FAQ09-Risco país
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Diretoria de Política Econômica
Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores
Risco-País
Atualizado em junho de 2010 com dados até abril de 2010
Perguntas
mais Freqüentes
S é r i e
Risco-País
Este texto integra a série “Perguntas Mais Frequentes” (PMF),
editada pela Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores
(Gerin) do Banco Central do Brasil, abordando temas econômicos de
interesse da sociedade. Com essa iniciativa, o Banco Central do
Brasil vem prestar esclarecimentos sobre diversos assuntos da n ossa
realidade, buscando aumentar a transparência na condução da política
econômica e a eficácia na comunicação de suas ações.
5
Sumário
1. O que é o risco-Brasil? ......................................................................................... 7
2. O que é o EMBI+? ............................................................................................... 7
3. O que é o EMBI+Br? ........................................................................................... 7
4. Qual é a carteira utilizada para calcular o EMBI+Br? .......................................... 7
5. Como é calculado o EMBI+? ............................................................................... 7
6. Qual a atual constituição do EMBI+? .................................................................. 8
7. Quais os critérios de inclusão e de exclusão de papéis no cálculo do EMBI+? ... 8
8. Qual é a diferença entre o EMBI+ e o EMBI Global? .......................................... 9
9. O que são os bradies? ........................................................................................... 9
10. Quando o risco Brasil aumenta, aumentam as despesas do País com o
pagamento de juros da dívida externa? ....................................................................... 9
11. Qual a relação entre o risco-Brasil e a taxa de câmbio? .................................... 10
12. O que é o Credit Default Swap (CDS)? ............................................................... 11
13. Por que o CDS pode ser usado como uma medida do risco Brasil? ................. 11
14. Como é feito o pagamento ao comprador do CDS em caso de insolvência? ... 11
15. Quais são os principais investidores do mercado de CDS? ............................... 12
16. O CDS é usado apenas como proteção para o risco de crédito? ...................... 12
17. O prêmio do CDS do Brasil deve ser igual ao spread medido pelo EMBI+Br? . 12
18. O que é um rating de um país? .......................................................................... 12
19. Quais são as principais agências internacionais de ratings? E qual é a escala de
classificação dos ratings? ............................................................................................ 13
20. Existe mais de um tipo de rating ? ...................................................................... 14
21. Qual a metodologia adotada pelas agências para atribuir ratings aos países? .... 15
22. Rating soberano é a mesma coisa que risco país ? ............................................. 15
6
23. Qual foi o impacto da crise financeira de 2008 sobre o risco Brasil?................. 15
24. Onde posso obter mais informações sobre o risco país e sobre ratings
soberanos? ................................................................................................................. 17
Apêndice .................................................................................................................... 18
7
Risco-País
1. O que é o risco-Brasil?
O risco-Brasil é um conceito que busca expressar de forma objetiva o risco de
crédito a que investidores estrangeiros estão submetidos quando investem no
País. No mercado, os indicadores diários mais utilizados para essa finalidade são
o EMBI+Br e o Credit Default Swap (CDS) do Brasil.
2. O que é o EMBI+?
O EMBI+ (Emerging Markets Bond Index Plus), calculado pelo Banco J.P.
Morgan Chase, é um número-índice que mede o retorno que os títulos que
compõem uma carteira hipotética asseguraram ao investidor desde a sua
composição até o presente, ou até a data de referência. Para a maioria das
carteiras, a data base (um número-índice igual a 100) é 31 de dezembro de 1993,
quando foi iniciado o cálculo do EMBI+. O rendimento da carteira em
determinado período corresponde à variação do índice entre a data inicial e a
final.
3. O que é o EMBI+Br?
O EMBI+Br é um índice que reflete o comportamento de títulos da dívida externa
brasileira. A variação do índice entre duas datas permite calcular o retorno de
uma carteira composta por esses títulos. O spread do Embi+Br é o valor
normalmente utilizado pelos investidores e público em geral como medida do
risco-Brasil e corresponde à média ponderada dos prêmios pagos por esses títulos
em relação a papéis de prazo equivalente do Tesouro dos Estados Unidos, que são
considerados livres de risco. Esse prêmio de risco é chamado no jargão de
mercado como spread over Treasury desta carteira.1 Basicamente, o mercado usa
o EMBI+Br para medir a capacidade do país honrar os seus compromissos
financeiros, ou seja, quanto maior a pontuação do indicador de risco, maior é o
risco de crédito do país a que se refere. Assim, para conseguir atrair capital
estrangeiro em montante suficiente para o financiamento de sua dívida externa,
um país com spread elevado no EMBI+ necessita oferecer altas taxas de juros.
4. Qual é a carteira utilizada para calcular o EMBI+Br?
Em 30 de abril de 2010, a carteira do EMBI+Br compreendia 17 papéis emitidos
pelo país no exterior, com vencimentos entre 2011 e 2041.
5. Como é calculado o EMBI+?
O EMBI+ é construído como uma composição de quatro tipos de instrumentos da
dívida dos países emergentes: bradies2, eurobônus, mercados locais em dólares e
empréstimos externos. Calcula-se inicialmente o retorno diário para cada
1 Alternativamente, o spread de cada título da dívida externa soberana brasileira representa a diferença entre o
rendimento desse título e o de um título emitido pelo Tesouro norte-americano, de prazo equivalente.
