Faxina - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1864_02444.pdf · Dia 11 de Abril 1864,...

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ANlNO XI QUARTA-FEIRA 13 DE JULHO DE 1864 N. 2444. >' Subscreve-se no oscriptorio da Ty ographia Impahciai,, R .a do Rosário n. 49, paraacapital a 128 rt>\ (i >r anno, e 6$ rs. por somes- tre, e para fora a 150 rs. por anno. A assignatura pode começar em qual píer dia do anno, mas acaba sempre em fim de Junho e Dozem. bro. PAGAMENTO ADIANTADO. ^^^?^P^555!^=555—¦-¦-¦¦--¦^¦^¦—¦1^——1 Publicações. Annuncios 100 rs. por linha FublicaçõaslitterariasõOrs. » Ditas particulares 120 rs. » Noticias diversas 500 rs. » Folha avulsa custa 200 rs. As correspondências e commu- nicados serão dirigidas em carta fechada ao escriptorio da redac ção: Director da redacção c proprietário do estabelecimento—Joaqiiisíi liberto de táevéáo Varqaes.—Matadores diversos. jriUfBtfg (DW1H&11 —Ao commendador Josó Vergueiro.—Accuso rerehi- do o f.fhV.io. que v.s.me me dirigiu em dala de 9 «Io eorrenlc. em o qual apresenta a conta das despesas f"i tas dê;22il.'abril á 30 .Ir junho ullimo com a cnnclti- são da eslrada de Santos á seu cargo, e solicita o paga- mento de cincoenta e seis contos duzentos e vinte sele mil qmnheulos e setenta rèis.quH v.s.declara existir de saldo em spu favor. Em resposta çiiiiipré-ihé significar-lhe, que não pôde ter lugar esse pagamento na fôrma por v.s.solicita Ia; porquanto peln meu olficio d- 22 .te abril ultimo foi v.s.autorisadoá de$n?ii(ter com a conclusão da referida estrada a quantia de cincoenta contos de reis. quantia que lhJ foi marcada por ter v.s.u'essa nce.aziáo decl.- rado á este governo, que cm ella, ou ainda com menos podia concluir a estrada ; aocréseenrio que em seu offi- cio de 19 de abril ultimo, orçou v.s.essa despesa em 50 á 60 conlos. Si, nn decurso dos trabalhos, v.s.reconhecesse ser insuffieiente a quanlia, pe-la qual se obrigou á concluir a estrada, deveria ter repres-nta Io á "sie governo pera providenciar como entendesse conveniente e nunca re- solver por si uma despesa para a quai não estava auto- risado. De mais d'isso; no orçamento por v.s.formulado em data de 29 ele março ultimo e que por ordem .Peste go- verno fui presente á assembléa legislativa provincial! declarou v.s.ser sufficientc a quanlia de oitenta a no- venta contes de réis para a conclusão d'aqn"lla estra- da; sendo que d'essi .lata alé 22 de abril recebeu v.s. em diversas prestações, para esse serviço, quantia supe- rior a quarenta contos de réis. Por conta da autorisaçào á v.s..concedida pela ordem de 22 de abril eslá desp-m lida a quantia de, vinte p cinco contes de réis, importância da lettrn, qu", em data de 12 de maio ultimo a provincia áeçèitori da casa bancaria Bernardo Givião, Ribeiro e Gavião: pelo ipie o pagamento de qualquer despesa com a conclusão da estrada de Santos, depois de examinadas as respectivas contas no lhesouro provincial, nào poderá em caso ai- gurn exceder o restante da referida quantia, que são vinte e cinco contos ile réis. —Ao cnmniendador Jo«é Vergueiro.—Tendo tomado conhecimento da,proposta por v.s.apresentada a este governo para oesgoto e limpesa publica e abastecimento de água naseidades .de S. Paulo e Sinto v, tenho a decla- rar-lhe q.ie nào julgo conveniente nem necessário es- tabelecer em condições onerosas á provincia o serviço do esgote nesta c.ipital e em Santos. Outro sim julgo inteiramente inaceitáveis as clansu- Ias pelas quaes ognverno deveria obrigar-se a pagar pelo serviço do esgoto e abastecimento de água em ca- da casa ou edifício a quantia total de cento e dez mil réis por anno de endo as municipalidades de S.Panl" e Santos pagar esta annuidade de três contes, e aqnel- Ia a de seis. Do inesmo modo julgo itesvantejnsa a concessão do privilegio pedido por 90 annos, bem como náo cnncnr- uo com varias outras condições exaradas na proposta ; a qual por isso deixo de aceitar. EXPEDIENTE DO THESOURO PROVINCIAL Dia 11 de Abril de 1864 , —Ao contador.—Devolve-se ao sr. contador a inclui sa conta em resultado da liquidação das contas do ex- collector de Cunha Antônio Jiistnio Monteiro da Silva, para que na conformidade da resolução da junta em ses- são de 23 de Março fiado, mande passar acpmp.Henté quitação d; s quantias recebidas e despendidas, sujeita fflfflm. MISÉRIAS DA ACTUALIDÂDE. (Romance) poa Vicente Felix de Castro PARTE PRIMEIRA (Continuação) II O alfaiate caridoso c o seu enfeitado para o fim d'uma ma, cujas casas eram desiguaes e sem archilec.tura snbresnhia uma de boa e regular ap- parencia. com janellas envidraçadas e pintadas de fresco. N'ella habitava um honrado alfai .te, que havia ad- quirido alguns bens á custa de muitos annos de traba- Iho. Era um homem de 50 a 55 urinas de idade, de phi- sionomia sympathica e bondosa, cuja eslalura regular ainda conservava todas as forças da mocidade, dando ligeiro movimento a seus robustos membros. A familia do alfaiate compunha-se de mia mulher, senhora de oito lustres, e um joven de vinte e dou> annos. Era uma familia f.diz. N'essa casa respirava-se a.paz o a tranquillidade. O alfaiate era dotado d'um coração bemfazejo e d'u- ma alma nobre. Soccoria com prazer caridoso os desgraçados pobres que chegavam á sua porta. Eli era i.b-Miço ..!« por esses infelizes. Sua esposa, lambem possuía uma ex.-ellente alma, e -*0 fXfeelia em caridade a s -u bom marido. Ambos lindam verJaelei.o temor de Deos e o amavam seo hypocrisH. Haviam educado u n filho adoplivo sob pstes pinei pios. pl.iiilmdo-llie no cor< jân essa viva fé. pss-> .im... sincero, <|ue .. TH ioti ao supremo Arbilro de nossos dealinos, que, como pharul da reiigiáo, o guia no pro- •i qualquer responsabilidade que posteriormente se pos- conhecer, nao quanto ás rendas, e especialmente sobre a meia sisa de escravos do anno de 1850 a 1851, fi o imposto de agoardente dos annos de 1851 a 1852. e 1852 a 1853 por nào lerem sido encontrados os talões •le conhecimentos, como lambem quanto aos depósitos cuja liquidação mandará proceder separadamente visto que a conta apresentada não trata delles.... . —Ao cario ario.—0 in pector itethesouro provincial, na conformidade da resolução da junta em sessão d- 2 I de Março findo, determina ao sr. cartorário que em- pregue todos os esforços para a conclusão da classificar ção dos livros e papeis sob sua guarda escrituramlo-os provisoriamente em um livro á pr .porção que fôr pro- eedendõa classificação, [.ara posteriormente séreinconfe- ridos, e lançados em outro, como lhe foi recominenda- do em junta o que cumprirá. —Ao ex. governo.—Devolvendo incluso a v. ex. o offiisiq ern que o engenheiro Francisco Gonçalves Go- mide pede o adiantamento ria quanlia de 50ÒS000 réis para ns trabalhos de exploração de uma eslrada d" ro- dagem entre as villas de R-lhlem e Jundiaby de nuefoi encarregado pelo exm. govprno. cumpre-me informar a v. ex. om observância da órd-m .le v. ex. de 15 de Março fin Io n. 601. que o orçamento vigente nào eon- sijgnoii quota para a estrada entre estes di.isVrinnieipios 0 adiahtaméntn de 500,1000 qne trate pste enuenhei- ro f..i anclorisado por ordem do exrii. governo de 13 de M .io rte 1863 sob n. 907 « levado ft quota do art. 4. = § 1. ?: da le1 do orçamento do exercicio findo e por ell" recebido a 15 do referido mez de que ainda nào apresen- tou coutas... Entretanto sendo a despesa como parece urgente pn- de ser por v. ex. determinada se assim v. ex. o enten- der. —Ao rnesm..—Em additamento ao officio que a v. ex. fiz subir em 9 elo rorrente sob ri, 311 acompanha- dn ile uma exposição sobre a coljriciiçâri das barreiras, cumpre-me informar a v. ex. em cumprimenlo da or- dem de v. ex. de 30 elo mez findo n. 636 qnens empre- gados existentes em ca.la nina das barreiras da provin- cia são, um administrador, e um escrivão além de rimes ou tres praças do corpo municipal permanente ou dos poliei ies eom vencimentos municipaes que cna.ljnvào a arrecadação. Deste refira exceptuão-se a barreira do Cubatão que tem um administrador, um escrivão e dnisnmannenses. A de Itipetiriingn composta de um administrador, um escrivão e um agente no Itararé. Parece portanto que as novas barreiras devem ter só- mente adminislrailor e escrivão e agentes nos pontos precisos, e ns guardas necessários. Quanto a seus vencimentos deve-se-lhes marcar uma porcentagem provisoriamente até que se conheça o ren- dimenlo. E' quanto posso informar a v. ex. que mandará o que fòr servido. —A'- mesmo.—Junto A ordem de v. ex. de 2 dn cor- rente n. 646 veio para informar o réqiíeVinicrite de Mar- lindo de Almeida Salles, acompanhado das informa- ções prestadas pela câmara municipal de Pindamonhan- gaba ern qne pede pag.mento da quantia .le 3:4601)000 qu.'falta para completara de 5:1908000 porque nrre- matou os concertes da estrada que daquella cidade se- gue a.le Giiaratingnelá sobre o que cumpre-me i rifar- mar a v. ex. que: Em virtude da ordem do exm. antecessor de v ex de 20 de Març. de 1862 n. 529 foi entregue ao suppli- cante poi este lhesouro ern 14 de Maio do .lito anno reis 1:1308000, terça parte da referida quanlia .le rés o: 190,1000. A lei do orçamento do anno de 1861 a 1862 a qup pertence esta despesa somente consignou no art. 11 § 2 800S para a sobrodita estrada, quantia insiiffHenle para o pagamento total referido, que conforme o con- tracto, e.o termo de eximo feito meada pela câmara ' lavrado, e pela coiiiniissào co- issixrladn em 18 de De- zeinbro .le 1863 iuclnzo d.) requerimento do supplican- le que foi quando se derão por concluídas, e acceitas as oliras. Parece entretanto que nào havendo obra atenma a fizor-po nn diia estrada, se poderá applicãr para sen pagamento a quantia de 2:000g consignada na lei do or- çauieiito do corrente exercício art. 18 § 1, nào obstante ter sido a obra conlraotada riaqtíelle exercício de 1861 a 1K62: porém porque foi conclui-la no aclual. Se assim v. ex. determinar vem ainda a faltar 1:460$ que pode ser oago p-In exercício findo, não obstante » falta de quota em virtude do art. 39 da lei n. 16 de 3 di.Agosto de 1861. E' quanto me cumpre informar a v. ex. que mandará o que fòr servido. Dia 12. —Ao collector da cidade de Cunha.—0 inspoctor do lhesouro provincial, lendo pnr despacho de hoje, mau- larló pagar por este lhesouro ao Padre Anlonio Gomes de Siqueira, vigário encommendado da cidade d Cn- nln. os guisa meu tos desde Julho de 1863 ate 31 de Março findo, assim o communica ao sr.colleclor da infúiiia cidade para seu conhecimento. —Ao lliesoureiro.—O sr.thesonreiro pague ao a.lmi- njetrador do hospício .Ins alienados, a quanlia de rs. 59R0211, sendo rs. 496,1211 déficit .Ias inclusas contas Ia despesa feita com aquelle estabelecimento durante o mj'z de Março (indo, e rs. 1003000 a.liantadamente para occoiter ás despesas rio presente mez corno fo> deterininailo pelo exm. governo .'mordem de 5 .Io corrente o.655. sendo esla despesa feita pela verba dn art. 2. 7. c do orçamento vigente. ÍIDOTiâTO, çèjlôso orceann da vi rimstran lo-lh-' os escolhos e pre- Òipicios que nelle se encontram. A esla educação iPabna, o alfaiate ri a ri descuidara de juntar igualmente a educação da inlelligeheiã, e. por conseqüência, esse mancebo teve um esclarecido e talentoso mestre, qne lhe en-inára quasi todos os 'trepa- .atorios pn-a que se o joven qnizesse cursar a Fionlria- d- de Direito de S. Paulo, tivesse e<se adianta- mento. Estes estudos esclareceram as idéas do man- ceho. Em tudo elle conversava com acerto e peso ; e dest'arte, captava aostiirid e sympatnía dás pessoas que ouviam-o. O alfaiate rpuosijava-.se e dava-se por muito feliz vendo assim a Ricardo presado por Iodos. Uma vez fez conhecer ao joven, que desejava vel-o formado om direito para que assim preslasso no futuro serviços a seu paiz, que precisava de ohreirns intelli gentes e de moços delicados aos estudos, para que ele- vassem a pátria querida aográo das mais cultas nações do mundo. Porém, o estudioso mancebo mostrou pouca vonta- de de satisfazer esses elesejus. e dis<e o honra-lo alfaia- te que tiniu iostriicção .sufJl''iftntf> pari Ivui co.n- portar na snci--dade, e inesmo achava-se h ¦hililado i(ara exercer qu Iqn-r emprego. manifesUndo-llie então qne sua vocação era pira advojado, o qne, pira se-lo, > precisava cursar os bancos .Ia academia de .lirèiio ; era li.isl.iite praticar na liaric.a .Piiin á'lvng,vlü illnsira do, aonde aslnz-s desle o fariam lambem eritendi.lo na chicana immensa dos provará*, rasões ele.etc. A przar de seu despeito o alfaiate não n deu a cn- nhecTao filho a.loptho, e o deixou que seguisse a car- reira de sua inclinação. Ricrelo Camillo (assim chamado o joven) passou lo- go a freqüentar o escriptorio d'um hábil e velho lellra- .Io, de uma reput.çàu illib..l.-i, e ein cuja banca a- pirtes ò procuravam se pre, dando-lhe enindes inle- resses. Ahi. pois, o discipnlo .to advogado patenienu eu. nnncn ter. pn o se» latente p«la arte e de que miiil» agr.elo-i a s-u resp-itavi*! mestre. —«E pena, observara este em uma ncca«i,-ío aojoà" Cainiilo (nome (|n nnsuo hnnr.i.lo alfaiate), qu» Riear do não i>.nr<a«se a Fu-nl láile d¦¦ •lireim. puis se lal fi- zesse seria hoje, um grande jurisconsulio !• Recebemos folhas da corte até 9 do corrente : Foi removido da presidência da provincia de Minas Geraes para a do Pará o exm. sr. dr. José Vieira Cout0 de Magalhães. —Por decreto de 2 do corrente fo; reformado na fór ma da lei o brigadeiro Mirioel FelizardodeSouza e Mello. —Foi apresentado na igreja paroch.iál de Nossa Se- nhora da Piedade da cidade de Lorena, desta provincia, o padre Juslino José de Lorena. —Por exoneração concedida ao bacharel Luiz Engfi- nin Horta B.rboza, foi nomeado para snbslitnil-o m encargo de njiuterite dn bibliolhecario da Faculdade de Direilo desta cidade o sr. João Baptista de Carvalho Dnimonri. Sob o titulo—T-ois ans en Italie—a nossa patrícia D. Nyzia Floresta Brazileira Augusta, havia publicado na Europa uma interessante obra, resultado de sua pe- ivgriiiaçào pelo* estados daquella parte do mundo. Camauas—Senado—Gonlin .ava a 3" discussão da re- fóriiia liypothecaria, tendo sido apresentadas varias emendas pelos srs.Ni.buco de Araújo, e Souza Franco. Câmara temporária—rio dia 4 procedendo-se á elei- ção da mesa, foi reeleita a do mez passado. Tinha sido adoptada a proposta do governo que lixa a despeza e orça a receita geral do império para o anno financeiro de \$Qi -i ]865. Foi approvado-em Ia discussão, sem debate o projec- to que crôa um collegio eleitoral na villa do Codó, pro- vincia do Maranhão. Também foram approvados em 2a discussão dous projeetos do senado, um declarando que a disposição 'lu ..,v. VOO, ile. lu. .le, XO Ou .H^IISIO ue JOiU, quo man- da suspender o recrutamento durante a eleição, é ap- plicavel á de eleitores, juizes de paz e vereadores; e outro autorisando o governo á conceder ás corporações de mão morta licença para acquisição de bens de raiz e conversão de seu produclo em apólices da divida pu- blica. Tinha chegado o paquete da Europa; abaixo trans- crevemos as noticias mais importantes. iJBjnwHBi^-Tmamr-wapimininTii «Não foi por niiiilia cinza que ell» deixou dr o direito em S. Paulo, responder., pesaroso o faiale». Na epoi-ha em que se passava esta historia, ainda Ri car.lo continuava na casa do velho lida.lor do campo d riieinis, e, sempre nlíèciin tintes. estud ir bom ai o campo com suecessn adquiria novos co- 0 jo-en Ricarelo havia sido engeiladn aporta de .loaiiLamillo,qui'o tomou rnmpasslvo e ò criou corno fillu. próprio, teii.li.-lhe esse amor de pae estremoso, e de cuja .loç-ira estasia\a «m. boa alina. O honrad.i alfaiaíe julgara e mais ii'uma vpz disser^ •i sua cara esposa, qne .. s.-u engeit.adn era filho d- genle im.H.rtante, e cujo mysterio tentava p-netrar nas tnicaes marcadas na loallia qne envolvia quando á porta lhe foi lançada. Entesmn zava que as nobres qualidades de pilas daquell» qiielierda rie seus ...... abençoada da honra e o dom grandioso da intellteeri cia.° Mas, o mancebo a criança .porque ajiii- Ricardo eram pro- maiores a herança Lfl-se na Aclnalidade de 5 do corrente: FRANÇA.—Foram encerradas as câmaras, pronun- ciando por esta occasiào o duque de Morny, seu presi- dente um pequeno discurso, que foi bem recebido, N;.poteào III deve ter prrtido para Fonlainebleau le- vanrlo comigo a familia imperial; constava que se- uniria dahi para os banhos de Vichy onde se demoraria um mez regressando de novo a Fontainebleau ondepas* sara o resto do estio. Cessaram os boatos de alteração ministerial—e a lin- goagem do Conslilucional folha semi-official, faz crer qne se algumas modificações houver na politica do im- perador não serão no sentido liberal. 0 Monitorais. insurreição da Argélia como suff.icada.' E' verdade que os francezes lêem batido constante- mente ns Árabes; porém o fado de continuar-se a en- viar tropas para a África prova que o governo não está descançatlo. A insurreição parece preparada de longa 'lata, e que tem muita affinidade com o movimento de lunis p o mais que se passa nos estados barbarescos. La Pomrnerais o celebre medico envenenador que foi ultimamente condemnado á morte loi com effeito exe- "iilado segundo n n telegramma publicado em Lisboa. Renan afamadp autor da Vida de Jesus, que tão gran- de rebuliço causou no mundo religioso e litterario foi retirado do sua cadeira de hebreii e nomeado conserva- lor e viee-direotor da repartição dos manuscriptos da hibliotheca imperial. Os jornaes publicam urna carta "in que o célebre escriptor regeita esta nomeação. INGLATERRA,—A imprensa occnpa-se principal- ¦eente hoje das conferencia*s diplomáticas de Londres relativamente á grande questão do condido dano-ger- monico. Apesar de haverem os membros da confe- rencia assentado cm guardar segredo snbre tildo que nelle se passa, as confidencias vão snecessivamente chegando ao conhecimento do publico, e os jornaes dão brios os dias noticias mais nu menos verdadeiras. Corre como certo que os representantes allemàes pro- nozeram tego no principio a separação completa dos ducarips da Dinamarca, constituindo um estado inde- pendente, sob a soberania do duque de Aogustembur- go, salvo serem mais tarde examinados mais escrupu- losamente os direitos deste pretendente. A Dinamarca não quiz este alvitre; e consta que a Rússia fizera suas reservas em favor do direito da casa ile Oldembnrgo sobre o llolstein. A Inglaterra, em nome das potências neutras, pro- poz outro arranjo: a separação do Schleswig em duas partes; a parte scandinava seria encorporada ao reino de Dinamarca propriamente dite, e a parte em que predomina o elemento allemào seria unida ao Holstein para formar um estado independente. Esse alvitre não foi positivamente regejtado; todavia é um ponto elidi-il ele accordo—á o estabelecimento da nunca soubera qne era engeilado João Ca.iullo. O alfaiate, com lodo geilo 'occul- Uva este arcattn ao filho rio per-càrio, que considerava- se legiiimn herdeiro daquelle que n Criá \ ¦a. era um parente exc-pçái i|ih padrinhos de hipiisiiio de Rica''- ¦lo. os ma.s igno.aiam, p mesmo nunca in.l.earam '•'.nhei-er se o menino era lealmente filho do ai- f.tate. O vigário da parochia hivii silo um dos padrinho'!- Ooinre. ha muilo (inba fallecido di ciensorle t|e João Catiiillo. Ricardo jamais andou en más companhias : e osra- p^zpsrii' sua edade,qun desregrados^o buscavam pprver- ter. nunca o conseguiram, porque o jovn. educado em sàa dculrmi. o* d-|.resava e por isso foi jogo tido por imno-imr e Or«ulhoso. p..r l'. 'as e-stis c moderações era oet.geila.lo.ligno da m-iinr esiema o acatamento. Masali ! nào obstante js.sn. o di-sabor e o sriffrimen- tn, pstei males que derepente surgem e turvam o ri» nhcidn il uieia vida iranquilla, \ieram amargurar a<. .ilnia< de J.ião C.millo pele «ii. e-qx.sa D.Anloi.ia, en- tri-u.ven.lo a .-asa onJe elles habitavam, p etn que imí< exp-rinenlar .m nn decurso de muiios amios qual quer incommodo que os penalisasse. O jo-en Ricardo, mao craelo seu, senlio que a sua razan fe desvairava P"la paixão amorosa que em seu enração nutria pela filha de.Simplicin rie Lima. De- balde procurou expulsar de si semelhante sentimento : nào pnde ; e, cada dia qne s" passava, o seu amor crês- cia pela linda donzellã, cuja imagem vinha adejar nos sonhos dourados do mancebo, como o serafim formoso ¦le Deos. qne esvoaçando com encanto sobre o seu leito, lhe predestinava um porvir de rosas.' E o amor doce e eastn de Ricardo foi correspondido Rm=a Cândida ta bem o amava da mesma maneira' em seus sonhos de anjo a brisa da felicidade vinha-lhe* derramar perfumes suavissimos.inebriando achara illu- são da donzellã. Este amor havia principiado n'nm haile em que o acaso fizera Ricardo tomar Rosa Cândida, por seú par em uma quadrilha Por sua menle não passara a idéa de que d/ahiresul- tas«p a paixão de ambos. Elles pensaram ver um céu de delicias, um céu orla- do de fraerantes flores. O joven afagara tão hella lembrança; porém João Camillo deixou verem seu semblante as nuvens de tris- t"za ao saber qne seu filho «doptivo amava a filha do commendador S.mphco. Kra-ll,e ,im grande mal. por qne co.dieca qne «ssp potentado jamais ann.tiria o con- sor „, ,| sua filha com Ricardo, pois sendo n enrumen- •la.lor homem ,le ouro olharia com despresoo pobre engeüadu. ftilminando-lhe a esperança do coração. O honrado alf.iate, assim reftectindo, pesava na ba- lança judiciosa de sen pensamento os dois jovens que "' : 1 PPS0IPr;' desiRn«l' Em vão buscava a nao achava. D'tim lado via o enceitado s^m -n.portanca alguma para as vistas ambiciosas de Stmpl.r.o. creado. para cúmulo de vexame, em casa dum alfa.ate.a quem ns aristocratas da calibre de Sim- nlico, tratam com desdén.-como zeros da sociedade. D- oni-o enxerj-ava formosa, rir:i fi mwjada lIe m|_itos mancebos opn.e.ttos liosa Cândida, que embora amas- sp a R.cardo. lo.laiia isso não bastava para a sua união «om o enfeitado, pois q..e sen nascimento nâo podia sermeli.te pela m-sma büola do doj.ivn.distanciando assim enlre um e oulro a itqneza p a n'bresa. Posse como fosse. João Camillo achou mil tropeços para obstar à paixão insensata de Ricardo. E no in- se amavam igualdade

