Ficha catalográfica Produção Didático-Pedagógica · Ficha catalográfica Produção...

66

Transcript of Ficha catalográfica Produção Didático-Pedagógica · Ficha catalográfica Produção...

Ficha catalográfica Produção Didático-Pedagógica

Professor PDE/2010

Título Conselho de Classe Participativo: Momento Democrático de Reflexão e Discussão das Ações Pedagógicas de Todos os Envolvidos no Processo Escolar.

Autor Karla Fabricia Aparecida Soares.

Escola de Atuação Colégio Estadual Santos Dumont.

Município da escola Santa Helena.

Núcleo Regional de Educação Toledo.

Orientador Adrian Alvarez Estrada.

Instituição de Ensino Superior Unioeste.

Área do Conhecimento Pedagogia.

Produção Didático-Pedagógica Caderno Pedagógico.

Relação Interdisciplinar

Público Alvo Equipe pedagógica, direção, professores, funcionários, alunos e família.

Localização Colégio Estadual Santos Dumont, Moreninha – Santa Helena.

Apresentação: O Conselho de Classe é um órgão colegiado de gestão. Na prática pedagógica atual, o Conselho tem sido um processo de constantes indagações quanto à sua validade como efetivo instrumento de melhoria qualitativa do trabalho escolar. É importante propiciar, nesse momento, uma reflexão coletiva, sobre a prática pedagógica desenvolvida e os procedimentos metodológicos utilizados pelos professores e equipe pedagógica. Através do Trabalho Pedagógico, é possível acompanhar o cotidiano escolar do aluno e o trabalho do professor em sala de aula, garantindo sua formação para a transformação das práticas pedagógicas, na direção do que hoje apontam

1

algumas teorias educacionais e psicológicas (valorização do conhecimento e da informação). O Caderno Pedagógico vem complementado com estratégias de ações específicas da atividade Conselho de Classe Participativo: Estudos de Grupos, Coleta de Dados Nº 1, Coleta de Dados Nº 2, Análise dos Dados, Socialização das Análises Realizadas, Pre-Conselho, Conselho de Classe Participativo, Pos-Conselho, Família na Escola, PCD e PIA.

Palavras-chave Conselho de Classe Participativo – Prática Pedagógica – Procedimentos Metodológicos.

2

CONSELHO DE CLASSE PARTICIPATIVO: MOMENTO DEMOCRÁTICO DE REFLEXÃO E DISCUSSÃO DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS DE TODOS

OS ENVOLVIDOS NO PROCESSO ESCOLAR.

PRODUÇÃO DIDÁTICACADERNO PEDAGÓGICOPDE 2010

COLÉGIO ESTADUAL SANTOS DUMONT

PROFESSORES

CO EQUIPE PEDAGÓGICA DIREÇÃO

ALUNOS, FUNCIONÁRIOS E FAMÍLIA

Karla Fabricia Aparecida SoaresAgosto/2011

3

CONSELHO DE

CLASSE

PARANÁGOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS- DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PDE

UNIVERSIDADE DO OESTE DO PARANÁ- UNIOESTE/CASCAVEL

CADERNO PEDAGÓGICO

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA PROFESSOR PDE – 2010 CONSELHO DE CLASSE PARTICIPATIVO: MOMENTO DEMOCRÁTICO DE

REFLEXÃO E DISCUSSÃO DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS DE TODOS OS ENVOLVIDOS NO PROCESSO ESCOLAR.

Material Didático apresentado à Secretaria de Estado da Educação, no Programa de Desenvolvimento Educacional, como atividade final do segundo semestre de 2011; sob a orientação do Professor Doutor: Adrian Alvarez Estrada, pela Universidade do Oeste do Paraná – UNIOESTE – CASCAVEL – PR.

SANTA HELENA – PRAGOSTO DE 20 11

4

KARLA FABRICIA APARECIDA SOARES

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA PROFESSOR PDE – 2010 CONSELHO DE CLASSE PARTICIPATIVO: MOMENTO DEMOCRÁTICO DE

REFLEXÃO E DISCUSSÃO DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS DE TODOS OS ENVOLVIDOS NO PROCESSO ESCOLAR.

Material Didático apresentado à Secretaria de Estado da Educação, no Programa de Desenvolvimento Educacional, como atividade final do segundo semestre de 2011; sob a orientação do Professor Doutor: Adrian Alvarez Estrada, pela Universidade do Oeste do Paraná – UNIOESTE – CASCAVEL – PR.

Santa Helena – Agosto/2011

5

SUMÁRIO

FICHA CATALOGRÁFICA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

PARECER

I PARTE

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICAPROFESSOR PDE – 2010

1. APRESENTAÇÃO2. TÍTULO3. JUSTIFICATIVA4. OBJETIVO GERAL5. TIPO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA6. ESTUDOS BIBLIOGRÁFICOS7. PÚBLICO ALVO

II PARTE

CONSELHO DE CLASSE PARTICIPATIVO: MOMENTO DEMOCRÁTICO DE REFLEXÃO E DISCUSSÃO DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS DE TODOS OS ENVOLVIDOS NO PROCESSO ESCOLAR

1. INTRODUÇÃO2. OBJETIVO GERAL3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: EDUCAÇÃO, PEDAGOGIA E PEDAGOGOS –

TRABALHO PEDAGÓGICO – AUTO-ORGANIZAÇÃO ESCOLAR – PLANEJAMENTO – AVALIAÇÃO – CONSELHO DE CLASSE.

III PARTE

6

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

1. ESTUDOS DE GRUPOS2. COLETA DE DADOS Nº 13. COLETA DE DADOS Nº 24. ANÁLISE DOS DADOS5. SOCIALIZAÇÃO DAS ANÁLISES REALIZADAS6. PRE-CONSELHO7. CONSELHO DE CLASSE PARTICIPATIVO8. POS-CONSELHO9. FAMÍLIA NA ESCOLA10.REALIZAÇÃO DO PCD11.REALIZAÇÃO DO PIA

IV PARTE

ROTEIRO DE ESTUDOS

1. UM CONCEITO AMPLIADO DE EDUCAÇÃO, DE PEDAGOGIA E DE PEDAGOGO2. A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO3. A AUTO-ORGANIZAÇÃO ESCOLAR4. PLANEJAR NA ESCOLA5. A AVALIAÇÃO6. CONSELHO DE CLASSE PARTICIPATIVO E MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA

V PARTE

ATIVIDADES

1. QUESTIONÁRIO 12. QUESTIONÁRIO 23. FICHA DA TURMA4. FICHA INDIVIDUAL DO ALUNO POR DISCIPLINA5. FICHA DO CONSELHO DE CLASSE

7

VI PARTE

ANEXO

1. CONTRATO DE CESSÃO GRATUITA DE DIREITOS AUTORAIS2. IDENTIFICAÇÃO, HISTÓRICO: COLÉGIO ESTADUAL SANTOS DUMONT –

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

8

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICAPROFESSOR PDE – 2010

1. Nome do (a) professor (a) PDE: KARLA FABRICIA APARECIDA SOARES2. Disciplina-Área: PEDAGOGIA3. IES: UNIOESTE4. Orientador (a): ADRIAN ALVAREZ ESTRADA5. Co-Orientador (a) (se houver):6. Caracterização do objeto de estudo:

O conselho de classe é um órgão colegiado de gestão. Dentro da organização do

trabalho pedagógico se configura um espaço que possibilita a análise do desempenho do

aluno e da própria escola. Entretanto, percebe-se que os envolvidos fazem desse

processo, um momento apenas de aprovação e reprovação, dificultando um trabalho de

qualidade.

De modo geral, a forma que o conselho de classe vem sendo conduzido, faz com

que o aluno com dificuldade de aprendizagem, se torne vulnerável às decisões dos

professores, favorecendo seu fracasso escolar e sua exclusão do sistema educacional.

Nota-se a indefinição e a ausência de critérios avaliativos dos envolvidos nesse

processo, sendo substituído por apreciações subjetivas sobre os alunos. O aluno perde a

motivação de aprender, se preocupando, apenas, em passar de ano.

Portanto, faz-se necessário, refletir sobre a prática pedagógica desenvolvida no

conselho de classe e os procedimentos metodológicos utilizados, mais do que decidir se

os alunos serão ou não aprovados, mas favorecer mudanças para estabelecer estratégias

adequadas em atender os diferentes ritmos de aprendizagem.

9

Devemos oportunizar um momento democrático de reflexão e discussão sobre a

prática pedagógica desenvolvida por todos os envolvidos no processo escolar; propiciar

uma análise sobre os procedimentos metodológicos utilizados pelos professores e

redimensionar as ações pedagógicas para possibilitar resultados mais concretos.

Embora cada especialista tenha sua especificidade, não há uma limitação do

trabalho, pois no coletivo, em função do objeto ensino-aprendizagem, deve existir

colaboração e profissionalismo por parte de todos que interagem dentro e fora da escola,

com um único objetivo, transmissão e assimilação de conhecimento.

7. Título da Produção Didático-Pedagógica:

CONSELHO DE CLASSE PARTICIPATIVO: MOMENTO DEMOCRÁTICO DE REFLEXÃO E DISCUSSÃO DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS DE TODOS OS ENVOLVIDOS NO PROCESSO ESCOLAR.

8. Justificativa da Produção:

O conselho de classe é um órgão colegiado de gestão. Dentro da organização do

trabalho pedagógico se configura um espaço que possibilita a análise do desempenho do

aluno e da própria escola. Entretanto, percebe-se que os envolvidos nesse processo

fazem do Conselho de Classe, um momento apenas de aprovação e reprovação,

dificultando um trabalho de qualidade com foco na aprendizagem dos alunos.

É comum observar, no espaço escolar, a existência de falas repetitivas de

professores que ratificam suas impressões sobre os resultados escolares de seus alunos.

10

Tais repetições caracterizam-se por expressões articuladas, de forma interpolada, em

conjunto, constituindo-se numa decisão final sobre o sucesso ou o fracasso escolar do

educando. Nota-se a indefinição e a ausência de critérios avaliativos dos envolvidos

nesse processo, sendo substituído por apreciações subjetivas sobre os alunos. O aluno

perde a motivação de aprender, se preocupando, apenas, em passar de ano.

De modo geral, a forma que o conselho de classe vem sendo conduzido, faz com

que o aluno com dificuldade de aprendizagem, se torne vulnerável às decisões dos

professores, favorecendo seu fracasso escolar e sua exclusão do sistema educacional.

