Explosiv Os
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1. DEFINIÇÃO:
É uma substância ou misturas de substâncias químicas que tem a
propriedade de, ao ser iniciada convenientemente, sofrer transformações
químicas violentas e rápidas, transformando-se em gases que resultam na
liberação de grandes quantidades de energia em reduzido espaço de
tempo.
2. VELOCIDADE DE TRANSFORMAÇÃO:
A transformação de um explosivo nunca é instantânea como parece aos
nossos sentido, varia de explosivo para explosivo e depende dos seguintes
fatores:
a. quantidade de explosivo;
b. condições e forma de emprego (Ex. Explosivos comprimidos, fundido,
em palhetas, em forma de estrela, esféricos);
c. pureza e estado de conservação.
Assim sendo, os fenômenos observados são :
a) a queima
reação lenta caracterizada como uma combustão normal;
b) a deflagração
combustão de baixa velocidade (600 a 1500 m/s). Não
gera onda de choque. Acontece com os baixos explosivos que são
usados para projeções;
c) a explosão
combustão que compreende velocidades de 1.500 a 4.000
m/s.
d) a detonação
combustão que atinge velocidade superior a 4.000 m/s e
temperaturas elevadíssimas. Podem ser altos explosivos e explosivos
iniciadores.

3. EXCITAÇÃO:
Normalmente é necessário uma excitação para se iniciar a transformação
de um explosivo, mesmo uma excitação involuntária ou imprevista (choque,
calor) se faz necessária.
3.1.TIPOS DE EXCITAÇÃO:
a. mecânica - dispositivo de percussão das armas, choque, atrito, etc.;
b. fisica - corrente elétrica, chama, centelha, aumento de temperatura, etc.;
c. química - acontece através da simpatia ou contato.
3.2. ONDA EXPLOSIVA:
Considerando-se uma esfera de explosivo. Se o início da transformação se
der no centro da esfera, notamos que as esferas intermediárias se
transformarão uma a uma. Cada uma dessas esferas intermediárias
caracterizam uma onda explosiva.
3.3. ONDA CHOQUE:
Um explosivo uma vez iniciado cria ao seu redor uma onda choque
provocada pela quantidade de gases gerados pela iniciação do explosivo.
Esta onda irá se propagar no espaço e diminuirá em força à medida que se
afasta do ponto que houve a iniciação. Esta onda de choque poderá iniciar
outro explosivo que esteja próximo, o que irá caracterizar uma explosão pôr
simpatia.

4. COMPOSIÇÃO DOS EXPLOSIVOS:
Os explosivos contêm determinados componentes que figuram de forma
indispensável à sua existência e, outros elementos que têm pôr finalidade
dar-lhe outras características.
4.1. ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS:
a. um comburente - à base de oxigênio. Usam-se os nitratos, os cloratos,
etc..
b. um combustível - à base de Hidrogênio, Carbono, Enxofre, Alumínio,
etc.. Usam-se o carvão vegetal, amidos, celulose, óleo, etc..
4.2.ELEMENTOS FACULTATIVOS:
Como elementos facultativos na composição do explosivo temos os
seguintes:
a. elemento suporte - liga o comburente ao combustível e permite às
vezes, maior volume de gases. Ex.: azodo, enxofre etc.;
b. elementos auxiliares - não alteram o valor explosivo das substâncias,
mas emprestam-lhes determinadas características necessárias São os
seguintes os elementos facultativos auxiliares:
dissolventes - álcool, éter, acetona, etc.;
gelatinizantes - dissolvem a substância dando uma forma de gelatina
Ex.: Glicerina;
estabilizantes, - dão estabilidade ao explosivo precavendo-se de calor,
umidade, etc.. Ex.: parafina, vaselina, resina, goma, pinche, etc.;
Absorventes - empregados para absorver substâncias explosivas. Ex.:
Ácido sulfúrico, farinha de Kielsegunr.

