilidade
da matemática para resolver e analisar problemas do cotidiano.
A História da matemática possibilita ao estudante analisar e discutir razões para
aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos. Deve ser o fio condutor
que direciona as explicações dadas aos porquês da Matemática. (DCE, 2008, p.66).
Etnomatemática valoriza a matemática dos diferentes grupos culturais. Propõe-se
uma maior valorização dos conceitos matemáticos informais construídos pelos
educandos através de suas experiências, fora do contexto escolar, ou seja, as
construções conceituais desenvolvidas pelos alunos.
Recorrer à informática sempre que esse recurso possa ajudar na compreensão e
busca de estratégias para atacar os problemas. (LORENZATO, 2010, p. 149 ).
Toledo e Toledo (2002, p. 14 e 15) citam em seu livro que “Acredita-se que
metodologia de trabalho dessa natureza tem o poder de dar ao aluno a autoconfiança
na sua capacidade de criar e fazer matemática”. Com essa abordagem a matemática
deixa de ser um corpo de conhecimentos prontos e simplesmente transmitidos aos
alunos e passa a ser algo em que o aluno faz parte integrante do processo de
construção de seus conceitos. O mais interessante de todas essas propostas é o fato
de que elas se completam, concebendo a educação um sentido mais amplo, no ensino
de matemática, visando ao prazer de aprender, garantindo participação e interesse dos
educandos para um aprendizado mais eficiente e de qualidade.
Dentre todas as tendências, optamos trabalhar com a utilização do computador,
através das planilhas eletrônicas, o conteúdo de Frações.
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5. Conhecendo um pouco sobre Planilhas Eletrônicas (Calc do BrOffice)
Planilha eletrônica4, ou folha de cálculo, é um tipo de programa de computador
que utiliza tabelas para realização de cálculos ou apresentação de dados. Cada tabela
é formada por uma grade composta de linhas e colunas. As colunas são referenciadas
por letras e as linhas por números. A intersecção entre uma coluna e uma linha
determina uma célula, que será referenciada pela coluna e pela linha, nesta ordem. No
exemplo abaixo a célula destacada resulta do encontro da coluna B com a linha dois,
logo é denominada célula B2:
Figura 04 – Exemplo de planilha eletrônica
Fonte: BrOffice org. Calc
4 http://pt.wikipedia.org/wiki/Planilha_eletr%C3%B4nica, acesso em 29 de março de 2011, ás 14h e 25m.
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O nome eletrônica se deve à sua implementação por meio de programas de
computador gratuito que faz parte o BrOffice org. Calc.5 As planilhas, realizadas em
papel, existem há muito tempo, porem foi Dan Dricklin que inventou a primeira planilha
eletrônica, o Visi Calc foi a primeira planilha eletrônica (ou folha de cálculo), lançada
em 1979, muito semelhante ao atual Excel, mas comparativamente parca de recursos.
Porém, era eficiente para a maioria dos computadores da época, realizando quase
todas as atividades principais características das planilhas eletrônicas. Para efetuarmos
os cálculos nas planilhas eletrônicas, usaremos fórmulas, que são instrumentos que
passamos ao Calc sobre como efetuar os cálculos que necessitaremos nas nossas
planilhas. Porém todas as fórmulas devem começar com o sinal de igualdade, para
que o Calc possa diferenciá-las de um texto normal.
6. Resultados
Exemplos de atividades matemática nas Planilhas eletrônicas
6.1 Adição
Observando a figura abaixo. Na célula B8 foi colocado o valor 120. Na célula D8
foi colocado o valor 35. Para adicionarmos esses dois valores, na célula E8, colocamos
a fórmula =B8+D8. Ao pressionar a tecla Enter, realiza-se a operação e exibe o valor
155 na célula E8. Se alterarmos algum dos valores da célula B8 ou D8, ou ambos os
valores da célula E8 será automaticamente recalculado.
