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    Exploraes mente e crebro - Parte X

    Fundaes da modelagem neurocognitiva:o movimento dos olhos uma janela para o crebro

    Mark E. Furman

    A janela para a atividade neurocognitiva:

    Desde o comeo da PNL, seus fundadores acreditavam que era possvel modelar virtualmente qualquer formade excelncia humana mesmo que a essncia desta excelncia humana estivesse invisivelmente presa noespao cognitivo. Apesar de ser relativamente fcil modelar os visveis programas de ao estabelecidaauxiliados pelo nosso sistema motor sensorial, tambm igualmente possvel modelar alguma atividadecognitiva a partir da linguagem, a maior pea ausente que torna tudo isso possvel a atividade cognitiva quecoloca todo o processo em movimento. Os primeiros dois tipos de modelagem tiveram indicadores de padresexternos muito confiveis. Porm o terceiro tipo conta com os padres de escaneamento do olho para forneceruma janela na atividade cognitiva. Para modelar a atividade cognitivaevasiva com mais preciso, necessrioaprender como usar com mais preciso os padres de escaneamento dos olhos, por que esses padres retma chave para a competncia a qual ns estamos completamente inconscientes e incapazes de acessar.Entender o movimento dos olhos com uma preciso maior ir nos dar acesso a informao inconsciente que

    nunca poderia ser conscientemente reconhecida pelo modelo do expert.

    Construindo novas distines atravs dos contra-exemplos:

    A fim de iniciar a montagem de um modelo mais acurado das pistas de acesso visual, certamente nspodemos comear onde a PNL desistiu 20 anos atrs e construir novas distines atravs da anlise doscontra-exemplos. Com um pequeno conhecimento da neurofsica e o velho modelo de acesso visual em mos,ns estamos prontos para comear.

    No ltimo artigo (parte IX), ns discutimos porque certas pessoas tm mais problemas do que outras navisualizao e, tambm, estabelecemos a base neurofisiolgica do porqu os nossos olhos tm que se moverquando ns pensamos. Neurofisiologicamente, impossvel pensar o que ns faramos sem esses dois

    movimentos o dos olhos e da cabea. Como j afirmamos antes, esses movimentos so controlados pelabase do crebro.

    Iluses cognitivas e movimentos verticais do olho:

    Voc j notou porque parece ser to universal que o acesso informao visual exige que os olhos estejampara cima e o acesso informao cinestsica exige que os olhos estejam para baixo? Na realidade isso suma iluso. Primeiro, aqueles de vocs que tentaram calibrar com ateno usando as pistas de acesso visual,notaram, sem dvida, que a pessoa pode visualizar com os seus olhos para baixo na posio cinestsica.Aqui est o primeiro contra-exemplo que precisamos analisar. Se for possvel visualizar quando os seus olhosesto para baixo na posio cinestsica, ento os modelos de pistas de acesso visual no podem nos daruma correta representao da ativao do sistema sensorial. Visto que a ativao do sistema sensorial vital

    para os processos cognitivos de modelagem, esses contra exemplos tm que ser resolvidos. A primeiradistino que precisamos fazer qual a posio do olho que indica a ativao e qual a da manuteno de umaimagem. Voc pode notar que quando voc faz uma pergunta visual para algum, os seus olhos, por um curtoperodo de tempo, se movem rpido para cima e para esquerda, direita ou para o centro. Isso uma pista deacesso. Entretanto, quando ele pega ou mantm esta imagem na mente, ele pode mov-la para virtualmentequalquer parte do seu campo visual sobrepondo-a paradoxalmente com pistas auditivas e pistas cinestsicas.A ativao inicial de uma imagem exige sempre uma maior atividade neural do que a manuteno destaimagem. Por essa razo, na ativao voc pode ver os olhos se moverem para cima e a cabea se mover paratrs para permitir o fluxo sanguneo cerebral regional para o crtex visual. Esse aumento no volume de sanguetemporariamente impulsiona o nvel de energia dos circuitos visuais necessrios para juntar a imagem. Umavez montada, a imagem pode ser movida para o crtex pr-frontal (atrs da testa), e projetada para qualquerrea do campo visual. As clulas nervosas que mantm essa imagem so chamadas de clulas piramidais.

    Devido a uma propriedade da neurofsica, chamada de degenerao, qualquer uma das clulas piramidais podeser selecionada pelo crebro para representar essa imagem. Isso significa que uma imagem inicialmentegerada na posio superior do seu campo visual pode ser expandida ou reduzida e ser movida virtualmentepara qualquer local. Sem essa flexibilidade, o pensar como ns o conhecemos, no seria possvel.

