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FACULDADE CAPIVARI – FUCAP
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
IMPLANTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA: UM ESTUDO DE CASO EM UMA
INDÚSTRIA DE ARTESANATO
Tissya Cipriani
Orientadora: Profª Maria Aparecida Cardozo, Msc.
RESUMO
A contabilidade tem como objetivo o controle do patrimônio das entidades e para isso possui
ferramentas, dentre elas, o Controle de Fluxo de Caixa, que demonstra as movimentações e
atividades financeiras. Nesse contexto, a pergunta desta pesquisa é: quais os principais impactos
da implantação do Fluxo de Caixa em uma indústria de artesanato? O objetivo geral consiste
em demonstrar os principais impactos da implantação do fluxo de caixa em uma indústria de
artesanato. Os objetivos específicos são: levantar as informações de entradas e saídas
financeiras nos períodos de outubro a dezembro de 2017 da empresa Elaine Cristina de Souza
Marcon Savi ME; elaborar a demonstração de fluxo de caixa com as informações levantadas;
e, demonstrar as informações que a elaboração do fluxo de caixa apontou através de análise
descritiva. Quanto à metodologia, o objetivo da pesquisa é de natureza exploratória, e a natureza
do artigo é de predominância prática, com embasamento teórico, possuindo lógica dedutiva. A
coleta dos dados ocorreu principalmente de forma primária, mas também com alguns dados
secundários. A abordagem da pesquisa é qualitativa, mas vale ressaltar aspectos quantitativos
e, o resultado da pesquisa, é de natureza aplicada. Os procedimentos técnicos utilizados foram
a pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso e os instrumentos para coleta de dados
foram a entrevista semi-estruturada, a observação e a documentação. O objeto de estudo é a
indústria de artesanatos denominada Elaine Cristina de Souza Marcos Savi – ME, localizada
em Tubarão – SC. A respeito do resultado da pesquisa, conclui-se que como os autores citados
descrevem, o controle do Fluxo de Caixa é de fato uma ferramenta indispensável para qualquer
empresa e que nesse caso, apontou os desequilíbrios da empresa e quais contas devem ser
verificadas. Deve-se utilizar esse controle para planejar as despesas futuras e também analisar
se todas as despesas suportadas pela empresa estão de acordo com a sua necessidade.
Palavras-chave: Contabilidade. Fluxo de Caixa. Controle.
1 INTRODUÇÃO
Com o mercado competitivo dos dias atuais, as empresas e seus gestores buscam todos
os tipos de ferramentas que demonstrem a realidade financeira da empresa. Uma ferramenta
muito utilizada é o fluxo de caixa, que expõe as necessidades da empresa, agiliza informações
e auxilia no planejamento financeiro.
Um problema comum da maioria das empresas é utilizar o dinheiro já comprometido
por não ter o controle futuro de suas despesas. O fluxo de caixa demonstra as receitas e despesas
futuras, e esse controle precisa existir para que a empresa possa fazer investimentos sem
comprometer sua saúde financeira.
O propósito da escolha desse tema para aplicação na empresa estudada é a falta de
controle das informações financeiras e o fato da empresa estar crescendo rapidamente, o que
gera a necessidade do máximo de informações para um possível investimento, a fim de atender
sua demanda.
Um fato interessante sobre o fluxo de caixa é que independente do ramo de atuação,
porte ou localização, todas as empresas devem ter essa ferramenta desde a sua abertura,
alimentando com informações a partir dos investimentos iniciais dos sócios.
Salazar (2012), explica que a função de caixa das grandes, médias e pequenas empresas
é o mesmo para a tomada de decisões, apenas com as diferenças de estratégias que o porte da
empresa possibilita.
O estudo tem como alicerce a seguinte pergunta de pesquisa: Quais os principais
impactos da implantação de Fluxo de Caixa na empresa Elaine Cristina de Souza Marcon Savi
– ME?
O objetivo geral da pesquisa é demonstrar os principais impactos da implantação do
fluxo de caixa na empresa Elaine Cristina de Souza Marcon Savi – ME.
Para cumprir ao objetivo geral têm-se como objetivos específicos: Levantar as
informações de entradas e saídas financeiras nos períodos de outubro a dezembro de 2017 da
empresa Elaine Cristina de Souza Marcon Savi ME; Elaborar a demonstração de fluxo de caixa
com as informações levantadas; e, Demonstrar as informações que a elaboração do fluxo de
caixa apontou através de análise descritiva.
O trabalho se justifica pela percepção de empresas que apesar de saberem a importância
das ferramentas financeiras, os benefícios, a segurança e tudo que as possibilitam, ainda deixam
de utilizar, normalmente por falta de tempo ou de material humano. Mal sabendo elas que
muitas vezes por não terem esses controles acabam comprometendo a saúde financeira da
empresa. O Brasil possui um índice alto de empresas que após abertas não permanecem mais
de cinco anos no mercado, normalmente por falta de estratégia, planejamento e controle.
Segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e de Estatística (2017), em 2010 foi aberto
733,6 mil empresas, e em 2011 apenas 75,1% dessas empresas continuavam abertas, em 2012
apenas 62,9%, em 2013 somente 53,9%, em 2014 eram 44,6% e em 2015 apenas 37,8% das
empresas permanecem abertas. Isso acarreta desempregos, baixa competitividade e
desvalorização do mercado.
A pesquisa delimita-se no estudo das informações financeiras necessárias para a
elaboração do fluxo de caixa da Elaine Cristina de Souza Marcon Savi – ME. As informações
utilizadas serão do período de outubro a dezembro de 2017, obtidas através de estágio de 312
horas na empresa descrita.
O estudo conta com a seguinte estrutura, introdução para interação do leitor do assunto
abordado, um capítulo de referencial teórico onde consta o embasamento do assunto abordado
e também as origens e conceitos do tema em questão. Além disso, dispõe de um capítulo
destinado a apresentação dos métodos e técnicas de pesquisa utilizadas. O estudo contará
também com a apresentação e análises dos resultados, junto com a caracterização da empresa e
a visão sistêmica aplicada ao estudo de caso. Por fim, com as considerações finais, constando
a conclusão sobre o trabalho e as sugestões para futuros trabalhos na empresa.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Nesta seção, será apresentado o referencial teórico que norteia a pesquisa, com
subcapítulos sobre a contabilidade gerencial, financeira e de custos, trazendo seus conceitos,
origens e objetivos. E como principal subcapítulo o tema do estudo de caso Fluxo de Caixa,
com seus conceitos, aplicações e principais objetivos.
2.1 CONTABILIDADE GERENCIAL
Segundo Crepaldi (2004), a contabilidade gerencial é voltada para o melhor
aproveitamento dos recursos financeiros da empresa, através de um sistema de informação
gerencial pelo qual é efetuado um controle adequado de insumos. Sendo assim, fornece
instrumentos aos administradores das empresas para que auxiliem em tomadas de decisões e
nas funções gerenciais.
A respeito da contabilidade gerencial, Padoveze (2010), acredita que ela se caracteriza
por uma área contábil autônoma, pelo tratamento dado à informação contábil, enfocado para o
planejamento, controle e tomada de decisões.
Crepaldi (2011) explica que o processo efetivo da contabilidade gerencial ocorre através
da coleta de dados e informações que serão armazenadas e processadas no sistema de
informações da empresa. Proporcionando aos administradores informações claras e objetivas
de diversos setores, que permitem avaliar desempenho de atividades, de projetos e de produtos
da empresa bem como sua situação Econômico-Financeira.
Com base nas mudanças que as empresas estão buscando na gestão de negócios, por
conta da concorrência e a escassez de recursos disponíveis Crepaldi (2011), esclarece que a
contabilidade gerencial vem preencher essa lacuna, com a produção de informação objetivas,
úteis e relevantes através da combinação de contabilidade financeira e diversos outros ramos
de conhecimento de negócios.
2.2 CONTABILIDADE FINANCEIRA
Sobre o conceito de contabilidade financeira Crepaldi (2011), descreve que é a
elaboração de demonstrativos financeiros para stakeholders externos, como acionistas, credores
e autoridades governamentais. Processo esse que é muito influenciado por autoridades que
estabelecem padrões, reguladores e fiscais.
Santos (2009), explica ainda que esses demonstrativos financeiros servem também para
informar esses stakeholders sobre a rentabilidade e segurança dos negócios, mesmo estando
longe da empresa, mas para isso é necessário que esses dados sejam compreensíveis para quem
tem uma noção geral de finanças. Destaca ainda que as ferramentas financeiras são valiosas
quando se trata da saúde Econômico-Financeira de empresas.
Conceituando a gestão financeira Wernke (2008), considera que é o conjunto de
métodos e técnicas utilizados para administrar os recursos financeiros da empresa, objetivando
a maximização do retorno do capital investido pelos acionistas.
Padoveze (2010) salienta que a contabilidade financeira ao contrário da contabilidade
gerencial tem o propósito de elaborar demonstrativos para atender seus interessados de fora da
empresa, seguindo as restrições dos princípios contábeis geralmente aceitos.
2.3 CONTABILIDADE DE CUSTOS
Até a revolução industrial Martins (2010), explica que a contabilidade financeira era o
suficiente para as empresas, pelo fato de seu controle ser feito através de compra e venda. A
questão é que com a revolução industrial o custo que antes era de compra, já não era tão simples
de encontrar, pois estava distribuído em uma série de itens que compunham o produto final.
