Extra Pauta Ed. 77

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Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná - Nº 77 - janeiro - fevereiro - março - 2006 - ISSN 1517-0217 [email protected] http://www.sindijorpr.org.br Impresso Especial 3600137940-DR/PR SIND. DOS JORNALISTAS CORREIOS Seminário O novo Código de Ética da Profissão Página 12 Eleições Sindijor escolhe em abril nova diretoria Página 11 Formação 5º Congresso Paranaense de Jornalistas Página 7 Defesa Corporativa Ministério cancela registros precários Página 7 EXTRA PAUTA Na expansão do ensino superior no Brasil, os cursos de Jornalismo viraram coqueluche, e o Paraná foi um dos Estados em que mais se observou este crescimento. Hoje, são 27 cursos autorizados a funcionar no Estado; sendo que um deles foi fechado por inviabilidade econômica. Atingida a saturação, que já mostrou seus efeitos no mercado de trabalho, resta saber como fica a preocupação com a qualidade. Os jornalistas através da Fenaj já solicitaram moratória de novos cursos e reavaliação geral. Páginas 3 a 5 MERCADO NO PARANÁ Cursos de Jornalismo saturam

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Janeiro - Fevereiro - Março/2006

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Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná -Nº 77 - janeiro - fevereiro - março - 2006 - ISSN 1517-0217

[email protected]

http:/ /www.sindijorpr.org.br

ImpressoEspecial

3600137940-DR/PRSIND. DOS

JORNALISTAS

C O R R E I O S

Seminário

O novo Código

de Ética da

Profissão

Página 12

Eleições

Sindijor escolhe

em abril nova

diretoria

Página 11

Formação

5º Congresso

Paranaense de

Jornalistas

Página 7

Defesa

Corporativa

Ministério

cancela registros

precários

Página 7

EXTRA PAUTA

Na expansão do

ensino superior no

Brasil, os cursos de

Jornalismo viraram

coqueluche, e o

Paraná foi um dos

Estados em que mais

se observou este

crescimento. Hoje,

são 27 cursos

autorizados a

funcionar no Estado;

sendo que um deles

foi fechado por

inviabilidade

econômica. Atingida

a saturação, que já

mostrou seus efeitos

no mercado de

trabalho, resta saber

como fica a

preocupação com a

qualidade. Os

jornalistas através da

Fenaj já solicitaram

moratória de novos

cursos e reavaliação

geral.

Páginas 3 a 5

MERCADO NO PARANÁ

Cursos de Jornalismo saturam

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EDITORIAL

A luta pe la formação de qual idadeSindijor sempre lutou pelaprofissionalização dosjornalistas e sempre prezoua formação dostrabalhadores da imprensa.

Seja no passado distante paraconsolidar a exigência da formaçãosuperior específica, seja maisproximamente para evitar que estaconquista se perdesse. No entanto, apar da formação - entendida comoimprescindível, tanto nos aspectostécnicos como éticos -, o Sindijor estápreocupado com a qualidade naformação.

É por isso que a proliferaçãodesmesurada de cursos de Jornalismono País e particularmente no Paraná

O

Extra Pauta é órgão de divulgação oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná.Endereço: Rua José Loureiro, 211, Curitiba/Paraná. CEP 80010-140. Fone/Fax (041) 3224-9296. E-mail: [email protected]

Expediente

Jornalista Responsável - Ricardo Medeiros - Reg. prof. 24866/106/81 - Redação - Adir Nasser Junior - [email protected] - Colaboraram - EmersonCastro, AJAP, Emildo Coutinho, Ciranda - Fotografia - Pedro Serápio - Ilustrações - Simon Taylor - Edição Gráfica - Leandro Taques -

Tiragem - 4.000 - exemplares - Impressão - Helvética - Composições Gráficas Ltda.

As matérias deste jornal podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte. Não são de responsabilidade deste jornal os artigos de opinião e as opiniões emitidas em entrevistas, por nãorepresentarem, necessariamente, a opinião de sua diretoria.

preocupa. Não por algum caprichocorporativo ou reserva de mercado.Longe disto, o que nos inquieta nestasituação é a tendência à perda dequalidade, a saturação do mercado e,ao cabo, a venda de uma ilusão.Afinal, o que se espera de um cursosuperior, juntamente com apreparação intelectual, é acapacitação para o ingresso no mundodo trabalho. Ocorre que este mercadoé cada vez mais restrito, ou nãoexiste.

Crítico, o Sindijor não quer comisso, porém, mostrar uma posturacética a respeito dos cursos deJornalismo. Ao contrário,prosseguimos com o Prêmio Sangue

Novo certos do talento dos futurosjornalistas e que é despertado eestimulado pela experiênciaacadêmica. O êxito desta experiência,que está em sua 11ª edição, pode serverificado no número de trabalhosinscritos - 253 trabalhos de 600acadêmicos de todo o Estado.

Sucesso que queremos verrepetido no 5º Congresso Estadualdos Jornalistas, que será realizado emabril, em Curitiba. Destinado a debateras tendências do Jornalismo nesteséculo, que surge cheio de desafios, oevento promete reunir profissionais detodo o Estado para discutir e traçardiretrizes de ação para a luta dosjornalistas do Estado.

E o Sindijor também seguecom suas lutas em outrasfrentes. Na fiscalização, estáatuando para que os registrosprecários não passem de umalembrança na história daimprensa brasileira. De outrolado, o Sindijor acompanhaatentamente a contenda entre ogovernador Roberto Requião, quetem um histórico deplorável deagressões à imprensa, e o GrupoRPC. Embora se trate de uma"briga de patrões" sobre linhaeditorial, ela atinge os jornalistasque trabalham nos veículos, queacabam tendo a reputaçãoarranhada por ataques genéricos.

Emildo Coutinho *

om a proliferação dasfaculdades de Jornalismo,que a cada ano despejacentenas de recém-formados no mercado de

trabalho, empreendedorismo surgecomo uma das poucas soluções paraempregar parte desses profissionais.Como as instituições de ensino aindanão se deram conta disso, nãopreparando os acadêmicos, é atravésda própria vivência no campo deatuação que muitos novosprofissionais passam a pensar noassunto. Após peregrinar de empregoa emprego, sempre com um fantasmaassombrando suas mentes,vislumbram outras possíveisalternativas de trabalho não muitotempo após a formatura.

Para facilitar a vida desses jovensque não sabem o que os esperam, oempreendedorismo deveria serencarado pelas faculdades comomatéria prioritária para a formação dofuturo profissional de Comunicação

O empreendedor ismo como a lternat iva de traba lhoSocial em suas diversas habilitações.Matéria na qual fosse mostrada umavisão mais abrangente do assunto,para que eles almejassem ir além dasempresas de assessoria de imprensaapós "padeceram no paraíso" dochamado mercado de trabalho. Ouainda não vissem como um "portorefúgio" a vida acadêmica, no qualpodem encontrar a mesmíssimarealidade de outrora após gastaremenormes somas em mestrado, pois achamada academia também já seencontra saturada e, o que é pior,povoada de "cobras criadas".

Para formar um profissional deComunicação com espíritoempreendedor seria necessário incluirem sua formação matériasinterdisciplinares durante a graduação.Para usar um clichê, que"dialogassem" com várias outrasprofissões, como a de administradorde empresas, por exemplo. Seria,também, de suma importância mostrarque ser um empreendedor e aomesmo tempo continuar sendo umprofissional de Comunicação Social é

muito mais do que ser meramente ummicroempresário, sem querermenosprezar a classe.

Trata-se de usar a irreverência, acriatividade, o preparo intelectual, osenso crítico e tantas outrasqualidades que geralmente fazemparte de nosso perfil profissional paraatividades muitas vezes jamaisimaginadas.

Para ilustrar o que estou dizendo,cito meu próprio exemplo. Depois depassar por diversas redações dejornais e outros veículos decomunicação; até mesmo ter atuadoem jornal norte-americano durantecinco anos em que vivi em WashingtonD.C., resolvi partir para essaempreitada em busca de uma maiorestabilidade econômica e, ao mesmotempo, um lugar onde pudesse usarplenamente minha criatividade. Vi quea chamada "livre iniciativa" é muitomais prazerosa se comparada aomercado "formal" de trabalho quandoencontramos o caminho certo. Claroque, como sempre, há os "ossos doofício". Deixamos de ter patrões para

lidarmos com clientes. Mas, semsombra de dúvida, o prazer é muitomaior.

O caminho que segui foi dar umaoutra cara à produção de vídeo efotografia de casamentos, festas.Levei para este campo de trabalho osconhecimentos adquiridos nãosomente na formação acadêmica mastambém aqueles que assimileidurantes os anos de atuaçãoprofissional como jornalista. Aopenetrar num mercado totalmente forado que vemos nas faculdades,comecei a produzir fotografias com umolhar de fotojornalista. Além dasclássicas imagens do gênero, passeia captar cenas de ângulos diferentes,mostrar detalhes e momentoscuriosos.

Este foi o meu "caminho daspedras", após vários anos convivendocom o medo do desemprego, chefesincompetentes, vaidosos, arrogantes,orgulhosos e outras "feras" quepovoam nosso meio.

* Emildo Coutinho é jornalista.

C

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JOSINA MELO LANÇA DOCUMENTÁRIO EM DVDA jornalista Josina Melo lançou em DVD o seu documentário "Helena de Curitiba",sobre a vida e obra da poetisa Helena Kolody. Já traduzido para o francês e oespanhol, o documentário está ganhando versão em ucraniano.

RAFA CAMARGO ILUSTRANDO A TRIBUNA DO PARANÁO ilustrador Rafa Camargo é o novo chargista de esportes da Tribuna do Paraná.Com experiência em design gráfico e ilustração, Rafa Camargo colabora comrevistas como Mundo Estranho e Super Interessante e publicações internacionais.

país assistiu inerme, desde o governo FernandoHenrique Cardoso, à proliferação de cursossuperiores, especialmente em faculdadesparticulares, que não cessou durante o governoLula. Seja obra de "engenheiros sociais" visando

ao aumento do nível de escolaridade da população, ou deburocratas comprometidos com a indústria do ensino, estaexpansão certamente ocorreu em total descompasso comas reais necessidades de formação profissional -particularmente no Jornalismo.

O ensino de Jornalismo passou por um verdadeiroboom na última década, com um aumento tanto de vagasem faculdades que já existiam como com a criação denovas instituições. Apenas no Paraná existem hoje 26faculdades de Jornalismo, oito das quais apenas emCuritiba. Expressões como "vale-tudo" e "porteirasabertas" são usadas para designar a avalanche de novoscursos.