2 Para saber o que são os bradies, veja pergunta 9.
8
instrumento individual, e a partir daí calcula-se a média aritmética dos retornos
diários ponderada pelo valor de mercado para cada tipo de dívida. Finalmente,
estima-se a média aritmética dos retornos diários médios dos quatro tipos de
instrumentos, ponderada pelos respectivos valores de mercado. O resultado é uma
taxa de retorno para o EMBI+ como um todo, que é aplicada ao índice do dia
anterior para se chegar ao índice do dia corrente. O cálculo do spread é
simplesmente a diferença entre o rendimento de cada papel até o vencimento (o
yield to maturity) e o rendimento de ponto correspondente na curva de papéis do
Tesouro norte-americano, e é expresso em pontos-base. Considerando-se o
spread para o índice como um todo, utiliza-se o mesmo procedimento de cálculo,
mas adicionando-se os fluxos de caixa dos papéis que compõem a carteira do
índice.
Além do EMBI+ total, são divulgados subíndices para cada país, região e tipo de
instrumento de dívida (atualmente Bradies e eurobônus).
6. Qual a atual constituição do EMBI+?
Em 30 de abril de 2010, o EMBI+ era constituído de eurobônus (88,4%) e
bradies (11,6%). Concentrava-se em instrumentos de emissores da América
Latina (51,7%), seguida por Europa (30,2%), Ásia (15,7%) e África (2,5%). O
Brasil é o país com maior peso no índice, 16,9%. Dentre os demais países que
compõem o índice, os de maior peso são Turquia (14,8%), Rússia (13,6%),
México (13,4%) e Filipinas (9,8%). A Argentina já foi um emissor importante no
EMBI+, mas a queda do valor de mercado dos seus papéis fez com que sua
participação no índice caísse a 2,2%. No Apêndice, consta a relação de países e
instrumentos que compõem o EMBI+, com as respectivas ponderações, na
posição de 30 de abril de 2010.
7. Quais os critérios de inclusão e de exclusão de papéis no
cálculo do EMBI+?
Cada instrumento individual que compõe o EMBI+ deve atender a quatro
critérios: (i) mínimo de US$500 milhões no mercado secundário; (ii)
classificação máxima BBB+/Baa1 do rating do país emissor; (iii) mais de um ano
até seu vencimento; e (iv) negociabilidade no mercado internacional. Uma vez
que esses critérios estejam atendidos, critérios de liquidez são aplicados. As cinco
classificações de liquidez do EMBI+ são:
L1: mínimo de US$2 bilhões ou equivalente de valor de face no mercado
secundário, média bid/ask spread ≤ 3/8 ponto e quotado por todos os interdealer
brokers designados
L2: mínimo de US$1 bilhão ou equivalente de valor de face no mercado
secundário, média bid/ask spread ≤ ¾ ponto e quotado por pelo menos metade
dos interdealer brokers designados
L3: mínimo de US$500 milhões ou equivalente de valor de face no mercado
secundário, média bid/ask spread ≤ 1 1/2 ponto e quotado por pelo menos ¼ dos
interdealer brokers designados
L4: mínimo de US$500 milhões ou equivalente de valor de face no mercado
secundário, média bid/ask spread ≤ 3 pontos e quotado por pelo menos um dos
interdealer broker designados
9
L5: mínimo de US$500 milhões ou equivalente de valor de face no mercado
secundário, média bid/ask spread > 3 pontos ou não quotado por qualquer dos
interdealer broker designados
Essa classificação de liquidez é utilizada para determinar quando os instrumentos
são incluídos ou excluídos do cálculo do EMBI+. Os instrumentos devem ser
classificados como L1, L2 ou L3 para serem incluídos. A inclusão ocorre no fim
do primeiro mês no qual atingem classificação L1, no fim do terceiro mês
consecutivo em que atingem classificação L2 ou superior, ou no fim do sexto mês
consecutivo em que atingem classificação L3 ou superior. Os instrumentos são
excluídos no fim do primeiro mês no qual são classificados como L5 ou no fim
do sexto mês consecutivo no qual são classificados como L4. Um título somente
pode ser adicionado ao EMBI+ se tiver mais de 2,5 anos até seu vencimento.
Quando um país recebe rating superior a BBB+/Baa1 das agências de
classificação de risco, é excluído do índice.
8. Qual é a diferença entre o EMBI+ e o EMBI Global?
Em 30 abril de 2010, o EMBI+ incluía 110 instrumentos de 15 países emergentes
com valor de face de US$201,7 bilhões e valor de mercado de US$228,3 bilhões.
O EMBI Global tem menores restrições de liquidez, englobando 223
instrumentos soberanos e quase-soberanos de 39 países, denominados em dólares
norte-americanos. Seu valor de mercado totalizava US$362,7 bilhões naquela
data. Portanto, o EMBI+ representa conjunto mais seleto e líquido de
oportunidades de investimento em mercados emergentes. Não obstante, o EMBI
Global e o EMBI+ são altamente correlacionados.
9. O que são os bradies?
Os bradies3 são os títulos criados por ocasião da reestruturação das dívidas
externas de países que aderiram ao Plano Brady na década de 1990. No caso
brasileiro, a reestruturação da dívida externa ocorreu em 1992, envolvendo a
troca da dívida de responsabilidade do setor público por sete novos bônus de
emissão da República, cada um com suas peculiaridades. Dentre os bradies, o C-
bond (ou Front-Loaded Interest Reduction Bond with Capitalization) foi o título
brasileiro mais líquido no mercado internacional. O Tesouro Nacional recomprou
todos os bradies negociados no mercado na época.
10. Quando o risco Brasil aumenta, aumentam as despesas do País
com o pagamento de juros da dívida externa?