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ANlNO XI QUARTA-FEIRA 13 DE JULHO DE 1864 N. 2444. >'

Subscreve-se no oscriptorio daTy ographia Impahciai,, R .a doRosário n. 49, paraacapital a 128rt>\ (i >r anno, e 6$ rs. por somes-tre, e para fora a 150 rs. por anno.

A assignatura pode começar emqual píer dia do anno, mas acabasempre em fim de Junho e Dozem.bro. PAGAMENTO ADIANTADO.

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FublicaçõaslitterariasõOrs. »Ditas particulares 120 rs. »Noticias diversas 500 rs. »Folha avulsa custa 200 rs.

As correspondências e commu-nicados serão dirigidas em cartafechada ao escriptorio da redacção:

Director da redacção c proprietário do estabelecimento—Joaqiiisíi liberto de táevéáo Varqaes.—Matadores diversos.

jriUfBtfg (DW1H&11—Ao commendador Josó Vergueiro.—Accuso rerehi-

do o f.fhV.io. que v.s.me me dirigiu em dala de 9 «Ioeorrenlc. em o qual apresenta a conta das despesas f"itas dê;22il.'abril á 30 .Ir junho ullimo com a cnnclti-são da eslrada de Santos á seu cargo, e solicita o paga-mento de cincoenta e seis contos duzentos e vinte selemil qmnheulos e setenta rèis.quH v.s.declara existirde saldo em spu favor.

Em resposta çiiiiipré-ihé significar-lhe, que não pôdeter lugar esse pagamento na fôrma por v.s.solicita Ia;porquanto peln meu olficio d- 22 .te abril ultimo só foiv.s.autorisadoá de$n?ii(ter com a conclusão da referidaestrada a quantia de cincoenta contos de reis. quantiaque lhJ foi marcada por ter v.s.u'essa nce.aziáo decl.-rado á este governo, que cm ella, ou ainda com menospodia concluir a estrada ; aocréseenrio que em seu offi-cio de 19 de abril ultimo, orçou v.s.essa despesa em 50á 60 conlos.

Si, nn decurso dos trabalhos, v.s.reconhecesse serinsuffieiente a quanlia, pe-la qual se obrigou á concluira estrada, deveria ter repres-nta Io á "sie governo peraprovidenciar como entendesse conveniente e nunca re-solver por si uma despesa para a quai não estava auto-risado.

De mais d'isso; no orçamento por v.s.formulado emdata de 29 ele março ultimo e que por ordem .Peste go-verno fui presente á assembléa legislativa provincial!declarou v.s.ser sufficientc a quanlia de oitenta a no-venta contes de réis para a conclusão d'aqn"lla estra-da; sendo que d'essi .lata alé 22 de abril recebeu v.s.em diversas prestações, para esse serviço, quantia supe-rior a quarenta contos de réis.

Por conta da autorisaçào á v.s..concedida pela ordemde 22 de abril eslá já desp-m lida a quantia de, vinte pcinco contes de réis, importância da lettrn, qu", emdata de 12 de maio ultimo a provincia áeçèitori da casabancaria Bernardo Givião, Ribeiro e Gavião: pelo ipieo pagamento de qualquer despesa com a conclusão daestrada de Santos, depois de examinadas as respectivascontas no lhesouro provincial, nào poderá em caso ai-gurn exceder o restante da referida quantia, que sãovinte e cinco contos ile réis.

—Ao cnmniendador Jo«é Vergueiro.—Tendo tomadoconhecimento da,proposta por v.s.apresentada a estegoverno para oesgoto e limpesa publica e abastecimentode água naseidades .de S. Paulo e Sinto v, tenho a decla-rar-lhe q.ie nào julgo conveniente nem necessário es-tabelecer em condições onerosas á provincia o serviçodo esgote nesta c.ipital e em Santos.

Outro sim julgo inteiramente inaceitáveis as clansu-Ias pelas quaes ognverno deveria obrigar-se a pagarpelo serviço do esgoto e abastecimento de água em ca-da casa ou edifício a quantia total de cento e dez milréis por anno de endo as municipalidades de S.Panl"e Santos pagar esta annuidade de três contes, e aqnel-Ia a de seis.

Do inesmo modo julgo itesvantejnsa a concessão doprivilegio pedido por 90 annos, bem como náo cnncnr-uo com varias outras condições exaradas na proposta ;a qual por isso deixo de aceitar.

EXPEDIENTE DO THESOURO PROVINCIAL

Dia 11 de Abril de 1864, —Ao contador.—Devolve-se ao sr. contador a inclui

sa conta em resultado da liquidação das contas do ex-collector de Cunha Antônio Jiistnio Monteiro da Silva,para que na conformidade da resolução da junta em ses-são de 23 de Março fiado, mande passar acpmp.Hentéquitação d; s quantias recebidas e despendidas, sujeita

fflfflm.MISÉRIAS DA ACTUALIDÂDE.

(Romance)poa

Vicente Felix de CastroPARTE PRIMEIRA

(Continuação)II

O alfaiate caridoso c o seu enfeitadoLá para o fim d'uma ma, cujas casas eram desiguaes

e sem archilec.tura snbresnhia uma de boa e regular ap-parencia. com janellas envidraçadas e pintadas defresco.

N'ella habitava um honrado alfai .te, que havia ad-quirido alguns bens á custa de muitos annos de traba-Iho.