Os números são superlativos. O número de escolas deJornalismo no Paraná é quase o dobro do número defaculdades de Odontologia (14) no Estado. Estasfaculdades têm autorização para abrir todos os anos 2.757vagas, o que, em tese, faria crer que quatro anos depois,seriam formados novos 2.757 jornalistas. Este númerocorresponde a quase 70% de toda a base atual dejornalistas do Sindijor. Há cursos de Jornalismo em todosos Estados brasileiros e, no Paraná, todas as regiões jácontam com escolas com a habilitação.

Apenas em 2003, de acordo com dados do InstitutoNacional de Estudos e Pesquisas Educacionais AnísioTeixeira (Inep), eram 152.361 estudantes matriculados emcursos regulares de Jornalismo em todo o país -aproximadamente o quíntuplo da base de jornalistasrepresentada pela Fenaj. No período de 2000 a 2003,segundo o Censo do Ensino Superior, o número de cursosde Comunicação pulou no Brasil de 260 para 443, agrande maioria com habilitação em Jornalismo - umaumento de mais de 70%, ou 61 novos cursos por ano.

Há sete anos, as 620 vagas em cursos de Jornalismoem Curitiba já assustavam os profissionais. Hoje asfaculdades estão autorizadas a oferecer 1.070 vagas nacapital paranaense. Atrás do campeão isolado, São Paulo(90), Minas Gerais (37) e do Rio de Janeiro (32), o Paranádesponta entre os Estados com maior número de cursosde Jornalismo, à frente do Rio Grande do Sul e da Bahia. Os númerossugerem uma imprensa vigorosa no Estado, o que não é bem o caso. Aexplicação talvez esteja no uso dos cursos de Jornalismo para financiar outrosna mesma instituição de ensino.

As conseqüências de toda forma são graves eimediatas: com a saturação de um mercado cujas áreastradicionais se encontram em recessão, o resultado é aprecarização das condições de trabalho, comsubemprego e aviltamento salarial, especialmente dosrecém-formados. Na impossibilidade de o mercadoabsorver tantos jornalistas, alguns patrões se aproveitamdo desespero dos recém-formados, sem se preocuparcom a qualidade da formação. Outras situações sãoconhecidas, como a faculdade que, credenciada peloMEC, oferece o curso, forma turmas, mas não obtémreconhecimento. É o caso das Faculdades Eseei, deCuritiba, e da Faculdades Assis Gurgacz, de Cascavel.

A jornalista Solange Straube Stecz, professora nocurso de Jornalismo da UnicenP, diz que a atualexpansão do número de vagas nas escolas e a criaçãode faculdades são preocupantes porque surgem cursossem as condições necessárias para o ensino dequalidade e a formação adequada, sem laboratórios, semrecursos que propiciem o estudo aprofundado daprofissão. "O que fica é como o mercado absorve osprofissionais; os jornalistas que vêm de cursos que têmqualidade serão absorvidos", disse.

Solange observa que não se pode esquecer que aexpansão dos cursos de Jornalismo veio acompanhadade mudanças no mercado. "Há algum tempo, o alunotinha um perfil diferente, vinha para o Jornalismopensando nos grandes veículos, mas agora o mercado seampliou, há novas possibilidades, como os veículosdirecionados, a internet, o Jornalismo sindical ecomunitário. Hoje, as ONGs surgem como mercado detrabalho", afirmou a jornalista, ressalvando que mesmoestes novos espaços não absorvem a totalidade dosprofissionais.

A jornalista Gabriela Mainardes concorda que, emboratendam a uma saturação do mercado, os novos cursosformam jornalistas que, cedo ou tarde despertarão paranovas áreas de atuação. Segundo ela, a primeira área areceber atenção é a de assessoria de imprensa, jáconsolidada em grandes centros, mas que tende acrescer em municípios menores. Para Gabriela, osprofissionais mais talentosos conseguirão espaço. A"seleção natural" também é apontada por Solange Stecz,que acrescenta um elemento adicional: a educação

continuada, que é um diferencial decisivo não apenas para quem quer seguircarreira acadêmica. "Ao ampliar a formação, as possibilidades também seampliam", disse. Solange que acredita que a ela se aplica igualmente aoscursos. "Os mais eficientes permanecerão", disse.

O

Chuva de canudos

FORMAÇÃO

Faculdades de Jornalismo se proliferam por todo o País. Paraná se destaca

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CLÁUDIA BELFORT EM ISRAELCláudia Belfort, coordenadora da Gazeta do Povo, partiu no final de fevereiro paratemporada de um mês de estudos em Israel. Ela participa de um programa doInstituto Histabrot para especialização em Jornalismo em áreas de conflito.

OMAR NASSER FILHO NO IRÃO jornalista Omar Nasser Filho, mestrando em História pela UFPR, está emviagem de estudos pelo Irã. A atividade cultural inclui cursos na tradicionalUniversidade de Qom, próxima à capital, Teerã.

Efeitos colaterais e medicação

E

FORMAÇÃO

Cursos são fechados, Fenaj pede moratória na abertura de faculdades

ntidades ligadas àdefesa da profissãoadmitem que aoferta de vagas noscursos de

Jornalismo está fora dosparâmetros de demanda nomercado de trabalho. Opresidente do Fórum Nacionalde Professores deJornalismo, Gerson LuizMartins, concorda que há umexagero no número de cursosde Jornalismo no País e quejá se atingiu a saturação daoferta, e que o Jornalismoainda atrai estudantes pelosuposto glamour dotelejornalismo. Ele tambémdefende que, após avaliaçãodo MEC, com apoio do fórum e daFenaj, cursos deficitários sejamfechados. Segundo ele, com aproliferação sem critérios dos cursosde Jornalismo, muitas instituiçõestêm de prosseguir funcionandoprecariamente, com o que não terãodemanda mínima necessária econtinuarão com falta deequipamentos, laboratórios e pessoaldocente qualificado. "Torna-se umcírculo vicioso, pois sem condições

estruturais, o curso não temdemanda", afirmou.

A Executiva Nacional dosEstudantes de Comunicação Social(Enecos) já se manifestoucontrariamente ao investimentopúblico na educação privada.Segundo a entidade, a ampliação donúmero de vagas deve acontecerprimordialmente nas universidadespúblicas. Seria uma forma, segundo aEnecos, de incluir todos os

EXCESSO DE VAGAS EM GUARAPUAVA LEVA AO FECHAMENTO DE FACULDADE

Conseqüência direta da falta deplanejamento no investimentoeducacional, o fechamento docurso de Jornalismo da FaculdadeCampo Real, de Guarapuava,trouxe transtornos a dezenas deestudantes. No início do anopassado, ao refazerem asmatrículas, os acadêmicos foraminformados que por serfinanceiramente inviável, o cursoestava se encerrando. Em

Guarapuava já existia um curso deJornalismo, na Unicentro, instituiçãoestadual, com 30 vagas. A CampoReal recebeu autorização do MECpara oferecer anualmente 100 vagas.

Uma parte dos estudantes teve defazer reopção de curso, ingressandonas turmas de Direito, Gestão deNegócios, Letras e Publicidade ePropaganda. Outros foramtransferidos para o curso deJornalismo da Faculdades Integradas

do Brasil, UniBrasil, em Curitiba. Osdemais conseguiram transferênciapara Unicentro.

Antes, há cerca de seis anos, aUnião Sistema de Ensino, de PontaGrossa, já havia fechado seu cursode Jornalismo. Em agosto de 2004, oMEC determinou por meio de umaportaria que autorizações para aabertura de novos cursos superioressó seriam dadas se o novo cursorespondesse às necessidades da

região e o número de vagassolicitado correspondesse àinfra-estrutura oferecida.Somente seriam autorizadas afuncionar se a região nãopossuísse curso na áreaespecífica ou se o número devagas existentes não suprisse ademanda. Nesta data, já faziadois anos que a Campo Realtinha obtido a autorização parafuncionar.

O provisionamento, condiçãodos jornalistas não formados(não confundir com precários)que tinham autorização paratrabalhar em municípios ondenão havia outros profissionaisnem escola de Jornalismo, estáchegando ao fim. O Sindijor nãorepassa mais os pedidos derenovação do provisionamento àDelegacia Regional do Trabalho(DRT), que já é bastanterestritiva em relação àrenovação.

Isto porque os municípios,mesmo pequenos, já contamcom jornalistas profissionaisdiplomados e em todas asregiões do Estado já háfaculdades de Jornalismo.

A exceção é feita àqueles quejá estão cursando a faculdade deJornalismo e precisam doregistro provisionado paracontinuar trabalhando. Caso nãose renovassem estesprovisionamentos, osprofissionais teriam sériosproblemas. Porém, quandoefetivarem a graduação emJornalismo, ficarão com acondição de jornalistaprofissional diplomado, semrestrições.

Cursos por todo o

Estado determinam

o fim dos

provisionados

estudantes no ensinosuperior. No último CongressoNacional dos Jornalistas, osprofissionais tambémfirmaram posição preferencialpela implantação de cursosde Jornalismo emuniversidades públicas e emlocais onde não existemfaculdades.

No mesmo congresso,realizado em João Pessoa,em 2004, os jornalistasexigiram do Ministério daEducação uma temporada dereavaliação das condições defuncionamento de todos oscursos de Jornalismo do país,período durante o qual nãohaveria novas concessões de

registros. Como resultado a pressãodos jornalistas, o Ministério daEducação, embora não tenhaaceitado a moratória de novoscursos, convidou a Fenaj a integrar ainstalação de faculdades. Outro fronté contra os cursos seqüenciais decurta duração, que, embora vedadospelo MEC a áreas de profissõesregulamentadas como o Jornalismo,ainda persistem como idéia dealgumas faculdades.

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MAIS MUDANÇAS NA TV IGUAÇU E NO DIÁRIO POPULARO jornalista Júlio César Lima saiu do jornal Diário Popular; ele está agoracomo free-lancer. Já Renata Bonacin, ex-TV Iguaçu, foi para os EstadosUnidos em viagem de estudos.

MUDANÇAS NA GAZETA DO POVOO repórter fotográfico Edson Silva saiu da Gazeta do Povo e foi confirmado como chefe doarquivo da RTVE. Também da Gazeta do Povo saíram o coordenador Celso Nascimento, arepórter de Economia Mirian Gasparin e o chefe de revisão Rui João Staub.

