Expressão heteróloga

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EXPRESSÃO HETERÓLOGA DE PROTEÍNAS Ivson Cassiano Mayla Abrahim

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EXPRESSÃO HETERÓLOGA DE PROTEÍNAS

Ivson CassianoMayla Abrahim

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O que são proteínas heterólogas

heterólogo (he-te-ró-lo-go) adj (hétero+logo) 1 Que consiste em elementos diferentes. Expressão heteróloga de proteína significa que uma proteína é experimentalmente colocado em uma célula que normalmente não fazem (ou seja, expressa) a proteína.

A expressão de proteínas funcionais em hospedeiros heterólogos é um desafio da biotecnologia moderna.

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Proteínas e sua importância

A sequência de aminoácidos bem como a função da proteína, são determinadas pela sequência de pares de bases no gene que a codifica. As proteínas são essenciais à estrutura, à função, e ao regulamento celular e são também responsáveis pela homeostasia do organismo.

 A expressão heteróloga de proteínas é muito importante quando se pretende proceder ao estudo funcional das mesmas.  

A utilização de microrganismos geneticamente modificados, capazes de sintetizar proteínas em grande quantidade, apresenta, sob o ponto de vista econômico, uma vantagem considerável em relação aos processos clássicos de produção.

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Os sistemas de expressão heteróloga em proteínas têm vindo a ser extensivamente utilizados nos dias de hoje, nomeadamente na produção de proteínas de interesse do ponto de vista biotecnológico e medicinal .

EXPRESSÃO HETERÓLOGA DE PROTEÍNAS

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Expansão e desafios da indústria de biotecnologia: produção eficiente e controlada de proteínas

recombinantes

diferentes sistemas de expressão: procariotos e eucariotos

inúmeras finalidades: diagnóstica, terapêutica e de prevenção (vacinas)

Tecnologia de DNA recombinante: obter e combinar genes de uma variedade de fontes

clonar e expressar genes em diferentes hospedeiros

produção de grandes quantidades de proteínas recombinantes

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A clonagem de expressão permite obter o produto do gene clonado.

O produto é utilizado para diferentes fins:

O transcrito da sequência clonada (transcrição in vitro) pode servir como sonda de hibridação.

•A proteína expressa pode servir para identificar o gene clonado, numa biblioteca de expressão, por hibridação com o anticorpo específico.

•O DNA recombinante pode servir para produzir proteínas de valor comercial.

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Relembrando:

Clonagem gênica: isolamento, amplificação e purificação de um gene ou de genes, a partir do material genético de um dado organismo.

Vetores: veículos de clonagem que permitem que os fragmentos de DNA a serem clonados sejam introduzidos e propagados em uma célula hospedeira adequada.

Célula hospedeira: células de fácil manipulação, crescimento rápido e constituição genética bem conhecida (ex: bactérias, leveduras, células de cultura de tecidos de mamíferos e insetos).

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Sistemas de expressão de proteínas recombinantes:

bactérias (Escherichia coli)

leveduras (Pichia pastoris)

baculovírus/células de inseto

cultura de células de mamíferos

células de plantas e plantas transgênicas

animais transgênicos

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Processo: Escolhendo o vetorAplicação da proteína expressada

Características da proteínaSolubilidade e localização celular

Tags

Preparar o vetorDigestão ou Método LIC

Preparar o Inserto Plasmídeo ou DNA

PCRClonar o Inserto no Vetor

AnelamentoTransformação

Transformação em célula

de expressão

InduçãoDeterminação tempo e

temperaturaSDS-PAGE

Cultura de células

ExtraçãoDetergentes

Métodos Físicos

PurificaçãoColuna afinidadeProtases - Tags

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Procedimento: Isolar e preparar o DNA;

Escolher o vetor apropriado;

O fragmento de DNA a clonar é introduzido em vectores de clonagem, formando-se o DNA recombinante.

O DNA recombinante é inserido na célula hospedeira – transformação, que possui mecanismos enzimáticos para a replicação do DNA e para a síntese protéica;

Selecção e identificação de células que incorporam o DNA recombinante;

Verificar se a proteína foi expressa;

Remoção e purificação das proteínas.

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Escolhendo o vetor

Organismos como plasmídeos, bacteriófagos, cosmídios, BAC (Bacterial Artificial Chromosome) e YAC (Yeast Artificial Chromosome) utilizados para transferir DNA/RNA para uma celular hospedeira.

Considerações importantes para escolher o melhor vetor de expressão:

- Aplicação da proteína expressada;

- Informações específicas sobre a proteína a ser expressada (sequência extra de amina terminal)

- Estratégia de clonagem – preparo do inseto (compatibilidade entre sítio de restrição e a região de leitura).

- Solubilidade e localização celular (citoplasma, periplasma ou corpo de inclusão)

- um local de reconhecimento onde as endonucleases o irão cortar.

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Preparando o inserto de DNA

DNA de interesse

Utilizar uma enzima de alta fidelidade;Limitar o número de ciclos da reação;Aumentar a concentração do DNA;Aumentar a concentração de primers.

