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FACULDADE MERIDIONAL – IMED
ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO
CRISTIAN MAZETTO
DRIVE - COMPLEXO AUTOMOBILÍSTICO
Passo Fundo
2017
2
CRISTIAN MAZETTO
DRIVE - COMPLEXO AUTOMOBILÍSTICO
Relatório do Processo Metodológico de Concepção do Projeto Arquitetônico e Urbanístico e Estudo Preliminar de Projeto apresentado na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Meridional – IMED, como requisito parcial para a aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, sob orientação de Andréa Quadrado Mussi, Doutora em Arquitetura.
Passo Fundo
2017
3
CRISTIAN MAZETTO
DRIVE - COMPLEXO AUTOMOBILÍSTICO
Banca Examinadora
Profa. Dra. Andrea Quadrado Mussi
Orientadora
Profa. Me. Amanda Schüler Bertoni
Coorientadora
Passo Fundo
2017
4
AGRADECIMENTOS
Quero agradecer primeiramente a minha família, pelo apoio e dedicação para
que hoje, eu pudesse estar aqui. Principalmente meus pais, meu padrinho e madrinha,
que são meus alicerces e principais incentivadores. Aos meus amigos, que me
acompanharam nessa trajetória, e sempre se mantiveram ao meu lado,
independentemente da situação. Também deixo minha gratidão a instituição de ensino
IMED, todos professores e colaboradores que de alguma forma contribuíram para
minha construção como profissional.
5
RESUMO
O presente trabalho apresenta os estudos para o desenvolvimento de um complexo
automobilístico, contendo um museu de carros e pavilhão para eventos automotivos, capaz
de proporcionar a integração e promover o lazer para os fanáticos por carros, moradores da
cidade de Passo Fundo e região. Para tanto será apontado a revisão de literatura adequado
ao tema, bem como os estudos de casos para entender o funcionamento dos espaços do
complexo e extrair informações relevantes para a elaboração do projeto. Também será
analisada a área de implantação, com estudos sobre a ocupação do solo, e a infraestrutura
disponível no local, juntamente com as características especificas do terreno de implantação.
Para verificar a viabilidade do projeto, é apresentado as normas e leis pertinentes ao
tema. O conceito e diretrizes do projeto também se faz presente, apresentando
estudos de planta e fluxos, bem como as propostas de zoneamento e setorização.
Palavras-chave: Complexo automobilístico, Museu, Pavilhão, Carros
ABSTRACT
The present work presents the studies for the development of an automobile
complex, containing a car museum and pavilion for automotive events, capable of
providing integration and promoting leisure for car fanatics, residents of the city of
Passo Fundo and region. In order to do so, it will be pointed out the literature review
appropriate to the theme, as well as the case studies to understand the functioning of
the spaces of the complex and extract relevant information for the elaboration of the
project. It will also analyze the deployment area, with studies on the land occupation,
and the infrastructure available on the site, along with the specific characteristics of the
site of deployment. To verify the feasibility of the project, the norms and laws pertinent
to the theme are presented. The concept and guidelines of the project are also present,
presenting plant studies and flows, as well as zoning and sectorization proposals.
Keywords: Automobile complex, Museum, Pavilion, Cars
6
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Ventilação Cruzada. ................................................................................... 15
Figura 2: Iluminação em LEDs com trilhos ................................................................ 16
Figura 3: Implantação do Museu Vintage BMW ............................................................. 20
Figura 4: Exposicao de Carros Antigos. .................................................................... 21
Figura 5: Zoneamento Planta Baixa .......................................................................... 22
Figura 6: Fluxograma ................................................................................................ 22
Figura 7: Forma do Projeto........................................................................................ 23
Figura 8: Implantacão do Museu Mercedez-Benz ..................................................... 24
Figura 9: Diagrama .................................................................................................... 25
Figura 10: Zoneamento Planta Baixa ........................................................................ 26
Figura 11: Fluxograma .............................................................................................. 27
Figura 12: Forma do Projeto...................................................................................... 27
Figura 13: Implantação do Museumplein Limburg ..................................................... 28
Figura 14: Zoneamento Planta Baixa ........................................................................ 30
Figura 15: Fluxograma .............................................................................................. 30
Figura 16: Forma do Projeto...................................................................................... 31
Figura 17: Localização .............................................................................................. 32
Figura 18: Setor, Renda e Terreno de Implantação .................................................. 33
Figura 19: Mapa Nolli. ............................................................................................... 34
Figura 20: Uso do Solo .............................................................................................. 34
Figura 21: Gabaritos de alturas. ................................................................................ 35
Figura 22: Infraestrutura Urbana. .............................................................................. 36
Figura 23: Sistema Viário .......................................................................................... 37
Figura 24: Dimensões do Terreno ............................................................................. 37
Figura 25: Estudo Solar e Ventos Dominantes .......................................................... 38
Figura 26: Topografia ................................................................................................ 38
Figura 27: Curvas de Nível ........................................................................................ 39
Figura 28: Escoamento d’água .................................................................................. 39
Figura 29: Visuais do Terreno. .................................................................................. 40
Figura 30: Skyline I. ................................................................................................... 40
Figura 31: Skyline II ................................................................................................... 40
Figura 32: Skyline III .................................................................................................. 41
Figura 33: Skyline IV ................................................................................................. 41
Figura 34: Setorização .............................................................................................. 42
Figura 35: Vias Coletoras .......................................................................................... 42
Figura 36: Uso do solo .............................................................................................. 43
Figura 37: Evento Automotivo ................................................................................... 45
Figura 38: Área de descanso / Passarela de aço e vidro .......................................... 47
Figura 39: Programa de Necessidades ..................................................................... 48
7
Figura 40: Organograma ........................................................................................... 49
Figura 41: Fluxograma .............................................................................................. 49
Figura 42: Proposta De Zoneamento I ...................................................................... 50
Figura 43: Proposta De Zoneamento II ..................................................................... 51
Figura 44: Proposta De Zoneamento III .................................................................... 51
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SUMÁRIO
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 10
1.1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 10
1.2 TEMA DO PROJETO ...................................................................................................................... 10
1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO ................................................................................ 11
CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................................ 12
2.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO ....................................................................................................... 12
2.2 A FORMAÇÃO DA CONCEPÇÃO DE MUSEUS DE CARROS NO DECORRER DA HISTÓRIA ............. 12
2.3 PAIXÃO POR CARROS: ALGUNS CONCEITOS E DEFINIÇÕES ........................................................ 13
2.4 COMPLEXO AUTOMOBILÍSTICO: ORIGEM DO TEMA .................................................................. 14
2.5 MUSEU DE CARROS: EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, TÉRMICA E AUTOMAÇÃO ................................. 15
2.5.1 Museu De Carros: Eficiência Acústica ................................................................................. 16
2.6 CONSERVAÇÃO PREVENTIVA E RESERVAS TÉCNICAS.................................................................. 17
2.7 MUSEOLOGIA: ESTUDO DE ROTAS E ACESSOS............................................................................ 17
2.8 TIPOLOGIA DE MUSEUS ............................................................................................................... 18
