fenomelogia 06

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7/4/2014 online.unip.br/Imprimir/ImprimirConteudo http://online.unip.br/Imprimir/ImprimirConteudo 1/8 Módulo 5: Fenomenologia Existencial da História Pessoal A concepção de história pessoal (historiobiografia) de Dulce Critelli Historiobiografia e Sentido da Vida A concepção de história pessoal (historiobiografia) de Dulce Critelli Bibliografia básica: CRITELLI, D. História Pessoal e Sentido da Vida – Historiobiografia. São Paulo: EDUC, 2012. A filósofa Dulce Critelli fundamenta suas reflexões nas filosofias de Martin Heidegger e Hannah Arendt, que, por sua vez, fornecem importantes compreensões para psicologia fenomenológica existencial. Para a autora, ambos os pensadores são complementares, mas há uma diferença notável entre eles no que tange ao sentido da filosofia. Enquanto para Heidegger a filosofia exige descomprometimento com a vida cotidiana, para a ex-aluna de Heidegger radicada nos EUA, a filosofia é a capacidade de avaliar a vida e de modificá-la. Para Arendt, a filosofia mantém uma relação íntima com a ação. Segundo Critelli (2012), “Quando pensamos, transformamos nossas crenças e, consequentemente, transformamos nosso jeito de viver.” (p.17) Por ação, Arendt se refere à condição humana. Existir é ser iniciador. Fiel ao princípio fenomenológico existencial de suspensão radical de quaisquer a priori que substancializam a existência, Arendt concebe o ser-no-mundo-com-os-outros como ação e palavras. A ação inicia algo novo mundo. Seu sentido vai se desvelando nas repercussões, consequências e desdobramentos. Por isso, o sentido de todo gesto humano depende dos outros. Nas palavras de Critelli (2013), Nossos atos e palavras não são autosignificantes. Se eles ganham impulso nas nossas intenções, raramente as realizam. De um lado, porque à medida que se destinam aos outros (por condição humana, iniciadores como nós), eles podem interferir neles e modificar seu sentido. De outro lado, porque o sentido e o significado de nossos atos e palavras sé se completam pelos efeitos e consequências que provocam. (p.36) Assim, a existência, que é concomitantemente singular (eu sou) e plural (no mundo com os outros), pode perder a autoria de sua história. Como atora dos próprios gestos, seus significados podem ser transformados pelos outros. A fala é a capacidade de explicitar o sentido intencionado, preservando a autoria da ação. Essas reflexões são muito importantes para a psicologia fenomenológica existencial, pois esta suspende as noções de psiquismo, sujeito e indivíduo, reconhecendo o outro como existência singular e plural, no mundo com os outros, constitutivamente estando em jogo a autoria de sua biografia. Referência bibliográfica CRITELLI, D. História Pessoal e Sentido da Vida – Historiobiografia. São Paulo: EDUC, 2012. Atividades Recomendadas

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    Mdulo 5: Fenomenologia Existencial da Histria Pessoal

    A concepo de histria pessoal (historiobiografia) de Dulce Critelli

    Historiobiografia e Sentido da Vida

    A concepo de histria pessoal (historiobiografia) de Dulce Critelli

    Bibliografia bsica: CRITELLI, D. Histria Pessoal e Sentido da Vida Historiobiografia. SoPaulo: EDUC, 2012.

    A filsofa Dulce Critelli fundamenta suas reflexes nas filosofias de Martin Heidegger eHannah Arendt, que, por sua vez, fornecem importantes compreenses para psicologiafenomenolgica existencial. Para a autora, ambos os pensadores so complementares, mas huma diferena notvel entre eles no que tange ao sentido da filosofia. Enquanto para Heidegger afilosofia exige descomprometimento com a vida cotidiana, para a ex-aluna de Heidegger radicadanos EUA, a filosofia a capacidade de avaliar a vida e de modific-la. Para Arendt, a filosofiamantm uma relao ntima com a ao. Segundo Critelli (2012), Quando pensamos,transformamos nossas crenas e, consequentemente, transformamos nosso jeito de viver. (p.17)