Portanto, faz-se necessário, refletir sobre a prática pedagógica desenvolvida no

conselho de classe e os procedimentos metodológicos utilizados, mais do que decidir se

os alunos serão ou não aprovados, mas favorecer mudanças para estabelecer estratégias

adequadas em atender os diferentes ritmos de aprendizagem.

9. Objetivo Geral da Produção:

Propiciar no conselho de classe, um momento de reflexão coletiva, sobre a prática

pedagógica desenvolvida e os procedimentos metodológicos utilizados pelos professores

e equipe pedagógica do Colégio Estadual Santos Dumont.

10. Tipo da Produção Didático-Pedagógica:

( ) Folhas ( ) OAC (X) Outros (descrever): CADERNO

11

PEDAGÓGICO

Estudos Bibliográficos

CRUZ, Carlos H. C. Conselho de Classe e participação. Revista de Educação AEC.

Brasília, DF: AEC do Brasil, nº 94, jan./mar 1995, p. 11 – 136.

DALBEN, Ângela Imaculada Loureiro de Freitas. Trabalho escolar e conselho de classe.

4º ed. Campinas, SP: Papirus, 1996. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho

Pedagógico).

FREITAS, Luiz Carlos. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. 6º

ed. Campinas, SP: Papirus, 2003. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho

Pedagógico).

GRINSPUN, Mírian P. S. Zippin. A prática dos orientadores educacionais. 3º ed. São

Paulo, SP: Cortez, 1998.

KUENZER, Acácia. CALAZANS, M. Julieta. GARCIA, Walter. Planejamento e educação

no Brasil. 3º ed. São Paulo, SP: Cortez, 1993.

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 5º ed. São Paulo, SP: Cortez,

2002.

MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica, 1º ed. Campinas, SP:

Papirus, 2000.

SAVIANI, Dermevel. Sentido da pedagogia e papel do pedagogo. In: Revista da ANDE,

12

São Paulo, nº 9, p. 27 – 28, 1985.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Repensando a didática. 21º ed. Campinas, SP, Papirus,

2004.

11. Público – alvo:

Equipe Pedagógica, Direção, Professores, Funcionários, Alunos e Família do Colégio Estadual Santos Dumont – Moreninha – Santa Helena – PR.

Santa Helena, 01 de agosto de 2011.

KARLA FABRICIA APARECIDA SOARES

Professora PDE – 2010

13

CONSELHO DE CLASSE PARTICIPATIVO: MOMENTO DEMOCRÁTICO DE REFLEXÃO E DISCUSSÃO DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS DE TODOS OS ENVOLVIDOS NO PROCESSO ESCOLAR

Karla Fabricia Aparecida Soares1

Adrian2

INTRODUÇÃO

A proposta do “Caderno Pedagógico” é apresentar aos educadores,

educandos, funcionários, pais e comunidade, teorias e práticas referentes ao assunto

“Conselho de Classe Participativo”, com o tema: O Papel do Pedagogo na

Organização e Mediação do Trabalho Pedagógico. A reflexão do professor, do pedagogo,

do gestor e dos demais sujeitos envolvidos sobre o seu próprio trabalho será o melhor

instrumento de aprendizagem e é essa nova atitude desses profissionais da educação

que trará um novo significado às práticas do Conselho de Classe.

É preciso chegar até a sala de aula para obter conhecimentos mais preciso sobre

os processos de ensino e aprendizagem, as relações entre professores e alunos, a

qualidade cognitiva das aprendizagens, as práticas de avaliação (LIBÂNEO, 2004, p.255).

É necessário que saibam mais sobre a elaboração de instrumentos mais diretos de

aferição de qualidade da oferta dos serviços de ensino junto com a qualidade do “aluno

que se quer formar”. É importante que o professor e os alunos compreendam os valores

determinantes das classes, as concepções de homem, a sociedade e a educação, para

1 Professora PDE – 2010, pedagoga do Colégio Estadual Santos Dumont, Santa Helena – Moreninha,

Paraná.

2 Professor Orientador PDE, Curso de Pedagogia, Unioeste – Campus de Cascavel, Paraná.

14

então, entender como superar as atuais práticas, buscando critérios de relevância na

avaliação feita pelos professores a serviço da melhoria da qualidade cognitiva das

aprendizagens.

Quando se é permitido a auto-organização dos alunos na escola, eles vivenciam,

democraticamente, trabalhos que marcarão sua formação enquanto sujeitos cidadãos,

desde a condução da sala de aula, da escola e da sociedade em que vivem. O

envolvimento do coletivo dos alunos na escola é fundamental. Estamos falando de um

trabalho além das paredes da sala de aula, é a interação entre sala de aula – escola –

sociedade.

É nesse processo da atividade humana prática que os indivíduos vão criando,

produzindo e transformando objetos, instrumentos de trabalho, conhecimentos, modos de

ação, técnicas, linguagem, valores, sentimentos, etc , constituindo o mundo humano que

vai se incorporando, sucessivamente, em sua atividade, ou seja, o mundo da cultura.

Essa atividade socialmente herdada, ou essa experiência humana historicamente

acumulada e culturalmente organizada, precisa ser comunicada às novas gerações. Para

tanto, os grupos sociais de uma sociedade organizam ações educativas com o propósito

de inserir os indivíduos no meio culturalmente organizado. Eis a tarefa genuína que

chamamos educação, tarefa essa a ser realizada pela Pedagogia (LIBÂNEO, 2002,

p.141).

Na prática pedagógica atual o conselho de classe tem sido um processo de

constantes indagações quanto à sua validade como efetivo instrumento de melhoria

qualitativa do trabalho escolar.

Quando se aborda a função do conselho de classe, o que se verifica é a atuação

15

informal dos docentes, com relatos de percepções pessoais, sem critérios pré-

estabelecidos coletivamente.

Diante as preocupações e dificuldades apresentadas no conselho de classe,

pressupõe-se que a escola tem sido uma instituição que está favorecendo a exclusão,

onde propostas são sugeridas, mas são poucas as ações.

Embora cada especialista tenha sua especificidade, não há uma limitação do

trabalho, pois no coletivo, em função do objeto ensino-aprendizagem, deve existir

colaboração e profissionalismo por parte de todos que interagem dentro e fora da escola,

com um único objetivo, transmissão e assimilação de conhecimento.

• O Conselho de Classe é um espaço democrático?

• Há como garantir que esse espaço promova resultados concretos?

• Há continuidade desses resultados no processo pedagógico da escola?

OBJETIVO GERAL:

Propiciar no conselho de classe, um momento de reflexão coletiva, sobre a prática

pedagógica desenvolvida e os procedimentos metodológicos utilizados pelos professores

e equipe pedagógica do Colégio Estadual Santos Dumont.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Oportunizar um momento democrático de reflexão e discussão sobre a

prática pedagógica desenvolvida por todos os envolvidos no processo escolar;

16

• Propiciar uma análise sobre os procedimentos metodológicos utilizados

pelos professores;

• Redimensionar as ações pedagógicas para possibilitar resultados mais

concretos.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. EDUCAÇÃO, PEDAGOGIA E PEDAGOGO:

Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um

modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para

ensinar, para aprender-e-ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos

os dias misturamos a vida com a educação. Não há uma forma única nem um único

modelo de educação; a escola não é o único lugar em que ela acontece e talvez nem seja

o melhor; o ensino escolar não é a única prática, e o professor profissional não é seu

único praticante (LIBÂNEO, 2002, p.26).

De fato, vem se acentuando o poder pedagógico de vários agentes educativos

formais e não-formais, dentro e fora da escola, com uma ação pedagógica múltipla na

sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal. Esses processos formativos, onde o

campo educativo é bem vasto, constituem o objeto de estudo da Pedagogia. É importante

diferenciar as diferentes práticas educativas, sendo elas informal, não-formal e formal,

organizadas em instituições educativas, nos ambientes socioculturais (humano, social,

17

ecológico, físico e cultural), intencionais ou não.

No ato educativo, é essencial ocorrer a mediação (saberes e modos de ação) no

desenvolvimento social e cultural dos indivíduos no grupo que se relaciona. É uma

atividade humana e uma prática social, onde há sempre intervenção de outras pessoas

voltada para fins desejáveis do processo de formação, conforme opção de homem e

sociedade desejada (intencionalidade educativa). Entretanto, as práticas educativas estão

sempre interlaçadas com as relações de uma sociedade, com interesses sociais,

econômicos, políticos e ideológicos de grupos e classes, estes que estão por de trás das

propostas educacionais, dando rumo às práticas educativas.

Em síntese, dizer do caráter pedagógico da prática educativa, é dizer que a

Pedagogia, a par de sua característica de cuidar dos objetivos e formas metodológicas e

organizativas de transmissão de saberes e modos de ação em função da construção

humana, refere-se, explicitamente, a objetivos éticos e a projetos políticos de gestão

social (LIBÂNEO, 2002, p.34).

A atuação do Pedagogo Escolar é imprescindível na ajuda aos professores no

aprimoramento do seu desempenho na sala de aula (conteúdos, métodos, técnicas,

formas de organização da classe), na análise e compreensão das situações de ensino

com base nos conhecimentos pedagógicos e o trabalho de sala de aula (LIBÂNEO, 2002,

p.61).

A escola necessita de um profissional capaz de pensar, planejar e executar o seu

trabalho e não apenas executar o que lhe é solicitado. Essa busca de uma instituição

escolar mais compatível com as características de nossa época é necessária.

A presença do pedagogo escolar torna-se, pois uma exigência dos sistemas de

18

ensino e da realidade escolar, tendo em vista melhorar a qualidade da oferta de ensino

para a população. Quando se atribuem ao pedagogo as tarefas de coordenar e prestar

assistência pedagógico-didática ao professor, não está se supondo que ele deva ter

domínio dos conteúdos-métodos de todas as matérias. Sua contribuição vem dos campos

do conhecimento implicados no processo educativo-docente, operando uma intersecção

entre a teoria pedagógica e os conteúdos-métodos específicos de cada matéria de

ensino, entre o conhecimento pedagógico e a sala de aula. O Pedagogo entra naquelas

situações em que a atividade docente extrapola o âmbito específico da matéria de ensino:

na definição de objetivos educativos, nas implicações psicológicas, sociais, culturais no

ensino, nas peculiaridades do processo de ensino e aprendizagem, na detecção de

problemas de aprendizagem entre os alunos, na avaliação, no uso de técnicas e recursos

de ensino, etc. O Pedagogo entra, também, na coordenação do plano pedagógico e

planos de ensino, da articulação horizontal e vertical dos conteúdos, da composição de

turmas, das reuniões de estudo, conselho de classe, etc.

