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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Uso das Tecnologias em Sala de Aula nos Processo de Ensino da Escrita em Blog

Autor Sedinéia Azarias

Escola de Atuação Colégio Estadual Dom Bosco

Município da escola Mariluz

Núcleo Regional de Educação Goioerê

Orientador Neil Armstrong Franco de Oliveira

Instituição de Ensino Superior Fecilcam - Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão

Disciplina/Área (entrada no PDE) Língua Portuguesa

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

História.

Público Alvo Alunos da 7ª Série.

Localização Colégio Estadual Dom Bosco, Praça da Liberdade S/N

Apresentação:

A influência das tecnologias na sociedade, tanto nas práticas

sociais, educação, saúde, lazer e pesquisas é fato que nos fascina e

provoca mudanças sociais e culturais. Portanto, faz-se necessário

incluir essa transformação tecnológica no ensino da escrita

possibilitando sua compreensão e produção.

Palavras-chave Bog; aprendizagem; escrita

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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO

ESTADO DO PARANÁ

SEDINÉIA AZARIAS

USO DAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA NOS

PROCESSOS DO ENSINO DA ESCRITA EM BLOG

Campo Mourão

2011

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE

PROFESSOR PDE – TURMA 2010 - 2011

MATERIAL DIDÁTICO

Professora PDE: Sedinéia Azarias

Professor Orientador: Dr Neil Armstrong Franco de Oliveira

IES: FECILCAM – Faculdade de Ciências e Letras de Campo Mourão

Objeto de estudo e intervenção: Uso das tecnologias em sala de aula.

Gênero principal: O gênero blog

Gêneros de apoio: Texto verbal e texto não verbal

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MATERIAL DIDÁTICO

Tema: Blog Gênero Digital

Título: Uso das tecnologias em sala de aula nos processos do ensino da

escrita em blog.

Introdução

O blog, como gênero, digital representa um trabalho para aproximar realidade

educativa e atividades mais relevantes que o docente pode desenvolver no contexto

com os alunos em sala de aula. Pois, se não se compreender aquilo se faz, a prática

pedagógica corre o risco de tornar-se pura reprodução de hábitos existentes.

Nesse projeto, propomos o bom julgamento ilustrado pelo saber e apoiar-se

num senso crítico capaz de apreciar: 1) o que convém fazer; 2) o que é possível e 3)

como fazê-lo dentro de determinadas circunstâncias; para organizar as práticas de

ensino, onde as tecnologias digitais inseridas no sistema educativo, com o propósito

de provocar a reconstrução racional e consciente do conhecimento e a ação dos

alunos como profunda transformação dos modos habituais de aprender e ensinar a

escrita (SACRISTIAN E GÓMEZ, 2000).

Diariamente, participamos de inúmeras e diversas práticas sociais que são

mediadas pela linguagem. Quando se lê e-mails, revistas, jornais, livros, gibis,

propagandas, panfletos; também ao ouvir programação de televisão, de rádio, em

conversas familiares e nas mais variadas situações, produzimos linguagens

múltiplas e discursos. Portanto, nessa prática pedagógica, o aluno vai ler e produzir

textos de vários gêneros que circulam nas diferentes esferas da sociedade. Nesse

sentido, levar o estudante a entrar em contato com um rico universo, podendo

expressar suas opiniões, produzir, demonstrar suas emoções, argumentar nos

temas propostos nas aulas, podendo, ainda, descobrir as possibilidades oferecidas

no estudo da língua materna. Assim, é possível ampliar sua participação no mundo

como cidadão mais crítico e autor de sua própria história. (MARCHETTI,

STRECKER e CLETTO, 2009).

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Nesse sentido, essa prática é pensada para o aluno que é curioso, que gosta

de aprender, de realizar atividades, de trocar idéias com os colegas sobre diversos

assuntos, que se propõe a dar sua opinião e que gosta de trabalhar tanto

individualmente quanto em grupo; também que leve a sério os estudos,

compreendendo o valor deste para sua formação, e que gosta, ainda, de se

descontrair. Essa prática visa, inclusive, possibilitar ao aluno, que é plugado no

mundo, viajar pela palavra lendo, ouvindo e vendo imagens; apreciar uma pintura,

ler quadrinhos e, ao assistir a tevê ou a um vídeo, navegar pela internet, com uma

visão crítica, capaz de questionar, e não só concordar como também discordar e

procurar outros saberes e jovens de outros lugares, para conversar. E, assim,

conduzir o aluno para que transite livremente entre linguagens; e que usa a língua

portuguesa para emitir suas opiniões, dúvidas, desejos, emoções, idéias; e para

receber mensagens, uma vez que tais atividades humanizam o aluno e o conduz ao

gostar de ler, de criar, de rir, de falar, de participar, de discordar, de debater e de

escrever. Enfim, para que o aprendiz aprimore sua capacidade em interagir com as

pessoas e o mundo onde vivem. (CEREJA e MAGALHÃES, 2009).

Ainda segundo os mesmos autores, Cereja e Magalhães, língua passa por

constantes transformações ao longo do tempo e o que acontece com sua passagem

sempre intriga o ser humano, mas é a escrita que é sempre registrada sobre uma

superfície concreta, inicialmente os seres humanos utilizaram as paredes das

cavernas para seus registros, sendo estas os primeiros suportes, portadores das

representações e mensagens. Lembrando que é via texto que o aluno interage com

ele mesmo, como outro, e com o grupo, as atividades que propomos para o

desenvolvimento da escrita são bem diferenciadas: ora o aluno a realiza sozinho,

ora em dupla; ora em grupo, ora com participação de todos os alunos da sala; e,

para chegar ao resultado final, será necessário que utilize diferentes linguagens e os

meios de comunicação mais avançadas que existem nos dias de hoje – o

computador e a internet, que já estão à disposição de estudantes, professores e do

mundo de forma geral.