    Por ao, Arendt se refere condio humana. Existir ser iniciador. Fiel ao princpiofenomenolgico existencial de suspenso radical de quaisquer a priori que substancializam aexistncia, Arendt concebe o ser-no-mundo-com-os-outros como ao e palavras. A ao inicia algonovo mundo. Seu sentido vai se desvelando nas repercusses, consequncias e desdobramentos.Por isso, o sentido de todo gesto humano depende dos outros. Nas palavras de Critelli (2013),

    Nossos atos e palavras no so autosignificantes. Seeles ganham impulso nas nossas intenes, raramenteas realizam. De um lado, porque medida que sedestinam aos outros (por condio humana, iniciadorescomo ns), eles podem interferir neles e modificar seusentido. De outro lado, porque o sentido e o significadode nossos atos e palavras s se completam pelosefeitos e consequncias que provocam. (p.36)

    Assim, a existncia, que concomitantemente singular (eu sou) e plural (no mundo com osoutros), pode perder a autoria de sua histria. Como atora dos prprios gestos, seus significadospodem ser transformados pelos outros. A fala a capacidade de explicitar o sentido intencionado,preservando a autoria da ao.

    Essas reflexes so muito importantes para a psicologia fenomenolgica existencial, poisesta suspende as noes de psiquismo, sujeito e indivduo, reconhecendo o outro como existnciasingular e plural, no mundo com os outros, constitutivamente estando em jogo a autoria de suabiografia.

    Referncia bibliogrfica

    CRITELLI, D. Histria Pessoal e Sentido da Vida Historiobiografia. So Paulo: EDUC, 2012.

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    1. Leia os textos indicados, prestando ateno para a histria da fenomenologia e dafenomenologia-existencial nos contextos clnicos.

    2. A Historiobiografia uma abordagem teraputico-pedaggica (CRITELLI, 2012, p.12) Por que?Responda recorrendo ao livro. H relaes possveis entre a prtica psicolgica e tal abordagem?Se sim, quais? Indique-as.

    3. Logo no comeo do livro, Critelli (2012, p.11) indica trs questes fundamentais: Quem soueu?, Qual o sentido da vida?, Que sentido eu fao nela? Reflita sobre como a Psicologia temlidado com essas questes.

    4. Acompanhe o exerccio abaixo:

    Leia as duas frases de Critelli e, considerando a relao entre elas, indique a alternativa correta:

    Os homens experimentam uma necessidade ontolgica de compartilhar seus conhecimentos, suasdescobertas, seus sentimentos e pensamentos"

    POIS,

    "para os homens, tudo o que chamamos de real aberto e sustentado pelo viver em conjunto. (p.26)

    Assinale a alternativa correta:

    A) As duas asseres so verdadeiras e a segunda uma justificativa correta da primeira.

    B) As duas asseres so verdadeiras e a segunda no uma justificativa correta da primeira.

    C) A primeira assero uma proposio verdadeira e a segunda, uma proposio falsa.

    D) A primeira assero uma proposio falsa e a segunda, uma proposio verdadeira.

    E) Tanto a primeira como a segunda so proposies falsas.

    Se voc acompanhou o texto acima e leu o texto indicado pde compreender que a existnciahumana coexistncia, isto , acontece com-os-outros-no-mundo. Ter assinalado a alternativa Acomo correta. Para Arendt o existir poltico. Sendo assim, ser-a e mundo so dois polos domesmo fenmeno, que o existir com outros. Portanto, ambas as afirmaes esto corretas e asegunda uma justificativa correta da primeira.

    Historiobiografia e Sentido da Vida

    Bibliografia bsica: CRITELLI, D. Histria Pessoal e Sentido da Vida Historiobiografia. SoPaulo: EDUC, 2012.

    A filsofa Dulce Critelli nomeia Historiobiografia a abordagem teraputico-pedaggica quetem por inteno a redescoberta do sentido da vida atravs da compreenso da histria pessoal.

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    (p.12) Esse termo composto por histria e biografia, apontando para dois aspectos fundamentaisdo existir humano.

    Histria significa tanto o conjunto de conhecimentos relativos ao passado da humanidade(HOUAISS, 2013), quanto uma narrativa. Esses dois sentidos de articulam na existncia humana.Somos seres histricos, isto , lanados em contextos significativos histricos compartilhados jdados, e biogrficos, isto , que constitumos nossa histria pessoal ao longo do existir. Por isso,quem algum s pode ser dito quando j foi; a todo momento nossas aes podem inaugurarnovos sentidos, que reverberam no j vivido.

