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Ficha catalográfica Produção Didático-Pedagógica

Professor PDE/2010

Título

A Mídia no contexto escolar: uma possibilidade de

intervenção no ensino da cultura Afro-Brasileira e

Africana

Autora Edna de Lurdes Warmling Spigosso

Escola de Atuação Escola Estadual Jorge de Lima – Ensino Fundamental

Município da escola Salto do Lontra

Núcleo Regional de Educação Dois Vizinhos

Orientador Luis Fernando Guimarães Zen

Instituição de Ensino Superior UNIOESTE / Marechal Cândido Rondon

Área do Conhecimento História

Produção Didático-Pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

Público Alvo Alunos de 7ª Série

Localização Escola Estadual Jorge de Lima – Ensino Fundamental.

Localizada na Avenida Nicolau Inácio, nº1264.

Apresentação

A cultura Afro-Brasileira e Africana hoje é uma realidade que não pode ser ignorada nos ambientes educacionais, porém, as metodologias para trabalharmos a referida temática nos intrigavam devido à falta de subsídios. Portanto o que me levou a desenvolver um projeto voltado para a História e cultura Afro-Brasileira e Africana com foco na análise da participação dos afros descendentes na mídia é justamente para consolidar o cumprimento da Lei 10.639/03, e para mostrar a relevância de o negro deixar de ser considerado um figurante passivo e ilustrador na formação da sociedade brasileira passando a ser respeitado como sujeito de sua própria história. Os objetivos a serem desenvolvidos com esse projeto é mostrar ao educando a contribuição dos afros descendentes na formação da sociedade nacional sem estereótipos. As metodologias utilizadas serão questionário sócio-cultural, étnico-racial e econômico, análises críticas e reflexivas de textos, imagens, músicas, charges e programas televisivos.

Palavras-chave Lei 10.639/03; Racismo; Televisão; Contexto escolar.

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APRESENTAÇÃO

Diante da perspectiva de fazer um estudo referente ao preconceito presente

na mídia dentro do contexto escolar, atendendo uma exigência do Programa de

Desenvolvimento Educacional que trata de ações significativas e colaborativas como

alternativas na concretização das metas do governo do Estado do Paraná e da

Secretaria de Estado da Educação, que tem por objetivo vincular teoria a prática,

dentro desse processo educativo e inovador, me proponho nesta produção didática

desenvolver metodologias que possam proporcionar uma análise critica

contextualizada, que já esta sendo destacada por outros pesquisadores, dentro do

âmbito educacional, mas que vale a pena salientar que se trata de uma nova

dinâmica por se adequar aos interesses coletivos e poder contribuir para a

transformação do pensamento dos sujeitos históricos que compõem a sociedade

atual.

O assunto a ser abordado tem por objetivo levar o educando a exercitar a

leitura critica dos meios de comunicação, principalmente no que se refere a

programas vinculados a imagens de descendentes afros. Para efetivação do mesmo

foi realizado pesquisas bibliográficas, estudo de imagens em movimento, que foram

de fundamental importância para a construção do conhecimento cientificamente

elaborado.

Através dessa produção busco juntamente com meus alunos um novo olhar

sobre o que é representado na mídia, porque a mesma tem a função de informar a

população, porém da mesma forma os telespectadores não devem se colocar como

meros receptores passivos dessas informações, mas serem capazes de fazer seu

próprio julgamento, bem como, terem mecanismos para tal.

Também será realizado aprofundamento da Lei 10.639/03 que inclui a

obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Destacando o estudo das contribuições da Lei 10.639/03, a evolução do processo

histórico brasileiro com a participação dos descendentes afros e a análise da

presença dos negros na televisão brasileira como coadjuvantes nesse processo e

utilizá-la como recurso visual para configurar a aprendizagem e desenvolver no

aluno uma visão crítica e analítica do processo de formação da sociedade nacional.

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Para tanto se faz necessário encaminhamentos metodológicos que

dignifique a figura do negro na sociedade contemporânea e para que possamos

romper as amarras que nos condicionam ao racismo e o preconceito, aos

estereótipos configurados aos homens e mulheres que colaboraram na edificação de

nosso país e atualmente fazem parte de uma luta contínua para garantir seus

direitos e serem respeitados como personagens de sua própria história.

Vivemos em uma sociedade transitória e globalizada onde o conhecimento

científico representa suma importância para a aprendizagem, porém, da forma como

o processo educativo vem sendo contextualizado, não podemos ficar presos a

métodos tradicionais da educação, mas inovar, tendo em vista que o ato de ensinar

requer aprendizagem constante e o avanço tecnológico no âmbito educacional se

faz realidade, e interagir a heterogeneidade sócio-cultural da sociedade brasileira

com estes mecanismos só confirmará o objetivo pretendido através dessa produção.

As nossas indagações estão pautadas na redundância que a indústria cultural

mantém de forma velada no que se refere ao racismo.

O estudo da mídia torna-se de grande relevância na sociedade da

informação que tem enfrentado grandes desafios, porque o conhecimento não se

encontra apenas nos bancos escolares, mas também se transmite através de outros

mecanismos como os meios de comunicação, aparato que pode subsidiar a reflexão

acerca do preconceito que o negro sofre na sociedade atual.

Diante desse contexto o material desenvolvido tem por objetivo proporcionar

ao aluno um exercício crítico, filtrando, questionando e buscando formar sua própria

opinião, tendo condições de contrapor aquilo que é apresentado como pronto e

acabado na televisão. Toda atividade prática estará vinculada a subsídios teóricos,

possibilitando aos alunos uma relação ensino-aprendizagem.

Para efetivar esse trabalho a que me proponho serão utilizadas

metodologias diversificadas como: pesquisa sócio-cultural, econômica e étnica-

racial, exploração de elementos textuais, análise, recortes de programas televisivos,

oficinas e outras metodologias que serão apresentadas aos alunos da 7ª série do

ensino fundamental da Escola Estadual Jorge de Lima do município de Salto do

Lontra, com objetivo da perpetuação do conhecimento crítico e analítico. Os

mesmos poderão através das abordagens realizadas terem subsídios para poderem

desenvolver o papel de telespectadores ativos e educandos críticos no que se refere

à leitura midiática.

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Terminologias utilizadas na definição do título

Conceitos

Contexto Escolar

Espaço da Escola em que estão inseridos todos os segmentos que

compõem o processo educacional, onde ocorre a disseminação do conhecimento

científico proporcionando ensino/aprendizagem, bem como outras práticas relativas

à formação do aluno cidadão.

Lei 10.639/03

Lei instituída pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ano de 2003,

criando a obrigatoriedade de se trabalhar em todas as instituições de ensino a

Cultura Afro-Brasileira e Africana, como forma de reconhecer a participação dos

descendentes afros na edificação de nosso país e para corrigir as inconformidades

em relação a esses seres que devem se reconhecer como sujeitos históricos desse

processo.

Mídia

Meios de comunicação em massa que se utilizam das mensagens sejam

elas escritas, faladas ou visuais para alcançar o objetivo da divulgação de seus

conteúdos. Elas podem estar a serviço do lazer ou da cultura.

“Liberdade não é meramente tirar as correntes de alguém, mas sim viver de uma

forma que respeita e aumenta a liberdade dos outros”.

Nelson Mandela

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CONTEXTUALIZAÇÃO

A criação da Lei 10.639/03 se deu em virtude da necessidade de corrigir

distorções na composição da sociedade nacional, tendo em vista, que após tanto

tempo do fim da escravidão, ainda persiste as atitudes preconceituosas e racistas

em relação as pessoas de cor negra.

A origem do preconceito racial em relação aos descendentes afros está

fundamentada na formação da sociedade brasileira, quando lhes foi negado o direito

de serem respeitados enquanto seres humanos, isto é, foram coisificados.