5 http://pt.wikipedia.org/wiki/Planilha_eletr%C3%B4nica. Acesso em 29 de março de 2011, ás 14h e
25m.
12
.
Figura 05 - Adição
Fonte: BrOffice org. Calc
6.2 Subtração
Para subtração, o cálculo será semelhante, porém no lugar do sinal mais (+), coloca-se
o sinal menos (-), usando sempre o sinal de igual (=) antes de registrarmos uma célula
menos a outra.
13
6.3 Multiplicação
Na multiplicação o símbolo operador é o “ * ” (asterisco). No exemplo a seguir, a
fórmula =B4*D4 é colocada na célula E4. E ao pressionar a tecla Enter, calcula os
valores da multiplicação contidos nas células B4 e D4.
Figura 06 – Multiplicação
Fonte: BrOffice org. Calc
14
6.4 Divisão
E para a divisão o símbolo utilizado é a barra para a direita “ / “.Veja o exemplo
abaixo, no qual temos um valor, na célula D5, e queremos dividir pelo valor contido em
F5. Então a fórmula que digitamos na célula G5 é /F5. E pressionando Enter, aparece o
resultado da divisão.
Figura 07 – Divisão
Fonte: BrOffice org. Calc
15
6.5 Potenciação
Para Potenciação, utilizamos o circunflexo (^). No exemplo a seguir na célula D8,
coloca 2 que representa a base, na F8 o 5,que é o expoente. Para obter o resultado é
só colocar na célula H8 a fórmula =D8^F8 e pressionar Enter.
Figura 08 – Potenciação
Fonte: BrOffice org. Calc
16
6.6 Raiz Quadrada
Na célula B7, está o número 900 que desejo extrair a raiz coloque na próxima célula,
ou seja, neste exemplo na célula D7 a fórmula =raiz (B7) e pressionando Enter,
aparece o resultado da raiz.
Figura 09 – Raiz Quadrada
Fonte: BrOffice org. Calc
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6.7 Representação de número indo arábico em romano
Observando o exemplo abaixo, na célula F6 está o número 504. Para representa-
lo em número romano, na célula G6 utiliza a fórmula =romano (F6). E ao pressionar e
Enter aparece o resultado.
De acordo com as Tendências Metodológicas das Diretrizes Curriculares do
Estado do Paraná, este exemplo de atividade além de ter aplicabilidade nas Mídias.
Tecnológicas, também está inserido na Etnomatemática, por enfatizar uma cultura
diferente.
Figura 10 – Algarismo romano
Fonte: BrOffice org. Calc
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6.8 Fórmula condicional SE
No exemplo a seguir, utilizaremos a fórmula condicional – SE, em todas as
atividades desta unidade didática para trabalhar frações. Observando a planilha abaixo,
a coluna “E”, está oculta, portanto não aparece, neste exemplo foi preenchida para
mostrar com funciona. Nela está contido o resultado do computador, já na coluna “F”,
aparecem os resultados do aluno, ou seja, essa coluna ficará em branco para o aluno
responder. Nestas duas colunas “E“ e ”F“ o resultado terá que ser igual para que
apareça a “MENSAGEM“ de acerto. Para correção destes resultados, na coluna “G”,
utiliza-se a fórmula =SE(( E7=F7);”PARABÉNS”; ” ”), na célula G7 e pressionado Enter,
se o resultado colocado pelo aluno estiver certo, aparecerá “PARABÉNS”, se estiver
errado, o espaço ficará em branco, como mostra o item “a”. Para o item “b”, o processo
é a mesmo, troca pelas células em que estão os dois resultados, no caso do item „‟b”
(E9=F9), e assim os outros itens, só mudando a célula que se encontra os resultados
do computador e do aluno e todas as planilhas elaboradas com atividades, devem ser
protegidas para que o aluno não possa alterar algum dado registrado pelo professor,
ficando sem proteção somente o espaço em que o aluno deverá utilizar para responder
a atividade. Esta atividade se relaciona com Investigações Matemáticas, a partir de um
simples exercício, poderão surgir vários questionamentos matemáticos, e também
pelas Mídias Tecnológicas, por ser desenvolvido com o auxilio do computador.