Cursos de Jornalismo autorizados

pelo MEC a funcionar no Paraná

FORMAÇÃO

Nome da escola Vagas

Centro de Ensino Superior de Maringá (Cesumar, Maringá) 100

Centro Universitário Campos Andrade (Uniandrade, Curitiba) 120

Centro Universitário Positivo (Unicenp, Curitiba) 200

* Escola Sup. de Est. Emp. e Informática (Eseei, Curitiba) 150

* Faculdade Assis Gurgacz (FAG, Cascavel) 100

Faculdade da Cidade de União da Vitória (Face, União da Vitória) 50

* Faculdade do Norte Pioneiro (Fanorpi, Santo Antonio da Platina) 150

Faculdade do Novo Norte de Apucarana (Facnopar, Apucarana) 100

* Faculdade Metropolitana Londrinense (IESB – Londrina) 75

Faculdade Opet (Curitiba) 100

Faculdade Santa Amélia (Secal, Ponta Grossa) 150

* Faculdade Sul Brasil (Fasul, Toledo) 100

** Faculdades Campo Real (Guarapuava) 100

* Faculdades Cristo Rei (Faccrei, Cornélio Procópio) 80

Faculdades do Brasil (Unibrasil, Curitiba) 150

Faculdades Maringá (Cespar, Maringá) 50

Faculdade de Pato Branco (Fadep, Pato Branco) 100

Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR, Curitiba) 120

União Dinâmica de Faculdade Cataratas (UDC, Foz do Iguaçu) 180

União Educacional de Cascavel – (Univel, Cascavel) 100

Universidade Estadual de Londrina (UEL, Londrina) 20

Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG, Ponta Grossa) 32

* Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro, Guarapuava) 30

Universidade Federal do Paraná (UFPR, Curitiba) 30

Universidade Paranaense (Unipar, Cascavel) 70

Universidade Tuiuti (UTP, Curitiba) 200

Universidade Norte do Paraná (Unopar, Londrina) 200

* Curso não obteve reconhecimento** Curso foi encerrado em 2005Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira(Inep) e escolas.

Avaliações das faculdades de

Jornalismo do Estado até 2003

FACULDADE DE CIENCIAS SOCIAIS

APLICADAS DE CASCAVEL (FCSAC)

2003 B

CENTRO UNIVERSITARIO CAMPOS

DE ANDRADE (UNIANDRADE)

2003 C

2002 C

CENTRO UNIVERSITARIO POSITIVO

(UNICENP)

2003 C

2002 C

PONTIFICIA UNIVERSIDADE

CATÓLICA DO PARANA (PUCPR)

2003 C

2002 C

2001 A

2000 B

1999 B

1998 C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO

PARANA (UFPR)

2003 E

2002 B

2001 E

2000 A

1999 D

1998 B

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

(UTP)

2003 D

2002 C

2001 C

2000 B

1999 D

1998 C

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE

LONDRINA (UEL)

2003 E

2002 E

2001 C

2000 C

1999 B

1998 A

CENTRO UNIVERSITARIO DE

MARINGA - CEUMAR (CEUMAR)

2003 A

2002 C

2001 B

FACULDADE MARINGÁ (CESPAR)

2003 B

2002 B

2001 B

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE

PONTA GROSSA (UEPG)

2003 A

2002 A

2001 B

2000 B

1999 C

1998 E

UNIVERSIDADE PARANAENSE

(UNIPAR)

2003 C

FACULDADE DE CIENCIAS SOCIAIS

APLICADAS DE CASCAVEL (FCSAC)

2003 B

FACULDADE DINÂMICA DAS

CATARATAS (UDC)

2003 B

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)

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odas as DelegaciasRegionais do Trabalho(DRTs) receberammemorando-circular daSecretaria de Políticas

Públicas de Emprego do Ministériodo Trabalho e Emprego determinandoo cancelamento dos registrosprofissionais de jornalistas realizadoscom base na liminar concedida pelajuíza da 16ª Vara Federal de SãoPaulo, que havia abolido a exigênciade diploma para o exercício daprofissão, em outubro de 2001.

Uma portaria, publicada no DiárioOficial da União já decretava ainvalidade dos precários. A portariadeterminou às DRTs que "procedam aimediata intimação individual dosinteressados que tiveram seusregistros profissionais ora declarados

T

DEFESA CORPORATIVA

Ministério do Trabalho

cancela registros precários

Reajuste e abono: jornalistas devem reportareventuais irregularidadesAtenção, jornalista: verifique se a empresa pagou seu salário com o reajustede 4,99% estipulado pela Convenção Coletiva de Trabalho 2005-2006. Aprimeira parcela do abono referente aos meses de outubro, novembro edezembro, bem como ao décimo terceiro salário deveria ter sido paga juntocom o salário de janeiro. A outra parcela dever ser paga no salário de abril.Algumas empresas, porém, preferiram pagar todo o abono de uma só vez.Irregularidades devem ser denunciadas ao Sindijor pelo telefone (41) 3224-9296ou pelo e-mail [email protected].

Projeto de funções jornalísticas vai ao SenadoAprovado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, o Projeto de Lei 079/2004, (n.º 708, de 2003, na origem), que altera dispositivos do Decreto-Lei n.º972, de 17 de outubro de 1969, dispondo sobre o exercício da profissão dejornalista, já está no Plenário do Senado. Na Comissão de Assuntos Sociais,o parecer do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) foi aprovado; resta aaprovação no Plenário do Senado, o retorno à Câmara (onde se originou) e asanção presidencial.O projeto, elaborado pela Fenaj e apresentado pelo deputado Pastor Amarildo(PSB-TO), atualiza as funções profissionais, incluindo a de assessor deimprensa. Além de beneficiar os colegas assessores, que hoje constituem amaior parte dos trabalhadores na categoria, mas não tem amparo legal nafunção, a mudança deve ser mais significativa: das atuais 11, as funções

jornalísticas previstas em lei passam para 23. Entre elas estão as de editor;pauteiro; professor de Jornalismo; produtor jornalístico; elaboração de textoinformativo ou noticioso para transmissão através de teletexto, videotexto ouqualquer outro meio.

AutorAprovado na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, o Projetode Lei 3899/04, da deputada Maninha (PSol-DF), que garante ao jornalista odireito de autor sobre obra produzida, está agora na Mesa Diretora da Câmara.O projeto altera o Decreto-lei 972/69, que regula o exercício da profissão dejornalista. Pelo texto, o jornalista poderá se recusar a cumprir tarefasprofissionais que considerar antiéticas, discordar de revisões que desfiguremseu texto, e até mesmo, por ação judicial, interditar a publicação ou veiculaçãode obra jornalística.

Jornalistas fora do SimplesJornalistas e outros trabalhadores em profissões que requerem habilitaçãoprofissional estão excluídos da adesão ao Simples - Sistema Integrado dePagamento de Impostos e Contribuições das Micro e das Pequenas Empresas- conforme estabeleceu a regulamentação da Lei 11.196/05.A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que cria o Simples Nacional(reunindo 11 impostos, dos quais nove federais), selou a exclusão. Pelo textoaprovado, somente as empresas jornalísticas, de mídia externa, deradiodifusão e sons e imagens poderão aderir ao sistema.

inválidos por via postal com aviso derecebimento". As delegacias deverãoexigir, nos processos que porventuraestejam em tramitação e também

nos processosde registro queforemprotocoladosde agora emdiante, aapresentaçãodo diplomasuperior emJornalismocomo requisitopara aconcessão doreferidoregistro.

Asmedidas

representam a suspensão definitivados chamados registros precários,que apenas no Paraná, segundo aDRT-PR, somavam 310 casos. As

delegacias regionais do trabalhodeverão exigir apresentação dodiploma superior em Jornalismocomo requisito para a concessão doregistro. A decisão atende a umasolicitação da Fenaj, para que secumpra a decisão unânime daQuarta Turma do Tribunal RegionalFederal.

Também em atenção ao pedido daFenaj, o Ministério do Trabalho deveráintensificar a fiscalização do exercícioirregular da profissão. O Ministério doTrabalho agora voltará a lavrar autosde infração caso encontre algumapessoa sem o devido registrorealizando atividade privativa dejornalista - atividade que não pôderealizar durante a vigência da decisãode Carla Rister. Mais informações, napágina 8.

RODRIGO SAIS COMO AUDITOR DA RECEITAO jornalista Rodrigo Sais deixou a Folha de Londrina e, temporariamente, tambémo Jornalismo. Aprovado em concurso, passará a atuar como auditor da ReceitaFederal.

JOÃO BELTRÃO VOLTA A SÃO PAULOO jornalista João Beltrão deixou o Jornalismo da TV Band Curitiba, onde atuavacomo diretor. Ele regressou a São Paulo, para ser um dos editores-chefe doJornal da Record.

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GIOVANA PERINE TROCA DE EMPRESAA jornalista Giovana Perine pediu demissão na TV Iguaçu, onde atuava comorepórter de rede. Ela ingressou na TV Exclusiva.

CARMEM CÉLIA, COORDENADORA NA TV IGUAÇUA nova coordenadora de rede da TV Iguaçu é a jornalista Carmem Célia, ex-repórter da Globo e professora de Jornalismo. Sua função é apresentar materialpara a programação jornalística nacional do SBT.

m janeiro, a Diretoria de Fiscalização e aRegional do Sindijor em Foz do Iguaçupassaram a enviar ofícios a veículos einstituições com assessoria de imprensada cidade informando que o sindicato

está tomando todas as providências necessáriaspara garantir o cumprimento da decisão da JustiçaFederal que restabeleceu a obrigatoriedade daformação universitária em Jornalismo para oexercício da profissão. Os ofícios, dirigidos a 35empresas e instituições, alertam ainda que emcaso de não existir no veículo jornalistaresponsável ou de haver pessoa atuando ematividade privativa de jornalista sem a devidaformação, os veículos têm 15 dias para regularizara situação, para evitar se submeter a fiscalização eautuação da Delegacia Regional do Trabalho (DRT),e conseqüente ação judicial impetrada pelosindicato.

Os ofícios reiteram a necessidade de envio aoSindijor, uma vez por ano, da relação deempregados, com data de admissão, salário ecarga horária, conforme estabelece a ConvençãoColetiva de Trabalho. Os veículos e instituiçõesnotificados são Jornal do Iguaçu, Rádio CostaOeste, FozTV, A Gazeta do Iguaçu, PrimeiraLinha, Câmara Municipal de Foz do Iguaçu,Secretaria Municipal de Comunicação, Rádio Foz,

E

FISCALIZAÇÃO

Ano começa com ação

contra precários

Rádio Cultura, Rádio Itaipu FM, Rádio Cidade,Polícia Federal de Foz do Iguaçu, ParqueNacional do Iguaçu, Polícia Civil, Canal 21 emFoz, TV Naipi, TVC, OAB Foz, TV Educativa,Jornal da Unioeste, Jornal do Sindilojas, Jornal daAsserpi, TV Tarobá, Caderno Informativo doComércio do Morumbi e Região, Jornal daComunidade, Jornal AMPI, O Peregrino, BoletimInformativo Duani School, revista Pour Você,Jornal da Família e Unidade Bancária.