    A todo o momento possvel uma reflexo sobre a histria que est em andamento. Isso necessrio, pois existir estar em risco de perder o prprio ser (a autoria da prpria vida) nasinterpretaes do senso comum. Tambm fundamental para cuidar das possibilidadesporvindouras, realizando a possibilidade humana de lanar-se em direo ao que ainda no , maspode ser (POMPEIA, 2012), cuidando para que a vida seja melhor.

    Critelli (2012) indica trs guias de viver: 1) Relatos, 2) Historietas e 3) Histrias.Diferenciam-se pela abrangncia temporal e pela complexidade de cada um. A identidade pessoalse costura pelos fios dessas formas de narrativa.

    Referncias Bibliogrficas

    CRITELLI, D. Histria Pessoal e Sentido da Vida Historiobiografia. So Paulo: EDUC, 2012.

    POMPIA, J. A.; SAPIENZA, B. T. Os dos nascimentos do homem: Escritos sobre terapia e educaona era da tcnica. Rio de Janeiro: Via Vrita, 2011.

    Atividades Recomendadas

    1. Leia os textos indicados, prestando ateno para a histria da fenomenologia e dafenomenologia-existencial nos contextos clnicos.

    2. Critelli (2012) indica trs guias de viver no livro Histria Pessoal e Sentido da Vida Historiobiografia. Pesquise oque significa cada um desses termos?

    3. Referindo-se sua biografia, recolha um relato, uma historieta e uma histria pessoais.

    4. Acompanhe o exerccio abaixo:

    Uma psicloga fenomenolgica atendia em seu consultrio uma menina. A menina enrolou umamassinha at formar uma cobra. No momento seguinte, pega um instrumento e comea a cortar a cobraem vrios pedaos. Sua primeira reao foi de interpretar luz das concepes psicanalticas. Mas, antesdisso, perguntou menina, que lhe respondeu: a cobra estava se sentindo sozinha, ento estou lhedando amigos. (situao adaptada de FORGHIERI, 2000) Considerando a compreenso da condiohumana desenvolvida por Critelli (2012) e a Historiobriografia est correto afirmar:

    [Referncia bibliogrfica: FORGHIERI, Y. C. Psicologia Fenomenolgica: fundamentos, mtodo e pesquisa.So Paulo: Ed. Pioneira Thomson, 2000.]

    A) O senso comum fundamenta e referenda a compreenso dessa psicloga.

    B) Os atos so autossignificantes. O fenomenlogo precisa ir s coisas mesmas, isto , observao dosatos da menina.

    C) A palavra a possibilidade de explicitar as intenes. A menina pde, ao dizer o que fazia, explicitar osentido do cortar.

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    D) O desvelamento do verdadeiro sentido do cortar depende da reflexo da psicloga. A reflexo (termoque recebe um significado especfico na Historiobiografia) a capacidade de articular o que aparece comas interpretaes tericas.

    E) A psicloga precisa realizar uma Historiobiografia da menina, isto , pedir que ela conte de sua histriae de sua biografia.

    Se voc leu atentamente os textos indicados, pde ver que a alternativa correta a C. Pararesponder esta questo, necessrio ter clareza sobre o que a Historiobiografia desenvolvida porCritelli, que mostra que as alternativas D e E esto erradas. A alternativa A est incorreta, pois ainterpretao inicial da psicloga estava (de acordo como enunciado!) fundamentada napsicanlise. A alternativa B est errada pois ir s coisas mesmas desvelar o sentido dosfenmenos. Para isso, necessrio articular os significados das aes da menina com a enunciaode suas intenes.

    Exerccio 1:

    Segundo Critelli (2012), a filosofia fenomenolgica existencial caracterizada pela reflexo. Diz aautora que a reflexo "Implica um retorno ao j visto e j sabido para examin-lo de novo,desembrulh-lo de suas interpretaes usuais e j dadas como certas para permitir sua nova eoriginal manifestao. (p.21-2)

    Essa compreenso est associada s ideias fenomenolgicas de:

    I Aletheia (verdade), que significa desvelamento. A reflexo a possibilidade do desvelamentode novos sentidos, que ficam encobertos pelo j sabido, pela interpretao cotidiana.