Esse estudo justifica-se pela possibilidade de orientar, nos processo

educacional de língua portuguesa, no estudo da linguagem, a implementação de

uma abordagem pedagógica fundamentada na teoria Histórico Cultural, que viabiliza

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a elaboração da escrita no gênero digital blog pelos estudantes do Ensino

Fundamental.

Partindo desse conteúdo, trabalhado na 7ª série do Ensino Fundamental do

Colégio Estadual Dom Bosco, de Mariluz-PR, esperamos despertar o interesse dos

alunos em conhecer – ou reconhecer – e atuar no gênero blog por meio dos

conhecimentos prévios necessários, elaboração de leituras e situações de escrita de

textos e postagem em blog criado para esse fim de leitura, escrita e interação dos

alunos de processos interpessoais de significação, fazendo uso do proposto método

dialético. Por isso, lançamos mão do pensamento histórico-cultural de Lev

Semynovich Vygotsky, com o objetivo de compreender a complexidade que

acontece na produção dos conceitos científicos próprios da sala de aula.

Entendendo que antes da produção da escrita ocorre a necessidade de

pensar, refletir, analisar, ler e estabelecer determinadas relações entre a linguagem,

o pensamento e a ação é pouco percebida nos alunos nos decorrer das aulas, uma

vez que nem todos demonstram a qualidade e a quantidade do que já tem se

apropriado. E, pressupondo-se as inúmeras implicações como a metodologia do

professor, bem como as ações didático-pedagógicas praticadas, que às vezes não

estimulam nem o gosto e nem o interesse em aprender dos alunos, ressaltamos o

olhar de Vygotsky (1987) para a aprendizagem, entendida como um processo de

reestruturação de conceitos, desenvolvida após as conexões entre os

conhecimentos já adquiridos. Esse fenômeno acontece com a participação

colaborativa e por associação, confiando os processos de ensino como um eixo

importante na aquisição dos conceitos científicos. Assim, para Vygotsky (1987), o

desenvolvimento desses conceitos científicos apresenta um diferente percurso do

desenvolvimento espontâneo de modo que, para a tal apropriação, requerem-se a

instrução, o processo de ensino e a própria intervenção do professor. A escola, por

sua vez, é o lugar de intervenção pedagógica intencional e que se dedica ao

processo de ensino e de aprendizagem, onde o professor desempenha o importante

papel de contribuir para avanços significativos no desenvolvimento tanto intelectual

quanto geral dos estudantes.

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As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná – DCEs (2008) propõem que

a educação seja repensada com ênfase no conhecimento do cotidiano de cada

comunidade e da escola à qual o aluno pertence. Revendo os conceitos e as

expectativas atuais do mundo, para reorganizar o contexto do cotidiano escolar,

considerando interesses comuns e relevantes a essa mesma sociedade. É nesse

caso que o pensamento de Vygotsky (1987) vem a calhar, pois considera o ser

humano como sendo “um ser social e histórico”, que precisa desenvolver seu estado

de consciência para realizar sua participação em sua sociedade.

Assim, considera-se que a inserção das tecnologias digitais nos processos

educativos, para o ensino da escrita, proposta nas diretrizes curriculares e

destinadas às escolas, atualmente, representa papel de importante auxilio, senão de

revolução nos métodos pedagógicos onde a escola é quem busca acompanhar o

desenvolvimento social nesse campo, e onde já deveria estar à frente, abrindo

caminhos. Portanto, ao possibilitar um ambiente interativo com trocas de significados

entre professor e alunos, Candau (1987, p. 13) considera que “o ensino

aprendizagem é um processo em que está sempre presente, de forma direta ou

indireta, o relacionamento humano”. E incentivar os alunos para a utilização das

ferramentas digitais, na aprendizagem e no desenvolvimento intelectual dos

mesmos, é papel essencial do professor.

Segundo Bakhtin (1992, p. 289), “todo enunciado é um elo na cadeia da

comunicação discursiva. É a posição do falante nesse ou naquele campo do objeto

de sentido.” Nesse sentido, para as DCEs de Língua Portuguesa (2008, p 56), a

produção escrita possibilita que o sujeito se posicione, tenha voz em seu texto,

interagindo com as práticas de linguagem da sociedade. O importante, aqui, como

professor, é desenvolver uma prática de escrita escolar que tenha uma finalidade e

destinatários.

Sendo criado um blog – que é o

“http://www.pdesedineiaazarias.blogspot.com/”, com a finalidade de desenvolver a

prática do professor no Projeto de Desenvolvimento Educacional – PDE, com o

propósito de utilizar a ferramenta das tecnologias digitais no trabalho pedagógico do

ensino da linguagem para produzir a escrita do aluno em sala de aula e a postagem

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no blog para leitura e interação, pois, assim, podem registrar seus comentários

pertinente ao texto do colega, da própria sala da 7ª série D, do Colégio Estadual

Dom Bosco, podendo outros alunos, colegas, professores e pais interagirem,

deixando seus comentários na página do blog.