Em fevereiro, a Diretoria de Fiscalização doSindijor enviou três ofícios a jornais do Estado,que, segundo denúncias, não contariam comjornalistas responsáveis, conforme determina a Leide Imprensa. São eles: Jornal Uvaranas, de PontaGrossa, a Folha Pontal do Paraná, e o JornalExpresso, de Rio Branco do Sul. O Sindijor aindaenviou um pedido de fiscalização à DelegaciaRegional do Trabalho para que verifique a situaçãodos funcionários do Jornal do Hospital de Clínicasda UFPR. Segundo denúncia, a pessoa que assinaa publicação como responsável teria obtido umregistro de jornalista precário – já decaído porconta da decisão do TRF-3 em outubro do anopassado. Outra ação foi solicitar esclarecimento daPrefeitura de Paranaguá sobre uma pessoa nãohabilitada desempenhando funções típicas dejornalista atuando na sua assessoria decomunicação.

NOTIFICADO, JORNAL CONTRATA JORNALISTAApós ter sido notificado, no final do ano

passado pela Diretoria de Fiscalização do Sindijor,por não contar com jornalista responsável pelaedição, Jornal do Músico, periódico editado emCuritiba, regularizou a situação, conformedetermina a Lei de Imprensa, contratando para aedição a jornalista Raquel Stelle.

SINDIJOR E ARFOC PEDEM MUDANÇAS NO ESPAÇO A JORNALISTAS EM ESTÁDIOS

O Sindijor e a Arfoc enviaramofício à Federação Paranaense deFutebol solicitando para que aárea destinada aos repórteresfotográficos nos estádios duranteos jogos, hoje restrita ao espaçoatrás da linha de fundo, sejaampliada para as laterais docampo, nas proximidades docórner. A federação, porém, nãose pronunciou a respeito edurante os jogos os profissionaisde imagem continuam sendoafastados pelos árbitros auxiliarescaso tentem se posicionar fora da

limitada faixa situada atrás daslinhas de fundo.

Segundo o diretor de Imagem doSindijor, Pedro Serápio, a mudançase faz necessária em função damodernização dos equipamentosótico-fotográficos, que hoje em geralrequerem lentes de longo alcance, oque é incompatível com o espaço nalinha de fundo a que ficam limitadosos jornalistas, que acabam tendoperda na qualidade das imagens. OSindijor e a Arfoc pretendem que osrepórteres fotográficos possam seposicionados também lateralmente

ao campo, a uma distância de cincoa dez metros do ponto do córner, oque melhoraria a qualidade dasimagens. Diante da recusa dafederação em atender ao pedido, oSindijor e a Arfoc solicitaram que aCBF se posicionasse sobre o tema,mas também não obteve resposta.

CARTEIRAOutra iniciativa que visa melhorar

o trabalho dos jornalistas de imagemnos estádios de futebol é asolicitação dirigida aos clubes paraque exijam o uso da carteira da Arfoc

para os profissionais deimagem. A exigência coibiria oabuso por parte de sites queenviam para os estádiosprofissionais sem qualificação,pagando quantias irrisórias evendendo o material fotográficopara agências de imagens. Estasituação precariza o mercado edeteriora a qualidade do materialjornalístico oferecido ao público.Vale lembrar que para se obterregistro na Arfoc é preciso antester o registro de repórterfotográfico.

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TC TEM MUDANÇAS NA COMUNICAÇÃOMudanças na coordenação de Comunicação do Tribunal de Contas do Estado:sai Cláudia Guedes, que continua com sua empresa de assessoria, e entraThaís Faccio.

EGRESSOS DA CESUMAR CRIAM SITEA jornalista Rosi Ortega, Tereza Parizotto e Ana Paula Machado estão dirigindo osite Comunicação em Pauta (www.comunicacaoempauta.com.br), parceria de ex-alunos de Comunicação do Centro Universitário de Maringá (Cesumar).

IMPRENSA NO PARANÁ

Congresso Paranaense dos Jornalistas

om objetivo de discutir osdesafios no futuro daprofissão no século 21, oSindijor promove nos dias 7, 8e 9 de abril, em Curitiba , o 5º

Congresso Paranaense dos Jornalistas,iniciativa que, por ocasião do Dia doJornalista, servirá para trazer subsídiosà discussão da profissão nos próximosanos. O congresso que volta a serrealizado após sete anos e conta compatrocínio da Petrobrás, Itaipu,Secretaria de Estado da Cultura eAssociação Comercial do Paraná (ACP)e apoio do Banco do Brasil, Sebrae-PRe Sindicato dos Jornalistas de Londrina.

Estão confirmadas as presençasdos jornalistas Cláudio Tognolli (Rádio

Quinta edição do evento acontece em abril em Curitiba. Inscreva-se já!!!

PROGRAMAÇÃO

07 DE ABRIL (SEXTA-FEIRA)

14h Início das inscrições e credenciamento

20h Cerimônia de abertura

Abertura da Mostra de Imagens de Jornalistas

Paranaenses

Abertura da Exposição Comemorativa aos 60 Anos do

SINDIJOR e FENAJ

20h30 Palestra de abertura:

"O Futuro do Jornalismo - Desafios da Profissão no

Século 21" Palestrante: Paulo Markun (TV Cultura)

08 DE ABRIL (SÁBADO)

8h30 Mesas paralelas:

Formação Profissional

Palestrantes: Murilo Ramos (Universidade de Brasília)

Sérgio Gadini (UEPG) Mediador:

Mário Messagi Jr. (Sindijor e professor da

UFPR)

Regulamentação Profissional

Palestrantes: Bernardo Kucinski (USP) Ayoub Hanna

Ayoub (UEL) Mediador: Aurélio Munhoz

(Sindijor e editor do Estado do Paraná)

10h Intervalo

10h30 Mesas paralelas:

Jornalismo Investigativo

Palestrantes: Cláudio Tognoli (Jovem Pan) - a confirmar

Jovem Pan), Bernardo Kucinski (ECA/USP), Eugênio Bucci (Radiobrás),Paulo Markun (TV Cultura), RicardoNoblat (Blog do Noblat), Sérgio Gadini(UEPG), Antônio Costa (Gazeta doPovo) Caio Túlio Costa (FundaçãoSemco), Ayoub Hanna Ayoub (UEL),Murilo Ramos (UnB), Maria do CarmoBatiston (a Duca, da Prefeitura deCuritiba), Mauri König (Gazeta doPovo), Teresa Urban, Luís CláudioOliveira (portal Onda RPC).

CNa programação constam mesas

temáticas sobre Formaçãoprofissional, RegulamentaçãoProfissional, Jornalismo Investigativo,Assessoria de comunicação, Novastecnologias, Imagem e mídias eJornalismo independente. Serãomontados grupos de trabalho nasáreas de Formação e regulamentação,Jornalismo e democracia, Novosmercados, Imagem e Organizaçãosindical.

Está prevista ainda a realização deeventos extras, como oficinas desaúde (postura, LER e estresse),mostra de imagens, lançamentos delivros de jornalistas com sessão deautógrafos, apresentações dejornalistas artistas, exibição curtas oudocumentários e exposiçãocomemorativa aos 60 anos do Sindijor.Ainda haverá Festa deConfraternização e o Churrasco do Diado Jornalista.

No endereço http://eventos.sindijorpr.org.br/ estãodisponíveis informações sobre oevento, programação e acesso àinscrição. As inscrições paraestudantes serão em número limitado

Mauri König (Gazeta do Povo) Mediador:

Ricardo Medeiros (Sindijor e Gazeta do Povo)

Assessoria de Comunicação

Palestrantes: Eugênio Bucci (Radiobrás) Maria do Carmo

Batiston (Prefeitura de Curitiba) Mediador:

Aniela Almeida (Sindijor e Gazeta do Povo)

12h Intervalo para Almoço

14h Mesas paralelas:

Novas tecnologias e mídias

Palestrantes: Caio Túlio Costa (Fundação SEMCO) Luís

Cláudio Oliveira (Onda RPC) Mediador:

Rogério Galindo (Sindijor e Gazeta do Povo)

Jornalismo Independente

Palestrantes: Ricardo Noblat (Blog do Noblat) Teresa Urban

Mediador: Lenise Klenk (Sindijor, CBN e OAB)

Futuro do Jornalista de Imagem

Palestrantes: Pedro Martinelli - a confirmar Antonio Costa

(Gazeta do Povo) Mediador: Pedro Serápio

(Sindijor)

15h30 Intervalo

16h Grupos de Trabalho:

Formação e Regulamentação;

Jornalismo e Democracia; Novos

Mercados; Organização Sindical;

Jornalismo de Imagem

18h-20h Eventos culturais e sociais

Oficinas de saúde: Postura, LER e

Estresse. Sessão de autógrafos (A

confirmar) Pocket show (A

confirmar) Exibição de curtas (A

confirmar)

22h Festa de Confraternização

8h30-20h Atividades paralelas: Mostra de

Imagens dos Jornalistas Paranaenses

Exposição Comemorativa aos 60

Anos do SINDIJOR e FENAJ

09 DE ABRIL (DOMINGO)

9h Sessão Plenária

12h Encerramento do 5º. Congresso

Paranaense dos Jornalistas

13h Churrasco Anual do Dia do Jornalista

Preencha a ficha de inscrição ao lado e envie-a,

acompanhadoa do comprovante de depósito do

valor na conta do Sindijor (Banco do Brasil. Conta

corrente: 15861-5, Agência 3051-1), para o fax (41)

3224-9296. Ou acesse: http://

eventos.sindijorpr.org.br/

INSCRIÇÕES PREÇO PROMOCIONAL ATÉ 24/03 APÓS 24/03

Jornalista em dia

com o sindicato 100,00 150,00

Demais jornalistas 150,00 200,00

Estudante 100,00 100,00

Estudante pré-sindicalizado 50,00 50,00

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RASCUNHO COM SITE REFORMULADO O jornalista Rogério Pereira, ex-Gazeta do Povo, acaba de lançar o novo site dojornal de literatura Rascunho, que entra no sexto ano. O endereço éwww.rascunho.com.br

JORNALISTA ELABORA MAPA TURÍSTICO DE CURITIBAO jornalista Eduardo Fenianos elaborou o mapa turístico oficial de Curitiba, queterá cópias em fôlderes de papel reciclado distribuídas em todos os pontosturísticos e hotéis da capital paranaense.

A FORMAÇÃO

DE JORNALISTAS

SOCIALMENTE

RESPONSÁVEIS

Patricia Smaniotto*

O mundo contemporâneo enfrentacrescentes desafios relativos aos direitoshumanos, sociais e ambientais. Nessecontexto, o jornalismo ganha importânciavital e única, graças ao seu papel demediação entre os atores sociais. Paraque o jornalismo socialmenteresponsável seja possível no Brasil, emempresas de comunicação ou nojornalismo independente, a formaçãoprofissional necessita ser revista. Épreciso que as universidades preparemos futuros jornalistas para atender asnovas exigências técnicas eoperacionais do mercado, mas tambémos capacitem - pela equivalente ênfase,no currículo dos cursos, das disciplinassociais e humanas que já foram um dia ocentro da base formativa do jornalista - adesenvolver conteúdos editoriaisrealmente consistentes, pertinentes esintonizados com as mais urgentes elegítimas demandas da complexarealidade social brasileira.

