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Informativo Semanal de Economia Bancária – Semana de 02 a 06 de janeiro de 2017 – Ano 9, Nº. 380
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Federação Brasileira de Bancos Av. Brig. Faria Lima 1.485
Torre Norte 15º andar 01452-002 São Paulo SP Brasil
tel 55 11 3244 9800 fax 55 11 3031 4106
Semana de 02 a 06 de janeiro de 2017 – Ano 9, Nº. 380
O relatório Focus, divulgado na manhã
de segunda-feira (02), trouxe como
principal destaque a redução da
projeção para a taxa Selic no
encerramento de 2017, de 10,50%
para 10,25%, contemplando assim um
corte de 3,50 pp frente aos atuais
13,75%. As estimativas para a inflação
trouxeram ajustes marginais: para o
IPCA em 2017, a mediana subiu de
4,85% para 4,87%, e para o ano
fechado de 2016, a projeção do
mercado recuou de 6,40% para 6,38%.
Indicadores fechados ainda serão
conhecidos nos próximos dias, como o
IPC e o IGP-DI, após o dado do IGP-M
um pouco acima do esperado na
semana passada. Para o PIB, a
mediana permaneceu em -3,49% para
2016, assim como ficou em 0,50% para
2017. A tendência para a projeção
desta variável tem sido de ajustes
negativos, e alguns economistas já
projetam uma estagnação ou mesmo
nova retração do PIB neste ano, ainda
que a maior parte desta revisão seja
devida ao carry over negativo de 2016.
Por fim, para a taxa de câmbio, após
fechar em R$ 3,25/US$ em 2016 - que
fez com que o Real tenha registrado o
melhor desempenho ante o dólar no
ano entre as principais moedas – a
mediana para o fim de 2017 oscilou de
R$ 3,50/US$ para R$ 3,48/US$. Em
resumo, os analistas têm alinhado suas
expectativas com base na perspectiva
de atividade aquém do esperado,
porém com surpresas positivas no front
Informativo Semanal de Economia Bancária
Comentário Semanal
“Um sistema financeiro
saudável, ético e eficiente
é condição essencial
para o desenvolvimento
econômico, social e
sustentável do País”
Sumário
Comentário Semanal ...................... 1
Crédito e Bancos .............................. 2
Conjuntura: Últimos Resultados ..... 3
Economia Internacional ................. 6
Agenda: Próximos Destaques ....... 6
Indicadores Úteis .............................. 7
inflacionário. Dados os pressupostos de
que o governo seguirá avançando no
ajuste fiscal e o cenário externo será,
no mínimo, neutro, tudo leva a crer
que a calibragem do ajuste monetário
pelo BC dependerá crucialmente da
evolução da atividade econômica.
Neste sentido, será especialmente
importante o movimento do Copom
na primeira reunião do ano, marcada
para a próxima semana, no dia 11/01.
A agenda doméstica semanal está
esvaziada neste início de ano e tem
apenas as divulgações de resultados
fechados de índices de inflação
(confira no calendário abaixo), além
de alguns dados antecedentes de
atividade para dezembro e o dado de
produção industrial de novembro, a ser
divulgado pelo IBGE, que deve mostrar
alta na margem. No âmbito político, o
retorno das discussões em torno da
reforma da Previdência e a crise fiscal
nos Estados estarão no radar, mas a
sucessão na presidência da Câmara e
a agenda dos novos prefeitos em meio
à forte contenção de gastos também
são destaques. Por fim, a agenda
externa desta semana concentra as
leituras finais de PMIs na China, Europa
e EUA, onde também serão
conhecidos alguns indicadores
antecedentes de atividade, o Payroll e
a taxa de desemprego de dezembro.
Nesse contexto, a Ata da última
reunião do Fed também poderá ser
relevante para a volatilidade dos
mercados.
