Fauna de Lagartos da Amazônia brasileira: Diversidade, Biogeografia e Conservação. Marco Antônio...
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Fauna de Lagartos da Amazônia brasileira:
Diversidade, Biogeografia e Conservação.
Marco Antônio Ribeiro Júnior
Orientadora: Dra Teresa Cristina Sauer de Ávila Pires
Co-orientadora: Dra Silvana Amaral
Belém - 2010
Início: nov-2008Término: out-2012
Amazônia
Introdução
Vitt (1996) – distribuição e composição .
Rodrigues (2005) – maior riqueza de espécies, taxonomia alfa.
Leposoma sp.
Introdução
13 de formações abertas
Ávila-Pires (1995) – 89 spp.
Introdução
69 de formações florestais
5 de ambas formações
Ávila-Pires (1995)
Introdução
Ampla Guianas
Introdução
OesteSudoeste
Introdução
NorteLeste
PAE - (sudoeste (oeste (sudeste (leste das Guianas – oeste das Guianas))))
Introdução
Introdução
OG
RO
SW
WSE
EGui
WGui
SE
OG
RO
SW
W
EGui
WGui
OG
RO
SW WSE
EGui
WGui
Ávila-Pires (1995) – i) leste-oeste; ii) guianas distinta do leste; iii) Rondônia como área composta, apresentando afinidades com as diferentes regiões analisadas.
Ávila-Pires (1995) e Ávila-Pires et al. (2007):
Várias lacunas de informação.
Introdução
POLÍTICA EFICAZ DE CONSERVAÇÃO
Lagartos
Distribuem e interagem
Relação histórica
Sub-regiões Amazônicas
‘
Objetivo Geral
Investigar os padrões de diversidade e distribuição da fauna de lagartos da
Amazônia brasileira, interpretando a relação histórica evolutiva das diferentes sub-
regiões encontradas, formulando hipóteses biogeográficas sobre os processos de
diversificação e estruturação da fauna de lagartos no bioma.
QUATRO SUBPROJETOS
I - Diversidade
II - Modelagem
III - Padrões Gerais de Distribuição
IV - Conservação
SUBPROJETO I
Diversidade de lagartos da Amazônia brasileira
– Base de Dados e Análise Preliminar
Vários trabalhos – diversidade críptica
IntroduçãoMiralles & Carranza (2010)
Ávila-Pires et al. (2007) :
*130 spp. de lagartos
*94 spp. no Brasil
*80% endêmicas
Pouco conhecida, com novas descrições e registros.
Introdução
Em contrapartida:
*Crescente esforço de investigação.
*Coleções científicas regionais.
Portanto...
atualização do conhecimento da biodiversidade, avaliada de forma criteriosa.
2.2.1) Levantar quais espécies de lagartos ocorrem na Amazônia brasileira;
2.2.2) classificar cada espécie quanto ao hábitat (tipo de vegetação encontrada), assim como no contexto macrogeográfico (formação aberta, florestal ou ambas);
2.2.3) elaborar um mapa pontual de distribuição para cada espécie de lagarto, considerando sua ampla distribuição;
2.2.4) analisar a representatividade das amostras de lagartos existentes em coleções científicas e a distribuição do esforço de investigação no bioma.
Objetivos
Metodologia
3.1) Obtenção da base de dados
+
Metodologia3.2) Análise preliminar dos dados biológicos
IBGE (http://mapas.ibge.gov.br/vegetacao/viewer.htm).
Lista comentada e atualizada dos lagartos da Amazônia, sua distribuição dentro do bioma e o hábitat.
Metodologia
3.3) Análise do esforço de investigação da fauna de lagartos no bioma
sp. – ano – hábitat
Cada localidade/espécies encontradas
Distribuição do esforço de pesquisa
SUBPROJETO II
Distribuição potencial dos lagartos da
Amazônia brasileira, com base em modelagem
Introdução
Padrões de distribuição da diversidade
Modelagem preditiva
Fatores ambientais controlam a distribuição das espécies.