Destacamos que o conceito da coisificação desenvolvido por Fernando

Henrique Cardoso se justifica dessa forma:

O reconhecimento social da condição de pessoa humana era negado aos escravos, objetiva e subjetivamente, pelos homens livres. Além, disso, graças aos mecanismos socializadores da ordem escravocrata, às condições materiais de vida do escravo e às formas pelas quais os escravos se inseriam no processo de produção, as representações mantidas pelos senhores sobre a inferioridade objetiva dos escravos e sobre a impossibilidade natural de o escravo reagir à sua condição, eram aceitos, em condições normais de funcionamento do sistema, pelos próprios escravos. (CARDOSO citado por SILVA, 2009, p31).

Isso confirma a falta de condições que era concedida a um ser humano por

viver em um período em que as pessoas eram minimamente tratadas como coisas.

Dessa forma ao trabalhar um tema contemporâneo baseado na

fundamentação da referida Lei servirá para mostrar que a gênese do preconceito é a

ignorância e que muitas vezes a televisão procura estereotipar os negros

mostrando-os como pertencentes a extratos sociais menos favorecidos.

Para podermos compreender as desigualdades sociais e raciais que

infelizmente existem em nosso meio, devemos observar que a formação do Brasil se

deu baseada na superioridade branca, numa hegemonia racial, destacando o ponto

de partida que se constitui no Brasil escravocrata, baseado em versões negativas

que foram deturpando a figura do negro no interior da sociedade e que seguem

subsequente até os dias atuais. Para tanto não podemos ignorar que se trata de

questões culturais e por isso no endereço eletrônico mundo educação:

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1Devemos compreender que a cultura é um processo dinâmico e aberto em

que hábitos e valores são sistematicamente ressignificados. Por isso, a idéia de aculturação não pode ser vista como o fim de uma cultura, pois não há como pensar que um mesmo grupo social irá preservar os mesmos costumes durante décadas, séculos ou milênios. A cultura de um povo, para manter-se viva, deve ser suficientemente livre para conduzir suas próprias

escolhas, inovações e permanências (SILVA, 2010, p01).

O povo africano bem como os indígenas que habitam nosso país buscam

recuperar, valorizar, difundir a cultura de seus antecedentes, porém, não pode ser

ignorado o fato de que as mesmas sofreram alterações no decorrer do tempo e a

influência local. Segundo endereço eletrônico quando se fala em cultura ela deve ser

compreendida como:

2A identidade cultural é um conjunto vivo de relações sociais e patrimônios simbólicos historicamente compartilhados que estabelece a comunhão de determinados valores entre os membros de uma sociedade. Sendo um conceito de trânsito intenso e tamanha complexidade, podemos compreender a constituição de uma identidade em manifestações que podem envolver um amplo número de situações que vão desde a fala até a participação em certos eventos (Fonte: Mundo Educação, Texto produzido por Rainer Sousa).

Nesse sentido o resgate cultural acontece para se manter viva a memória e a

valorização dos aspectos culturais que identificam um povo, uma nação. É o que se

pretende através da abordagem do tema com os educandos através de uma

metodologia diferenciada.

Mostrando a importância do negro em deixar de ser considerado um figurante

passivo e ilustrador na formação da sociedade brasileira passando a ser respeitado

como sujeito de sua própria história, também contribuirá para emergir a cultura

escolar, refletindo a função da disciplina de História para explorar conteúdos

contemporâneos que refletem a realidade emergente das relações étnico-culturais

que estão presentes no contexto educacional.

1 Fonte: Mundo Educação, postado por Luiz Reginaldo da Silva em

http://luizreginaldo.blogspot.com/2010/07/aculturacao.html

2 http://www.mundoeducacao.com.br/sociologia/identidade-cultural.htm

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O estudo da Lei também se estende para promover a análise e interpretação

desta e a participação do negro na formação da sociedade brasileira sem

estereótipos que distorçam a verdadeira história do povo negro no Brasil, sob um

novo olhar, isto é, valorizando a cultura e os reflexos que a mesma manifesta na

atualidade para destacar a importância dos afro-brasileiros proporcionando o

respeito de que são merecedores podendo exercer sua cidadania, longe da

desigualdade racial.

Ao fazer uma produção didática voltada para a temática da cultura afro é

poder através de nosso estudo, buscar a análise da mídia fazendo uma leitura da

mesma num âmbito geral e sua postura em relação aos programas vinculados as

origens afros, para podermos desmistificar a imagem do negro que muitas vezes é

relacionada ao marginal, ao delinqüente.

Também serão utilizadas várias tecnologias que proporcionarão o

enriquecimento do saber através do processo pedagógico.

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Objetivo: Entender o processo de formação da sociedade brasileira com a

participação dos elementos afros e a forma como os mesmos são vistos na

atualidade.

Tema: O Brasil Atual e a colonização do Brasil

Duração: 4 horas aula

Material necessário: Texto, projetor multimídia, internet.

Metodologia da oficina:

• Apresentação em slides sobre dados do Brasil atual;

• Análise textual sobre a colonização do Brasil;

• Pesquisa na internet sobre determinados conceitos;

• Questionamento sobre o texto explorado.

Conteúdo e desenvolvimento:

Brasil atual em slides

Dados do

Brasil atual

Nome oficial: República

Federativa do brasil

Área: 8.514.215,3

Capital: Brasília

Nacionalidade: Brasileira

População: 190.732.694 milhões

(Censo de 2010)

Quantidade de Municípios:

5.435

Moeda: Real

OFICINA 01

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Fonte: http://www.suapesquisa.com/geografia/economia_brasileira.htm

Musica: País Tropical

País Tropical

Moro num país tropical, abençoado por Deus

E bonito por natureza, mas que beleza

Em fevereiro (em fevereiro)

Tem carnaval (tem carnaval)

Composição: Jorge Bem Jor/ Wilson Simonal

Fonte: Disponível em <http://letras.terra.com.br/jorge-ben-jor/46647> Acesso em 20/05/2011.

Salário mínimo: R$545,00

Datas Nacionais : 7 de Setembro

(Dia da Independência) e 15 de

Novembro( Proclamação da

Republica.

Presidente: Dilma Rooussef

Composição da população

brasileira: Pardos: 44,2%,

Brancos: 48,2%, Preta: 6,9%,

Amarelos ou Indígenas : 0,7%.

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional

por Amostra de Domicílios 2009.

0,7%,0,7%Ama0,(Fonte: PNDAS

Idioma: Português (oficial)

Religião: Cristianismo (católicos

71%, outros 10%).

Principais produtos exportados

pelo Brasil (2009): minério de

ferro, ferro fundido e aço; óleos

brutos de petróleo; soja e

derivados; automóveis; açúcar de

cana; aviões; carne bovina; café e

carne de frango.

Principais produtos importados

pelo Brasil (2009): petróleo

bruto; circuitos eletrônicos;

transmissores/receptores; peças

para veículos, medicamentos;

automóveis, óleos combustíveis;

ulhas em pó, gás natural e

motores para aviação.

Organizações comerciais que o

Brasil pertence: Mercosul,

Unasul e OMC (Organização

Mundial de Comércio).

Principais minérios

produzidos: ferro, alumínio,

manganês, magnesita e estanho.

Principais produtos agrícolas

produzidos: café, laranja, cana-

de-açúcar (produção de açúcar e

álcool), soja, tabaco, milho, mate.

Principais produtos da

pecuária: carne bovina, carne de

frango, carne suína

Principais setores de serviços:

telecomunicações, transporte

rodoviário, técnico-profissionais

prestados à empresas, transporte

de cargas, limpeza predial e

domiciliar, informática,

transportes aéreos e alimentação.

Principais setores industriais:

alimentos e bebidas, produtos

químicos, veículos, combustíveis,

produtos metalúrgicos básicos,

máquinas e equipamentos,

produtos de plástico e borracha,

eletrônicos e produtos de papel e

celulose.