2.9 ESTUDOS DE CASO ...................................................................................................................... 20
2.9.1 Museu Vintage BMW .......................................................................................................... 20
2.9.1.1 Autor e localização do projeto ...................................................................................... 20
2.9.1.2 Implantação ................................................................................................................... 20
2.9.1.3 Programa de Necessidades ........................................................................................... 21
2.9.1.4 Funcionalidade .............................................................................................................. 21
2.9.1.5 Forma ............................................................................................................................ 23
2.9.2 Museu Mercedes-Benz ........................................................................................................ 24
2.9.2.1 Autor e localização do projeto ...................................................................................... 24
2.9.2.2 Implantação ................................................................................................................... 24
2.9.2.3 Programa de Necessidades ........................................................................................... 25
2.9.2.4 Funcionalidade .............................................................................................................. 26
2.9.2.5 Forma ............................................................................................................................ 27
2.9.3 Museumplein Limburg ........................................................................................................ 28
2.9.3.1 Autor e localização do projeto ...................................................................................... 28
2.9.3.2 Implantação ................................................................................................................... 28
2.9.3.3 Programa de Necessidades ........................................................................................... 29
9
2.9.3.4 Funcionalidade .............................................................................................................. 29
2.9.3.5 Forma ............................................................................................................................ 31
2.10 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO ....................................................................................................... 31
CAPÍTULO 3: DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO ..................................................................... 32
3.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO ....................................................................................................... 32
3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL ................................................................................................. 32
3.3 MAPA NOLLI, USO DO SOLO E ALTURA DAS EDIFICAÇÕES ......................................................... 33
3.4 INFRAESTRUTURA URBANA ........................................................................................................ 35
3.5 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TERRENO ............................................................................ 37
3.6 SÍNTESE DE LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS .................................................................................. 41
3.6.1 Plano Diretor........................................................................................................................ 41
3.6.2 Código De Obras .................................................................................................................. 43
3.6.3 NBR 9050 .............................................................................................................................. 43
3.6.4 NBR 9077 .............................................................................................................................. 43
3.6.5 NBR 15575: 2013 ................................................................................................................. 43
3.6.6 Lei Complementar Nº 14.924 .............................................................................................. 43
3.6.7 DAER – Manual De Acessos Á Rodovias ............................................................................. 44
CAPÍTULO 4: CONCEITO E DIRETRIZES PROJETUAIS .............................................................................. 45
3.7 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 45
3.8 CONCEITO DO PROJETO .............................................................................................................. 45
3.9 DIRETRIZES DE ARQUITETURA ..................................................................................................... 46
4.0 DIRETRIZES URBANÍSTICAS .......................................................................................................... 47
CAPÍTULO 5: PARTIDO GERAL ............................................................................................................... 48
4.1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 48
4.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES ................................................................................................... 48
4.3 ORGANOGRAMA / FLUXOGRAMA .............................................................................................. 49
4.4 PROPOSTAS DE ZONEAMENTO ................................................................................................... 50
4.4.1 PROPOSTAS DE ZONEAMENTO I ......................................................................................... 50
4.4.2 PROPOSTAS DE ZONEAMENTO II ........................................................................................ 51
4.4.3 PROPOSTAS DE ZONEAMENTO III ....................................................................................... 51
CAPÍTULO 6: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 52
CAPÍTULO 7: ANEXOS ............................................................................................................................ 54
10
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO
O tema da monografia é centrado nas informações necessárias para o
desenvolvimento de um complexo de integração para a cidade de Passo Fundo, RS.
Logo, seu objetivo geral é a criação de um complexo automobilístico para recreação
e integração da população. Enquanto seus objetivos específicos são, a criação de um
museu de carros e a de ambientes para eventos de convivência coletiva. Com isso,
pretende-se minimizar o problema de falta do sossego público na região central da
cidade tanto no período noturno como no diurno, com uma opção de espaço mais
retirado da área urbanizada da cidade onde os amantes de carros apreciarão seus
veículos.
1.2 TEMA DO PROJETO
Para compreender o tema é preciso fazer uma reflexão sobre o valor que as
pessoas atribuem aos seus carros hoje em dia e também ao simples fato de não haver
local apropriado para desfrutarem de seu lazer, em meio a isso a proposta trará uma
solução certa, com a finalidade de corresponder as suas expectativas.
A proposta arquitetônica integrará a cidade e a região. Isso proporcionaria a
Passo Fundo mais um título, além de uma cidade universitária, agregaria mais um
ponto turístico, já que um museu automobilístico e complexo de entretenimento seria
uma grande conquista para os moradores da cidade e região.
O Complexo automobilístico será composto por um museu de carros e uma
estrutura para eventos automotivos agregando mais opções aos visitantes, unindo
dois espaços com o mesmo tema e atendendo públicos de todas as idades.
Passo fundo hoje conta com espaços públicos como praças e parques que são
efetivamente utilizados pela população, porém nenhum voltado para a utilização em
eventos automotivos e que funcione no período noturno, até está sendo utilizado o
estacionamento do parque da gare, como local de encontro, onde se reúnem centenas
de carros rebaixados. As pessoas amam seus carros, e por terem uma rotina intensa
no mundo globalizado, precisam de um espaço público na cidade, como ponto de fuga
e descanso, para um período de sociabilidade e integração.
11
1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO
Passo Fundo, é uma cidade média, da região norte do estado do Rio Grande
do Sul, com população estimada para 2017 de 199.000 habitantes segundo IBGE
(2010), é um polo em saúde, educação e atua como centro regional (FERRETO,
2012). Possui 9 instituições de ensino superior, o que atrai muitos jovens a cidade.
Segundo pirâmide etária de 2010 (IBGE, 2010), as pessoas entre 20 e 26 anos são
maioria na população. Sendo assim, a vida noturna da cidade sempre se mantém
agitada, contudo Passo Fundo não possui um local apropriado para o entretenimento
e eventos automotivos, limitando os jovens a ficarem em bares e ruas na região
central, o que vem causando problemas ao sossego público, a limpeza da cidade e a
segurança. A Câmara de Vereadores de Passo Fundo aprovou a Lei Ordinária nº 5240
(Passo Fundo, 2017) recentemente, proibindo o consumo de bebidas alcoólicas em
locais públicos, porém a medida não conta com nenhuma proposta de local para esses
jovens (TIECHER, 2017).
Por isso a necessidade da criação de um novo entretenimento, um complexo
automobilístico, contendo museu e área para eventos automotivos, com uma estrutura
contemporânea e inovadora, com exposições de carros antigos, rebaixados e som
automotivo. Sendo assim, uma nova cultura para Passo Fundo, onde toda a
população e região possam desfrutar. Pois a demanda de áreas e lugares para esse
tipo de cultura é grande, com poucos lugares destinados a prática desse esporte.