Não. Os juros pagos pela República em cada título colocado no mercado
internacional foram definidos por ocasião do lançamento desses papéis. Os
investidores que adquiriram, por exemplo, o título que o Brasil lançou com juros
contratuais de 11% a.a. e vencimento em 2040 será remunerado com juros de
11% a.a. até o vencimento. As alterações de risco refletem tão somente o retorno
médio a que novos investidores que comprem esse título no mercado secundário
estarão sujeitos. Com a queda do prêmio de risco, o preço do título aumenta. Por
exemplo, se o risco estiver em 200 pontos-base e o rendimento das Treasuries
estiver em 3% a.a., o preço de mercado para o título com vencimento em 2040
será superior ao valor de face, de tal forma que garanta um retorno de 5% a.a.
Caso o risco caia para 100 pontos, o preço de mercado aumentará ainda mais,de
forma a assegurar o novo rendimento de 4% a.a. aos investidores que o
3 Maiores detalhes em http://www.tesouro.fazenda.gov.br/divida_publica/downloads/div_r_bib.pdf
10
adquirirem. A despesa do País com os juros, entretanto, não sofre alteração. Cabe
lembrar, no entanto, que o indicador do risco serve como referência para novas
emissões soberanas e privadas no mercado internacional, ou seja, a queda no
risco-País implica custo menor para novos títulos.
11. Qual a relação entre o risco-Brasil e a taxa de câmbio?
A simples inspeção visual do Gráfico 1 sugere que o risco Brasil e a taxa de
câmbio entre o real e o dólar norte-americano são altamente correlacionados.
Geralmente, em economias financeiramente abertas, variações da percepção de
risco soberano são acompanhadas por variações nas entradas líquidas de capitais,
com impacto na taxa de câmbio. A queda no risco-País permite que tanto a
República como outros agentes econômicos domésticos acessem o mercado
internacional de capitais em condições mais favoráveis ao ampliar a base de
investidores internacionais dispostos a financiar títulos de emissores domésticos.
Vale lembrar que a taxa de juros das emissões de dívida soberana servem de
referência ou benchmark para as emissões de empresas privadas, ou seja, a queda
no risco-País possibilita um menor custo de captação externa também para os
agentes privados.
Como a queda persistente no risco-País reflete a melhor percepção dos
investidores em relação às perspectivas macroeconômicas do País, o processo
também é acompanhado pelo melhor acesso a capitais de longo prazo, na forma
de investimento direto, e investimento em carteira. Tudo isso se traduz em maior
oferta de capitais para o País, possibilitando que a taxa de câmbio se desloque no
sentido de um real mais forte. Da mesma forma, o aumento persistente no risco-
País, ao piorar as condições de acesso dos agentes econômicos domésticos ao
financiamento externo, desloca a taxa de câmbio no sentido de um real mais
desvalorizado.
Gráfico 1
Risco Brasil e Taxa de Câmbio
Fontes: Morgan Markets e BCB
1,40
1,60
1,80
2,00
2,20
2,40
2,60
2,80
3,00
3,20
3,40
3,60
3,80
4,00
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
abr
00
nov
00
jun
01
jan
02
ago
02
mar
03
out
03
mai
04
dez
04
jul
05
fev
06
set
06
abr
07
nov
07
jun
08
jan
09
ago
09
abr
10
R$/US$
Embi+ Brasil (esq.) taxa de câmbio (dir.)
pontos-base
11
12. O que é o Credit Default Swap (CDS)?
O CDS é um contrato bilateral que permite ao investidor comprar proteção para
crédito específico contra evento de crédito do emissor de determinado ativo. O
emissor é conhecido como entidade de referência. Um evento de crédito (default)
inclui ocorrências tais como inadimplência, falha em pagamentos, reestruturação
de dívida ou falência do emissor do ativo. Para adquirir essa proteção, o
comprador faz pagamentos periódicos ao vendedor, normalmente trimestrais ou
semestrais, especificados como porcentagem do principal. Essa porcentagem é
conhecida como spread, prêmio ou taxa fixa, e representa, para o investidor em
ativo de risco, o custo para a proteção contra um evento de crédito relacionado
com o emissor do ativo.
13. Por que o CDS pode ser usado como uma medida do risco
Brasil?
O prêmio do CDS funciona como medida de risco de crédito da entidade de
referência e é cotado em pontos-base. Por exemplo, se um investidor compra
proteção contra um evento de crédito para US$100 milhões em ativos soberanos
brasileiros por 5 anos (CDS 5Y do Brasil), com prêmio anual de 200 pontos-base,
fará pagamentos periódicos de US$2 milhões ao vendedor da proteção. Esses
pagamentos são feitos até o vencimento do contrato ou a insolvência do emissor –
o que ocorrer antes. Se não houver insolvência, o contrato se encerra no seu
vencimento sem troca de fluxo de caixa. No caso de insolvência, o vendedor da
proteção paga ao comprador um montante que compense as perdas resultantes do
evento, imunizando o risco de crédito. Quanto maior a probabilidade de falência,
maior será o prêmio do CDS, funcionando como medida de risco de crédito da
entidade de referência.
14. Como é feito o pagamento ao comprador do CDS em caso de
insolvência?
