Curso: Licenciatura em Educação Socioprofissional

Unidade Curricular: Técnicas de Animação de Grupo

Professor: Carlos Jorge De Sá Pinto Correia

Estudante: Maraci Santos Carvalho

Obra cinematográfica: A Guerra do Fogo (1981)

Grelha de Observação e Análise de Sequências Fílmicas

Considere as sequências de imagens como… uma linguagem; um produto histórico e um veículo de comunicação

Ficha Técnica:

Realização: Jean-Jacques Annaud

Género: Fantasia – Aventura

Duração: 97 min

Origem: França - Canadá

Interpretação: Everet Mc Gill, Ron Perlman,

Nicholas Kadi, Era Dawn Chong

Fotografia: Claude Agostini

Música: Philippe Sarde

Roteiro: Gérard Brach

Análise Globalizante

Exposição das

ideias

principais

O tema do filme retrata a pré-história na qual descreve um grupo ou uma tribo em que

a chama sagrada se apaga e eles tiveram de ir a procura de outra.

Desenvolve perante o nascimento de um sistema de relações com os elementos

naturais que, abarcava também as sementes de uma nova concepção da natureza e

do seu envolvimento com o factor humano.

Retrata os homens pré-históricos não só do emblemático momento em que se dá a

descoberta do fogo mas, sobretudo, a sua integração nas relações e estruturas

humanas. Em que a questão da comunicação, em termos de linguagem, o primeiro

grupo não está muito longe dos demais primatas, emitindo gritos e grunhidos quase na

totalidade vocálicos. Assim, encontramos neste filme o início das relações do homem

enquanto ser social e com o meio natural.

Revelando a importância de se viver em comunidade com a protecção inerente à

vivência em grupo.

Apresentação

dos aspectos

positivos /

negativos

Um dos aspectos positivo é que realça a aprendizagem resultante da socialização

entre os diferentes grupos, que tornou possível melhorar a qualidade de vida que tinha

até então e, consequentemente, o aumento das suas probabilidades da sua

sobrevivência. Assim como, grandiosidade da obra-prima intemporal, devido à

originalidade do tema, simples e alusivo. A linguagem corporal dos actores e a

componente pedagógica bastante evidente

Quanto aos aspectos negativos, podemos referir, a necessidade de visualização do

filme mais do que uma vez, para apercebermos dos pormenores fundamentais que o

mesmo aportava.

Pertinência

pedagógica

A comunicação como fator predominante para relações sociais. Considera-se

fundamental o desenvolvimento das emoções intragrupo e intergrupos, como o riso, o

choro, o afecto e a passagem da sexualidade com a simples intenção da reprodução

para ser “aprendido” como uma forma de transmissão de afecto.

Palavras-chave

Hominização – Socialização – Processos sociais

Análise Concentrada

Descrição do

contexto e das

situações/

reconstrução

da temática

(história)

Este filme narra a história de uma tribo que possuíam um elemento muito importante, o

fogo, mas desconheciam a forma de produção.

Certa feita, a chama é roubada por outra tribo, que apesar de lutarem bastante,

enviaram três elementos para reconquistarem.

Estes homens percorreram vales e monte, enfrentaram animais selvagens e

tempestades, inclusive tribos inimigas canibais.

Contudo, depararam-se com tribos mais evoluídas, aprenderam técnicas de

artesanato, de pintura corporal, de cerâmica, aprenderam a lançar flechas, a construir

cabanas, a conhecer ervas medicinais, ter mais qualidade de vida e principalmente

aprenderam a arte de produzir o fogo por atrito.

Nesta longa jornada, um dos jovens aprendeu algo de muito valor, a afetividade,

tiveram a percepção do “sentir”…além da linguagem, expressões como o sorriso e o

humor foram importantes, mesmo que de forma involuntária.

O sentimento também é transmitido no filme, quando um dos elementos que vai em

busca do fogo se apaixona por uma mulher de outra tribo.

Auto-

avaliação

Muito original, porque como o filme tinha de retratar o planeta à 80 mil anos atrás ele

teve de ser filmado em vários países diferentes

O tratamento da construção social que dá-se no momento emblemático em que

acontece a descoberta do fogo e, mais do que isso, a sua integração nas relações e

estruturas humanas.