Então a criação desse ambiente seria o ideal para inúmeras pessoas utilizarem e
aproveitarem.
A área escolhida para a implantação do projeto está localizada no setor do
bairro Nenê Graeff, que configura um vazio urbano na área urbanizada da cidade. O
local foi escolhido por ser uma região de baixa renda, que necessita de infraestrutura
urbana adequada. Além disso a facilidade de acesso tanto para quem é de outras
cidades da região, quanto para quem é de Passo Fundo, é ótima. Pois para os
frequentadores, essa área se encontra próximo a BR RS-324, onde se localizam os
principais locais de eventos como o Gran Palazzo e a Sulcar Eventos, e também a
concessionária de carros, Gambatto Hyundai. Fora toda a área industrial e comercial
da proximidade, sendo tudo em beira a rodovia, tendo benefícios como a, amenização
da perturbação para os moradores, possibilitando assim um local apropriado para tais
eventos, mesmo estando em perímetro urbano.
12
CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO
Nesta parte será apresentada a revisão de literatura composta pelos principais
assuntos pertinentes a compreensão do tema escolhido para o projeto. Assim, são
apresentados os seguintes assuntos, para compreender a formação e a visão ideal
dos espaços, como eventos automotivos e museu de carros, no decorrer da história,
para chegar no tema específico do complexo automobilístico, tema do projeto, e como
esses foram se constituindo no decorrer do tempo tanto no Brasil como no mundo.
Com isso, se inicia uma reflexão da importância da integração na formação do projeto
e os efeitos das práticas de lazer na melhoria e desenvolvimento da qualidade de vida
das pessoas.
2.2 A FORMAÇÃO DA CONCEPÇÃO DE MUSEUS DE CARROS NO DECORRER
DA HISTÓRIA
O surgimento do museu do automóvel, serve em si para contar histórias,
acontecimentos, e a preservação de tais dados, que marcaram um momento, e pôr
fim a comunicação que envolve a exposição, educação informal e ações socioculturais
(BENZ, 2017).
Um museu de carros, quase sempre, se engloba na categoria museu de
tecnologia com viés histórico. Onde há possibilidade de ele ser considerado, como
referido acima, mais como uma coleção de materialidade de um esporte, dos
sentimentos e experiências de uma parte da sociedade a ele ligado (PIANO, 2014).
Durante muitos anos os museus foram considerados como locais prestigiados,
de reverência, templos que preservavam relíquias. Talvez por isso possa ter se
originado a popular junção dos museus como espaço de deposito de objetos antigos.
Com o desenvolvimento da sociedade e dessas instituições, pode-se mencionar que:
atingiram-se as especificidades atuais encontradas em alguns dos museus
dedicados a objetos ou temas únicos; também se aproveitou de tais espaços
para, como comunicações devidamente orientadas, reforçar, reformar e
mesmo criar as identidades nacionais. Locais de reverencia, portanto. E onde
se requeria um comportamento formal, reservado, pois museus serviam
13
apenas como forma de promoção de algo que os governantes pretendiam
tornar-se de conhecimento público.
Nos museus se ia para compreender obras e fatos, para aumentar o
conhecimento e lá, em silencio quase religioso, apreciar as exposições
(GAUDIOSO e MELLO, 2012, p.3).
Na verdade, um museu de tecnologia ou histórico precisa ser estudado de
maneira diversa daquele de um museu de arte. Nele o acervo pode ser notado sob a
visual da estética, da metodologia e da argumentação, ao mesmo tempo que no
primeiro sua utilidade ou inclusão real são relevantes, ou seja, aqui os carros, mais do
que ingênuos objetos, são veículos da lembrança e seus símbolos. O mesmo pode
ser referido com relação ao patrimônio intáctil ali seguro, provido de igual carga
simbólica (GAUDIOSO, 2012).
Quando um museu consegue ser reconhecido por seu público alvo como um
verdadeiro ambiente de preservação de sua memória, ele deixa a condição simples
de depósito de carros velhos, atingindo então a condição de centro de referência, de
reconquista e preservação da memória de um segmento geral, com suas paixões,
desejos e frustrações (MELLO, 2012).
2.3 PAIXÃO POR CARROS: ALGUNS CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Amantes de automóveis idolatram carros por serem únicos, tanto antigos como
novos, por marcarem uma época ou por simplesmente serem edição especial ou
limitada, isso torna as pessoas colecionadoras e também frequentadores de eventos
e museus (DIDOMENICO, 2017).
Gärling (2008) destaca que a explicação para o uso do carro está relacionada
a três motivos principais: instrumentais, econômicos e psicológicos. O motivo
instrumental está ligado ao fato de que o carro oferece certo grau de flexibilidade, que
a partir da segunda guerra mundial intensificou muito com a implantação de uma
ampla infraestrutura viária, como as rodovias e viadutos. O desenvolvimento da
população e da infraestrutura levou a um aumento no preço da terra e nos custos do
transporte público. Por esse motivo o engrandecimento nos custos fez com que
expandissem as distâncias entre as atividades cotidianas da população, o que
justificou a obtenção de carros. O motivo econômico está relacionado ao fato de o
carro oferecer uma maior flexibilização e agilidade nas movimentações das pessoas,
o que beneficiou diversas atividades econômicas. O motivo psicológico está
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relacionado ao carro oferecer ao usuário mais fascínio e respeito, ou seja, ao carro
permitir maior status social ao usuário, sendo percebido como uma extensão do
próprio corpo do motorista (GARLING, 2008).
Atualmente pessoas que apreciam seus carros, criam equipes ou “Clubs”, para
poder se reunir e mostrarem suas máquinas, suas modificações e inovações, se
tornam uma família entre amigos, onde geram eventos e encontros, reunindo carros
e equipes de todos os tipos e estilos, desde antigos, rebaixados e com som
automotivo. Enfim se cria um lazer para os fanáticos por carros (DIDOMENICO, 2017).
No presente momento a cidade de Passo Fundo conta com 6 “Clubs” de carros
rebaixados e 2 “Clubs” de carros antigos, em torno de 100 pessoas por equipe, e cada
uma cria um evento de 3 em 3 meses, onde todas possuem cadastro na Prefeitura
Municipal de Passo Fundo possibilitando a liberação de eventos através do presidente
de cada equipe (DIDOMENICO, 2017).
O fascínio pelos carros está no mundo todo, no Brasil não é diferente, pois com
mais de 206 milhões de habitantes (IBGE, 2010), conta com 1 veículo automotivo a
cada 4 pessoas, isso gera mais de 51 milhões de veículos, sem contar motocicletas e
utilitários, e esses dados vem crescendo ano após ano. Esses dados são, do
cruzamento de informações feito pelo principal site de notícias do pais o G1, com base
nos números de registros do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e nas
estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,
2010; REIS, 2017).