O contrato de CDS deve especificar como será o pagamento no caso de
insolvência, que pode ser feito em dinheiro ou fisicamente (a mais comum). No
pagamento com dinheiro, o comprador de proteção mantém o ativo após o evento
de crédito, mas é recompensado pelo vendedor pela perda incorrida, que
representa a diferença entre o valor ao par e o valor do ativo pós-falência,
usualmente expresso em porcentagem do total e conhecido como taxa de
recuperação ou recovery rate. A principal dificuldade da liquidação em dinheiro é
essa determinação do valor do ativo após o default, pois a liquidez desses títulos
sofre grandes prejuízos após o evento de crédito. Já com a liquidação física, o
comprador entrega o bônus especificado, ou a ser escolhido em uma cesta de
ativos da entidade de referência, e recebe o valor financeiro total do principal (ao
par, ou 100% do valor de face). Na hipótese de default da entidade de referência,
caso o comprador da proteção não tenha os papéis em sua carteira, mesmo com a
deterioração das condições de liquidez, esses ativos podem ser adquiridos no
mercado secundário com grandes deságios, por exemplo, ao preço de apenas 25%
do valor de face. A diferença entre o valor de mercado do ativo em default e o
preço de entrega ao vendedor da proteção, representa a compensação financeira
do comprador da proteção. Uma vantagem dessa opção para o comprador de
proteção é que, dada a dificuldade em se precificar o ativo após a insolvência, é
mais fácil entregá-lo ao vendedor. O tipo de contrato mais comum é aquele com a
possibilidade de escolha do bônus dentre uma cesta de ativos. Para os
vendedores, a liquidação física pode ser a opção mais interessante, dada a
12
possibilidade de reestruturação de dívida pelo emissor no futuro (por exemplo, a
empresa pode negociar o pagamento da dívida, por meio do reescalonamento dos
fluxos de pagamentos, que contemple a postergação de montantes vincendos no
curto prazo e/ou deságios no principal devido, ou ser adquirida por outra empresa
que assuma a dívida) e o ativo pode recuperar parte do valor, no longo prazo.
15. Quais são os principais investidores do mercado de CDS?
Quem mais utiliza o CDS são os bancos, tanto comprando como vendendo
proteção, as companhias de seguro, corretoras, hedge funds, fundos de pensão,
empresas, fundos mútuos e agências governamentais.
16. O CDS é usado apenas como proteção para o risco de crédito?
Não. O CDS é usado também para outros fins como, por exemplo, assumir
posições em risco de crédito. Por exemplo, se um investidor tem perspectivas
negativas para uma empresa, pode comprar proteção por meio de um CDS. Com
uma piora na qualidade de crédito desse ativo, o custo de proteção deve aumentar,
acompanhando a probabilidade de insolvência, e o investidor pode vender a
proteção e realizar lucros. Um aspecto que contribui para essa utilização do CDS
é que esse é um instrumento sintético e não tem emissão limitada, ao contrário
dos bônus, o que facilita seu uso nos momentos de estresse.
17. O prêmio do CDS do Brasil deve ser igual ao spread medido
pelo EMBI+Br?
O spread de crédito de um bônus compensa o comprador desses ativos pelo risco
de insolvência. Se o bônus é negociado ao par, a perda máxima no caso de
insolvência é a diferença entre o valor ao par e a taxa de recuperação. Da mesma
forma, o spread do CDS também é o valor da proteção contra a insolvência, onde
o ganho é o valor ao par menos a taxa de recuperação. Com isso, seria de se
esperar que o prêmio do CDS tivesse valor semelhante a esses spreads, mas isso
nem sempre ocorre devido a fatores como, por exemplo, liquidez e maturidade
efetiva, que podem variar entre os dois instrumentos, principalmente em
momentos de crise.4
18. O que é um rating de um país?
O rating é uma nota ou classificação de risco atribuída a um país emissor de
dívida de acordo com a avaliação, por instituição especializada na análise de
crédito, sobre a capacidade e a disposição para que esse país honre, pontual e
integralmente, o serviço de sua dívida. O rating é um instrumento relevante para
o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião
independente a respeito do risco de crédito da dívida do país analisado. Com a
globalização, o rating se apresenta como linguagem universal que aborda o grau
de risco de qualquer título de dívida.
4 Para uma análise comparativa dos spreads do CDS e do EMBI+Br ver
http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/port/focus/X20071031-Análise%20Comparativa%20de%20Duas%20Medidas%20de%20Risco-Brasil.pdf
13
19. Quais são as principais agências internacionais de ratings? E
qual é a escala de classificação dos ratings?
As principais agências internacionais de classificação de risco de crédito são a
Standard & Poor´s (S&P), a Fitch Ratings e a Moody´s. Na Tabela 1, encontra-se
a escala de classificação dos ratings por essas agências. As classificações são
ordenadas pela avaliação de risco de crédito em ordem decrescente. As
classificações de risco de AAA/Aaa até no mínimo BBB-/Baa3 são consideradas
como grau de investimento (investment grade), enquanto as abaixo são
consideradas como de grau especulativo (speculative grade). De uma forma
geral, a atribuição de grau de investimento a um país habilita novas classes de
investidores a adquirir papéis desse país como, por exemplo, fundos de pensão
estrangeiros, que são aplicadores de enorme vulto e que têm restrições para
aplicar em países avaliados como especulativos pelas agências de risco.
Tabela 1
Escala de Classificação das Agências de Rating
Moody's S&P Fitch
Aaa AAA AAA
Aa1 AA+ AA+
Aa2 AA AA
Aa3 AA- AA-
A1 A+ A+
A2 A A
A3 A- A-
Baa1 BBB+ BBB+
Baa2 BBB BBBBaa3 BBB- BBB-
Ba1 BB+ BB+
Ba2 BB BB
Ba3 BB- BB-
B1 B+ B+
B2 B B
B3 B- B-
Caa1 CCC+ CCC
Caa2 CCC CC
Caa3 CCC- C
Ca CC DDD
C SD DDD D
Categoria de
Investimento
de Risco
Categoria de
Investimento
Fontes: Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch Ratings.