5. CLASSIFICAÇÃO DOS EXPLOSIVOS:
5.1. SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO QUÍMICA
a. explosivos químicos;
b. explosivos mecânicos;
c. explosivos químicos-mecânicos.
5.2. CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A VELOCIDADE DE REAÇÃO:
a. explosivos lentos, baixos explosivos, progressivos e propulsores
são
explosivos cuja velocidade de transformação se dá de forma lenta,
normalmente são empregados para cargas de artifícios pirotécnicos e
para carga de projeção. Ex. Pólvoras mecânicas e químicas;
b. explosivos rápidos, altos explosivos e rompedores
são substâncias
cuja velocidade de transformação é muito grande, possuem grande
poder destrutivo e brizância elevada;
c. explosivos primários iniciadores e detonadores
têm como principal
função fornecer a energia de ativação para os altos explosivos.
Normalmente são iniciados através do calor.
5.3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO ESTADO FÍSICO
a. Sólidos - pólvoras, trinitrotolueno, etc.;
b. Líquidos - nitroglicerina, tetril, etc.;
c. Gasosos - GLP, acetileno, etc..
6. PRINCIPAIS PROPRIEDADES DOS EXPLOSIVOS:
a. Força
é a medida da quantidade de energia liberada por um explosivo
na detonação.

b. Higrospicidade
é a capacidade que um explosivo tem de absorver
unidade do ambiente;
c. resistência a água
intervalo de tempo que um explosivo pode ficar em
contato com a água sem perder suas características explosivas;
d. resistência ao armazenamento
intervalo de tempo que os explosivos
podem ficar estocados. Varia de 02 meses a 01 ano.
e. Densidade
relação entre o peso e o volume do explosivo. Quanto
maior a densidade do explosivo maior será a energia liberada para
execução de uma detonação.
f. resistência ao choque
capacidade que um explosivo tem de não
detonar quando submetido a choques acidentais;
g. sensibilidade
é a maior ou menor aptidão que tem um explosivo de
iniciar através de combustão ou choque;
h. exsudação
é o suor liberado pelos explosivos nitroglicerinados quando
submetidos a condições de estocagem desfavoráveis;
i. brisância
é a capacidade que um explosivo tem de destruir seu
recipiente.
7. TIPOS DE EXPLOSIVOS:
Os explosivos industriais mais comuns são:
a. explosivos à base de nitroglicerina;
b. explosivos à base de nitrato de amônio;

c. explosivos bombeáveis;
d. pólvoras químicas e mecânicas.
7.1. Explosivos Nitroglicerinados:
O nome comercial é dinamite. Existem três tipos básicos:
a) Gelatinas;
b) Semi-Gelatinas;
c) Granulares.
As gelatinas e as semi-gelatinas combinam a nitroglicerina com
nitrocelulose para formar a estrutura de gel.
As granulares combinam nitrato de amônio e nitrato de sódio com uma
pequena quantidade de nitroglicerina.
Principais características desses explosivos:
a) alta velocidade;
b) boa resistência à água;
c) Alta brisância;
d) Boa sensibilidade;
e) Boa força;
f) Baixa resistência ao choque.
7.2. Explosivos à base de nitrato de amônio:
O principal explosivo desse grupo é o ANFO (Amonium Nitrate and Fuel
Oil). Este explosivo é o mais utilizado no mundo.
O ANFO consiste de uma mistura entre dois componentes principais.
Nitrato de Amônio e óleo combustível. Além desses, outros componentes

