Ética e Moral 201

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Ética x Moral Ética = ethos Moral = mos, mores Princípios Universais (pressão interna) Regras para as ações coletivas (pressão externa) Reflexão e Valores Morada humana Hábitos e Costumes Normas sociais A ética pressupõe análise e reflexão antes do agir. Toda existência tem o lado da alteridade, isto é, da dimensão do

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Ética x Moral

Ética = ethos Moral = mos, mores

Princípios

Universais

(pressão interna)

Regras para as ações coletivas

(pressão externa)

Reflexão e Valores

Morada humana

Hábitos e Costumes

Normas sociais

A ética pressupõe análise e reflexão antes do agir. Toda existência tem o lado da alteridade, isto é, da dimensão do OUTRO.

TradicionalmeTradicionalmente é nte é

entendida entendida como um como um estudo ou estudo ou

uma reflexão uma reflexão sobre os sobre os

costumes ou costumes ou sobre as sobre as

ações ações humanas.humanas.

Pode ser Pode ser entendida entendida também também como a como a própria própria

realização de realização de um tipo de um tipo de

comportamecomportamentonto.

ÉticaÉtica

O estudo da O estudo da Ética é dividido Ética é dividido em dois em dois campos:campos:

-problemas problemas gerais e gerais e fundamentais, fundamentais, como liberdade, como liberdade, consciência, consciência, bem, valor, lei, bem, valor, lei, outrosoutros.

-Problemas Problemas específicos ou específicos ou

concretos, concretos, como ética como ética profissional, profissional,

ética na ética na política, ética política, ética sexual, ética sexual, ética matrimonial, matrimonial, bioética, etc.bioética, etc.

O estudo da ética se defronta com problemas de variação de costumes.

O que é moral na Etiópia não é moral no Brasil, por exemplo, a bigamia:

Para os mulçumanos é honroso ter mais de uma esposa. Já os países católicos pregam a monogamia – casamento único.

MORAL E ÉTICA ANDAM DE MÃOS

DADAS E SE CONFUNDEM.

No centro da ética aparece o dever, ou obrigação moral, conduta correta.

A ética grega fundou-se na busca da felicidade.

Para Aristóteles, o fim do homem é a felicidade, a que é necessária à virtude, e a esta é necessária a razão.

A característica fundamental da moral aristotélica é, portanto, o racionalismo, visto ser a virtude ação consciente segundo a razão.

Se a virtude é uma atividade segundo a

razão, mais precisamente é ela um

hábito, um costume moral, adquire-se

mediante a ação, a prática, o exercício e, uma vez adquirida,

estabiliza-se, mecaniza-se; torna-se quase uma

segunda natureza e, logo, torna-se de fácil

execução - como o vício.

ÉTICA E RELIGIÃO

A religião trás em si uma mensagem ética profunda de liberdade, de amor, de fraternidade universal.

Estabeleceu muitas regras de conduta, trazendo, sem

dúvida, um grande progresso moral à

humanidade.

Na Idade Média, o pensamento ético passou a

ser ligado à religião, à interpretação da bíblia e à

teologia.

É T I C A N A I D A D É T I C A N A I D A D E M É D I AE M É D I A

•Para os cristãos da idade média: o ideal ético é o da vida espiritual, de amor e fraternidade (Santo Agostinho).

•Idade moderna (iluminismo e renascimento): ideal seria viver de acordo com a própria liberdade pessoal. Critério da moralidade é ser racional, autônomo, autodeterminado, agir segundo a razão e a liberdade (Kant).

Mas, afinal, quais Mas, afinal, quais os critérios da os critérios da moralidade?moralidade?

Agir moralmente significa agir de acordo com a própria consciência.

Quais, então, os Quais, então, os ideais éticos?ideais éticos?

•Para os gregos: a busca do bem supremo (Platão) e da felicidade, através de uma vida virtuosa (Aristóteles).

O homem valora

• Cada homem é guiado em sua existência pelo primado de determinado valor, pela supremacia de um foco de estimativa que dá sentido à sua concepção de vida. Para uns, o belo confere significado a tudo quanto existe, de maneira que um poeta ou um escultor, por exemplo, possui uma concepção estética da existência. Enquanto que um outro se subordina a uma concepção ética, e outros ainda são levados a viver segundo uma concepção utilitária e econômica à qual rigidamente se subordinam.

A importância da teoria

• Ao decidir como agir, somos muitas vezes confrontados com incertezas, confusões ou conflitos entre as nossas inclinações, desejos ou interesses. As incertezas, confusões e conflitos podem surgir mesmo que a nossa única preocupação seja promover o nosso interesse próprio. Podemos não saber quais são os nossos melhores interesses: podemos pura e simplesmente ter adaptado algumas idéias erradas dos nossos pais, amigos ou cultura.

Crenças

• De um lado no pensamento temos as crenças que todos temos sobre uma diversidade de assuntos (a existência do mundo, a existência de livre-arbítrio, de bem e de mal, etc.).

• A filosofia, nesse casos, consiste na investigação crítica destas crenças, isto é, consiste em investigar se existem razões, e quais, para manter essas crenças ou se, no caso de não existirem, devem ser postas de lado.

Pré-conceitos

• Os nossos antecessores tinham escravos, negavam o direito de voto às mulheres, praticavam o genocídio e queimavam bruxas em fogueiras. A maior parte dessas pessoas eram moralmente decentes e estavam firmemente convencidas que as suas ações eram morais. Agiram de forma errada porque não foram suficientemente autocríticas. Não avaliaram as suas próprias crenças; adotaram sem questionar a perspectiva dos seus antecessores.

Ttenho de escolher agir de modos que podem prejudicar algumas pessoas apesar de beneficiar outras. Posso ocasionalmente encontrar maneiras de promover os interesses de toda a gente sem prejudicar ninguém. Ocasionalmente, mas não sempre. Talvez nem mesmo frequentemente.

Dilema

Mesmo que eu saiba qual é a melhor escolha, posso não agir de acordo com ela: posso saber precisamente que é errado roubar, mas é do meu interesse me apropriar de um dos livros da biblioteca que gosto muito, no entanto, decidir cometer o furto, ainda não me torna um criminoso. Só praticando o ato é que me tornarei um.

Ao escolher como agir, devo reconhecer que muitas das minhas ações afetam outras pessoas, ainda que apenas indiretamente. Nestas circunstâncias, tenho de escolher se quero atender aos meus interesses próprios ou se devo atender (ou pelo menos não prejudicar) os interesses alheios.

Ética é um conjunto de valores Ética é um conjunto de valores e princípios universais que e princípios universais que

regem as relações humanas.regem as relações humanas.

Referência BibliográficaReferência BibliográficaBOFF, Leonardo. Ethos mundial. Um consenso mínimo entre os humanos. Brasília:

Letra Viva, 2000.

BOFF, Leonardo. Ética e Moral: a busca de fundamentos. Petrópolis: Vozes, 2004.

COMPARATO, Fábio Konder. Ética: Direito, Moral e Religião no Mundo Moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

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GALLO, Silvio (Coord.). Ética e Cidadania: Caminhos da Filosofia. 11ª ed. Campinas: Papirus, 2003.

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SANCHEZ VÁSQUEZ. Adolfo. Ética. 24ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

Parte do material foi adaptado a apresentação do Professor José Paulo Ferrari