FI01_H5_A Península Ibérica lugar de passagem e de fixação_Ambiente natural e primeiros povos
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Formas de representar a Terra A Terra tem a forma de uma esfera e, por isso, o globo* é a forma mais fiel de representar a superfície terrestre. Um mapa onde está representada toda a superfície terrestre chama-se planisfério*.
A Terra é constituída por continentes* e oceanos*. É considerada um planeta azul uma vez que a maior parte da superfície terres-tre é composta pelos oceanos, os continentes ocupam cerca de um quarto.
Para nos ajudar a localizar os lugares da
Terra são traçadas linhas no globo e nos
mapas, como é o caso do Equador* que
divide a Terra em duas partes iguais: o
Hemisfério* Norte e o Hemisfério Sul.
Mas, para a orientação, é também
importante utilizarmos a Rosa-dos-
ventos*, que permite localizar os lugares
relativamente uns aos outros.
É necessário ter sempre em atenção, quando observamos um mapa, os seguintes aspectos: o título que informa o que está repre-
sentado, a legenda que dá informação do significado dos sinais ou cores utilizadas, a orientação que indica o norte e a escala
que indica o número de vezes que a realidade foi reduzida.
A Península Ibérica no Mundo A Europa localiza-se a norte do Equador,
ou seja, no Hemisfério Norte. A Península* Ibérica situa-se no extremo sudoeste
da Europa, entre o oceano Atlântico e o Mar
Mediterrâneo. Encontra-se ligada ao resto do
continente europeu pelos montes Pirenéus. Limites da Península Ibérica: Norte e Nordeste: oceano Atlântico e Pirenéus.
Este: mar Mediterrâneo.
Sul: oceano Atlântico e mar Mediterrâneo.
Oeste: oceano Atlântico.
Tal como a Península Ibérica, no continente europeu encontramos mais penínsulas: a Península Escandinava, a Península Balcânica e a Península Itálica.
TEMA: A Península Ibérica – Lugar de Passagem e de Fixação | Ambiente Natural e Primeiros Povos
História e Geografia de Portugal
Conceitos:
Globo: Forma redonda ou esférica, representa mais fielmente a Terra quanto à sua dimensão e distribui-ção dos continentes e oceanos. Planisfério: Representação plana da superfície terrestre. Continente: grande superfície de terras envolvidas por oceanos. Oceanos: vasta extensão de água salgada. Equador: linha imaginária que divide a Terra em duas partes iguais e está à mesma distância dos pólos. Hemisfério: as duas metades em que se divide a Terra, separados pela linha do Equador. Existe o Hemisfério Norte e o Hemisfério Sul. Rosa-dos-Ventos: conjunto dos pontos cardeais e colaterais. Península: porção de terra rodea-da de água por todos os lados menos por um.
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A B B
C
D
E
Continentes 1 – Europa 2 – África 3 – Ásia 4 – América 5 – Oceânia 6 - Antárctida
Oceanos A – Atlântico B – Pacífico C – Índico D – Glacial Árctico E – Glacial Antárctico
Pólo Norte
Equador
Pólo Sul
Hemisfério Norte
Hemisfério Sul
Norte
Sul
Este Oeste
NO-Noroeste NE-Nordeste
SO-Sudoeste SE-Sudeste
Globo Planisfério
Península Ibérica
Península Ibérica
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RELEVO E RIOS
A superfície da Península Ibérica apresenta formas de relevo* diferentes:
montanhas*, planaltos* e planícies*. No centro da Europa existe um extenso
planalto rodeado e atravessado por montanhas, onde os rios correm em
vales* profundos. As principais cadeias montanhosas da Península Ibérica
são: Cordilheira Central (centro), Cordilheira Cantábrica (norte), Cordilhei-
ra Bética (sul), Cordilheira Ibérica e Pirenéus (nordeste). As planícies locali-
zam-se sobretudo no litoral. Os principais rios peninsulares são:
Douro, Tejo, Guadiana e Guadalquivir que desaguam no oceano Atlântico.