2.4 COMPLEXO AUTOMOBILÍSTICO: ORIGEM DO TEMA
Em todo o mundo, museus desempenham um papel fundamental na
revitalização urbana e no desenvolvimento social e econômico das cidades. Em geral
um complexo automobilístico irá atrair muitas pessoas amantes de carros, pelo
simples fato do fascínio que o automóvel trouxe a partir da Revolução Industrial, que
surgiu desde a criação do primeiro carro moderno segundo Karl Benz, e até hoje mexe
com as emoções das pessoas, traz lembranças únicas (BENZ, 2017).
O museu possui uma dinâmica muito profunda e intensa, dessa forma procura
negar o tempo todo seu caráter institucional, convencional e datado. Além disso é
comum que se agregue a ideia de melhoria dos museus à implantação de novas
15
tecnologias e modernizações, que acabam se tornando obsoletas muito rapidamente
(DELOCHE, 2010).
Bernard Deloche comprova que a criação dos museus está conectada ao
reconhecimento oficial dos traços sagrados que definem o ser humano: seu
reconhecimento como exclusivo e extraordinário e de cada uma das pessoas como
donos da humanidade em si dá um significado semelhante às suas obras e seus
conceitos, e a elas o direito de nos tornarem mais humanos quando temos mais
contato com suas coleções por excelência, os museus (DELOCHE, 2010).
Um complexo desse porte e nessa localização, abrange a região toda, não
somente a população de Passo Fundo, onde favorecerá a cidade a um crescimento
econômico e grande fluxo de pessoas. Pois, segundo dados da equipe 285 Club RS,
quando há eventos automotivos, gera um movimento maior, normalmente 1500 carros
cada encontro, cerca de 5000 mil pessoas (DIDOMENICO, 2017).
2.5 MUSEU DE CARROS: EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, TÉRMICA E AUTOMAÇÃO
Com a arquitetura em concreto e estrutura metálica, será o diferencial na
construção, aberta à paisagem local, através de grandes painéis de vidro, além de
brises para a proteção térmica e aberturas que proporcionem a ventilação cruzada
natural (DRUCKER, 2010).
Figura 1: Ventilação Cruzada
Fonte: SustentArqui. Modificado pelo Autor (2017).
Outra proposta econômica e viável são os projetores de LEDs, onde são
instalados em trilhos da qual luminárias podem deslocar facilmente dependendo da
exposição exposta ou do evento pretendido. A mesma ideia será usada em toda a
16
área externa, com spots projetores. A vantagem é a significativa, onde a economia de
energia elétrica obtida de forma gratificante (DRUCKER, 2010).
Figura 2: Iluminação em LEDs com trilhos
Fonte: Modificado pelo Autor de Archi Expo (2017).
O museu também será equipado com um moderno sistema de placas solares,
automação e caixas d'água para o reaproveitamento das águas pluviais com filtros
para lavagem de peças e carros, além da manutenção das grandes áreas de pisos e
áreas verdes externas. A oficina dispõe de sistema de esgoto especial apropriado para
este fim (DRUCKER, 2010; HOLTZ, 2016).
O sistema de placas solares funciona através dos raios solares, onde a luz que
se embate nas placas se torna eletricidade. O reuso da água da chuva será bem
simples, a água escorre pelo telhado impermeável onde é armazenado em caixas
d'água, para uso geral no complexo (DRUCKER, 2010; HOLTZ, 2016).
2.5.1 Museu De Carros: Eficiência Acústica
No Brasil não existem normas acústicas para museus, as normas internacionais, como
a australiana, pode ser uma referência a ser considerada para o projeto, como a AS
2107:2000, que se destina a ser utilizada em ambientes acústicos em espaços
ocupados em edifícios novos e existentes. As considerações de projeto incluem a
seleção e avaliação de materiais de construção e serviços utilizados nesses espaços,
componentes de construção que excluem o ruído externo ao edifício, e componentes
de construção que excluem o ruído dentro do edifício (HOLTZ, 2016).
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Os materiais e sistemas acústicos do projeto vão ser de alta tecnologia. A
grande área que abriga o principal setor de exposição do museu, terá fechamento
externo de chapa metálica espessa em meio ao concreto. No interior será utilizado
lona acústica tensionada, de alto desempenho, onde terá melhor absorção sonora
(HOLTZ, 2016; CÂNDIDO, 2014).
2.6 CONSERVAÇÃO PREVENTIVA E RESERVAS TÉCNICAS
A conservação preventiva tem que ser executada por um profissional
capacitado, onde o mesmo terá auxílio de materiais específicos para a remoção das
sujidades das peças e dos carros em exposição. Com este método é retirado todo o
acúmulo dos objetos, como: fuligens, pó, bolores e mofo (PEDROSO, 2017).
A higienização deve ser feita regularmente para garantir a plenitude física das
coleções. Para cada objeto, a atenção deve ser específica e com os metais o cuidado
deve ser perspicaz. É necessária precaução na manutenção de peças com metal em
sua forma, como: o estanho, o cobre e a prata. Tais materiais precisam de cuidados
diferentes, principalmente devido a umidade relativa do ar e no controle da
temperatura do ambiente. A retenção inadequada pode causar alterações químicas
irreversíveis como a ferrugem, perda da coloração original e corrosão (PEDROSO,
2017; CÂNDIDO, 2014).
2.7 MUSEOLOGIA: ESTUDO DE ROTAS E ACESSOS
O museu deve possuir rotas planas, sem obstáculos e riscos para as pessoas,
do limite externo até as entradas principais. Os acessos devem ter superfície uniforme
e antiderrapante, boa iluminação e piso texturizado, indicando a entrada para
deficientes visuais. Áreas de descanso e espaço adequado a manobras, para que
usuários de cadeira de rodas consigam abrir portas, indicações visuais e táteis da
presença de uma superfície inclinada e de sua direção, corrimãos confortáveis e fáceis
de segurar, que proporcionem apoio seguro (CÂNDIDO, 2014).
Entrada com portas com mecanismo de abertura simplificado, que abram para
fora, com largura suficiente para a passagem de pessoas com cadeira de rodas, do
mesmo modo que janelas que permitam enxergar através de portas pesadas e portas
de vidro com marcação apropriada. Bilheteria com catracas para contagem de
usuários do museu, garantindo um fluxo de pessoas limitado e adequado, para não
18
gerar conflitos e tumultos, isso aplica-se inclusive a eventos (CÂNDIDO, 2014;
HOLTZ, 2016).
Para o funcionamento do estacionamento será adaptado o sistema de cancela
eletrônica onde atribuirá maior segurança aos usuários do complexo, além disso
obterá controle da entrada e saída de veículos. Para os visitantes portadores de
necessidades especiais e idosos, as vagas serão sinalizadas, além disso o
estacionamento será em superfície plana, com redução na mobilidade (CÂNDIDO,
2014; HOLTZ, 2016).
2.8 TIPOLOGIA DE MUSEUS
Segundo Dias (2011) existem inúmeros tipos de museus, tais como:
Museu Histórico: Museus em que prevalece a relevância histórica do
seu acervo.