Era um homem de 50 a 55 urinas de idade, de phi-sionomia sympathica e bondosa, cuja eslalura regularainda conservava todas as forças da mocidade, dandoligeiro movimento a seus robustos membros.A familia do alfaiate compunha-se de mia mulher,senhora de oito lustres, e um joven de vinte e dou>annos.Era uma familia f.diz.N'essa casa respirava-se a.paz o a tranquillidade.O alfaiate era dotado d'um coração bemfazejo e d'u-ma alma nobre.Soccoria com prazer caridoso os desgraçados pobres

que chegavam á sua porta.Eli era i.b-Miço ..!« por esses infelizes.Sua esposa, lambem possuía uma ex.-ellente alma, e-*0 fXfeelia em caridade a s -u bom marido.Ambos lindam verJaelei.o temor de Deos e o amavam

seo hypocrisH.Haviam educado u n filho adoplivo sob pstes pineipios. pl.iiilmdo-llie no cor< jân essa viva fé. pss-> .im...

sincero, <|ue .. TH ioti ao supremo Arbilro de nossosdealinos, que, como pharul da reiigiáo, o guia no pro-

•i qualquer responsabilidade que posteriormente se pos-sà conhecer, nao só quanto ás rendas, e especialmentesobre a meia sisa de escravos do anno de 1850 a 1851,fi o imposto de agoardente dos annos de 1851 a 1852.e 1852 a 1853 por nào lerem sido encontrados os talões•le conhecimentos, como lambem quanto aos depósitoscuja liquidação mandará proceder separadamente vistoque a conta apresentada não trata delles.... .—Ao cario ario.—0 in pector itethesouro provincial,na conformidade da resolução da junta em sessão d-2 I de Março findo, determina ao sr. cartorário que em-pregue todos os esforços para a conclusão da classificarção dos livros e papeis sob sua guarda escrituramlo-osprovisoriamente em um livro á pr .porção que fôr pro-eedendõa classificação, [.ara posteriormente séreinconfe-ridos, e lançados em outro, como lhe foi recominenda-do em junta o que cumprirá.

—Ao ex. governo.—Devolvendo incluso a v. ex. ooffiisiq ern que o engenheiro Francisco Gonçalves Go-mide pede o adiantamento ria quanlia de 50ÒS000 réispara ns trabalhos de exploração de uma eslrada d" ro-dagem entre as villas de R-lhlem e Jundiaby de nuefoiencarregado pelo exm. govprno. cumpre-me informara v. ex. om observância da órd-m .le v. ex. de 15 deMarço fin Io n. 601. que o orçamento vigente nào eon-sijgnoii quota para a estrada entre estes di.isVrinnieipios0 adiahtaméntn de 500,1000 d» qne trate pste enuenhei-ro f..i anclorisado por ordem do exrii. governo de 13 deM .io rte 1863 sob n. 907 « levado ft quota do art. 4. =§ 1. ?: da le1 do orçamento do exercicio findo e por ell"recebido a 15 do referido mez de que ainda nào apresen-tou coutas. ..

Entretanto sendo a despesa como parece urgente pn-de ser por v. ex. determinada se assim v. ex. o enten-der.

—Ao rnesm..—Em additamento ao officio que a v.ex. fiz subir em 9 elo rorrente sob ri, 311 acompanha-dn ile uma exposição sobre a coljriciiçâri das barreiras,cumpre-me informar a v. ex. em cumprimenlo da or-dem de v. ex. de 30 elo mez findo n. 636 qnens empre-gados existentes em ca.la nina das barreiras da provin-cia são, um administrador, e um escrivão além de rimesou tres praças do corpo municipal permanente ou dospoliei ies eom vencimentos municipaes que cna.ljnvàoa arrecadação.

Deste refira exceptuão-se a barreira do Cubatão quetem um administrador, um escrivão e dnisnmannenses.A de Itipetiriingn composta de um administrador, um

escrivão e um agente no Itararé.Parece portanto que as novas barreiras devem ter só-

mente adminislrailor e escrivão e agentes nos pontosprecisos, e ns guardas necessários.

Quanto a seus vencimentos deve-se-lhes marcar umaporcentagem provisoriamente até que se conheça o ren-dimenlo.

E' quanto posso informar a v. ex. que mandará o quefòr servido.—A'- mesmo.—Junto A ordem de v. ex. de 2 dn cor-

rente n. 646 veio para informar o réqiíeVinicrite de Mar-lindo de Almeida Salles, acompanhado das informa-ções prestadas pela câmara municipal de Pindamonhan-gaba ern qne pede pag.mento da quantia .le 3:4601)000qu.'falta para completara de 5:1908000 porque nrre-matou os concertes da estrada que daquella cidade se-gue a.le Giiaratingnelá sobre o que cumpre-me i rifar-mar a v. ex. que:Em virtude da ordem do exm. antecessor de v exde 20 de Març. de 1862 n. 529 foi entregue ao suppli-cante poi este lhesouro ern 14 de Maio do .lito annoreis 1:1308000, terça parte da referida quanlia .le réso: 190,1000.

A lei do orçamento do anno de 1861 a 1862 a quppertence esta despesa somente consignou no art. 11 §2 800S para a sobrodita estrada, quantia insiiffHenle

para o pagamento total referido, que conforme o con-tracto, e.o termo de eximo feitomeada pela câmara 'lavrado, epela coiiiniissào co-

issixrladn em 18 de De-zeinbro .le 1863 iuclnzo d.) requerimento do supplican-le que foi quando se derão por concluídas, e acceitas asoliras.Parece entretanto que nào havendo obra atenma afizor-po nn diia estrada, se poderá applicãr para sen

pagamento a quantia de 2:000g consignada na lei do or-çauieiito do corrente exercício art. 18 § 1, nào obstanteter sido a obra conlraotada riaqtíelle exercício de 1861 a1K62: porém porque foi conclui-la no aclual.

Se assim v. ex. determinar vem ainda a faltar 1:460$que pode ser oago p-In exercício findo, não obstante »falta de quota em virtude do art. 39 da lei n. 16 de 3di.Agosto de 1861.

E' quanto me cumpre informar a v. ex. que mandaráo que fòr servido.

Dia 12.—Ao collector da cidade de Cunha.—0 inspoctor dolhesouro provincial, lendo pnr despacho de hoje, mau-larló pagar por este lhesouro ao Padre Anlonio Gomesde Siqueira, vigário encommendado da cidade d • Cn-nln. os guisa meu tos desde Julho de 1863 ate 31 deMarço findo, assim o communica ao sr.colleclor dainfúiiia cidade para seu conhecimento.

—Ao lliesoureiro.—O sr.thesonreiro pague ao a.lmi-njetrador do hospício .Ins alienados, a quanlia de rs.59R0211, sendo rs. 496,1211 déficit .Ias inclusas contas

Ia despesa feita com aquelle estabelecimento durante omj'z de Março (indo, e rs. 1003000 a.liantadamentepara occoiter ás despesas rio presente mez corno fo>deterininailo pelo exm. governo .'mordem de 5 .Iocorrente o.655. sendo esla despesa feita pela verba dnart. 2. c§ 7. c do orçamento vigente.

ÍIDOTiâTO,

çèjlôso orceann da vi lá rimstran lo-lh-' os escolhos e pre-Òipicios que nelle se encontram.A esla educação iPabna, o alfaiate ri a ri descuidara

de juntar igualmente a educação da inlelligeheiã, e.por conseqüência, esse mancebo teve um esclarecido etalentoso mestre, qne lhe en-inára quasi todos os 'trepa-.atorios pn-a que se o joven qnizesse cursar a Fionlria-d- de Direito de S. Paulo, já tivesse e<se adianta-mento.

Estes estudos esclareceram as idéas do man-ceho. Em tudo elle conversava com acerto e peso ; edest'arte, captava aostiirid e sympatnía dás pessoas queouviam-o.

O alfaiate rpuosijava-.se e dava-se por muito felizvendo assim a Ricardo presado por Iodos.

Uma vez fez conhecer ao joven, que desejava vel-oformado om direito para que assim preslasso no futuroserviços a seu paiz, que precisava de ohreirns intelligentes e de moços delicados aos estudos, para que ele-vassem a pátria querida aográo das mais cultas naçõesdo mundo.

Porém, o estudioso mancebo mostrou pouca vonta-de de satisfazer esses elesejus. e dis<e o honra-lo alfaia-te que já tiniu iostriicção .sufJl''iftntf> pari Ivui s» co.n-portar na snci--dade, e inesmo achava-se h ¦hililado i(araexercer qu Iqn-r emprego. manifesUndo-llie então qnesua vocação era pira advojado, o qne, pira se-lo, nã >precisava cursar os bancos .Ia academia de .lirèiio ;era li.isl.iite praticar na liaric.a .Piiin á'lvng,vlü illnsirado, aonde aslnz-s desle o fariam lambem eritendi.lo nachicana immensa dos provará*, rasões ele.etc.A przar de seu despeito o alfaiate não n deu a cn-nhecTao filho a.loptho, e o deixou que seguisse a car-reira de sua inclinação.

Ricrelo Camillo (assim chamado o joven) passou lo-go a freqüentar o escriptorio d'um hábil e velho lellra-.Io, de uma reput.çàu illib..l.-i, e ein cuja banca a-pirtes ò procuravam se pre, dando-lhe enindes inle-resses.

Ahi. pois, o discipnlo .to advogado patenienu eu.nnncn ter. pn o se» latente p«la arte e de que miiil»agr.elo-i a s-u resp-itavi*! mestre.—«E pena, observara este em uma ncca«i,-ío aojoà"Cainiilo (nome (|n nnsuo hnnr.i.lo alfaiate), qu» Rieardo não i>.nr<a«se a Fu-nl láile d¦¦ •lireim. puis se lal fi-zesse seria hoje, um grande jurisconsulio !•

Recebemos folhas da corte até 9 do corrente :Foi removido da presidência da provincia de Minas

Geraes para a do Pará o exm. sr. dr. José Vieira Cout0de Magalhães.

—Por decreto de 2 do corrente fo; reformado na fórma da lei o brigadeiro Mirioel FelizardodeSouza eMello.

—Foi apresentado na igreja paroch.iál de Nossa Se-nhora da Piedade da cidade de Lorena, desta provincia,o padre Juslino José de Lorena.

—Por exoneração concedida ao bacharel Luiz Engfi-nin Horta B.rboza, foi nomeado para snbslitnil-o mencargo de njiuterite dn bibliolhecario da Faculdade deDireilo desta cidade o sr. João Baptista de CarvalhoDnimonri.

Sob o titulo—T-ois ans en Italie—a nossa patríciaD. Nyzia Floresta Brazileira Augusta, havia publicadona Europa uma interessante obra, resultado de sua pe-ivgriiiaçào pelo* estados daquella parte do mundo.

Camauas—Senado—Gonlin .ava a 3" discussão da re-fóriiia liypothecaria, tendo sido apresentadas variasemendas pelos srs.Ni.buco de Araújo, e Souza Franco.

Câmara temporária—rio dia 4 procedendo-se á elei-ção da mesa, foi reeleita a do mez passado.

Tinha sido adoptada a proposta do governo que lixaa despeza e orça a receita geral do império para o annofinanceiro de \$Qi -i ]865.

Foi approvado-em Ia discussão, sem debate o projec-to que crôa um collegio eleitoral na villa do Codó, pro-vincia do Maranhão.

Também foram approvados em 2a discussão dousprojeetos do senado, um declarando que a disposição'lu ..,v. VOO, ile. lu. .le, XO Ou .H^IISIO ue JOiU, quo man-da suspender o recrutamento durante a eleição, é ap-plicavel á de eleitores, juizes de paz e vereadores; eoutro autorisando o governo á conceder ás corporaçõesde mão morta licença para acquisição de bens de raiz econversão de seu produclo em apólices da divida pu-blica.

Tinha chegado o paquete da Europa; abaixo trans-crevemos as noticias mais importantes.

iJBjnwHBi^-Tmamr-wapimininTii

«Não foi por niiiilia cinza que ell» deixou dro direito em S. Paulo, responder., pesaroso ofaiale».Na epoi-ha em que se passava esta historia, ainda Ricar.lo continuava na casa do velho lida.lor do campo driieinis, e, sempre

nlíèciin tintes.

estud irbom ai

o campocom suecessn adquiria novos co-

0 jo-en Ricarelo havia sido engeiladn aporta de.loaiiLamillo,qui'o tomou rnmpasslvo e ò criou cornofillu. próprio, teii.li.-lhe esse amor de pae estremoso, ede cuja .loç-ira estasia\a «m. boa alina.O honrad.i alfaiaíe julgara e mais ii'uma vpz disser^•i sua cara esposa, qne .. s.-u engeit.adn era filho d-genle im.H.rtante, e cujo mysterio tentava p-netrar nastnicaes marcadas na loallia qne envolvia

quando á porta lhe foi lançada. Entesmnzava que as nobres qualidades depilas daquell» qiielierda rie seus ......abençoada da honra e o dom grandioso da intellteericia. °

Mas, o mancebo

a criança.porque ajiii-

Ricardo eram pro-maiores a herança

Lfl-se na Aclnalidade de 5 do corrente:FRANÇA.—Foram encerradas as câmaras, pronun-ciando por esta occasiào o duque de Morny, seu presi-dente um pequeno discurso, que foi bem recebido,N;.poteào III deve ter prrtido para Fonlainebleau le-vanrlo comigo a familia imperial; constava que se-uniria dahi para os banhos de Vichy onde se demorariaum mez regressando de novo a Fontainebleau ondepas*sara o resto do estio.Cessaram os boatos de alteração ministerial—e a lin-

goagem do Conslilucional folha semi-official, faz crerqne se algumas modificações houver na politica do im-perador não serão no sentido liberal. 0 Monitorais.insurreição da Argélia como suff.icada.'

E' verdade que os francezes lêem batido constante-mente ns Árabes; porém o fado de continuar-se a en-viar tropas para a África prova que o governo não estádescançatlo. A insurreição parece preparada de longa'lata, e que tem muita affinidade com o movimento delunis p o mais que se passa nos estados barbarescos.La Pomrnerais o celebre medico envenenador que foiultimamente condemnado á morte loi com effeito exe-"iilado segundo n n telegramma publicado em Lisboa.Renan afamadp autor da Vida de Jesus, que tão gran-de rebuliço causou no mundo religioso e litterario foiretirado do sua cadeira de hebreii e nomeado conserva-lor e viee-direotor da repartição dos manuscriptos dahibliotheca imperial. Os jornaes publicam urna carta"in que o célebre escriptor regeita esta nomeação.INGLATERRA,—A imprensa occnpa-se principal-¦eente hoje das conferencia*s diplomáticas de Londresrelativamente á grande questão do condido dano-ger-monico. Apesar de haverem os membros da confe-rencia assentado cm guardar segredo snbre tildo quenelle se passa, as confidencias vão snecessivamente

chegando ao conhecimento do publico, e os jornaes dãobrios os dias noticias mais nu menos verdadeiras.Corre como certo que os representantes allemàes pro-nozeram tego no principio a separação completa dosducarips da Dinamarca, constituindo um estado inde-pendente, sob a soberania do duque de Aogustembur-go, salvo serem mais tarde examinados mais escrupu-losamente os direitos deste pretendente.A Dinamarca não quiz este alvitre; e consta que aRússia fizera suas reservas em favor do direito da casaile Oldembnrgo sobre o llolstein.

A Inglaterra, em nome das potências neutras, pro-poz outro arranjo: a separação do Schleswig em duaspartes; a parte scandinava seria encorporada ao reinode Dinamarca propriamente dite, e a parte em quepredomina o elemento allemào seria unida ao Holsteinpara formar um estado independente.