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    Quando uma imagem que foi previamente ativada movida de uma parte do campo visual para outro, diferentesaspectos da representao sensorial so intensificados. Fisiologicamente, a informao dos sistemassensoriais se sobrepe. por essa razo que, em algumas partes do seu campo visual, voc pode realmentever uma imagem perfeita. Porm, em outras partes do seu campo visual, voc pode ver uma imagem e ouvirtambm os sons desta experincia. Em outros locais, voc pode ver uma imagem, ouvir os sons e sentir assensaes que voc sentiu nesta experincia muito vividamente. Essa intensificao dos sinais visuais,auditivos e cinestsicos possvel porque as clulas nervosas no crebro combinam a informao sensorial demais de um sistema. Esses neurnios repousam na associao dos crtices e o crtex pr-frontal um deles.Esses neurnios so chamados de bimodal ou de trimodal. Neurnios bimodais transportam a informao de

    dois sistemas sensoriais como a viso e a audio, a audio e a cinestsica, e a viso e a cinestsica. Osneurnios trimodais transportam a informao de todos os trs sistemas sensoriais.

    Quando voc move uma imagem sobre reas especficas dos neurnios bimodais ou trimodais, vocobviamente ir intensificar as diferentes combinaes da informao visual, auditiva e cinestsica. Por isso,uma das calibraes mais valiosas que ns podemos fazer depende dos padres correlativos entre a posiodos olhos e o tipo de associao de neurnios que est sendo usado. Se ns dividirmos o nosso campo visualem trs setores horizontais, quando os nossos olhos esto na seo superior, a informao visual ir sesobrepor com a informao auditiva do nvel do olho para baixo e com a informao cinestsica da reasuperior da cabea. Isso significa que possvel "sintonizar" a informao cinestsica embora estarmosolhando para cima. Contudo, as clulas nervosas que se sobrepe com esta rea do crtex da associaovisual so somente clulas nervosas que transportam a informao cinestsica da rea superior da cabea.

    Isso significa que muito fcil e possvel "sintonizar" ou intensificar a informao cinestsica sobre uma dor decabea previamente experimentada ou um ferimento na cabea olhando para cima. Quando os nossos olhosse movem para a rea do meio da diviso horizontal do campo visual, ns somos capazes de intensificar ainformao sensorial auditiva que veio de baixo do nvel do ouvido para aproximadamente o nvel do esterno e ainformao cinestsica se torna intensificada do nvel do ouvido para um pouco abaixo dos ombros e do traxsuperior. Isso significa que se ns queramos "sintonizar" a informao cinestsica do nvel do ouvido para otrax superior, seria melhor mover as nossas imagens visuais para a diviso horizontal central do campo visual.Tambm, como os ouvidos tm o seu ponto focal de coleta de informao sensorial a esse nvel, paraintensificar mais o processo auditivo deve-se manter os nossos olhos no nvel da linha mdia. Quandomovemos os nossos olhos para baixo na posio inferior do nosso campo visual, ns somos inteiramentecapazes de "sintonizar" ou intensificar a informao auditiva e cinestsica vinda da parte superior do trax

    baixo. por essa razo que ns, geralmente, notamos que o acesso cinestsico est no corpo como amaior parte das nossas sensaes - emocional, ttil e motora, que ser gerada entre o trax superior e osnossos ps. Obviamente, ns temos mais corpo abaixo da parte superior do trax do que acima dele. Agoracom esse conhecimento, mais fcil ver como uma pessoa que recorda o som do miado de um gato no cho,precisa colocar os seus olhos no que agora ns chamamos de posio cinestsica. Na realidade ela estapenas sobrepondo a imagem visual que ela tem do gato com o som do seu miado. Mas o som do seu miadovem do nvel do cho o que significa que os neurnios que o representam deveriam estar na parte mais baixado campo visual (crtex pr-frontal). Se isso soa complicado para voc voc est certo isso muitocomplicado e exige um grau muito fino de acuidade sensorial para not-lo. melhor comear notando isso emvoc primeiro, antes de tentar not-lo nos outros.

    Como voc pode ver, os neurnios bi e trimodais tornam impossvel organicamente separar o processo visual,

    auditivo e cinestsico em divises claras que o velho mapa das pistas de acesso visual nos fez acreditar queera possvel. Sem essa informao fisiolgica adicional, ns certamente iramos provocar turbulncias quandofossemos tentar modelar a funo cognitiva. Essa informao neurofisiolgica nos d a fundao para amodelagem neurocognitiva. J que todas as funes da mente exigem o uso do tecido biolgico do crebro, astecnologias de modelagem que esperam capturar a essncia invisvel da mente, precisam levar em conta a suacontraparte neural. Se voc parar e refletir apenas sobre essa informao que eu lhe dei at agora nesseartigo, literalmente, centenas de incongruncias dos padres prvios e dos contra exemplos iro comear afazer sentido para voc.