A Tabela 2 apresenta as classificações dadas pelas agências em 30 de abril de
2010 a um grupo selecionado de países e também um indicativo de perspectiva
para essas economias – os chamados outlooks (positivo, negativo ou estável).
Importante salientar que essas classificações possuem abrangência global, isto é,
não estão restritas apenas às economias emergentes, e são revistas
periodicamente, já que a qualidade de crédito (ou risco de inadimplência) do país
pode se alterar de um período ao outro.
14
Tabela 2
Rating de Longo Prazo para Emissões em Moeda Estrangeira
Classificação Perspectiva Classificação Perspectiva Classificação Perspectiva
África do Sul A3 Estável BBB+ Negativa BBB+ Negativa
Argentina B3 Estável B- Estável RD nd
Brasil Baa3 Positiva BBB- Estável BBB- Estável
Bulgária Baa3 Positiva BBB Estável BBB- Negativa
Chile A1 Positiva A+ Estável A Estável
China A1 Positiva A+ Estável A+ Estável
Colômbia Ba1 Estável BB+ Estável BB+ Estável
Coréia do Sul A1 Estável A Estável A+ Estável
Egito Ba1 Estável BB+ Estável BB+ Estável
Equador Caa3 Estável CCC+ Estável CCC nd
Estados Unidos Aaa Estável AAA Estável AAA Estável
Filipinas Ba3 Estável BB- Estável BB Estável
Hong Kong Aa2 Positiva AA+ Estável AA Estável
Índia Baa3 Estável BBB- Estável BBB- Estável
Japão Aa2 Estável AA Negativa AA Estável
Malásia A3 Estável A- Estável A- Estável
Marrocos Ba1 Estável BBB- Estável BBB- Estável
México Baa1 Estável BBB Estável BBB Estável
Paraguai B3 Estável B Estável nd nd
Peru Baa3 Estável BBB- Estável BBB- Estável
Polônia A2 Estável A- Estável A- Estável
Reino Unido Aaa Estável AAA Negativa AAA Estável
Rússia Baa1 Estável BBB Estável BBB Estável
Turquia Ba2 Estável BB Positiva BB+ Estável
Ucrânia B2 Negativa B- Positiva B- Estável
Uruguai Ba3 Estável BB- Estável BB- Positiva
Venezuela B2 Estável BB- Estável B+ Estável
nd: não disponível.
PaísMoody's S&P Fitch
Fontes: Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch Ratings.
20. Existe mais de um tipo de rating ?
Sim. Existem duas escalas diferenciadas para os ratings: internacional e nacional.
Um rating em escala internacional pode ser tanto em moeda local como em
moeda estrangeira e representa medida absoluta da capacidade de pagamento das
dívidas denominadas, respectivamente, em moeda local ou estrangeira. Os ratings
em escala internacional, sejam em moeda local ou estrangeira, são comparáveis
entre países. Já os ratings em escala nacional não são comparáveis em escala
internacional. Classificações similares em escala nacional de emissores em países
diferentes podem mostrar grandes diferenças na capacidade de pagamento. Por
exemplo, um rating AAA na escala brasileira não é comparável com um AAA
nas escalas chilena e argentina. Ratings em moeda local medem a probabilidade
de pagamento na moeda do país e na jurisdição em questão. Excluem o efeito do
risco-país e o risco de transferência, não refletindo a possibilidade de os
investidores virem a ter dificuldades para repatriar o recebimento de principal e
juros, em decorrência, por exemplo, de uma crise cambial do país em que o
emissor está sediado. Entre outros, o objetivo desse rating é permitir ao
investidor comparar o risco de emissores de diferentes países isolado de riscos de
transferência. As agências também diferenciam os ratings de acordo com o prazo.
O rating de curto prazo refere-se à capacidade de pagamento de uma obrigação
financeira de até 12 meses. Já obrigações com prazo superior a 12 meses passam
a receber classificação de longo prazo.
15
21. Qual a metodologia adotada pelas agências para atribuir
ratings aos países?
Para a classificação de risco de crédito, as agências de ratings recorrem tanto a
técnicas quantitativas, como análise de balanço, fluxo de caixa e projeções
estatísticas, quanto a análises de elementos qualitativos, como ambiente externo,
questões jurídicas e percepções sobre o emissor e seus processos. Além de a
classificação envolver avaliação de garantias e proteções (hedge) contra riscos
levantados, também incorpora o fator tempo. Este último influencia a definição
do rating, pois maiores horizontes implicam maior imprevisibilidade. Dessa
forma, um mesmo país pode apresentar títulos de dívida com diferentes notas, de
acordo com as garantias oferecidas, prazos estabelecidos, dentre outras
características.
Em linhas gerais, a metodologia para classificação de risco soberano está baseada
em experiências conhecidas de insolvência ou quase insolvência para identificar
um conjunto de indicadores-chave (quantitativos ou qualitativos) que medem a
capacidade e intenção de pagamento do serviço das dívidas dos países. A
Standard & Poor´s, por exemplo, divide a estrutura analítica dos ratings
soberanos em nove categorias: risco político; estrutura econômica e de renda;
perspectivas de crescimento econômico; flexibilidade fiscal; endividamento
governamental; passivos contingentes; flexibilidade monetária; liquidez externa;
e endividamento externo público e privado.5 A cada uma dessas categorias é
atribuída nota, que varia de um (a mais alta – menor risco) a seis, não havendo
fórmula exata para se combinar as notas ao se determinar os ratings. As variáveis
analíticas são inter-relacionadas e os pesos não são fixos.