Outra iniciativa nesse sentido éincentivar não apenas a realização deestágios em empresas de comunicação,mas também em organizações não-governamentais voltadas aos direitoshumanos e outras pautas sociais. Apartir de experiências em organizaçõescom missões, metas e valores diversos,o estudante de jornalismo terá condiçõesde adquirir uma visão pluralista eabrangente do impacto de seu trabalhona sociedade. E, certamente, esse novoprofissional estará muito maiscapacitado, onde quer que atue, a lutarpor um jornalismo que transforme a vidadas pessoas para melhor. Isso poderáfazer toda a diferença para as váriasgerações de cidadãos - crianças,adolescentes, mulheres e homens - queainda esperam por respeito e dignidadenesse País.

* Patricia Smaniotto é jornalistavoluntária da Ciranda - Central de

Notícias dos Direitos da Infância e daAdolescência.

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Ficha de Inscrição

Tipo da Inscrição:

( ) Preço Promocional – Jornalista em dia com o Sindicato (até 24/03)

( ) Preço Normal – Jornalista em dia com o Sindicato

( ) Preço Promocional – Demais jornalistas (até 24/03)

( ) Preço Normal – Demais jornalistas

( ) Preço Estudante Pré-Sindicalizado

( ) Preço Estudante

Dados do Inscrito:

Nome completo: _____________________________________________________

Instituição: _________________________________________________________

Nome no Crachá: ____________________________________________________

CPF:____________________ e-mail: ____________________________________

Endereço:______________________________________Nr._____ Compl._______

Bairro:___________________ Cidade:______________________ Estado: ______

CEP:___________________ Telefone(s): _________________________________

Junto com esta ficha de inscrição, deverá ser enviado o comprovante de depósito

(Banco do Brasil. Conta corrente: 15861-5, Agência 3051-1), por fax, para o número

(41) 3224-9296. Somente serão aceitas inscrições acompanhadas do comprovante.

Patrocínio

Apoio

Realização

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KAMAROWSKI DEIXA ASSESSORIA DO SINDITESTO jornalista Carlos Kamarowski Junior não está mais assessorando o Sinditest-PR (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFPR, HC/FUNPAR e UTFPR).Em seu lugar ficou a agência de publicidade W3.

GIOVANNA GUEDES NA PREFEITURA DE PORTO BARREIROA jornalista Giovanna Guedes, ex-free-lancer para os cadernos especiais daGazeta do Povo, está atuando na assessoria de imprensa da prefeitura de PortoBarreiro (região Centro-sul do Estado).

IMAGEM

Sindijor recebe trabalhos

para exposição itinerante

Sindijor recebe até 17 de março trabalhos para a exposição de imagens (fotos e ilustrações) etambém de páginas diagramadas de jornais e revistas, que será aberta durante o V CongressoParanaense de Jornalistas, em Curitiba, e seguirá para outras cidades do Estado até o final doano. No roteiro, estão previstas exposições em Paranaguá (26 de abril a 11 de maio), PontaGrossa (15 de maio a 1º de junho), Guarapuava (5 a 18 de junho), União da Vitória (21 de junho

a 2 de julho), Pato Branco (5 a 18 de julho), Francisco Beltrão (21 de julho a 6 de agosto), Foz do Iguaçu(9 a 22 de agosto), Cascavel (25 de agosto a 10 de setembro), Toledo (13 a 26 de setembro), Umuarama(29 de setembro a 15 de outubro), Paranavaí (18 a 31 de outubro), Maringá (3 a 12 de novembro), SantoAntônio da Platina (16 a 29 de novembro) e Londrina (4 a 17 de dezembro).

Podem se inscrever jornalistas profissionais diplomados ou com registro de repórter fotográfico,diagramador ou ilustrador, com trabalhos em suas respectivas áreas habilitadas. Cada autor poderáinscrever até dois trabalhos na categoria Fotografia, e um trabalho nas categorias Página Diagramada eIlustração. Os trabalhos devem ser encaminhados para a sede do Sindijor em formato digital (CD com altaresolução para reprodução em tamanho mínimo de 21,5 x 15 cm, com pelo menos 300 dpi de resolução),com o crédito, número de registro profissional, breve legenda (até 350 caracteres), e demais dadospedidos na ficha de inscrição, encontrada no endereço http://www.sindijorpr.org.br/pub/publicacoes/d54a8263562c85b36f399eca0f1a421f.doc. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 3224-9296 ou pelo e-mail [email protected]

O

Prêmio Sangue Novorecebe 253 trabalhosApós contabilizar as inscrições de trabalhosentregues por correio, o Sindijor totalizou253 trabalhos de 600 acadêmicos ao 11ºPrêmio Sangue Novo no JornalismoParanaense. O número fica um pouco acimados 240 registrados (de 577 estudantes) naúltima edição. Foram computados ainda 15trabalhos laboratoriais (rádio, jornal, on-line eTV). Reportagem impressa teve 60trabalhos, enquanto que Projeto deAssessoria de Imprensa não teve inscritos.Os trabalhos estão agora na fase final deavaliação; a entrega do prêmio está previstapara ocorrer entre 19 de maio. O relatóriocompleto dos trabalhos está no endereçohttp://www.sindijorpr. org.br/pub/publicacoes/13d9ee5e26aed0834 bee3486d52e77c1.xls

LivroO Sindijor está elaborando um livro queconta a trajetória dos 10 primeiros anos doSangue Novo, sob a coordenação do diretorde Formação do Sindijor, Mário MessagiJúnior, e do jornalista e ex-presidente doSindijor Emerson Castro. Estão sendoentrevistados professores, premiados ejulgadores. O lançamento será feitojuntamente com a entrega da 11ª edição doprêmio.

CMC aprova voto delouvor ao SindijorA Câmara Municipal de Curitiba aprovou nodia 7 de fevereiro um voto de louvor econgratulações de iniciativa do vereadorjornalista Mario Celso Cunha pela realizaçãodo Prêmio Sangue Bom do JornalismoParanaense, "um grande incentivador detalentos e de reconhecimento profissional".

Sindicato de olhoem jornalistas artistasAtenção, jornalistas que possuem bandasde música, escreveram ou estão escrevendolivros, fizeram curtas-metragens,documentários ou participem de pequenosespetáculos de teatro e dança: enviem parao Sindijor seus nomes, mencionando aatividade que realizam. O sindicato estáfazendo o levantamento de profissionais quepossam participar dos eventos organizadospela entidade. Os interessados devem entrarem contato com o Sindijor pelo telefone (41)3224-9296 ou pelo [email protected]

O edifício Casa do Jornalista foi furtada porladrões entre os dias 4 e 5 de fevereiro. Oscriminosos causaram avarias nas portas elevaram valores do Sindicato dos Publicitários,dos Gráficos e dos Radialistas. No Sindijor, asala principal não foi invadida; nemequipamentos nem valores (o Sindijor nãomantém somas de dinheiro na sede) foramlevados. O prédio possui seguro, e a corretorajá foi acionada.

Casa do Jornalista é furtada

A invasão se deu pelo portão lateral, o quepossibilitou que os criminosos chegassem aoauditório; para ter acesso às salas dossindicatos, os ladrões arrombaram uma portade madeira e outra de ferro. A necessidade dereparos precipitou uma reforma na lateral doprédio, com a abertura do espaço ondeanteriormente funcionou um bar, deixando,porém, intactas as pinturas da parede feitas porprofissionais.

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ANA BRITO NA GLOBO SÃO PAULOA jornalista Ana Brito pediu demissão da TV Paranaense, onde atuava comorepórter. Ela rumou para São Paulo, onde vai cobrir férias na TV Globo.

EDUARDO RIBEIRO E KEYSE CALDEIRA EM SÃO PAULOO jornalista Eduardo Ribeiro saiu da rádio CBN Curitiba e foi para São Paulo, ondeatuará na Band. Também em São Paulo está a jornalista Keyse Caldeira, quedeixou a Gazeta do Povo.

INSTITUCIONAL

O

Sindijor realiza eleição de diretoria

Jornalistas em dia com mais de seis meses de filiação podem se candidatar

Sindijor realiza nosdias 10, 11 e 12 deabril eleições pararenovar suadiretoria. As

inscrições de chapas vão atéo dia 10 de março. Podemse candidatar à diretoriajornalistas que tiverem, nadata da votação, pelo menosseis meses de inscrição noquadro do sindicato. Poderãovotar os jornalistasassociados com três mesesde inscrição e quites com ainstituição pelo menos 15dias antes do pleito. Paracoordenar os trabalhos, foiconstituída uma comissãoformada pelos jornalistasBernardo Bittencourt, LorenaKlenk e Walter Schmidt, quetiveram seus nomeshomologados em assembléia.

Cada chapa deve apresentarnomes para os cargos de diretor-

presidente, diretor-executivo; diretor-financeiro; diretor de DefesaCorporativa; diretor de Fiscalização

do ExercícioProfissional;diretor de Saúde ePrevidência;diretor de Imagem;diretor de Açãopara a Cidadania;diretor de Cultura;diretor deFormação; alémde cinco diretoresadministrativos.

Ainda podemser eleitasdiretoriasregionais em cadauma das regionaisdo Sindicato(Ponta Grossa,Sudoeste,Cascavel, Foz eGuarapuava). Assubseções

sindicais serão dirigidas pelo seuvice-presidente regional e poderão terdiretorias regionais (Defesa

NÚCLEO DE ASSESSORIA DE IMPRENSA TRAÇA O PERFIL DE PARTICIPANTES

Neste início de ano, o NúcleoParanaense de Assessoria de Imprensarealizou o recadastramento de seusparticipantes. Mais de 70 pessoas deperfis e interesses diversos realizaram orecadastramento, em que foi possívelidentificá-los, apontar os locais ondeatuam e quais os seus principaisinteresses. Dos 70 participantes, 39,2%trabalham em assessoria dentro dedeterminada empresa, 35,2% são deempresas de AI e 25,4% são free-lancers.Além do perfil, o recadastramentopermitiu identificar o interesse dosrecadastrados com a opção de escolherentre três assuntos pertinentes: 41,4%responderam que gostariam que o Núcleorealizasse um evento sobre "Formação depreço: como e quanto cobrar pelosserviços prestados", envolvendo questões

éticas e a criação de uma tabela de preços. Emsegundo lugar, 36,5% responderam que seriainteressante um evento sobre "As Assessorias deImprensa na visão dos jornalistas" e, em terceiro,21,9%, votaram que deveria iniciar os preparativospara um workshop em 2006 sobre uma Feira deNegócios.

