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LINGUAGEM JURÍDICA PROFª MSc. ZILDA M. FANTIN

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LINGUAGEM JURÍDICA

PROFª MSc. ZILDA M. FANTIN

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UNIDADE VIII

DOMÍNIOS DISCURSIVOS, TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS

 

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8.2.4 Texto Dissertativo

“Dissertar é debater, discutir, questionar. É desenvolver um

raciocínio; desenvolver argumentos que fundamentem

nossa posição; polemizar, inclusive, com opiniões e com

argumentos contrários aos nossos; estabelecer relações de causa e consequência”. 

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 O texto dissertativo “Exige do

redator um posicionamento diante de determinado assunto, quer expressando sua opinião

quer postulando uma tese. Existe a possibilidade

dissertativa na descrição e também na narração”.

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A dissertação pode ser:

 Expositiva ou informativa discussão de uma ideia, cuja intenção

é a de expor um assunto, comentando-o; apresentação de

determinadas informações ou problemas, explicação de assuntos

ou fatos. Não há defesa de um ponto de vista, apesar de estar implícito no texto porque a seleção das ideias em torno de um assunto se constitui em

postura dissertativa. 

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Argumentativa é aquela em que o redator se mune das técnicas de

persuasão com o objetivo de convencer o leitor a partilhar de

sua opinião ou mudar de ponto de vista. Visa a convencer, persuadir

ou influenciar o ouvinte/leitor através da apresentação de uma

tese (ponto de vista), cuja veracidade deve ser demonstrada

e provada por meio de argumentos adequados.

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A Natureza da Argumentação A argumentação, ao lado da propaganda política, da manipulação, da sedução e da demonstração, é uma das maneiras de se convencer alguém, por meio de métodos

sistemáticos, para coagir as massas (propaganda); de manipulação psicológica (técnicas de venda); da sedução (slogan)

ou apelam para a razão, utilizando a demonstração, isto é, um conjunto de meios que permitem transformar uma afirmação ou enunciado em um “fato estabelecido” que ninguém poderá

contestar.  

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 Assim, são características dos textos argumentativos:

o texto é concebido de forma a convencer ou a persuadir;

a tese defendida deve ser claramente identificada pelo destinatário;

os argumentos utilizados devem ser diversificados: proverbiais, universais, experiência pessoal, históricos, exemplares, científicos etc.;

a organização do texto deve ter em conta os articuladores do discurso mais adequados.

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Organização do Discurso Dissertativo

 Elementos da Argumentação: o

locutor-argumentador busca convencer um sujeito-alvo (alocutário ou destinatário

previsto) a compartilhar sua opinião acerca de um

determinado tema ou questão polêmica, mediante a

apresentação de razões.

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 Para alcançar esse objetivo

comunicativo, o locutor precisa levar em consideração o

contexto de recepção (crenças, valores, pontos de vista do

alocutário), de modo a escolher argumentos adequados à expressão de sua opinião.

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Fases ou Etapas 

Introdução do tema: (tópico frasal, exórdio): indicação do tema por meio

de perguntas, um caso ou anedota, um relato histórico sobre o tema, uma

descrição da situação de uma comunidade para a qual o tema tenha especial importância etc. Delimita o tema e fixa os objetivos da redação;

deve ser mais genérico que o desenvolvimento e não pode conter

ideias conclusivas. 

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 Proposição da opinião ou tese: o locutor apresenta sua opinião

(proposta ou tese) a respeito do tema ou questão polêmica, apresentando

também as razões. 

Comprovação da tese: o locutor apresenta argumentos e provas que

sustentam seu ponto de vista ao mesmo tempo em que procura

invalidar argumentos e provas que possam sustentar pontos de vista

diferentes.

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Conclusão: etapa final, pode conter uma recapitulação do que

foi dito. É o fecho redacional; deve terminar de forma incisiva,

dando ao leitor a sensação de ter sido esgotado o plano do autor. Não há necessidade de uma conclusão explícita com

expressões do tipo concluindo, finalmente, em suma e outras.

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Resumindo: 

Estrutura do discurso expositivo: apresentação do

tema; desenvolvimento do tema (explicação, demonstração e

estabelecimento lógico entre os dados enunciados); e conclusão

(síntese do exposto). 

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 Estrutura do discurso argumentativo (modelo 1): indicação do tema ou objeto de argumentação; formulação da tese

defendida; demonstração, por meios de argumentos, de que é verdadeira; conclusão (tenta-se convencer ou

persuadir). 

Estrutura dos textos argumentativos (modelo 2): formulação da tese a

refutar; consideração do ponto de vista adverso; refutação por meio de contra-

argumentos; conclusão por ridicularização (ironia) ou por meio da

razão.

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Marcas Linguísticas do Texto Dissertativo

Argumentos: em sentido amplo, recurso ou estratégia usada para

ajudar a defender ou refutar opiniões; em sentido restrito, um conjunto de

afirmações ou suposições de tal forma encadeadas que uma delas, chamada

conclusão, decorre das demais, chamadas razões ou premissas;

conclusão e raciocínio de causalidade podem ser expressos pelos

paradigmas como então, ou se então.

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Para marcar essa relação e identificar uma razão, uma

suposição ou uma conclusão, usamos frequentemente palavras e

expressões conhecidas como indicadores de raciocínio ou

inferência: como (de razão), então (de conclusão), se (de suposição),

mas (de oposição) etc.Verbos no presente do indicativo

quase sempre.Verbos na 3ª pessoa, geralmente.

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ExemploEu disse uma vez que escrever é uma

maldição. Não me lembro por que exatamente eu o disse, e com

sinceridade. Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva.

Não estou me referindo muito a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que

eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma

salvação.

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Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva. Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o

irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não

foi abençoada... lembro-me agora com saudade da dor de escrever livros

(Clarice Lispector).

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Atividades XXXV, XXXVI, XXXVII,

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“Só abra a boca quando tiver certeza de que suas

palavras são melhores que o silêncio”.

(Provérbio indiano)