Museu de Arte: Onde o seu acervo é constituído exclusivamente de
obras de arte, como Esculturas, pinturas e instalações.
Museus de Ciência: Onde o propósito é ensino da ciência e de suas
formas de raciocínio.
Museus Biográficos: Onde todo o acervo pertenceu ou foi produzido
por uma só pessoa.
Museus Comunitários / Eco museus: Tem o intuito de preservar a
região em que se encontra, o ambiente cultural, social e espacial, mais voltado
para a comunidade de onde se encontra, do que para visitantes de fora.
Museus De Bairro / Cidade: O seu enfoque é sobre história e a cultura
dessa localidade, um resgate da memória.
Museus Temáticos: Trabalha somente um tema, se utilizando de
qualquer suporte de acervo para isso.
Museu Militar: É um órgão de natureza cultural depositário e expositor
do espólio de interesse histórico e militar, garantindo um destino unitário, em
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particular a bens culturais militares e valorizá-los através da investigação,
incorporação, inventário, documentação, conservação, interpretação,
exposição e divulgação, com objetivos científicos, educativos e lúdicos,
incluindo o acesso regular ao público (DIAS, 2011).
Além desses existem muitos mais, como Museu da Tecnologia, Museu do
Automóvel, onde esses seriam parte da ideia arquitetônica, junto a estrutura de
eventos automotivos, onde isso expandirá a um complexo automobilístico público,
estendendo isso a um único propósito, enriquecer a cidade de Passo Fundo com as
novas atrações e lazer, além disso, satisfazer o público que aprecia seus carros, onde
irão desfrutar frequentemente (DIAS, 2011).
20
2.9 ESTUDOS DE CASO
2.9.1 Museu Vintage BMW
2.9.1.1 Autor e localização do projeto
Autoria Arquitetura: Crossboundaries - Binke Lenhardt, Dong Hao.
Local: Pequim, China
Ano do projeto: 2016
Área: 3600 m².
2.9.1.2 Implantação
O Museu Vintage BMW traz uma estrutura inovadora em aço inoxidável, além
de suas diversas formas de projeção. O museu tem uma área total de 3600 m². Situa-
se na cidade de Pequim, China (ARCHDAILY, 2016).
Figura 3: Implantação do Museu Vintage BMW.
Fonte: Archdaily (2016).
O Museu Vintage BMW, tem sua coleção voltada aos antigos veículos usados
pelos Imperadores Chineses, tais como carapaças de tartaruga (Figura 4), usadas em
cerimônias religiosas durante a antiga dinastia, além de manuscritos do grande
Imperador Qianlong. O museu contém mais de sete mil fotografias dos grandes
imperadores chineses (LENHARDT; HAO, 2016).
21
Figura 4: Exposição de Carros Antigos.
Fonte: Archdaily (2016).
2.9.1.3 Programa de Necessidades
Conforme Lenhardt (2016) este bairro tem metodologias do Novo Urbanismo
tendo maior harmonia com o entorno, pois se trata de uma malha urbana composta
por edificações modernas. O presente projeto se subdivide em:
Setor Administrativo
Setor Serviço
Setor de Estoque / Depósito
Espaço de Exposição
Área de Lazer e Entretenimento
2.9.1.4 Funcionalidade
A forma básica do museu é retangular mantendo um comprimento significativo
remetendo ao visitante o movimento da velocidade. A exposição do museu inicia no
terceiro pavimento, entrando em uma área iluminada, com pé-direito duplo que
convida a passar pela área de recepção e seguir para os demais setores (HAO, 2016).
O Zoneamento do Museu apresenta um lugar amplo para que toda a exposição
se ligue com o espaço. Assim toda a evolução da marca fica exposta, desde os carros
antigos até os carros modernos dos dias de hoje.
22
Figura 1: Zoneamento Planta Baixa. Fonte: Archdaily 2016, Modificado pelo Autor (2017).
O fluxograma da edificação existente é organizado de forma simples, devido
ao fato de ser uma grande estrutura, mas muito bem desenvolvido.
Figura 6: Fluxograma. Fonte: Do Autor (2017).
23
2.9.1.5 Forma
De forma retangular e com detalhes exclusivos e marcantes, o Museu
Vintage BMW, chama a atenção por sua modernidade estampada e seu acesso de
camadas de tecido vermelho que lembram portões chineses, a exposição é
fragmentada em diferentes áreas com inúmeras características, algumas de
exibição e algumas para relaxar, transmitindo ao visitante uma verdadeira sensação
de transição de veículos que marcaram uma história (LENHARDT, 2016).
Figura 7: Forma do Projeto.
Fonte: Archdaily (2016).
24
2.9.2 Museu Mercedes-Benz
2.9.2.1 Autor e localização do projeto
Autoria Arquitetura: UNStudio - Ben Van Berkel, Tobias Wallisser.
Local: Stuttgart, Alemanha
Ano do projeto: 2006
Área do terreno: 35000 m²
2.9.2.2 Implantação
O Museu Mercedes-Benz engloba um grande lote para sua imensa estrutura.
O museu tem uma área total de 35000 m². Situa-se no centro da cidade de
Stuttgart, Alemanha (ARCHDAILY, 2017).
Figura 8: Implantação do Museu Mercedes-Benz Fonte: Archdaily (2017).
O museu é principalmente voltado para os carros legendários da marca, sua
estrutura foi projetada com a intenção de expor coleções na qual tecnologia, aventura,
atratividade se unissem e proporcionassem aos visitantes inúmeras sensações como
sonhar, aprender, observar e se fascinar pelo espaço e pela luz (BERKEL, 2006).
25
Figura 9: Diagrama. Fonte: Archdaily (2017).
Em sua materialização, o Museu Mercedes-Benz reproduz os valores que é
associado com a marca: avanço tecnológico, elegância e inteligência. Uma vez no
museu, o visitante deve se sentir confortável e estimulado (WALLISSER, 2006).
2.9.2.3 Programa de Necessidades
Conforme Berkel (2006) o programa de necessidades está implantado em uma
malha urbana central que remete a uma área de lazer e passeio. O presente projeto
se subdivide em:
Setor Administrativo
Setor Serviço
Setor de Estoque / Depósito
Espaço de Exposição
Área de Entretenimento / Lazer
Auditório Aberto
Áreas Verdes Entorno
26
2.9.2.4 Funcionalidade
As plantas do Museu têm como principal base a forma de um trevo tanto em
sua organização interna como externa. No seu interior a intenção foi remeter ao
visitante uma certa memória de dirigir pelas estradas, contendo curvas sinuosas em
todo o circuito que o visitante irá percorrer (BERKEL, 2006).
O Zoneamento do Museu apresenta principalmente espaços de circulação, que
ligam todos os espaços dele como um todo. Há exposição em todos os pavimentos,
remetendo a evolução da marca.