22. Rating soberano é a mesma coisa que risco país ?
Os conceitos de risco país e de rating soberano são bastante diferentes. Os ratings
soberanos refletem os fundamentos macro e microeconômicos de um país no
longo prazo e, portanto, tendem a exibir estabilidade maior do que as medidas de
risco-país, que sofrem também a influência de fatores de curto prazo. Aspectos
conjunturais somente são levados em consideração nos ratings apenas se
implicarem mudanças fundamentais e estruturais no longo prazo. No entanto,
países com ratings elevados tendem a apresentar risco-país mais baixo, e vice-
versa, indicando elevada correlação entre os dois indicadores.
23. Qual foi o impacto da crise financeira de 2008 sobre o risco
Brasil?
Diferentemente de crises passadas, quando a vulnerabilidade macroeconômica era
mais pronunciada, a economia brasileira estava em melhores condições para
enfrentar os impactos da quebra do banco de investimentos Lehmann Brothers em
15/9/2008, que desencadeou uma das piores crises financeiras da história
mundial. Podemos verificar pelo Gráfico 2 que um ano após a crise a percepção
de risco Brasil era 94 pontos-base inferior à do dia da crise e, em termos
comparativos, o risco Brasil foi menos afetado que o da maioria dos países
emergentes. Essa é uma evidência contundente da melhora de percepção de risco
da economia brasileira por parte dos investidores, como resultado da continuidade
ao longo de vários anos da política macroeconômica baseada no tripé metas para
a inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal.
5 Para uma descrição metodológica de cada um desses critérios, ver o relatório Sovereign Credit Ratings: A
primer, da Standard & Poor’s, elaborado em 2006.
16
Gráfico 2
Variação do risco país medido pelo spread do CDS no período 15/9/2008 e 15/9/2009
(pontos-base)
Fonte: Bloomberg.
No Gráfico 3, mostramos os spreads de países que, segundo o mercado, exibiam
melhores fundamentos econômicos, com evolução mais favorável nos últimos
anos.
Gráfico 3
Spread do CDS (pontos-base)
Fonte: Bloomberg.
-117-94 -84
-57-21 -19 -6
41 42 45
140
347
669
-200
-100
0
100
200
300
400
500
600
700
Turquia
Brasil
Indonésia
África do Sul
Coréia
México
Rússia
Chile
Hungria
Polônia
Argentina
Venezuela
Ucrânia
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
jun
07
ago
07
out
07
dez
07
fev
08
abr
08
jun
08
ago
08
out
08
dez
08
fev
09
abr
09
jun
09
ago
09
out
09
dez
09
fev
10
abr
10
jun
10
Argentina Brasil Chile México Venezuela América Latina
17
24. Onde posso obter mais informações sobre o risco país e sobre
ratings soberanos?
A metodologia de cálculo do índice EMBI+ foi consolidada a partir dos relatórios
emitidos pela J.P. Morgan Chase: Introducing the Emerging Markets Bond Plus -
EMBI+, de 12 de julho de 1995, e EMBI+/EMBI rules for adding and dropping
issues, de 30 de setembro de 1998. Os dados de composição do EMBI+ foram
extraídos do relatório EMBI Monitor de 30 de abril de 2010. Esses dados podem
ser consultados em www.morganmarkets.com, após solicitação de cadastramento.
Os dados diários do EMBI+ podem ser obtidos em provedores de informação por
assinatura, como a Thomson Reuters, Bloomberg, e em alguns jornais de
circulação diária. Para informações sobre os ratings soberanos, acesse as páginas
das agências Standard & Poor’s (www.standardandpoors.com), Moody’s
(www.moodys.com) e Fitch Ratings (www.fitchratings.com).