O professor e o pedagogo são especialistas da educação, suas atividades são

mutuamente fecundadas devido a especialidade de cada um, da experiência profissional,

do ensino-aprendizagem das matérias, dos encontros em que o geral e o específico do

ensino se embrenham.

É nesse processo da atividade humana prática que os indivíduos vão criando,

produzindo e transformando objetos, instrumentos de trabalho, conhecimentos, modos de

ação, técnicas, linguagem, valores, sentimentos, etc, constituindo o mundo humano que

vai se incorporando, sucessivamente, em sua atividade, ou seja, o mundo da cultura.

Essa atividade socialmente herdada, ou essa experiência humana historicamente

19

acumulada e culturalmente organizada, precisa ser comunicada às novas gerações. Para

tanto, os grupos sociais de uma sociedade organizam ações educativas com o propósito

de inserir os indivíduos no meio culturalmente organizado. Eis a tarefa genuína que

chamamos educação, tarefa essa a ser realizada pela Pedagogia (LIBÂNEO, 2002,

p.141).

2. TRABALHO PEDAGÓGICO:

A finalidade da organização do Trabalho Pedagógico deve ser a produção de

conhecimento (não necessariamente original), por meio do trabalho com valor social (não

do “trabalho” de faz-de-conta, artificial); a prática refletindo-se na forma que é

desenvolvida à prática, num circuito indissociável e interminável de aprimoramento

(FREITAS, 2003, p.100).

A fragmentação do conhecimento e a ausência do trabalho como princípio

educativo evidenciam a conexão entre conteúdo\forma da escola capitalista, refletindo

diretamente nos métodos utilizados no seu interior.

Outro fator que interfere na relação conteúdo\método, refere-se a gestão

autoritária e a participação do coletivo na escola. A organização coletiva dos alunos em

classes também aparece como contraditório ao poder individual do professor e do diretor.

Há uma “disputa” de poder de Gestão\Participação, onde a relação professor\aluno e

diretor\coletivo estão lado a lado de outras, com poder de controlar a objetivação dos

propósitos fixados (formal ou informal) para a escola.

3. AUTO-ORGANIZAÇÃO ESCOLAR:20

A organização atual da escola inibe a participação de alunos e professores no

processo de gestão. Não se trata, obviamente, de obter o “consenso” dos alunos e

professores ou sua “adesão”, como querem os proponentes da Qualidade Total, em torno

do projeto existente. Trata-se da participação crítica na formulação do projeto político-

pedagógico da escola e na sua gestão. Implica a valorização do coletivo de alunos e

professores como instância decisória que se apropria da escola de forma crítica. Mas

ainda, significa que tal apropriação se estende ao interior da ação pedagógica, rompendo

as formas autoritárias de apropriação\objetivação do saber (FREITAS, 2003, p.111).

Quando se é permitido a auto-organização dos alunos na escola, eles vivenciam,

democraticamente, trabalhos que marcarão sua formação enquanto sujeitos cidadãos,

desde a condução da sala de aula, da escola e da sociedade em que vivem.

4. PLANEJAMENTO:

O Planejamento educacional deve ter como ponto de partida o homem como

realidade primeira e fundamental e a sociedade constituída de homens, caracterizada por

toda uma problemática social. O Planejamento deve refletir sobre os princípios

educacionais que são capazes de orientar o homem, sendo este entendido como ser que

constitui e dá sentido ao universo. Deve refletir sobre que tipo de educação é necessário

para a integração e desenvolvimento do homem e da sociedade. Uma sociedade que se

ajuste às necessidades dos seres humanos, respeitando e defendendo os direitos dos

homens. Um Planejamento que se preocupe em devolver aos indivíduos a revitalização

21

pessoal, os direitos, as responsabilidades e o comprometimento para consigo e com os

outros. Um planejamento que tente desenvolver nas pessoas o sentido da vida, o desejo

de que viver e de permitir viver. Que devolva a liberdade e o espírito crítico, a consciência

de viver e o auto-respeito. Um Planejamento que tenha, como ponto de apoio, o homem e

o seu viver, os valores e as necessidades humanas, os problemas e o desejo de vencer,

enfim, o homem como um ser que vive a sua vida (MENEGOLLA e SANT'ANNA, 2003, p.

28).

5. AVALIAÇÃO:

O processo de avaliação global da escola torna-se um exercício de alienação para

o educando e para o professor, sendo que não participam da gestão da escola na sua

totalidade, momento esse oportuno de decisões importantes relacionados aos objetivos,

conteúdos e avaliações. Dentro da sala de aula, a relação professor e aluno não é

diferente.

O aluno é alienado do processo e como tal é alienado do significado de seu

trabalho, do significado do conhecimento que produz – quando produz. A expropriação do

aluno do processo pedagógico é amplificada no interior da escola envolvendo a própria

expropriação da gestão da escola.

Dentro do contexto da escola o que está sendo avaliado é o potencial de trabalho

do aluno, seu valor de troca. O aluno troca o produto de seu trabalho por objetos – pontos,

graus, certificados. (…) Seu trabalho, por isso, perde sua significação individual

22

(HEXTALL e SARUP, 1977, p.158).

O entendimento do professor sobre a função “diagnosticar dificuldades para

ajudar o aluno” é confuso, pois para cumprir essa função, o professor realiza um

verdadeiro massacre dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem,

expondo-os, permanentemente, as comparações e aos juízos depreciativos públicos em

classe. Tais ações afetam a auto-imagem do aluno, geram rótulos e reforçam

determinados valores e atitudes, aparentemente guiadas por um “modelo de aluno”

constituído no seio de relações sociais capitalistas – ideologizada.

A avaliação é um processo importante no ensino. As diferenças entre os alunos

são reais e representam diferentes níveis de aprendizagem. No entanto, quando tais

diferenças são moduladas pela contradição fundamental capital\trabalho, tais diferenças,

não-essenciais (do ponto de vista de sua manutenção ou não na escola), transformam-se

em contradição no seio da escola capitalista. O que deveria ser uma diferença não-

essencial, que permitisse uma ação pedagógica diversificada, é elevado à categoria de

contradição, na medida em que passa a ser uma “explicação científica” para a exclusão

das camadas populares da escola. Passa a ocultar uma razão de classe (FREITAS, 2003,

p.246).

Numa sociedade que permita recuperar a real dimensão dessa diferença não-

essencial, todos convertem-se em alunos com direito ao ensino com padrão de qualidade

unitário, apesar de diferentes graus de dificuldades de aprendizagem e aptidões. As

diferenças entre os alunos continuarão a existir. O nível de instrução obtido ao longo do

sistema educacional continuará a variar na dependência de suas capacidades, no

entanto, deixar-se-á de ocultar os interesses das classes capitalistas, no interior da

23

escola, pela existência destas. Dessa forma, a compreensão da questão da avaliação

passa pela sua inserção na totalidade concreta da sociedade capitalista e sua negação

(FREITAS, 2003, p.247).

A avaliação não é apenas mais um ato pedagógico destinado a diagnosticar o

desempenho do aluno e corrigir os rumos da aprendizagem em direção aos objetivos

instrucionais propostos pelas disciplinas escolares. Ela reúne um conjunto de práticas que

legitima a exclusão da classe trabalhadora da escola e está estreitamente articulada com

a organização global do trabalho escolar. Tal organização homogeniza a ação pedagógica

e os tempos agrupando os alunos em salas coletivas cuja ação pedagógica se centra na

“aula”. Toda uma superestrutura pedagógica está criada ao seu redor modelando uma

gestão escolar autoritária, fundada no poder que o professor desenvolve no interior da

sala de aula, onde jogam papel central as práticas de avaliação. A transformação de tais

práticas deve questionar toda a estrutura escolar, explorando as contradições existentes.

Os objetivos reais da escola estão “impressos” na organização do trabalho pedagógico

global da escola e nas suas práticas avaliativas, as quais, reciprocamente, sustentam a

própria organização da escola (FREITAS, 2003, p.255).

A fragmentação dos conteúdos escolares impõe uma estratégia de avaliação

fragmentada, conduzida isoladamente pelos professores – em especial nas séries mais

adiantadas. As tentativas de articulação deste processo, como o Conselho de Classe, não

têm sido muito felizes e não têm tido ampla aceitação (FREITAS, 2003, p.255).

É importante a interação estabelecida entre professor e aluno durante o ano

letivo. A avaliação torna-se o resultado dessa interação, baseado nos juízos que o

docente constrói de seu aluno no dia a dia (ancorada nas desigualdades sociais). Não é

24

aumentando o controle do processo final de avaliação que o professor modificará o

desempenho em sala e\ou conseguirá ter a certeza de uma aprovação ou reprovação.

Sendo que, os próprios instrumentos de avaliação, não estão imunes aos modelos de

pensamento. É necessário que saibam mais sobre a elaboração de instrumentos mais

diretos de aferição de qualidade da oferta dos serviços de ensino junto com a qualidade

do “aluno que se quer formar”.

Libâneo (2004), cita algumas medidas a serem tomadas nas escolas para o

enfrentamento dos problemas de avaliação:

• Provocar reflexões conjuntas dos professores sobre suas preocupações na sala de

aula, dificuldades que estão tendo, alunos com mais dificuldades, fatores que

prejudicam o andamento das aulas.

• Ligar a “teoria” sobre avaliação com o “saber-fazer” a avaliação.

• Definir com clareza as competências do professor e saberes necessários para diagnosticar, compreender e atacar as causas dos insucessos escolares.

• Compreender que a avaliação é instrumento. Ela apenas dá indícios de onde estão

os problemas de aprendizagem, para melhorar o ensino.

Nesse sentido, a avaliação da escola precisa considerar os elementos

determinantes da qualidade da oferta de serviços de ensino e do sucesso escolar dos

alunos, tais como: características dos alunos, rendimento escolar por classe, composição

do corpo docente (tempo de trabalho, idade, currículo profissional), condições de trabalho

e motivação dos professores, recursos físicos e materiais, materiais didáticos e

informacionais. Tais dados já estão disponíveis na escola, é preciso organizá-los e

analisá-los como prática de avaliação diagnóstica. Mas isso não é suficiente. É preciso

25

chegar até a sala de aula para obter conhecimentos mais preciso sobre os processos de

ensino e aprendizagem, as relações entre professores e alunos, a qualidade cognitiva das

aprendizagens, as práticas de avaliação (LIBÂNEO, 2004, p.255).