Data Indicadores Nacionais PeríodoConsenso de
MercadoAnterior
02/jan M DIC: Balança comercial mensal dez/16 +3,8 bilhões +4,8 bilhões
04/jan FIPE: IPC dez/16 0,48% m/m 0,15% m/m
05/jan IBGE: Pesquisa Industrial M ensal nov/16+1,6% m/m e
+0,3% a/a
-1,1% m/m e
-7,3% a/a
06/jan FGV: IGP-DI dez/160,67% m/m e
7,00% a/a
0,05% m/m e
6,77% a/a
RELATÓRIO FOCUS
4,90
4,854,87
4,824,84
4,864,884,90
4,92
15/12/2016 22/12/2016 29/12/2016
IPCA 2017 (%)
0,59
0,50 0,50
0,45
0,50
0,55
0,60
15/12/2016 22/12/2016 29/12/2016
PIB 2017 (% )
10,25
10,50
10,25
10,1010,20
10,3010,4010,5010,60
15/12/2016 22/12/2016 29/12/2016
Selic 2017 (% a.a. )
3,49
3,50
3,49
3,49
3,49
3,50
3,50
3,51
15/12/2016 22/12/2016 29/12/2016
Taxa de Câmbio 2017 (R$/US$)
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Crédito e Bancos
Pesq. Trimestral de Condições de Crédito (BC)
A Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito (PTCC),
importante indicador antecedente de oferta e
demanda de crédito pelos agentes, foi divulgada pelo
Banco Central na semana passada. A evolução
qualitativa das condições no 4º trimestre confirma, de
modo geral, a percepção de estancamento ou melhora
gradual do mercado de crédito. Embora a derivada
negativa ainda indique condições consideradas
“restritivas”, os indicadores têm mostrado avanço e a
tendência aponta para o terreno positivo em 2017.
Na PTCC, valores positivos revelam situação mais flexível
de crédito, sendo que o indicador qualitativo varia entre
-2 e +2, conforme metodologia da pesquisa
disponibilizada pelo BC.1
1 Maiores detalhes no Trabalho para Discussão “Pesquisa Trimestral
de Condições de Crédito no Brasil” (Annibal e Koyama, 2011), disponível em https://www.bcb.gov.br/pec/wps/port/TD245.pdf
Tanto a oferta como a demanda por crédito reverteram
boa parte da retração observada entre 2015 e 2016.
Cabe citar que, além de tais medidas gerais, também
são feitas questões mais diretas sobre concessões de
crédito em cada segmento, por meio da resposta sobre
o percentual de aprovação de novas linhas nos últimos
três meses e para os próximos três meses. Este Índice de
Aprovações também evoluiu positivamente no 4º
trimestre de 2016, aproximando-se do terreno positivo.
-1,50
-1,00
-0,50
0,00
0,50
1,00
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1
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z/1
6
Indicadores das Condições de Crédito Oferta
GE MPME Consumo Habitação
* estimativa próximos 3 meses
-1,00
-0,80
-0,60
-0,40
-0,20
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
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de
z/1
6
Indicadores das Condições de Crédito Demanda
GE MPME Consumo Habitação
* estimativa próximos 3 meses
-1,20
-1,00
-0,80
-0,60
-0,40
-0,20
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
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2
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13
de
z/1
3
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14
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de
z/1
6
Indicadores das Condições de Crédito Aprovação
GE MPME Consumo Habitação
* estimativa próximos 3 meses
Diretoria de Regulação Prudencial,
Riscos e Assuntos Econômicos
Rubens Sardenberg – Economista-chefe
Jayme Alves – Economista sênior
Caroline Dallava – Economista
Rodrigo Baggi Alvarez – Economista
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Reunião do Conselho Monetário Nacional
Na reunião do CMN feita nos últimos dias de dezembro,
o Conselho votou resoluções associadas ao crédito e ao
setor bancário, entre as quais se destacam: (i) definição
da TJLP para o 1º trimestre de 2017; (ii) ajuste das normas
do Proagro; (iii) autorização, para operações de
investimento rural, de taxas favorecidas na Letra de
Crédito do Agronegócio; (iv) ajuste de normas do Pronaf
e do Programa de Garantia de Preços para a Agricultura
Familiar (PGPAF); e (v) estabelecimento de critérios e
condições nos financiamentos com recursos do Fundo
de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), do Nordeste
(FDNE) e do Centro Oeste (FDCO).
Assim como vem fazendo desde o 1º trimestre de 2016, o
CMN manteve em 7,5% a.a. a Taxa de Juros de Longo
Prazo (TJLP) para o 1º trimestre deste ano. A taxa é
usada como referência, por exemplo, em operações de
crédito do BNDES e de investimentos em infraestrutura e
aumento de capacidade produtiva.