    Descobrindo o mistrio dos padres de escaneamento horizontal dos olhos:

    Essa informao deve esclarecer as razes pelas quais os nossos olhos se movem verticalmente quando

    pensamos. Contudo, isso somente parte da histria porque como voc sabe, os nossos olhos tambm semovem horizontalmente quando pensamos. Do mesmo modo que a nossa cabea segue o movimento dosolhos nos padres verticais, ela tambm o faz nos padres horizontais. O movimento do nosso olho osistema guia para a funo vestibular. Os nossos olhos nos ajudam a manter a posio e o balano da cabeae, para onde os nossos olhos se movem, a nossa cabea e o corpo seguem. Isso, naturalmente, tambmajuda a dirigir o fluxo sanguneo cerebral regional para os circuitos sensoriais sendo ativados mais

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    pesadamente.

    Deste modo, porque, quando ns pensamos, os nossos olhos se movem tanto para direita como para aesquerda? H muito tempo que se sabe que o nosso crebro dividido em hemisfrio direito e esquerdo. Cadaum desses hemisfrios tem estruturas celulares diferentes possibilitando diferentes tipos de funo. O estudoda cincia dessa rea do crebro chamada de citoarquitetnica. Os nossos olhos iro se mover para a direitaou para a esquerda dependendo da funo cortical que ns precisamos efetuar. Vamos falar primeiro do crtexvisual. Por que parece que muitas pessoas destras olham para cima e a esquerda quando esto recuperandouma imagem visual e para cima e a direita quando esto construindo uma imagem visual ou pensando no

    futuro? De novo, muito disso somente uma iluso. Como certamente voc notou, esta mesma pessoa poderecuperar as memrias olhando para cima e a direita e, ela pode construir visualmente ou pensar no futuroolhando para cima e a esquerda. Isto significa que existem mais coisas acontecendo do que "o olho podeenxergar".Lembre-se: sempre que existir um contra-exemplo, existe uma nova distino a ser aprendida. Paraentender melhor as reas funcionais do campo direito e esquerdo, voc pode querer recorrer ao diagramaabaixo que mostra como uma casa seria representada nos campos receptores visuais de cada hemisfrio.Essas distines so consistentes com a predominncia da mo direita.

    DIAGRAMA

    CAMPO VISUAL ESQUERDOGLOBAL, VAGO

    CAMPO VISUAL DIREITOLOCAL, DETALHE & ZOOM

    CAMPO VISUAL RECEPTIVOESQUERDO / HEMISFRIO DIREITO

    CAMPO VISUAL RECEPTIVODIREITO / HEMISFRIO ESQUERDO

    - SOBREPOSIO AMPLA / 3D - PEQUENA NO-SOBREPOSIO

    - IMAGEM SE MOVE COMO UM TODO - PEAS SE MOVEM INDEPENDENTEMENTE

    - CODIFICA O MOVIMENTO - CODIFICA A COR

    - VELOCIDADE PROCESSAMENT O:RPIDA - VELOCIDADE PROCESSAM ENT O: LENT A

    - BAIXA RESOLUO / FREQNCIA - ALTA RESOLUO: FREQNCIA

    - SINTONIZAO GROSSEIRA /POUCOS DETALHES - SINTONIZAO TIMA /MUITOS DETALHES

    Assimetria cortical e o campo visual:

    O campo visual esquerdo se serve do hemisfrio direito. As clulas cerebrais do hemisfrio visual direito tmuma sobreposio muito ampla dos campos receptores (veja diagrama). Por esses campos receptores seremmuito extensos, muito poucos so necessrios para codificar uma imagem do que no campo visual direito. Nocampo visual direito, como voc pode ver no diagrama, os campos receptores das clulas cerebrais no crtexvisual so muito menores e elas no se sobrepe. A primeira propriedade de valor para voc entender que avelocidade de processamento do campo visual esquerdo (cve) ser maior (mais rpida) do que o campo visualdireito (cvd). Isso est correto porque existem menos neurnios envolvidos no processo de codificao e

    decodificao. Esse nico fato fisiolgico lana luz num grande nmero de atividades cognitivas. Como avelocidade de montagem da imagem mais rpida no cve do que no cvd, qualquer imagem recuperada ir sermontada mais ligeiro no cve. Essa a razo porque ns notamos a memria muitas vezes ser acessada paracima a esquerda. Enquanto a imagem est sendo montada e a correta estrutura citoarquitetnica est sendoselecionada, os olhos so direcionados imediatamente para este campo. Nos casos da recuperao de

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    memrias, os olhos raramente iro ser direcionados para cima e a direita a menos que as funes do crtexvisual esquerdo sejam necessrias para a recuperao.