Os diretores de escola e os coordenadores pedagógicos precisam, todavia,

enfrentar o desafio de avaliação qualitativa da atividade docente através da observação

sistemática de aulas e do diálogo e da reflexão conjunta com os professores, como uma

das condições do desenvolvimento profissional (LIBÂNEO, 2004, p.257)

6. CONSELHO DE CLASSE:

Embora o Conselho de Classe tenha surgido na França (Rocha, 1984) e sua

implantação no Brasil, inicialmente tenha sido voluntária e depois determinada por

portarias e deliberações a fim de avaliar o resultado do aluno de forma coletiva, ainda hoje

esse Conselho, embora teoricamente deva servir a este propósito, o que se observa é

outra expectativa. Os Conselhos de Classes têm-se constituído em espaço ligitimador da

exclusão dos alunos das classes populares da escola. Isso pode ser observado quando

se analisa o resultado final e observa-se o grande número de alunos de uma mesma série

que foram retidos e se não foram, garantiram a aprovação por este mesmo Conselho.

Mas afinal, o que é o Conselho de Classe?

Os Conselhos são organizados através de reuniões durante o ano onde devem

participar professores, pedagogos, direção, alunos e agentes educacionais e pais, a fim

de ter uma visão de conjunto e o seu enfoque principal deve ser o processo educativo.

Nessa reunião devem ser apontadas as necessidades de mudança em todos os aspectos

26

da escola, devem ser tomadas providências, registradas e avaliadas no Conselho

seguinte.

Enquanto órgão colegiado presente na organização da escola, o Conselho de

Classe tem função de buscar alternativas na superação dos problemas de aprendizagem

apresentados pelos alunos, porém não têm dado conta de modificar, bimestre após

bimestre, o resultado de fracasso.

A reflexão do professor, do pedagogo, do gestor e dos demais sujeitos envolvidos

sobre o seu próprio trabalho será o melhor instrumento de aprendizagem e é essa nova

atitude desses profissionais da educação que trará um novo significado às práticas do

Conselho de Classe.

Nos sistemas de ensino-aprendizagem, a mediação pedagógica é indispensável.

O professor é o mediador entre a informação a oferecer e a aprendizagem por parte dos

estudantes, sendo um facilitador de conteúdos e fonte de novas informações. O estímulo

para novas descobertas promove a construção e reconstrução do conhecimento, a fim de

tornar possível o ato educativo dentro do horizonte de uma educação concebida como

participação, criatividade, expressividade e relacionalidade.

O aluno se relaciona com todo o processo, obtendo um retorno para suas

questões e preocupações, estabelecendo com o sistema uma relação participativa. O

processo gera interações com flexibilidade e participação, criando condições de melhor

finalizar o processo ensino-aprendizagem.

O Professor Regente avalia o aluno, faz uma auto-avaliação de todo o contexto,

sugere atividades, incentiva a utilização dos multimeios. É um elaborador eficiente de

idéias e estratégias para reforçar a aprendizagem. O Professor Pedagogo estabelece um

27

contato direto e constante com o Professor Regente, depende dessa relação para efetivar

a interação pedagógica e é de grande importância no processo de avaliação do sistema

de ensino.

O Apoio Pedagógico pode favorecer a intercomunicação entre os elementos (profº

– regente – aluno) que intervêm no sistema, reunindo-os em uma função tríplice:

ORIENTAÇÃO, DOCÊNCIA e AVALIAÇÃO, esta, não está concentrada apenas no aluno,

mas no Sistema como um todo.

Através do Trabalho Pedagógico, é possível acompanhar o cotidiano escolar do

aluno e o trabalho do professor em sala de aula, garantindo sua formação para a

transformação das práticas pedagógicas, na direção do que hoje apontam algumas

teorias educacionais e psicológicas (valorização do conhecimento e da informação). A

mudança desse quadro social, que já vem se consolidando, depende de iniciativas

políticas que garantam desde recursos materiais nas escolas ou comunidades escolares,

acessos, aplicativos e conteúdos livres até a formação continuada de professores para o

uso dessas mídias, para que possam proporcionar aulas interativas.

A prática não vem desvinculada de uma teoria. Na concepção contextualizada

precisamos dos fundamentos teóricos que alicerçam esta construção do conhecimento,

do pensamento e da linguagem do nosso aluno. Precisamos nos juntar aos demais

profissionais da educação, e, dentro das nossas especificidades, favorecer as relações

entre o desenvolvimento e o aprendizado, entre o desenvolvimento e seu ambiente

sociocultural (GRINSPUN, 1998, p. 29).

Essa realidade será tratada a partir dos valores que a envolve, da ética que a

constitui, do significado histórico que a determina. Essa realidade – não sé a do aluno,

28

mas a do próprio contexto histórico – precisa ser compreendida em uma visão maior, com

todos os componentes do tecido social. Precisamos lembrar que estamos formando o

aluno para um novo tempo, onde a ciência e a tecnologia, apesar dos avanços, trazem

para este aluno, para o homem, as novas necessidades os novos “desconfortos” do

progresso. As novas conquistas trazem novos valores, novas leituras daquela realidade

(GRINSPUN, 1998, p.29).

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Após as atividades estabelecidas pelo Programa PDE 2010, tanto as da SEED

como as da IES, as ações serão específicas da atividade Conselho de Classe

Participativo, descritas abaixo:

• ESTUDOS DE GRUPOS: Direção, Equipe Pedagógica, Equipe Administrativa,

Docentes e Funcionários da escola.

INSTRUMENTO DE PESQUISA: Projeto PDE, PPP e regimento interno da escola.

AÇÕES: Leitura prévia individual e coletiva.

OBJETIVO: Buscar informações para, assim fundamentar o estudo proposto, e ampliar

suas possibilidades de intervenções.

DURAÇÃO – TEMPO: 4 encontros de 2 horas cada.

• COLETA DE DADOS Nº 1: Equipe Pedagógica, Docentes e Discentes (30 alunos –

ensino fundamental e médio).

29

INSTRUMENTO DE PESQUISA: Questionário 1.

AÇÕES: Entrevistas, coletivamente, com os professores e alunos da escola.

OBJETIVO: Analisar o processo de trabalho pedagógico e o processo de valorização do

indivíduo cidadão, participante do ato de ensinar-aprender.

DURAÇÃO – TEMPO: 15 dias.

• COLETA DE DADOS Nº 2: famílias (30 famílias – ensino fundamental e médio).

INSTRUMENTO DE PESQUISA: Questionário 2.

AÇÕES: Entrevistas coletivas com os pais – responsáveis.

OBJETIVO: Analisar o trabalho pedagógico, como conjunto de práticas sociais

intencionais e sistematizadas de formação humana.

DURAÇÃO – TEMPO: 15 dias.

• ANÁLISE DOS DADOS: Professora pedagoga PDE.

INSTRUMENTO DE PESQUISA: Questionários 1 e 2.

AÇÕES: Análise dos resultados obtidos nas coletas de dados realizados com os

professores, alunos e os pais – responsáveis, através das entrevistas. Produção de

tabelas e gráficos.

OBJETIVOS: Organizar os resultados analisados nas coletas de dados, com a finalidade

de fornecer elementos que fundamentem o envolvimento de todos no trabalho em sua

totalidade.

DURAÇÃO – TEMPO: 30 dias.

30

• SOCIALIZAÇÃO DAS ANÁLISES REALIZADAS: Equipe Pedagógica, Direção,

Docentes, Equipe Administrativa, Funcionários e Famílias (30 alunos e 30 famílias

– ensino fundamental e médio).

INSTRUMENTO DE PESQUISA: Questionários 1 e 2, tabelas e gráficos.

AÇÕES: Análise e discussão dos resultados obtidos nas coletas de dados.

OBJETIVO: Construir documentos que fundamente as práticas, as intervenções, para

redimensionar as ações pedagógicas.

DURAÇÃO – TEMPO: 1 encontro com 2 horas.

• PRE-CONSELHO: Equipe Pedagógica, professores e alunos.

INSTRUMENTO DE PESQUISA: Ficha da Turma.

AÇÕES: Preenchimento da ficha da turma no coletivo, coordenada pela professora

pedagoga PDE. Presença do(a) professor(a) regente.

OBJETIVO: Inserir o aluno no processo do conselho de classe, de forma ativa no

processo ensino-aprendizagem.

DURAÇÃO – TEMPO: 4 pré – conselhos, durante o ano letivo (bimestral).

OBS: A ficha individual do aluno por disciplina e a ficha do conselho de classe serão

distribuídas pela professora pedagoga PDE, para que os professores possam preenchê-

las dentro do prazo estabelecido pela equipe pedagógica, que antecede o conselho de

classe (cronograma da escola).

• CONSELHO DE CLASSE PARTICIPATIVO: Direção, Equipe Pedagógica,

Docentes, Equipe Administrativa, Discentes (Líderes e Vice de Turmas) e

31

Funcionários da escola.

INSTRUMENTO DE PESQUISA: Ficha individual do aluno por disciplina, ficha da turma e

ficha do conselho de classe.

AÇÃO: Análise e discussão do trabalho pedagógico, organizando e redimensionando as

ações pedagógicas.

OBJETIVO: Participar do conselho de classe, quando representante do seu segmento,

subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da

organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar.

DURAÇÃO – TEMPO: 4 Conselhos de classe participativo, durante o ano letivo

(bimestral).

• POS – CONSELHO: Equipe Pedagógica e Discentes da escola.

INSTRUMENTO DE PESQUISA: Caderno de regente, ficha individual do aluno por

disciplina e ficha do conselho de classe.

AÇÃO: Diálogo no coletivo e orientação individual. Mediação do trabalho pedagógico.

OBJETIVO: Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos, nos aspectos

pedagógicos, sociabilização e aprendizagem, com o intuito de promover relações de

ensino-aprendizagem.

DURAÇÃO - TEMPO: 4 Pós – Conselhos, durante o ano letivo (bimestral).

• FAMÍLIA NA ESCOLA: Pais – Responsáveis (famílias - ensino fundamental e

médio).

INSTRUMENTO DE PESQUISA: Caderno de regente, ficha da turma, ficha individual do

32

aluno por disciplina e ficha do conselho de classe.

AÇÃO: Diálogo formal, individual. O professor regente, de cada turma, orienta, coordena e

acompanha os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando contato

com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento integral.

OBJETIVO: proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar,

com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos.

DURAÇÃO - TEMPO: 4 encontros por ano.

• REALIZAÇÃO DO PCD3: Equipe Pedagógica, Direção e Docentes da escola.

INSTRUMENTO DE PESQUISA: Textos informativos e reuniões pedagógicas.

AÇÃO: Formação de grupos de estudos.

OBJETIVO: Propor ações que objetivem o aprimoramento dos procedimentos de ensino,

a avaliação do processo pedagógico, das relações de trabalho no estabelecimento.