Crepaldi (2010), além de concordar com a origem da contabilidade de custos através dessa
necessidade de dados precisos sobre o valor agregado aos produtos, ressalta ainda que sua
criação teve como principal fonte a contabilidade financeira.
Destacando a importância da contabilidade de custos Santos (2009), explica o quanto é
notório que atualmente a falta das informações e análises de custos e resultados podem
desencadear o fracasso do negócio. É primordial para administração de qualquer empresa estar
munido de informações de planejamento e controle de custos e lucros para enfrentar os
concorrentes.
Crepaldi (2004), descreve que se as empresas que pretendem se manter competitivas,
devem como primeira atitude verificar seu sistema de custos, ajustando de acordo com o cenário
competitivo atual, pois várias empresas ainda não possuem essas informações precisamente
levantadas. E esse tipo de informação proporciona diversas vantagens competitivas.
Sobre a evolução da contabilidade de custos Crepaldi (2010), explica que nas últimas
décadas está passando de ser mera auxiliar na avaliação de estoques a se tornando um
instrumento de suporte para o controle de mercado e para as tomadas de decisões.
2.4 FLUXO DE CAIXA
Ribeiro (2008), explica que com o propósito de atender as necessidades norte-
americanas o Financial Accounting Standard (FASB), que é o órgão que normatiza as práticas
contábeis nos Estados Unidos da América, apresentou por meio do seu boletim n. 95 de 1987 a
demonstração do fluxo de caixa.
Conforme Ribeiro (2008), no Brasil a demonstração do fluxo de caixa substituiu a
Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos, por utilizar uma linguagem e conceitos
mais simples, tornou-se um instrumento mais acessível à maioria dos usuários das
demonstrações contábeis.
Sá (2012), diz que fluxo de caixa é o método de captura e registro de fatos e valores que
façam alterações na conta caixa. Traz ainda que sua apresentação ocorre através de relatórios
estruturados, que permitam uma melhor compreensão e análise.
Agora conceituando Ribeiro (2008), descreve que a demonstração do fluxo de caixa tem
como finalidade evidenciar as transações ocorridas em um determinado período, ou seja,
compreende o movimento de entradas e saídas de dinheiro na empresa, movimentando assim a
conta Caixa.
Segundo Quitanda (2012), a objetividade e a eficácia do controle do fluxo de caixa
tendem a beneficiar as atividades operacionais da empresa. Esse controle ocorre a partir da
comparação entre o valor projetado e o valor realizado, o que facilita a identificação dos
motivos das variações entre o que foi planejado e o que efetivamente se realizou.
Marion (2008), descreve que a empresa que não possui um fluxo de caixa projetado, não
saberá com antecedência quando precisará de um financiamento, o que acaba levando a buscas
desesperadas quando há a percepção que o caixa estourou. Ainda salienta que, sem esse fluxo
de caixa projetado as empresas não têm como saber quando sobra um capital de giro que pode
ser investido para futuros rendimentos, gerando assim os insucessos financeiros.
Braga (2012) apresenta a demonstração do fluxo de caixa como uma necessidade de
qualquer empresa independente de sua área de atuação, a partir do momento que precisa de
informações de como ela gera e usa seus recursos do caixa e equivalentes de caixa. E expõe que
apesar dessa demonstração ser realizada por um técnico contábil, a busca de dados pode ocorrer
normalmente em outras demonstrações financeiras.
2.4.1 Elaboração da Demonstração do Fluxo de Caixa
Ribeiro (2008), explica que para elaboração da demonstração do fluxo de caixa os dados
são coletados dos Balanços do exercício atual e do exercício anterior, e também da
demonstração do resultado do exercício atual. Além disso, dependendo da complexidade das
operações da empresa, poderão ser necessários outros demonstrativos para facilitar o
agrupamento de dados a serem indicados por esse demonstrativo contábil.
2.4.1.1 Método Direto
Conforme Ribeiro (2008), a elaboração da demonstração do fluxo de caixa no método
direto, inicia-se com o resultado das atividades operacionais que é demonstrado pelos
recebimentos e pagamentos ocorridos durante o exercício. Feito isso, são evidenciados os
pagamentos feitos a fins de imposto de renda, contribuição social, pagamentos de
contingências, os recebimentos por reembolso de seguros, os recebimentos decorrentes de
lucros e dividendos de subsidiária para, posteriormente, ser informado o valor líquido
decorrente do confronto entre o restante dos recebimentos e pagamentos não inclusos nos itens
descritos anteriormente.
Marion (2008), explica que no método direto, destacam-se objetivamente as entradas e
saídas de dinheiro, mostrando a origem e a aplicação dos recursos, aponta que é um modelo de
maior entendimento dos interessados leigos, por ter bem claro a movimentação da empresa
especificada.