    Como o crtex visual direito feito de campos sobrepostos, possvel codificar e decodificar as imagenstridimensionais. O crtex visual esquerdo e o cvd no so habilitados para codificar e decodificar as imagens3D porque os campos receptivos so no-sobrepostos. Conseqentemente, o cvd ir decodificar somente 2D,imagens planas. Como as imagens de 3D parecem mais reais e eram originalmente codificadas earmazenadas pelos campos receptivos sobrepostos, muito comum para as pessoas colocarem sua "linha dopassado" no seu cve e sua "linha do futuro" no seu cvd. O cve tambm codifica as imagens moventes pois

    assim se uma imagem que se move precisa ser recuperada ela muito provavelmente ser recuperada no cve.Decodificar o movimento necessita de novo dos campos receptivos sobrepostos. Como o cve feito dereceptores amplos, as imagens so sintonizadas grosseiramente com um baixo grau de detalhes. Quandovoc fizer perguntas para uma pessoa que exijam maiores detalhes visuais, voc ir observar que ela move aimagem para o campo visual oposto. Esse movimento ajuda na recuperao de uma imagem mais detalhadanum processo de duas etapas. Primeiro, a rea da imagem onde vamos fazer o foco marcada. Depois aporo marcada da imagem restaurada no cvd, utilizando as clulas nervosas com baixa velocidade deprocessamento e uma resoluo muito alta (grandes detalhes). Esse processo se torna possvel peloprincipio da degenerao, mencionado antes. A degenerao significa que diferentes redes neurais podemrepresentar a mesma informao.

    Os hemisfrios cerebrais tambm diferem na sua capacidade de processar a cor. A codificao e a

    decodificao da informao da cor feita pelos caminhos parvo-celulares a maioria localizados no crtexvisual esquerdo (projetando a informao para o campo visual direito cvd). A codificao e a decodificaodas escalas do preto, branco e cinza so realizadas melhor pelos caminhos parvo-celulares localizados nocrtex visual direito (campo visual esquerdo cve). Isso significa que se uma tarefa cognitiva exige informaode cor, uma imagem originalmente recuperada no cve ter que ser intensificada por meio da degeneraomovendo-a para o cvd.

    Uma outra funo cognitiva interessante que varia de hemisfrio a capacidade de mover e de organizar aspeas de uma imagem independentemente. Essa funo no possvel com os campos receptivos sesobrepondo que ligam a imagem numa s pea coerente. Conseqentemente, muito mais difcil separar ereorganizar as peas de uma imagem com o cve. Como o cvd no tem receptores no-sobrepostos, as peasso facilmente separadas e re-arranjadas independentemente. Essa informao fisiolgica nos ajuda a

    entender porque as pessoas movem as imagens para a direita quando esto realizando as operaes de"construo visual". Como voc pode ver, acrescentando um pouco de conhecimento de neurofisiologia e deneurofsica s nossas observaes anteriores dos padres de escaneamento dos olhos, ns poderemos fazermuito mais do que as dez distines originalmente possveis. Isso acrescenta um poder ilimitado para a nossaeliciao dos processos cognitivos inconscientes, os quais podem formar a base das habilidades ecapacidades to difceis de compreender como a memria fotogrfica, os gnios e assim por diante. A fim decalibrar corretamente a atividade cognitiva inconsciente, tambm deve ser entendido que apenas o movimentodos olhos no nos conta toda a histria. A calibrao correta exige um conhecimento de como a cabea semovimenta, tanto horizontal como vertical, como age a sinergia funcional com os padres de escaneamentodos olhos para produzir o que eu chamo de pistas de ativao do campo cortical (em ingls - CFAC CalibrationModel ). Esse modelo nos permite eliciar a informao a nvel neurocognitivo ao igualar as sinergias

    funcionais dos olhos e da cabea com as reas corticais correspondentes do crebro sendo ativadas durante acodificao e decodificao da informao. Com esse novo conhecimento, possvel construir modelos dafuno cognitiva muito alm do nvel das submodalidades e muito mais precisos. Agora tambm deveria estarevidente que todas as submodalidades esto sobre o controle da citoarquitetura biolgica previamentediscutida.