podem ser adicionados, tais como alumínio em pó, microbolhas de ar,
serragem, etc..
Tal explosivo foi descoberto a cerca de 100 anos, porém sua utilização
somente se tornou eficiente na década de 50, com o desenvolvimento do
nitrato em forma de partículas esféricas (PRILL). Este nitrato possui
microporos que facilitam a penetração do combustível.
Principais características:
a) baixo custo;
b) fácil confecção;
c) elevada higrospicidade
10% de umidade torna o ANFO insensível
(destrói os micrósporos);
d) baixa resistência a água
usa revestimento plástico ou papel laminado
para prevenir o contato acidental;
e) boa segurança para o operador;
f) seu poder destrutivo é maior utilizando-se explosivos com densidade de
0,8 a 0,85. Acima de 1,2 torna-se inerte.
g) Pouco sensível
necessita em alguns casos de reforçadores para
iniciação.
h) Boa força
i) Boa brisância.
7.3. Explosivos Bombeáveis ou Emulsões
São os explosivos mais recentes no mercado. Tal explosivo é constituído
de emulsões que são misturados no local de detonação por equipamentos
próprios (unidades móveis) e só se tornam explosivos após sua colocação
no furo a ser detonado.

O desenvolvimento deste explosivo foi acompanhado da redução
progressiva do tamanho das partículas, passando desde sólido até as
soluções salinas com sólidos e por último a microgotas de uma solução
explosiva coberta por óleo. O tamanho das microgotas é cerca de 100
vezes menos do que o tamanho do prill do ANFO.
Principais características:
a) preço baixo;
b) boa resistência a água;
c) excelente segurança na fabricação e manuseio;
d) fácil carregamento do furo;
e) apresenta alterações em baixas temperaturas;
f) não pode ser armazenado por longos períodos de tempo;
g) há necessidade de utilização de reforçadores;
h) baixísssima sensibilidade;
i) boa força;
j) boa brisância;
k) é possível conseguir melhor trabalho útil com densidades entre 1 e
1,45 g/cm³.
7.4. Pólvoras Químicas e Pólvoras Mecânicas:
As pólvoras podem ser de 02 tipos básicos:
7.4.1. Pólvoras Mecânicas

São pólvoras que possuem sua composição básica de nitrato, enxofre e
carvão vegetal. A pólvora mais conhecida deste grupo é a pólvora negra.
A pólvora negra é usada nos trabalhos em pedreiras para cortar pedras de
pequenos dimensões e nos trabalhos de escavação em geral.
Existem 02 tipos básicos de pólvoras negras:
a) a pólvora negra de ruptura A (à base de nitrato de Potássio) e a B (à
base de nitrato de sódio);
b) pólvora negra prensada.
Principais características:
a) deixa muito resíduos;
b) gera muita fumaça;
c) são extremamente sensíveis ao calor, choque ou atrito;
d) possuem elevada higrospicidade;
e) sua velocidade de queima é inversamente proporcional ao tamanho
das partículas;
f) possui pouca força;
g) possui pouca brisância;
h) gera grande quantidade de gases de forma descontrolada;
7.4.2. Pólvoras Químicas:
São as pólvoras sem fumaça, que normalmente são utilizadas como
propulsores.
As pólvoras químicas podem ser:
a) base simples
à base de nitrocelulose;

b) base dupla
à base de nitroglicerina e nitrocelulose;
c) multibase
à base de nitroglicerina, nitrocelulose e nitrogranidina.
Principais características:
a) não gera fumaça;
b) deixa pouco resíduo;
c) são menos sensíveis que as mecânicas;
d) ao ar livre não explodem;
e) possui menos higrospicidade;
f) gera queima controlada;
8. ACESSÓRIOS PARA DETONAÇÃO:
Para detonação das cargas explosivas e o conseqüente aproveitamento do
trabalho resultante da energia liberada sob a forma de ondas de choque,
necessário se faz a utilização de equipamentos e dispositivos denominados
acessórios de detonação.
8.1. ESTOPIM:
Consiste em um núcleo de pólvora negra ou misto equivalente, envolvido
pôr fios de algodão, rayon ou juta, revestido com massa asfaltica ou
plástica. Cada metro queima aproximadamente em 120 segundos. Para
facilitar o acendimento é aconselhável o corte das pontas livres (cerca de
10 cm). Devem ser guardados em local seco, evitando-se torções ou
dobramentos que afetam o núcleo de pólvora,