Figura 10: Zoneamento Planta Baixa. Fonte: Archdaily 2017, Modificado pelo Autor (2017).
O fluxograma da edificação existente é organizado de forma simples, devido
ao fato de ser uma grande estrutura, mas muito bem desenvolvido.
27
2.9.2.5 Forma
Sua forma induz curvas marcantes que reproduzem um trevo, onde tem ligação
com a modelagem do estádio de futebol localizado no mesmo complexo, cujo circuito
da Mercedes-Benz. Em sua materialização, o Museu Mercedes-Benz reproduz os
valores que associamos com a marca: avanço tecnológico, inteligência e elegância na
sua forma (WALLISSER, 2006).
Figura 11: Fluxograma.
Fonte: Do Autor (2017).
Figura 12: Forma do Projeto.
Fonte: Archdaily (2017).
28
2.9.3 Museumplein Limburg
2.9.3.1 Autor e localização do projeto
Autoria Arquitetura: Shift Architecture Urbanism - Thijs van Bijsterveldt, Oana
Rades. Local: Kerkrade, Holanda
Ano do projeto: 2015
Área do projeto: 7.500 m²
2.9.3.2 Implantação
Museumplein Limburg tem uma área total de 7.500 m². Situa-se na cidade de
Kerkrade, Holanda. Teve o acréscimo de outras recentes instalações públicas, Cube
e Columbus, para unir ciência, tecnologia e design em um setor de museus. Ao mesmo
tempo que o Cube é um museu de design que se constitui em laboratórios exposições,
já Columbus contém um especial Teatro Terra, com a forma de um planetário invertido
e um cinema 3D (ARCHDAILY; RADES, 2015).
Figura 13: Implantação do Museumplein Limburg
Fonte: Archdaily (2015).
29
2.9.3.3 Programa de Necessidades
Conforme Rades (2015) o museu está implantado em uma área urbana
multifuncional onde engloba educação, entretenimento, lazer e serviço. O presente
projeto se subdivide em:
Setor Administrativo
Setor Serviço
Setor de Estoque / Depósito
Espaço de Exposição
Área de Entretenimento / Lazer
Auditório
Setor Educacional
2.9.3.4 Funcionalidade
Ao acessar o Museu, o visitante circula em diferentes espaços com exposições
e áreas de lazer. Ao se dirigir para a praça subterrânea sob os recentes volumes, uma
paisagem subterrânea contínua é criada onde liga todos os lugares do Museumplein
Limburg, tanto antigas como novas, criando um acesso para os demais blocos
(BIJSTERVELDT, 2015).
O Zoneamento do Museu apresenta principalmente espaços de exposição, em
todas as diferentes formas do complexo, além disso todas as formas são interligadas,
uma com as outras, dando liberdade e flexibilidade aos visitantes.
30
O fluxograma foi elaborado de forma organizada, subdividindo áreas de lazer
em seu principal acesso, percorrendo demais áreas para o encontro de exposição,
educação e serviço.
Figura 14: Zoneamento Planta Baixa.
Fonte: Archdaily 2015, Modificado pelo Autor (2017).
Figura 15: Fluxograma.
Fonte: Do Autor (2017).
31
2.9.3.5 Forma
Com diferentes formas, o Museumplein Limburg, traz inovação e tecnologia
aliadas. O complexo conta com 3 volumes variados: um cubo, uma esfera e um prisma
que remetem à uma arquitetura inovadora e moderna. Sua estrutura é composta por
aço, concreto pré-fabricado, vidro e em determinadas partes internas contém
revestimento em madeira (RADES, 2015).
2.10 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO
Na apresentação deste capitulo, pode se observar o significado que os museus
de automóveis têm na vida das pessoas. Pois tais amantes de carros e colecionadores
de carros, frequentam esses museus para inspirar-se e relembrar momentos
importantes de suas vidas. Além de relembrar o passado, museus também apontam
para as tendências do presente, no qual as tecnologias incorporadas aos carros visam
promover cada vez mais o conforto dos usuários e ainda permitir que os carros se
tornem em um artigo de necessidade no qual o usuário não sente vontade de sair de
dentro.
A ideia de vincular o museu a um complexo automotivo, ira movimentar ainda mais
a área projetada, tendo uma circulação frequente de visitantes, uma vez que fica
reservada a segunda estrutura para exposição e eventos automotivos, onde
acontecerá encontros de carros rebaixados, antigos, e a área externa, onde terá o
estacionamento, será usado nos dias de eventos para som automotivo, visando o
lazer e bem-estar dos amantes de carros.
Figura 16: Forma do Projeto.
Fonte: Archdaily (2015).
32
CAPÍTULO 3: DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
3.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO
Nesta parte será apresentado o diagnóstico da área de implantação do projeto,
bem como suas características. Também será explorado a morfologia entre terreno e
seu entorno, e as relações dos mesmos. Após as análises físicas, é apresentado uma
síntese das legislações importantes ao tema, e a região do projeto.
3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL
A cidade de Passo Fundo está localizada ao norte do Estado do Rio Grande do
Sul (Figura 17), no Planalto Médio Gaúcho, e está se caracteriza como uma das mais
influentes cidades do estado. Possuindo 199 mil habitantes, o município é o décimo
segundo mais populoso do estado e possui a nona posição em escala economia
(IBGE, 2010). O prestígio da cidade vai além dos números, pois a mesma atua como
um centro regional para cidades vizinhas, já que dispõem de serviços que não são
oferecidos nestes locais, sendo um polo em saúde e educação. Até então o comércio
movimenta bastante a economia, a parte relevante fica por conta do agronegócio.
Contudo a maior parte da população vive em meio urbano, apenas 3% se localizam
nas áreas rurais (FERRETO, 2012).
Figura 17: Localização
Fonte: Prefeitura de Passo Fundo. Modificado pelo Autor (2017).
33
A área de implantação do projeto se localiza no setor do bairro Nenê Graeff (Figura
18), no limite da expansão da malha urbana, o entorno é caracterizado por moradores
com renda média – baixa, sendo uma zona que sofre com a falta de infraestrutura. O
espaço que foi definido ao projeto, está afastado da malha urbana central da cidade,
e se localiza em uma rota de fácil acesso, para todos os moradores da cidade, além
disso é uma região com uma cultura de entretenimento, por possuir locais de eventos,
festas, formaturas e shows, como o Gran Palazzo, Arena Sulcar e a DL eventos,
citados na figura abaixo.
Figura 18: Setor, Renda e Terreno de Implantação
Fonte: Ferreto 2012, Modificado pelo Autor (2017).
3.3 MAPA NOLLI, USO DO SOLO E ALTURA DAS EDIFICAÇÕES
Observando o mapa nolli (Figura 19), é possível se certificar que o terreno se
encontra em uma área de baixa densidade de construções em seu perímetro. O
entorno conta com edificações, no entanto ainda é possível encontrar terrenos vazios,
34
já que são bairros que estão na periferia da área urbana, porém vem sendo
urbanizados ao decorrer dos anos, em um crescente populacional.
