federação portuguesa de karate - RESPIRAÇÃO

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    http://clientes.netvisao.pt/bg014691/curiosidades/respiracao.html

    o mecanismo mediante o qual o nosso corpo apreende do ar o oxignio necessrio para

    realizar as combustes metablicas no funcionamento dos diversos tecidos, ao mesmo tempo

    que serve tambm para eliminar determinados produtos, especialmente anidrido carbnico.

    Do perfeito funcionamento e da correcta mecnica deste processo vital dependero o maior

    ou menor rendimento do indivduo, que ser mais claro quanto mais grande sejam as

    necessidades orgnicas a que se submete o organismo, de aqui que na prtica do esporte

    seja de capital importncia que o indivduo conhea e realize de forma correcta todas as

    aces do mecanismo que lhe permitam conseguir um mximo rendimento.

    Pode-se diferenciar dentro do ato da respirao: uma fase inicial na que se introduz ar

    atravs das vias superiores at o pulmo (inspirao) e outra de sada de dito ar uma vez

    utilizado (expirao).

    Dita aco mecnica se complementa com uma dupla fase qumico-metablica de

    intercmbio gasoso a nvel do alvolo pulmonar com entrada de oxignio (O2), s hematites

    do sangue, as quais mediante um fermento, hemoglobina, formam oxi-hemoglobina,

    transportam dito oxignio at os tecidos, o cedem s clulas para desenvolverem as suas

    funes ao mesmo tempo que elas se "carregam" do produto resultante do metabolismo

    tissular com anidrido carbnico (CO2), que -no caminho de regresso ao alvolo pulmonar - o

    transferem em forma de carboxi-hemoglobina, para libert-lo como ar j respirado.

    Do ponto de vista anatmico, as vias areas encarregadas de tal funo respiratria

    compreendem: as fossas nasais e boca, a faringe, traqueia, a bifurcao em duas formaes

    bronquiais principais, uma para cada pulmo, direito e esquerdo, brnquios maiores,

    bronquolos e alvolos: estruturas estas ltimas de forma globulosa localizadas no extremo

    dos bronquolos, de finssimo calibre, cujas paredes serviro para o ntimo contacto com os

    capilares, artrias e veias, para efectuar o intercmbio gasoso O2 - CO2 referido

    anteriormente. Para poder atender as grandes necessidades que um organismo pode

    apresentar no seu consumo de oxignio num momento dado se estima em no menos dedois milhes o nmero de alvolos, o que produziria uma superfcie til de quase 200 m2.

    Englobados na massa de ambos os pulmes, constitudos por um tecido esponjoso de cor

    rosada, se situam no trax e protegidos pelas estruturas sseas que os rodeiam: esterno e

    costelas pela frente e ao redor, que se complementam com a coluna vertebral por atrs, ao

    mesmo tempo que se separam de ditas formaes sseas pela cavidade pleural, de grande

    importncia no mecanismo respiratrio.

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    INSPIRAO: Se efectua graas presso negativa intra torcica produzida pela contraco

    de diferentes grupos musculares que, conforme a sua distribuio anatmica, dividimos em:

    Respirao torcica ou de tipo fundamentalmente feminino.

    Nela intervm principalmente os msculos costeais, elevando as costelas e alargando o

    dimetro transversal do trax. Em condies excepcionais podem intervir outros msculos de

    forma mais ou menos activa, como o esternoclidomastideo e msculos do pescoo, porm

    mais bem como auxiliares em determinados momentos de claro dficit de oxignio: fadiga

    intensa, dispneia, crises de asma, etc.

    Em qualquer caso, o msculo principal da respirao o diafragma, elemento de forma

    abobadada que separa a cavidade torcica da abdominal e que intervm de forma activa no

    mecanismo, seja qual seja a modalidade considerada e que na chamada respirao

    abdominal, ao inspirar aplana ao mximo a sua estrutura, ao mesmo tempo que desce

    aumentando e alargando de forma considervel o dimetro da base e em consequncia oespao til pulmonar.

    EXPIRAO. Se produz como consequncia da relaxao passiva da musculatura

    previamente contrada, se bem que em determinados casos e com o devido treinamento na

    forma de respirao abdominal, possvel graas contraco voluntria dos msculos

    transversos e oblquos do abdmen, conjugada com a aco dos intercostais internos, obter

    um maior espao aproveitvel tanto na inspirao como na expirao, e, em consequncia,

    melhor aporte de O2 e eliminao de CO2. Dado que graas a este tipo de respirao

    possvel aumentar as quantidades de ar mobilizadas (ventiladas) em menor nmero de ciclos

    respiratrios, conseguindo com tudo isso o que deu em chamar-se de "o terceiro pulmo do

    esportista".

    RITMO RESPIRATRIO. A frequncia e o ritmo da respirao de forma inconsciente est

    regulada mediante a estimulao do centro respiratrio, situado no bulbo raquidiano, "ndulo

    vital de Florens"; at ele chegam mensagens por meio da distenso dos alvolos pulmonares

    ou sob a resultante do aumento de concentrao do CO2 do sangue.

    Quanto maior seja o trabalho muscular, maior ser a produo de CO2 e maior o ritmo

    respiratrio.

    A frequncia respiratria pode ser situada para um adulto em condies de repouso em 15

    ciclos /minuto e variar com a idade (40 /m no recm-nascido, 8-10 /m em pessoas

    treinadas, etc.). O ritmo normal recebe o nome de eupneico, se se acelera,taquipneico, e se

    diminui por debaixo de cifras estimadas como limites, bradipneico.