De acordo com a conceituação feita, é exposto na figura 01o fluxo de caixa do método
direto para uma melhor compreensão.
Figura 01: Fluxo de caixa: método direto Fonte: Sá (2012).
2.4.1.2 Método Indireto
Segundo Ribeiro (2008), sobre a elaboração da demonstração do Fluxo de Caixa
Indireto, descreve que parte-se do resultado do exercício, fazendo ajustes de acordo com a
eliminação dos resultados não-financeiros e pela adição ou exclusão das variações ocorridas
nos grupos de contas do Ativo e Passivo circulante, exceto a conta de disponibilidades no ativo
circulante.
Marion (2008) descreve que no método indireto as variações de caixa decorrentes da
operação da empresa são identificadas através das mudanças de capital de giro, ou seja, se
houver um aumento na conta estoque pressupõe-se que a conta caixa diminuiu tendo em vista
o pagamento dessa mercadoria. Assim também, como se houver uma diminuição da conta de
fornecedores, como contrapartida haverá a diminuição da conta caixa.
Para melhor entendimento do modelo indireto do fluxo de caixa, é demonstrado na
figura 02 um exemplo.
Figura 02: Fluxo de caixa: método indireto
Fonte: Sá (2012).
3 MÉTODOS E TÉCNICAS DA PESQUISA
Neste capítulo será abordada a metodologia utilizada para realização do trabalho,
também como os instrumentos e técnicas necessárias para que o objetivo geral seja alcançado.
Para tanto, a seção se divide em dois subcapítulos, quais sejam: o enquadramento metodológico
e os procedimentos de coleta e análise dos dados.
3.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO
Pode-se descrever que o objetivo da pesquisa é exploratório, pois trata-se de um estudo
de caso e possui uma pergunta de pesquisa a ser respondida. Conforme Gil (2008) explica, a
pesquisa exploratória tem como objetivo a familiarização com o problema em questão,
normalmente envolvem levantamento bibliográficos, estudos de caso e documental.
A natureza do artigo é caracterizada com predominância prática, pois tem a origem de
um estudo e experimento prático, porém com embasamento teórico. Gil (2002), explica que o
processo de criação científica embora focalize alguns aspectos teóricos possui sua preocupação
central de natureza prática.
Possui lógica dedutiva por aplicar-se um raciocínio já existente e partir de um estudo
geral para um específico. Prodanov e Freitas (2013), relatam que essa lógica tem objetivo de
explicar o conteúdo das premissas, partindo de uma análise geral para a específica.
A coleta de dados foi principalmente de forma primária, pois os instrumentos utilizados
foram entrevista semi-estruturada e também a utilização de alguns relatórios e planilhas criadas
para tanto. Contudo, há a coleta de dados secundários da empresa estudada de relatórios da sua
movimentação de caixa de um período exemplo. Ainda sobre a coleta de dados, Gerhardt e
Silveira (2009), explicam que existem os dados de primeira mão, que são os que não receberam
qualquer tipo de tratamento analítico, tais como: gravações, desenhos técnicos, contratos etc. E
existem os dados de segunda mão, que de alguma forma já foram analisados, tais como:
relatórios da empresa, pareceres de peritos, relatórios de pesquisa, relatórios de movimentações
de valores, entre outros.
A abordagem da pesquisa é qualitativa, levando em consideração a preocupação com o
aprofundamento na compreensão sem a necessidade do uso de ferramentas estatísticas
avançadas para tanto. Mas, vale ressaltar alguns aspectos quantitativos, pois há o levantamento
de dados numéricos. Gerhardt e Silveira (2009) conceituam os tipos de abordagem descrevendo
que a pesquisa qualitativa se preocupa com a compreensão do porquê dos resultados e não com
a representatividade numérica, já a pesquisa quantitativa apresenta seus resultados através de
elementos quantificados.
O resultado da pesquisa tem natureza aplicada, pois o propósito é gerar conhecimento
através dos resultados obtidos dos problemas específicos. Cozby (2003), explica que a pesquisa
aplicada tem por objetivo examinar questões relativas a problemas práticos e suas potenciais
soluções.
Sobre os procedimentos técnicos, pode-se descrever a utilização da pesquisa
bibliográfica, pesquisa documental e um estudo de caso. Bibliográfica pela busca nas obras de
diversos autores conceituados no tema abordado como forma de fundamentar o estudo.
Documental por consistir em um embasamento a partir de documentos gerenciais e fiscais da
empresa, considerando sua movimentação financeira. Por fim, a utilização de um estudo de
caso por trata-se do estudo de apenas um objeto, sendo aprofundado, detalhado e específico.