    II Suspenso fenomenolgica, que o deixar de lado as interpretaes sedimentadas, para queoutras possam surgir.

    III Reflexo o retorno daquilo que j foi visto, mas que ficou oculto na conscincia do Dasein. Areflexo o que torna visvel aquilo que estava encoberto.

    Esto corretas apenas as afirmaes:

    A - I. B - II. C - III. D - I e II. E - I e III.

    O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)

    Comentrios:

    A - fenomelogiaB - fenomelogiaC - fenomelogiaD - fenomelogia

    Exerccio 2:

    Critelli (2012) cita o seguinte trecho da filsofa Hannah Arendt:

    Distinguindo-se da informao correta e do conhecimento cientfico, acompreenso um processo complexo, que jamais produz resultadosinequvocos. Trata-se de uma atividade interminvel por meio da qual , emconstante mudana e variao, aprendemos a lidar com nossa realidade,reconciliando-nos com ela, isto , tentamos nos sentir em casa no mundo. (...) a maneira especificamente humana de estar vivo, porque toda pessoa necessita

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    reconciliar-se com um mundo em que nasceu como um estranho, em suainconfundvel singularidade. A compreenso comea com o nascimento e terminacom a morte. (Arendt, 1993, apud Critelli, 2012, p.25)

    Para Arendt, a finalidade da compreenso :

    A - estabelecer verdades duradouras e teis sobre a realidade. B - descobrir essncias e/ou verdades primeiras, sem compromisso com a vida prtica. C - entender o sentido de algo ou de uma situao, possibilitando o lidar com ela. D - fazer com que o paciente se sinta acolhido. E - revelar o significado latente no fenmeno observvel.

    O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)

    Comentrios:

    A - fenomelogiaB - fenomelogiaC - fenomelogia

    Exerccio 3:

    Um dos conceitos mais importantes da Psicologia conscincia. Entretanto, as vrias psicologiasdiscordam quanto a que se refere esse termo. A filsofa Hannah Arendt tece reflexes sobre aconscincia, apontando-a como um aspecto prprio da condio humana. Na Historiobiografia deDulce Critelli (2012), conscincia a condio indicada por Plato de sermos dois-em-um. Issosignifica:

    I que nosso pensamento pode se desdobrar em dois, tornando-me expectador e avaliador dosmeus prprios atos.

    II que da condio humana ser outro de si mesmo. Funda-se na conscincia a possibilidade dodilogo (dia logos) silencioso consigo mesmo.

    III que na relao com outros, o dois-em-um se unifica, silenciando-se, possibilitando aparecer aooutro como indivduo (no dividido).

    IV que a conscincia capacidade da existncia de compreender seus atos. As intenes,entretanto, escapam-lhe, ficando veladas pela histria silenciosa e oculta que cada um .

    Esto corretas apenas as afirmaes:

    A - I e II. B - II e III. C - III e IV. D - II, III e IV. E - I, II e III.

    O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)

    Comentrios:

    A - fenomelogiaB - fenomelogiaC - fenomelogiaD - fenomelogiaE - fenomelogia

    Exerccio 4:

    A Historiobriografia (Critelli, 2012) uma abordagem teraputico-pedaggica que tem por inteno

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    a redescoberta do sentido da vida atravs da compreenso da histria pessoal. (p.12) Emborano tenha sido elaborada por uma psicloga (Critelli filsofa) nem seja prerrogativa do psiclogo,trata-se de uma abordagem que fornece elementos importantes para a formulao de uma atitudeclnica fenomenolgica existencial. So aspectos dessa atitude:

    I A importncia de perguntar ao agente do ato sua inteno. No contexto clnico, isso significarefletir sobre as motivaes para ao realizada.

    II A considerao de que o sentido de um ato est no mundo, isto , nos desdobramentosiniciados pela ao. Assim, a atitude clnica considera os testemunhos dos atos. Isso podeacontecer na forma de investigar junto ao autor as consequncias que ele percebeu e/ououvindo dos demais envolvidos como interpretaram esses atos.