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Colonização do Brasil

Os seres nativos que habitavam essa terra desconhecida que

posteriormente seria chamada de Brasil, viviam coletivamente, falando seus troncos

lingüísticos, preservando sua cultura, sobrevivendo do que a “mãe” natureza poderia

lhes proporcionar. Porém essa vivência de caráter simples foi interrompida pela

chegada dos colonizadores portugueses, que passaram a impor uma nova cultura

baseada no eurocentrismo.

No principio com a exploração do pau-brasil os colonizadores trocavam o

trabalho de corte e de carregamento por presentes e assim a relação entre

conquistadores e conquistados era amistosa.

Posteriormente pela falta de segurança da posse da terra, devido à invasão

dos holandeses, ingleses e franceses, o governo português passou a adotar

medidas de povoamento gradativamente como as sesmarias, sistema de capitânias

hereditárias e governo-geral como tentativas de manter o controle sobre a colônia

“Brasil”, alguns desses não obtiveram o resultado esperado.

Dessa forma expulsaram os invasores e iniciaram o cultivo da cana-de-

açúcar, produto este que era apreciado na Europa e rendia grandes lucros, devido a

quantidade de terras existentes, solo favorável e clima propício para o

desenvolvimento dessa cultura, que se expandiu de forma monocultura, latifúndio e

trabalho escravo.

Mas os indígenas que habitavam o território não representavam número

suficiente para o cultivo em larga escala, devido à dizimação por epidemias e os que

sobreviveram reagiram à escravidão, principalmente através da fuga, nesse sentido

surgiu à alternativa de trazer os negros africanos para trabalhar como escravos nas

lavouras canavieiras, prática essa que já era adotada em outros territórios, porque o

latifúndio monocultor no Brasil exigia uma mão-de-obra barata e acessível e que

deveria ser permanente sendo que a utilização dos portugueses assalariados seria

um obstáculo, já que a intenção dos colonizadores não seria eles trabalharem, mas

somente enriquecer com o trabalho alheio.

Os escravos eram tratados como mercadorias, responsáveis por quase todo

o trabalho da colônia e sem nenhum respeito aparente.

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Calcula-se que foram sequestrados da África e desembarcados nas

Américas 10 a 15 milhões de africanos, destes, cerca de 4 milhões aportaram nos

portos brasileiros. Por quase quatrocentos anos o Brasil foi um país escravista, até

que o tráfico internacional fosse extinto em 1850 através da Lei Eusébio de Queirós.

E dentro deste contexto histórico eram levados para trabalhar nos engenhos

de forma exaustiva e desumana, e em virtude disso, muitos sobreviviam apenas de

10 a 12 anos após sua chegada. O trabalho tanto nos engenhos, quanto nas regiões

auríferas era desgastante, tinha maior sorte quem realizava os trabalhos

domésticos, onde eram mais poupados. Eram vigiados constantemente e recebiam

castigos físicos por menor que fosse a falha cometida, e estes eram aplicados em

público para coagir os demais, eram cruéis como: açoite, coleira de ferro, tronco,

amputações entre outros.

Para podermos compreender as desigualdades sociais e raciais que

infelizmente existem em nosso meio, devemos observar que a formação do Brasil se

deu baseada na superioridade branca, numa hegemonia racial, destacando o ponto

de partida que se constitui no Brasil escravocrata, baseado em versões negativas

que foram deturpando a figura do negro no interior da sociedade.

Encaminhamento metodológico:

Qual

Avaliação: Através da participação efetiva dos alunos nas atividades

propostas.

Questionamento sobre os textos:

• Quais as diferenças que podem ser citadas ao comparar os dados sobre o Brasil

atual, e o Brasil no período da colonização?

• Qual a principal economia do Brasil no período da colonização? Se fez baseada em

quais características?

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OFICINA 02

Objetivo: Entender o processo da escravidão no Brasil.

Tema: A escravidão no Brasil

Duração: 4 horas aula

Material necessário: Texto, TV Multimídia, laboratório informática.

Metodologia da oficina:

• Análise textual;

• Questionamento sobre o texto;

• Pesquisa internet.

Conteúdo e desenvolvimento:

Escravidão no Brasil

A escravidão no Brasil se constitui de uma das páginas mais sinistras de

nossa história, por que se fez baseada na superioridade branca sobre seres

humanos que perderam sua dignidade, sua liberdade, enfim sua identidade ao

serem despidos de suas raízes e passarem a incorporar as normas ditadas pelos

colonizadores em um país estranho.

A escravidão no Brasil teve início com o cultivo da cana-de-açúcar, e teve

como principais características o trabalho escravo, o latifúndio e a monocultura.

Os africanos foram arrancados de suas terras e eram colocados em porões

dos navios, vivenciando verdadeiros atos subumanos, durante a viagem. Quando

chegavam ao seu destino eram tratados como mercadorias e colocados a venda. A

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partir desse momento passavam a habitar em senzalas e alimentar-se do pouco que

lhes era proporcionado. Sofriam castigos constantemente por pequenas causas.

Eram impedidos de praticar sua cultura e viver sua crença. Porém mesmo com todas

essas imposições eles mantiveram acesa sua tradições.

Nunca aceitaram passivamente a escravidão e uma das formas de

resistência era buscar abrigo nos quilombos, comunidades estas organizadas pelos

escravos fugitivos.

O sonho da liberdade sempre esteve presente entre eles, mas a decepção

era evidente quando conseguiram sua liberdade e perceberam que habitavam uma

terra onde o poder se designa pela cor da pele.

Suas batalhas persistem até mesmo nos dias atuais, onde buscam

incenssantemente pelo direito de ser respeito e reconhecido como sujeito de sua

própria história.

Infelizmente os erros de um passado onde a população negra foi colocada a

mercê da sociedade, onde discursos racistas evidenciavam a superioridade racial

tem se dissipado consistindo em uma ruptura quanto ao modo de ser e de pensar de

nossos antepassados.

Devemos partir do pressuposto de que a sociedade brasileira não se edificou

por si só, ou seja, somente com a participação dos portugueses, mas se consolidou

sim com o trabalho exaustivo e explorador dos negros e dos indígenas que

habitavam nosso país e que foram desnaturalizados para atender as exigências dos

colonizadores que se consideravam superiores.

Encaminhamento metodológico

Pesquise na internet conceitos que identificam o que signica as seguintes

palavras:

Latifundio, Monocultura, Senzala e Quilombo:

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Avaliação: Através da participação efetiva dos alunos nas atividades

propostas.

Questionamento

* O que você identificou no texto sobre a vida que os africanos levaram e levam

no Brasil?

* Que modelo de sociedade existia no Brasil colônia?

* Você identifica práticas racistas na História do Brasil?

* O que é racismo para você ?

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OFICINA 03

Objetivo: Interpretar o filme e a iconografia como fontes históricas para aprimorar o

conhecimento em sala de aula fundamentando o conteúdo sobre a escravidão.

Tema: O filme como fonte histórica e a Iconografia

Duração: 4 horas aula

Material necessário: Texto, TV Multimídia, Imagem

Metodologia da oficina:

• Análise textual;

• Passar fragmentos do filme “Amistad”;

• Questionamento sobre o filme para plenária;

• Análise da imagem de Debret retratando a escravidão.

Conteúdo e desenvolvimento:

O filme como fonte histórica

O ser humano independente da cor da pele que reveste seu corpo deve ser

respeitado nos seus direitos, mas infelizmente a mancha que se originou na

escravidão deixou marcas profundas nos descendentes afros que povoam o nosso

país.

Atualmente essa reprodução das dificuldades vividas por esses seres estão

presentes nas “imagens cinematográficas” que podem ser utilizadas hoje sem

censura nos ambientes educacionais como fontes carregadas de informação que

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possam problematizar e construir o conhecimento eficazmente, através da pesquisa

histórica.