DURAÇÃO - TEMPO: Necessidades do grupo (período letivo).

• REALIZAÇÃO DO PIA4: Direção, Equipe Pedagógica, Docentes e Discentes

(alunos com “dificuldades de aprendizagem”).

INSTRUMENTO DE PESQUISA: Materiais pedagógicos diversificados.

AÇÃO: Aulas de reforço – revisão – apoio (recuperação paralela).

OBJETIVO: Utilizar-se das dependências da escola e dos recursos materiais pedagógicos

para o desenvolvimento de atividades diversificadas como incentivo ao aluno no processo

3 Programa de Capacitação Docente.

4 Programa de Incentivo ao aluno.

33

educacional.

DURAÇÃO - TEMPO: Necessidades dos alunos (período letivo).

ROTEIRO DE ESTUDOS

1. UM CONCEITO AMPLIADO DE EDUCAÇÃO, DE PEDAGOGIA E DE

PEDAGOGO

Textos sugeridos para leitura:

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 5º ed. São Paulo, SP: Cortez,

2002.

MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica, 1º ed. Campinas, SP:

Papirus, 2000.

SAVIANI, Dermevel. Sentido da pedagogia e papel do pedagogo. In: Revista da Ande,

São Paulo, nº 9, p. 27 – 28, 1985.

Vídeo sugerido: Uma mente brilhante.

Descrição: Baseado em uma história real, o filme conta a trajetória de vida de John Nash,

um dos grandes matemáticos do século XX, ganhador de um Prêmio Nobel. Apesar de

sua genialidade, Nash sofria de esquizofrenia, “doença da personalidade total que afeta a

34

zona central do eu e altera toda estrutura vivencial".

Vídeo sugerido: Nenhum a menos.

Descrição: O professor Gao precisa tirar licença para cuidar da mãe doente e a única

pessoa que pode ficar em seu lugar, para dar aulas para uma turma de Ensino

Fundamental, em uma pequena localidade da China, é Wei, de apenas 13 anos.

Vídeo sugerido: O triunfo.

Descrição: Este filme é baseado na vida real de Ron Clark (1994), um professor da

Carolina do Norte (EUA) que, em busca de desafios, começa a lecionar no Harlem, em

Nova York, Estados Unidos.

Questões para análise e discussão:

− Não há uma forma única nem um único modelo de educação.

− Agentes educativos formais e não-formais.

− Práticas pedagógicas.

− Visão dos pedagogos, a Pedagogia.

− Ato educativo: mediação (saberes e modos de ação).

2. A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

35

Textos sugeridos para leitura:

FREITAS, Luiz Carlos. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. 6º

ed. Campinas, SP: Papirus, 2003. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho

Pedagógico).

Vídeo sugerido: Entre os muros da escola.

Descrição: Em uma escola da periferia de Paris, professores se esforçam para ensinar,

em meio ao descaso dos alunos com sua própria educação, bem como a falta de

estrutura que têm para trabalhar.

Vídeo sugerido: O óleo de Lorenzo.

Descrição: Lorenzo, é uma criança que leva uma vida normal. Aos seis anos, porém,

começa a ter problemas de ordem mental, diagnosticado como ADL, uma doença rara,

que degenera o cérebro.

Questões para análise e discussão:

− Teoria educacional.

− Trabalho Pedagógico.

− O trabalho da escola.

36

3. A AUTO-ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

Textos sugeridos para leitura:

FREITAS, Luiz Carlos. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. 6º

ed. Campinas, SP: Papirus, 2003. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho

Pedagógico).

SAVIANI, Dermevel. Sentido da pedagogia e papel do pedagogo. In: Revista da Ande,

São Paulo, nº 9, p. 27 – 28, 1985.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Pensando a didática. 21º ed. Campinas, SP, Papirus,

2004.

Vídeo sugerido: Sociedade dos poetas mortos.

Descrição: Um ex-aluno da rígida e tradicional escola preparatória Welton Academy, em

1959, se torna o novo professor de Literatura. Com muito fôlego e disposição, ele resolve

estimular seus alunos a aprenderem e a viverem, não levando em conta a ortodoxia da

escola, que logo começa a combater seus métodos.

Vídeo sugerido: O sorriso de Monalisa.

Descrição: Katharine Watson (Julia Roberts) é uma professora recém-saída da

Universidade, que traz consigo um grande desejo de mudar a sociedade na qual vive.

37

Questões para análise e discussão:

− A organização atual da escola.

− Auto-organização dos alunos.

− Interação sala de aula – escola – sociedade.

− Alienação no interior da escola.

− Escola capitalista.

4. PLANEJAR NA ESCOLA

Textos sugeridos para leitura:

KUENZER, Acácia. Calazans, M. Julieta. GARCIA, Walter. Planejamento e educação no

Brasil. 3º ed. São Paulo, SP: Cortez, 1993.

Vídeo sugerido: Meu pé esquerdo.

Descrição: Baseado na história real do escritor e artista plástico Christy Brown, deficiente

físico que enfrentou vários obstáculos até alcançar o reconhecimento da família, do

público e da crítica.

Vídeo sugerido: Muito além do jardim.

38

Descrição: Chance, é um jardineiro que, após a morte do patrão, é convidado a deixar a

mansão onde viveu a vida toda. Sem nunca ter estado nas ruas da cidade, o corre-corre

da metrópole é muito novo para ele. Perdido pelas ruas, é atropelado pelo carro de uma

rica família que o convida a ser seu hóspede enquanto se recupera.

Questões para análise e discussão:

- Planejamento, planejar a ação educativa.

5. A AVALIAÇÃO

Textos sugeridos para leitura:

FREITAS, Luiz Carlos. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. 6º

ed. Campinas, SP: Papirus, 2003. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho

Pedagógico).

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 5º ed. São Paulo, SP: Cortez,

2002.

Vídeo sugerido: Mãos talentosas.

Descrição: O jovem Ben Carson não tinha muita chance. Cresceu em um lar desfeito e

em meio à pobreza e ao preconceito, suas notas eram baixas e seu temperamento

inflamado. No entanto, sua mãe nunca perdeu a fé no filho.

39

Vídeo sugerido: O milagre de Anne Sullivan.

Descrição: Hellen Keller, com meses de vida, é acometida por uma doença que a deixa

cega e surda. Seus pais, com pena, a mimam, deixando que cresça cheia de vontades e

sem nenhum limite.

Vídeo sugerido: Xadrez das cores.

Descrição: Cida, uma mulher negra de quarenta anos, vai trabalhar para Maria, uma velha

de oitenta anos, viúva e sem filhos, que é extremamente racista. A relação entre as duas

mulheres começa tumultuada.

Questões para análise e discussão:

− Avaliação global - estrutura escolar.

− Gestão escolar autoritária.

− Objetivos – conteúdos – práticas de avaliações.

− Critérios prévios – fragmentação dos conteúdos.

− Avaliação/coleta de dados – juízos de valor – quantificação/notação.

− Organização do trabalho pedagógico – ação pedagógica diversificada –

organização homogenizada.

− Instituição escolar – modelo de aluno.

− Qualidade de ensino.

40

− Dimensões qualitativas e quantitativas.

− Avaliação curricular/programa – avaliação do professor – avaliação do aluno.

− Agentes avaliadores - juízos depreciativos – formas de avaliação.

− Relações entre o sistema educacional e uma determinada sociedade.

− Diagnosticar dificuldades para ajudar o aluno.

− Eliminação e manutenção.

− Aprovação e reprovação.

6. CONSELHO DE CLASSE E MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA

Textos sugeridos para leitura:

CRUZ, Carlos H. C. Conselho de classe e participação. Revista de Educação AEC.

Brsíília, DF: AEC do Brasil, nº 94, jan./mar. 1995, p. 11 – 136.

DALBEN, ângela Imaculada Loureiro de Freitas. Trabalho escolar e conselho de classe.

4º ed. Campinas, SP: Papirus, 1996. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho

Pedagógico).

MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica, 1º ed. Campinas, SP:

Papirus, 2000.

Vídeo sugerido: Escritores da liberdade.

Descrição: Erin Gruwell, é uma professora inexperiente que assume uma turma

41

considerada “problemática” em uma pequena escola num bairro periférico dos EUA.

Vídeo sugerido: A onda.

Descrição: Inspirado em uma história real, foi feito para a televisão. Um professor de

História, ao falar sobre Hitler e o genocídio promovido pelos nazistas, é surpreendido por

uma aluna, com a seguinte pergunta: - Como o povo alemão permitiu ou não viu as

atrocidades cometidas pelo regime totalitário?

Vídeo sugerido: Pro dia nascer feliz.

Descrição: Documentário sobre educação, mas não um filme da maneira como estamos

acostumados a ver: o diretor da película opta por esquadrinhar a subjetividade de

professores e alunos, passeia com a câmera por corredores, banheiros, conselhos de

classe, etc.; de 6 escolas brasileiras, mostrando, ao telespectador, a dura realidade do

cotidiano escolar, principalmente, o das escolas públicas.

Vídeo sugerido: Vida Maria.

Descrição: Maria José é uma menina de 5 anos que gosta de escrever, porém o dia a dia

no sítio onde mora não permite que se dedique aos estudos, pois precisa ajudar a mãe

nos trabalhos domésticos.

42

Questões para análise e discussão:

− Conselho de classe, espaço de exclusão.

− Busca de alternativas – estratégias.

− Participação no coletivo.

− Processo educativo – órgão colegiado.

− Mediação pedagógica – auto-aprendizagem/aprendizagem centrada.

− Relação participativa no processo ensino-aprendizagem.

− Auto-avaliação.

− Função tríplice: Orientação, Docência e Avaliação.

43

ATIVIDADES

O caderno pedagógico sugere dois questionários que serão aplicados com

alunos, professores e pais: QUESTIONÁRIO 1: docentes – discentes e QUESTIONÁRIO

2: família na escola. Como apoio pedagógico, três fichas são sugeridas: FICHA DA

TURMA: análise da turma, FICHA INDIVIDUAL DO ALUNO POR DISCIPLINA: análise do

Trabalho Docente e FICHA DO CONSELHO DE CLASSE: análise do Trabalho Docente e

Discente.