Esse alvitre não foi positivamente regejtado; todaviaé um ponto elidi-il ele accordo—á o estabelecimento da

nunca soubera qne era engeiladoJoão Ca.iullo. O alfaiate, com lodo geilo 'occul-

Uva este arcattn ao filho rio per-càrio, que considerava-se legiiimn herdeiro daquelle que n Criá\¦a.

era um parente

exc-pçái i|ih padrinhos de hipiisiiio de Rica''-¦lo. os ma.s igno.aiam, p mesmo nunca in.l.earam'•'.nhei-er se o menino era lealmente filho do ai-f.tate.O vigário da parochia hivii silo um dos padrinho'!-Ooinre. jà ha muilo (inba fallecido

di ciensorle t|e João Catiiillo.Ricardo jamais andou en más companhias : e osra-

p^zpsrii' sua edade,qun desregrados^o buscavam pprver-ter. nunca o conseguiram, porque o jovn. educado emsàa dculrmi. o* d-|.resava e por isso foi jogo tido porimno-imr e Or«ulhoso.p..r l'. 'as e-stis c moderações era oet.geila.lo.ligno da

m-iinr esiema o acatamento.Masali ! nào obstante js.sn. o di-sabor e o sriffrimen-tn, pstei males que derepente surgem e turvam o ri»

nhcidn il uieia vida iranquilla, \ieram amargurar a<..ilnia< de J.ião C.millo pele «ii. e-qx.sa D.Anloi.ia, en-tri-u.ven.lo a .-asa onJe elles habitavam, p etn que jáimí< exp-rinenlar .m nn decurso de muiios amios qualquer incommodo que os penalisasse.

O jo-en Ricardo, mao craelo seu, senlio que a suarazan fe desvairava P"la paixão amorosa que em seuenração nutria pela filha de.Simplicin rie Lima. De-balde procurou expulsar de si semelhante sentimento :nào pnde ; e, cada dia qne s" passava, o seu amor crês-cia pela linda donzellã, cuja imagem vinha adejar nossonhos dourados do mancebo, como o serafim formoso¦le Deos. qne esvoaçando com encanto sobre o seu leito,lhe predestinava um porvir de rosas. 'E o amor doce e eastn de Ricardo foi correspondido

Rm=a Cândida ta bem o amava da mesma maneira'em seus sonhos de anjo a brisa da felicidade vinha-lhe*derramar perfumes suavissimos.inebriando achara illu-são da donzellã.Este amor havia principiado n'nm haile em que oacaso fizera Ricardo tomar Rosa Cândida, por seú parem uma quadrilhaPor sua menle não passara a idéa de que d/ahiresul-tas«p a paixão de ambos.Elles pensaram ver um céu de delicias, um céu orla-do de fraerantes flores.O

joven afagara tão hella lembrança; porém JoãoCamillo deixou verem seu semblante as nuvens de tris-t"za ao saber qne seu filho «doptivo amava a filha docommendador S.mphco. Kra-ll,e ,im grande mal. porqne co.dieca qne «ssp potentado jamais ann.tiria o con-sor „, ,| • sua filha com Ricardo, pois sendo n enrumen-•la.lor homem ,le ouro olharia com despresoo pobreengeüadu. ftilminando-lhe a esperança do coração.

O honrado alf.iate, assim reftectindo, pesava na ba-lança judiciosa de sen pensamento os dois jovens que"' : 1 PPS0IPr;' desiRn«l' Em vão buscava anao achava. D'tim lado via o enceitados^m -n.portanca alguma para as vistas ambiciosas deStmpl.r.o. creado. para cúmulo de vexame, em casadum alfa.ate.a quem ns aristocratas da calibre de Sim-nlico, tratam com desdén.-como zeros da sociedade.D- oni-o enxerj-ava formosa, rir:i fi mwjada lIe m|_itosmancebos opn.e.ttos liosa Cândida, que embora amas-sp a R.cardo. lo.laiia isso não bastava para a sua união«om o enfeitado, pois q..e sen nascimento nâo podiasermeli.te pela m-sma büola do doj.ivn.distanciandoassim enlre um e oulro a itqneza p a n'bresa.Posse como fosse. João Camillo achou mil tropeçospara obstar à paixão insensata de Ricardo. E no in-

se amavamigualdade

Page 2: Faxina - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1864_02444.pdf · Dia 11 de Abril 1864, —Ao contador.—Devolve-se ao sr. contador a inclui sa conta em resultado da liquidação

ÜOttREIO PAULISTANO

linha de demarcação entre as duas partes allemáa escandinava; ns allemáes querem quu a linha divisóriaseja tirada flua niio Fleusbu-go e D ipp I déntróVdaparte allemáa, o que náo querem os iíiiíauiarqíièzes.

Ao mesmo tempo que so trata de ac.liar as bases dnqualquer arranjo, não se tem descuidado por parte daspotências neutras de tratar da prorogaçáo do armis-ticio.

A Dinamarca era a que mais se oppunhã fl prnroga-çãn, e quando iniiilo a adiillllio por mais 15 dias, as-sentada a base do arranjo.

Os íillèiiiâes admittiaiii a prnrngnção por doris mezes.Afinal fm decidida a prorogaçáo por 15 dias. IL' pos

sivel que durante esse tempo, se ác'(!nrjj.fi nas bases doarranjo.

No entretanto os telegrammas últimos niio denotamconciliação.

Dizem assim:« A ultima conferência foi tumultuosa, e os seus

resultados pouco satisfatórios.« Os representantes nllemàes declaram que a guerra

recomeçaria uo dia áü, si as fronteiras níl» tivessem jáfixadas, ou si o armisticio se mio tivesse prol (ligadopor dous inezés.

Todavia não sn deve dar muilo ore !itii an lidêgrn-pbo, sobre tudo a respeito de factos passados secreta-mente.

HESPANHA.— Cnnlinuão .is cortes; temlo vòiadn a1:1 1-1. .1.-- .:;,.. .i.:.„ /?.....„:„- „„ .1..'...-telligencias enlre os partidários de Espartp.ro u dé Olo-zaga, o que tem causado grande consternação no pirti-do que nos últimos tempos ganhara muito terreno naopinião.

ITÁLIA.— Começão a appaivcer os primeiros symp-tomas de o.ipo.sição pãrlántehtír— ó entro da. câmaraniio é 1'avoravel ao snr.MinglieHi.—C*«ni a entrada d •estação reiipparpcein as guerrilhus nas provincias na-poii.tnias. Sua Santidade, p.ostoqu.e fenlia alçançadjimêlunrás; cortiiriúí erimtújlii a dar cuidados pois re-ceia-su (pie sua moléstia seja morla!. Cortina que oCnrdeal Aiitonelli não se. descuida da grande qiiesláj'italiana, cuja solução julga depender da esiolha de Fiorençi para eapitil do reino.

ALLE.V1AN11A.—A. imprensa allemã promove cilorn-samente a ileja da independência dos ilucnlns e siíianne.xaçào â confederação germânica aconselhando á<

. duas potências e á dieta que não eonsinlâh iun tninsaV.;ção diplomática alguma qne não ira.a este resultado;à Inglaterra tem sido alvo dn suas di itribes. O dnqiiede Angsteiubiirgo já não alimenta lão rnseas esperançascomo alé hoje. Parece que o galiihftle de bVrlini i h-puzera ao duque coii,diçõ.".s que uao esta elle ili.«posto ¦¦<aceitar. O que e certo ó que regressou descontente dvBerlim e que abandonou a id-ia de. ir a Vienu.i confe-reneiar com o iniperador da Áustria.

Aspretençõès da casa de llo|;|emburgo protegidaspela Rússia teem ganho algum terreno.

BÉLGICA.—Depois de, longo debate nas câmaras, pnão havendo possibilidade de òrganisaruiii novo gnbi-nele, o rei dissolveu o parlanienlo.

RÚSSIA.—Os representantes da Finlândia dirigirãouma pet'çao ao imperador no sentido de viilgari'sal-s«a lingua sueca nesses estados.

GUECIA —O governo grego v i funccionniido commais tránquillidade. As illias Jonias pasmarão final-mente do protectorado britannico para formar pirte doreino hellenico. 0 acto da entrega ao Ingnr-tetípriti;'Zaimis foi feito com grandes formalidades. O rei Jor-go parlio para as ilhas e ha um telegramma de Cnrfu.que diz que fora ali recebido com grande eiithusiasiiio.

SUÉCIA..—A Suécia faz certos preparativos de (iiièrfra, que parecem ter por fim entrar na I uo tá. da Din -marca com a Allemanlia/si nao se vier a um accorio.

-A esquadra sueco-noiuegueza saiu para o Ska^er-Raekcommandada pelo priiv ipe Oscar Os ministros deÁustria e Prússia pedirão explicações, mas o governosueco nâo as deo clarase teriinnantes. O rei da Sueeiapartiu para a Noruega, onde costuma passar uma par-te do verão.

PRINCIPADOS M0LD1-VALAC0S.-0 golpe de estado do príncipe Couza, que foi geralmente appiaüdidV;nos principados e que só encontra opposição em umaparte da nobreza e do clero, cansou inquietação e re-pugnancias na Rússia e na Áustria. O golpe de estado,alterando a constituição, é contrario nos iratados entreas potências garantes da sua autonomia. A Porta es-tranhou ao príncipe o seu acto em termos lie n-vn !•><!.e este partiu para Consluitinopla para a planar asdidi-

.cuidados. O sultão prepara-lhe uma recepção ni.i«ni-fica. Parece que'a França e a Inglaterra com aTur-quia estão dispostas a sanecionar os aclos do príncipeCouza, tirando ã Rússia e Áustria o pretexto de uniainte"venção.

PERU'.—A impressão causada na Europa pelas es-travagancias arbitrarias dos representantes da Hespa-

t**i*ra*i.i*^>'x*í,i*f^V-^.^V.^<^

tuito de persuidir o engeítvlo. envidando to I <s as ra-zões possíveis, tratou le levl-o a seu quarto e ahi Indolhe esclarecera, pintando-lhe com as verdadeiras coresas conseqüências funestas que poderiam resultar de laesamores.

O joven, obediente, acompanhou asmi pae.— Filho de meu coração, disse o bom alfaiateem tom amigo, porém ^rave -senta-te e escuta-me.

João CkiiiIIo sentou-se n'uma cadeira.Rieardo fez o mesmo.—T i nunca me deste dissabor algum ; spmprn tens

sido dócil em ouvir os meus conselhos ; pois bem, voucommiinicar-te un pezar dn mi.nh'alma, uma idô<cruel que me tortura o espirto interrompendo assim atranqüilidade de inen repouso.

—Ahi ui"ii querilo pa>-! exclamou o mancho p-gandn a mão .10 alfaiate e beijarido-a frenético. Enmolésür-lht**... ter-lh' fdto tanto mal... oh ! ppço-lliP.pela amizade que me vota, perdoe-me... se vmc. soubesse do sòlFr)nientó de meu pejto I ..

E o engeitido levou ambas as mão sá oabnça. como senesse instante a sentisse toma Ia d'uin grande peso.

João Cunillo fixou a phy< onomia do inancebo comexpressiva tristeza, e o interrogara :

—Tu amas a filhado comiivmlador Simplicio ?...—S.m, meu pai... balbuciou Ricardo curvando a ca-

beca.—E quaré o teu intento?—Devo dizer-lhe, meu pae? vmc. bem o sabe...—Ali I pensas n'uiu casamento ?—E' a minha idéa.—Ecomo effectua-lo mpu filho?O moço calou-se um momento, como .quem medita

va, e depois respondeu :—Con o auxilio de meu padrinho vigário, espero

consegui-lo.—Acisii ignnps que vivemos i:\11na aeluali Ia In d

ambiçõ-s, e qie n pensar da tnnor p-rle d.1 povo é «•ouro, meútl que siijipl 11U a inHlUniiria e a gabeilnna. elevaiel'. » estupidez e r.z..„ |„_H s»berb* e orgu-lhosi aos olhos daquelle» que tem a desdita de ser pubres?...

— Be 11 o sei meu pae. .—Ignoras também, que, ap zir de ten talenlo. qu

na Ia vale ao com.iiendalur. queira este asseinr que ofilho d'um alfaiate seja esposo da filha d'um titular

nha rio,Peru, ó a mais adversa possível ao governo lies-paiihil qu- julgou dever appressar-se em ler no párlimento aemn uiinieaçà) que. fiznri a seus ministros emLondres, Paris e Washington, declarando que o gover-no da rainha nenhuma pretmçào tinha de conquistano território das republicas americanas. 0 governoinglez foi interpéllado no parlamento acerca deste ne-goeio. Declarou o sr. Lay.ird que riádá sabia a tal ros-peítosenãp o quo eonstavidacommnni 'açáo do ministroinglez residente om Lima— que o informara de que aesquadra hesp mhnIn sn o ultimação, nnin mais cereino-nia se apoderara d isilbas Chinclias, respeitando, po-rem, os carrega.mflii.tos iiiglezes de guino.

A Independência Belga no seu número de 1 do cor-rente diz o egiíiiite :

« 0 coiiflictq entre a Hespanlia e o Peru, cuja gravi-dade noticiamos, parece ler feilo reviver um momento110 governo héspãnlioi o desejo de fazer reviver os seusli rei tos de soberania sohre esta republica. Pilo me

nos a proclainição Hespanhnla deixa-o perceber in-lireclameute, dpelãrainlnqiín a hespanlia nunca reco-beceu as republicas hispino-americanas. D;sde este

iinuieiito a questãp toma um caracter geral, que inte-ressa a polilie.a do niundo, e decerto as grandes poten-•ias mariiimas não poderiãn ficarextnnhis â lucia, qii"|)i'nyocai'Jão semelhantes; preterições. Felizmente a pen-leriçia parece ler entrado uniria phise conciliadora;nin despacho de \I idrid nos dizrriie o uiinistvrio se reu-mm para deliberar spbie as propostas úo arranjo, feitaspelo go erno do Pertt.»

Corre noticia de que o imperador dos fnncczes of-fercera-se para mediador entre o Peru fi a Hespanlia.Carece, porém, de confirmação esla noticia.

Afiirma a /«Vànçrt.jonial imperiilista, snr inexactoqir(rato o general Píiizon de destruir a esquadra peruana•1 de tomar Calaií.

TUNIS.— V insurreição em Tnnisconliníii nag^ravase. Os insurgentes eslão ás portas d 1 captai. Os ara-hevbaiem-se lambem entre si, mas afie d voliàn-sto los conLra o inimigo convnum que é o h-y, Recla-¦nüo não só enlre oulras cousas a abolição dos últimosimpostos; mas alé a restituição daquelles que jã f >r;moagoR. Em frente de Tuiiis ha treze vasos de guerra'e varias nações, mas principalmente francpzes e ila-lianos. Diz-se que ns italianos querem desembarcar.

Os beduinos pedem a abdiçao da regência, n reco-nhecein a soberania da Poria Ôttoinana. Diz-se quepara chegar a este fiin f d este riegnei 1 promovido pelaPortas ajudada peja Inglaterra. Náo sabemos o quenisto [ia ile verdade.

MADAGASCAR.—Cada vez se confirma mais o boa-to de que o cei Ilidam 1. que se disse ter sido inofto n 1nlliiiii revo|iii;ão, ainda esiá vivo. E''Sta crença ge-ral em Ta na mm va, O primeiro miuisln, favorito nliriante da rainha viuva vive 110 meio de sustos o cer-

ca Io de tropis. Tem feito 10 lis as diligencias parafazer descobrir e untar o rei rnapparenidp. H1 Lempo.suandoii castigar barbara mente os çoldailns, que. mau-leu nin sen alcance è que oriáo-dSscobrirãi. Por sim-pies sufiposiçiin tem condeiiiiiailo A iiinrle muitos indi-viduos. Os suspeito-: 01 que rnceuVo sèl-o, fogem pa-ra ir ter om o rei. Em Tan inariva reina grande terrnr, n vai engrossando o parti Io do rei encoberto.