O filme Amistad será utilizado como metodologia para reproduzir o horror

vivido pelos africanos que eram arrancados de suas terras para transformarem-se

em mais uma vítima da ganância humana e que os usavam como mão de obra

barata sem lhes dar o mínimo de dignidade. 3

3

Baseado em fatos reais, este filme relata a história de um grupo de escravos africanos que se rebela

e se apodera do controle do navio que os transporta e tenta retornar à sua terra de origem. Quando o

navio, La Amistad, é aprisionado, esses escravos são levados para os Estados Unidos, onde são

acusados de assassinato e são jogados em uma prisão à espera do seu destino. Uma empolgante

batalha se inicia, o que capta o interesse de toda a nação e confronta os alicerces do sistema

judiciário norte-americano. Entretanto, para os homens e mulheres sendo julgados, trata-se

simplesmente de uma luta pelos direitos básicos de toda a humanidade, a liberdade. Neste trecho

são enfatizados o processo desumano de captura e o transporte de nativos africanos para a América.

Tamanho: 170 MB Duração: 09:49 Minutos

Palavras-chave: tráfico de escravos, escravidão, violência étnica, trabalho, poder, política, ideologia,

trabalho.

Amistad, Drama, EUA, 1997, 154 min. Direção: Steven Spielberg.

Fonte: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=10053

Questionamento

- Em dupla converse com seu colega e registre as primeiras impressões do filme

assistido.

- Vocês identificam a história narrada no filme? Qual é?

- O que lhe chamou a atenção visualmente nas cenas assistidas?

- Que idéia passa o filme assistido?

- O que representam os personagens?

- Quais os valores identificados e negados no filme?

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A Iconografia

O estudo das imagens não devem se constituir apenas para ilustrar o

conteúdo, mas a partida objetiva e significativa da análise a ser desenvolvida, como

Maria Auxiliadora nos propõe, “Tem se procurado entender o papel central da

imagem na sociedade contemporânea e, portanto da necessidade de sua leitura

crítica pelo ensino de modo geral e, particularmente, pelo ensino de História”

(SCHMIDT, 2002, p. 170). Ao relacionar a imagem com o conteúdo explorado

espera-se que o aluno possa perceber mais claramente a mensagem que a mesma

possa representar para o contexto histórico.

Ao exercitar a leitura imagética deve-se utilizar de mecanismos que

possibilitam ao educando fazer análise crítica da imagem explorada, bem como, ter

possibilidades de expressar seu ponto de vista, compreendendo que a construção

do saber se faz de forma coletiva. Portanto a necessidade do professor intervir para

que cada qual possa fazer sua avaliação de valores sem preocupar-se com o

julgamento do grupo que compõem a plenária.

Ao contrário da representação iconográfica da imagem a seguir, muitas

vezes, elas mascaram a realidade do cotidiano. Por isso a importância de

desenvolver essa dinâmica de forma mais profunda e concreta principalmente das

imagens que adornam os conteúdos dos livros didáticos e que são ignoradas na

fundamentação do assunto.

Figura 01: Escravidão no Brasil Fonte: www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php? cid=12&letter=E&min=10&orderby=titleA&show=10

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Avaliação: Através da participação efetiva dos alunos nas atividades

propostas.

Questionamento

- De quem é a obra analisada?

- O que a figura está representando?

- Além dos castigos físicos que outra violência os escravos sofriam?

- Quem são os personagens que estão presentes nela?

- que valores estão sendo negados na imagem?

- Qual a diferença da vestimenta dos personagens?

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OFICINA 04

Objetivo: Propiciar a inserção de práticas educativas no contexto da diversidade

educacional.

Tema: Os descendentes afros na sociedade brasileira contemporânea

Duração: 4 horas aula

Material necessário: Texto, projetor multimídia, imagens, internet.

Metodologia da oficina:

• Realização de um questionário sócio-cultural econômico e étnico racial;

• Análise de Texto;

• Assistir fragmentos do vídeo “Por uma infância sem racismo”;

• Discussão sobre o vídeo;

• Estudo crítico sobre algumas terminologias;

• Marchinha Carnaval “O teu cabelo não nega”;

• Análise crítica sobre a marchinha e questionamento.

Conteúdo e desenvolvimento

A Pesquisa e o fazer História

A pesquisa se faz a partir de dados. Estes têm por objetivo identificar a real

situação com que estamos nos defrontando e serve como subsídio para

diagnosticarmos reais situações. Neste caso o objeto a ser pesquisado é a realidade

social, cultural, econômica e racial dos alunos em que está sendo aplicada a

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intervenção pedagógica, com o objetivo de identificar possíveis características

racistas, bem como conhecer a realidade dos alunos envolvidos no processo.

Os descendentes afros na sociedade brasileira contemporânea

Os descendentes afros na sociedade brasileira contemporânea

No final do século XIX quando a escravidão foi abolida, os descendentes

afros e os afros brasileiros que habitavam o país comemoravam a liberdade, porém,

ela só aconteceu devido a ideologia de branqueamento do Brasil, muito tempo se

passou, muitas batalhas perdidas, mas os descendentes afros conservaram as

manifestações culturais e religiosas de seus antepassados, com algumas alterações

em virtude do contexto atual, e isto os impulsiona em mantê-las e divulgá-las até a

atualidade.

Apesar da democratização do nosso país, infelizmente ainda lidamos

continuamente com o preconceito racial. Poderiam ser citadas inúmeras formas

racistas que perduram na sociedade atual, através de piadas, apelidos, termos

pejorativos, constrangimentos em lugares públicos, enfim, isso só reforça a

contravenção dos discursos moralistas articulados, mas que infelizmente só servem

para mascarar o preconceito velado existente no Brasil.

A negação do papel que o negro desempenhou na edificação do Brasil

confirma a hipocrisia do racismo. É comum os negros serem considerados

contraventores, arruaceiros, delinqüentes, fora da lei, enfim, conceituarem as

pessoas pela cor da pele que reveste seu corpo.

Ao mesmo tempo em que quando se fala em samba, carnaval, se reverencia

as mulatas como a representação da mulher brasileira por excelência.

Infelizmente os dados que confirmam a exploração e a opressão em relação

aos negros são alarmantes, onde constantemente eles sofrem atos discriminatórios,

onde os praticantes ficam impunes acreditando-se serem superiores a leis.

Atividade:

- Aplicação do questionário sócio-cultural, étnico racial e econômico. (em anexo)

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Mas devemos destacar que a Lei 10.639/03 tem dado visibilidade,

principalmente no contexto educacional no destaque e valorização da cultura afro-

brasileira e africana, decorrente da necessidade de respeitar os seres humanos

independente da cor da pele, mas pelo respeito as diversidades que deve perpetuar

as positividades das diferenças étnicas raciais que compõem a sociedade nacional.

O surgimento de políticas públicas que combatem o racismo tem suscitado

esforços para intimidar a impunidade na convergência de discursos moralistas de

que existem raças superiores, identificadas pela cor da pele.

Comumente os negros apesar de todas as conquistas ocorridas estão

expostos a servirem de vitimas de atitudes racistas. Infelizmente essa é uma chaga

social vivida por seres humanos que habitam um país latino americano, onde existe

predominância desse imaginário coletivo que deve ser desconstruído para

consolidarmos uma democracia de fato.

A Sociedade e os efeitos do preconceito

Poderíamos dizer que fizemos parte de uma sociedade democrática e que o

preconceito racial ou de qualquer outra natureza é uma página virada na história

brasileira. Porém o que se confirma através de dados é que infelizmente esta não é

uma realidade superada. O que ocorre atualmente é que em virtude das leis a

sociedade mascara a real predominância de racismo presente no dia a dia das

pessoas negras.

Infelizmente nos ambientes educacionais o racismo e o preconceito se

fazem presentes através de apelidos, piadas, e dessa forma se faz necessário

desenvolver atividades acerca de uma reflexão sobre determinadas atitudes.