Gil (2008) descreve esses tipos de procedimentos técnicos que são utilizados, como a pesquisa
bibliográfica que é elaborada com embasamento em livros e artigos já existentes. A pesquisa
documental que apesar de possuir semelhanças com a bibliográfica, apresenta a diferença de
que enquanto os livros e artigos já receberam um tratamento analítico, ou seja, já estão expostos
e prontos de maneiras não editáveis os da pesquisa documental não receberam esse tratamento,
e podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. Explica ainda que o estudo
de caso é um estudo aprofundado de um ou de poucos objetos, o que permite um amplo e
detalhado conhecimento.
Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram, a entrevista semi-estruturada
com a gerente da empresa, a observação e a documentação. Lakatos e Marconi (2003), explicam
que a observação é uma técnica de coleta de dados que não consiste apenas em ver e ouvir, mas
também em examinar fatos e fenômenos que se deseja estudar. Explicam também que a
entrevista é um encontro normalmente entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha
informações de um determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional.
E que documentação seria em geral o levantamento de dados no próprio local onde os
fenômenos ocorrem, como por exemplo: planilhas e relatórios da empresa.
3.2 PROCEDIMENTOS DE COLETA E ANÁLISE DOS DADOS
Inicialmente buscou-se o conhecimento aprofundado sobre o tema da pesquisa através
da constituição do referencial teórico, embasado em livros e artigos especializados no assunto.
Através disso foi possível o conhecimento dos modelos de fluxo de caixa.
Posteriormente foi feita uma entrevista com a gestora da empresa, com intuito da busca
de informações da empresa para a elaboração do trabalho proposto, e assim também foi uma
forma de possuir dados financeiros e contábeis da empresa para o início dos trabalhos da
elaboração do fluxo de caixa.
Na etapa seguinte foram obtidos documentos fiscais e não fiscais separados pela gestora
da empresa, entre eles estão as notas fiscais de compra de matérias-primas, insumos, materiais
de expediente entre várias outras despesas suportadas pela empresa.
Por fim, sobre o tratamento dos dados, todos os documentos foram separados por data
de emissão, posteriormente foi feito um quadro relacionando os meses em questão e os
documentos coletados facilitando o entendimento.
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Este capítulo apresenta a empresa estudada, a fim de descrever alguns pontos para
melhor conhecimento da atividade desenvolvida e também o detalhamento da história de
constituição da empresa. Além disso, são apresentados os dados coletados, e de que forma
ocorreu a coleta e o tratamento desses dados.
Conta também com um subcapítulo sobre a elaboração do controle do fluxo de caixa da
empresa Elaine Cristina de Souza Marcon Savi – ME, assim como a descrição das contas mais
relevantes. O próximo subcapítulo trata da análise do fluxo de caixa elaborado, para saber quais
os impactos que sua implantação causou e apontou.
Finalizando o capítulo, é demonstrada a visão sistêmica do trabalho elaborado, como a
ligação entre a contabilidade e o tema do trabalho escolhido.
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO
A empresa estudada tem como denominação social Elaine Cristina de Souza Marcon
Savi – ME, e seu nome fantasia é Tia Lani Recursos Visuais. Teve suas atividades iniciadas em
maio de 2011, sua sede é na Rua Hermínio de Menezes, nº 455 no bairro de Oficinas em
Tubarão – SC. Atualmente seu regime de tributação é o simples nacional.
A abertura ocorreu através de sua atual proprietária Elaine Cristina de Souza Marcon
Savi, que ao trabalhar com ensino religioso infantil, necessitou de instrumentos atrativos para
crianças. Após elaborar alguns fantoches e mascotes para seu ensinamento, percebeu que esse
tipo de instrumento era bem valorizado e procurado, além de conhecer esse ramo e saber que
havia a necessidade de empresas que executassem esse tipo de trabalho no mercado, e então ela
começou a produzir sozinha algumas peças para vender.
Posteriormente com um resultado satisfatório para ela e para seus clientes, abriu a
empresa com uma maior diversidade de produtos. A maior parte das vendas para novos clientes
ocorre através de seus clientes já fidelizados, que divulgam o trabalho e que indicam a
comprarem através do site da empresa disponível para vendas, www.tialani.com.br, neste site
todos os produtos são exibidos e comercializados. A empresa disponibilizou a logo marca para
agregar ao trabalho, conforme figura 03.
Figura 03 – Logomarca da empresa Tia Lani
Fonte: empresa Tia Lani (2018)
As vendas ocorrem para o Brasil inteiro, seus clientes são uniformemente distribuídos
por regiões e a maioria deles acaba comprando mais de uma vez.