Mesmo com bastante tempo de atuação, écomum ouvir de assessores de imprensainterrogações sobre o que o núcleo faz e quais sãoos seus objetivos. Basicamente, ele foi criado paraa troca de informações entre os profissionais daárea, muitas vezes discriminados pelos própriosjornalistas de redação. Com isso, percebe-se que énecessária cada vez mais a união dessa categoria,que a cada ano aumenta em virtude das poucasvagas existentes nos veículos de comunicação.

Na prática, por meio dos e-mails trocados peloscomponentes do núcleo, é comum ocompartilhamento de fontes para determinada

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matéria, indicação de clientes, sugestão depalestrantes para congressos nacionais ediscussões éticas e operacionais no dia-a-diados assessores de imprensa.

O núcleo já realizou eventos como a palestrado publicitário Eloi Zanetti e do professor deJornalismo da ECA/USP Manuel CarlosChaparro. Além disso, foi estipulado um pisopara a categoria (um valor referencial mensalpara trabalhos de assessoria local) e ainda aassinatura do jornalista e do registroprofissional em releases, uma tentativa decombater a atuação de pessoas não habilitadasque atuam na área.

Qualquer profissional de ComunicaçãoSocial que esteja trabalhando em assessoria deimprensa pode participar do Núcleo. Maisinformações e pedido para participar podem sersolicitados pelo e-mail [email protected] ou na sede do Sindijor.

Corporativa; Fiscalização doExercício Profissional; Saúde ePrevidência; Imagem; Ação para aCidadania; Cultura; Formação), comas mesmas funções em âmbitoregional.

A documentação para o registrodas chapas deve ser entregue emenvelope fechado na sede doSindijor (Rua José Loureiro, 211,Curitiba); após a aprovação dacomissão eleitoral, a chapareceberá um recibo de inscrição. Oscandidatos ao Conselho Fiscal seinscreverão individualmente, atravésde solicitação por escrito àComissão Eleitoral, anexando aficha de qualificação do candidato,em duas vias e cópia da Carteira deTrabalho onde constem aqualificação civil e registroprofissional. No site do Sindijor, hámais informações sobrecandidaturas, registro de chapas,comissão eleitoral, conselhosfiscais e atribuições dos cargos.

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MUDANÇA NO JORNAL DO ESTADONo Jornal do Estado, com a saída da repórter Andréa Bertoldi, que rumou para asucursal curitibana da Folha de Londrina, entrou, na editoria de Economia, ajornalista Juliana Sartori.

KARINA JANZ ASSUME O JORNALISMO DA UEPGProfessora de Jornalismo na UEPG, a jornalista Karina Janz assumiu acoordenação do curso. Ela também foi aprovada no doutorado em Comunicaçãoda Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

contece em Londrina,de 30 de março a 1ºde abril, o I SeminárioNacional Ética noJornalismo, promovido

pela Fenaj e pelo Sindicato dosJornalistas de Londrina. Oevento abre as comemoraçõesoficiais do aniversário de 60anos da Fenaj e vai discutir aética profissional, com ênfasena atuação do Jornalismo namídia, assessorias e serviçopúblico.

Uma das mais importantesatividades do evento é adiscussão do Código de Éticados Jornalistas, cuja revisãodeverá acontecer durante oXXXII Congresso Nacional dacategoria, em Ouro Preto.Cada um dos sindicatosfiliados à Fenaj terá direito atrês delegados. Sugestões dealterações no Código de Éticaforam recolhidas entre todos ossindicatos. O código atual tem maisde 20 anos - data de 1985, quandofoi aprovado no Congresso Nacionaldos Jornalistas do Rio de Janeiro - enunca passou por uma revisão.

Durante o evento também seráformado um grupo de trabalho para

A

DEBATE

Seminário em Londrina discute atualização

do código de ética da profissão

Escola Inglês Athus firmaconvênio com o SindijorA escola de língua inglesa Athusestabeleceu convênio com o Sindijorpara oferecer cursos regulares,expressos (de curta duração) e vips(com horário flexível) com isenção dematrícula e 10% de desconto nasmensalidades para jornalistas queapresentarem carteira da Fenaj em dia. AInglês Athus fica na Avenida Visconde deGuarapuava, 2763. Mais informaçõespelo telefone (41) 3322-1001 ou pelo o e-mail [email protected].

discutir a formação ética nasescolas de jornalismo do Brasil.Estão previstos painéis sobre osnovos paradigmas da imprensa;uma nova ética para uma novamodernidade; ética profissional:atuação do jornalismo na mídia,

História da mídia, em discussãono MaranhãoAcontece em São Luís (MA), de 30 de maio a 2 dejunho, o IV Encontro Nacional de História da MídiaBrasileira. O evento é promovido pela Rede Alfredode Carvalho para o Resgate da Memória daImprensa e a Construção da História da Mídia noBrasil (Rede Alcar), em parceria com a AssociaçãoMaranhense de Imprensa (AMI), e tem como temacentral "A luta pela liberdade de imprensa no Brasil- Revisão crítica dos 300 anos de censura". Aprogramação do evento e demais informaçõespodem ser conferidas no endereço www.ufsc.br/redealcar.

Jornalista ganha açãocontra Agora ParanáO jornalista Pio Santana ganhou umaação trabalhista movida contra a EditoraAgora Paraná, de Pinhais, em quepleiteava o reconhecimento de vínculoempregatício e todos os direitosdecorrentes. Ele atuou por quatro anoscomo redator da coluna Nascente Nativae como repórter fotográfico. No entanto, aempresa não o registrou formalmente. Aorecorrer ao Judiciário, o jornalista foivitorioso nas três instâncias. Agora,aguarda execução da sentença.

assessorias e serviço público; oespetáculo e a notícia; análisecrítica dos métodos e técnicas daimprensa; o direito de informar e aviolência contra jornalistas.

De acordo com o presidente daFenaj, Sérgio Murilo de Andrade, o

seminário de Londrina temcomo objetivo prático criarespaço para reflexão sobre osdesafios, os conflitos, oslimites e os novos paradigmasda profissão de jornalista.Aliado a isso, há também umobjetivo estratégico, que é aretomada da discussão pelacriação de um ConselhoFederal dos Jornalistas. "Aética tem valor essencial naorganização da profissão e porisso vamos defender a criaçãodo conselho", afirmou Andrade.

Os valores da inscrição paraas diferentes modalidadesserão divulgadosposteriormente. Durante oevento será realizada, também,reunião ordinária do Conselhode Representantes daFederação para análise dascontas e aprovação doorçamento da Fenaj para 2006.O evento conta com o apoio da

Caixa Econômica Federal; Itaipu;Milênia Agro Ciências e Sercomtel;e parceria científica da FaculdadeMetropolitana do Paraná,Universidade Estadual de Londrina(UEL) e Universidade Norte doParaná (Unopar).

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COLUNA DA ASSOCIAÇÃO DOS JORNALISTAS DO AGRONEGÓCIO DO PARANÁ

Ajap organiza seminário em Curitiba

Incentivar a reflexão sobre aqualidade do Jornalismovoltado ao agronegócio e oespaço destinado a estesegmento na mídia, assim

como debater e relacionar asprincipais distorções e problemas queocorrem nas coberturas atuais. Esteé o objetivo do seminário que aAssociação dos Jornalistas doAgronegócio do Paraná (Ajap)realizará em Curitiba. O evento, emfase de organização, deve acontecerno fim de abril ou início de maio.Segundo presidente da Ajap, MarcosTosi, os preparativos para o seminárioprosseguem e definições devemacontecer nos próximos dias. "Pelaprimeira vez no Paraná, vamos ter aoportunidade de reunir profissionaisde imprensa que atuam num setorfundamental para a economia doEstado e do País. A reflexão sobre otrabalho dos jornalistas do

NA PREFEITURA DE CURITIBA, DEONILSON, FLÁVIO E ISRAELDeonilson Roldo assumiu a Secretaria Municipal de Comunicação de Curitiba. FlávioCosta agora chefia a redação da comunicação da Prefeitura, onde entrou também ojornalista Israel Reinstein, que vinha trabalhando na comunicação da Fiep.

FIFI E SOLANGE PATRÍCIO VÃO PARA FIEPRecém-saídas da assessoria da Prefeitura de Curitiba, as jornalistasRosimeire Tardivo, a Fifi, e Solange Patrício foram para Federação dasIndústrias do Paraná (Fiep): Fifi assessorando o Sesi e Solange no Senai.

E

Site de jornalista tem cadastrode vagas para profissionais

O jornalista brasiliense Alexandre Senacadastra em seu site oportunidades de trabalhopara jornalistas em diversos locais do país etambém mostra onde há vagas paracomunicadores em concursos públicos. Oendereço do site é www.alexandresena.jor.br/linkzero.html

Prêmio João Valiante cominscrições abertas

Estão abertas as inscrições o Prêmio JoãoValiante de Jornalismo, promovido pela AssociaçãoBrasileira de Alumínio (Abal) para premiar asmelhores reportagens de 2006 (até 15 de agosto)sobre reciclagem de produtos de alumínio.Concorrem as categorias mídia impressa ewebjornalismo e mídia eletrônica. O prazo parainscrições termina no dia 22 de agosto. Apremiação será feita durante o VIII SeminárioInternacional de Reciclagem do Alumínio, queacontecerá no segundo semestre. Ficha eregulamento estão disponíveis em www.abal.org.br

Prêmio Abramge registratrabalhos jornalísticos

A edição 2006 dos Prêmios Abramge deMedicina e de Jornalismo Domingos de LuccaJúnior, com o tema “Medicina Preventiva – Modelosde Promoção à Saúde e Prevenção de Doenças –Experiências Bem-sucedidas”, está com inscriçõesabertas até 3 de novembro. Na modalidadeJornalismo – que dará ao vencedor um prêmio deR$ 7 mil, troféu e diploma -, podem concorrertrabalhos de mídia impressa publicados até a data-limite das inscrições. Mais informações podem serobtidas pelo [email protected], pelo telefone (11)3289-7511 ou pelo site www.abramge.com.br

Prêmio Confea de Jornalismo:últimas semanas

O Conselho Federal de Engenharia, Arquiteturae Contabilidade está recebendo até 31 de marçoinscrições para a terceira edição do Prêmio Confeade Jornalismo, iniciativa que visa premiar matériasfotográficas e jornalísticas publicadas na mídia quemostrem à contribuição das áreas de atuação das

Engenharias, Arquitetura, Agronomia, Geologia,Geografia e Meteorologia, na vida econômica,política e social do país, sob o tema “CompromissoSocial: desafio e oportunidade profissional”, nascategorias Impresso, Rádio, TV, Internet,Fotografia, em cada uma das quais o vencedorreceberá R$ 5.000,00. Ficha de inscrição eregulamento no site www.confea.org.br

Aberta inscrição paradocumentários no DOCTV

Até o dia 17 de março estão abertas asinscrições – gratuitas – para o Programa deFomento à Produção e Teledifusão do DocumentárioBrasileiro (DOCTV III), iniciativa da TV ParanáEducativa, Ministério da Cultura, TV Cultura de SãoPaulo e Associação Brasileira das EmissorasPúblicas, Educativas e Culturais (Abepec) que vaipremiar duas propostas de documentário com R$100 mil cada. O enfoque dos projetos deve serregional. Os interessados devem levar todos osdocumentos até 17 de março na sede da TV ParanáEducativa (Rua Júlio Perneta, 695, Mercês, emCuritiba). Os requisitos para a inscrição podem serencontrados no site http://www.pr.gov.br/rtve

agronegócio é o principal objetivo doseminário", explicou.