Como sugestão, entregar aos professores a FICHA INDIVIDUAL e a FICHA DO

CONSELHO DE CLASSE no momento que está sendo realizado o PRE-CONSELHO com

os alunos, havendo tempo hábil para que possam preenchê-las até a data estabelecida

do conselho de classe. Essas fichas serão entregues, pelos professores, no dia do

conselho, ao professor pedagogo, assim haverá um encaminhamento nos procedimentos

pedagógicos no POS-CONSELHO, um trabalho coletivo e individual com os alunos. A

FICHA DA TURMA será lida pelo professor pedagogo e a FICHA DO CONSELHO DE

CLASSE, pelo professor. É um momento democrático de reflexão e discussão sobre a

prática pedagógica desenvolvida por todos os envolvidos no processo escolar,

propiciando uma análise sobre os procedimentos metodológicos utilizados pelos

professores e redimensionando as ações pedagógicas para possibilitar resultados mais

concretos.

Embora cada especialista tenha sua especificidade, não há uma limitação do

trabalho, pois no coletivo, em função do objeto ensino-aprendizagem, deve existir

colaboração e profissionalismo por parte de todos que interagem dentro e fora da escola,

44

com um único objetivo, transmissão e assimilação de conhecimento.

45

PROCEDIMENTOS

METODOL モ GICOS

FICHA INDIVIDUAL FICHA DA TURMAFICHA DO CONSELHO

DE CLASSE

1. QUESTIONÁRIO 1: Docentes e Discentes

Responder uma alternativa

A) Você conhece o Trabalho Pedagógico de sua escola?

( ) sim ( ) não ( ) superficialmente

B) Você conhece o objetivo do Conselho de Classe de sua escola?

( ) sim ( ) não ( ) superficialmente

C) Como é a sua participação nesse processo?( ) às vezes participo ( ) participante ativo ( ) nunca participei

D) Você acha importante haver um acompanhamento pedagógico antes e pós Conselho de Classe?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes ( ) não percebo acompanhamento

E) O que você acredita estar faltando no Conselho de Classe para auxiliar no trabalho pedagógico da escola?

( ) participação de todos os envolvidos no processo educativo (equipe pedagógica, direção, professores, alunos, equipe administrativa, funcionários e a família)

( ) objetivos e metodologias ( ) ações concretas ( ) interesse e compromisso

( ) outros:____________________________________________________________

F) Quais os problemas que impede o ato de aprender e ensinar na escola?

( ) falta de materiais de apoio ( ) falha no planejamento das aulas ( ) organização do professor ( ) falta de compromisso de seriedade por parte dos alunos

( ) falta de acompanhamento familiar ( ) falta de assiduidade de alunos e professores

( ) comodismo do professor, desinteresse em inovar ( ) falta de métodos e metodologias em sala de aula (professor)

46

G) Como você gostaria de colaborar para resolver esses problemas apresentados?

( ) participando, ativamente, de todo o processo pedagógico ( ) prefiro me anular de qualquer comentário ( ) não me interesso pelos assuntos da escola ( ) aceito tudo

47

2. QUESTIONÁRIO 2: Família na Escola

Responder uma alternativa

A) Você conhece a proposta de trabalho da escola?

( ) sim ( ) não ( ) superficialmente

B) Existem problemas interferindo no dia a dia escolar do aluno? Quais?

( ) não percebi problemas ( ) não me preocupo com os problemas ( ) indisciplina ( ) falta de compromisso e seriedade dos alunos ( ) falta de compromisso familiar

( ) falta de assiduidade dos alunos e professores ( ) aulas repetitivas ( ) bullying

( ) preconceitos ( ) discriminação ( ) desigualdade social ( ) falta de compromisso e seriedade dos professores ( ) pouca utilização de tecnologia ( ) alunos imaturos

C) Como você pode colaborar, sendo responsável, com o processo educacional?

( ) não me interesso em colaborar ( ) só quando solicitado(a) ( ) no conselho de classe ( ) nas reuniões ( ) em qualquer momento que acho necessário

( ) na APMF ( ) conversando com o(a) filho(a) e\ou vizinhos

D) Você é um sujeito participativo, que interage com a comunidade escolar?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes ( ) não me interesso em participar ( ) participo, somente, quando solicitado(a) ( ) participo(a), ativamente, de todo o processo escolar

E) O que você entende por Conselho de Classe?

( ) não entendo nada ( ) entendo pouco sobre Conselho de Classe

( ) não me interesso em saber sobre Conselho de Classe ( ) gostaria de sabre mais sobre Conselho de Classe ( ) entendo muito bem sobre Conselho de Classe

48

3. FICHA DA TURMA: Análise da Turma

COLÉGIO ESTADUAL SANTOS DUMONT – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.

PRE-CONSELHO

SÉRIE/ANO:_________ TURMA:___________ PERÍODO:___________DATA:_____________

1) Como está a seriedade e compromisso da turma em relação aos estudos? (tarefas-trabalhos-avaliações-atividades extras- apresentações-etc...)________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2) Como está a assiduidade dos alunos?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3) A turma consegue manter o respeito e a disciplina em sala de aula? (limites)________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4) A turma respeita outros alunos na hora do recreio e conseguem manter-se em fila?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5) Quais são os pontos positivos da turma?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6) Quais são os pontos negativos da turma?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7) A turma é organizada e cuidadosa com seus materiais escolares e com os materiais da escola?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

8) Quais alunos são referências da turma?________________________________________________________________________

49

9) Características predominantes dos professores, equipe pedagógica, funcionários e direção no processo ensino-aprendizagem:

MATEMÁTICA:____________________________________________________________________________________________________________________________________

HISTÓRIA:_______________________________________________________________________________________________________________________________________

GEOGRAFIA:_____________________________________________________________________________________________________________________________________

CIÊNCIAS:_______________________________________________________________________________________________________________________________________

EDUCAÇÃO FÍSICA:_______________________________________________________________________________________________________________________________

ENSINO RELIGIOSO:______________________________________________________________________________________________________________________________

ARTE:__________________________________________________________________________________________________________________________________________

INGLÊS:_________________________________________________________________________________________________________________________________________

BIOLOGIA:_______________________________________________________________________________________________________________________________________

QUÍMICA:_______________________________________________________________________________________________________________________________________

FÍSICA:_________________________________________________________________________________________________________________________________________

ESPANHOL:______________________________________________________________________________________________________________________________________

FILOSOFIA:______________________________________________________________________________________________________________________________________

SOCIOLOGIA:____________________________________________________________________________________________________________________________________

EQUIPE PEDAGÓGICA:____________________________________________________________________________________________________________________________

EQUIPE ADMINISTRATIVA:_________________________________________________________________________________________________________________________

FUNCIONÁRIOS:_________________________________________________________50

DIREÇÃO:_______________________________________________________________________________________________________________________________________

10) Necessidades da turma:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

11) Alunos que necessitam maior comprometimento para o próximo bimestre:________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________

12) Proposta de ação para o próximo bimestre:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Nós nos comprometemos, no pre-conselho, em provocar mudanças que favoreça bons resultados nos estudos escolares. Somos cientes dos acontecimentos positivos e negativos ocorridos até o momento. Estamos dispostos a colaborar com todo o corpo docente, administrativo e funcionários da escola:

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

______________________________________ PROFESSOR (A) REGENTE

______________________________________ PROFESSOR (A) PEDAGOGO (A)

__________________________,______de_________________de_______________.

51

4. FICHA INDIVIDUAL DO ALUNO POR DISCIPLINA: Análise do Trabalho Docente.

DISCIPLINA:_________________________ PROFº:_____________________________

SÉRIE/ANO:_________ TURMA:__________PERÍODO:___________DATA:_____________

ALUNO(A) TRÊS EIXOS: COMPROMISSO, SERIEDADE E ASSIDUIDADE

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

12.

13.

14.

---------------------------------------------

Ass. Professor Regente

52

5. FICHA DO CONSELHO DE CLASSE: Análise do Trabalho Docente e Discente.

BIMESTRE/SEMESTRE:_________DATA:_________________SÉRIE/ANO:____________TURMA:_______________PERÍODO:___________________PROFESSOR(A):__________________________________________________________PROFESSOR(A) PEDAGOGO(A):____________________________________________

1) Análise do Processo Ensino-Aprendizagem/Turma: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2) Disciplina/Seriedade da Turma:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3) Assiduidade/Alunos:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4) Análise Individual/Alunos:

• Dificuldade de Aprendizagem:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

• Referências:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

53

5) Diagnóstico do Trabalho do Professor/Compromisso/Seriedade:A) Estratégias de ações (métodos e metodologias):________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

B) Apoio Didático (materiais pedagógicos):________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

C) Processo Avaliativo (diversificados - resultados obtidos):________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

D) Parceria: relação Professor e Aluno (domínio-relacionamento):________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

E) Sugestões do Grupo:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6) Participação/Compromisso:

• Atividades na comunidade escolar (extra-classe):___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

• Conselho de Classe:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

• Eventos do NRE:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7) Plano de Recuperação/Conteúdo:________________________________________________________________________________________________________________________________________________

8) Proposta de Ação Para o Próximo Bimestre/Professor:________________________________________________________________________________________________________________________________________________

54

9) O Papel do Pedagogo – Mediação do Trabalho Pedagógico:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_______________________ ________________________ profº pedagogo profº da disciplina

________________________ profº regente

_______________________,_______de_____________________de___________

55

ANEXO

1. CONTRATO DE CESSÃO GRATUITA DE DIREITOS AUTORAIS

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

CONTRATO DE CESSÃO GRATUITA DE DIREITOS AUTORAIS

Pelo presente instrumento particular, de um lado (nome completo e por extenso do autor), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), CPF nº (nº CPF), Cédula de Identidade RG nº (nº do RG) residente e domiciliado à Rua (endereço), na cidade de (nome da cidade), Estado (nome do Estado), denominado CEDENTE, de outro lado a Secretaria de Estado da Educação do Paraná, com sede na Avenida Água Verde, nº 2140, Vila Izabel, na cidade de Curitiba, Estado do Paraná, inscrita no CNPJ sob nº 76.416.965/0001-21, neste ato representada por seu titular Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde, Secretária de Estado da Educação, brasileiro, portadora do CPF nº 392820159-04, ou, no seu impedimento, pelo seu representante legal, doravante denominada simplesmente SEED, denominada CESSIONÁRIA, têm entre si, como justo e contratado, na melhor forma de direito, o seguinte:

Cláusula 1ª – O CEDENTE, titular dos direitos autorais da obra (título ou descrição do texto / poesia / letra de música / ilustração / fotografia / filme / painel / pintura / obra / discurso / palestra / melodia / outros arquivos de áudio / etc.), cede, a título gratuito e universal, à CESSIONÁRIA todos os direitos patrimoniais da obra objeto desse contrato, como exemplificativamente os direitos de edição, reprodução, impressão, publicação e distribuição para fins específicos, educativos, técnicos e culturais, nos termos da Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998 e da Constituição Federal de 1988 – sem que isso implique em qualquer ônus à CESSIONÁRIA.