Texto Verbal – 1 - Blog

A Internet, um novo veículo de comunicação e informação, tem possibilitado o

aparecimento de novos gêneros textuais. São exemplos desses novos gêneros o e-

mail, o diálogo virtual nas salas de bate-papo, o texto de opinião nos fóruns de

discussão da Internet e, mais recentemente, o blog.

Veja o comentário que a revista Aprenda sem professor – Crie seu blog, (nº 1)

faz a respeito dos blogs: Com o surgimento dos weblogs, popularmente conhecidos

como blogs, os diários eletrônicos, a net abriu as portas para milhares de anônimos

que começam a chamar a atenção das pessoas, ao esmiuçarem seus cotidianos,

criticar filmes ou simplesmente bater papo.

O blog guarda grandes semelhanças com o velho diário de papel, com a

diferença de que, em vez de lápis e folhas em branco, o usuário tem um

computador, teclado, mouse, monitor e acesso a internet. A contradição é que, ao

mesmo tempo, o blog não está envolvido naquele famoso código de segredo

absoluto: ele é publicado on line para quem quiser ler.

Aliás, o fluxo constante de gente interessada em saber da vida de cicrano ou

de fulano é o que mantém a página em andamento e dá graça à coisa toda, porque

normalmente um diário eletrônico sem visitas é o mesmo que um livro parado na

prateleira.

Sabendo que muitas pessoas podem ler seus textos, o mais provável é que o

autor do blog não se sinta tão à vontade para escrever tudo aquilo que escreveria

num momento de intimidade, com lápis e papel na mão.

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Já existe também o blog de grupos ou blogs comunitários, nos quais todos os

membros do grupo podem editar os textos e participar ativamente como autores.

Existem vários sites e provedores de Internet que explicam, passo a passo,

como montar um blog.

Eis algumas sugestões:

- www.weblogger.com

- www.blog.uol.com.br

- www.blogger.com

- www.blig.com.br

Fonte: (CEREJA e MAGALHÃES, 2009, p. 167 – 168 – 6º ano)

INTERTEXTUALIDADE

BLOG: O PLANO GERAL DOS TEXTOS

O plano geral “refere-se à organização do conjunto que compreende o

conteúdo temático; mostra-se visível no processo da leitura e pode ser codificado

num resumo.” (BRONCARTE, 1999, P.120).

Essa estrutura do texto pode assumir formas diferentes de complexidade, há

casos em que apresenta um plano fixo, é o caso de gêneros textuais já consagrados

como tal, em outros casos, o texto pode apresentar um plano ocasional, que

apresenta modificações de reestruturação, que se modifica conforme as exigências

do momento da ação de comunicação.

Broncarte (1999) afirma que o plano geral do texto pode ter formas muito

diferentes, não só porque varia dependendo do gênero escolhido, e estes são de

número ilimitado, mas também porque os textos apresentam inúmeros fatores que

os tornam únicos, como o tamanho, o conteúdo temático, condições de produção

entre outros.

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Pela densidade e variedade dos planos globais dos textos, o autor afirma que

os tipos de discursos e as formas de planificação são as dimensões que mais pesam

na infra-estrutura.

Na infra-estrutura geral do texto, Broncarte (1997/2003,p.120) localiza o plano

geral referindo-se a ele como sendo “a organização do conteúdo temático que se

mostra visível na leitura e é decodificável em um resumo”.

Em relação ao gênero blog, o plano geral se apresenta assim:

a- No cabeçalho é apresentado o nome do blog.

b- As laterais são usadas, em geral, para mostrar o perfil do dono do blog e

seus contatos e, ainda, arquivos de textos e fotos já publicadas, além de

endereços e comentários recomendados pelo blogueiro.

c- O texto que se apresenta vem acompanhado de assinatura, data e horário

em que foi escrito. O dono do blog coloca também atalhos para que o

leitor possa encontrar outros textos com o mesmo tema, ou aos quais o

texto principal faz alusão.

d- Há um espaço para que o leitor do blog deixe seu comentário.

Os blogs podem apresentar muitos desenhos, figuras, letras animadas, inúmeros

tipos de recursos são oferecidos aos bloggers, e estão ao alcance de todos os que

procuram um site para a construção de seu próprio blog.

Os temas encontrados nos blogs são tão diversos quanto o horizonte ideológico dos

autores: tudo depende da faixa etária do blogger e da intenção que ele teve ao criar

seu blog. Para alguns é mais uma forma de expressar-se, de desvelar-se diante de

um destinatário virtual; para outros, é uma forma de diversão sem maiores

conseqüências; para outros, é uma ferramenta de trabalho e um espaço a mais para

reflexões e diversões.

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A seguir, apresentamos esquematicamente o plano textual de um blog.

LINKS PATROCINADORES E/OU ESPAÇO PARA PROPAGANDAS

TÍTULOS DO BLOG OU FRASE DE EFEITO

LINKS PARA FOTOS POSTADAS PELO BLOGUEIRO

INFORMAÇÕES PESSOIAS DO BLOGUEIRO

LINKS PARA SITES FAVORITOS

ESPAÇO PARA A POSTAGEM DE FOTOS

ESPAÇO PARA A POSTAGEM DE TEXTOS

ESPAÇO PARA A POSTAGEM DE COMENTÁRIOS DE OUTRAS PESSOAS

Como afirma Marcuschi (2004, p. 33) uma das características principais dos

gêneros digitais é a alta interatividade que se faz presente através dos inúmeros

recursos de escrita presentes nas páginas dos provedores utilizados na criação das

páginas pessoais.