8.2. ESPOLETA COMUM OU PIROTÉCNICA:
A espoleta comum consta de uma cápsula de alumínio, dentro da qual está
colocado uma carga base (em geral nítropenta), que é iniciada pôr uma
carga primária de Azida de Chumbo e Trinitroresorciriol. Uma das
extremidades da cápsula está aberta e pôr ela se introduz o estopim que
funciona como iniciador da espoleta;
8.3. ESPOLETA ELÉTRICA:
São semelhantes as espoletas comuns exceto pela iniciação que é elétrica.
Consiste pôr uma resistência elétrica coberta pôr uma carga explosiva.
Esta resistência faz ponte entre os fios de ligação que saem da espoleta. É
detonada pelo aquecimento da ponte e ignição da mistura quando
atravessada pôr corrente elétrica.

8.4. CORDEL DETONANTE:
É constituído pôr um núcleo de nitroperita envolvido pôr fios de rayon e
algodão e revestido externamente pôr uma camada plástica à prova d'água.
É iniciado pôr espoleta fixada pôr fita adesiva.
Sua finalidade é transmitir a detonação para toda a coluna de explosivos e
permitir a ligação de diversos furos numa só detonação.
8.5. RETARDO PARA CORDEL DETONANTE:
Consta de um tubo metálico revestido de plástico. A detonação do cordel
num dos lados se propaga à carga explosiva contínua que, pôr sua vez
acende o elemento de retardo do outro lado, cujo tempo de queima é o
necessário para o retardamento da detonação. Quando o elemento de
retardo acaba de queimar, provoca a detonação imediata da carga ao seu
lado, que se transmite ao cordel do outro lado e ao resto da linha.

8.6. REFORÇADORES:
Para explosivos pouco sensíveis ao choque, as espoletas não conseguem
iniciar a detonação. Há necessidade, portanto, de se usar um reforçador,
que consiste em dois elementos explosivos: o primário ou cerne, que é
iniciado pelo cordel detonante e o secundário ou amplificador, que dá a
brisância necessária ao conjunto.
9. ESTOCAGEM DOS EXPLOSIVOS:
A estocagern de explosivos e acessórios é regulamentada pelo R-
105/SFPC de modo muito rígido, contundente e normativo. Assim sendo,
convém uma consulta ao SFPC para correto enquadramento das regras de
localização, construção e operação dos depósitos de explosivos.
9.1. LOCALIZAÇÃO DOS DEPÓSITOS:
A localização dos depósitos é comumente sugerida pelo órgão de
fiscalização levando em consideração as distâncias mínimas exigidas em
relação à habitação, rodovias, ferrovias e entre depósitos, conforme a
capacidade de armazenamento pretendida (ver R-105 e portaria 3214, NR-
19).
Os depósitos de explosivos e acessórios devem seguir alguns requisitos:
a. construidos especificamente para armazenamento único e exclusivo de
explosivos e acessórios;
b. construidos em locais apropriados, com terreno firme e seco;