Cláusula 2ª – A CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra autoral ao qual se refere a cláusula 1.ª deste contrato em qualquer tipo de mídia, como exemplificativamente impressa, digital, audiovisual e web, que se fizer necessária para sua divulgação, bem como utilizá-la para fins específicos, educativos, técnicos e culturais.

Cláusula 3ª – Com relação a mídias impressas, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo

56

CEDENTE a publicar a obra em tantas edições quantas se fizerem necessárias em qualquer número de exemplares, bem como a distribuir gratuitamente essas edições.

Cláusula 4ª – Com relação à publicação em meio digital, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra, objeto deste contrato, em tantas cópias quantas se fizerem necessárias, bem como a reproduzir e distribuir gratuitamente essas cópias.

Cláusula 5ª - Com relação à publicação em meio audiovisual, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar e utilizar a obra, objeto deste contrato, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, seja em canais de rádio, televisão ou web.

Cláusula 6ª - Com relação à publicação na web, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra, objeto deste contrato, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, em arquivo para impressão, por escrito, em página web e em audiovisual.

Cláusula 7ª – O presente instrumento vigorará pelo prazo de 05 (cinco) anos contados da data de sua assinatura, ficando automaticamente renovado por igual período, salvo denúncia de quaisquer das partes, até 12 (doze) meses antes do seu vencimento.

Cláusula 8ª – A CESSIONÁRIA garante a indicação de autoria em todas as publicações em que a obra em pauta for veiculada, bem como se compromete a respeitar todos os direitos morais do autor, nos termos da Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998 e da Constituição Federal de 1988.

Cláusula 9ª – O CEDENTE poderá publicar a obra, objeto deste contrato, em outra(s) obra(s) e meio(s), após a publicação ou publicidade dada à obra pela CESSIONÁRIA, desde que indique ou referencie expressamente que a obra foi, anteriormente, exteriorizada (e utilizada) no âmbito do Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED-PR.

Cláusula 10ª – O CEDENTE declara que a obra, objeto desta cessão, é de sua exclusiva autoria e é uma obra inédita, com o que se responsabiliza por eventuais questionamentos judiciais ou extrajudiciais em decorrência de sua divulgação.

Parágrafo único – por inédita entende-se a obra autoral que não foi cedida, anteriormente, a qualquer título para outro titular, e que não foi publicada ou utilizada (na forma como ora é apresentada) por outra pessoa que não o seu próprio autor.

57

Cláusula 11ª – As partes poderão renunciar ao presente contrato apenas nos casos em que as suas cláusulas não forem cumpridas, ensejando o direito de indenização pela parte prejudicada.

Cláusula 12ª – Fica eleito o foro de Curitiba, Paraná, para dirimir quaisquer dúvidas relativas ao cumprimento do presente contrato.

E por estarem em pleno acordo com o disposto neste instrumento particular a CESSIONÁRIA e o CEDENTE assinam o presente contrato.

Curitiba, de de

______________________________________CEDENTE

______________________________________CESSIONÁRIA

______________________________________TESTEMUNHA 1

______________________________________TESTEMUNHA 2

58

2. IDENTIFICAÇÃO, HISTÓRICO

COLÉGIO ESTADUAL SANTOS DUMONT – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

A construção da Escola de 1º Grau (5ª à 8ª Séries) partiu do interesse da própria comunidade e comunidades vizinhas. Moreninha, Pacuri, Cabeceira da Moreninha, Esqui-na Rosa, Santa Cruz, Navegantes, Morenão, Nova Esperança, Santo Antônio e São Mi-guel. Sendo assim, o Colégio teve sua fundação em 17 de Janeiro de 1978 – Ata Nº 01 Registrada em livro próprio e sua criação no mesmo dia, através de Ata Nº 02, com elei-ção da 1ª diretoria do setor local da Campanha Nacional da Escola da Comunidade CNEC.

A Escola Cenecista Padre Anchieta – Ensino de 1º Grau, que então já estava com as quatro séries em pleno funcionamento, fica desativada devido a uma notada crise fi-nanceira na agricultura pois o funcionamento da instituição de ensino era financida pela comunidade. A partir deste momento, a comunidade passou a lutar reivindicando uma es-cola pública e gratuita, para que seus filhos pudessem dar continuidade aos estudos fre-qüentando uma escola local.

Após muita luta, no lugar da Escola Cenecista Padre Anchieta, particular, nasce a Escola Estadual Santos Dumont – Ensino de 1º Grau, com as 4 séries simultaneamente. O nome Santos Dumont foi uma homenagem ao Pai da Aviação, escolhido pela comuni-dade. Em 1992, cria-se mais um curso, Educação Geral, em nível de 2º Grau, passando então o estabelecimento a denominar-se Colégio Estadual Santos Dumont.

O Colégio Estadual Santos Dumont – Ensino de 1º e 2º Graus, passou a denomi-nar-se Colégio Estadual Santos Dumont – Ensino Fundamental e Médio, conforme Reso-lução Secretarial Nº 3120/98 – DOE de 11/09/98 e Autorização de Funcionamento do Es-tabelecimento: Resolução Nº 259/84 – DOE de 25/01/84. O Reconhecimento do Estabele-cimento se deu através da Resolução Nº 1.974/85 – DOE de 13/05/85. Reconhecimento dos Cursos/Habilitação: Ensino Fundamental – Resolução Nº 1.974/85 – DOE d e 13/05/85 e do Ensino Médio – Resolução Nº 1.310/97 – DOE de 30/04/97. O prédio do Colégio Estadual Santos Dumont – Ensino Fundamental e Médio, conta com 07 salas de aulas, Sala da Equipe Pedagógica, Sala de Direção, Secretaria, Cozinha, Sala dos Pro-fessores, Quadra, Quadra coberta em construção, Torre da Ciência em construção, refei-tório, banheiros, ampla biblioteca, videoteca.

O Colégio Estadual Santos Dumont – Ensino Fundamental e Médio, oferece Ensi-no Fundamental, nas quatro últimas séries, nos turnos matutino e vespertino e o Ensino Médio nos turnos matutino e noturno, com os seguintes horários de funcionamento: Matu-tino: 07:20 h às 11:40 h Vespertino: 13:15 h às 17:35 h Noturno: 18:50 h às 23:00 h.

O prédio do Colégio Estadual Santos Dumont – Ensino Fundamental e Médio, conta com 07 salas de aulas, Sala da Equipe Pedagógica, Sala de Direção, Secretaria, Cozinha, Sala dos Professores, Quadra, Quadra coberta em construção, Torre da Ciência em construção, refeitório, banheiros, ampla biblioteca, videoteca.

O Colégio Estadual Santos Dumont – Ensino Fundamental e Médio, oferece Ensi-no Fundamental, nas quatro últimas séries, nos turnos matutino e vespertino e o Ensino Médio nos turnos matutino e noturno, com os seguintes horários de funcionamento:Matutino:07:20hàs11:40h.Vespertino:13:15hàs17:35h.

59

Noturno: 18:50 h às 23:00 h.

Moreninha localiza-se a 640 Km da Capital do Estado, na Micro-região do extremo Oeste do Paraná, no município de Santa Helena. Esta Vila localiza-se na PR – 492, fa-zendo limite com as comunidades de Santa Cruz, Pacuri, Esquina Rosa, Santa Terezinha, Cabeceira da Moreninha, Navegantes, Santo Antônio, Morenão e Nova Esperança.

O plano de ação é construído pela comunidade escolar, visando às ações a se-rem desenvolvidas no decorrer do ano, para atingir as metas e objetivos propostos a curto e longo prazo. O projeto político pedagógico por sua vez é a chave da gestão escolar e a cada ano ele deve ser discutido e se necessário reformulado, pois é a partir da prática que vão surgindo novas idéias e experiências.

O planejamento das atividades escolares é uma necessidade imprescindível, ten-do em vista atingir os resultados da ação educacional previstos na legislação em vigor e especificamente, na LDB 9394/96. Dessa maneira, as atividades escolares devem ser ob-jeto de reflexão por parte do coletivo da escola, incluindo toda a Comunidade Escolar. Dessa reflexão surgirão os caminhos a serem trilhados na ação educacional, materializa-dos na forma de proposta pedagógica, planos de ações anuais e o plano de gestão esco-lar, sendo este elaborado para um período de consecução mais amplo, de dois anos, in-cluindo todos os dados e informações, diretrizes e normas de trabalho pedagógico e ad-ministrativo.

Serão nossos objetivos:• Trabalhar para desenvolver um mecanismo com os quatro eixos da Educação

aprovada pela UNESCO - MEC. • Criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e apren-

dam os conteúdos necessários para a vida em sociedade;• Permitir ao aluno exercitar sua cidadania a partir da compreensão da realidade,

para que possa contribuir em sua transformação;• Buscar novas soluções, criar situações que exijam o máximo de exploração por

parte dos alunos e estimular novas estratégias de compreensão da realidade;• Melhorar a qualidade do ensino, motivando e efetivando a permanência do aluno

na Escola, procurando evitar a evasão;• Criar mecanismos de participação que traduzam o compromisso de todos na me-

lhoria da qualidade de ensino e com o aprimoramento do processo pedagógico;• Promover a integração família-escola-comunidade;• Atuar no sentido do desenvolvimento humano e social tendo em vista sua função

maior de agente de desenvolvimento cultural e social na comunidade.Serão nossas metas imediatas:

• Resgatar os valores morais, éticos e humanos.• Diminuição da evasão escolar no Ensino Fundamental e Médio.• Diminuir o número de alunos em DP.• Aumento da promoção satisfatório no Ensino Fundamental e Médio.• Conscientização e implantação da cidadania e da dimensão política Educacional.• Envolvimento e interação da comunidade, com vistas a uma participação ativa nos

eventos escolares.• Adequação da elevação da qualidade de ensino.

60

• Unificação de linguagens didáticas, científicas, esportivas e projetos.• Envolvimento dos docentes e discentes com as normas regimentais e disciplinares

do estabelecimento.Metas Mediatas:

• Alfabetizar em todas as áreas;• Preparar para a construção do conhecimento;• Saber respeitar o "próximo", em seus bens materiais, morais e intelectuais;• Usufruir os bens da natureza, minimizando os danos à mesma.• Dominar os conteúdos básicos programáticos, do currículo e da PPC.• Internalizar seu papel como cidadão do mundo.• Conscientizar sobre a importância da sua contribuição para o bem estar da comuni-

dade.• Conscientização sobre a importância do estudo para o crescimento interior e auto-

realização.• Formar cidadãos críticos e conscientes.• Desenvolvimento das habilidades dos educandos aproveitando as experiências vi-

venciadas no seio da família e na comunidade onde vive. Nossas ações:

• Capacitação profissional dos docentes através de palestras, dinâmicas de grupo, troca de experiências, além de estimulá-los a estar sempre em busca de novos co-nhecimentos (educação continuada).