Tais recursos mostram a postura dos blogeiros no momento da produção, e

podem, numa análise mais profunda, estar caracterizando a personalidade do

autor/dono da página. Caiado, 2007 (apud Araújo,2006) afirma que o cyberespaço

confirma hoje uma nova era, a Era da Informática, das inúmeras janelas abertas, da

hipertextualidade, do diário virtual, de uma nova sociabilidade pela qual o sujeito

dialógico (BAKHTIN, 1992) interage, promovendo teias e redes de relações

humanas.

Concordamos com Marcuschi (2004, p. 14) quando afirma que “uma

etnografia da internet é de grande relevância para entender os hábitos sociais e

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lingüísticos das novas tribos da imensa rede mundial, que vem se avolumando e

diversificando a cada dia. (FÉLIS, 2008, P. 66-71).

PARA COMPREENDER O TEXTO

• Solicitar aos alunos que façam leituras com os colegas, visitando sites

educativos na internet.

• Seleção de imagens diversas, com referência ao tema do texto.

• Escrita. Produção de textos pelos alunos.

• A avaliação se dá pela intervenção do professor, orientando a reescrita.

• O texto será postado no blog;

• Os colegas deverão fazer a leitura dos textos postados no blog da

turma;

• Os alunos deverão fazer comentários, interagir, questionar e opinar

sobre os textos postados pelos colegas.

Atividade de apoio ao Estudo do texto - 1.

A leitura

É papel do professor educar para a sociedade atual e isso requer um trabalho

que não pode ficar preso apenas à transmissão de conhecimentos. É papel da

escola oferecer aos alunos as ferramentas necessárias para compreender e

selecionar informações presentes no mundo moderno, para construir a autonomia de

sua formação.

A leitura do texto possibilita que o aluno entre em contato com a linguagem,

com o vocabulário e com as funções das tecnologias digitais.

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A construção de sentido do texto é o trabalho realizado pelo professor e aluno

para decifrar informações textuais. Para tanto, há conhecimentos que devem ser

mobilizados durante o processo da leitura e compartilhados pelo professor durante

as atividades de leitura.

A escrita

Para produzir o texto escrito, após a leitura e o que, nesse caso, conforme

Mikhail Bakhtin, consideraremos que todo texto é organizado em um gênero.

Gêneros são formas relativamente estáveis de texto, disponíveis na cultura em

diferentes momentos históricos e se caracterizam por possuírem conteúdo temático

específico, organização composicional característica e recursos estilísticos próprios.

Considerando a diversidade presente, o trabalho apresentado nessa

sequência prioriza textos organizados em diferentes gêneros, procurando valorizar

no aluno sua capacidade linguística, sua leitura, sua escuta e sua produção de

escrita.

Após o momento de os alunos escreverem seus textos, os mesmos serão

lidos pelo professor, que fará a correção; em seguida, serão postados no blog.

As Reflexões Lingüísticas

Nesse ensino de língua materna, o aluno será conduzido pelo professor à

reflexões sobre a linguagem e sobre o conhecimento linguístico que ocorre tanto no

discurso quanto na gramática do texto no blog. Os recursos linguísticos utilizados na

produção dos textos e os efeitos de sentidos provocados por esse uso,

considerando os aspectos do texto para estudar-lhes os sentidos.

- O trabalho Com a Linguagem Oral

Nessa prática pedagógica, realizaremos, também, o trabalho com a

linguagem oral, considerando importantes recursos que podem ser utilizados e

valorizaremos a argumentação oral em debate sobre o tema proposto no texto blog.

Os alunos poderão falar sobre seus conhecimentos em tecnologias digitais e sobre

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suas atividades e experiências com a Internet. Trocando conhecimentos e tirando

dúvidas para aprender mais. Questionar mais e despertar o interesse dos alunos.

A Avaliação do Processo de Escrita

No processo de avaliação da escrita, é importante verificar o conhecimento

efetivamente adquirido pelos alunos. Quanto à produção do texto, a professora pode

verificar pelas postagens no blog. Em relação ao conteúdo, os próprios alunos que

leem os textos uns dos outros e apresentam questionamentos sobre o modo como

os assuntos foram abordados, discordando ou mesmo concordando com o texto do

colega.

Texto: O Blog

Atividades de Estudos

OBJETIVOS

a) Reconhecer as diversas representações da realidade da escrita em blogs.

b) Conhecer a escrita em blog.

c) Refletir sobre a influência da linguagem dos blogs na constituição da escrita

para aquisição do conhecimento.

CONTEÚDOS

-Produção de escrita em blog, a partir de tema sugerido pela professora, no

texto apresentado.

TEMPO ESTIMADO

-Trinta e duas aulas.

MATERIAL NECESSÁRIO

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- Caderno, lápis, dicionário, livros diversos, textos para leitura, imagens,

computador com acesso a Internet.

FLEXIBILIZAÇÃO

Textos similares como suporte.

DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO

1ª ETAPA.

Para avaliar o que os alunos sabem sobre o tema do texto proposto pela

professora, iniciar um diálogo para que todos participem e troquem experiências.

2ª ETAPA

Indicar a leitura do texto aos alunos e, com base nesse material, discutir sobre

quais são as visões similares e quais são as mais diversificadas.

Estimular o debate com os alunos.

3ª ETAPA

Pedir aos alunos que pesquisem diversos textos sobre o mesmo tema e

analisem seus conteúdos.

Levá-los a identificar os vários elementos representados:

Qual a relação existente entre as informações disponíveis?