Planejamento do uso da terra Conservação de áreas
‘ ‘
Diversidade desses fatores - melhores amplitudes de condição para uma presença estável do táxon.
Introdução
Extrema importância para áreas remotas, muito vastas ou de acesso restrito (paisagens tropicais):
* dados biogeográficos são mais escassos (amostras com poucos pontos de ocorrência);
* falta de localização exata de espécimes mais antigos tombados nos museus.
Portanto...
construção modelo preditivo da ocorrência das espécies de lagartos identificando os fatores ambientais que se relacionam com a presença destas espécies a sua provável área de distribuição.
3.2.1) Modelar a distribuição dos lagartos na Amazônia brasileira, identificando as áreas de possível ocorrência das espécies;
3.2.2) validar e melhorar o modelo (expedições e/ou coleções);
3.2.3) obter um mapa de distribuição potencial de lagartos da Amazônia brasileira.
Objetivos
Metodologia
3.2) Combinação de variáveis ambientais
a) temperatura mínima, b) temperatura máxima, c) precipitação mínima,d) precipitação máxima,e) solos, f) altitude,g) geomorfologia, h) hand, i) *vegetação.
3.3) Através do programa Maxent...
3.1) Táxon verificado e coordenadas geográficas
Efeito indireto
Efeito direto evolutivo
Efeito direto ecológico
Metodologia
3.4) Será gerada uma estimativa da contribuição relativa de cada variável ambiental para a obtenção do modelo (% de contribuição).
3.5) Teste Jackknife ou importância da variável, medirá o peso que cada variável representou no modelo final.
Metodologia
3.6) Identificação das áreas onde há a maior deficiência de informação para o grupo.
3.7) Validação do modelo (estudos de campo/material de coleções).
3.8) Reavaliação e aprimoramento do modelo ecológico, com a elaboração de novos mapas preditivos.
SUBPROJETO III
Padrões de Distribuição em Lagartos da
Amazônia brasileira
Introdução
Hipóteses biogeográficas:
* Eventos paleoclimáticos do Quaternário – bastante questionada.
* Mudanças no relevo durante o Terciário – cladogênese no Cerrado brasileiro e áreas limítrofes.
Contudo, pouco se sabe realmente como essas hipóteses poderiam ter influenciado na composição faunística da Amazônia. Ainda mais se tratando de uma escala regional.
Introdução
Introdução
Portanto...
documentar os padrões de distribuição dos lagartos, interpretando como ocorreu a evolução e estruturação das comunidades presentes nas sub-regiões.
4.2.1) Investigar como varia a diversidade de lagartos dentro da Amazônia brasileira, observando se há formação de áreas com grupos faunísticos distintos e padrões de distribuição numa escala regional;
4.2.2) propor hipóteses de relacionamento entre áreas com diferentes grupos faunísticos que venham a ser identificadas;
4.2.3) analisar quais fatores ambientais poderiam explicar, e em que proporção, as variações e padrões observados;
4.2.4) analisar como os padrões observados dentro da Amazônia se relacionam com a história evolutiva da região
Objetivos
Metodologia
3.1) A base de dados sobre riqueza e composição - subprojetos I e II
Localidades – spp. – presença/ausência Índice de suporte de Bremer - suporte dos ramos
3.2) Padrões de distribuição geográfica:Sobreposição da distribuição de todas as espécies encontradas no bioma.
3.3) Análise de parcimônia de endemismos (PAE - PAUP v. 4.0b10):A presença de uma determinada espécie - evidência de uma história biogeográfica em comum .
Metodologia
3.4) Formular hipóteses do contexto evolutivo do cenário biogeográfico encontrado através da associação:
OG
RO
SW WSE
EGuiWGui
similaridade entre as áreasassociação dos padrões com fatores ambientais
filogenias datadas cenários reconstruídos
SUBPROJETO IV
Eficiência do sistema de Unidades de
Conservação da Amazônia brasileira
IntroduçãoConversão de florestas tropicais em pastagens e áreas cultivadas – ameaças a biodiversidade.