A empresa conta com cinco funcionárias divididas nas várias etapas de produção e a
gerente que além de auxiliar na produção, também trabalha na parte administrativa, controlando
o financeiro, compras e inclusive o envio de documentos a contabilidade.
As obrigações contábeis são elaboradas por uma contabilidade terceirizada, o contrato
de prestação de serviços é executado desde março de 2013.
4.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Essa seção apresenta os resultados da pesquisa a partir dos dados coletados assim como
a organização dos mesmos para a elaboração do controle de fluxo de caixa nos períodos de
outubro a dezembro de 2017. Além disso, serão expostos também os impactos que a
implantação do controle de fluxo de caixa apresentou na empresa em questão. Cumprindo assim
o proposto em cada objetivo específico estabelecido no estudo.
4.2.1 Movimentação Financeira da Elaine Cristina de Souza Marcon Savi ME
O primeiro objetivo específico da pesquisa é levantar as informações de entradas e
saídas financeiras nos períodos de outubro a dezembro de 2017 da empresa Elaine Cristina de
Souza Marcon Savi ME. A empresa não possui controles financeiros seguros para que fossem
retirados os dados, portanto foi necessário fazer um levantamento dos documentos físicos de
compras de materiais, aquisições de serviços e todas as demais despesas da empresa. Conforme
exposto no quadro 01.
Quadro 01: Relação de despesas da empresa
Saídas Outubro-17 Novembro-17 Dezembro-17
FGTS R$ 499,82 R$ 245,33 R$ 604,07
INSS R$ 679,16 R$ 812,24 R$ 1.199,46
IRRF R$ 15,54 R$ - R$ -
Férias R$ - R$ - R$ 1.820,00
13° Salário R$ - R$ - R$ 2.441,19
Salários R$ 4.488,55 R$ 3.066,64 R$ 6.881,96
Gastos com rescisão R$ 3.786,84 R$ - R$ -
Simples Nacional R$ 1.882,70 R$ 1.175,67 R$ 1.101,46
Serviços de terceiros R$ 565,00 R$ 200,00 R$ 200,00
Alvará bombeiro R$ 25,90 R$ 25,90 R$ -
Parcelamento IPTU R$ 236,24 R$ 86,90 R$ -
Frete R$ 4.391,33 R$ 3.341,91 R$ 1.322,59
Água e saneamento R$ 59,37 R$ 28,92 R$ 30,62
Energia R$ 598,05 R$ 333,31 R$ 333,01
Telefone e Internet R$ 750,00 R$ 90,00 R$ 90,00
Fornecedores R$ 5.547,11 R$ 5.593,63 R$ 3.988,38
TOTAL R$ 23.525,61 R$ 15.000,45 R$ 20.012,74
Fonte: elaborado pela autora, 2018.
Já a receita mensal da empresa, foi coletada com a gestora da empresa, pois os
recebimentos vão diretamente à conta bancária, mas o extrato não pôde ser fornecido. Sendo
assim, foi elaborado o quadro 02 com os dados financeiros dos períodos de outubro a dezembro
de 2017.
Quadro 02: Relação de recebimentos da empresa
Entradas Outubro-17 Novembro-17 Dezembro-17
Recebimento de clientes R$ 19.692,99 R$ 18.860,18 R$ 14.585,50
Total R$ 19.692,99 R$ 18.860,18 R$ 14.585,50
Fonte: elaborado pela autora, 2018.
4.2.2 Elaboração da demonstração de fluxo de caixa
Cumprindo o segundo objetivo específico do estudo proposto que é elaborar a
demonstração de fluxo de caixa com as informações levantadas, pode-se destacar como
resultado que as despesas da empresa puderam ser agrupadas para simplificar o entendimento,
já que algumas têm a mesma classe como finalidade. O modelo de fluxo de caixa utilizado
conforme quadro 03, tem objetividade como sua maior característica, pois na empresa as
pessoas selecionadas para o gerenciamento dessa ferramenta não tem muito domínio do
assunto.