c. salvo de inundações, podendo ser aproveitados acidentes naturais como
elevações e vegetações altas;
d. devem possuir uma faixa do terreno limpo, com cerca de 20m de
comprimento, ao seu redor.
9.2. CONSTRUÇÃO DOS DEPOSITOS:
Devem ser seguidos os seguintes requisitos:
a. paredes de alvenaria, rebocadas interna e externamente;
b. pé direito de 2,70m; piso de cimento queimado;
c. 30cm de altura do piso em relação ao nível do terreno;
d. porta de madeira abrindo para fora;
e. cadeados nas portas;
f. calçada em tomo dos depósitos com cerca de 50cm. de largura;
g. laje de concreto;
h. telhado sobre a laje com espaço entre ambos para ventilação;
i. possuir janelas pequenas para ventilação;
j. deverão conter placas de advertência, tais como:
PERIGO! EXPLOSIVOS.
PROIBIDO A ENTRADA DE PESSOAS ESTRANHAS NA ÁREA;
NÃO FUME! EXPLOSIVOS;
l. deverão possuir guarítas para vigias;
m. cercas de proteção colocadas a 10m das paredes dos depósitos, com
postes de cimento ou moirões de madeira com 12 fios de arame farpado;
n. não deverão possuir instalações elétricas;
o. deverão possuir extintores de incêndio;
9.3. OPERAÇÕES DOS DEPÓSITOS
Durante a operação dos depósitos de explosivos deverão ser seguidas as
seguintes normas, de segurança:
a. as caixas devem ser empilhadas sobre estrados de madeira modulares;

b. as caixas devem ficar afastadas das paredes cerca de 10cm e do teto
cerca de 70cm;
c. as pilhas de caixas devem ficar separadas, entre si, cerca de 60cm;
d. fazer a montagem das pilhas obedecendo o método de amarração;
e. as caixas devem Ter o rótulo virado para a passagem;
f. os depósitos devem ser trancados de cadeados;
g. as pilhas de caixas não deverão ultrapassar a altura de 2m;
h. deverão ser confeccionados os seguintes documentos:
registro de depósito : fornece o tipo de produto, as especificações sua
localização e a quantidade estocada;
registro produto: fornece a quantidade em estoque, sua localização e o
movimento de entrada e saída;
registro de data de fabricação: mantém controle do tempo de fabricação
dos explosivos.
10. TRANSPORTES DE EXPLOSIVOS:
As normas de transporte de explosivos estão definidas no R-105/SFPC,
editado pelo Ministério do Exército.
As normas de transporte dos explosivos dos depósitos à área de detonação
devem seguir os seguintes princípios:
a. antes de se levar os explosivos para área de detenção, devem ser
interrompidos todos os trabalhos;
b. o transporte deve ser efetuado em veículo em perfeitas condições de
funcionamento;
c. o veículo deverá possuir 02 extintores de incêndio (01 de 10 litros de
água e 01 de 04 Kg de pó químico);
d. os veículos deverão possuir placas indicativas de advertência;
e. a carga deve estar fixada firmemente no caminhão e não deverá
ultrapassar a altura da carroceria do caminhão;

f. durante as operações de carga e descarga os caminhões deverão estar
freados e calçados;
g. é proibido fumar durante o transporte de explosivos;
h. é proibido transportar explosivos e acessórios num mesmo veículo;
i. é proibidos estacionar os veículos carregados próximos a locais
habitados;
j. nunca se deve dar caronas;
k. nunca se deve carre-ar ou descarregar o caminhão em situações de
tempestades;
l. deve-se manter o chassis do veículo ligado ao terra.
11. EMPREGO E MANUSEIO DE EXPLOSIVOS:
Os explosivos devem ser manuseados somente pôr pessoal
especializado;
Jamais utilize ferramentas metálicas para abrir caixas com explosivos e
acessórios;
Nunca risque fósforos, não fume e não acenda fogueira junto a
explosivos e acessórios;
Não deixar explosivos e acessórios expostos ao calor, fagulhas ou
impactos;
Jamais carregar consigo explosivos ou acessórios;
Ao iniciar uma perfuração, verifique a existência de explosivos falhados
nas proximidades;
Não se deve iniciar um carregamento, enquanto houver perfuração nas
proximidades;
Caso seja necessário perfurar um cartucho de explosivos, fazê-lo com
furadores de madeira;
Jamais devemos forçar uma espoleta a entrar no cartucho de explosivo;
Antes de iniciar o carregamento do furo, verificar as perfeitas condições
do mesmo;