DINAMARCA.— Em Conenhagun ha gimde excitação nos ânimos, n a opinião exaltada prefere a conti-nuaçà • da guerra a tinia paz que niio seja baseada nasmelhores condições.

0 governo de Copnnb >gue. convocou o Rigsraad.parlamento comnniin a D.l.aiin iris.i' e ao Sdileswi^.

Neste paiz lizerão-se as eleições durante o aruisliejn.O resultado do escrutínio dá uma certa plaüsibiliiládein projeclo dn divisão ileSehlòswig apreseutulo á cou-

fiTnocia pela Inglaterra.Si a guerra continuar, conlão alguns com o auxilio

Ia In»l iterra • da Suécia.ESTAIIOS-UNIDOS.—A lula principal está sendo tra-

vida" na Virgínia.Não se pode saber ao certo quem terá' tido vanU-

g»rn.Na Geórgia o general federal Sberman tomou de (lan-

cns as posições i|e Jòhnstnii sobre o rio Meralo. [Diz-seque o corpo de pxerciio de Johnston vem reforçar o deLee. f! uiks chegara a Nova-Orleans. Os federaes eva-ciiariím Texas.

Um membro do congresso propoz um decreto de nmMistia para indos os nsladus que entrassem para o seioIa união Foi regeitiidn;

ConstiVã que a França e a Inglaterra tratavam deum arranjo para a paz. Náo eslá isso bem averigua-do.

Coníirmárn-sn a nnlicia da derrptn do corpo do gene-ral Butller. O corpo do general Sigel lambem foi dis-pensado e o general federal Grarit estava em difficil po-sição. Constava que os confederados foram batidos porGrani e Sberman.

opulento n considerado nesta sociedade dn corrupção emiséria, onde reina a hypocrisia, a bajulação vil e in-fune ?. .

—Tudo, infelizmente, é assim mpu pae...—Pois bem, uma barreira invencível separa de li afilha de Simplicio...

—Oh I meu pae I...\ssim, deves esquece-la...

—Meu pae !...—E' um sacrifício... mas lerás forças para suppor-

Lã—Io ..Rosa Cindida tem uma alma pura...—Porém o pie tem uma alma ambiciosa...

—RH.i jurou ser minha esposa, meu pae...—Sói jiirioiPiiin, ante a pnleròsi vontad-' de Sim-olicin; se quebrará, como a frágil birca d'encontro auni roeh°ilo...

—Ah I meu pie | miirmiirnu Ricardo cnm infl-xãnmingeiite, pii nio me sinto com coragem p ra aliandonar a esse anjo adorado dos meus sonhos ; sinto-um an-les com forças para tudo soffrer, c 1110 prova do amorque tenho a Rosa Cândida...

—E não sab's, filho, que teu pae igualmente se mor-tificacom as luas dores?

0 enfeitado tomou de novo as mãos do alfaiate e os-culnu-as com transporte filial, dizendo :

—Tranqnillisp-sn, meu pae... não se amotine... eunáo lhe dar'i dissabores... Porém não posso aunuir anque me pede... Tenho certo presentinipnlo dp que a fi-lha dn commendador será minha esposa... Tenho todaa fé em mpu destino...

—Se tu tivesses sommas desse metal que deslumbraa todos...

—uni dia... o terei, meu pa<>...—Un dia... um dis... Simplicio d° Lima não espera-rá que iu s.j s rico pari dir-te a sua fi 1 h* Elle a sa•rifieará mu pouco tempo... moços ricos nãu f ilta.ui."..

—Risa C1 il 'ida «erá fiel ao juramento qne d u-:<ip..—E a p-na de uiildiçào, miu filho?... a pena de

111 il.íiçào ?...Estas p.ilavras fora^n ditas com lanta gravidade, q f

• jo.en vailllou um mouieiiiu sem responder a Joà"C-oiillo.

Esle. apr 'veitio Io o pusejo, prospgnio :—Eis o obstáculo, fi ho... a duiizella obedecerá a seu

pae para fugir da perdição...

Constava pelas ultimas noticias que os&oncís confede-rados n.iixaram e ficavam a Ü3.

Recebemos pelo brigue inglez Silver Cloud, entradohontem ne Santa Helena, fo lias do Cabo da Boa-Espe-rança até 28 de Maio proxim 1 lindo.

A colônia inglez* ali estabelecida achava-se a braçoscom uma sublevaçáo do cafres, que, a julgarmos pelasdisposições tomadas pelo governador, parece séria.

No dia 21 ro8'".b'era-88 na cidade do Cabo um telegram-ma do governador, noticiando que o chefe Kreli atra-vessára o rio Bashsc e penetrara no território de Trans-kei, nlacando e repellindoa forçados policiaes a cavalloque ali estacionava. Ao mesmo tempo ordenava ogovernador que o commandante em chefe com todas asfiirças de que pudesse dispor seguisse sem demora paraa fronteira.

No dia seguinte o commandante em chefe, com seuestado maior e alguns regimentos, embarcou a bordodu Valarous, mandando que o seguissem logo em Irestransportes dn guerra as forças restantes.

Ainda náo se sabia no certo qual a causa dessa invasãode Kreli. Suppunha-se, porém, que procedia ella daresolução tomada pelo governador de remover para .0território de Trariskey uma tribu denominada Tam-bflókyé.

Esses Tambookys tinham outr'ora ocetipado o territo-rio de Transkey. donde foram éxpellidos pelos Galeka.comniandadjs por Kreli. Mais taide Kreli e sua tribufd taiiibeíri repellido pelos inglezes, e ò território dis-pulado ficou quasi inteiramente desoecupado.

Tendo noticia da resolução do governador, de queaciiria falíamos, Kreli atr.ive sou o rio para impedirque seus adversários entrassem em Tran«key, e atacouis forç s inglezas que encontrou na fronteira.

Esta invasão parece ler sido provocada por impru-lenci.i do governador Sir Felippe Wo lehoíisé, que fora

prevenido de que o chefe Gal kanão soffreria em Trans-key a presença de seus inimigos de longos annos.

Até a ulii'na data que recebemos náo havia.oulrasnoticias da fronteira.

tininga, Xiririca. e Iguape, que ha muito como que jaziamesquecidos do governo, ,

Tem-se fó de que as explorações feitas pelo illm. sr.tenente Tourinho serão atlendidas, oos habitantes dn Ua-peninga protestam á s.s.eterna gratidão pelo serviço, queprestou á este município, examinando a vereda abertapor Maximiano Vieira. As. exc, como Paulista, de-dicam, de coração, eterna amisade e gratidão por ter-selembrado de lançar suas vistas para esta desaventuradaItapelininga.

Itapelininga, i do Julho de 1864.O amigo do progresso.

. na -inyg^r, • 1 rttsmmmmumtsmmÊÊm

& PES.HÍK).

ITAPETININGAESTItADA DAS SETU-BARRAS

Os habitantes deste município ficaram muito satisfei-tos com as informações que tiveram de que a picada ouvereda aberta por Miximiaio Vieira no senão de Igiiárpe presta-se a uma nptmt eslrada desta cidade á.s SeteUarras, no no tia Ribeira, segundo as explorações doillui. sr. tenente Francisco Antônio Monteiro Tourinho,que não poupou exforços pira bem cumprir a missão,le qu'tinha sidoenca>regado.

II1 muno tempo que filla-se nessa projectada estra-da; mas ató antes da actual presidência nem um passodeu-se á respeito.

Já é um grande sprviço, que s. exc. fez a esle muni-eipio tnaiidindo explonr essa vereda; nem se podiaesperar outra cousa de s. exc, visto que é Paulista, esó almej 1 o bem de sua provincia.

Os habitantes deste município confiam tanto no zeloadministrativo des. éxc, queanciosos esperam que.em visla das informações que tiver do illm. sr. tenenteTourinho, se digne 111 andar dar começo aos trabalhosda estrada, afim de aproveitar-se a estação secca.

E' do grande vantagem a aberiura de uma estrada áRibeira, nao só para este niunicipio de Itapetininga.como tainb-m pu\i os circumvisinhis como são Para-napanema, Faxina, Taltihy, Botucatü, Pirapora, e mes-mo para Porto Foi z, CimpoLargo. Sorccabi.e Piedade:devendo sem duvida lucr >r muito Xiririca e Iguape.

A. despeza, pois, que se fizer com ns>a eslrada náoserá perdida, porque o urreno é excellenle, o em brevepuiler-se-hi estabelecer no riu do Quilombo uma bar-reira, donde com facilidade se hão de amortisar os gas-tus feitos na estrada das Sete-Barras no rio da Ribeira,porque espera-se que ha de ser uma barreira bem ren-dosa e considerável.

Quanto ao rio da Ribeira sabe-se que, no lugar de-iluminado Sete-Birras, tem elle de largura 57 braças, ebraça e meii de profundidade; podendo portanto che-gar á esse lugar qualquer embarcação. Sendo fora deduvida que vapores vã 1 até Xiririca, que é muito aci-ma das Sete-Barras, que deve ser para o futuro, isto odesde que abra-se a projectada estrada, o porto de em-barque, por ser o mais próprio.

S. exc. que ó Paulista, e Paulista amante do pro-eresso de sua provincia, decerto náo deixará de mandarabrir essa esperançosa eslrada das Sete-Barras, que vaidar vida, engrandecimento, e prosperidade aos munici-pios acima referidos, e com especialidade aos de Itape-

¦*?Á&vrii>.-i-Jit

O engeilado pareceu verde repente que a doce illusâoque acariciava so desvanecia pela força desse argumen-to, que não admittia replica, e, como que experimen-tou uma grande conlrariedade, e apenas pôde articularpesaroso:—Meu pae, supporlarei o meu destino com resigna-ção...—JA vós, pois, que o conselho que te dou é o de umverdadeiro amigo, quo almeja ver-le feliz...

—Todavia, meu pae, não espulsnrei do coração esseamor em quanto Rosa Cindida conservar-se solteira...En a esquecerei logo que miiihi alfiinça com ella sej>impossível..'.

—Porém, meu filho, temo-me de Simplicio do Lima... ó um homem muito vingativo o um p-ssimo in)niigo. Sabendo qu • o filho d'um pobre alfaiate am 1sua rica n bella filha, esse homem será capaz de com-oietter algum desatino...

—Nada receio, meu pap... Bem que vivemos n'iininsociedade miserável, em que só imperam os mandõesIn terra, comlud" isso não me intimida...

—Tu sibes que hoje só prepondera o homem de ou-ro, mal da actuniidaile—ijiié, para nossa vergonha.—vai contaminando lodo povo. Assim, sole recouiuion-lo sejas discreto uo teu proceder... Vó qun entre mim e

o conimendador ha grande distancia... «II-; é potenta-do... e eu ?... quem snu, meu filho?... um alfaiate ?—Pesa bem estas palavras, Ricardo... Oxdá 6llas le fi-^ain conhecer a verdade de tudo... Peço a Deos, de to-do coração, que te livre do mão caminho...'Eu te aben-çôo...

Ricardo beijou de novo a mão de seu pie adopt vn,que levantando-se, sábio do quarto, acompanhado d>engeitado.

Expliquemos agora ao leitor o fado de ter appireci-•Io aquelle joven no emph do Dms e, nh1 com a suapalivri. esl- rvri o casamento de Rosa Can li Ia conM ircello R idrigiies.

Ricardo Canudo, á pedido d- seu velho mestre e ul-vogado, fizera uma viagem á província d ¦ Minas, ou lenn negocio imporiaule chamava a este; porém o loira-Io impossibilitado d • acndlr a tal reclamo, aiHorisnu

¦ om procuração a s-i. hábil discípulo, na certeza d-que «Ile arranjaria esse negocio como se p-e-ente fosse.

A viagem era d morada o Rctrdo náo pideria voltarsenão no praso de três mezes.

O PAQUETE A' VAPOR ¦< SANTA MARIA °Ou ó um homem perfeitamente louco o comman-

danle deste paquete, ou um ente despresivel, que nãomerece o logar que oecupa, só próprio de cavalheirosde fina educação. O seguinte faclo prova a verdade doque avançamos.

Embarcou neste porto, no dia lõ do corrente, umapessoa respeitável da cidade de Parahyhuhn, que ficoude regressar da Corte no mesmo paq'«íí«?ÍT& houverãopedidos ao cóiniriandaiite pnra o trazer, ce,.iíieando seque so acharia no largo nina canoa pára o desembir-qim, afim de nâo dar-se demora.

No dia 21, desde 3 horas da madrugada achava-sea canoa no ponto promettido, mas o paquete só chegouás 6 horas. Parou o vapor, e subindo uma pessoaperguntou ao commaiidantj se F.tinha vindo; respon-deu que não. .

Sáo-lhe entregues neste neto 3 carlas para Santos,sendo uma de muita importância, mas o que fez o Ça-valheiro que as recebeu?—Lé* os sobrescriplos exami-na-as, e lança-as ao inarll! Felizmente poderão ascartas ser apanhadas, ainda que quasi iiullifieadas.

Que eontrnsle com os senhores capitão tenente Perei-ra da Cunha, Cancella do Pe Iro 2.°, Cunha do Pirahy,e Gomes do Diligente!

Se vigorasse a ord.do livro 5.° por certo teria odigno commandante deste paquete o devido prêmio pe-Ia acçao que tão nobremente praticou. Em falta delia10 publico recomnemlamos este bnroe.

S.Sebastião 24 de Junho de 1864.i O iiiinmigo da impostura.

ELEIÇÃO DE ELEITORES DA FREGUEZIA DE SAoDOMINGOS

Consta-nos que o correspondente do Jornal dn Com-mercio dissera que era impossível que o partido liberalganhasse a eleição de eleitores na freguezia de S. Do-mingos, do liiüni.cipió de Botucatú, ainda que se empre-gasse força ; mas independente de força alguma, com amaior liberdade de volo e sem coacçáo alguma, teve aeleição o resultado que abaixo se vé; como muito bempodem informar ou asseverar os drs. José Carlos Macha-do de Oliveira, e Francisco Martins da Silva, que assis-tirão á dita eleição como empregados da comarca, vistoque propalava-seque haveria grande desordem'na oc-casiâo da eleição.

ELEITORES LIRERAES1.° José Galvão da França 70 volos2. ° alferes João de Palma Carneiro Ge-

ràlnJM; • • *70 «3.° Antônio Romão ai Silva. ... 69 «

SypPLENTES LinERAES1.° João Dias Baplisla Sobrinho. . 16 «2. ° tenenle coronel Francisco Dias Bnp-tistá * . . ." 16 «

3.° Zacharias Antônio Grillo. ... 16 «COfíSERVAnORES

Ignacio Pereira Nantes 9 ,Josó Luiz Corroa Dutra 8 «Domiciano José de Andrade. ...... 7 ,

0 amigo da verdade.