Encaminhamento metodológico

Iniciar a discussão acerca das raças que compõem o cenário brasileiro.

Assistir o vídeo “Por uma infância sem racismo”

Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=_aPYuKiKFMg&feature=related

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Para estarmos refletindo sobre essas questões utilizaremos de algumas

definições sobre preconceito, discriminação/segregação e racismo, baseadas no

livro Racismo e Anti-Racismo de Zilá Bernd:4

Preconceito

Por preconceito entende-se “o conceito ou opinião formados

antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; julgamentos

ou opinião formada sem levar em conta os fatos que o contestem”. Trata-se de um

prejulgamento.

Discriminação/ Segregação

Discriminar significa “separar”, “distinguir”, “estabelecer diferenças”. A

discriminação racial corresponde ao ato de apartar, separar, segregar pessoas de

origens raciais diferentes.

Racismo

É a teoria que sustenta a superioridade de certas raças em relação a outras,

preconizando ou não a segregação racial ou até mesmo a extinção de determinadas

minorias.

Bullyinng:

É um termo de origem inglesa utilizado para descrever actos de violência

física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully) ou

grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo

de indivíduos) incapaz de se defender. A palavra "Bully" significa "valentão", o autor

das agressões. A vítima, ou alvo, é a que sofre os efeitos delas. Também existem as

vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem

agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.5

4 Racismo e Antiracismo, Zilá Bernd. Editora Moderna, Ano q995

5 http://bullyingbrasil.blogspot.com/2007/06/bullying.html

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Quando falamos em preconceito, discriminação e racismo devemos destacar

o que muitas vezes esta evidente na voz do povo na reprodução de marchinhas que

animaram muitos carnavais no Brasil, como esta:

Encaminhamento metodológico

O Teu Cabelo Não Nega Composição : Lamartine Babo-Irmãos Valença O teu cabelo não nega, mulata,

Porque és mulata na cor,

Mas como a cor não pega, mulata, Mulata eu quero o teu amor.

Disponível em <http://letras.terra.com.br/marchinhas-de-carnaval/473883/> Acesso em 16/05/2011.

Avaliação: Através da participação efetiva dos alunos nas atividades propostas.

Análise marchinha

• Qual a relação do cabelo com a mulata, que está no nome da música?

• O que o cantor quis dizer com a cor não pega?

• Que mensagem a marchinha quis reproduzir?

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OFICINA 05

Objetivo: Identificar a mídia como instrumento de superação democrática e o

preconceito presente na mesma, compreendendo as expressões como essência do

que é produzido na cultura brasileira.

Tema: A imagem em movimentos como fonte histórica

Duração: 4 horas aula

Material necessário: Texto, projetor multimídia, imagens, laboratório de informática.

Metodologia da oficina:

• Estudo do texto sobre a importância da imagem em movimento para o

conhecimento histórico;

• Assistir e analisar fragmentos de vídeos sobre teste de racismo em

crianças brasileiras e norte-americanas;

• Questionamento sobre os vídeos.

Conteúdo e desenvolvimento

A imagem em movimentos como fonte histórica

Pela notoriedade evolutiva do ser humano no que tange a área da

comunicação é visível a integração do mesmo e da sociedade nas vertentes

midiáticas, tendo em vista que os sentidos humanos se relacionam através da

comunicação e que ela hoje se manifesta de várias formas, sejam elas, visuais,

textuais, dramatizadas, através de gestos ou falas.

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Dessa forma José Manuel Moran considera que:

A escola precisa, enfim, no seu Projeto Educativo, considerar a questão dos Meios de Comunicação e da comunicação como parte importante – e não marginal – do processo educativo integral do novo aluno-cidadão, visando construir uma sociedade realmente democrática (MORAN, 1994, p. 22).

Em virtude disso é necessário refletirmos sobre a magnitude dos meios de

comunicação em nossa vida para que possamos nos apropriar de maneira crítica e

podermos analisar a contextualização da relação dialógica entre o contexto escolar e

o contexto midiático, fazendo um contraponto com o que a televisão edita e a

realidade educacional e social com que o aluno esta inserido.

Ao passar as imagens a seguir deve-se deixar muito claro para os alunos o

real motivo para determinada ação e que o julgamento de valores deve ser crítico,

analítico e reflexivo.

Análise do vídeo sobre o teste do racismo no Brasil e com crianças

negras americanas:

Teste brasileiro

Fonte: Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=yCH0u9m88kU , acesso em 16/05/2011

Teste norte-americano

Fonte: disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=15bUmKFWxnw&feature=related, acesso em

16/05/2011

Questionamento

• O que você percebeu no teste feito no Brasil com crianças negras

quando questionavam sobre as duas bonecas?

• Se você fosse questionado o que você responderia?

• Qual a reação das crianças questionadas?

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Proposta de atividade:

Júri simulado: Dividi-se a turma em dois grupos. Um grupo vai mostrar-se

racista e o outro contra o racismo. Na primeira parte o grupo 1 julga contra e o 2

defende. Na segunda parte é a vez do grupo 2 ser contrário e o 1 defende. Um

grupo deve tentar convencer o outro com a sua defesa.

Avaliação: Através da participação efetiva dos alunos nas atividades

propostas.

Questionamento

• O que você identificou de diferente no teste do racismo para as

crianças norte-americanas?

• O que representava a boneca branca para a maioria?

• E a negra o que representava?

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OFICINA 06

Objetivo: Buscar compreender as mensagens intrínsecas de preconceito, nos

programas televisivos em que os negros atuam.

Tema: A televisão brasileira e a presença dos descendentes afros

Duração: 4 horas aula

Material necessário: Texto, projetor multimídia.

Metodologia da oficina:

• Texto sobre análise de programas de televisão em que os negros

atuam;

• Passar fragmentos do programa “Todo Mundo Odeia o Crhis”;

• Análise dos programas assistidos;

• Questionamentos para plenária.

Conteúdo e desenvolvimento:

A televisão brasileira e a presença dos descendentes afros

A televisão inegavelmente tem sido um dos principais veículos de

informação que adentram os lares brasileiros, mas devemos considerar que os

interesses que a constituem atendem a uma parcela restrita e não a coletividade

como um todo.

O Brasil deveria orgulhar-se do mosaico étnico racial que compõem o

cenário nacional e utilizar-se desse mecanismo para desmistificar a subalternidade

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que paira sobre os descendentes afros também no imaginário das imagens em

movimento.

A constatação que se faz após análise da programação televisiva é que

depois de tanto tempo após a abolição da escravidão (1888) ainda podem ser

identificado práticas racistas e estereotipadas nas programações da televisão

brasileira, entrando em contradição com os discursos moralistas que as mesmas

reproduzem. Ao evidenciar os descendentes afros, além de a participação ser

insignificante, comparada a representação dos brancos, nas produções culturais

eles são estigmatizados de boêmio, malandro, favelado, ou seja, papéis que são

desvalorizados na sociedade, são ainda notoriamente vítimas de inferioridade e

discriminação nas representações fictícias, ao passo que o branco ocupa os papéis

de destaque do profissional bem sucedido, do galanteador.

A presença de minorias étnicas na mídia define claramente as arestas

existentes em relação a valorização de outras etnias que não seja a latino

americana. Dentro desse processo as formas paliativas de invisibilidade dos afros

descendentes na televisão tem sido o viés da materialização do racismo presente

nas representações culturais que dissemina opiniões e configura o ressentimento

dos que sofrem a impregnação dessa discriminação.

O arcabouço de nossas indagações está pautado no reconhecimento que os

movimentos negros têm expressado em muitos momentos históricos através de

garantias de vagas de cotas nas universidades públicas, garantia de presença na

luta por seus direitos, enfim, ao entender que o Brasil é múltiplo racial deve-se lutar

para que a convivência seja tolerante independente da cor da pele e a presença do

multiculturalismo deve ser uma constante em todos os setores em evidência da

sociedade, seja politicamente, culturalmente, economicamente ou religiosamente.