Fonte: BCB
Conjuntura: Últimos Resultados
Mercado de Trabalho
Pnad Contínua (Mensal)
A taxa de desemprego no trimestre móvel encerrado em
novembro, na Pnad Contínua Mensal (IBGE), ficou em
11,9% da Força de Trabalho, 0,1 p.p. acima do trimestre
de agosto a outubro e em linha com a projeção de
mercado.
Fonte: IBGE. Elaboração: FEBRABAN.
O resultado manteve os níveis recordes da série histórica,
iniciada em 2012, ainda que um arrefecimento do
processo de alta venha sendo observado. Contudo, as
projeções dos analistas continuam contemplando
avanço da taxa de desemprego ao longo de 2017. No
mesmo trimestre de 2015, a taxa havia sido 9,0%.
9,75
6,00
5,00
7,50
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
mar
/04
mar
/05
mar
/06
mar
/07
mar
/08
mar
/09
mar
/10
mar
/11
mar
/12
mar
/13
mar
/14
mar
/15
mar
/16
mar
/17
Taxa de juros - TJLP - % a.a.
TaxasDiferença
(p.p.)
Desocupação (%) 2,9
Nível de Ocupação (%) -1,8
% na força de trabalho -0,2
Var. %
Em idade de trabalhar 1,2
Na força de trabalho 1,1
Ocupada -2,1
Desocupada 33,1
Fora da força de trabalho 1,5
Agricultura, Pecuária e correlatos -4,7
Indústria Geral -8,2
Construção -9,0
Comércio, Reparação de Veículos
Automotores e Motocicletas-1,0
Transp., Armazenagem e Correio 2,3
Alojamento e Alimentação 7,8
Info., Comunic. e Atividades Financ.,
Imob., Profiss. e Adm.-2,6
Adm. Pública, Defesa, Seg. Social,
Educ., Saúde e Serv. Sociais0,8
Outros Serviços 7,0
Serviços Domésticos -3,1
Var. %
Pessoas ocupadas (todos os trabalhos) -0,4
Var. %
Pessoas ocupadas (todos os trabalhos) -2,3
166.828
101.265 102.342
92.151 90.210
9.114 12.132
11,9
6.131
set-out-
nov/2015
set-out-
nov/2016
61,3
55,9 54,1
9,0
61,5
set-out-
nov/2015
set-out-
nov/2016
2.041
63.519 64.486
Indicadores (em mil pessoas)
Po
pu
laç
ão
164.785
2.032
Rendimento médio real habitual (R$)
Ativid
ad
es
9.338 8.901
12.568 11.542
7.764 7.062
17.638 17.460
4.415 4.518
4.442 4.789
9.888 9.632
15.652 15.777
4.106 4.392
6.324
182.595 178.370
Massa de rendimento médio real habitual (R$ milhões)
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Fonte: IBGE. Elaboração: FEBRABAN
Na passagem do trimestre móvel, a ligeira alta da
população desocupada explica a variação da taxa,
embora tenha havido aumento marginal da ocupação
e da força de trabalho. A população desocupada soma
12,1 milhões de pessoas (+33,1% a/a), enquanto o
número de ocupados é de 90,2 milhões de pessoas (-
2,1% a/a). Por sua vez, a força de trabalho soma 102,3
milhões de pessoas (+1,1% a/a). Cabe destacar que um
“efeito desalento” tem atenuado a elevação da taxa
de desemprego, o qual consiste na desistência na
procura pelo emprego, usual em situações em que a
taxa permanece alta por período prolongado e a
atividade econômica demora a se recuperar.
Por fim, a renda média real habitualmente recebida
pelos trabalhadores aumentou ligeiramente na margem,
somando R$ 2.032, mas ainda registra queda de 0,5%,
em termos deflacionados, na comparação interanual.
Caged
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o
país fechou 116.747 vagas formais de trabalho em
novembro (1,10 mi admissões e 1,22 mi desligamentos).
O resultado foi bem pior que a mediana das projeções
de mercado (-69.782), ainda que melhor que o mesmo
mês do ano passado (-130.629). Em 12 meses, houve
fechamento líquido de 1,50 milhão de postos formais na
economia brasileira. Em 2015, houve 1,62 milhão de
demissões líquidas de trabalhadores no setor formal.