Não force o explosivo, principalmente cartucho com a escorva, quando
estiver carregando um furo;
Nunca tente retirar a carga de uma espoleta comum ou elétrica,- jamais
bata com qualquer uma delas em lugar algum ou com qualquer
ferramenta ou objeto; devendo no caso das espoletas elétricas,
conservar os 02 fios da espoleta ligados em curto um com o outro antes
de ligá-la ao circuito;
Não carregar a detonação, principalmente com espoleta elétrica, quando
estiver trovejando ou relampejando;
Efetuar a escorva ou o almogamento do estopim na espoleta em local
isolado, nunca dentro do paiol de explosivos, devendo-se manter a
escorva longe do explosivo até utilizá-la no furo;
As ligações de cordel devem ser sempre bem firmes, evitando-se assim
os cruzamentos da linha tronco sobre as derivações;
Fechar as ligações com a linha tronco, de tal forma que as linhas
tenham, no mínimo, dois caminhos diferentes para chegar a um mesmo
ponto comum da rede;
Fixar bem firme a espoleta iniciadora ou de retardo ao cordel detonante;
Nunca deixar a extremidade do cordel detonante imerso na água;
Caso seja necessário realizar uma socagern do explosivo no furo,
utilizar um soquete de madeira, sem partes de metal;
Nunca deixe as pontas do estopim dentro de água;
Não dobre os estopins;
Os pedaços de estopim devem ser suficientemente longos para que
depois do acendimento haja tempo suficiente para se alcançar um lugar
seguro antes da detonação;
Recomenda-se verificar o tempo de queima do estopim, expresso na
embalagem do fabricante, antes do acendimento;
Corte o estopim sempre em secção reta;
Nunca enfie prego, arame ou outro objeto dentro de uma espoleta
simples ou elétrica;

Jamais levar explosivos ou outros acessórios quando for acender o
estopim;
Recolha aos paióis todos os explosivos e acessórios que tenham
sobrado da detonação;
Nunca faça uma detonação sem antes Ter absoluta certeza de que
todas as pessoas que se acham nas proximidades do fogo estejam
abrigadas e de que o tráfego de veículos na área foi interrompido;
Sempre que precisar desfazer-se de explosivos ou acessórios procure o
Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército;
12. DESTRUIÇÃO DOS EXPLOSIVOS:
Os explosivos e acessórios, bem como as munições, quando em mau
estado, tomam-se perigosos devido ao aumento de sensibilidade devendo
portanto, serem destruidos.
A destruição deverá ser feita pôr pessoal habilitado em local limpo de
vegetação, afastado de habitações, rodovias, ferrovias e depósitos.
12.1. MOTIVOS MAIS FREQUENTES PARA DESTRUIÇÃO:
Os motivos mais freqüentes para a destruição de materiais explosivos são:
a. envelhecimento do explosivo;
b. danificação;
c. interrupção dos trabalhos;
d. falha dos explosivos.
12.1.1. ENVELHECIMENTO DOS EXPLOSIVOS:
O explosivo é um material perecível e com o tempo sofrerá modificações. O
tempo normal de garantia do fabricante é de 06 meses após a data de
fabricação impressa no rótulo da caixa, sendo que a partir do vencimento
deste período, recomenda-se sua destruição.