Ebro que desagua no mar Mediterrâneo.
Cada um deles e os seus afluentes formam uma rede/bacia hidrográfica*. Clima No planeta Terra existem três zonas climáticas:
Zona Quente: a que fica mais perto do Equador.
Zonas Frias: as que ficam mais perto dos pólos.
Zonas Temperadas: as que se localizam entre a Zona
Quente e as Zonas Frias. Península Ibérica – Zonas Climáticas
Recursos Naturais da Península Ibérica Extensa costa marítima e bom acesso ao mar.
Possibilidade de desenvolvimento da pesca e o contacto com outros povos.
Rios que permitia obter água doce e peixe.
Animais e aves para a alimentação.
Florestas: frutos, raízes e madeira.
Minerais para fabricar utensílios e armas.
Conceitos: Relevo: diferentes formas que a superfície terrestre apresenta. Planície: grande superfície de terreno plano e de muito pouca altitude. Planalto: grande superfície de terreno plano ou ondulado de média ou grande altitude. Montanha: elevação de terreno que se destaca das terras circun-dantes pela sua altitude. Vale: espaço compreendido entre dois montes no qual, geralmente, corre um rio. Rede ou Bacia Hidrográfica: região banhada por um rio e os seus afluentes. Temperatura: estado de aque-cimento da atmosfera. Precipitação: quantidade de água caída sob a forma de chuva, neve ou granizo. Vegetação Natural: conjunto de plantas primitivas que nasceram e se desenvolveram num lugar sem a intervenção do Homem. Folha Caduca: as folhas caem no Outono e renascem na Primavera. Folha Persistente: tem folhas o ano todo. Recursos Naturais: riquezas existentes na Natureza que o Homem utiliza em seu próprio proveito.
Características Naturais da Península Ibérica
Fig.6
1-Montanha 2-Planalto 3-Vale 4-Planície
Vegetação Natural A vegetação natural* varia de região para região pois
depende da qualidade do solo e, acima de tudo, do clima.
Regiões mais frias e húmidas do Norte: carvalhos, cas-
tanheiros. Predomina as árvores de folha caduca*.
Regiões mais secas e quentes do Sul: sobreiro e azinhei-
ra. Predomina as árvores de folha persistente*.
Zona Atlântica: muito
influenciada pelo Atlântico,
pelos ventos e pelo relevo.
Zona Interior ou Continental: Centro Zona Mediterrânea: Sul.
Zonas Climáticas
A Península Ibérica é habitada pelo Homem desde há muitos milhares
de anos. Os primeiros homens dependiam completamente da Nature-
za, ou seja, dos recursos naturais. Precisavam de se esforçar muito para
vencer os perigos e as dificuldades que os rodeavam. Lutavam pela
sobrevivência.
Para sobreviver tinham de recolher da Natureza frutos, raízes, folhas,
pescavam e caçavam – eram recolectores*.
Para se alimentarem, quando os recursos naturais acabavam num
lugar tinham de se deslocar para outro – eram nómadas*.
Este período era caracterizado pelo imenso frio, por isso, abrigavam-
se em grutas ou cabanas feitas de paus e peles de animais.
Conseguiram descobrir o fogo, passando a utilizá-lo para cozinhar os
alimentos, aquecerem-se, protegerem-se contra animais ferozes, ilumi-
nar as cavernas e também era utilizado para fabricar instrumentos
Os recolectores viviam em pequenos grupos, faziam instrumentos
para a caça como lanças e bifaces.
Os recolectores eram artistas e/ou mágicos, gravavam e pintavam
animais nas paredes das cavernas em que se abrigavam, pintavam
cenas da vida diária, as chamadas pinturas rupestres* porque acre-
ditavam que lhes traria sorte para a caçada.