No mês de outubro, o destaque negativo ficou com os
setores de construção (-33,5 mil), serviços (-30,3 mil) e
agropecuária (-12,5 mil). Em contraponto, houve criação
de 12,5 mil empregos formais no comércio varejista, o
terceiro dado positivo seguido. No acumulado de 2016,
porém, a destruição de vagas é generalizada entre os
setores, destacando-se o comércio (-252,4 mil),
construção (-227,8 mil) e o setor de serviços (-223,2 mil).
Criação líquida de vagas formais: setores de atividade
nov/15 x nov/16 (variação mensal - mil)
Fonte: Caged/MTE. Elaboração: SPE/Ministério da Fazenda.
Inflação
IGP-M
O IGP-M de dezembro, divulgado pela FGV, ficou
ligeiramente acima das expectativas (+0,46% ante 0,54%
estimado), após -0,03% em novembro. O dado se
mostrou também acima do observado no mesmo mês
de 2015, quando houve avanço mensal de 0,49%.
Fonte: FGV. Elaboração: SPE/Ministério da Fazenda.
6,8
6,6
6,5
6,5 6,87,4 7
,9 8,0 8,1 8,3 8,6 8,7 8,9
8,9 9,0
9,0 9
,510,2 1
0,9
11,2
11,2
11,3
11,6
11
,811,8
11,8
11,9
jul-a
go
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2014 2015 2016
Taxa de desocupação
Pessoas de 14 anos ou mais de idade
na semana de referência (em %)
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O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) elevou-se de
-0,16% para 0,69%, destacando-se a alta em matérias-
primas. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ainda
contribuiu, ficando em 0,20% no mês, após 0,26%,
ajudado por Habitação. Já o Índice Nacional de Custo
da Construção (INCC) acelerou de 0,17% para 0,36%,
puxado pela alta do custo com mão-de-obra.
Fonte: FGV. Elaboração: SPE/Ministério da Fazenda.
Fiscal
Nota de Política Fiscal (Bacen)
Conforme divulgação na Nota de Política Fiscal pelo BC,
o setor público consolidado registrou déficit primário de
R$39,1 bilhões em novembro, ante superávit de R$ 39,6
bilhões em outubro e déficit de R$ 19,6 bilhões em
novembro de 2015.
O resultado volta à “normalidade” do terreno negativo,
após ser ajudado pela arrecadação extra com a
repatriação de recursos do exterior. O dado veio um
pouco melhor que a projeção de mercado (R$ -42,0 bi).
Em 12 meses, o déficit primário consolidado acumulado
é de R$ 156,8 bilhões, ou 2,50% do PIB.
Segundo o Bacen, os juros nominais do setor público
consolidado, por competência, alcançaram R$41,3
bilhões em novembro, comparativamente a R$36,2
bilhões em outubro. Contribuiu para essa elevação o
resultado desfavorável nas operações de swap cambial
no mês (perda de R$3,9 bilhões), ante ganho no mês
anterior (R$2,4 bilhões). No acumulado no ano, os juros
nominais totalizaram R$372,5 bilhões, comparativamente
a R$449,7 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em
doze meses, os juros nominais atingiram R$424,6 bilhões
(6,78% do PIB), elevando-se 0,25 p.p. do PIB em relação
ao observado em outubro.
Por fim, a dívida líquida do setor público alcançou R$
2.744,1 bilhões (43,8% do PIB) em novembro, elevando-se
0,1 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. As projeções
para a DLSP no mais recente Relatório Focus indicam
45,2% ao final de 2016 e 50,7% do PIB no fim de 2017. Já
a Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS,
governos estaduais e governos municipais) alcançou
R$4.418,4 bilhões em novembro (70,5% do PIB), elevando-
se 1,0 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
Fonte: Bacen; Elaboração: FEBRABAN
Primário do Governo Central (Tesouro Nacional)
Ainda quanto aos resultados fiscais, na semana passada,
o Tesouro divulgou o dado de novembro (“acima da
linha”, no confronto de receitas e despesas). O déficit
primário de R$ 38,3 bi foi o pior para o mês desde 1997,
acumulando R$ 95,1 bi no ano. O Resultado do Tesouro
Nacional (RTN) destaca que o crescimento do déficit da
previdência social (RGPS) é o principal driver negativo
do primário do Governo Central no período recente.