Pedir que comparem e respondam:

A minha visão de mundo tem relação com o texto lido? Por quê?

4ª ETAPA

Propor que os alunos busquem no texto outras informações que ainda não

tenham sido analisadas na etapa anterior.

Cada aluno deve relacioná-las e partilhá-la com a turma, evitando as escolhas

repetidas.

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Lugares, regiões desconhecidas e vocabulários que devam ser pesquisados

no dicionário para melhor compreensão do texto, porém o vocabulário poderá ser

estudado ainda em forma de jogos didáticos e atividades diversas com os alunos.

Como essas informações se relacionam com o texto para complementar o

seu sentido?

PRODUÇÃO

Propor que os alunos analisem os estudos do texto e discutam entre si,

partilhando seus pontos de vista. Perguntar o que as informações nos dizem sobre a

realidade.

A intenção é que utilizem o conhecimento que já adquiriram com a análise do

texto.

A produção de texto escrito em blog tem como objetivo que cada aluno

produza seu texto a partir de um olhar pessoal por um ângulo diferente da realidade.

Texto verbal - 2

Para refletir sobre o bulling na escola

Bulling:

Quem é o responsável pelo aluno agressor? E pela vítima?

Quem deve corrigir?

Quem deve punir?

Quem deve proteger?

Como agir?

Quem tem autoridade para agir com o aluno?

• É a Escola?

• É o Estado?

• É a família?

Lembrando que: quem tem a autoridade, também tem a responsabilidade.

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Tais questionamentos implicam nas preocupações de todo o trabalho

pedagógico no ambiente escolar, que envolve tantas pessoas em diversas

situações.

O PERCURSO

Antes da leitura do texto Bulling na escola:

1) Levantar hipóteses.

2) Formular outras hipóteses.

3) Fazer os ajustes necessários.

4) Ler as linhas, as entrelinhas e além das linhas.

TEXTO - BULLING O bulling é um fenômeno que ocorre por todo o mundo em escolas e espaços

de aglomeração de pessoas. Por isso, os professores necessitam avançar na

compreensão deste fenômeno, saber identificá-lo e conhecer formas de prevenção

e intervenção que vêm sendo adotadas atualmente. Os pais, professores e alunos

devem se apropriar dos conhecimentos acerca do tema para juntos desenvolver

ações e criar um ambiente onde todos sejam respeitados como cidadãos de fato.

Para falarmos sobre bulling é necessário definirmos violência que segundo a

OMS (Organização Mundial de Saúde). “violência é: Uso internacional da força física

e do poder real ou em ameaça contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um

grupo ou uma comunidade, que resulte em lesão, morte, dano psicológico, etc.

Em muitos países o termo bulling é adotado para definir o desejo consciente e

deliberado de maltratar uma outra pessoa e colocá-la sob tensão. Essa violência

velada é um mal que deve ser combatido por todas as pessoas que estão direta ou

indiretamente ligadas aos espaços de aglomeração de pessoas principalmente de

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crianças e adolescentes, nas escolas um dos espaços de maior índice de bulling

segundo pesquisas.

Os educadores precisam compreender que uma das prováveis causas da

violência escolar tem inicio nas brincadeiras de crianças, que os mesmos, na maioria

das vezes entendem por coisa da idade.

A mídia, principalmente a TV, tem mostrado o clima aterrorizador que assola as

escolas causando pânico nos alunos, professores e pais, o que provoca muitas

vezes a evasão escolar dos alunos, para livrar-se dos maus tratos.

O bulling surgiu justamente com a escola, no entanto na atual sociedade toma

porções avassaladoras, não só na relação aluno/aluno, mas também professor/aluno

e professor/ professor enfim o bulling está presente na escola o tempo todo, todos

os dias e todas as horas. Diante disso torna-se urgente um repensar sobre o

assunto e este repensar deve ser feito por todos, professores, diretores,

funcionários, pais, alunos e comunidade que deverão discutir o assunto,

compreendendo que essa prática abominável está mais presente do que às vezes

conseguimos visualizar e que podem causar danos irreparáveis às vítimas.

As escolas devem apropriar-se de conhecimentos a respeito do tema, saber

como diagnosticar e enfrentar tal problemática é de suma importância para romper

com esta violência que permeia o ambiente escolar, e que atualmente vem

crescendo diante de nossos olhos provocando medo e insegurança na sociedade

em geral que diante da ignorância a respeito do tema não compreendem o atual

cenário de violência.

Educadores e pais devem ter conhecimento que crianças sem limites e sem

afetividade tem uma grande probabilidade de se tornar alunos perpetrador de

bulling, adulto violento e desestruturado. Quebrar esse ciclo na escola é revolucionar

a sociedade.

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A mídia nos mostra diariamente o clima aterrorizante que assola as escolas

provocando pânico nos alunos, pais, professores, e este clima acaba muitas vezes

provocando aversão nos alunos vitimizados.

O artigo 5, º da constituição federal de 1988 e o artigo 17 do ECA – Estatuto da

Criança e do Adolescente, diz que:

Art. 5 – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade

do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, e à propriedade.

Art. 17 – O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física,

psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da

imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e

objetos pessoais.

Bullies, significa agressor e apresenta essas características:

- São negativos e agressivos;

- Apresentam atitudes repetidas;

- Há desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas (agressor e agredido).

- São líderes e sentem prazer em mostrar poder;

- São valentões;

- Apresentam autoritarismo;

- São preconceituosos;

- Não tem habilidades sociais;

- Ressentidos, invejosos, raivosos, hostis,

- Geralmente há falta de afeto na família.