Laurance et al. (2004) - desde a década de 80, perda de 1,8 milhões de hectares da sua cobertura vegetal.
* Crescente esforço na implementação de Unidades de Conservação.
IntroduçãoMargules & Pressey (2000) - procedimentos básicos para o planejamento de um sistema de unidades de conservação que seja eficiente:
i) levantamento bibliográfico sobre a biodiversidade na região; ii) identificar os critérios para o planejamento das unidades de conservação (fitofisionomias e composição faunística);
iii) rever as unidades de conservação já criadas na região;
iv) selecionar novas áreas para conservação, pensando no sistema já existente;
v) implementar ações de conservação, melhor gerenciamento de cada área;
vi) monitorar os indicadores-chave do gerenciamento ou zoneamento.
*** Contudo...
IntroduçãoAlém da falta de conhecimento - pressão da destruição marginal.
Pedlowski et al. (2005) - associadas todas as pressões de destruição, muitas unidades de conservação tem uma taxa de desmatamento anual crescente.
IntroduçãoEm um estudo de caso - Floresta Nacional de Bom Futuro (RO).
Portanto...
avaliar a eficiência do desenho de unidades de conservação da Amazônia brasileira para o grupo de lagartos.
4.2.1) Identificar quantas e quais espécies ocorrem dentro de unidades de conservação já existentes, ou estariam completamente desprotegidas no bioma;
4.2.2) elaborar um desenho estrutural de propostas de novas UC, ou ampliações, que consiga englobar as espécies ainda não protegidas, caso sejam encontradas;
4.2.3) levantar quais as principais ameaças à perda de hábitat.
Objetivos
Metodologia
4.3.1) Mapas de distribuição potencial das espécies (Subprojeto II) darão origem aos mapas determinando as áreas de alta relevância para a conservação das espécies.
4.3.2) Áreas mais relevantes para cada espécie - seleção dos hexágonos com valores médios > 70% de probabilidade de ocorrência de cada uma das espécies.
4.3.5) As áreas de alta relevância - critério de complementaridade.
Metodologia
4.3.6) Comparação entre as áreas obtidas e desenho existente.
4.3.7) Levantamento das principais ameaças à perda de habitat.
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
Subprojeto I X X
Subprojeto II X X
Subprojeto III X X
Subprojeto IV X X
Qualificação X
Defesa X
Cronograma
O que já foi feito...
* 1º ano de doutorado – Rondônia.
* Expedições de campo: Norte da ilha do Marajó (Afuá), Sudoeste de Oriximiná, Sul do estado do Amapá, Região de Novo Progresso, Região do médio/baixo Xingu.
* 2º ano:
Visitas ao MZUSP e INPE.
* 3º ano: visitas ao MCZ, AMNH, NMNH.
Coleções regionais: AC, AP, AM, SW Pará, MA, MT, RO.
Tombados Cerca de 100.000Exemplares analisados Cerca de 46.220Famílias 10Táxons com distribuição no Brasil 117Táxons que não ocorrem no Brasil 12Erros de identificação Cerca de 5.000 10.80%Ausência de identificação
Suriname 1Guiana Francesa 1Guiana 4Bolívia 5Venezuela 5Colômbia 11Peru 12
Tombados Cerca de 29.000Exemplares analisados Cerca de 13.866Famílias 8Táxons com distribuição no Brasil 68Táxons que não ocorrem no Brasil 2Erros de identificação 847 6.10%Ausência de identificação 7.008 24.20%Localidades fora do Brasil 7
Sumário do material analisado :
*Museu Goeldi e Museu da USP*Cerca de 60.000 lagartos*117 espécies*Quantidade máxima de localidades por sp.: em torno de 200
No momento :
*Organização do banco de dados*Início das análises
Anolis auratus
Kentropyx altamazonica
OBRIGADO pela atenção e presença!