FaxinaSr. redactor do Correio Paulistano:

Certo do quanto v. s. ama o engrandecimento eprosperidade de nossa terra, peço-lhe queira dignar-seinserir em seu acreditado jornal a correspondência quelhe envio autheuticada pelo altestado junto, cujas as-signaturas se acham reconhecidas, afim de chamar aattenção do exm. governo da provincia sobre a riquezaque em si contém o Rio Verde, o qual sendo devida-mente explorado pôde.fornecer grande somma de pre-ciosi.lades á provincia e aos particulares, quando oexm. governo se digne mandar examinar por pessoashabilitadas, como esperamos que o fará, afunde nãoficar por mais tempo inculta, e inútil tanta riquezacomo devemos esperar do sua illustração.

0 Rio Verde é situado distante desta cidade da Faxi-na 5 léguas, pouco mais ou menos, passando ha estra-

João CanaTUo e sua esposa não se qppozeram á assaviagem do engiitado, mas sentiram a sua ausência.Durante esto tempo o cominendador Simplicio de Li-

ma contraotou o casamento de Rosa Cândida com Mar-cello Rodrgnes. joven que tivera princípios de estudos,n 11111 collegio, porém os abandonara pnr causa de seumâu comportamento na cidade de S. Paulo, voltandopara o terrno da cidade de '", onde pervertia-se noterrível o degradante vicio do jogo, náo podendo seupae (qun nessa oceasião era vivo) corrigi-lo, apezar deseus esforços. Tal vhio, pois, cegava o joven, quo fi-eou spiihor iFiima oplima fortuna por morte do coronelJnáo Rodrigues. Era o seu unicon universal herdeiro.

E, portanto, no jogo. o joven Mnrcello eia sempre'icoinp inhado de gente baixa, hoinens corrupins, qnecreados á lei da natureza, náo Unham hesitação d • com-metter qualquer acçáo qu, os infamasse, o assim saeducavam n»ssá escola de roubo, que táo nociva tor-n i-so á sociedade, e que as auloridades negligentps, so-nhqr.es que revestidos do poder da lei—só se curvam á*vontade dos potentados locaes. deixa.iJo de punir ocrime para massacrar o innncente.

Justiça f-en energia o desmoralisada, de quem o ban-lido escarneço ás suas barbas, desrespeitando o seupoder...—Juiz que falta á v rdade do juramento e sa-crilego deixa de cumprir o seu ministério para só pra-ticar aquillo que seus mandões lhe ordenam I...

Oh 1 misérias das misérias IPara que servem nossis instituiçõ>s quando ellas nSodão o desejado frueto 110 paiz ?B'in po éramos aqui profligar os factos escândalo-

s is que se dão no tribunal do pjry por estas povoaçõesdo norte deS. Paulo, mas.receiamos calar no desagradode quem quer que seja, e assim faremos melhor, e tneS.mo ó um passo mais prudente, em cerrarmos ura véosobre lão respeitoso tribunal...

Presidamos em nosso tosco rumnoe.Rosi Cândida teve sciencia da partida d« seu qupri-d > Ricirdo, porque e||,> tev,. n ouidido de escrever-lhe

algumas 1 nlm amorosas, ciji oarlinha havia sido en-tr-eue á jov n, sem qu-- delia fo-se sen pae sabedor.Entre os »scrivos do comiiiendador Simplicio, h-iviàum par linho, bislante acl»vói em quem Rosa Cindida-e cauíi iva. Elle, pois era um fiel mensageiro dos doisau.antes.(Continua.)

Page 3: Faxina - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1864_02444.pdf · Dia 11 de Abril 1864, —Ao contador.—Devolve-se ao sr. contador a inclui sa conta em resultado da liquidação

CORREIO PAULISTANO

da que daqui segue p-ra a provincia do Paraná, si-uleito e razú o formado desJe suas nascentes até a dis-tancia de 20 léguas mais ou menos de lageados, no-quaes contem grande nuinero do caldeirões, ou buracoscheios de cancalho, de il.iversos tamanhos, lendo algunsató do 25 a 30 palmos de profundidade, e do 10 a 15.degiargO/; suas iiíârgêns sao formadas de lages e camadás de terra e cascalho em quasi toda a extensão, e delado a lado do rio, donde se presume sahirem os dia-mant-s que sn acham nos caldeirões.

NesUs caldeirões (nos menores, por que os grandediffioeis de esgotar estilo intactos) que pessoas impe-

ritas, sem forças e bahia» de. todos os recursos tom es1 gotado. tem-se encontrado grande quantidade de pedra.-

de diversos tamanhos,:e.de muilo' boa qualidade, tendo.nestes últimos tempo» -'ippur'ci Io nesla cidade talvez onumero de mais de 30 diamantes, fora os que se .ignara,porque muitos dos que os acham, ou escondem, ouvão vender para fora.

Estes diamantes não são achados em um so lugar dnrio, e sim em toda-a exlenção d<-scripla. nos caldeirõe-esgotados, por que lias margens os barrancos do ri ,os garimpeiros nào tiram, .não só por nào conhecerem

icnmn porque, os donos dos terrenos prohibem, e de-vemos . suapôr. que as pedras achadas n'agna, sã-

!'¦"'" '^içadas pelas eiichurradás produzidas pelas eu-iüâfeiítwtéaV o que induz mais a crermos que '-mio a-,as margens tem, visto como as pedras náo podem correr tanto pela água, e ficarem depositadas em Ingaretão diversos, mesmo por que as pedras são de dillerentes qualidades.

Além deste rio existem aqui outros lugares nnleigualmente se lem achado, coiiio por exemplo nonim-Iro de Ilapfrapoam, cabeceira de um córrego, e mais en-um lugar chamado—Aborda.

T .dos os diamantes achados tem sido por pessoasque desconhecem inteiramente a minerilogia, as quaesarrastadas unicameiile'pela curiosidade os vão procurarpor saberem que com facilidade acharão, e como <hfado encontram, aquelles que visivelmente se conhece,por estarem sem invólucro, porque estes, e quu são osmellini-es, lhes escapam por náo conhecerem.

A' vista pois de tudo isto, se o nosso governo (como6 de esperar) quiz"rdotar-nos,. e á província, com taoiriex^oUvehfonte de.riqueza, mandão Io examinar, po .pessoas para isso habílitáf-as, o rio e; mais lugares, fa.rlium relevante serviço, não só a-"1 Estudo, como aos par-ticulares, proporcionando meios dt. arrancar-nos de.<itriste e desgraçado estado a que.nos ha levado a faltade dinheiro.

Faxina, 4 de Julho de 18R1.

Nós ahaixo assignadns niteHámós que só nestas ulli-mos mezes tem-se. tirado do Rio Verde alguns brilhau-tes, ns quaes temos visto, por lerem os indivíduos queos tiram vendido nesta cidade, e outros era Outros lugares o sendo entr.- elles alguns do peso de cem réis, <consta de outros achados maiores. 0 referido que at»êstamos é verdade e passamos o presente por nos ser p--jdido.

Fax na. 3 de Junho de 1864,Honp.raln José de Oliveira Richa. subdelegádo.Mariano José Machado, vereador da Câmara.Elias Alves ile Almeida Leite, vereador.Manoel Cliirschiner Djlvid, fabriqueiío e eleitor.João Nepomucc o Loureiro, delegado supplente e

eleitorJoaquim Cbirschiner David, fiscal dá câmara.

j; ==============t- MOFINAPergunta-se ao sr. qne annuni-iniihadhs ter fugido umciiosinbo de maima, muito Un>z->e todo branco, t-nd"a lá do fociníio e pés aparada, pois disse ao mesmo sr.que esse càosinhoanda ha mais de 3 annos aqui em S.Paulo p-ds ou estou em dizer que esse cachorro tem300 a 400 donos.

Um do< que comprou n cachorra ha 3 annoi.

VAUIEIHDE.ESMEIULDA

Declinava a tarde, o erepusrulo rcfleclia soulaU.ii.tTo cláriio, a noile poucojí poucocabia, tudoía ficando trislo o silencioso; nv-is laidè via-s<*um céu de estrellas, e tis nuvens despregarem-se do horisonte. O astro da noite su raiaradianier;YÍnh)iblnjfir a pâllidà frpnie.com.seus ar-[jejUmos' r'iòs| $vii'«stá, lipr.i em que vagueis •os|;<i(iniiòs' è1 iíè'i]}u$^s,; que principia a nossahistoria, ,;„,r;!l^c$^lujos iiiWrgriíjui cnjregnes ao prasere ao mundoÍ0 éxiilendorjt^íuindb porem acuso fnllaes dapoesia, d^sjsa; imapem melancólica e terna, .d-giiem hão. suspirou 7f E' !be1ií

provável, é es'epois o rnal:'delineado typo cia nossa lieroina. nconheceu-a por um nome quem sabe divino —'Esmeralda^-. Eu a vi virgem c leste, adorandoha imagem de Deus—a vida do .«mor.

Elvira (è este sen nome), é quasi sempnIrste, iraduz no intimo (1'aluia a expressãode um sentimento que a acabriinhii. seniitalvez saudades do passado que vôon levandoli ultima lagrima do coração. E' hoje umapobre Messalin.i. olhava pura traz, recordava-seile um tempo que nunca mais voltara, enlão sóvé a imite tenebrosa, mais adiante ha cirfundado uni caminho, espinhos.'— era p sa-crificio e a sahaçã••¦! Uma lugiliva luz nlumia-lhe a existência, broti-lho n'alma a virtude,d remorso então era a arma immiga de seu viverinsano.

Vejamol-a um instinto, tem IS annos, bellacomo uma flor'do outono, cntrcabre.se â vi-ração fresca e ao.sòj luminoso, snspi-a á lepi J;iaragem <la tardirilui quando a poesia perfumam •da natureza il.itrraiitH seu caótico sublime. Eil-anamorando o bruxoulcar tremulo dascslrebas;brinca a inhoceõçhi d'alma com --s enle\os d--;éu, qu mil» peccadori sustem no coraçlo fria-ágrimas dc um dorido pranto

A verdade do E« ntí-lh • criava-lhe na co--açílo. " sentimento d" remo so i\«la resignação.Era mui cruel enlu) seu vivei, deveria esquecerrj amor, o p 8*«itlo <• nulo .. o crime com si-obraço fralrwiila suslinha-i ninl'!. . Se:iiia-seMtiautc desanimada, deixou cdiir sua f.ouic

abatida pelo remorso; mas.. uão clioroii. aslagrimas seriaíi as fieis expressOe» de tuna liy—pocresiii «•alctilada, seria esquecer o erro com aiiiimilhação 1.

Para que humilhar-se, para ver o sarcasmo•lo povo que via uma mulher gemer? Não, ellacurvar-se-hia a terra, paru depois erguer-seC'-m o peso immenso da cruz. caminhava aoCalvário, pobre Magd ilena hia sotTrer os mâi-tyrios do GoL-iiihn!. Ahi, regaria a terra com >>prarilo do soffrimenlo, o verho divino siísteiiíi

i palavra ungid i de virtud', e o perdão deDeus bajxai:ià á ter^a com seu osculo smto.

A historia de sua vida era bem sinples, vir-l^em viu ondular iodas as suas esperanças nimagem do passado, o parasitisni¦> tia sociüdnlarremeçoii a ao precipício, pobre sensitiva, ;»ventania derrubar as ultimas 11 ;res desf lha Iapelo vendável da desgraça. Quem não verin'iss.i fronie pallida a liadticção intimi do sof-Irimentp ? Ainda assim sen semblánie tinha ninquê de iriãgest so i- b> lio, era alva corno o can-dido cysne á beira do lago.

Achitiio nos no g.ibiuete da nossa heoim,no liiiimeiílo em que o peneiramos, vemo-aacender uma vel.i de esp¦•rui u-ele, c u a paruadmirar, hoje a campa nha não sentira o im-pulso de suas mãos, o seu gabinete ella mesmoo illuminavii; fazia bem, esse orgulho não pis-sava de uma iílusão bem triste, essa riqtiesa erabastante vil e cruel.

Ahi o mundo veria uma flor murcha, a b Ilesanão teria mais vida. por que os encaniOs e a felici'iadi'<le hoje, erão iodas do céu. Brotava-lhen'alma esse riso ceíesV' da resignaçíln, e nocor.ição abafava ainda a dor que sofíria.

Elvira, ( perdoem-nos s" ainda recordamosna Esmeralda as f--ições dVssa pobre moça.—idi-nlista (los 15 annos), sent u-se bastanie com-movida á uma cadeira, e principiou a escreveruma caria, ed-a :

«Emilio.»« Nunca se avalia tanto a vida como quando

se snffre, ouve-me um instaiile:— quantas vezessentados bem juntos, medi/ias; Elvira, omun

o é a imaginação, ?. vidi puro itlêálisirio, amoite e o siiffrimento—realidoles que trazema descrença!... Depois vinha uma lepid..araoem, o sorris1» deslis.iva-se em teus I íbios,e diziaís; mdo o que disse é mentira, aeiso nãocreio ein ti, no amor que em leu peilo arde?O que é verdade., é qne cs<as palavras erão Im-rnidecidas por leu pranto! Elvria, Deus ou-vira tuas ardentes suppliras. enchogára essa-l-giimas sentidas de teu p.-ito, elle perdoar-loha. Eu.. . ouvia-te com um religioso silencio,seria uma blasf mia eul meus lábios parar unitalavra sinta. Hoje, era ao cahir do crepúsculo,

as nuvens despreg^vâ-i-se do horisonie, o solhirdej iva s<mis luminosos raios sobre a lerra.

eu era feliz e extasiava-me de júbilo e prazer,sorria-me; seria loucura, não sei, dir-se-hia queera a dôr—a poesia intima do coração?

- t Meus olhos fitavão o àciiíüllar radiante, deminha esliella, essa estreita era a vida, o brilhoti a luz—a esperança!...

« Cria na misericórdia de um Deus bom ejust", esperava auciosa o per lão de meus cri-mes. poiém para isso era preciso o martyrio, ••dòr e a saudade! ..

Senti então um suor frio em lodo o roslo,uma nuvem negra escureceu-me os olhos, de-pois... não sei o que deu-se; o que é cerlo éque linha a cabeça suspensi ás mãos, e choravacomo uma crimça que sente a falia de umamãe..., como explicar e>te temor, este re-imrso? NVssa occasiüo, o soffrimenlo abafou-

me a voz, o corpo todo tremia, tremia de ver-gonhá; e recordava-me do primeiro e único'mor na vida que trazia o sello da maldição; aiinisade á uma vida innocente, o respeilo ás

i-i'Vzas de uma mae, quanto tudo i-to é triste?Pareci yel-a lá d'essa região dos anjos, cho-

rando a minha desgraça, vi-a orar por mim;•rei... uma fei vente siippliça sahiu desle co

ração dilacerado p lo soffiiuioutn »d D'aln á alguns instantes, linha mai^ fé,

crença e esperanças.« A estr. lia errava no céu, pa-sára radiante

e oliiisciira-iu • a iibn.i, uma ligeira record içnoferiu-ine <» coração, para cumprir o sacrilicioseria preciso abáiidonar-te, e eu que le amolauto, é bem cruel meu Deus!. .

« Emílio; lenho sido té hoje submissa escravade leu amor, mulher, esqueci-me que era vir-item. cnniici-ie minha vida... deixa-me porpi.-dule arrancar essa terrível cadêa, deixa-memgir; li... onde as e-tiellas exprimem o se-gieilar de amores, onde o liumido raio da luai-mbdsa o c<>raçüo, seremos felizes dn Ia!...

« Deixa a pobre pi-reg/jná; orphã do çijnieconduzir o madeiro pesado; para que iute>r >ui-¦es-lhe a p 'ssagem, o que qm-res? In fama

mulher pelo mundo, s-icia íeus desejos, dá-lhesouro e felicidade, e es(|ueçe-ne, ouvisle?...