Ainda conforme o presidente daAjap, mais de 70 jornalistas dointerior e da capital devem participardo evento, com data de realização a

ser confirmada."Para enriqueceros debates,pretendemostrazer a Curitibaprofissionais dosetor jornalístico ede economia ruralcom renomenacional",observou. Tosilembra que a idéiados colegas queajudaram naconstituição daentidade, em maiodo ano passado,era o de

transformá-la em fórum de discussãosobre assuntos pertinentes àprofissão. "Cada vez maisprofissionais ingressam neste setorda economia que tanto temcontribuído para o desenvolvimento do

País, mesmo passando por crisescomo agora".

O Comitê Executivo da Ajap vai sereunir ainda em março para formatara programação do evento e possíveispatrocínios. Tão logo a programaçãoe forma de inscrições estejamdefinidas elas serão divulgadasatravés do Sindijor e de fôlderes queserão enviados aos interessados.

Diretoria - A diretoria daassociação é composta pelosseguintes colegas: Marcos GarciaTosi (presidente); Samuel ZanelloMilléo Filho (vice-presidente); AndréFranco (1º secretário); Marcos AndréMorgenstern (2º secretário); RobertoMonteiro (1º tesoureiro); e Elvira Fanti(2ª tesoureira). Conselho Fiscal: EloyOlindo Setti, Paulo RobertoDomingues e João Alceu Ribeiro(titulares); Thea M. Tavares, VâniaCasado e Rogério Otávio B. Viana(suplentes).

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1930: OS ÓRFÃOS DA REVOLUÇÃO - DOMINGOS MEIRELLES, 764 PP., RECORD,RIO DE JANEIRO, 2005, R$ 69,90Esta obra é uma continuação do livro anterior - "As noites das grandesfogueiras: uma história da Coluna Prestes", de 1996 - que termina quando osrebeldes, depois de percorrer 36 mil quilômetros pelo interior do Brasil sobperseguição implacável das tropas oficiais, refugiam-se nas matas da Bolíviae prometem voltar, um dia, para acabar com a oligarquia que tiranizava o país.O novo livro de Meirelles mostra exatamente o que se deu com aqueles jovensidealistas que, aproveitando-se da anarquia que dominou o Exército brasileiro

no início do século 20, imaginaram que, rompendo com seus superiores, conseguiriammudar o quadro desolador de injustiças sociais que marcava o Brasil de então. A tentativa foifrustrada e aqueles tenentes acabaria retornando ao país para ajudar o caudilho GetúlioVargas a empolgar arbitrariamente o governo. Já Luís Carlos Prestes não aceitaria participarda aventura política do Estado Novo. Preferiu deixar-se doutrinar pelos teóricos docomunismo, viajou para a Rússia e tentaria chegar ao poder em 1935, também pela força,com a Intentona Comunista. São esses antigos rebeldes os órfãos da Revolução, de quetrata o título do livro. Mas, se tentaram fazer alguma revolução, foi quando procuraramsublevar quartéis contra a aristocracia nos primeiros anos da década de 1920, ao tempo daColuna Prestes. Depois, muitos desses antigos rebeldes associaram-se aos seus pioresalgozes para participar do movimento de 1930.

MEU QUERIDO VLADO - PAULO MARKUN, 192 PP., OBJETIVA, RIO DE JANEIRO,OBJETIVA, 2005, R$ 29,90Paulo Markun traça sua trajetória em comum com Vladimir Herzog no períodoque antecedeu a prisão e morte de Vlado pelo DOI-Codi, em São Paulo.Segundo Markun, desde seu primeiro dia de trabalho na TV Cultura - ondeassumira a direção de jornalismo - Vlado tornou-se o alvo preferencial de umacampanha que procurava apresentar a emissora como perigoso centro sobcontrole dos comunistas. Os dois militantes do Partido Comunista Brasileiroacabaram indo parar naquilo que os próprios agentes do DOI-Codi definiam,

orgulhosamente, como "a sucursal do inferno". Markun foi preso em 17 de outubro de 1975,com outros companheiros. Uma semana mais tarde, uma equipe das forças de repressão foi àredação da TV Cultura prender o diretor de Jornalismo. Sob a promessa de se apresentar namanhã seguinte, Vlado dormiu em casa. Na manhã seguinte, cumpriu o combinado. Horasmais tarde, estava morto. Para encobrir o assassinato, forjaram seu suicídio por enforcamento.Mas, pela primeira vez depois de muito tempo, a sociedade reagiu à uma morte sob tortura.

10 REPORTAGENS QUE ABALARAM A DITADURA - FERNANDO MOLICA (ORG.),368 PP., RECORD, SÃO PAULO, 2005, R$ 44,90Há matérias que todo bom jornalista gostaria de assinar. Exemplares pelaousadia, competência e coragem de seus autores e editores. Nesta obra, queabre a coleção Jornalismo Investigativo, Fernando Molica reúne algumas dasmelhores reportagens produzidas em um dos piores momentos de nossahistória. São trabalhos que se destacam em meio a uma grande e mesmosurpreendente quantidade de ótimas reportagens publicadas em uma épocapouco propícia para o exercício do Jornalismo.

Estão compiladas, aqui, a série pioneira sobre tortura publicada no Correio da Manhã, o alertapara a fome brasileira editada na revista Realidade sob o título de "Eles estão com fome", adenúncia da banalização da tortura e sua adoção como método de interrogatório da ediçãoespecial da Veja, em um dos períodos mais duros da ditadura, reportagens sobre a morte deVladimir Herzog, os abusos cometidos com o dinheiro público, o direito de acesso adocumentos públicos, o caso Riocentro, trabalhos de Marcos Sá Correa e Márcio Moreira Alvese outros. Mas o livro faz mais que republicar esses escritos. Agora as reportagens voltam acircular acompanhadas dos relatos dos jornalistas envolvidos na sua produção e edição.

REPORTAGEM: A ARTE DA INVESTIGAÇÃO - MARIA CECÍLIA (CIÇA) GUIRADO,132 PP. ARTE & CIÊNCIA EDITORA. SÃO PAULO, 2005, R$ 30,00.Nesta obra, Ciça Guirardo transita com desenvoltura dos sábios entre o mundoacadêmico, as teorias e teóricos, e o mundo lá fora, permeado por umarealidade que nem sempre chega à academia. A sensibilidade em mesclarclássicos como Aristóteles, Borges ou Umberto Eco a "mortais" maravilhososcomo Ricardo Kotscho, repórter de coisas e pessoas, para fundamentar suasponderações mostra isso: Ciça Guirado continua afiada como repórter e afinadacom a realidade. O humanista Josué de Castro dizia que a universidade que se

fechava no conhecimento, que não buscava interação com a sociedade e com a realidade, nãocumpria sua função. Originalmente trabalho de mestrado, "Reportagem: a arte da investigação"mostra uma academia comprometida com a realidade. Nos últimos anos, as discussões dotipo "a reportagem está em crise", ou "o jornalismo acabou" predominaram. O livro de CiçaGuirado vem provar a vivacidade do trabalho jornalístico no Brasil e que cada vez maisrepórteres buscam espaços para a arte da investigação. Ciça Guirado é jornalista pelaUniversidade Estadual de Londrina, mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutoraem Estudos Portugueses/História da Comunicação (Universidade Nova de Lisboa) eatualmente leciona na Universidade de Marília (Unimar).

Biblioteca da comunicação tabela de preços - Março 2005

SALÁRIOS DE INGRESSORepórter, redator, revisor, ilustrador, diagramador,repórter fotográfico e repórter cinematográfico 1.698,28Editor 2.207,76Pauteiro 2.207,76Editor chefe 2.547,41Chefe de setor 2.547,41Chefe de reportagem 2.547,41Estes são os menores salários que poderão ser pagos nas redações; Os valoresda tabela são para jornada de trabalho de 5 horas.O piso salarial da categoria édefinido em Acordo Coletivo de Trabalho, Convenção Coletiva e/ou Dissídio Coletivo.FREE LANCEAssessoria de imprensaServiço mensal local 1.698,28RedaçãoLauda de 20 linhas (1.440 caracteres) 91,13Mais de duas fontes: 50% a maisEdição por páginaTablóide 118,01Standard 141,41Diagramação por páginaTablóide 59,02Standart 80,48Revista 43,87Tablita / Ofício / A4 29,97RevisãoLauda (1.440 caracteres) 23,75Tablóide 49,60Tablita 37,41Standard 103,72IlustraçãoCor 140,80P&B 93,76Reportagem fotográfica – ARFOCReportagem EditorialSaída cor ou P&B até 3 horas 266,00Saída cor ou P&B até 5 horas 401,00Saída cor ou P&B até 8 horas 678,00Adicional por foto solicitada 98,00Foto de arquivo para uso editorial 268,00Com equipamento digital Editorial InstitucionalSaída 3 horas R$ 360,00 R$ 560,00Saída 5 horas R$ 575,00 R$ 884,00Diária viagem R$ 985,00 R$ 1.627,00Reportagem Comercial/InstitucionalSaída cor ou P&B até 3 horas 370,00Saída cor ou P&B até 5 horas 587,00Saída cor ou P&B até 8 horas 978,00Adicional por foto 130,00Reportagem CinematográficaEquipamento e estrutura funcional fornecida pelo contratanteSaída até 5 horas 289,00Saída até 8 horas 354,00Adicional por hora 100%Foto de arquivo para uso em:Anúncio de jornais (interna) 580,00Anúncio de Revista (interna) 624,00Capa de Disco, calendário, revista, jornal 978,00Outdoor 1230,00Cartazes, Folhetos e Camisetas 401,00Audiovisual até 50 unidades 1661,00Audiovisual acima de 50 unidades a combinarDiária em reportagem que inclui viagem a combinarReportagem aérea internacional a combinarHora técnica 78,00