    III A nfase dada ao. Num contexto clnico, o psiclogo fica atento s aes realizadas porquem o procura, assim como estimula o cliente a agir de outros modos.

    IV A nfase no aspecto teraputico-pedaggico, isto , nos ensinamentos (pedagogia) sobre acondio humana que propiciam mudanas existncias (terapia).

    Esto corretas apenas as afirmaes:

    A - I e II. B - II e III. C - III e IV. D - I, II e III. E - I, II e IV.

    O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)

    Comentrios:

    A - fenomelogia

    Exerccio 5:

    Leitoras da Revista CLAUDIA escrevem o que, para elas, o mais importante na vida:

    (Fonte: http://claudia.abril.com.br/materia/felicidade-e-2143?p=comportamentoreflexoes)

    Felicidade ..."Estar perto de quem eu amo me deixa nas nuvens. Aconteceu recentemente, na minha formatura.As pessoas mais importantes da minha vida estavam l, foi um momento nico" A lista deingredientes de annimos e famosos que j experimentaram o sabor da felicidade variada, bemtemperada e afetiva" - Maristela Ramos, 25 anos, designer grfica, de Curitiba

    "Felicidade se dar conta dos momentos maravilhosos que a vida oferece. Tive dois inesquecveis:os dias em que meus filhos nasceram" - Sandra Helena Ramos, 32 anos, analista financeira, deJoinville (SC)

    "Minha maior alegria fazer compras. Outro dia adquiri uma jia e fiquei radiante" - JosianeBassoto de Lima, 30 anos, analista de sistemas, de So Paulo

    "Dar um mergulho, ficar na areia tomando sol...e depois ainda comer frutos do mar! Como moroperto de praias lindas, sigo essa receita todo fim de semana. Aprendi que felicidade deixar delado o stress do dia e simplesmente curtir o melhor da vida" - Ana Paula Ramos, 26 anos, designer,de Joinville (SC)

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    As afirmaes dessas leitoras esto imersas no senso comum (Critelli, 2012), que nossa realidade compartilhada. Sobre isso est correto afirmar:

    I O senso comum resultante de renovados acordos que os indivduos tcita ouexplicitamente fazem entre si.

    II Na perspectiva fenomenolgica existencial de Critelli (2012), fundamentada emHannah Arendt, o senso comum precisa ser suspendido para que uma verdade aparea.

    III O senso comum formado pelas respostas que coletivamente damos s perguntasessenciais: Quem sou eu? Qual o sentido da vida? Que sentido eu fao nela?

    IV As leitoras Josiane Bassoto de Lima e Ana Paula Ramos apresentam o sensocomum, pois para elas a felicidade est associada ao consumo e aos prazeres efmeros,enquanto Maristela Ramos e Sandra Helena Ramos compreendem a felicidade como algomais profundo, sendo mais autnticas e estando, portanto, alm do senso comum.

    Esto corretas apenas as afirmaes:

    A - I, II e III. B - II, III e IV. C - II e IV. D - I e III. E - I e II.

    O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)

    Comentrios:

    A - fenomelogiaB - fenomelogiaC - fenomelogiaD - fenomelogia

    Exerccio 6:

    Segundo Critelli (2012) Temos uma espcie de saber mudo de ns mesmos. Um saber que nossegue inexoravelmente e que nos orienta determinante em nosso existir. Por se elaborar eenunciar em surdina, no se trata de uma histria pessoal e inexistente e muito menosirrelevante. (p.52)

    Considerando essa concepo de histria pessoal e sua relao com a psicologia est corretoafirmar:

    I Essa histria o solo que sustenta a biografia de cada um; atravs dela, o existir de cadaencontra justificativa para suas aes.

    II Ao afirmar que a histria se elabora e enuncia em surdina, Critelli (2012) indica que ela inacessvel existncia.

    III A histria pessoal se inicia antes que a existncia se d conta de si; as histrias familiares eculturais tambm a elaboram.

    Esto corretas apenas as afirmaes:

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    A - I. B - II. C - III. D - I e II. E - I e III.

    O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)

    Comentrios:

    A - fenomelogiaB - fenomelogiaC - fenomelogiaD - fenomelogiaE - fenomelogia