Quadro 03: Modelo de fluxo de caixa proposto
Fluxo de caixa Outubro Novembro Dezembro
1 – Entradas R$ 19.692,99 R$ 18.860,18 R$ 14.585,50
Recebimentos a prazo R$ 16.583,20 R$ 15.937,65 R$ 12.315,70
Vendas à vista R$ 3.109,79 R$ 2.922,53 R$ 2.269,80
2 – Saídas R$ 23.737,21 R$ 15.000,45 R$ 20.012,74
Fornecedores R$ 5.547,11 R$ 5.593,63 R$ 3.988,38
Salários (13°, férias e rescisões) R$ 8.275,39 R$ 3.066,64 R$ 11.143,15
Encargos trabalhistas R$ 1.406,12 R$ 1.057,57 R$ 1.803,53
Simples Nacional R$ 1.882,70 R$ 1.175,67 R$ 1.101,46
Impostos municipais R$ 262,14 R$ 112,80 R$ -
Serviços de terceiros R$ 565,00 R$ 200,00 R$ 200,00
Frete R$ 4.391,33 R$ 3.341,91 R$ 1.322,59
Água e saneamento R$ 59,37 R$ 28,92 R$ 30,62
Energia R$ 598,05 R$ 333,31 R$ 333,01
Telefone e Internet R$ 750,00 R$ 90,00 R$ 90,00
3 - Diferença entre os períodos -R$ 4.044,22 R$ 3.859,73 -R$ 5.427,24
4 - Saldo inicial de caixa R$ 7.575,13 R$ 3.530,91 R$ 7.390,64
5 - Saldo final de caixa R$ 3.530,91 R$ 7.390,64 R$ 1.963,40
Fonte: elaborado pela autora, 2018.
Pode-se observar através do fluxo de caixa elaborado, que algumas contas possuem
grandes variações de um mês para o outro, uma delas é telefone e internet, foi questionado para
a gestora da empresa e ela explicou que no mês de outubro foi feita a aquisição do serviço de
telefonia e nos meses seguintes apenas a utilização.
Outra conta que chama a atenção é a conta de salários, pois em outubro houve uma
rescisão, que acarretou uma diminuição nos pagamentos de novembro, e em novembro a
empresa contratou dois colaboradores o que aumentou os custos em dezembro, além de já serem
maiores por conta do 13° salário. Vale ressaltar ainda, que a primeira parcela de 13° salário da
empresa já havia sido paga no mês de julho de 2017.
Deve-se levar em consideração que a empresa já sabe que nos períodos de novembro a
fevereiro dos exercícios, as vendas diminuem, sendo assim, desde setembro já começam a
reduzir os investimentos em matéria-prima e demais materiais.
Com as informações descritas, fica fácil entender por que a conta de fretes, impostos e
demais contas que estão diretamente ligadas à produção, diminuíram gradativamente nos
últimos meses do ano de 2017.
4.2.3 Análise descritiva dos achados da pesquisa
O terceiro objetivo específico é demonstrar as informações que a elaboração do fluxo
de caixa apontou através de análise descritiva. Através do fluxo de caixa elaborado, pode-se
perceber que existe um desequilíbrio nas despesas da empresa, e que várias contas são as
responsáveis por esse desequilíbrio.
Inicialmente, no fluxo de caixa elaborado, já é possível perceber que as entradas
diminuíram com o passar dos meses, isso por conta do período analisado, que é considerado
potencialmente fraco para empresa. A justifica é pelo tipo de produto fabricado, que é ligado a
educação de crianças, portanto, diminui com o fim do ano letivo.
Em outubro de 2017 a empresa teve um aumento nos ordenados e salários por conta de
uma rescisão, que foi no valor de R$ 3.786,84. Esse foi apenas um dos fatos de outubro ser o
mês com maior valor de despesas. Outro fato que auxiliou no aumento das despesas cotidianas
da empresa, foi a contratação de um serviço de telefonia e internet com valor aquisitivo de R$
750,00.
No mês de novembro de 2017, além de não possuir os fatos agravantes descritos no mês
anterior, ainda houve a redução do quadro de empregados e também a diminuição de produção
pela falta da demanda e consequentemente das vendas. Com isso, tem-se a redução direta dos
tributos de venda e da conta fretes, que é uma despesa que só ocorre com a finalização das
vendas.
A despesa de energia foi menor em decorrência da diminuição da produção, passou de
R$ 598,05 para apenas R$ 333,31, assim também como serviços de terceiros que eram
utilizados para o acabamento dos produtos, que tiveram uma diminuição de R$ 365,00.
Em dezembro de 2017 a conta de ordenados e salário também teve grande variação, pois
houve a contratação de dois empregados, e como obrigação, tem-se o pagamento da segunda
parcela dos 13° salários, lembrando que a primeira parcela foi paga em julho de 2017 e por isso
não aparece nos meses descritos.
Esse foi o único aumento significativo das despesas do mês de dezembro, pois as demais
despesas em geral diminuíram, algumas, pelos mesmos motivos de redução da produção, outras
pela programação que a empresa faz em meados de setembro para diminuir a compra de
matéria-prima, já aguardando a redução da demanda nos períodos de novembro a fevereiro dos
exercícios. Com isso, pode-se comparar a conta de fornecedores nos meses de novembro e
dezembro, e perceber uma diminuição de R$ 1.605,25.
