FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO DEPARTAMENTO DE ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS...
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FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETODEPARTAMENTO DE ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS
DISCIPLINA DE UROLOGIA
Validade de Codificação Administrativa na Identificação de Pacientes com Cálculos do Trato
Urinário Superior
CLUBE DE REVISTA
Professor responsável: Dr. Carlos Abib CuryOrientador : Dr. Thiago Antoniassi
Discente : Carlos Eduardo de Mathias Sanches
Michelle J. Semins, Bruce J. Trock and Brian R. Matlaga*From the James Buchanan Brady Urological Institute, Johns Hopkins Medical Institutions, Baltimore, Maryland
Litíase urinária = urolitíase = “cálculo renal”
Calculose do trato urinário superior
(calculose do rim e do ureter)
Calculose do trato urinário inferior
(calculose da bexiga urinária)
Definição
Litíase urinária ou urolitíase é uma doença caracterizada pela formação de cálculos
no trato urinário. .Os cálculos são formações sólidas de sais
minerais e uma série de outras substâncias. Essas cristalizações,
formadas nos rins ou na bexiga, podem migrar pelas vias urinárias, causando
muita dor e complicações. Rhoden, Ernani L; Calado, Adriano A.: Urologia/ [organizador]. Porto Alegre: Artmed, 2009; 193
Aspectos epidemiológicos-3ª afecção mais frequente em urologia
-Prevalência: 2 – 3% da população mundial
-15% dos indivíduos formarão cálculo em algum momento da vida
Menon M, Resnick MI. Urinary lithiasis: etiology, diagnosis and medical management. Saunders Elsevier; 2002. p.3229-305
Fatores de riscoBaixa diurese
(ingestão hídrica < 1,5L/dia;
clima; ocupação)
Idade entre 25 e 60 anos; sexo
masculino
Infecção urinária
História familial
Distúrbios metabólicos e
congênitos
Dieta rica em proteínas e sal
Litíase não tratada
Classificação – cálculo urinário
•Vesical
•Ureteral
•Renal (piélico ou calicinal)
Localização
•Cálcio (70%)
•Ácido úrico (8-10%)
•Fosfato amoniomagnesiano (15%)
•Cistina, indinavir, xantina (4%)
Composição
•Radiotransparentes
•Radiopacos (90%)
Opacidade ao Rx
Mecanismos fisiopatológicos
Inibidores
Promotores
Fatores de risco
Estase
pH
Magnésio, nefrocalcina
Citrato, glicosaminogli-canas
Mecanismos fisiopatológicos
Urina estável
Inibidores
Promotores
Quadro clínico
Assintomático
Sintomático• Cólica renal• Náuseas; vômitos; outros sintomas viscerais• Frequência e urgência urinária• Agitação; taquicardia; aumento da pressão
arterial• Dor à palpação profunda da loja renal ou do
ureter• Punho-percussão lombar dolorosa• Hematúria microscópica• Infecção urinária; pielonefrite aguda
Diagnóstico
Inicial
Exame clínico
Exame de urina
Incidental
Complementar
Rx abdome
US
Urografia excretora
TC abdome
Perfil metabólico
Manejo terapêuticoFarmacológico• Analgésicos; antiespasmódicos; AINES; opiáceos;
corticosteróides; alfa-bloqueador• Distúrbios metabólicos específicos
Não farmacológico• Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO)• Tratamento uteroscópico• Nefrolitotripsia percutânea• Cirurgia aberta• Cirurgia laparoscópica• Nefrectomia parcial ou total• Litíase vesical: LECO; litotripsia transuretral;
cistolitostomia aberta e percutânea• Hidratação para atingir diurese de 2 – 3L/dia; atividade
física frequente; uso moderado de sal e de proteína animal; utilização de limão e laranja na dieta