18
Apêndice
Quadro 1
Composição do EMBI+ (posição em 30 de abril de 2010)
País/Instrumento Valor de Face Valor de Peso Liquidez Spread over Duração
Merc. Secund. Mercado no EMBI+ U.S. Treasuries vida média
(US$ milhões) (US$ milhões) (%) (bps) (anos)
África do Sul 5 000 5 592 2.45 165 7.2ZA Republic 7 3/8% due 12 1 000 1 097 0.48 L3 124 2.0ZA Republic 6 1/2% due 14 1 000 1 130 0.49 L3 166 4.1ZA Republic 6 7/8% due 19 2 000 2 308 1.01 L3 169 9.1ZA Republic 5 7/8% due 22 1 000 1 057 0.46 L3 169 12.1Argentina 9 232 5 008 2.19 659 21.8AR Discount 8.28% due 33 3 918 3 013 1.32 L3 746 18.9AR Par Step-up due 38 5 313 1 995 0.87 L2 556 24.1Brasil 30 574 38 567 16.89 196 15.1BR A bond 2 832 3 363 1.47 L2 106 4.0BR Republic 10% due 11 667 755 0.33 L3 52 1.3BR Republic 11% due 12 855 1 021 0.45 L3 32 1.7BR Republic 10 1/4% due 13 854 1 084 0.47 L3 90 3.1BR Republic 10 1/2% due 14 731 959 0.42 L3 123 4.2BR Republic 7 7/8% due 15 1 740 2 081 0.91 L2 131 4.8BR Republic 6% due 17 2 540 2 827 1.24 L2 139 6.7BR Republic 5 7/8% due 19 2 280 2 498 1.09 L3 138 8.7BR Republic 8 7/8% due 19 1 201 1 567 0.69 L3 138 9.4BR Republic 8 7/8% due 24 1 750 2 344 1.03 L4 155 13.9BR Republic 8 3/4% due 25 1 791 2 426 1.06 L3 147 14.8BR Republic 10 1/8% due 27 2 643 4 024 1.76 L3 169 17.0BR Republic 12 1/4% due 30 712 1 253 0.55 L3 179 19.8BR Republic 8 1/4% due 34 2 261 2 960 1.30 L3 171 23.7BR Republic 7 1/8% due 37 3 063 3 571 1.56 L2 168 26.7BR Republic 11% due 40 3 404 4 626 2.03 L1 384 30.3BR Republic 5 5/8% due 41 1 250 1 207 0.53 L3 157 30.7Bulgária 1 271 1 519 0.67 189 4.7BG Republic 8 1/4% due 15 1 271 1 519 0.67 L3 189 4.7Colômbia 9 914 11 927 5.22 190 11.0CO Republic 10% due 12 900 1 051 0.46 L3 69 1.7CO Republic 10 3/4% due 13 750 935 0.41 L3 100 2.7CO Republic 8 1/4% due 14 1 000 1 222 0.54 L3 142 4.6CO Republic 7 3/8% due 17 1 650 1 931 0.85 L2 171 6.7CO Republic 7 3/8% due 19 2 000 2 317 1.01 L2 188 8.9CO Republic 11 3/4% due 20 796 1 176 0.52 L3 216 9.8CO Republic 8 1/8% due 24 1 000 1 240 0.54 L3 204 14.0CO Republic 7 3/8% due 37 1 818 2 054 0.90 L3 211 27.4Equador 650 631 0.28 823 5.6EC Republic 9 3/8% due 15 650 631 0.28 L4 823 5.6Filipinas 18 024 22 416 9.82 193 12.2PH Republic 9% due 13 948 1 135 0.50 L3 86 2.8PH Republic 8 1/4% due 14 1 602 1 915 0.84 L3 141 3.7PH Republic 8 7/8% due 15 976 1 212 0.53 L3 130 4.9PH Republic 8% due 16 1 300 1 592 0.70 L3 139 5.7PH Republic 9 3/8% due 17 822 1 072 0.47 L3 161 6.7PH Republic 9 7/8% due 19 962 1 305 0.57 L3 182 8.7PH Republic 8 3/8% due 19 1 500 1 908 0.84 L3 159 8.7PH Republic 6 1/2% due 20 1 400 1 556 0.68 - 170 9.7PH Republic 7 1/2% due 24 774 902 0.39 L3 191 13.4PH Republic 10 5/8% due 25 1 855 2 726 1.19 L3 206 14.9PH Republic 9 1/2% due 30 2 000 2 744 1.20 L3 224 19.7PH Republic 7 3/4% due 31 2 385 2 824 1.24 L2 217 20.7PH Republic 6 3/8% due 32 1 500 1 525 0.67 L3 210 21.7Indonésia 11 000 13 420 5.88 200 16.3ID Republic 10 3/8% due 14 1 000 1 245 0.55 L3 164 4.0ID Republic 6 7/8% due 17 1 000 1 123 0.49 L3 189 6.8ID Republic 6 7/8% due 18 1 900 2 153 0.94 L3 185 7.7ID Republic 11 5/8% due 19 2 000 2 934 1.29 L3 191 8.8ID Republic 8 1/2% due 35 1 600 2 021 0.88 L3 213 25.4ID Republic 6 5/8% due 37 1 500 1 567 0.69 L3 201 26.8ID Republic 7 3/4% due 38 2 000 2 377 1.04 L3 211 27.7
19
Quadro 1
Composição do EMBI+ (posição em 30 de abril de 2010) (cont.)