« Era bem criança, sentia frio c muitas Vezesfome. corna, brincava, e era feliz porque inno-cenle amava as caricias de uma mãe!»

« Porém quando a avesinln. teve z s p |en-lou \ôar. eis que as pi unas cahirão, e abando-nnli o que Izer ?

c Era um inomcnl suprejiio, minha mãe nol« ilo da iiioiié coinoKiva chi r-na, sua v >zIr. nina e seve-a, dizia :

—Minha filha, a niurle pira mim nào é um

sonho, é uma vida eterna, o anjo aguarda-me.si >lo mor.er por que deixo-te sd no mundo.Ouve me, confesso-te nieu crime, expia-o coma maior resignação.

« Não crô na generosidade de um proleetor,quasi s-mpre adi.i-se oceulio o interesse vilcomo pai>a da gratidão...

« Filha, aprende a s ífer, resigna-te ao Ira-balho, e Deus terá de ti compaixão.

« Depois mandou-me tirar de uma gaveta,ura papel se)lado e feixado, e peiliu-me que oabrisse depois que tivesse ella mon ido.

< E' esse meu segredo, revelo-te os mys-i '|ios d.i lamilia. é iimi íiçã.ò bem moral essa;Elvira, se não sòiiiieres coinpreliender a vida,víi.i á^ aras il> Senhor enf-ssa-te verdaleiramarlyr do Cavri i. E eu te dienç-i .. E davaa alma ao Senho•, exlidára o ultimo suspiro;acabava de beij r suas mãos frias, a fronte ca-iiiv.ori.ca estiva minada pela moit !.

Unia enfum içada luz crepiiava da c-indeia, adampada ('Xlmguira o ultimo óleo, a vida o

ultimo sopro! Era eu, só no mundo,minha mãe. ... essa dormia o snmno daei ••niul.d •!. , 0 mysieriò que a moite revê-avi-ine, era nt ti nascim -nio, um homem opu-

mio dava a prternid ide ao ser que a Imundacaverna receberá ao á luz do sul, pronii¦tliá-me,proiecção como sua Ilha qtie era. Coari ácasa (1'ésse homem que devia dar-mo um futuro;uma nova vila; tu o sabes, no alto mar com-batia com o furor das ondas, vi de longo a terra,á-alvaçã >, afm-i-me ás amias, pobre nnufiagaqueria existência, sem sabei' para que viver?

—0 despresp, ,qi uliraue. foi a recepção ámendiga que pedia a osm-lla á casa do nobre,alirou-se a bolsa de ouro como paga das vigíliasinsanas e da deshoura! O sarcasmo, o ridrnloq ie em mim atirarão; ninguém teve de mimoiedade, vollei deseeperada á casa que aindahabitava-; o suor corria-me ás faces, as lagrimasá dôr suuncüvn-as.

« Soltei os cabelles ás costas, njoelhei-me áterra, o disse: — Minha mãe tem piedade dapobre orphã do crime, vou trabalhar, hei deviver, nào é assim?.. .

« O resto d'esta historia, tu o sabes Emilio,poa qne contar-te

« Portado isto, EmPioi, ajnda-meá morrer.,(remo perante a jusliçã de Deus, e minha mãe'•orno senii>'á a minha so-te?

« Tu, lambem iivestè nma míie, o amorHoi-, d sco-de mãe é o amor d" Deus!,

nlieçes a inn -conte amante dos 15 annos. senie--o pudor ins faces qiruido na pr>ça publica en"onlraies a — Esm-ralda— a mulher dò/mrd !Escarnce d'essa miserável, esqmce (pie tam-heiii te arremossnst ¦ ao 1 do, deixa-irie espa-voridii (la sociedade, fll^ir p'in Seoipri-!

« Sê justo, ainda te amo muito, esquece-mee adeus.

Tua antigat Esmeralda »

Acalmva de escrever a profissão de fé de seucoração, levanlou-se, e com uma voz Iremulchamou a uma ciéada.

—Maria.—Senh- ra, respondeu obediente á porta uma

mnliit i de 20 annos.Leva esta carii ao Sr. Eniilio, diz-llie. .

—O que Senhor?—Nada, vai depressa, depois vem, tcnli¦¦

medo de estar só ?-Eelle?—Faze o que disse.

P i,doa--me. não comprmendo-a.—Maria, acaso zombar, de minha dôr, tu ob!

perdoa-me, ésiAoboa, vai,otempoqueperderesmat.is-ine sem piedade.

Senhora, eu vou. e sahiu sem acreditar oucomprehender o que via.

Elvira era bella, traz a um vestido brancoe uni' flir murcha pendia de seus ondeadoscdiellos.

0 riso cel«ste pairava em seus lábios aindamesmo infeliz, o martyrio triz a regeneração, eo spffroeenlo é um dogma, uma verdade quesome-se triste ás illusões do mundo.

Quem a visse então, 'que quadro tocante) npoe-iii suspjrava s.ni cântico do mor'e, ellorava!. .;• Tinha os cabelles soltos ás cosia", afronte pailidíi, os olhos cbamejaiiles de luz, ovlábios cerrados pela dôr, e contricia orava, osjoelhos enrvarão-se aterra, ella filava essa re-gião infinita.

0 palliil > clarão da lua parecia dizer n'essaregião embals mada de poesia e melancolia,amor... amor!...

Essa palavra gelid'1. sem vida, significava umpassado i|c loim"llloS, ella soluçava, o prantoacabriinllava-lhé os dias. soffria e muit o! Sue-Cc-dia-sc ao Soffrimenlo moral, as dores .. opadecer do corpo, verdadeira nin tyr caminhavaainda resignada. Achava-se n'hum esado me-li ulro-m, tossia... a tosse era secca, o olhardo utio e morto.

Recosimi-se ao divan, fi ficando cada vezmais p Ilida, a fraqueza fizera a crer que pro-\i na esav i dos umhraes da morle. Kll» esoe-r>va-:i cnill <m -loce sorriso; o anjo d.i n ileainda velava-a a enrada. Deirepenie deu umag-do grit-i; otiMiã i-nn. fi no nie-mo ins-ia it" socconiilt p Ias criadas que n • p/oxiiuos.dlo i.ilelinlião sé. Qii/erão chamar um me-dico ü um padre, nada cila quii. Em breve

essa agitação nervosa suecedeu uma perfeitacalma. Pedio que retirassem-se todos, sub-missa com uma doce palavra mandava comoque pedindo; fazia bem, sentia deslig-ir-se des-sa poeira im mu rida em que atravno-se freneti-cas as MessaÜn.isorgiacas. Tudo era silencio,ella sonhava, ouçamol-a em seu delírio.

Eniilio, quanlo és bom! porém pira quea meiís pésçhoraes? acaso ... não; tu nãopodes abandonar-me! . Tem rasão, não lem-brava-me de nosso juramento, beijas-me, não,nunca mais!... esquece-me, foge, tu... memalas sacrificando ao algoz da vida 1 ,,. Já quenão me ouves, espera e ora por mim, partireieu ; adeus . . . ali!

E um grito abalou seu frio corpo, acordara-sé e recordara o delírio. Por Deus, desejariaella morrer n'uma pobre cabina, n'nma moleesteira, onde a lamparina crepilasse uma en-fuinaçijdii luz. do que ser ainda desgraçada !coitada, deu uma estridente risada e choravacomo uma doida. Estaria louca? não, ellavoltaria á ra ão; Deos, que é bom, que é justo,teria piedade d'essi pobre peregrina, os arlius-tos do dri.serio seriiião o descinço, a sombrade seus dias!.. . Eiguêra-se do divan, ao ou-vir de leve ab>ir-'sé a porta.

Quem é ? ., ali! és tu Maria, ouvias-me ?!.

Não senhora, acabava de chegar.E enlão?Nãi o achei, deixei.. ..

—r Fizeste bem, retira-le, vae dormir, queroagora estar só.

Porém, minha senhora?...Vae... .

Tanta satisfação tenho em acompanhar-lheao soirritiienio.

Tu, Maria... . tens um bom coração,uma alma caiiiaiiva que ama-me, serei reco-nhecida, serei grata, porém relira-te, eu tepeço. Estará so, e se precisar?

Sim, só, preciso da solidão, se necessitarchamu'te-hei.

Sim, senhora.E retirava-se Irisle.

Maria. ..Senhora.Espera-me, ouve-mc: ha pouco parece-

me que sonhava, lu ouvisle-me, não, o quedizia? diz ...

Achei-a pallida, fria e triste !. ..Vimos duas lagrimas correrem frias ás faces

de Elvira, deslisiva-se triste essas duas pero-Ias — amor e saudade !.. ..

Maria lambem chorava. Elvira continuou :.— Sé franca, lu sabes que soflro, és minha

amigi, fdla, choras, quanto és feliz enlão, ba-nha-s nas lagrimas as dores do coração. Poisbem, pane, não me abandones, não?

Sim, senhora.E s.ihio em prantos; estimava esta pobre

moça. cria no seu arrependimento, ella queriasalval-a. Elvira comprehendêra o silencio deMaria, ouvira tudo o que havia dilo, ludo erasabido, os seus l bios doentes hovião pronuuci-

do sóaveidade. Mnii serii sua amiga, suaconfidente, sua irmã; era a nnica protecção quena desgraça encontrara, abatidonal-a nunca !Era preciso p s^ar um |vé > no passado, cer-rpn asspalpebras e adormeceu !. •..

0 anjo debruçava-se além e velava-a.

(Continua.)Jano Elysio.

¦V-

PERGUNTAS E ITERJEIÇÜES

Totó foro, tota urbe va-gantur.

(Anonymo)introdução

IIn d-> sr escrever uma ph uitasia macha, uma cousaijíiR saia dn coiiiriiiiin.

Ha de haver, prõsã e verso, mas verso nervudo. eâ-jur-ito, bafejãilo pela aragem e illuminado de quantascaiei-Mas se encontrar no ceo e fora do céo.

O vento do (•repüsçulo lia de animar este escripto quepor mri.déstiíi vae dedicado ao" snr. Bernardino de Sena1'inla-ln Malbào, mestre pedreiro que aqui andou ha

e npos.Ha do se cavalgar pela arte moderna e ha de ser pelo-ntrn da arte moderna.O autor pretende tratar de tudo menos dos bons re*

¦ aliados do purgante Le roy.Hasta.

iQuando eu disse qno pretendia passear pela cidade, o

inòii amigo Antunes fei um homem que ficou ajuizandoheih dn que era prazer pelo desejo que linha de acom-linhar en seniteur, como secretario, a um talento doneu foi go.

0 l:-ilnr não ha de querer saber se eu mudei roupa ourtiirti precaiiçô°s para o bom eoininodo do abdômen an-

tes dn passeio; portanto vâ isso simplificado: sabinios,•ii e Antunes.

Sainuis (nào se perca a obra á conta de poucas expli--.ações) saímos da rua da Quitanda onde o leitor teminiá moradia sempre as ordens logo ali onde ha tres'ia* estava uma perua comendo miiho.

Nào lhe posso contar os saltos que <'eu o amigo'An-Mines par cima de feixes de capim e de vendilhões daroça que atravancavam as testadas detodas as habita-õ"s ifaquella malfulada rua que eu chamarei antes ca-

ml dn Letli^s.(Se não me engano Lrtthes é um rio de navegação dif-

lie.il a d-1 curso alropell ido enlre rochedos.ligo si rem exl fama, pois creio que se tal rio hou-

v--«i' jà boj- teria lavado p uniu-- a algum titular d'es-les ipe-atiram os nomes ao fundo d'agua quando os temSlljos).

Pur espaço de duas horas vi-me aturdido entre car-gueiros, entre jacas de toucinho e uma azuada de ditos

Page 4: Faxina - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1864_02444.pdf · Dia 11 de Abril 1864, —Ao contador.—Devolve-se ao sr. contador a inclui sa conta em resultado da liquidação

•UOKREIO PAULISTANO

obscenos de alguns negros moradios n'aqnell,is bandasAo saltarmos (iinfiín uo largo do Chafariz, depois d<

duas horas do jornada, ou o o mou companheiro estava-mos salvos, isto e, som lustre nos sapatos, com as caj-ças sarmilhadas de alguns pequenos borrifos de lama,cousa nada, e uma canceira de morte.

Panámos. Eu lançando uma vista lugubre o pesadapara o lugar quo deixamos exclamei;

—Antunes, Antunes, quem è que deve olhar para a-quillo?

Antunes sem se mecher, apontando para os altos daCadê a:—Ninguém IAo.chegar ao chafariz fiz a seguinte quadra quo o

Antunes gravou-lliH (ao chafariz) n'uma das pedras:Aqui n'i;sta pedra seccaJaz som vida nm dinheirão I15' destino : leva a brecaTodo o cobre da Nação !

D'ali dobramos a direita pela rua Direita a seguirmospara a Consolação.

íamos já meio caminho quando voltando a vista paratraz avistamos uma ènorine maré do lama que crescia orecrescia .-, ameaçar pelos modos subir ato os degrausdos portaos da Sé.

Quiz o Antunes retroceder.—Nã'». filho, Um dissé-oii-. qnaridnn povo doGtonnr-

ra decaiu da graça do Senhor a cidade maldiria foi en-tregue ás chammas; a no sa terra está em plena graçadivina, liio cedo o fogo.iyão venera estas águas, irias soto voltas para vêl-a.s quem nos diz que nao to cnii.ver-tas em álgiifna moringa de barro? Sabes d*áqiiellá quose tornou estatua.

Continuamos a jornada sem maior novidade. O meusecretario apenas cocou o nariz uma vez quo eu visse.

Achei-mo então na famosa ladeira do Piques.Antes do subir julguei mais a propósito voltando ir

ainda ver<> Boxjga; esse berço de tantos vales, esso lu-gar aond," os po.-tas passei im em fralda de camisa, on-do os pbilosophos vão cogitar suas medilaçõ -s o os ro-mancistas beber inspirações no rio que déslisa mansa-monte dn matadoiro que lhe fica além.

Bexiga, Bexiga, lugar feciiinlo não ern plantações,mas em inspi: ações felizes ! liei''da fazer-te uma ode, ocomo sou de palavra ahi vae ella, uma ode que ha dofazer inguiço a todos os poetas de S.Paulo:

Dous to salve, oh meu Bexiga,Oh! lerra da promissao !Onde ha muita rapariga,Onde ha muito rapagào!Por ti passa em sonho aéreoUm bafo de cemitérioQué no sen gemer funereoTraz a briza do sertão I

•i i tom marcado o dia 17 do corrente Domingo, para assao ordinária do ass blén gehilcm quo tem deapre-¦•¦nlar o relatório o contas do anno administrativo pro-\mio lmlo, e proi-.e.lendu-se em seguida á eleição darospeetiya cqmfiiissâp de exame.Convida porlin to a lodosos srs. socinsso di<rnoinoQjnparocer. r,o referido dia ás 3 horas da tarde no sal-iito do segundo andar da casa n. 51 da rua do Rosa-no.S.Paulo 9 de Junho de 18(54.

O presidenteJosé AIvcs da Sá Rocha.