    A quantidade de ar que se mobiliza no interior dos pulmes em respirao normal nunca o

    total da sua capacidade, dado que sempre ficar o chamado "ar residual". Em consequncia,

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    se calcula em 0,5 litros o chamado "ar respiratrio"; se levamos nossa respirao

    inspirao mxima poderemos chegar a entrar de 1,5 a 2 litros mais de "ar complementar", e

    se a expirao total poderemos expirar igualmente de 1,5 a 2 litros mais, "ar de reserva".

    CAPACIDADE VITAL. Consiste na quantidade de ar que somos capazes de exalar aps inspirar

    ao mximo, ou o que igual: a quantidade de ar respiratrio mais a de ar complementar

    mais a de ar de reserva. Mede-se com o expirmetro e pode oscilar de forma muito clara

    conforme caractersticas pessoais e grau de treinamento desde + ou - 4,5 a 6 litros.

    BASES FISIOLGICAS DARESPIRAO IDEAL, ADAPTADAAO ESFOROFSICO: A maior parte

    da populao vem realizando um tipo de respirao pouco profunda, com altssimo

    componente do que denominamos "tipo torcico", com mnimo aproveitamento da sua

    capacidade de deslocamento ativo da prensa abdominal, tanto em inspirao como em

    expirao, a fim de conseguir atravs disso um mximo volume de renovao area.

    De acordo com West, podemos estabelecer que no pulmo as quantidades percentuais deventilao conforme as diferentes zonas seriam as da ilustrao correspondente, isto , o

    componente da respirao abdominal representaria o 45 por 100 do total. Mas que, alm

    disso, a capacidade ventiladora da oxigenao pulmonar depende no somente da

    quantidade de ar admitido, e da sua qualidade ou pureza, mas da diferente presso

    hidrosttica entre o capilar arterial e venoso e a presso intra-alveolar, a qual vrias vezes

    mais alta no nvel das bases pulmonares que nos vrtices ou zonas superiores. Tudo isso,

    pois, facilita ainda mais que o intercmbio gasoso seja muito mais fcil e intenso a tal nvel,

    o que incide no superior rendimento dessa respirao abdominal forada.

    Supondo, em forma de exemplo, que um indivduo normal admita nos seus pulmes a

    seguinte quantidade de ar, aplicando a frmula:

    Ventilao pulmonar em resp. Torcica - ar do espao morto x Frequncia respiratria num

    minuto.

    Teramos: 500 cc de ar - 150 cc - 350 cc x 15 (frequncia) = 5.250 cc ar /minuto.

    Pelo contrrio, outro indivduo que realizando uma respirao abdominal desloque ao mximo

    o seu diafragma, bases pulmonares, obter:

    1.500 cc de ar - 150 cc - 1.350 cc - x 10 (frequncia) 13.500 cc ar /minuto.

    Observe-se que neste caso a frequncia respiratria desceu de 15 a 10, com o que alm da

    superior quantidade de ar admitido se obtm um menor consumo de O2 no prprio

    mecanismo respiratrio.

    E ao quase triplicar a ventilao e oxigenao pulmonar, se torna realidade o "terceiro

    pulmo do esportista".

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    ARESPIRAO NA CONCENTRAO MENTAL: Por ltimo, partindo como base do controle

    voluntrio e consciente da respirao de uma forma treinada, possvel conseguir um alto

    grau de concentrao e isolamento mental.

    O que, partindo de um estado de repouso fsico, nos possibilita para aprender a "ouvir e a

    ver por dentro o nosso prprio corpo", ao mesmo tempo que nos familiarizamos com o seu

    funcionamento.

    Em grande medida, as tcnicas de relaxao budistas e as prticas que os yoguis hindus e

    tibetanos empregam como meio de induo sua meditao transcendente so

    determinados tipos de respirao controlada.

    Do mesmo modo, na actualidade as mais avanadas experincias de concentrao mental

    aplicadas na moderna Sofrologia e especialmente na sua faceta de treinamento sofrolgico

    esportivo empregam em grande medida em fases iniciais diversas tcnicas de respirao

    abdominal combinadas com auto-regulao de outros processos fisiolgicos de capacitaomental.

    Na prtica das artes marciais ditas metdicas podem ajudar a conseguir um melhor

    conhecimento da nossa interioridade corporal, ao mesmo tempo que isolando mentalmente

    ao indivduo na observao do seu prprio corpo se consegue uma disposio mas apta para

    aproveitar ao mximo as capacidades mentais de concentrao, relaxao, imaginao,

    recuperao post-esforo, equilbrio, sensao de paz, etc.

    Mas que alm disso, no aspecto da prtica activa, o adequado controle da respirao

    proporciona ao indivduo em cada momento uma srie de vantagens, tais como aumento da

    sua capacidade vital, com uma mais perfeita oxigenao celular com menos trabalho, e em

    consequncia, uma menor necessidade de um ritmo cardaco muito elevado com igualdade

    de esforo, com maior resistncia a fadiga e um mais rpido e melhor tempo de recuperao.

    Tudo isso permitir um delineao de superioridade fsica, com melhoras na coordenao e

    ritmo de qualquer exerccio no que seja preciso um total aproveitamento de oxignio