País/Instrumento Valor de Face Valor de Peso Liquidez Spread over Duração
Merc. Secund. Mercado no EMBI+ U.S. Treasuries vida média
(US$ milhões) (US$ milhões) (%) (bps) (anos)
México 26 825 30 626 13,41 155 13,7MX UMS 7 1/2% due 12 864 971 0,43 L3 44 1,7MX UMS 6 3/8% due 13 1 191 1 335 0,58 L3 106 2,7MX UMS 5 7/8% due 14 1 291 1 466 0,64 L2 58 3,7MX UMS 5 7/8% due 02/14 1 500 1 664 0,73 L3 123 5,5MX UMS 6 5/8% due 15 1 344 1 527 0,67 L2 137 4,8MX UMS 11 3/8% due 16 1 691 2 377 1,04 L3 146 6,4MX UMS 5 5/8% due 17 3 500 3 814 1,67 L2 139 6,7MX UMS 5.95% due 19 3 000 3 252 1,42 L2 143 8,9MX UMS 8 1/8% due 19 1 352 1 728 0,76 L3 131 9,7MX UMS 8% due 22 714 920 0,40 L3 116 12,4MX UMS 8.3% due 31 1 774 2 303 1,01 L3 175 21,3MX UMS 7 1/2% due 33 1 269 1 508 0,66 L3 175 22,9MX UMS 6 3/4% due 34 4 084 4 491 1,97 L3 171 24,4MX UMS 6.05 due 40 3 250 3 268 1,43 L3 171 29,7Panamá 6 190 7 478 3,28 170 16,8PA Republic 7 1/4% due 15 1 471 1 706 0,75 L3 144 4,9PA Republic7 1/8% due 26 980 1 146 0,50 L3 160 15,7PA Republic 8 7/8% due 27 975 1 295 0,57 L3 183 17,4PA Republic 9 3/8% due 29 951 1 321 0,58 L4 187 18,9PA Republic 6.7% due 36 1 813 2 010 0,88 L3 165 25,7Peru 7 279 8 934 3,91 168 17,9PE Republic 8 3/8% due 16 581 714 0,31 L3 125 6,0PE Republic 7 1/8% due 19 1 000 1 171 0,51 L3 140 8,9PE Republic 7.35% due 25 2 250 2 686 1,18 L3 163 15,2PE Republic 8 3/4% due 33 2 246 3 065 1,34 L3 186 23,5PE Republic 6.55% due 37 1 202 1 298 0,57 L3 163 25,9Rússia 24 641 30 997 13,58 181 9,0RU Ministry Fin 11% due 18 3 467 4 978 2,18 L4 168 8,2RU Ministry Fin 12 3/4% due 28 2 500 4 478 1,96 L3 198 18,1RU Republic Step-Up due 30 18 674 21 541 9,43 L1 178 7,9Turquia 29 250 33 774 14,79 225 11,4TR Republic 9% due 11 750 828 0,36 L3 155 1,2TR Republic 11 1/2% due 12 1 000 1 181 0,52 L3 143 1,7TR Republic 11% due 13 1 500 1 847 0,81 L3 173 2,7TR Republic 9 1/2% due 14 1 750 2 142 0,94 L3 183 3,7TR Republic 7 1/4% due 15 2 750 3 125 1,37 L3 189 4,9TR Republic 7% due 16 2 000 2 235 0,98 L3 206 6,4TR Republic 7 1/2% due 17 2 250 2 609 1,14 L4 210 7,2TR Republic 6 3/4% due 18 2 250 2 455 1,08 L3 213 7,9TR Republic 7% due 19 1 500 1 662 0,73 L3 214 8,9TR Republic 7 1/2% due 19 1 500 1 752 0,77 - 216 9,5TR Republic 7% due 20 2 000 2 243 0,98 L3 215 10,1TR Republic 7 3/8% due 25 3 250 3 647 1,60 L3 231 14,8TR Republic 11 7/8% due 30 1 500 2 447 1,07 L2 244 19,7TR Republic 8% due 34 1 500 1 743 0,76 L3 253 23,8TR Republic 6 7/8% due 36 2 750 2 796 1,22 L3 249 25,9TR Republic 7 1/4% due 38 1 000 1 062 0,47 L3 251 27,8Ucrânia 2 500 2 565 1,12 449 4,3UA Republic 6.385% due 12 500 514 0,23 L3 461 2,1UA Republic 7.65% due 13 1 000 1 056 0,46 L3 490 3,1UA Republic 6.58% due 16 1 000 995 0,44 L3 424 6,5Venezuela 19 337 14 888 6,52 898 14,0VE Republic 10 3/4% due 13 1 487 1 459 0,64 L3 1 007 3,4VE Republic 8 1/2% due 14 1 500 1 318 0,58 L3 999 4,4VE Republic 5 3/4% due 16 1 500 1 112 0,49 L3 951 5,8VE Republic 7% due 18 1 000 747 0,33 L3 899 8,6VE Republic 6% due 20 1 500 985 0,43 L3 855 10,6VE Republic 9% due 23 2 000 1 574 0,69 L3 945 13,0VE Republic 7.65% due 25 1 600 1 053 0,46 L3 902 15,0VE Republic 9 1/4% due 27 4 000 3 161 1,38 L2 850 17,4VE Republic 9 1/4% due 28 2 000 1 575 0,69 L3 913 18,0VE Republic 9 3/8% due 34 1 500 1 150 0,50 L3 899 23,7VE Republic 7% due 38 1 250 752 0,33 L3 797 27,9
Por tipo de instrumento
Bradies 27 906 26 549 11,63 348 12,6Euromercado 173 781 201 791 88,37 254 13,3
Por região
América Latina 110 001 118 059 51,70 313 15,0
África 5 000 5 592 2,45 165 7,2
Ásia 29 024 35 835 15,69 196 13,8Europa 57 661 68 854 30,15 210 9,9
EMBI+ 201 687 228 340 100 265 13,2
Fonte: J.P. Morgan Chase
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Série “Perguntas Mais Freqüentes” Banco Central do Brasil
1. Juros e Spread Bancário
2. Índices de Preços
3. Copom
4. Indicadores Fiscais
5. Preços Administrados
6. Gestão da Dívida Mobiliária e
Operações de Mercado Aberto
7. Sistema de Pagamentos Brasileiro
8. Contas Externas
9. Risco-País
10. Regime de Metas para a Inflação no Brasil
11. Funções do Banco Central do Brasil
Diretor de Política Econômica
Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo
Equipe André Barbosa Coutinho Marques
Carolina Frei tas Pereira Mayrink
César Viana Antunes de Olivei ra Henrique de Godoy Morei ra e Costa
Luciana Valle Rosa Roppa
Maria Cláudia Gomes P. S. Gutierrez Marcio Magalhães Janot
Coordenação
Renato Jansson Rosek
Criação e editoração:
Secretaria de Relações Inst i tucionais
Brasíl ia-DF
Este fascículo faz parte do Programa de Educação Financeira do
Banco Central do Brasi l