    Padres do escaneamento horizontal dos olhos do sistema auditivo:

    Agora que ns introduzimos algumas das funes do campo visual direito e esquerdo, vamos discutir,brevemente, algumas das funes do campo auditivo direito e do esquerdo.Pensava-se antes que o cveindicava a informao recordada auditiva e o cvd indicava a informao construda auditiva. Como voc vai verem breve, isso tambm uma radical generalizao similar quelas feitas sobre o visual recordado e

    construdo. Num um exame mais completo, voc vai notar que o campo visual auditivo esquerdo indica oprocessamento fontico, seqencial e rtmico, enquanto que o campo visual auditivo direito processa oscomponentes analgicos da linguagem e o som chamado de versificao. Mudanas analgicas noselementos como o tom e a inflexo so decodificados quando os olhos se movem em direo ao campo visualauditivo direito. Essas so apenas algumas das distines que so responsveis pelo grosso dos contra-exemplos para o modelo original das pistas de acesso visual. Voc pode notar que quando pedir para um

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    amigo recuperar a memria de uma conversa, ele ir olhar para a esquerda para ouvir as palavras que foramditas, e ir olhar para a direita se voc lhe perguntar sobre o tom de voz que foi usado ou sobre uma inflexoespecifica que foi dada a certas palavras.

    Agora ns chegamos enganosa "terceira" posio auditiva que supostamente existe para baixo e para a suaesquerda. Para desenredar essa confuso, seria preciso entender mais um pouco sobre a citoarquitetnica docrtex auditivo. As funes previamente discutidas so executadas numa rea particular do crebro chamadade rea de Wernicke. Essas reas existem aproximadamente um pouco acima de cada ouvido e estocorrelacionadas com o movimento para a direita e esquerda do olho auditivo horizontal. No crtex frontal, uma

    parte do crebro chamada de rea Broca controla os movimentos motores articulatrios. Quando ns olhamospara baixo e para a esquerda e inclinamos a cabea na mesma direo, o fluxo sangneo cerebral regional semove em direo a rea Broca, tornando-se mais fcil construir uma conversa. Conseqentemente, em vez dadistino sem sentido do "digital auditivo", ns agora podemos entender que quando os olhos se movem parabaixo e a esquerda ns estamos acessando as funes motoras articulatrias que nos ajudam a converter odilogo interno em movimentos do maxilar, da lngua e da laringe. Isso pode ser considerado como acontraparte cinestsica ao dilogo interno auditivo. Muitos de ns que estudamos de perto as pistas de acessovisuais, reparamos que quando os olhos de uma pessoa esto para baixo e para a esquerda, seus lbiospodem vazar, no intencionalmente, as verdadeiras palavras que ela est pensando. Agora voc pode entendero porqu.

    Finalmente, ns estamos prontos para introduzir a posio cinestsica que classicamente para baixo e para

    a direita. Na realidade, esse movimento do olho nos ajuda a intensificar a informao vinda do crtexsomatosensorial dominante que est localizado no hemisfrio direito. No acidente que quando os olhos deuma pessoa se movem para baixo e para a direita, sua cabea tambm se inclina para baixo na mesmadireo graas ao sistema vestibular. Isso auxilia o fluxo sangneo cerebral regional no aumento do volume desangue para o crtex somatosensorial. Essa rea cortical responsvel pela coleta de toda informaomotora, ttil, vestibular e emocional (bioqumica) de dentro do corpo e pela retransmisso de volta para asoutras reas corticais relevantes para a representao cognitiva. Quando os nossos olhos se movem parabaixo e para a direita, a informao, conduzidas por esses caminhos desde o trax superior para baixo, ficaintensificada.

    Isso foi apenas uma pequena introduo para a grande quantidade de funes que, realmente, se escondemsob a superfcie dos padres de escaneamento dos olhos. Uma quantidade incrvel de informaes sobre o

    processamento cognitivo pode ser fcil e prontamente discernida atravs dessa valiosa janela para o crebro.Eu o desafio a comear a prestar mais ateno para essas Pistas de Ativao do Campo Cortical porque elasso indicadores vitais das funes neurocognitivas e que a prxima gerao dos modeladores do DesempenhoHumano estar usando. Acrescente isso ao seu conhecimento da Modelagem e Engenharia do DesempenhoHumano e na sua caixa de ferramentas de PNL e voc ir se movimentar atravs do mundo com novos olhos,voltado para capturar a essncia da invisvel excelncia humana disponvel em torno de voc.

    Artigo publicado na revista Anchor Point de dezembro de 1996.Traduo publicada no www.golfinho.com.brem SET/2005

    Apresentao - I - II - III - IV - V - VI - VII - VIII - IX - X - XI - XII - Referncias

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