12.1.2. DANIFICAÇÃO NO TRANSPORTE OU ENCHENTE:
Os explosivos podem sofrer danos ou alterações durante o transporte, quer
pôr vibração excessiva, quer pôr sua decomposição ou até pôr danos
materiais em suas embalagens que podem ser gerados pôr acidentes com
o veículo ou pôr agentes atmosféricos como chuva ou enchentes.
12.1.3. INTERRUPÇÃO DOS TRABALHOS:
A obra pode ser paralisada ou mesmo terminada e se fazer necessário
destruir o explosivo.
12.1.4. EXPLOSIVOS FALHADOS:
Nos desmontes com explosivos, eventualmente podem ocorrer falhas de
detonação, ficando cargas intactas alojadas no furo ou lançadas junto com
material fragmentado.
Estes explosivos nunca deverão ser usados como carga para novos
desmontes, devendo ser separados para posterior destruição.
12.2. MANEIRAS DE SE DESTRUIR EXPLOSIVOS:
Dependendo da espécie e quantidade do produto a inutilizar e dos meios
disponíveis, a destruição de explosivos poderá ser feita pôr:
a. queima;
b. explosão ou detonação;
c. imersão no mar;
d. dissolução em água corrente.
12.2.1. DESTRUIÇÃO POR QUEIMA
O explosivo deve ser retirado de sua embalagem, os cartuchos
cortados longitudinalmente, separados em duas metades e espalhados em
camadas de 0,10m de largura e no máximo 0,075m de espessura sobre o
material combustível (papel, papelão ou serragem). Derrama-se sobre o
explosivo óleo combustível, óleo diesel ou querosene (não usar gasolina).

Os explosivos, em função de suas peculiaridades, devem se r dispostos de
modo adequado para a queima:
a. EXPLOSIVOS DE RUPTURA ENCARTUCHADOS:
Os cartuchos devem ser cortados longitudinalmente, separados em 02
metades, colocados na cama de forma a ficarem ao longo da maior
dimensão, em paralelo sem entretanto se tocarem.
b. EXPLOSIVOS DE RUPTURA A GRANEL:
Espalha-se sobre a cama em camada fina de espessura de 5 a 6 mm;
c.CORDEL DETONANTE:
Distribuir no máximo de 20 pedaços de até 3m de comprimento, esticados
em uma mesma cama, separados de 5mrn ou mais entre si;
d.ESTOPIM:
Procede-se como se faz com o cordel. Em caso de estopim espoletado,
deve-se primeiro separar as espoletas dos estopins e depois proceder com
os estopins como se faz com o cordel detonante.
e. PÓLVORA NEGRA
Espalha-se em faixas de 5cm. de largura, distantes entre si 3m. A queima
deve ser iniciada com rastilho de material combustível com comprimento
mínimo de 1 10m;
f. PÓLVORA QUÍMICAS
Espalha-se em faixas de 10 em de largura, distantes entre si 3m. A queima
deve ser iniciada com rastilho de material combustível com comprimento de
10m.

12.2.2. DESTRUIÇÃO POR EXPLOSÃO OU DETONAÇÃO:
É mais utilizada par munições de guerra como granadas, minas, rojões,
bombas de avião, etc., e para as espoletas.
12.2.3. DESTRUIÇÃO POR IMERSÃO NO MAR:
Este é o método mais seguro e fácil para destruir munições, explosivos e
acessórios, porém devem ser tomadas as seguintes precauções:
a) consultar as autoridades navais;
b) escolher regiões de grandes profundidades;
c) os produtos a destruir deverão ser previamente retirados de suas
embalagens e ser suficientemente pesados para que possam atingir o
fundo do mar.
12.2.4. DESTRUIÇÃO POR DISSOLUÇÃO EM ÁGUA CORRENTE:
Este processo só deve ser utilizado para destruição de pólvora ou nitrato
de amônio, produtos que não contém elementos explosivos não solúveis.
BIBLIOGRAFIA:
A. APOSTILA DA EMPRESA RECOMEX - REPRESENTAÇÕES E
COMÉRCIO DE EXPLOSIVOS E ACESSÓRIOS LTDA.;
B. R-105 - REGULAMENTO PARA O SERVIÇO DE FISCALIZAÇÃO DA
IMPORTAÇÃO, DEPÓSITO E TRÁFEGO DE PRODUTOS
CONTROLADOS, EDITADO PELO MINISTÉRIO DO EXÉRCITO;
C. NR-19, DA PORTARIA 3214, DO MINISTÉRIO DO TRABALHO.

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