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Células para clonagem E. coli

Vantagens:Vasto conhecimento da genética e fisiologia de E. coliDiversidade de vectores de clonagem Fácil controlo da expressão génica Fácil crescimento com elevadas produçõesSecreção do produto no meio de cultura

Desvantagens:Não realiza modificações pós-traducionais e tem capacidade limitada de formar pontes dissulfídricasAtividade biológica e imunogenicidade podem diferir da proteína naturalElevado conteúdo de endotoxinas Falta de um mecanismo de secreção

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Escolhendo a melhor célula

A escolha da melhor célula competente depende da natureza da proteína de interesse:

Proteínas mais sensíveis a ação de proteases;

Proteínas eucarióticas que possuem códons próprios, também chamados de raros;

Proteínas insolúveis;

Proteínas tóxicas;

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Deficiência de Protease

Linhagens B834, BL21, BLR, Origami ™B, Rosetta™ 2, Tuner™;São deficientes em proteases que possam degradar as proteínas durante o processo de purificação;Proteínas se tornam mais estáveis nessas linhagens;

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Um pedaço de DNA pode ser inserido em um plasmídeo, se tanto o plasmídeo circular e a fonte de DNA têm sítios de reconhecimento para a mesma endonuclease de restrição.

Vetor de expressão

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Clonagem num vector de expressão plasmídico

Um pedaço de DNA pode ser inserido em um plasmídeo, se tanto o plasmídeo circular e a fonte de DNA têm sítios de reconhecimento para a mesma endonuclease de restrição.

O plasmídeo e o DNA estranho são cortados por esta endonuclease de restrição (EcoRI neste exemplo).

Os dois intermediários recombinar por base o emparelhamento e estão ligadas pela ação da DNA ligase.

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O vector de expressão tem um promotor forte, adjacente ao gene que codifica a proteína, que origina grandes quantidades de mRNA.

O DNA recombinante é introduzido em bactérias, leveduras, células de inserto, ou células de mamífero, onde o gene clonado é transcrito e traduzido eficientemente.

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Tag

O tag é uma curta sequência de nucleotídeos que codifica um peptideo com poucos aminoácidos.

Pode ser adicionado à extremidade N ou C do produto do gene clonado.

Permite a detecção e purificação de proteínas.

Péptideos de fusão específicos conferem vantagens à proteína alvo durante a expressão: aumentam a solubilidade, protegem da proteólise, melhoram a conformação, aumentam a produção.

São vários os tags utilizados nos vectores de clonagem:His6 Glutationa-S-transferase (GST) Proteína de ligação a maltose (MBP)Proteína verde fluorescente (GFP)Epítopos

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Tag adicionado ao inserto

Por engenharia genética, uma tag (epítopo) pode ser adicionado ao inserto.

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Detecção de proteínas

A identificação do DNA clonado é feita por hibridação com um anticorpo específico da proteína expressa.

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Recuperando a Proteína

Lise celular

Remoção dos Ácidos Nucléicos

Otimizar a Purificação

Remover os Tags

Armazenar as proteínas em tampão apropriado.

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Lise celular convencional

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Detergentes para Extração

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Buster Family

É uma mistura de detergentes, própria para o rompimento da parede celular de E.coli e liberação das proteínas ativas.

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Purificação de proteínas com tag

Após obtenção da proteína, esses resíduos devem ser purificados;Podem prejudicar a função / forma da proteína;São removidos por uma protease específica e / ou coluna cromatográfica.

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Proteases de remoção

Proteases específicas promovem remoção eficiente dos resíduosda proteínas.São altamente específicas e podem ser ativadas em baixastemperaturasEvita desnaturação da proteína.

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Fractogel

Purificação eficiente e econômica das protéinas

Purificação de proteínas em larga escala;Purificação de proteínas recombinantes

obtidas da cultura celularPurificação de vírusRemoção de resíduos e toxinasAlta estabilidade química

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Corpos de Inclusão – Fração Insolúvel

Corpos de inclusão: tornam a proteína inativa devido a formação de agregados insolúveis (ácidos nucléicos, fosfolipídios, etc); Consequentemente a proteína deve ser rearranjada para retomar sua atividade;Métodos convencionais de purificação de corpos de inclusão são empíricos e consomem muito tempo do usuário.

iFOLD ™ Protein Refolding System

É um método rápido ereprodutível deidentificar as condiçõesde rearranjo da proteína.

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Gene repórterGene repórter é um gene que produz uma proteína que pode ser detectada e quantificada utilizando um teste simples.

Utilização de genes repórter na localização de proteínas recombinantes

Ratinho transgénico com GFP em fusão com uma proteína epitelial

O ratinho contém um transgene marcado com GFP expresso no corpo; o ratinho fluoresce quando iluminado com luz UV.

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Atualmente

É possível realizar este processo (com modificações especificas para cada célula, proteína de interesse e genoma) em:

Leveduras (Pichia pastoris, Saccharomyces cerevisiae, entre outras).

células de mamífero (células COS, células CV1, etc)

baculovírus/células de inseto

células de plantas e plantas transgênicas

animais transgênicos

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A produção de insulina humana porENGENHARIA GENÉTICA

bactéria E. coli Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento - nº 23 - novembro/dezembro 2001

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vetor de expressão pLMT8.5 construído para a produção da pró-insulina humana em E. coli.

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Aumentando a estabilidade da proteína

Utilize células deficientes de proteases;

Adicione inibidores de proteases durante o processo de extração

Encontre o melhor tampão de armazenagem

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Bibliografia

Como melhorar sua Expressão de Proteínas Recombinantes em E.coli. Paola de Carvalho Braga, 2008.

Clonagem de expressão.

PROTEÍNAS RECOMBINANTES PRODUZIDAS EM LEVEDURAS. Fernando Araripe Gonçalves Torres. Revista Biotecnologia.

A produção de insulina humana por ENGENHARIA GENÉTICA. Beatriz Dolabela de Lima. Revista Biotecnologia.

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OBRIGADO!

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