Dessa forma, querer que o negro ocupe espaço igual nos meios midiáticos é

defender a concretização da democracia que tanto se prega e pouco se efetiva.

A Televisão como fonte histórica

Por ainda persistir na sociedade brasileira as questões de diferenças na

composição da sociedade nacional e ser muito presente essa predominância de

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poder em relação a cor da pele em vários setores da sociedade, muitas vezes nas

programações televisivas, coloca-se o ser humano em situação de inferioridade

determinadas por ideologias racistas, e a predominância dos negros sofrerem o

preconceito por disputarem o mesmo espaço.

A análise de programas de televisão para identificar o preconceito presente

no mesmo tem por objetivo proporcionar ao aluno um novo olhar sobre os negros

desmistificando os estereótipos criados acerca do contexto reproduzido.

O estudante traz consigo uma bagagem de conhecimentos transmitidos e

assimilados pela televisão, porém, as interpretações subjetivas das imagens

assistidas podem reverter em uma valoração desconexa da realidade em evidência.

A escola muitas vezes mostra-se descaracterizada da avaliação midiática em seu

processo institucional, portanto dentro de um trabalho pedagógico procurar-se á a

consolidação para utilizá-la como recurso educativo

Ao analisar o programa “Todo mundo odeia o Crhis” deseja-se problematizar

implicitamente e explicitamente as mensagens que ele reproduz.

Neste episódio a família muda-se para o Brooklin bairro que eles definem

como habitados por loucos, Crhis é o único da família que vai estudar em um colégio

fora do bairro porque a mãe define quando questionada por ele o porque dessa

decisão, “é que os brancos recebem educação”, 1ª temporada 1º episódio,

disponível em http://www.youtube.com/watch?v=ic0B79OvIZY, acesso em

16/04/2011.

Questionamento

• Quais foram as primeiras impressões que você teve do vídeo?

• Como é contada a história?

• Que modelo de sociedade eles conceituam no bairro em que foram

morar?

• Em que o vídeo diverge da Escola que você estuda?

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No episódio, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=aKn2tPPrAIU,

Primeira temporada episódio 18, Corleone parte 1. Acessado em 10/04/2011.

No episódio, todo mundo odeia Corleone, parte 2, primeira temporada,

disponível em http://www.youtube.com/watch?v=QNKwkDzZv_c, acessado em

10/04/2011, dá ênfase a realidade da Escola onde estudam brancos contrastando

com a escola do bairro onde residem.

Questionamento

• Qual é a história narrada no vídeo pelo personagem?

• Que idéias se identificam no episódio?

• É possível identificar alguma ideologia racista nesse episódio?

Descreva.

• Que mensagem você tira desse episódio?

Questionamento

• Por que Chris queria sair da escola?

• O que ele quis dizer quando disse que esperava a sua carta de

alforria?

• Qual a realidade da escola do Bairro? O que diferencia da outra

escola?

• O que você destaca desse episódio em relação ao tema trabalhado?

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Nos episódios da segunda temporada episódio 11, ovos parte 1, disponíveis

em http://www.youtube.com/watch?v=pqEFw7Fe2hA e episódio ovos parte 2

http://www.youtube.com/watch?v=gGMmerKjqt4 , acessados em 10/04/2011.

Avaliação: Através da participação efetiva dos alunos nas atividades

propostas.

Questionamento

• Quais a primeiras impressões que você teve ao assistir o episódio?

• Que idéias passam claramente os programas?

• Qual a ideologia que o programa representa?

• Você percebeu alguma discriminação na distribuição dos grupos.

Relacione.

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OFICINA 07

Objetivo: Compreender o espaço midiático como agente de conhecimento,

desmistificando a indústria do lazer.

Tema: A presença dos descendentes afros na teledramaturgia brasileira

Duração: 4 horas aula

Material necessário: Texto, projetor multimídia.

Metodologia da oficina:

• Passar fragmentos de novelas em que os negros ocupam papéis

secundários

• Análise dos programas assistidos

• Questionamentos para plenária

• Entrevista

Conteúdo e desenvolvimento:

Mídia e a teledramaturgia

A televisão ocupa relevante importância na vida do brasileiro porque ela

desempenha vários papéis, deveria informar e nos manter atualizados do que ocorre

no Brasil e no mundo, mas ela produz efeito indutivo, definindo comportamentos e

valores, induzindo ao modismo de roupas e vocabulários. Porém devemos objetivar

a análise do que esta sendo reproduzido pela mesma nos meios educacionais

através de exercícios críticos, filtrando, questionando e comparando o que é

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divergente com o que se prega na sociedade atual e o que se converge em

propostas de mudanças comportamentais para melhoria da coletividade.

A partir dessa contextualização aproveitar-se-á para contrapor o que é

mostrado na teledramaturgia brasileira com a participação dos negros ora

desempenhando papéis de vítimas de racismo, ora desempenhando papéis

secundários e inferiores. Bem como analisar a entrevista concedida pela atriz Taís

Araujo, falando dessa realidade nas novelas e os carmas que os negros carregam,

disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=RphpM6xr_Zw, acesso em

05/05/2011.

Na novela Duas Caras, uma cena de racismo explícito, onde Evilásio é

humilhado, disponível em

<http://www.youtube.com/watch?v=QQU6jxsdlrk&feature=related>, acesso em

02/05/2011.

Questionamento

• O que fica evidente na fala da atriz?

• O que ela diz estar cansada na fala das pessoas em relação a cor da

sua pele?

• A que eles se referiam o termo capacidade?

• Que outros papéis a atriz citou em relação a cor da pele?

• O que ela fala em relação ao Brasil?

Questionamento

• O que lhe chamou a atenção na cena?

• Qual a representação dos personagens em termos econômicos?

• O que o personagem queria causar ao ao personagem Lázaro

Ramos?

• Os personagens mostraram-se racistas? Justifique.

• Que papel a moça negra ocupa na novela?

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No seriado, Malhação, na cena atuada pelos personagens Maicon e Babi,

disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=5w9tZX1rCVA>, acesso em

02/05/2011.

Na novela Viver a Vida, o personagem Bene, no cap. 135, que foi ao ar em

17/02/2010, disponível no endereço eletrônico

<http://www.youtube.com/watch?v=LPwYgH5h0A0&feature=fvsr>, acesso em

02/05/2011.

Na novela Sete Pecados, a personagem D. Maura demonstra claramente ser racista sobre o personagem Sandro. Disponível em

http://www.youtube.com/watch?v=VDWCXes1BFw, acesso em 02/05/2011.

Questionamento

• Como a atriz que contracena com o personagem Maicon em

“Malhaçao” se refere a ele?

• Quais a principais características que se destacam a todo momento no

personagem?

• Em que função o personagem se destaca?

Questionamento

• Qual a primeira imagem mostrada na cena?

• O que essa imagem identifica?

• Que papel o ator negro desmpenha na novela?

• Com que este personagem esta envolvido?

• O que isto representa na teledramaturgia brasileira?

Page 36: Ficha catalográfica Produção Didático-Pedagógica · intervenção no ensino da cultura Afro-Brasileira e Africana Autora Edna de Lurdes ... função de informar a população,

No seriado, Malhação, na cena atuada pelos personagens Daise e Rita,

disponível em http://www.youtube.com/watch?v=So-g7MuO5w&feature=related,

acesso em 02/05/2011.

Encaminhamento metodológico da entrevista:

Dividir a sala em grupo de 4 alunos

Metade da sala entrevistará afros descendentes e metade entrevistará

brancos.

1- Qual o seu nome:

2- Sua idade:

3- Assiste televisão?

( ) Sim ( ) Não

4- Se assiste, qual seu programa favorito?