O secretaiioCasimira Aires Ferreira 4—2

,|-<#»í#)lí#3H#)lí#Si ^HM#«ÍM#»A

fA* DB.EíüIIlolfl# «8sr

GRANDE HOTEL D'EUItOPA.Precisa-so alugar uma criada ou criado para fazer anpesa e arranjo da cosinha. Profere-se escravo. 6—Slimp

f¦i

N'oste momonln tantas tropas so agglomoraram dian-te de mim que parei estatelado.

Oh! o Bexiga é o passadiço das tropas e mais ali-marias!Horror!

PorBernardo Barrantes.

(0 autor continuará so quizer).Vi*.* í.*'! í1"-"*? y"1'' ¦ •*" -- «--¦-¦¦-^' i---^jia*-*(^*rf*w»í^tfr^aK*,~w.»Aiv\ü\nos

Simon Siau, estofador de seges, tapesspiro de mobi-lias ptc.eslab decido na rua ile S.José n.42 A,previne aopublico qne os:á sempre prompto a exercer com Im-vi-dade, esmero e ecinoiniá os m.stores de sua proJfWào

2—1

ASClDADRS EV LL\SDA

OÜETÊEM BRAZÃO D'ARIHASPOR

Vilhena Rarbrza3 vol. encid. Ifc2$!i00

A prosenlií obra reco m mem Ia-se pela muita•curiosidade (|iie n'ellu se acha dèsòrifilii"; alémdas 667 gravuras representan<Ip òs lírazões e ar-in.is de nulas as pOvoiiçõiis porlu^uozas, acmn-panhii coda uma artigos sobre sim brigém e leu-das populares que Ih • sAo respejüivisi

Vende-se no esüriptorio il i Correio Paulista-no.

ARMAPORBHASILF.moNo Rio Ci.Alio

Fr "ciimzi Joitifiiüii do Amlr.i Io, riclinn-lo-sçcom li ! iíiiai.õe> .i ui In qu • diz ro-poiin á suaarte >>fí ri-c.n o sen prosii i o ;i ind s iissi--- fos-loiros de i|Ua|i|llorli,gai'(la vi i h Hiç.) d.i cililih'(Li llio ÇliiriV, p< di-mlii soi pj-, curailo om cnsados srs. Soirs & Ferraz, ínoi-.id m*os ria iiiomii icidade. Rio Claid 6 do. Jiilhu ,ie 18"»4. ¦ 3-1

^^¦^^^^^^^ (Im

A J. E C. Monj^jiÀ*^ te Negro, desai>p>-

roren (Ia v rzeii doCarmo, á oilq dias.nm rhacliii de solla,

. alio, bom feit«>.' g"r-ferrado dos h

pés, côr piiihandi"a vermelho, mm marca do forro ri*.* (|ti irl" os-quordo, imitando um c-'i-iiç~o com a punia paracima, em cuja i*xtr--m.i para o lado d- dentro osó uiim espécie de X.

Na oxir.ma da marca tom uma linha rocia acabando em uma íiièiii lua, e tem anuída i uria.

O aniiiinciMiie dá alviçaias nqiiim Iho ontre-gar em sua casa, rua da Bo« Visla, n. 60, ou emcasa do sr. Custodio For-andes da Silva

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A atençãoN.2—RUA DO ROSÁRIO—N.2

, Grande o variado sorjimento de oliapéos do FELTRO,NUTRIA e PALHA, muito fim^n <|'ha de mais modernode melhor gosto, o ile mais barato, avareju e por ataca-do na casa de ll-nriqne Luiz Levy,

^.2-RUA DOROSAitlO—N.2 4—4

MUDANÇA DE COLLEGIOO collegio da snra. D. Rita, mudou-se para a nn de

S. Bento, casa fronteira ao hotel Paulistano. C4—3

ra

M.ADAMÉ PRUV )UTMoniSTA rua no Rosaiuo n.37

Encarrega-se de toda e qualquer costura para senho.Precisào-se costureiras na mesma casa. 3-2

N. 76—RUA DE S. BENTO N.—76Está para vender um cavallo vermelho muilo bemfeito do corpo ; e lem o trote muito rnassio e eslá gordoe muito marim, a pessoa que desejar comprar dirija-seâ rua e o numero acima mencionados, vende-se' poipreço muito commodo. (fj 5

AMAAluga-se uma ama, na -un da Freira 11. 28.

2-1

Dcligcnrias, CaleçasD CARROS

Feürio Antônio Mariano Fagundes, lendoestabelecido para o Ironspone desta capital aSan os e vice-versa, deligencias e coleças parapHSjàgéirÒs e carros para eonduoçào do nio ca-durias, fuz scionte ás possuas que dcsej-.remuiiNsar-se di' qualquer dosies vohiculos qiiê to-derãri diiigir-se a sua casa na rua da GloriaFst s viagens l'àz'om-se ém 7 horas.

Os proç- s sã<> < s da praça.N. B. Provino-se qne as pessoas quo qnize-rem ir divirtir-se á Ponha, em numero snlTioi.

enle, lambem se darão viagens para csmj lugar.10-10

A5.rt EDIÇÃODo coDico no pnocESSO rou Josin-o

Livraria de Martins da Cunha rua Direita 11.47-482-2

A CAÇA NO BRASILOn Manual do caçador em toda a America Tropical,acompanhado de um gli-sario dos termos usuaes do ca-

ça.Livraria, do Martins da Cunha rua direita n.47-48.

2-?ARTE Dií EXPLICAR OS SONHOS E VISÕESOu niceio.wuuo nos mvsteiuos nos sonhosUm lm Io \ni. ene.aderiiàdn

Livraria do Martins da Cnnhi rua Direita 11.47 o 48.')_0

to-oiii52—

f s.SB^IMlj»^ f ."«ssecy.asRUA 1)0 ROSÁRIO—52>'«lac,,^i vonde-se ó's seguintes objectos pelos pre-ços alnixo i'ri'Bii|-"iritlnilos:

Vlsií 'os ,|., poupoliue hnrdãdns. llint nouvaiilé 48»i;s imrt-s de v.^t.,|.,s de cassa ,|.. |à, |,,lr,,s estampadas(nlliinnsKoslos) ?3,«) rs;dilos ,\o. grenadino brriclii.. bnni-'o< pailrçes. a 2õ« rs. oiv,n.|v, mMÍ,0 finns & ,.(0 rs;n-'•ova o. c.h.t.ns fiancozás finas', cores escip,is. A 400 rs.o- vado. ditas claras a 500 rs. n envadn. ditas psirollnscores firmes a S?R0 rs. o covado. cortes de calca ih- h-im!e Inibo a 20509 rs., alpacas de xadres d" coros a 8W-s.n covado, nó.rtos d - onlçri de case-,,in franceza á 8«!•<.._ ditos de xadrez ."1 9S. cassas de In de cores ..«'•orasa ôliflo coyado, nicas americanas para homens «^ 3Sor>n1 (luzia, dilas fio rle escossia para srmhnras á 4SD00 ••luzia, nohr-za preta mni|o la-jr-i o encnrpaila fi 3S200nenvadi;: dita m-.is cireila á IflOOOo covado, pnnnn,zul mniln fino á 3(j400 o covado. dilo verde n 3S800 ncova.ln. fiiarda-chiiva, con, ifi barbatanas ft lOflOOO rs.•nermo prelo ciilvco infestado a 800 rs o envado pale-'nts.le easemira fninceza A 18«000. Álbuns nnfft reira-lns.encadem;|(|oo em madeira á 12«000, esloios p-rn¦iagema QHD e 8S000. ' 6_q

A DINIIF.IRO

CORRKIO GERALPor ordem do illm.sr.administrador se faz publicoqno no dia 30 do corrente conlractar-se-ha a conduçãodas malas .Io correio de Campinas para as cidades deMo^y-mirim, do Rio-Clarn e da Constituição: as pos-soas qne a pretenderem pnderüo comparecer as 11 rio-ras do referido dia nesta repartição onde lhes serào pa-lentes as respectivas condiçn»sAdministração do correio 9 de Julho de 1864-

O ofiicial.Raphael Simões Martins

3-3

POESIAS p.mi/lUuDt-ò Stçdí í. I ukiuoj \ vol. 2$500

NEsTA TYPOGRAPHIA

• •••

POR 655000 RÈISU!

OBJECTOS SEGUINTESpor (1^000 heis!!!

1—Uma caixa do papel, boa qualidade, coros sortidas011 ,í escolher, beiras douradas, o papel marcadocom as iniciats do comprador (a caixa do 20 ca-dornosj.

2—Uma caixa de 100 enveloppes de cores ou brancos,A vontade.

3—Um tinteiro.4—Uma garrafa do tinta, muito bôa qualidade.5—Uiii canivete fino.6—Uma caixa de pennas, hóa qualidade.7—Um páu de lacre (qualquer a escolher).8—Uma caixa do obreia de colla.9—Unia caixa de obreia de gomma.10-Dous lápis.

II—Um livro em branco para assentos.12—Uma.Constituição do Império, encadernada.

TODOS OS OBJECTOS ACIMA DECLARADOSPOR GW00 R'EISU!

Largo da Sé N. tGarraux, de Lailhacar e Companhia

(10- â

Toda a altonçãoNa botica da rua Direita ri. 41 vende-se uma

injecçãn aiiü-liIiMiòrihàgica qne, lendo sido•i|i|)lic<da. por niiiito tempo, nã'» deixou aindaimiii só vez de produzir o eílVito desejado. Curainliillivelm.-ntc qualquer gononheii, ainda amais clironica, sem que da sua£pplicaçno rc-sulie o rnemu' encnmmodo.Vende-se tanibeni na mesma casa

Uma agoa clianindii Htroniriptica que. paratodas asmoli-stias da liéxíga tacs como: inflam-moções, pedras ou areias, retenções dr ourinas,ouriii; s òlbiimiiiosas etc. cir. etc. é a <> ellior ea mais ellicasc que até aos nossos dias temapparecido

E' tanta a cericza que tem ns proprielariosdeste medicjnienio acerca dos seus effeilos, quexe proiiiptilicão para qualquer coniracio comaquellas pessoas que .dcllç quizerem f«/er uzo.

Al—Rua Direiia—/ilOliveira ÍT Albuquerque.

20- U

Allpncão.VENDE-SE 110 alto do Telographo, com frente paraa estrada nova de Santos, uni bonito e bom terreno

com iIpz braças de frente e trinta e tantas de fundos,muito próprio para fazer-se uma chácara, ou ranchos,por ter do lado dos fundos muito linda vista para acidade, ¦• perto muito boa aj,'ua de beber. Quem opretendei; dirija-se para tratar, an abaixo assignado,na venda nova da rua da Pólvora em frente ao sr.dr.Getulio.

Na mesma venda acima, aluga-se seis moradinhas docasas, acabadas c pintadas de novo, todas com janellasdo caehilhos, por muito commodo preço, sitas emfrente ao novo matadouro publico.•-hiíojuo José de Freitas Ribeiro Junior.

(3-2ATTENCÃO

76 Rua de S. Bento 76Vendo-se vinho Rordoaux muito superior a 600 réi-•"em a garrafa, sendo com a garrafa a 700 réis.Na mesma casa continuará a vender-se carne de porcn fresca, toucinho dito, lombo, banha, costeletns o

carne salgada.Provino-se a todos os freguezes que não se enganei'

com a casa, no mesmo píj'*din ha outro armazém quovmide carne de porco ç toucinho, oaniiunciauto ileclarquo mora ria fiviile do mesmo prédio.

73; Rua iio S. D.-iito 76 6-4

Aviso átoiS as as pes>soas que precisem, depapel de peso

l5OH ft#>000 Ps !!!.Uma resma de papel de peso de bòa qualidade (a icsmado 80 cadernos).Uma caixa de 100 enveloppes com gomma, bòa mali-dade.

POR j&COO!/]NA LIVRARIA E PAPEKARIA DE

Garraux, ile L-iilliai-ar. è Companhia1 LARGO cia SE'—1

HOTEL IW!LLÍ0ANIIGO

Holel im Viajantes

laio Da Jul aaDcaa c Do

cmbaujiie Doôvapotw

&m <¥an/oà.

^mmiimmm

Vinil»» doA lí$000 n rttisín e a l$/i()0 n garrafa, vi*n-

do-se em casa do J. Yotid & Irmão, ru.i do Ro-sa-io, n. 15. g_3

Vende-se um pequeno negocio do socens e molhadosno pateo do Pelourinho n.35. Quem o queira podediriyir-se a mesma casa. 3—2

PRUVOT.CARELLEIREIRO53—rua do hosaiiio—53 '

Neste estabelecimonto, encontra-se uma decente salaonde se.corlam cabellos e fazem barbas.

Tem também um grande sortimento de perfumadas,agoa romana, charutos, c'garros etc.Fazerii-se igualmente quadros de cabollo, memórias,oordões etc. fi %

Vonde-se uma escrava qne corta, coso. engnmma, e"nsinha perfeitamente; trata-se na rua de Sarita Thore-za n.8. 6—4

A casa de secens e molhados da rua Direira n.3 qnegirava nesta praça com a firma de Caetano de* Ia Penaíica do ora em dianle a cargo de Ia Pena e Braga, íi-cando a firma de Caetano de Ia Pena em liquidação.

E roga-se aos ."-rs.devedores o obséquio de saldaremsuas contas no praso de 15 dias a contar desla data.

S.Paulo 1 de Julho de 1864.La Pena e Braga.

i- 3

FS<'B'S»"V«S fllSÍlIoS.Fugio ha um m->z do Jacareby um casal do escravos

nertencenles a JoSo Bicudo de Brito os quaes constaqueten, estado na linha férrea e ora nesta cidade,quem os mesmos pegar e depositar na cadéa desta caoi-lal e avisar asou senhor para mamlal-os buscar recebe-ra por cada um a quantia de 50/1000.

Os ditos escravos tom ns seguintes signaes : Bento,idade de 30 annos. pouco mais ou menos, altura regll-lar, olhos muito vivos, bons denlos. rôr nào muito pre-ta, cheio de corpo, pouca barba, falia bem. o anda comiim.jaquetão de panno. Desconfia-se que dá o nometrocado.Maria. 25 annos, mais ou menos, altura regular,tom calHIo, bons dentes, côr muila preta, cheia der-orpo, o falia bem. Tom dado o nome de Luiza ou Lu-zia. Ambos dizem sprde naçíto. 3—2

(30 21

A7"-

TIJEÃTitOSabbado 16 de Julho de 1864-

Subira á scena pela segunda vez o magnífico drama••in 3 ai-los do sr.Mondes Leal Junior, que tantos ap-plausos tom recebido nus tbeatrns de Lisboa, Rio deJaneiro, Bahia, Pernambuco, o Rio Grande, intitu-lado:

ICsCitlla socialPEnsONAGENS ACTORESO Conde ile Riba-Còa Sr.CardosoB'htò Alyás J. VictorinoConselheiro Durão ItonriqueJosó Eduardo.. AugustoLuiz «Ias Morres j.E)oyj:lli,.¦J,:!¦ GonçalvesJ«cintlic3. ppti^U,'" ca,x1fi*-'° VasquesUm creado » N ND.Emilia Durão \\\\ Sra.D.MinelvinaBarnneza d Alvor Maria LimaD.Perpetua das Mercês , Benèdicla

ACTUALIDADETerminará o especlaculo com a engraçada comediaeiv um acto.

POSSO FALLAR A SRA. QULIROZ ?Principiará as horas do cnslume.

Os srs.que enconiniendarain camarotas queiram viruuscal-os alé sexia-feira ao meio dia.

TypograpM* Imp-uci-U.