Figura 19: Mapa Nolli
Fonte: Autor (2017).
No mapa de uso do solo (Figura 20), nota-se uma área predominantemente
residencial, com apenas uma edificação de uso institucional (Escola Ensino
Fundamental Anita Moreira), e o restante são edificações de comércio e serviço. Os
serviços disponíveis na região são na maioria do setor industrial, por se localizarem
próximos a rodovia RS-324, que serve como saída da produção.
Figura 20: Uso do solo
Fonte: Autor (2017).
35
Explorando a paisagem urbana, onde se refere ao padrão de alturas das
edificações próximas a área de estudo (Figura 21), pode-se notar, que por ser uma
área predominantemente residencial, reúne edificações de um pavimento, em média,
3 metros. Além disso encontrasse edificações de dois pavimentos, como as que
oferecem comércios e serviços, e algumas residenciais.
Figura 21: Gabaritos de altura
Fonte: Autor (2017).
3.4 INFRAESTRUTURA URBANA
O mapa de infraestrutura urbana (Figura 22), indica toda a composição de
elementos disponíveis na região. Embora todas as ruas possuam água encanada,
nota-se uma grande falta na rede de esgoto, que é presente apenas em duas ruas, o
mesmo acontece com as bocas de lobo, são muito incomuns na região. A rede
elétrica, abrange todas as ruas na área analisada, já contendo pontos, tanto de
energia, quando de água, próximo ao terreno. Os volumes de arborização urbana na
área são pouco presentes, porque se tratar de uma região de crescimento da cidade
de Passo Fundo. A mata nativa, foi eliminada para o desenvolvimento de lotes e
terrenos, apesar disso ainda é possível ver alguns espaços verdes na morfologia
urbana da região.
36
Figura 2: Infraestrutura Urbana
Fonte: Autor (2017).
O terreno está cercado por vias coletoras (Figura 23), ou seja, serão construídas
novas projeções de vias, com a proposta arquitetônica no terreno. O lote possui
testada para rodovia RS-324, região de grande movimento, pois serve de fluxo de
produção e junção à cidades próximas de Passo Fundo. As outras vias da região,
grande parte delas são de mão dupla, e de pouco fluxo, pois tratasse de regiões mais
afastadas do centro da cidade. Grande parte dessas ruas, ainda não dispõem asfalto,
e se formam com uma largura menor do que a ideal para suportar os dois sentidos
das vias. O transporte público no entorno é insatisfatório, dispondo apenas 3 linhas
que passam nas proximidades do bairro: L20 Petrópolis - Nenê Graeff (Via Teixeira
Soares), TA 04 Nenê Graeff - Vila Rodrigues e L02 Italac.
Transporte público
37
Figura 23: Sistema Viário
Fonte: Prefeitura de Passo Fundo. Modificado pelo autor (2017).
3.5 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TERRENO
O terreno (Figura 24), dispondo de uma área de dez hectares, sua forma é
basicamente retangular.
Figura 24: Dimensões do Terreno.
Fonte: Autor (2017).
38
Analisando a topografia do terreno (Figura 26) e suas curvas de nível (Figura 27),
pode - se afirmar que o terreno é principalmente plano, contendo apenas 3 metros de
desnível, para o sentido nordeste. A maior parte da área de implantação do projeto,
se localiza nas curvas de nível 646 e 647. A parte nordeste, por ser a mais baixa,
recebe todo o escoamento da água da chuva sobre o terreno, onde será nivelado para
resolver o problema de escoamento e projetado o estacionamento externo do
complexo automobilístico (Figura 28).
Figura 25: Estudo Solar e Ventos Dominantes
Fonte: Autor (2017).
Figura 26: Topografia
Fonte: Autor (2017).
39
Figura 27: Curvas de Nível
Fonte: Autor (2017).
Figura 28: Escoamento d’água
Fonte: Autor (2017).
Nas análises dos visuais do terreno (Figura 29), pode-se perceber na skyline I
(Figura 30) e skyline II (Figura 31) que não apresentam pontos de edificações ou de
vegetações, possibilitando uma grande permeabilidade visual, e uma ligação direta
com o entorno. Nas outras duas skylines (Figura 32 e 33), já se pode perceber
edificações, desnível do solo e alguns pontos de vegetação.
40
Figura 29: Visuais do Terreno
Fonte: Autor (2017).
Figura 30: Skyline I Fonte: Autor (2017).
Figura 31: Skyline II
Fonte: Autor (2017).
41
Figura 32: Skyline III Fonte: Autor (2017).
Figura 33: Skyline IV Fonte: Autor (2017).
3.6 SÍNTESE DE LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS
3.6.1 Plano Diretor
Serão considerados os setores que abrangem o projeto, a consulta se o uso do
projeto é conforme e permissível (Figura 36), bem como legislação específica para os
mesmos: recuos, usos e índice.
O terreno está entre duas zonas de setorização (Figura 34), segundo o plano
diretor de Passo Fundo - Lei complementar número 188/2007 (PASSO FUNDO,
2007): ZPU (Zona de Produção Urbana) e ZR3 (Zona Residencial 3). De acordo com
o referido Plano Diretor, quando um lote está localizado em mais de uma zona,
prevalece, a que conter a maior área sob o terreno, no caso, os índices aplicados
serão para a zona ZPU, em que a taxa de ocupação é de 60% e o índice de
aproveitamento é de 0,8.
42
Figura 34: Setorização Fonte: Autor (2017).
O terreno tem em seu perímetro determinado as vias coletoras, que determinam
as futuras vias a serem construídas, o projeto de pavimentação das vias está próximo
de ser concluído, cerca de 90% da pavimentação já está feita (Figura 35).
Figura 35: Vias Coletoras
Fonte: Autor (2017).
De acordo com a tabela de usos do Plano Diretor de Passo Fundo (Figura 36), os
tópicos a serem trabalhados no projeto são conforme e permissível, sendo possível a
sua implantação.
43
Figura 36: Uso do Solo Fonte: Autor (2017).
3.6.2 Código De Obras
Serão atendidas exigências ao projeto, presentes no código de obras da cidade de
Passo Fundo: dimensionamentos de aberturas, corredores e áreas de
compartimentos, além de regras para estacionamento e acessibilidade.
3.6.3 NBR 9050
Serão consideradas e implantadas no projeto, todas as diretrizes para a criação de
um espaço acessível, onde irá proporcionar a integração, independente dos
condicionantes físicos.
3.6.4 NBR 9077
Análise da altura e ocupação segundo a norma, sendo respeitadas as dimensões
de saídas de emergência, e dutos de ventilação.
3.6.5 NBR 15575: 2013
Inserção dos índices de conforto acústico e térmico, bem como as diretrizes de
segurança contra incêndio.
3.6.6 Lei Complementar Nº 14.924
Percepção e levantamento dos requisitos, com a finalidade de garantir a segurança
dos usuários através do plano de proteção contra incêndios.