As Comunidades Agro-Pastoris O frio que se fazia sentir no tempo das comunidades recolectoras diminuiu, as
temperaturas subiram e os gelos derreteram. Com estas alterações climáticas
alguns animais desapareceram, outros novos surgiram, assim como as plantas.
Domesticavam algumas espécies animais, como a cabra e a vaca. Dedica-
ram-se à Pastorícia*, não dependendo mais da caça. Obtinham carne, leite,
lã e peles.
Começaram-se a dedicar à Agricultura*, ou seja, tornaram-se produtores.
A alimentação tornou-se mais variada e rica e isso fez aumentar a população.
A agricultura e a pastorícia fornecia-lhes alimento durante todo o ano e
assim começaram a viver sempre no mesmo sítio, ou seja, tornaram-se seden-tários*. Construíam eles próprios as suas casas, juntas umas às outras forman-
do aldeias.
As novas actividades exigiam-lhes outros utensílios. Começaram a usar o
arado em madeira e outros utensílios feitos em pedra, como a mó, a enxada e
a foice. Surgiu também a roda que veio facilitar o transporte de produtos.
O desenvolvimento da agricultura e da criação de gado fez com que
aumentasse a quantidade de produtos e a necessidade de os guardar. Desen-
volveram novas técnicas: a cestaria, a cerâmica e a tecelagem.
Só muito tempo depois, os povos agro-pastoris passaram a fabricar utensílios em metal –
primeiro cobre e bronze e depois em ferro.
Os povos agro-pastoris preocupavam-se com a vida para além da morte, construíam
monumentos em pedra:
Antas ou Dólmenes: monumentos funerários erguidos nos locais
em que eram enterrados os mortos.
Menires: monumentos dedicados à Natureza.
As Primeiras Comunidades Recolectoras
Conceitos: Recolectores: povos que vivem do que a Natureza lhes dá. Nómadas: povo que não vive sempre no mesmo local porque tem de se deslocar em busca de alimento. Pinturas Rupestres: gravuras feitas na pedra. Pastorícia: actividade através da qual o Homem se dedica à criação de gado. Agricultura: actividade através da qual o Homem trabalha a terra para obter alimentos. Sedentários: povo que vive sempre no mesmo local.
Anta ou Dólmen Menir
Foram vários os povos agro-pastoris que viveram na Península
Ibérica. Os Iberos foram os primeiros povos a habitar o Sul e
Este da Península. Os Celtas, povo guerreiro vindo do centro da
Europa, fixaram-se sobretudo no Norte e Oeste da Península.
Com o tempo, os Celtas e os Iberos misturaram-se dando origem
aos Celtiberos. A tribo Celtibera que se destacou foi os Lusita-nos, povo guerreiro, que ocupou a região entre os rios Douro e
Tejo – Lusitânia.
Estes povos organizavam-se em tribos e guerreavam-se frequen-
temente. Para melhor se defenderem, construíram as suas
povoações nos altos dos montes, rodeando-se de muralhas – os
castros ou citânias (povoações fortificadas construídas no alto dos
montes). Contactos com os povos mediterrâneos
O comércio foi a razão principal da deslocação destes povos ao longo do Mediterrâneo até terras tão longínquas. Para além das
mercadorias, estes povos trouxeram para a Península Ibérica novos hábitos e costumes:
Escrita alfabética – Fenícios Uso da moeda – Gregos Conservação dos alimentos pelo sal - Cartagineses Em Síntese… A vida dos primeiros habitantes da Península tem três grandes etapas:
Celtas, Iberos e Celtiberos
Os recursos naturais da Península Ibérica (ouro, prata, cobre, estanho, azeite, vinho trigo e sal)
atraíam povos que viviam em redor do mar Mediterrâneo.
Fenícios: vindos da Fenícia, comercializavam vasos de vidro e tecidos de cor púrpura.
Gregos: provenientes da Grécia, traziam vasos de cerâmica e tecidos.
Cartagineses: vindos de Cartago, traziam tecidos e vasos de vidro.
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