Os efeitos causados pelo bulling podem ser esses: Depressão, stress,

ansiedade, doenças gástricas, dores diversas, medo de demonstrar alguma emoção

e até tornar um agressor também.

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Nesse sentido, Chalita (2008) nos afirma que: “A violência e a injustiça são

problemas de todos. Quem permite a violência contra o outro, está implicitamente,

aceitando a violência contra si mesmo.” Ao dar atenção a essa reflexão, se verá que

a sociedade é o resultado das atitudes de cada um de seus membros, como as

relações desestruturadas que ocorre na juventude, na formação de valores e de

caráter, irão refletir ao longo da vida dos alunos.

BASTOS, M. A. In: http://bullyingviolenciavelada.blogspot.com/ - acessado em 11/08/2011 (texto adaptado)

A memória do leitor

Os conceitos presentes no texto sobre o Bulling evocam uma cadeia de

conhecimentos na memória do leitor, além do que os alunos tem a convivência diária

na escola com esse tema.

INTERTEXTUALIDADE

A intertextualidade é procedimento indispensável a uma leitura mais profunda,

pois é uma modalidade que considera não somente o texto em si, mas outros textos

com os quais o texto atual mantém relações, sejam eles verbais ou não verbais.

Essa abordagem, que considera o texto em suas relações mais amplas, só foi

possível com o legado de Tynianov (1971) e de Bakthin (1992). Segundo essa

perspectiva, chegam-se a novas conclusões sobre as ligações entre os textos. Para

Bakthin, o princípio dialógico é visto como essencial a toda linguagem.

A intertextualidade ocorre quando há incorporação de um texto em outro,

sendo que o intertexto serve para ilustrar a importância do conhecimento de mundo

e como este interfere no nível de compreensão de textos.

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TEXTO

PROJETO DE LEI Nº. 6.481/09 DE 2009

Art. 3º Entende-se por "bullying" a prática de atos de violência física ou

psicológica, de modo intencional e repetitivo, exercida por indivíduo ou grupos de

indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de constranger, intimidar,

agredir, causar dor, angústia ou humilhação à vítima, tais como:

I – promover a exclusão de aluno do grupo social;

II – injuriar, difamar ou caluniar;

III – subtrair coisa alheia para humilhar;

IV – perseguir;

V – discriminar;

VI – amedrontar;

VII – destroçar pertences;

VIII – instigar ou praticar atos violentos, inclusive utilizando-se de meios tecnológicos

e ambientes virtuais.

Projeto de lei 01-0069/2009 do Vereador Gabriel Chalita.

(

Atividades de Estudo – 5

-Fazer a leitura do texto com os alunos

-Como esse texto significa. É transparente?

-Qual a ideologia presente no texto?

-Fazer a analogia com fatos atuais próximos ou acessíveis aos alunos.

(Considerar notícias atualizadas)

-Escrita. Partindo do tema estudado, o Bulling na escola.

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Texto verbal - 3

Poesia

A Rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças

Mudas telepáticas

Pensem nas meninas

Cegas inexatas

Pensem nas mulheres

Rotas alteradas

Pensem nas feridas

Como rosas cálidas

Mas, oh, não se esqueçam

Da rosa da rosa

Da rosa de Hiroshima

A rosa hereditária

A rosa radioativa

Estúpida e inválida

A rosa com cirrose

A anti-rosa atômica

Sem cor sem perfume

Sem rosa, sem nada

Vinícios de Moraes. In: Ítalo Moriconi (Org.) Os cem melhores poemas brasileiros do

século – Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 147

Atividade de apoio ao Estudo do texto – 3

- A leitura do texto A Rosa de Hiroshima.

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Esse texto é um poema de cunho social do poeta brasileiro Vinicius de

Moraes, (1913-1980) que, abordada numa linguagem de requinte, as consequências

dramáticas e horríveis provocadas pela explosão da bomba atômica lançada pelo

EUA sobre a cidade japonesa de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, durante a

segunda Guerra Mundial, e a bomba causou a morte de mais de 260 mil pessoas

como também seqüelas em todos que sofreram contato com a radioatividade. A

leitura do poema é feita com os alunos com esse novo olhar. Quanto ao gênero da

poesia é observado que a metáfora estabelece posição de igualdade com a omissão

da partícula comparativa, que no caso a palavra bomba não é a explícita no poema,

porém sua idéia é totalmente transferida para o substantivo rosa na expressão

desde o início, no título “rosa de Hiroshima”. Contudo, há uma oposição na metáfora

que envolve a palavra “rosa” que é associada à beleza da flor na própria natureza;

por outro lado, a bomba é referente à violência, destruição, guerra, morte. Essa fala,

deve ser comentada com os alunos com o objetivo de transmitir um sentido mais

amplo ao interlocutor.

Essa atividade propicia, também, um aprimoramento de habilidades de leitura

e escrita, ao mesmo tempo em que leva o aluno a refletir sobre problemas do Brasil

e do mundo, tais como: desigualdades sociais, fome, desemprego, relação ser

humano x meio ambiente, ser humano x ser humano etc. Essa leitura de texto, de

mundo, tem a finalidade de chamar a atenção dos alunos para temas atuais,

motivando-os a pensar em soluções para salvaguardar o presente e o futuro do

planeta e do ser humano.