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Figura 11 – Porcentagem
Fonte: BrOffice org. Calc
7. Trabalhando fração planilha eletrônica, com a utilização da fórmula
condicional SE.
Nas planilhas a seguir, utilizaremos a “Fórmula Condicional SE” em todas as
atividades de fração desta unidade didática, as quais serão desenvolvidas e aplicadas,
para alunos da 5ª série do ensino fundamental do período vespertino, no laboratório de
informática do Colégio Estadual Marechal Deodoro Castelo Branco – Ensino
Fundamental e Médio. Com intuito de tornar o estudo de fração mais prazeroso.
20
7.1 Representações de fração através da observação das figuras
Figura 12 - Representações de fração
Fonte: BrOffice org. Calc
21
7.2 Escrita e leitura de frações
c
Figura 13 – Escrita de frações
Fonte: BrOffice org. Calc
22
7.3 Representação de fração através da escrita
Figura 14 – Representação de fração
Fonte: BrOffice org. Calc
23
7.4 Interpretação da frase e a representação da fração correspondente
Figura 15 – Representação de fração
Fonte: BrOffice org. Calc
24
7.5 Classificação das frações em próprias, impróprias e aparentes
Figura 16 – Classificação de fração
Fonte: BrOffice org. Calc
25
7.6 Representação de números mistos em fração
Figura 17 – Número Misto
Fonte: BrOffice org. Calc
26
7.7 Cálculo envolvendo quantidades fracionárias
Figura 18 – Calculando fração
Fonte: BrOffice org. Calc
27
Estas são algumas de muitas atividades que podem ser elaboradas com a
utilização das planilhas eletrônicas, que podemos trabalhar com nossos alunos em
qualquer conteúdo proposto no planejamento de ensino. Possibilitando assim uma
aprendizagem prazerosa, através de uma metodologia diversificada em contato com o
computador, despertando maior interesse e participação pelas aulas.
8. Para refletir
Através das pesquisas e leituras para elaboração deste trabalho, muitas frases do
Freire (2002) chamaram minha atenção e gostaria de compartilhar com você professor,
que utilizará este material.
Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de
discriminação. (p. 39).
É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a
próxima prática. (p. 45).
Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores.
(p. 74).
“Programados para aprender” e impossibilitados de viver sem a referência de um
amanhã, onde quer que haja mulheres e homens há sempre o que fazer, há sempre o
que aprender. (p. 94).
Quanto mais solidariedade exista entre o educador e educandos no “trato” deste
espaço, tanto mais possibilidades de aprendizagem democrática se abrem na escola.
(p. 109).
Sou professor (a) a favor da esperança que me anima apesar de tudo. (p. 115).
Sou tão melhor professor (a), então, quanto mais eficazmente consiga provocar o
educando no sentido de que prepare ou refine sua curiosidade, que deve trabalhar com
minha ajuda, com vistas a que produza sua inteligência do objeto ou contato do
conteúdo de que falo. (p. 133).
A prática educativa é tudo isso: afetividade, alegria, capacidade científica, domínio
técnico a serviço da mudança ou lamentavelmente, da permanência do hoje. (p. 161).
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Referências
Referências bibliográficas
BARROSO, Juliane Matsubara. Projeto Araribá Matemática. Editora Moderna. São
Paulo. 2006.
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Outras referências
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2011, ás 14h e 25m.
http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/celsonunes/openoffice006.asp, acesso em 06 de
Abril de 2011, ás 15h 10m.
http://www.acessonews.com/blog/2564/frutas-e-suas-vitaminas/ , acesso em 27 de Abril
de 2011, ás 13h e 30m.