Resultado Primário do Governo Central: Componentes
(2011 a 2016 - R$ bilhões - preços de nov/16)
Fonte e elaboração: Tesouro Nacional.
61,1
51,3
70,5
3,69 3,52
-2,50
-3,5
-2,5
-1,5
-0,5
0,5
1,5
2,5
3,5
4,5
50
55
60
65
70
75
nov/08 nov/09 nov/10 nov/11 nov/12 nov/13 nov/14 nov/15 nov/16
Dívida Bruta (% PIB) - esq, Primário consolidado acum, 12m (% PIB) - dir,
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Economia Internacional
EUA
Na última semana, os destaques nos EUA foram dados
de confiança do consumidor e antecedentes de
atividade para dezembro. De modo geral, os resultados
apontaram para variações favoráveis, com a confiança
atingindo o maior nível desde 2007 e o índice de
Manufatura do Fed de Richmond muito acima do
projetado. Não por acaso, a conjunção de força da
atividade, aumento de juros e expansionismo do
governo Trump têm levado o Dólar Index (ponderado
por uma cesta de moedas) aos maiores níveis desde
2002 – ainda que o Real brasileiro tenha mostrado a
maior valorização entre as principais moedas em 2016.
Área do Euro
Na Europa, apenas dados de oferta monetária
ampliada se destacaram, com variação um pouco
acima do esperado pelos analistas (4,8%, após 4,4% no
mês anterior).
China
Na China, dois dados do setor industrial surpreenderam
positivamente e beneficiaram ativos emergentes nos
últimos dias. Os lucros das empresas industriais
aceleraram e subiram 14,5% a/a em novembro (após
9,8%), e o PMI da indústria de manufatura de dezembro
alcançou o maior nível desde 2014, acima do esperado.
De modo geral, a percepção para o gigante asiático
continua sendo de expansão moderada da atividade
econômica, em ritmo menor que no passado, porém
caminhando para avanço do PIB ainda na casa dos
6,5% a/a nos próximos trimestres.
Agenda: Próximos Destaques
A agenda doméstica semanal está relativamente
esvaziada na 1ª semana do ano, tendo como destaques
apenas as divulgações de dados fechados de índices
de inflação (0,67% m/m e 7,00% a/a para o IGP-DI), além
de alguns antecedentes de atividade para dezembro e
o dado de produção industrial de novembro, que deve
mostrar alta na margem (+1,6% m/m e +0,3% a/a para a
PIM-IBGE). No âmbito político, o retorno das discussões
em torno da reforma da Previdência e a crise fiscal nos
Estados estarão no foco, mas a sucessão na presidência
da Câmara e a agenda dos novos prefeitos em meio à
forte contenção de gastos também são destaques.
A agenda externa desta semana concentra as leituras
finais de PMIs na China (resultado já divulgado e acima
das expectativas), Europa e EUA (ambos com projeção
de estabilidade no terreno positivo). Nos EUA, também
serão conhecidos alguns indicadores antecedentes de
atividade, o Payroll e a taxa de desemprego de
dezembro, que deve mostrar ligeira alta na margem. A
Ata da reunião do Fed feita em dezembro, a ser
conhecida na quinta (05), também tende a ser relevante
para a volatilidade das variáveis financeiras.