• Projeto recuperação concomitante.• Implantação de projetos: Prevenção, Meio Ambiente, Conservação do Patrimônio,

Sala Ambiente e Sala de Informática, Valores Humanos e outros.• Conscientizar, os professores da necessidade de encontrar caminhos adequados e

prazerosos para a concretização do processo ensino-aprendizagem, construindo, dessa forma, um ambiente estimulador e agradável. Uma pedagogia centrada no aluno e não apenas nos conteúdos.

• Lembrar os docentes da importância do trabalho em equipe para obtenção de um funcionamento integral da Escola, estimulando uma relação de igualdade, respeito e consideração mútua.

• Rever com os docentes o valor da avaliação como parâmetro diário para um repla-nejar constante e não como medida de valor inexorável.

• Manter contato direto e transparente com a comunidade, construindo um relaciona-mento harmonioso de forma a que os pais percebam a importância de sua partici-pação para a concretização de uma Escola de qualidade.

• Implantação do conscientizando os pais da sua importância na construção do cará-ter de seus filhos.

• Utilização da biblioteca (estímulo à leitura) e do laboratório (descobertas científicas), Laboratório de Informática (uso da Internet).

• Conhecimento mais profundo da Legislação Educacional;• Fanfarra: Incentivar e aprimorar sempre que for necessário.

61

• Feira cultural, experimental, cientifica e esportiva (valores de talentos).• Avaliar e ajudar na qualidade do ensino-aprendizagem;• Incentivar nas atividades do Grêmio Estudantil;• Bate-papo, palestras e textos dirigidas aos alunos e pais para que os mesmos pos-

sam, através de informações atuais, sentir-se estimulados a educar e freqüentar as aulas, percebendo que os conhecimentos adquiridos na Escola serão necessários para que possam enfrentar um mundo globalizado onde a mudança se faz diaria-mente;

• Administrar, com a participação de professores, pais, funcionários e direção, as verbas recebidas, de forma a atingir o objetivo maior que é a construção de uma escola pública de qualidade.

• Melhorar os espaços físicos da escola sempre que forem necessário e possível, através de convênio com a Prefeitura Municipal, Fundepar e outros órgãos compe-tentes.

Plano de trabalho Setorial:Direção - Objetivos e ações:A Direção da Escola terá sua atuação voltada para:

• Mediação entre o corpo docente e o discente, para que as propostas pedagógicas e curriculares possam ser desenvolvidas de forma eficaz;

• Fornecer os meios para o entrosamento entre a Escola e a comunidade;• Trabalhar na criação de condições para que haja um processo de ensino/aprendi-

zagem adequado à realidade do educando, bem como adequá-lo às suas necessi-dades;

• Atuar junto aos Conselhos de Classe e Série, detectando problemas e auxiliando em possíveis soluções;

• Reuniões pedagógicas voltadas para a troca de experiências e informações atra-vés de leituras e bate-papo, onde os docentes possam aproveitar a teoria, aplican-do-a no exercício do cotidiano;

• Verificar a regularidade, variedade e quantidade de merenda fornecida aos alunos, bem como a sua preparação e aceitação.

• Proporcionar e aprovar toda e qualquer iniciativa de trabalho e inovação por parte de professores, funcionários, pais, alunos, Equipe Técnico Pedagógica, Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil.

• Em síntese: desenvolver atividades que garantam o bom funcionamento da Escola, em todos os segmentos: zelando pela melhor consecução possível da tarefa de toda a Equipe Escolar.

Avaliação:Será feita pela equipe Técnico Pedagógica, no curso das atividades da Escola,

tais como: projetos, reuniões, ações da escola, participação de todos os segmentos, de-sempenho profissional e aprendiz, coletividade de toda a Comunidade Escolar, setor por setor, sempre procurando utilizar-se de estratégica democrática.

Técnico Pedagógico - Objetivo Geral

62

Acompanhamento e avaliação da Proposta Pedagógica da Escola, incluindo ativi-dades coletivas de trabalho pedagógico e os projetos para recuperação da aprendizagem, motivando sempre os novos projetos em todas as áreas.

Ações:• Reuniões pedagógicas e conversas de pé de ouvido, para exposição dos proble-

mas enfrentados pelos membros da equipe escolar e leitura de textos de interesse do grupo, apresentação de atividades práticas que funcionaram bem em sala de aula, seleção interdisciplinar de textos a serem utilizados nas aulas sobre compo-nentes curriculares comuns;

• Reuniões com professores de áreas afins, para trabalhar a multidisciplinaridade.• Avaliação do trabalho de grupo, detectando as dificuldades de cada um, apresen-

tando sugestões para solução dos mesmos. • Atualização e reelaboração do PPP, bem como de seu cumprimento.• Organização de evento e datas comemorativas, contando com a participação de to-

dos, para que haja envolvimento na coletividade.• Promover a união do grupo de professores, melhorando o ambiente e facilitando o

trabalho em equipe;• Organizar atividades lúdicas, com jogos e brincadeiras, passeios ecológicos,ginca-

nas, torneios para incentivar a integração, entre alunos, professores e pais.• Incentivar a participação da comunidade na Escola, APMF, festas escolares, com o

objetivo de melhor integrá-la e promover a conscientização de que a participação da comunidade é benéfica para o rendimento dos alunos.

AvaliaçãoSerá feita pela equipe escolar, no decorrer do desenvolvimento das atividades da

Escola.Docentes - Objetivos

• Elaboração e aplicação dos Planos de Ensino de acordo com a Proposta Pedagó-gica, Plano de Gestão e Plano de Curso da Escola enfatizando o previsto na LDB 9.394/96, Parâmetros Curriculares Nacionais e orientações da Secretaria de Edu-cação do Estado;

• Desenvolver as atividades relacionadas ao processo de ensino / aprendizagem dos alunos;

• Participar das horas de estudos na escola, hora-atividade, reuniões pedagógicas, grupo de estudo, visando à construção da Proposta Pedagógica da escola;

• Dar cumprimento ao PPP da Escola, tendo em vista a finalidade do Ensino Funda-mental e Ensino Médio: formar cidadãos, fornecendo, ainda conhecimentos e habi-lidades necessários à sua mais ampla e efetiva inserção na sociedade; oferecer os conteúdos necessários à continuidade de estudos universitários.AçõesReuniões com direção, professores e pedagogos para estudo e pesquisa; Utiliza-

ção de métodos e de técnicas que incentivem e levem ao aprendizado; Proceder ao acompanhamento e avaliação dos alunos, dando prioridade aos aspectos qualitativos em relação aos quantitativos, em termos de rendimento escolar.

Avaliação

63

Será feita pela equipe técnico / pedagógica, no desenvolvimento das atividades da escola.

Setor de Administração - ObjetivosApoiar administrativamente o processo educacional e a direção da escola através

de atividades pertinentes a:• Documentação e escrituração escolar e de pessoal.• Manutenção, organização e atualização de arquivos e correspondências.• Expedição, registro e controle de expediente.• Registro e controle de bens patrimoniais, bem como da aquisição e conservação e

uso de materiais e gêneros alimentícios.• Serviços gerais de secretaria.• Atendimento ao público e telefônico.• Trabalho de digitação.• Participar de cursos / reuniões / eventos / quando designados pela direção.

AçõesDar consecução às atividades previstas nos objetivos e outras, emanadas da Di-

reção.AvaliaçãoSerá feita no âmbito geral da Escola, por todos os envolvidos. Apoio Operacional - Objetivos

• Proporcionar apoio ao conjunto de ações complementares de naturezaadministrativa e curricular, relativas a:

• Zeladoria, vigilância e atendimento de alunos.• Limpeza, manutenção e conservação das áreas interna e externa do prédio, e pátio

com lixeiros a disposições do educandário.• Controle, manutenção e conservação de mobiliário, equipamentos em geral e ma-

teriais didático-pedagógicos.• Controle, manutenção, conservação, preparo e distribuição da merenda escolar;

Cuidar para que a integridade física de seus pares, alunos e do pessoal em geral seja preservada.

AçõesDar consecução às atividades relacionadas nos objetivos.AvaliaçãoSerá feita no âmbito geral da Escola, por todas as equipes e / ou todos os envolvi-

dos direta ou indiretamente na educação.Acompanhamento, controle e avaliação do plano de ação:A avaliação incidirá sobre os aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros

da atividade escolar, devendo ser realizada através de procedimentos internos, definidos pela Escola e externos, pelos órgãos supervisores.

A avaliação interna, realizada pelo Conselho de Classe e Série em reuniões espe-cialmente convocadas, terá como objetivo a análise, orientação e reformulação, se

64

necessário, dos procedimentos pedagógicos, financeiros e administrativos. Terá como meta o aprimoramento da qualidade do ensino, sendo sustentada por

procedimentos de observação e registros contínuos, para permitir o acompanhamento: sistemático e contínuo do processo de ensino e do processo de aprendizagem, de acordo com os objetivos e metas constantes no Projeto Político Pedagógico e Plano de Gestão;

• Do desempenho da equipe escolar, dos alunos e dos demais funcionários, nos dife-rentes momentos do trabalho educacional;

• Da participação da comunidade escolar nas atividades propostas pela Escola;A avaliação será anexada ao Plano de Gestão e ao Plano de Curso, na forma de

relatórios, servindo para orientar os momentos de planejamento da atividade escolar. Projetos Especiais.Os Projetos Especiais da Escola serão cumpridos nas datas e determinações da escola ou do calendário escolar ouvindo e colaborando com o professor responsável para a apli-cação do projeto. Portanto, far-se-á o possível para cumprir e fazer cumprir o plano de tra-balho e ação 2010, 2011, o regimento interno, as determinações da SEED, a LDB 9394/96, o PPP do Colégio e projetos e inovações da escola. Agindo sempre com coerên-cia e determinação para que todos possam desenvolver e desempenhar seu papel com êxito, buscando a qualidade do ensino-aprendizagem do educando.

O projeto pedagógico é a chave da gestão escolar. A cada ano ele deve ser revis-to e, em alguns casos, reformulado. Só da prática surgem novas idéias, que, por sua vez alimentam novas práticas e assim sucessivamente.

65