Para isso, a importância de fazer os alunos observarem a intencionalidade do

autor ao fazer uso do tema que envolve interesses culturais e propicia formas

distintas de interpretar um fato e questioná-lo. Destacar ao aluno que a tolerância e

o diálogo são os melhores meios de se resolver os desentendimentos entre as

pessoas e entre as nações.

Numa leitura crítica do texto com os alunos, vale utilizar outras vozes, que são

incorporadas ao texto, declarações e informações de diversos autores, para

sustentar e dar força à fala do autor, na poesia A Rosa de Hiroshima, que é definida

ao abordar situações relacionadas à organização da sociedade, sobre as quais o

poeta, em geral, procura expor seu ponto de vista: indignação, revolta, tristeza etc.

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E, quanto a isso, o leitor competente lê procurando sentidos, emoções,

intenções, ditos e pressupostos.

Atividades de Estudo – 4

- Fazer leitura do texto juntamente com os alunos;

- Pesquisar sobre o tema em sites educativos na internet;

- Selecionar outros textos e imagens referentes a esse tema;

- Análise dessa realidade contada em versos por Vinícius de Moraes no

século passado, sobre a guerra, a bomba atômica e seus horrores.

- Questionar se essa realidade ainda é atual, se está presente nos dias de

hoje. O que mudou ou não nesse novo milênio?

- Que situações atuais ocorreram no Japão, semelhantes a essa do poema de

Vinícius de Moraes? (Comente, citando exemplo recente de radiação).

- Que males a radiação pode causar às pessoas e ao meio ambiente?

- Aparelhos como o celular, microondas etc. transmitem radiação.

Pesquise e comente sobre isso.

INTERDISCIPLINARIDADE

A interdisciplinaridade será realizada com a disciplina de História, pois a

poesia A Rosa de Hiroshima se refere à segunda Guerra Mundial, que é conteúdo

dessa disciplina.

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Atividade de estudo

1- Pesquise quais são os países que motivaram a segunda Guerra Mundial.

2- Em que ano ocorreu a Segunda Guerra Mundial?

3- Quais conseqüências essa guerra trouxe para a humanidade?

4- Qual país lançou a bomba atômica sobre o Japão?

5- Quais cidades do Japão foram alvo da bomba atômica?

6- Quais acontecimentos atuais assolaram o Japão nesse ano e e que relação

há entre o terror da bomba atômica e esses acontecimentos?

Uma breve reflexão - Texto não verbal

“A escrita apresenta elementos significativos próprios, ausentes da fala, tais

como o tamanho e tipo de letras, cores e formatos, elementos pictóricos que operam

como gestos, mímica é graficamente representados” (MARCUSCHI, 2005, p. 17).

Considerando as peculiaridades do texto não verbal, o ato de ler corresponde

a uma interação entre autor/obra/leitor. A leitura é compreendida como um ato

dialógico, como afirma Bakhtin (1992), que envolve demandas sociais, políticas,

históricas, econômicas, pedagógicas, pessoais, ideológicas de um determinado

tempo. Ao ler o texto verbal e o não verbal, a pessoa resgata de sua memória, suas

experiências, os seus conhecimentos acumulados sobre a família, religião, cultura,

enfim todas as vezes que o constitui, para ler, compreender tal texto.

Nesse sentido, Oliveira (2009) afirma que: “[...] aluno em sala não pode ser

tratado como leitor comum. Este já se habituou à recepção informativa dos meios de

comunicação. Ainda, para Oliveira (2009), a história do LD de Língua portuguesa

nos mostra que só há pouco mais de duas décadas os gêneros da imprensa passam

a fazer parte dos manuais didáticos, antes formados por verdadeiras antologias de

textos literários. As notícias reportagens editoriais,artigos de opinião, entrevistas,

charges etc são alguns dos gêneros jornalísticos que começas a freqüentar a sala

de aula a partir do livro didático, das apostilas, dos próprios jornais e revistas

levados por professores, não só de Língua Portuguesa, como também de outras

disciplinas. Contudo, hoje essa presença é notória, legitimada por documentos,

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como os PCN, e por estudiosos e professores que sinalizam para a necessidade do

tratamento da diversidade de textos em sala de aula. Daí, vendo a linguagem como

algo concreto, fruto da interação entre os sujeitos em sociedade, não só inspirou

pesquisadores e professores preocupados com o ensino da Língua Portuguesa,

como também vem se solidificando com uma nova de encarar o texto na escola, no

trabalho com a leitura, escrita e análise lingüística. Mesmo assim, fazemos ressalvas

quanto a abordagem dos gêneros principalmente a partir da concepção bakhtiniana

de linguagem e gêneros discursivos, que trata os enunciados não apenas nos seus

aspectos verbais, mas leva em consideração todo processo de produção, circulação

e recepção, nos diversos campos da linguagem. É certo que grande parte do

repertório dos gêneros utilizados pela escola vem do campo jornalístico que,

atende as necessidades do meio em que circulam, (re)produzindo discursos dos

diferentes momentos sócio-históricos e ideológicos. Contudo, uma transposição

didática de textos que circulam socialmente requer reparos dos vários sujeitos que

compõem o sistema de ensino.

Na seqüência

Para pensar e buscar as informações no texto não verbal.

- Quais conhecimentos são necessários para compreender o texto não

verbal?

- Que reflexões provocam o texto não verbal aqui apresentado?

- Quais sentidos e emoções essas imagens provocam em você?

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Texto Não verbal – 4

Imagem 1

1- Será que há apenas uma forma de comunicação entre as pessoas?

2- Será que uma obra de arte ou uma pintura também pode nos falar alguma

coisa?