44
3.6.7 DAER – Manual De Acessos á Rodovias
Análise e percepção dos recuos e acessos para a área do lote, por estar de frente
a rodovia, assim como faixas de redução de velocidade, e áreas de manobra.
45
CAPÍTULO 4: CONCEITO E DIRETRIZES PROJETUAIS
3.7 INTRODUÇÃO
Nesta parte será apresentado o conceito de projeto e suas principais diretrizes que
descrevem suas definições e seus requisitos para a composição do projeto.
Demonstrando o que norteará a relação da edificação com o entorno e com o bairro
em si. As diretrizes arquitetônicas explicaram os principais detalhes do projeto, assim
como as diretrizes urbanísticas.
3.8 CONCEITO DO PROJETO
O conceito que guiará o projeto e suas decisões tem como centralidade a
celebração pela paixão por carros. Pois, quando se fala de veículos, remete ao quanto
as pessoas idolatram seus veículos, além disso traz a emoção, a paixão pela
velocidade, o ronco do motor, o barulho do pneu queimando o chão, o comodismo,
além de tudo o complexo automobilístico será um local de inspiração e liberdade, onde
todos os usuários desfrutarão de um ambiente destinado a isso.
A finalidade do projeto é criar um lugar único e inovador, um complexo
automobilístico, contendo um museu de automóveis antigos e modernos, dando o
título de museu tecnológico e museu de automóveis, além disso contará com uma
grande estrutura para eventos e exposições automotivas como ilustrado na Figura 37.
Sendo um local dedicado as pessoas que amam seus carros, onde poderão curtir e
aproveitar ao máximo, sem se preocupar com a perturbação a sociedade.
Figura 37: Evento automotivo
Fonte: Google imagens (2017).
46
3.9 DIRETRIZES DE ARQUITETURA
Entre as diretrizes projetuais para o início deste projeto estão:
Criação de um museu específico e reservado para exposições de carros,
antigos e modernos;
Implantação de acessos distintos para todos os tipos de usuários para garantia
de segurança;
Implantação de pergolados de metal com vidro fumê, para maior
sombreamento de grande parte da área externa;
Paisagismo entre as estruturas do museu e do pavilhão, além de área de
descanso com bancos, praça com área zen (Figura 38);
Exaltar o sentimento de paixão, velocidade e emoção nas fachadas da
edificação;
Fachadas em vidro para melhores visuais e iluminação natural, além de rasgos
nas estruturas e claraboias na cobertura;
Implantação de áreas destinadas ao administrativo e serviço do complexo;
Implementação de um depósito para estoque de exposições não expostas do
museu;
Implantação de uma passarela em aço e vidro para dar acesso a segunda
estrutura (Figura 38), com isso terá um novo modo de separação de fluxos e
valorização de visuais;
Criação da uma estrutura única, um pavilhão para eventos e exposições
automotivos;
Estacionamento em todo o entorno do complexo, para público geral, ônibus e
vans, além disso será usado para eventos como área de exposição a céu
aberto, além disso terá cancela eletrônica para maior segurança aos usuários;
Implantação de estações de convívio, com pergolado com vegetação, contendo
churrasqueira, pia e mesa, em meio ao estacionamento externo;
Iluminação interna específica para cada setor do museu e do pavilhão de
eventos automotivos;
Iluminação externa específica para segurança, fácil localização dos acessos e
valorização dos veículos expostos;
Acessibilidade universal no complexo, o terreno será inteiramente plano para
os carros rebaixados e para as pessoas em geral;
47
A partir destas diretrizes será iniciado o projeto do Complexo Automobilístico,
focando principalmente no aproveitamento dos usuários, propondo o melhor ambiente
aos amantes de carros.
Figura 38: Área de descanso / Passarela de aço e vidro
Fonte: Google imagens (2017).
4.0 DIRETRIZES URBANÍSTICAS
As mudanças urbanas fundamentais no perímetro do projeto, e na estruturação
da cidade, serão pretendidas a proporcionar a inserção dos indivíduos. Será inserida
uma via de desaceleração em frente ao terreno do projeto, por ser uma via rápida, a
ideia favorecera o acesso através da rodovia.
Atualmente, o local dispõe de poucas redes de transporte coletivo, então será
adaptado novas linhas ônibus, além de pontos de taxi, capazes de atender todos os
bairros, e possam assim ligar as pessoas e favorecer o acesso ao complexo
automobilístico de forma universal, com uma alternativa de baixo custo.
48
CAPÍTULO 5: PARTIDO GERAL
4.1 INTRODUÇÃO
Nesta parte será apresentado o partido geral do projeto, o programa de
necessidades que apontara todos os compartimentos presentes no projeto. Também
o estudo de fluxo e organização dos ambientes, e assim como as análises de
zoneamento para a escolha da posição de implantação dos setores presentes no
projeto.
4.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES
A figura 39 contém a listagem das seções presentes no projeto, assim como suas
medidas mínimas, e o mobiliário necessário para o bom desempenho do complexo, e
para que o mesmo possa atender as necessidades de funcionalidade, e organização
espacial.
Figura 39: Programa de Necessidades
Fonte: do autor (2017).
49
4.3 ORGANOGRAMA / FLUXOGRAMA
A formação dos setores (Figura 40) apresenta a ligação dos espaços: organização
e compartimentos que se interligam, no fluxograma (Figura 41) pode-se notar os eixos
que indicam maior movimento no projeto, todos são integrados pelo complexo
automobilístico, os setores com maior fluxo são o museu e o pavilhão automotivo.
Figura 40: Organograma
Fonte: Autor (2017).
Figura 41: Fluxograma
Fonte: Autor (2017).
50
4.4 PROPOSTAS DE ZONEAMENTO
Para o projeto foram desenvolvidas três propostas de zoneamento, diante da
situação dos setores presentes no programa de necessidades. A proposta definida
para o projeto foi a de número I, por destacar melhor o conceito, integrando o museu
e o pavilhão automotivo no complexo automobilístico. O museu se encontra a
noroeste, com fachada principal à frente da rodovia BR RS-324, e o pavilhão
automotivo se localiza no centro do terreno, gerando mais hierarquia ao projeto, pois
será o local com mais movimento e fluxo de pessoas e veículos, além disso, o restante
da área do terreno será projetado o estacionamento aberto sendo também utilizado
para os demais eventos automotivos.
4.4.1 PROPOSTAS DE ZONEAMENTO I
Figura 42: Proposta De Zoneamento I
Fonte: Autor (2017).
51
4.4.2 PROPOSTAS DE ZONEAMENTO II
Figura 43: Proposta De Zoneamento II
Fonte: Autor (2017).
4.4.3 PROPOSTAS DE ZONEAMENTO III
Figura 44: Proposta De Zoneamento III
Fonte: Autor (2017).
52
CAPÍTULO 6: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CAPÍTULO 7: ANEXOS