5- O que você acha da atuação dos negros nos programas de televisão?

Questionamento

• O que você observou na cena assistida?

• Se identifica alguma ideologia racista na cena? Justifique.

• A algum valor moral presente na cena e que esta sendo negado?

• Dê uma outra versão para a cena assistida.

• Essa cena abordou um problema social qual foi?

Questionamento

• Qual a funçao desempenhada pela personagem de cor negra?

• Que idéia a cena representada deixa claro?

• Que situação a cena exibe?

• De que valores você concorda ou discorda ao assistir a cena em

questão?

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6- Você identifica alguma característica racista na televisão brasileira?

7- Você acha que o número de negros que atuam nas programações

televisivas são destaque?

8- Cite o papel de um negro ou um apresentador negro na televisão,

como você o

9- Cite o nome de dois artistas ou pessoas de destaque que são de

origem afro que aparecem constantemente na televisão.

Avaliação: Através da participação efetiva dos alunos nas atividades

propostas.

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OFICINA 08

Objetivo: Analisar as expressões da historicidade contemporânea presente nas

charges e músicas voltadas para o conhecimento.

Tema: As Charges e a Música como fontes históricas

Duração: 4 horas aula

Material necessário: Texto, imagens, projetor multimídia, laboratório de informática.

Metodologia da oficina:

• Texto

• Análise de charges relativas ao tema

• Pesquisa internet sobre os aspectos culturais dos descendentes afros

tanto teóricos quanto vídeos relacionados: capoeira, dança, estilo

musical, religião e alimentação.

• Trabalhar com letras de musicas relacionadas ao racismo.

Conteúdo e desenvolvimento:

As Charges e a Música como fontes históricas

Charges: Por se constituírem de ilustrações críticas de um determinado

foco, ponto ou assunto as charges se apresentam como alternativas metodológicas

que podem e devem ser aproveitadas no desenvolvimento das aulas, porque ao

mesmo tempo que elas representam uma ferramenta no processo de ensino

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aprendizagem elas podem auxiliar no desenvolvimento da análise crítica e analítica

do aluno sobre determinado conteúdo em questão.

Uma das abordagens que pode ser destacado como uso positivo das

charges em sala de aula é a proximidade do que ela representa com o cotidiano

interagindo com as questões práticas.

Ao utilizar charges se desenvolve uma nova forma de linguagem elaborada a

partir de princípios reais que consolidará o saber científico.

Figura 02: Charge sobre o Racismo Fonte: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://2.bp.blogspot.com/_oQ_B7k1_Ma4/ Sw7BMjRHt2I/AAAAAAAAAGg/t9aQ_oQcA

Reflexão sobre a charge

• Que crítica essa charge

esta mostrando;

• Crie frases verdadeiras e

falsas quanto as

características da charge

em questão.

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Figura 03: Charge 2 sobre Racismo Fonte: http://www.google.com.br/imgres?imgurl

Figura 04: Charge 3 sobre Racismo Fonte: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http:// www.africaeafricanidades.com/imagens/Charge_3ed.jpg&imgrefurl=http://www.a

Reflexão sobre a charge

• Que idéia está

explícita na charge?

• Por que o guarda se

assustou?

• Escreva 5 frases que

você usaria para

caracterizar a

charge.

Analise:

• Quais as principais

diferenças físicas e

sociais das mulheres

que compõem a cena?

• O que charge quer

mostrar?

• Escreva 5 frases que

você usaria para

caracterizar a charge.

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Música: Usar a música como recurso pedagógico promove a interação e o

enriquecimento do saber sistematizado, ou seja, como metodologia de produção do

conhecimento histórico.

As mensagens das músicas que serão trabalhadas vêm carregadas de

informações sobre a questão da cultura afro, do preconceito, enfim vem de encontro

as necessidades de destacar a valorização do negro dentro da sociedade.

A musica é composta de vários gêneros, mas o foco principal deve ser as

informações que a mesma pode destacar servindo como argumento de reflexão e

crítica dentro da temática abordada.

Sorriso Negro (Elymar Santos) Composição: Evaldo Gouveia/ Jair Amorim

Um sorriso negro Um abraço negro Traz felicidade Negro sem emprego.....

Disponível na integra em < http://www.letradamusica.net/elymar-santos/sorriso-negro.html>. Acesso em 20/04/2011.

• Pesquisar outras charges na internet relativas ao conteúdo estáticas

e animadas.

Atividades

• Dividir os alunos em grupos de 4 pessoas.

• Cada grupo trabalhará com fragmentos de uma música

• Analisar a letra da música

• Destacar principais elementos que a constituem através de palavras

essenciais que reproduzem o sentido da mesma.

• Painel com demonstração das musicas e apresentação dos grupos.

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Palmares (Natiruts)

A cultura e o folclore são meus

Mas os livros foi você quem escreveu

Quem garante que palmares se entregou

Quem garante que Zumbi você matou

Perseguidos sem direitos nem escolas

Como podiam registrar as suas glórias.....

Disponível na íntegra em < http://www.kboing.com.br/natiruts/1-70249/>. Acesso em

09/05/2011.

Quem Planta O Preconceito (Natiruts)

Quem planta preconceito Racismo, indiferença Não pode reclamar da violência Quem planta preconceito Racismo, indiferença Não pode reclamar da violência Disponível na íntegra em < http://letras.terra.com.br/natiruts/102382/ >. Acesso em

09/05/2011

Racismo É Burrice (nova Versão De Lavagem Cerebral) (Gabriel O Pensador) Composição: Gabriel O Pensador Salve meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano “O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar" Racismo, preconceito e discriminação em geral; É uma burrice coletiva sem explicação Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união Mas demonstra claramente Infelizmente Preconceitos mil De naturezas diferentes. Disponível na íntegra em <http://letras.terra.com.br/gabriel-pensador/72839/>.

Acesso 09/05/2011.

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Coisa De Pele (Jorge Aragão) Composição : Jorge Aragão E Acyr Marques Podemos sorrir, nada mais nos impede Não dá pra fugir dessa coisa de pele Sentida por nós, desatando os nós Disponível na íntegra em <http://letras.terra.com.br/jorge-aragao/69362/>. Acesso 05/09/2010.

Eu Sou Favela (Bezerra da Silva )

Composição : Sergio Mosca - Noca da Portela

" Em defesa de todas as favelas do meu Brasil, aqui fala o seu embaixador" A favela, nunca foi reduto de marginal A favela, nunca foi reduto de marginal Disponível na íntegra em <http://letras.terra.com.br/bezerra-da-silva/467115/>. Acesso 05/09/2010.

Todo Camburão Tem Um Pouco De Navio Negreiro (O Rappa) Composição: Marcelo Yuka

Tudo começou quando a gente conversava Naquela esquina alí De frente àquela praça Veio os homens E nos pararam Documento por favor Então a gente apresentou ..... Disponível na íntegra em <http://letras.terra.com.br/o-rappa/77644/>. Acesso em 17/04/2011.

Avaliação: Através da participação efetiva dos alunos nas atividades propostas.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O inicio de todo trabalho nos intimida causando insegurança de estarmos

certos e sermos certos.

Mas ao reconhecermos que o caminho trilhado no decorrer de nossa vida

profissional tem nos proporcionado desenvolver a sistematização de trazer a história

para a realidade, bem como desconstruir os movimentos evidenciados pelos

conhecimentos dominantes, se tornando uma práxis esperada de um educador em

constante crescimento no processo educacional.

A principio ao consolidarmos a construção deste trabalho podemos dizer que

os objetivos que pretendemos alcançar estarão sendo lançados como sementes na

terra e somente na aplicabilidade do mesmo saberemos se os resultados esperados

serão atingidos e o grau dessa mediação.