Ações
Mês Ano
Ibovespa IBOV 4,0% -2,7% 38,9%
IFNC IFNC 4,5% -1,5% 47,2%
Petrobras PETR4 4,4% -7,1% 121,9%
Vale VALE5 4,8% -8,6% 127,7%
BTG Pactual BBTG11 0,1% -4,8% 22,5%
Santander SANB11 8,8% 4,9% 84,1%
Itaú Unibanco PN ITUB4 4,3% -4,4% 41,4%
Itaú Unibanco ON ITUB3 5,3% -2,0% 34,3%
Bradesco PN BBDC4 6,2% -2,5% 65,5%
Bradesco ON BBDC3 6,6% 0,0% 56,4%
Banco do Brasil BBAS3 5,0% -1,4% 90,6%
BIC BICB4 0,0% 0,0% 0,0%
Banrisul BRSR6 -0,2% -8,3% 76,1%
Daycoval DAYC4 0,0% 0,0% 1,4%
Banco ABC ABCB4 4,0% 0,9% 63,4%
Sofisa SFSA4 0,0% 0,0% 114,6%
Banco Pine PINE4 -0,8% -5,9% 5,6%
Paraná Banco PRBC4 8,5% 5,7% 38,9%
Indusval IDVL4 3,0% 1,5% 36,3%
Empresa
BANCOS
CódigoVariação
Semanal
Variação
Informativo Semanal de Economia Bancária – Semana de 02 a 06 de janeiro de 2017 – Ano 9, Nº. 380
7
Federação Brasileira de Bancos Av. Brig. Faria Lima 1.485
Torre Norte 15º andar 01452-002 São Paulo SP Brasil
tel 55 11 3244 9800 fax 55 11 3031 4106
Indicadores Úteis
Var. (p.p.)
semanal e mensal
Meta Selic (% a.a.) 13,75 13,75 14,00 0 p.p./ -0,25 p.p.
Juros DI de Janeiro de 2018 (%a.a.) 11,54 11,59 12,08 -0,05 p.p./ -0,54 p.p.
Juros DI de Janeiro de 2019 (%a.a.) 11,05 11,14 11,61 -0,09 p.p./ -0,56 p.p.
Juros US$ 180 dias (Swap cambial – taxa % anualizada) 2,12 2,23 2,08 -0,11 p.p./ 0,04 p.p.
Juros US$ 360 dias (Swap cambial – taxa % anualizada) 2,34 2,38 2,34 -0,04 p.p./ 0,01 p.p.
Taxa de câmbio (Ptax) 3,25 3,29 3,39 -1,1% / -3%
Fed Funds (%) 0,75 0,75 0,50 0 p.p./ 0,25 p.p.
T-BOND (10 anos - %) 2,48 2,55 2,29 -0,08 p.p./ 0,18 p.p.
T-BOND (30 anos - %) 3,08 3,13 2,95 -0,05 p.p./ 0,13 p.p.
Fonte: Bloomberg e Banco Central do Brasil
Indicadores do Mercado 29/12/16 22/12/16 29/11/16
29/12/16 22/12/16 15/12/16 Tendência* 29/12/16 22/12/16 15/12/16 Tendência*
IPCA (%) 4,87 4,85 4,90 4,50 4,50 4,50
PIB (% de crescimento) 0,50 0,50 0,59 2,25 2,20 2,30
Meta Selic - fim do ano (%a.a.) 10,25 10,50 10,50 9,75 9,75 9,88
Taxa de Câmbio - fim do ano (R$/US$) 3,49 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50
Fonte: Banco Central do Brasil
* comportamento dos indicadores desde o último Relatório Focus
2017 2018FOCUS – Indicadores Selecionados
Indicadores de Crédito – Evolução Recente Var.
(Nova Metodologia) (mensal e 12 meses)
Saldo Total das Operações de Crédito (R$ bi) 3.104,0 3.094,1 3.177,0 0,3% / -2,6%
Saldo das Operações de Crédito Total com PF (R$ bi) 1.550,1 1.539,9 1.501,8 0,7% / 2,5%
Saldo das Operações de Crédito Total com PJ (R$ bi) 1.553,9 1.554,3 1.675,3 0% / -7,2%
Taxa Média de Inadimplência Total (%) – SFN 3,8 3,9 3,4 -0,1 p.p./ 0,4 p.p.
Taxa Média de Inadimplência PF (%) – SFN 4,1 4,2 4,2 -0,1 p.p./ -0,1 p.p.
Taxa Média de Inadimplência PJ (%) - SFN 3,5 3,6 2,6 -0,1 p.p./ 0,9 p.p.
Spread Bancário (Nova Metodologia) nov-16 out-16 nov-15 Var.(p.p.) Mensal
Spread Bacen Total (p.p.) – SFN 23,5 23,9 19,4 -0,4
Spread Bacen PF (p.p.) – SFN 33,1 33,3 27,4 -0,2
Spread Bacen PJ (p.p.) – SFN 11,5 12,4 10,5 -0,8
Fonte: Banco Central do Brasil
nov-16 out-16 nov-15