EUA e América Latina antes da guerra: Industrialização e exclusão..
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EUA e América Latina antes da
guerra: Industrialização e exclusão.. Prof. David Catalunia.
Imperialismo nas Américas
O Destino Manifesto e a Expansão estadunidense
“E esta reivindicação é parte de nosso "destino manifesto" de avançar e possuir todo o continente que a Providência nos concedeu pelo desenvolvimento da grande experiência a nós confiada da liberdade e do auto-governo federalista”
“Nosso destino manifesto atribuído pela Providência Divina para cobrir o continente para o livre desenvolvimento de nossa raça que se multiplica aos milhões anualmente.“ (John L. O’Sullivan)
◦ Predestinação divina.
Destino manifesto é portanto uma
ideologia religiosa e social etnocentrica
(ou seja, que julga a cultura americana
superior às demais religiões) que busca
justificar a expansão e as intervenções
políticas, militares e econômicas
estadunidense.
Fale com suavidade e tenha nas mãos
um grande porrete. 1904 – Corolário Roosevelt – “Olha a
doutrina Monroe voltando ai”
I Have a Big Stick – EUA polícia
internacional
◦ Intervenções econômicas
◦ Intervenções militares
◦ Defesa dos interesses econômicos americano.
Belle Époque Latina americana
Período pós independências > 1825.
Consolidação de alianças econômicas e políticas com as grandes potências visando o crescimento econômico, industrial e a modernização social dos países latinos americanos. ◦ Fortalecimento das oligarquias (elites econômicas
que dominam a política)
◦ Modernização urbana
◦ Acentuação das desigualdades sociais
◦ Expropriação indígenas em troca do crescimento da produção agrícola e industrial.
Belle Époque Latina americana – A
condição indígena. “A condição do indígena só pode melhorar de duas maneiras: ou o
coração dos opressores se condói ao extremo, reconhecendo o direito dos oprimidos, ou o ânimo dos oprimidos adquire a virilidade suficiente para se opor aos opressores. Se o índio aproveitasse em rifles e balas todo o dinheiro que desperdiça [...] mudaria de condição, faria respeitar sua propriedade e sua vida. À violência responderia com violência, reagindo ao patrão que lhe rouba as lãs, aos soldados que recruta em nome do governo [...]
O que ganhou [o índio] com trezentos ou quatrocentos anos de conformismo e paciência? [...] há um fato revelador: há maior bem-estar nas comarcas mais distantes das grandes fazendas, se desfruta de mais ordem e tranquilidade nos povoados menos frequentados pelas autoridades. Em resumo, o índio se redimirá por esforço próprio, não pela humanização de seus opressores.”
(GONZÁLEZ PRADA, Manuel. Nuestros indios.- 1904)
◦ Defesa ao indígena e olhar etnocentrista.
O caso mexicano – os índios e a
população se revoltam. Porfírio Díaz: ◦ Abertura para o capital estrangeiro e acentuação das
desigualdades sociais e da péssima condição indígena.
◦ Eleição Fraudulenta Organização do povo.
[...] as terras, montes e águas usurpadas por fazendeiros, governantes ou chefes políticos à sombra da tirania e da justiça venal entrarão imediatamente em posse das comunidades ou dos cidadãos que tenham os títulos correspondentes a essas propriedades, das quais foram despojados pela má-fé de nossos opressores [...].
(ZAPATA, Emiliano. Plano de Ayala. 28/11/1911)
Destino Manifesto hoje.
Esta noite, mais uma vez lembramos que os Estados Unidos podem fazer tudo a que se determinar fazer. Essa é a história de nossa história, seja a busca da prosperidade para nosso povo, ou a luta pela igualdade de nossos cidadãos; nosso compromisso é lutar pelos nossos valores no exterior, e nossos sacrifícios é fazer do mundo um lugar mais segundo. Deixem-nos lembrar de que podemos fazer essas coisas não apenas por riqueza e poder, mas por causa do que somos: uma nação, sob um Deus, com liberdade e justiça para todos. (...) Que Deus abençoe os Estados Unidos da America. Folha de São Paulo, 2011)