Espera-se que professores bem como os alunos estejam dispostos a

aprender continuamente, dessa forma, o propósito do desenvolvimento do trabalho

que foi edificado baseado em muitas indecisões, e ao concluirmos não sabemos se

as atitudes tomadas foram as mais corretas, mas paira a certeza de que buscamos

sempre consolidar a teoria a prática destacando a temática em questão.

O desejo ao desenvolver essa unidade didática evidenciando a cultura afro-

brasileira e africana dando enfoque para a participação dos descendentes afros nos

programas televisivos é poder apresentar aos educandos e aos educadores um

novo olhar e o reconhecimento a esses seres que foram hábeis construtores da

sociedade nacional com seu trabalho, crenças e aspectos culturais sem estereótipos

que minimizam a participação dos mesmos no engrandecimento da Nação

Objetiva-se que essa produção possa ser utilizada por outros educadores

contribuindo como subsídio para o desenvolvimento teórico/prático nas salas de aula

articulando o conhecimento científico as novas propostas interativas contempladas

dentro deste processo contextualizado do PDE, que contempla a rearticulação de

metodologias processuais do contexto escolar.

Buscar o saber é estar em consonância com a realidade educacional, estar

ciente dos rumos para o qual a educação se dirige e buscar novos paradigmas na

arte de ensinar.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DEBRET. Imagem. Escravidão no Brasil. Disponível em< Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=12&letter=E&min=10&orderby=titleA&show=10>. Acesso em 20/03/2011.

Economia Brasileira atual, dados, índices, exportações, importações, inflação, PIB, setores da economia, comércio exterior, importações, saldo comercial,

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Entrevista Tais Araujo. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=RphpM6xr_Zw>. Acesso em 05/05/2011.

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MORAN, José Manuel. Os meios de comunicação na escola. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/c_ideias_09_021_a_028.pdf>. Acesso em 10/11/2010.

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NATIRUTS. Quem Planta O Preconceito - Música. Gravadora Raizama Records, 2005 Disponível na íntegra em <http://letras.terra.com.br/natiruts/102382/ >. Acesso em 09/05/2011.

PENSADOR , Gabriel o. Racismo É Burrice (nova Versão De Lavagem Cerebral) – Música. Rio de Janeiro, gravadora Sony Music, 2003 .(Gabriel O Pensador).Composição: Gabriel O Pensador. Disponível na íntegra em <http://letras.terra.com.br/gabriel-pensador/72839/ >. Acesso 09/05/2011.

RAPPA, o. Todo Camburão Tem Um Pouco De Navio Negreiro - Música.Rio de Janeiro: gravadora: Warner Music Brasi, ano1994. Composição: Marcelo Yuka . Disponível na íntegra em <http://letras.terra.com.br/o-rappa/77644/> Acesso em 17/04/2011.

SANTOS, Elymar. Sorriso Negro – Musica. Rio de Janeiro, gravadoraEMI Music, 1998. Composição: Evaldo Gouveia/ Jair Amorim. Disponível na integra em <http://www.letradamusica.net/elymar-santos/sorriso-negro.html>. Acesso em 20/04/2011.

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SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Lendo imagens criticamente: uma alternativa metodológica para a formação do professor de história. In: História e Ensino. Londrina, v.4, p. 9-23, 1998.

SILVA, Bezerra da. Eu Sou Favela – Música.Gravadora SONY / RCA,1999 (Bezerra da Silva ).Composição : Sergio Mosca - Noca da Portela. Disponível na íntegra em <http://letras.terra.com.br/bezerra-da-silva/467115/>. Acesso 05/09/2010.

SILVA, Luiz Reginaldo. O conceito de aculturação nega o caráter dinâmico dos costumes e hábitos das sociedade. Mundo Educação. Disponível em <http://luizreginaldo.blogspot.com/2010/07/aculturacao.html> Acesso em 20/06/2011.

SOUZA, Rainer. Identidade Cultural. Fonte Mundo educação. Disponível em <http://www.mundoeducacao.com.br/sociologia/identidade-cultural.htm> Acesso em 22/04/2011.

VALENÇA, João e Raul . O Teu Cabelo Não Nega – Música. Rio de Janeiro. Gravadora Victor. Ano 1929. Composição : Lamartine Babo-Irmãos Valença. Disponível em <http://letras.terra.com.br/marchinhas-de-carnaval/473883/>. Acesso 16/05/2011.

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ANEXO

Questionário sócio-cultural, étnico-racial e econômico

1-Idade:

Série que estuda:

2- Em que localidade do município você e sua família residem?

( ) Centro

( ) Bairro. Qual?____________________________

( ) Comunidade. Qual? _______________________________

3- Seus pais estão empregados?

( ) Sim ( ) Não

4- Qual é o trabalho que eles realizam?

__________________________________________________________________

5- Qual é a renda familiar mensal?

( ) Menos de 1 salário mínimo (até R$545,00)

( ) De um a dois salários mínimos ( entre R$ 545,00 a R$1.090,00)

( ) De dois a cinco salários mínimos ( entre R$1.090,00 a R$2.725,00)

( ) Mais de cinco salários mínimos ( Acima de R$2.725,00)

6- Na sua casa vocês possuem ?

Televisão ( ) Sim ( ) Não Quantos...........

Aparelho de som ( ) Sim ( ) Não Quantos...........

DVD ( ) Sim ( ) Não Quantos...........

Videogame ( ) Sim ( ) Não Quantos...........

Geladeira ( ) Sim ( ) Não Quantos...........

Freezer ( ) Sim ( ) Não Quantos...........

Máquina de lavar roupa. ( ) Sim ( ) Não Quantos...........

Computador ou notebook. ( ) Sim ( ) Não Quantos...........

Telefone fixo. ( ) Sim ( ) Não Quantos...........

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Telefone Celular. ( ) Sim ( ) Não Quantos...........

TV a cabo. ( ) Sim ( ) Não Quantos...........

Automóvel. ( ) Sim ( ) Não Quantos...........

Motocicleta. ( ) Sim ( ) Não Quantos...........

Bicicleta. ( ) Sim ( ) Não Quantos...........

7- Qual a escolaridade do seu pai?

( ) Ensino fundamental incompleto

( ) Ensino fundamental completo

( ) Ensino médio incompleto

( ) Ensino médio completo

( ) Ensino superior incompleto

( ) Ensino superior completo

( ) Especialização

8- Qual a escolaridade da sua mãe?

( ) Ensino fundamental incompleto

( ) Ensino fundamental completo

( ) Ensino médio incompleto

( ) Ensino médio completo

( ) Ensino superior incompleto

( ) Ensino superior completo

( ) Especialização

9- Com que freqüência você tem acesso a estes meios de informação?

Diariamente Quase que diariamente

Às vezes Raramente Nunca

Televisão

Internet

Livros

Jornais

Revistas

Rádio

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10- Quantos livros você costuma ler por ano?

( ) Nenhum

( ) Quantos? _____________

11- Quais os programas de televisão que você assiste diariamente?

( ) Todo mundo odeia o Crhis

( ) Malhação

( ) Novelas. Qual __________________

( ) Noticiários

( ) Outros. Qual _______________________________________________

12- Você identifica algum tipo de racismo neles?

( ) Sim ( ) Não

13- Em relação à cor da sua pele você se considera:

( ) Branco

( ) Pardo

( ) Negro

14- Entre seus familiares tem pessoas com a cor da pele diferente da sua?

( ) Sim ( ) Não

15- Entre seus amigos, existe pessoas que tem a cor da pele diferente da sua?

( ) Sim ( ) Não

16- Você convive com pessoas na escola e fora dela com pessoas que tem a cor da pele diferente da sua? ( ) Sim ( ) Não

17-Você já foi vítima de preconceito devido a cor da sua pele?

( ) Sim ( ) Não

18- Você já viu alguma forma de preconceito em relação a opção sexual, religião, posição social ou característica física? ( ) Sim ( ) Não

Registre:____________________________________________________________

___________________________________________________________________