Com as análises feitas, é arriscado dizer quais iniciativas a empresa deve tomar, mas
superficialmente, observar as compras de fornecedores, a contratação de serviços de terceiros e
demais despesas ligadas a produção é um bom início. Mas algo que já pode ser afirmado é que
o fluxo de caixa deve ser utilizado, alimentado e ajustado de acordo com as necessidades que
por ventura forem observadas.
4.3 VISÃO SISTÊMICA APLICADA AO CASO
Braga (2012), diz que a contabilidade tem como objetivo fornecer informações do
patrimônio das empresas e de suas variações para os seus interessados. São utilizadas as
demonstrações contábeis para satisfazer algumas das suas diversas necessidades de informação.
As demonstrações contábeis, normalmente elaboradas pela empresa são: o Balanço Patrimonial
(BP), Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Demonstração de Lucros ou Prejuízos
Acumulados (DLPA) e a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC).
Segundo Checkley (2005), desde o século XIX era comum oferecer aos acionistas uma
demonstração de resultados e balanço patrimonial, porém, os analistas profissionais perceberam
que os fluxos de caixa são essencialmente verdadeiros e de mais fácil compreensão por leigos,
pois não precisam de grande interpretação contábil. Esclarece ainda, que é uma declaração
obrigatória para alguns tipos de empresas.
Conforme Araújo, Teixeira e Licório (2015) descrevem, a gestão no planejamento de
fluxo de caixa para o controle financeiro de micro e pequenas empresas tem grande relevância
social. Visto que, as MPE’s não têm obrigatoriedade de elaborar a DFC, mas o emprego dessa
ferramenta é fundamental no sentido de detalhar as entradas e saídas de moeda corrente, assim
como, para prevenir possíveis ocorrências no caixa em um determinado período.
Dessa forma, percebe-se uma forte relação entre a contabilidade com o tema abordado
no trabalho, ou seja, a visão geral de toda a proposta da contabilidade no sentido de controle do
patrimônio ao encontro do controle de apenas um dos itens desse, que é o caixa e equivalente
de caixa.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O fluxo de caixa é uma ferramenta de controle de caixa e de suas equivalências que
permite fazer o acompanhamento das entradas e saídas de recursos, além de possibilitar a
projeção de valores a serem realizados. Muito utilizado, torna-se cada vez mais essencial para
empresas que precisam estar um passo a frente no quesito de utilização de recursos, e que
pretendem fazer investimentos.
É fundamental que os gestores saibam os recursos que estão disponíveis nas empresas,
e que saibam que só é possível ter essas informações elaborando controles financeiros, mesmo
que isso acarrete o investimento de mão-de-obra.
Considerando o conteúdo apresentado sabe-se, que o objetivo geral da pesquisa é
demonstrar os principais impactos da implantação do fluxo de caixa na empresa Elaine Cristina
de Souza Marcon Savi – ME e que este foi devidamente cumprido.
Contudo, importante destacar algumas considerações. Uma das dificuldades
encontradas para a realização do trabalho é a ausência de informações financeiras, pois nem
todos os dados foram fornecidos pela titular da empresa. Isso faz com que o trabalho não seja
o mais preciso possível. E, existe resistência por parte dos gestores de aderirem ao uso do fluxo
de caixa, pelo tempo de alimentação que esse e qualquer outro tipo de controle exigem.
O controle elaborado não atende todas as necessidades da empresa, mas já proporciona
grandes avanços sobre as informações das suas disponibilidades, pois como mencionado
anteriormente a empresa não possui nenhum tipo de controle dos seus recursos financeiros.
Algumas informações apuradas por esse controle, foram recebidas com surpresa pela gestora.
Através da análise do fluxo de caixa elaborado, também foi possível identificar os
desequilíbrios das despesas, quais contas devem ser verificadas e supostas providencias que
podem ser tomadas.
Além dos impactos que a implantação do fluxo de caixa proporcionou para a empresa,
é necessário lembrar que esse trabalho traz um grande conhecimento para quem o realiza, pois
existem dificuldades que não são planejadas ao iniciar as pesquisas, questões que não haviam
sido lembradas, pontos que não foram levados em consideração até que se destacassem como
relevantes, e várias outras experiências que fazem com que exista um grande crescimento
profissional independente do resultado da pesquisa.
Sugere-se que seja feita uma comparação pelos gestores da empresa antes e após a
implantação do fluxo de caixa, para avaliar os níveis de controle financeiro. Sugere-se também
que esse controle seja alimentado frequentemente, para que seja cada vez mais aprimorado,
incluindo mais necessidades e informações relevantes.
Ainda, como forma de contribuição da pesquisa, entende-se importante uma análise nos
prazos de pagamento aos fornecedores e de recebimento dos clientes, eles devem estar
alinhados para que não aconteça a descapitalização da empresa.
REFERÊNCIAS
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departamento de ciências contábeis e departamento de atuária e métodos quantitativos
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