Observações importantes: Lembramos que os valores acima referem-se apenas aotrabalho do profissional, incluído o uso do equipamento básico necessário para seexecutar uma cobertura fotográfica.Despesas com filmes, revelações, provas -contato, cópias, duplicatas, molduras, transmissões, transporte, alimentação,hospedagem, seguro de vida, credenciamento, dentre outras, correm por conta docontratante.Trabalhos realizados entre 22 e 6 horas, aos domingos e feriados e assaídas mistas (p & b e cor) serão acrescidas em 50%.Conforme a Lei 9610/98 ofotojornalista realiza um trabalho de criação intelectual, que não pode ser confundidocom mera prestação de serviços, portanto a LICENÇA DE REPRODUÇÃO DEOBRA FOTOGRÁFICA é um documento legal de cobrança e deve substituir a notafiscal de serviços. O crédito na foto é um direito do autor, obrigação de quem querque divulgue, previsto pela Lei 9.610, de 19/02/1998. Trabalhos publicados semcrédito, junto à foto, sofrerão multa de 50% sobre seu valor, conforme a Lei 9.610de 19/02/98.Na republicação, será cobrado 100% do valor da tabela.A foto editorialnão pode ter utilização comercial.Certifique-se que a pessoa que vai lhe prestar oserviço de fotojornalismo, é um profissional habilitado. EXIJA A IDENTIFICAÇÃODE REPÓRTER FOTOGRÁFICO.Sugestões deverão ser encaminhadas ao Sindicatoatravés do fax 41 224-9296 ou Correio Eletrônico: [email protected]

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ZECA LANÇA LIVRO "LENDA DAS ÁGUAS"O jornalista Zeca Correia Leite lança em março o livro "Lenda das Águas", no qualrelata 16 histórias indígenas sobre o tema, e que conta com ilustrações de MarcoJacobson.

NOVIDADES NA BANDNEWSA Rádio BandNews FM, de Curitiba, está com novidades no seu quadro decolaboradores: na produção e reportagem entra Renata Polatti, e, para a âncorada noite, foi selecionado Napoleão de Almeida.

Emerson Castro *

m pleno regime militar e na vigência dadoutrina de Segurança Nacional, o grupodiretor eleito em 10 de julho de 1970 -tendo como presidente AyrtonBaptista - será basicamente o

mesmo até 1979.Naquele final de década, uma ação

indiretamente política surgiu diante dosdiretores do sindicato: participar de umcurso sobre Segurança Nacional eDesenvolvimento, evento especial daAssociação dos Diplomados da EscolaSuperior de Guerra (Adesg). A presençade três representantes do sindicato foidiscutida e aprovada, ficando uma vagapara um diretor e outras duas vagasdistribuídas entre profissionais do Diáriodo Paraná e de O Estado do Paraná.

Milton Cavalcanti, jornalista que nãoatuava mais como dirigente sindical, masfora cassado como presidente do sindicatoem 1964, também participou deste primeirocurso, apesar de comunista e filiado ao PartidoSocialista. Sem convite, foi aceito com dificuldade,somente como ouvinte, sem direito a voz.

Assim, participar de um curso da Adesg em sinão estabelecia um vínculo da diretoria ao ideário daSegurança Nacional, mas ser convidado para oevento e aceitá-lo conotava de um lado umaconvergência de interesses entre a Adesg e seusconvidados, e de outro, uma distinção em relação,por exemplo, ao quase indesejado "ouvinte", que nempoderia manifestar-se publicamente, embora o tenhafeito a contragosto dos organizadores. A diretoria daépoca estava imbuída de sua tarefa de integrar-se aoreceituário do regime militar. Enfim, buscava firmaruma estabilidade institucional do Sindicato, que atépoucos meses antes não havia.

CENSURANas atas muito pouco se registra quanto à

censura aos meios de comunicação ou repressão ajornalistas naquele período. Porém, em 1º de junhode 1971, é significativa uma decisão da diretoria, emnota oficial para publicação em jornais de Curitiba, arespeito da demissão de um jornalista nãosindicalizado, funcionário da Fundepar, órgão dogoverno do Estado, cujas razões foram colocadas emsuspeita pelo jornal O Estado do Paraná. Na nota, adiretoria do sindicato, por unanimidade, considerouque a demissão era um problema de ordemadministrativa, concordando com as razões expostas

HISTÓRIA

Anos 70, uma questão de Segurança Nacional

pelo governo. Também explicita que o sindicato"continua atento e vigilante, na defesa dos interessesprofissionais, sem qualquer envolvimento político,com altivez e independência, características daentidade, (...) não se responsabilizando, entretanto,pelo envolvimento do nome da entidade ou dequaisquer de seus diretores, em assuntos que fujamà sua competência (...)".

Apesar de um profissional estar sendo demitido,ainda que sob suspeita de sofrer represália política, adiretoria deixou claro aos jornalistas que nãopretendia envolver-se em questões políticas. Oexemplo leva a crer que essa postura por um ladonegava a hipótese de considerar a censura, ou arepressão ideológica, como algo que estivesserealmente afetando os jornalistas; ou por outro, quenão era desejo daquela diretoria envolver-se com oexercício politizado da profissão.

Mas quem eram aqui então os jornalistas?Profissionais que reproduziam tecnicamente asnotícias, descolados da realidade, domesticados pela

E

censura; ou profissionais que noticiavam a partir e pordentro dessa conjuntura, apesar das circunstânciasadversas de censura? O embate entre concepções

de atuação profissional (politizada x imparcialdespolitizada), a partir de componentes

claramente ideológicos, salta do cotidianodas redações para dentro do sindicato e

passa a permear a atuação dos seusdiretores.

A nota deixa clara a percepçãode que eram conhecidas asquestões político-ideológicas queestavam na ordem do diajornalístico. Era uma questão deforo individual assumir asconseqüências por subverteressa situação. O que eranegado efetivamente era o nívelda repressão a que a imprensatambém poderia estar sendosubmetida.

O então presidente AyrtonBaptista admite sua estupefação

diante da morte de VladimirHerzog em 25 de outubro de 1975.

Disse ele: "nós não acreditávamosque podia, de fato, chegar àquele

ponto". Nas entrelinhas, ele admitiu seuconhecimento quanto a existência darepressão e censura à imprensa, mas

também sua perplexidade com a extensãoe profundidade que este tipo de ação do

governo vinha adquirindo. A crítica em questão aquipermanece no patamar do aspecto desumano doassassinato de uma pessoa. Não está dito, masimplícito, que a censura era tolerada, eliminados osexcessos de ordem física.

ACOMODAÇÃONa prática, estabelece-se nesse período uma

integração da diretoria do sindicato ao ideário daSegurança Nacional, mas ao mesmo tempocorroborada por uma alta dose de acomodação damaioria dos jornalistas, em detrimento de uma açãosindical ativa politicamente, mobilizadora, mesmoque fosse exclusivamente para reivindicações desalários e melhorias nas condições de trabalho. Essafoi a tônica até a eleição de 1976, com chapa deoposição. O 11º Congresso Nacional de Jornalistas,realizado em Curitiba naquele ano, fomentou onascimento de uma nova oposição sindical,mesclando concepções de novos e velhos jornalistas.

* Emerson Castro é jornalista e professor.

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VALDECI LIZARTE ATUANDO COMO FREE-LANCERO jornalista Valdeci Lizarte deixou a assessoria do governo do Estado. Agora, elevai atuar como free-lancer, começando a trabalhar com a comunicação daempresa White Martins.

JORNALISTA ATUALIZA SITE DIARIAMENTEO jornalista João Luiz Pereira Neves está fazendo atualização diária do site darevista Diplomacia & Negócios (www.diplomaciaenegocios.com.br), que contacom notícias sobre diplomacia bem como arte, turismo, economia, tecnologia.

IMPRENSA NO PARANÁ

Requião x Gazeta do Povo

trajetória de animosidade dogovernador Roberto Requiãocom a imprensa teve maisum capítulo, deflagrado destavez por uma matéria da

Gazeta do Povo ("Praias do PR são asmais sujas do Sul"), que comparava abalneabilidade das costas dos cincoEstados mais ao Sul do país. Requiãoanunciou que cortaria verba publicitáriado governo à Gazeta; o seu partido, oPMDB, mandou afixar outdoors emCuritiba dizendo que o jornal mentia, eainda organizou uma manifestação de"lavagem de calçada" em frente à sededo jornal. A briga virou notícia nacional.

Particularmente, os outdoorsdespertaram uma reação pouco usualda Gazeta, que tomou firme posiçãocontra a atitude do grupo político contra

Críticas do governador à linha editorial do veículo atingem os jornalistas

Ao jornal, publicando editorial de capaem que rebatia as críticas. A disputateve seu ponto "alto" com a lavagemdas calçadas em frente ao jornal, naPraça Carlos Gomes, por militantes doPMDB, na qual quase ocorreu umconfronto físico entre o secretário deEducação, Maurício Requião, e odiretor de Marketing do Grupo RPC,Rogério Mainardes. O secretáriobradava: "por que não me consultou nasecretaria antes de publicar estasmatérias emporcalhadas". Na semanaseguinte, na reunião do secretariado, osecretário criticou matérias sobreeducação no veículo que, segundo ele,teriam dado dimensões maiores aproblemas pontuais de falta deprofessores. O jornal sustentou aapuração dos seus repórteres e não

realizou tréplica para que não sealimentasse polêmica.

O jornalista Eduardo Aguiar, um doscoordenadores da redação da Gazeta,refutou as críticas de Doático e afirmouque o jornal não mudará a linhaeditorial nem deixará de cobrir asações do governo do Estado."Continuaremos atuando comindependência e crítica quandonecessário", afirmou Aguiar.

O Sindijor deplora a atitude deRequião quando ameaça com corte deverbas um veículo, por este termostrado, com dados objetivos, umasituação grave que é de interessepúblico. A distribuição de verbaspúblicas para publicidade deveobedecer a critérios técnicos e não sermanejada em coações políticas.

Também considera lamentável que serotule genericamente de "mentiroso"um veículo sem apontar os erros,falhas e distorções que eventualmentepossa apresentar.

O Sindijor entende que a imprensadeve ser criticada, mas em termosobjetivos, refutando dado por dadoincorreto - e, se for o caso, solicitandodireito de resposta ou buscando naJustiça a reparação devida. Noentanto, à parte toda disputa quesurge como sendo de patrões, não sepode admitir que a função pública sejausada para execrar o trabalho doprofissional jornalista, que não é oresponsável pela linha editorial dosveículos em que trabalha, mas que, detoda forma, é atingido por críticasgenéricas.