O NASCIMENTO DO HOMEM

3- A pintura feita por Michelangelo, A Criação do Homem, reproduz Deus,

Adão e os anjos. Observe a pintura e identifique-os.

4- Por que Michelangelo quis retratar a criação dessa forma?

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Imagem 2

A ÚLTIMA CEIA

1- Observe a pintura feita por Leonardo da Vinci, A Última Ceia, e faça uma

relação do número de seus personagens, com os personagens de A Criação do

Homem, de Michelangelo.

2-Nessa pintura Jesus está ao centro. O que Ele representa como:

- Alimento espiritual?

- Alimento para o corpo?

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Imagem 3

O LAVRADOR DE CAFÉ

1- Observe e identifique os elementos que há no quadro O Lavrador de café,

de Portinari.

2- Em que plano aparece o homem no quadro e como ele se apresenta?

3 – Em O Lavrador de Café, o que representa ;

- O personagem ?

- O trabalho do personagem?

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Imagem 4

CATADORES - LIXÃO

1- Observe Catadores – Lixão e identifique os elementos nele presentes.

2- Em que plano estão os homens no Catadores – Lixão e como eles se

apresentam?

3- Em Catadores – Lixão, o que representa:

- As pessoas?

- O trabalho das pessoas?

4- O que mudou na imagem de O Lavrador de café para Catadores – Lixão?

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Imagem 5

CHARGE ILHA DAS FLORES

1 – O que representa o lixo na vida das pessoas mais ricas e na vida das

pessoas mais pobres?

2 - Você sabe o que é a Ilha das Flores?

Atividade de apoio ao estudo do texto não verbal – 6

FILME – Ilha das flores

- Observe o filme Ilha das flores e faça uma relação com a charge de mesmo

nome.

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Imagem 6

CHARGE LIXÃO

1- No primeiro balão, a palavra supermercado está destacada. Observe e

descreva esse “supermercado” a que se refere:

2- Em sua opinião, qual o motivo de as pessoas viverem nessas condições?

3- E de quem é essa responsabilidade, das pessoas viverem nessa condição

de miséria, num País, tão produtivo como é o Brasil? O que está errado?

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Imagem 7

CHARGE MISÉRIA E FÉ

1- O que a cena da charge Miséria e fé desperta em você?

2- Qual é a dúvida e a certeza do menino?

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Imagem 8

A EVOLUÇÃO DO HOMEM

1- Observe essa imagem Evolução humana, de Charles Darwin. O que o

autor demonstra com ela?

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Imagem 9

CHARGE A EVOLUÇÃO DO HOMEM

1- Faça uma relação da charge A Evolução do Homem com Evolução

humana, de Darwin.

2- E para você, o que significam os avanços da tecnologia?

3- Apresente alguns aspectos positivos e negativos da evolução humana:

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Imagem 10

1- Nessa charge o que representa cada era da evolução humana?

2- Nessa evolução o que parece ser igual, em todas as eras? Explique, a

ação do homem.

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Atividade de Estudo 8

Escrevendo o Texto

A produção de um texto novo.

Toda atividade escrita conta com a revisão e reescrita do texto produzido pelo

aluno. Para esse exercício, depois da produção da primeira versão escrita, a

professora fará a revisão colaborativa do texto. É a intervenção da professora. Na

sequência, vem a produção da segunda versão colaborativa e, consequentemente, a

versão final do texto escrito.

Quando a professora faz a revisão colaborativa do texto escrito pelo aluno,

deve atuar no papel de leitora, buscando melhorar sempre o texto produzido pelo

aluno sobre o tema proposto, previamente estudado na sala de aula.

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REFERÊNCIAS BAKHTIN, M. V. Maxismo e filosofia da linguagem. 9 ed. São Paulo: Hicitec. 1992.

CANDAU, V .M. F. (Coord.). Novos rumos da licenciatura. Brasília: INEP/PUCRJ,

1987 (Série Estudos e Pesquisas).

CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T.C. Gramática reflexiva. Livro didático 8º ano. E. Saraiva. 2. ED. São Paulo. 2008. CHALITA, Gabriel. Pedagogia da amizade – Bulling: O sofrimento das vítimas e dos agressores – São Paulo: Editora Gente, 2008. FÉLIS, Claudia Cristina Gatti. Interação na internet: os blogs como uma nova

forma de usar a linguagem. 2008. 119f. Dissertação (Mestrado em Estudos da

Linguagem) – Universidade de Londrina, Londrina, 2008.

http://educaquemama.blogspot.com – /2009/03/projeto-de-lei-01-00692009do-

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MARCHETTI, G; STRECKER, H.; CLETTO, M. L. Coleção para viver juntos. 9º

ano. Cleto Editora: Edições S.M São Paulo. 2009.

MARCUSCHI, I. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 3. Ed.

São Paulo. Cortez. 2001.

OLIVEIRA, N. A. F. de. “Saiu na veja?”: A relação escola/imprensa e os gêneros

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PARANÁ. Diretrizes curriculares de educação básica. Curitiba: Governo do

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SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre, 2000.

TYNIANOV. Da evolução literária. In: EIKHENBAUM, B. (ORG.). Teoria da

Literatura – formalistas russos. Porto Alegre: Globo, 1971.

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VINICIOS de Moraes. In: Ítalo MORICONI (Org.) Os cem melhores poemas

brasileiros do século – Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 147.

VYGOTSKY, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. Tradução:

Paulo Bezerra – São Paulo: Martins Fontes, 2000.