Referências bibliográficas
1. Rhoden, Ernani L; Calado, Adriano A.: Urologia/ [organizador]. Porto Alegre: Artmed, 2009;193:215.
2. Smith, Donald R.; Tanagho, Emil A.; McAninch, Jack W.: Urologia Geral. Guanabara Koogan, 1994; 13ª edição.
3. Guyton, Arthur C.; Hall, John E.: Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro, Elsevier, 2006; 11ª edição.
4. Feneiz, Heinz; Dauber, Wolfgang: Atlas de Bolso Anatomia Humana. Manole, 4ª edição.
FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETODEPARTAMENTO DE ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS
DISCIPLINA DE UROLOGIA
Validade de Codificação Administrativa na Identificação de Pacientes com Cálculos do Trato
Urinário Superior
CLUBE DE REVISTA
Professor responsável: Dr. Carlos Abib CuryOrientador : Dr. Thiago Antoniassi
Discente : Carlos Eduardo de Mathias Sanches
Michelle J. Semins, Bruce J. Trock and Brian R. Matlaga*From the James Buchanan Brady Urological Institute, Johns Hopkins Medical Institutions, Baltimore, Maryland
Objetivos
Foi realizado um estudo para avaliar a validade dos códigos CID-9 para doença litiásica do trato
urinário superior em um banco de dados administrativos.
Materiais e Métodos
Foram analisados os registros de todos os pacientes internados e ambulatoriais do Hospital
Johns Hopkins, entre novembro de 2007 e outubro de 2008 com
um código CID-9 592 (calculose do rim e do ureter), 592,0 (calculose do rim), 592,1 (calculose
do ureter) ou 592,9 (calculose em local não especificado), como um dos códigos das 3
primeiras hipóteses de diagnóstico.
Materiais e Métodos
Nesse 1 ano de revisão, 8.245 encontros codificados foram identificados, do Johns Hopkins
Medicina DataMart, um banco de dados administrativo, dos quais 100 foram
aleatoriamente selecionados para a análise.
Foi considerado como um verdadeiro diagnóstico de cálculo se os registros médicos referenciassem
litíase renal, ou incluíssem atual ou prévio tratamento de litíase renal.
Resultados
98 com código CID-9
94 confirmadosVPP=95,9%
com uma nota clínica ou
operacional
radiografia
4 (4,1%) foram falsamente codificados
não foram detectados
após o exame
ou foram tratados como
disfunção miccional
Resultados
80 com 592,0 Cálculo Renal
68 foram corretamente registrados VPP=85%
4 Diagnóstico errado
8
Deveriam ter sido codificados
para cálculo ureteral
Resultados
592,1 Cálculo ureteral
8 (realmente com cálculo
ureteral)VPP=100%
No entanto, as revisões das anotações médicas revelaram que 26 indivíduos adicionais (76%) apresentavam cálculo ureteral e não foram
registrados com o código 592,1.
Discussão
O código 592,1 foi excepcionalmente pobre, pois uma grande proporção de pacientes portadores
de cálculo ureteral não receberam adequadamente o código CID-9.
Embora, o código 592,0 para cálculo renal tenha sido melhor do que o código para cálculo ureteral, com VPP (85%), ele ainda não consegue captar a grande proporção de indivíduos com a doença de
interesse.
Discussão
Os códigos CID-9 592,0 e 592,1 usados individualmente parecem subestimar a prevalência de seus diagnósticos
específicos, e não conseguem distinguir de forma confiável pacientes com cálculo renal daqueles com
cálculo ureteral.
A análise isolada do CID-9 592,9 não foi realizada por
se tratar de cálculos em local não especificado.
Discussão- limitações do estudo
Nem todos pacientes foram submetidos a estudo radiológico para confirmar o diagnóstico.
Avaliou uma única instituição acadêmica o que limita a generalização dos achados.
É possível que os prontuários médicos sejam imprecisos.
Conclusão
É provável que o código CID-9 para cálculos urinários seja suficientemente válido para ser útil em estudos de utilização de dados administrativos
para analisar a doença litiásica.
No entanto, o código CID-9 não é um meio confiável para distinguir entre os indivíduos com cálculo renal
e ureteral.
Referências bibliográficas
“Dos médicos espera-se que,
além de aliviar o sofrimento físico,
recorram a três poções
mágicas de efeitos
quase sublimes: ouvir sem julgar,
expressar-se numa dimensão superior
e estar continuame
nte ao lado do paciente. Enfim, postar-se
como leal companheiro de
viagem nessa incomparável
experiência de viver.”
Miguel Srougi
Chico e Flora